Autorreguladas - 8º ano - 3º bimestre - Conexão Escola

Ciências
Aluno
Caderno de Atividades
Pedagógicas de
Aprendizagem
Autorregulada – 03
8º Ano | 3° Bimestre
Disciplina
Curso
Bimestre
Série
Ciências
Ensino Fundamental
3°
8º ano
Habilidades Associadas
1. Justificar a homeostasia como característica fundamental dos seres vivos.
2. Perceber o sistema endócrino, o sistema nervoso e os órgãos dos sentidos como
responsáveis pela relação do organismo com o ambiente.
3. Distinguir as funções dos sistemas endócrino e nervoso.
Apresentação
A Secretaria de Estado de Educação elaborou o presente material com o intuito de estimular o
envolvimento do estudante com situações concretas e contextualizadas de pesquisa, aprendizagem
colaborativa e construções coletivas entre os próprios estudantes e respectivos tutores – docentes
preparados para incentivar o desenvolvimento da autonomia do alunado.
A proposta de desenvolver atividades pedagógicas de aprendizagem autorregulada é mais uma
estratégia pedagógica para se contribuir para a formação de cidadãos do século XXI, capazes de explorar
suas competências cognitivas e não cognitivas. Assim, estimula-se a busca do conhecimento de forma
autônoma, por meio dos diversos recursos bibliográficos e tecnológicos, de modo a encontrar soluções
para desafios da contemporaneidade, na vida pessoal e profissional.
Estas atividades pedagógicas autorreguladas propiciam aos alunos o desenvolvimento das
habilidades e competências nucleares previstas no currículo mínimo, por meio de atividades
roteirizadas. Nesse contexto, o tutor será visto enquanto um mediador, um auxiliar. A aprendizagem é
efetivada na medida em que cada aluno autorregula sua aprendizagem.
Destarte, as atividades pedagógicas pautadas no princípio da autorregulação objetivam,
também, equipar os alunos, ajudá-los a desenvolver o seu conjunto de ferramentas mentais, ajudandoos a tomar consciência dos processos e procedimentos de aprendizagem que ele pode colocar em
prática.
Ao desenvolver as suas capacidades de auto-observação e autoanálise, ele passa ater maior
domínio daquilo que faz. Desse modo, partindo do que o aluno já domina, será possível contribuir para
o desenvolvimento de suas potencialidades originais e, assim, dominar plenamente todas as
ferramentas da autorregulação.
Por meio desse processo de aprendizagem pautada no princípio da autorregulação, contribui-se
para o desenvolvimento de habilidades e competências fundamentais para o aprender-a-aprender, o
aprender-a-conhecer, o aprender-a-fazer, o aprender-a-conviver e o aprender-a-ser.
A elaboração destas atividades foi conduzida pela Diretoria de Articulação Curricular, da
Superintendência Pedagógica desta SEEDUC, em conjunto com uma equipe de professores da rede
estadual. Este documento encontra-se disponível em nosso site www.conexaoprofessor.rj.gov.br, a fim
de que os professores de nossa rede também possam utilizá-lo como contribuição e complementação às
suas aulas.
Estamos à disposição através do e-mail [email protected] para quaisquer
esclarecimentos necessários e críticas construtivas que contribuam com a elaboração deste material.
Secretaria de Estado de Educação
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Caro aluno,
Neste caderno, você encontrará atividades diretamente relacionadas a algumas
habilidades e competências do 3° Bimestre do Currículo Mínimo de Ciências do 8º ano
do Ensino Fundamental. Estas atividades correspondem aos estudos durante o período
de um mês.
A nossa proposta é que você, aluno, desenvolva estas Atividades de forma
autônoma, com o suporte pedagógico eventual de um professor, que mediará as trocas
de conhecimentos, reflexões, dúvidas e questionamentos que venham a surgir no
percurso. Esta é uma ótima oportunidade para você desenvolver a disciplina e
independência indispensáveis ao sucesso na vida pessoal e profissional no mundo do
conhecimento do século XXI.
Neste Caderno de Atividades, vamos aprender algumas características das
Ciências, voltados ao funcionamento do corpo humano. Você aprenderá que os
hormônios e o sistema nervoso interagem a todo instante para ajudar a manter o
controle do corpo. E verá que pode notar isso facilmente em sua vida!
