As Relações Simbolicas na Orla fluvial de Icoaraci Belém/PA

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VI Encontro Nacional da Anppas
18 a 21 de setembro de 2012
Belém – PA – Brasil
As Relações Simbolicas na Orla fluvial de Icoaraci Belém/PA
Andréia dos Santos(IFPA)
Licenciatura em Geografia
[email protected]
Shirley Capela Tozi(IFPA)
Mestre em Geografia
[email protected]
Jhemerson Augusto Lima(IFPA)
Licenciatura em Geografia
[email protected]
Antonio Rodrigo Paiva das Merces(IFPA)
Licenciatura em Geografia
[email protected]
A Orla fluvial de Icoaraci em Belém do Pará apresenta dinâmicas que estão envolvidas com as
questões simbólicas, onde nesta encontra-se uma variação de representação de símbolos arquitetônicos
históricos que estão presentes na paisagem do locus de estudo e a dinâmica dos ribeirinhos com o
universo simbólico das águas. Neste contexto, o presente trabalho tem por objetivo estudar as
dinâmicas referentes às relações simbólicas na Orla fluvial de Icoaraci, cujas ações e atividades referemse sobre os ribeirinhos, a sociedade amazônida e seu universo simbólico, desta forma as relações
deverão estar ligadas a orla e ao rio. Este trabalho cientifico se deu através de pesquisas bibliográficas e
pesquisa em loco, que tornou possível compreender a dinâmica das relações simbólicas na Orla fluvial
de Icoaraci e de ações relacionadas com o rio. À água é atribuída uma gama de significados; é tida como
fonte de vida para a flora e fauna; no viés religioso, a este é atribuído o poder de purificar a alma; Para o
setor empreendedor, é um recurso de grande utilidade que pode servir como transporte, diluição de
efluentes, produzir alimentos, gerar energia e abastecer populações e industrias. Certamente, cada
indivíduo estimulado pelo seu devir, dota de símbolos e tem uma visão particular acerca do universo da
água. A universalidade simbólica das águas é representada de varias formas, apresenta significação
cultural, expressiva, modo usual, de sustentabilidade, entre outras. A simbologia da água é ressaltada
desde primórdios bíblicos no que se refere às perspectivas míticas, onde o simbolismo inerente a água
como um lugar se dá a partir do instante em que esta encarna as experiências e aspirações das pessoas.
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18 a 21 de setembro de 2012
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Este universo simbólico está diretamente associado aos saberes e fazeres do homem que atribuem
significados e organizam as paisagens e os símbolos presentes atribuídos a ela para realizarem a
mediação entre o mundo interior e o mundo exterior. A relação do homem Amazônida e seu “universo
da água” mostra-se como necessidade sobre o uso do rio para sua sobrevivência ribeirinha, onde as
águas apresentam funções diversas para a população nativa, ou seja, os ribeirinhos são rodeados pelas
“águas que o sustentam e fazem parte de sua serventia”. O rio ainda continua sendo fundamental para a
vida das populações ribeirinhas que vivem as margens dos rios. Neste contexto, a atualmente na Orla
fluvial de Icoaraci encontra-se uma vívida relação dos ribeirinhos, pescadores, trabalhadores, visitantes
com os contextos paisagísticos, arquitetônicos e simbólicos. Onde as residências mais antigas estão de
frente para o rio. Os monumentos arquitetônicos, restaurantes, porto, feiras entre outras fazem parte
da paisagem da orla fluvial. A paisagem está associada a um conjunto de determinados grupos sociais,
assim explicitando características simbólicas de paisagens antigas e atuais. Também nesse contexto, os
símbolos representativos nas paisagens são elementos fundamentais na interpretação de registros de
experiências vividas por seres humanos, havendo uma relação com esses elementos presentes no
cotidiano. A orla fluvial apresenta tal estética que visa uma extensa visão para o rio e também
dispondo-se de inúmeros restaurantes perto da orla entre outros, fazendo com que dessa maneira a
orla seja vista como uma alternativa para um passeio tranqüilo, com garantia de brisa fresca, e uma
culinária a base de peixes e mariscos frescos para atender seus visitantes. Nesta perspectiva, o lugar é
aquele espaço onde o indivíduo se encontra ambientado no qual se sente integrado, apresentando
significâncias afetivas ao local. A orla é um espaço muito freqüentado pela população durante o período
da noite, que buscam a orla como um espaço de diversão, já para outros grupos como familiares que
procuram o espaço como um local de passeio, tranqüilidade e para o dialogo. Durante o dia as relações
são diferenciadas onde a dinâmica fica estritamente direcionada a área portuária, nesta ocorre à
dinamização da representação simbólicas com o rio, onde desenvolve-se as atividades ligadas a
comercialização de produtos vindos pelo rio, e caracterizados ou oriundos das áreas das várzeas, a
dinâmicas dos barcos que desenvolvem processos com de atividades turísticas e comercio de produtos.
Referencias Bibliográficas:
BRAGA, M. H.; COSTA, V. Paisagem e Simbolismo: Representando e/ou vivendo o “real”?, UERJ, RJ.
Edição comemorativa, 2008.
COSTA, O. Memória e Paisagem: em busca do simbólico de lugares. In Espaço e Cultura, UERJ, edição
comemorativa, p. 149-156, 2008.
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18 a 21 de setembro de 2012
Belém – PA – Brasil
MELLO, J. B. F. Simbolos dos lugares, dos espaços e dos “deslugares” UERJ, RJ. Edição comemorativa,
2008.
SILVA, L. de J. D. CARVALHO; B. M. Organização Sócio- Espacial Ribeirinha Materializada na Cartografia
Social e Tipologia Arquitetônica em Ilha ao Sul de Belém-Pará. Belém/ PA, 2010.
TAVARES, M. G. da C.; TRINDADE JR, S. C. da. (Orgs) Cidades ribeirinhas na Amazônia: mudanças e
permanências. Belém: EDUFPA, 2008
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