Este documento apresenta 06 (seis) aulas. As aulas podem ser compostas por
uma explicação base, para que você seja capaz de compreender as principais ideias
relacionadas às habilidades e competências principais do bimestre em questão, e
atividades respectivas. Leia o texto e, em seguida, resolva as Atividades propostas. As
Atividades são referentes a um tempo de aula. Para reforçar a aprendizagem, propõese, ainda, uma avaliação e uma pesquisa sobre o assunto.
Um abraço e bom trabalho!
Equipe de Elaboração
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Sumário
Introdução ...........................................................................................
03
Aula 01: O sistema nervoso – uma visão geral ....................................
05
Aula 02: As ciências que estudam o sistema nervoso .........................
10
Aula 03: O cérebro nosso de cada dia .................................................
13
Aula 04: As sensações em nosso corpo ...............................................
17
Aula 05: Drogas e adolescência ...........................................................
21
Aula 06: Cérebro, Adolescência e Mudanças ......................................
26
Avaliação .............................................................................................
30
Pesquisa ...............................................................................................
32
Referências ...........................................................................................
33
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Aula 1: O sistema nervoso – uma visão geral
Caro aluno, provavelmente você já usou alguma vez a palavra “nervoso”. Em
geral, você deve ter usado a palavra para descrever alguém quando ela está um pouco
estressada, não é mesmo? Mas, de onde vem esse nome?
A palavra “nervoso”, deriva da palavra nervos, que são várias fibras fininhas
(como linhas transparentes) que saem do cérebro e da medula espinhal. São
estruturas longas e grandes o suficiente, sendo espalhadas por todas as partes do
corpo. Por incrível que pareça, já eram conhecidos por povos antigos egípcios, gregos
e romanos. Mas, como a ciência não era tão desenvolvida naquele período, a estrutura
interna dos nervos só conseguiu ser melhor compreendida após o desenvolvimento de
bons microscópios.
Ao se observar um nervo no microscópio, podemos notar que eles consistem
principalmente de axônios de neurônios, juntamente com uma variedade de
membranas que os envolvem e os separam em diferentes fascículos. Ali dentro
também existem vasos sanguíneos que nutrem as fibras nervosas e lhes fornecem
oxigênio. A imagem abaixo nos mostra um nervo por dentro:
Imagem 1 – Organização interna de um nervo. http://tinyurl.com/kws8phm
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Observando a imagem, você percebe que formando um fascículo nervoso,
existem vários axônios. Mas o que é isso, afinal? Um axônio é uma parte de uma célula
nervosa chamada neurônio.
Formando o sistema nervoso temos várias células especializadas. As mais
famosas são os neurônios (maiores células do sistema nervoso) que dão origem aos
nervos. Mas essas células não inteiramente dentro dos nervos: uma parte delas forma
os nervos e a outra se localiza no cérebro, na medula central, ou gânglios nervosos.
Estas células são bastante especiais porque são responsáveis pelo impulso nervoso que
é transmitido de um neurônio ao outro (ou de um neurônio para um músculo ou de
um neurônio para qualquer outro órgão também e vice-versa), permitindo que a
informação chegue ao sistema nervoso central. O curioso é que a comunicação
química que ocorre entre os neurônios (chamada sinapse) parte dos dendritos. Dos
dendritos, percorrem toda a extensão do axônio e, através de suas terminações,
emitem substâncias (neurotransmissores) que são capturadas pelos dendritos de outro
neurônio. E assim sucessivamente acontece a todo o momento com vários neurônios.
O mais intrigante é que os dendritos e axônios não se tocam. Portanto, a comunicação
entre elas é basicamente química. Observe abaixo uma imagem de um neurônio e
conheça suas particularidades:
Imagem 2 – A organização de um neurônio.
http://www.filosofiaadistancia.com.br/grava%C3%A7%C3%B5es%20agosto/Neuroci%C3%AAncias/Neuroc2.jpg
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O sistema nervoso é o principal responsável pela coordenação das atividades
musculares, do funcionamento dos órgãos, e permite que o corpo sinta as sensações
(gosto, cheiro, toque, som etc.) a partir de estímulos do meio. Em parceria com os
hormônios (sistema endócrino), realizam um trabalho fantástico na busca do equilíbrio
do corpo (chamada de homeostase, como vimos nas aulas do bimestre anterior).
Todas as partes do sistema nervoso de um animal são feitas de tecido nervoso
e seus estímulos são dependentes do meio. Mas atenção: o sistema nervoso não é
formado apenas por nervos. Ele é formado também pelo cérebro e outros órgãos
dentro de nossa cabeça e pela medula espinhal dentro de nossa coluna. Por isso,
classificamos o nosso sistema em: sistema nervoso central (no centro do corpo) e
sistema nervoso periférico (na periferia, espalhado no corpo).
SISTEMA NERVOSO
CENTRAL
Encéfalo + Medula
espinhal
PERIFÉRICO
Nervos + gânglios
nervosos
Mas uma pergunta que não quer calar: Apenas os seres humanos apresentam
sistema nervoso? Por mais curioso que seja não somos os únicos privilegiados com
esse grande e complexo sistema. Todos os animais, exceto as esponjas, são regulados
por um sistema nervoso, mas em muitos grupos de animais, o sistema nervoso é super
simples. Nas águas-vivas, por exemplo, o sistema nervoso é organizado em uma rede
espalhada de células isoladas.
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Atividade 1
Caro aluno, agora vamos realizar algumas questões para praticarmos o que
aprendemos na aula 1.
QUESTÃO 1 – A Comunicação entre os neurônios recebe um nome especial: são
chamadas sinapses. As terminações de um axônio liberam substâncias que são
capturadas pelos dendritos de outros neurônios, estabelecendo uma conexão nervosa.
Essas substâncias são chamadas:
(a) transmissões neuróticas;
(b) neurotransmissores;
(c) transmissores nervosos;
(d) neurotransmissões.
QUESTÃO 2 – Leia o material com atenção e repare bem a organização de um
neurônio. Identifique bem suas estruturas e represente-os abaixo, indicando em que
partes da célula ocorrem as sinapses:
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QUESTÃO 3 – Como o sistema nervoso pode ser classificado? Que órgãos fazem parte de
cada organização? Pense e responda com atenção:
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Aula 2: As ciências que estudam o sistema nervoso
Caro aluno, você já ouviu falar em Neurociência? Pode ser até um nome
diferente, mas se você refletir bem pode lembrar-se de ter ouvido essa palavra em
algum documentário, noticiário ou até mesmo em algum outro programa de televisão
ou internet.
Mas, o que de fato vem a ser a Neurociência? Bom, se analisarmos as duas
partes que formam esta palavra (Neuro e Ciência), a coisa fica mais simples.
Neurociência é o estudo científico do sistema nervoso. É uma área que os cientistas
chamam de área interdisciplinar (entre várias disciplinas), onde a Biologia é o carro
chefe. Diferentes outras ciências e áreas do conhecimento colaboram para os estudos
da Neurociência, como a química, a ciência da computação, a engenharia, a
antropologia, a linguística, a matemática, a medicina e disciplinas afins, filosofia, física
e psicologia, por exemplo:
Imagem 1 – Diversos conhecimentos sobre o cérebro e o restante do sistema
nervoso são mapeados com a neurociência. http://tinyurl.com/lqqr848
É muito comum você escutar um cientista usar o termo neurobiologia de forma
alternada com o termo neurociência. Mas, preste atenção: Embora o primeiro se refira
especificamente a biologia do sistema nervoso, o último se refere a toda a ciência do
sistema nervoso. E uma outra confusão às vezes, surge quando falamos em neurologia.
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Esta área de atuação é exclusivamente médica, tratando dos distúrbios estruturais do
sistema nervoso, ou seja, distúrbios neurológicos. Diferente da Neurociência, a
neurologia lida com o diagnóstico e tratamento de doenças que envolvem os sistemas:
nervoso central e periférico, incluindo os seus revestimentos, vasos sanguíneos, e
todos os tecidos que os compõem.
A hipótese de trabalho mais fundamental da neurociência é que o que somos,
fazemos, pensamos e desejamos é resultado do funcionamento do sistema nervoso e
sua interação com o corpo. Toda a pesquisa em neurociência é atualmente baseada
nessa ideia, e busca entender justamente como a estrutura e funcionamento do
sistema nervoso, juntamente com a história de vida de cada um, a cultura, a sociedade
e a genética fazem de nós o que somos, individualmente, como seres humanos, e
como animais. Isso quer dizer que apenas a Biologia não seria suficiente para explicar
todas essas questões e é justamente isso que faz da Neurociência uma área tão ampla.
Podemos dizer que atualmente a neurociência tem sido ampliada para incluir
diferentes abordagens usadas para estudar os aspectos moleculares, celulares, de
desenvolvimento, estruturais, funcionais, evolutivos e médicos do sistema nervoso,
ainda sendo aberta para incluir a cibernética como estudo da comunicação e controle
no animal e na máquina com resultados importantes para ambas as áreas do
conhecimento.
Diferentes estudos e técnicas são usados pelos neurocientistas: desde estudos
moleculares (de como se comportam algumas moléculas do corpo, como enzimas, por
exemplo) e celulares de neurônios individuais até imageamento de tarefas sensoriais e
motoras no cérebro.
Muitos conhecimentos do que ocorre no cérebro dos adolescentes, por
exemplo, (e isso deve ser interessante para você), sabemos hoje devido aos avanços
teóricos recentes na neurociência. Em relação à aprendizagem, sabemos, por exemplo,
com base em evidências neurocientíficas, que há uma correlação entre o tipo de
ambiente e o aumento das sinapses (conexões entre as células cerebrais) e que podem
favorecer o aprendizado. Mas quem define o que é um meio estimulante para cada
tipo de aprendizado? Que tipo de assunto nos atrai na escola? Algumas dessas
curiosidades você será capaz de entender na próxima aula.
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Atividade 2
Caro aluno, agora realizaremos algumas questões referentes à aula 2. Para isso,
observe a seguinte charge:
Imagem 2 - http://www.nanihumor.com/2013/06/cartum_4377.html
QUESTÃO 1 - O que você entende sobre a charge? O que ela quer dizer para você?
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QUESTÃO 2 – Na situação acima, para entender o que acontece com o cérebro e a
aprendizagem de Adão, o que seria mais conveniente: um neurocientista ou um
neurologista? Por que você propõe essa área de conhecimento?
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QUESTÃO 3 – Tente explicar o porquê de a neurociência ser uma área de
conhecimento interdisciplinar, no contexto na charge:
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Aula 3: O cérebro nosso de cada dia
Caro aluno, você já viu na aula 1, o sistema nervoso é formado por uma série de
elementos, sustentada por uma rede grandiosa e microscópica de células nervosas
extremamente organizadas. Não é mesmo?
Um dos órgãos do nosso sistema nervoso, especificamente do sistema nervoso
central, é o famoso cérebro. Ele é um órgão particularmente complexo e extenso.
Representa cerca de 2% da massa total do corpo, recebendo, ainda assim, em torno de
25% de todo o sangue que é bombeado pelo coração. Para se ter uma ideia da
importância deste órgão vai uma informação: o cérebro utiliza cerca de 20 % da
energia produzida pelo corpo.
O cérebro se assemelha a uma noz, só que em tamanho bem maior. Divide-se
em dois hemisférios: esquerdo e o direito. É um conjunto distribuído de milhares de
células que se estende por uma área de mais de um metro quadrado dentro do qual
conseguimos diferenciar certas estruturas correspondendo às chamadas áreas
funcionais. Cada hemisfério contém quatro partes conhecidas como lobos cerebrais,
como podemos observar na imagem 1 abaixo: lobo frontal (azul), lobo parietal
(amarelo), lobo occipital (rosa) e lobo temporal (verde). Observe a organização geral
dos lobos cerebrais:
Imagem 1 – Lobos cerebrais - http://tinyurl.com/n3ug538
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O lobo frontal está associado à atividade motora, articulação da fala,
pensamento e planejamento – responsável por cognição e memória. O lobo parietal
responde pela interpretação das sensações e pela orientação do corpo. O lobo
occipital interpreta a visão. Nos lobos temporais as emoções e a memória são
trabalhadas, fornecendo ao indivíduo a capacidade de identificar e interpretar objetos
ao recuperar informações passadas.
Observe abaixo na imagem 2, o tamanho de um cérebro humano. Perceba sua
dimensão, seus dois hemisférios e uma membrana que o envolve, de cor bem clarinha.
Essa membrana é a meninge, que protege todo o encéfalo e segue pela medula
espinhal. Se essa membrana sofrer uma infecção por algum agente patológico (que
causa doença), pode gerar o que os médicos chamam de meningite. Já ouviu falar
nisso?
Imagem 2 – Um neurocientista segurando um cérebro humano. http://tinyurl.com/lzhf5qz
Segundo os neurocientistas, o hemisfério esquerdo é dominante em cerca de
98% dos seres humanos (chamados destros, ou seja, aqueles que têm a facilidade de
fazer as coisas com a mão direita, por exemplo). Este hemisfério é responsável pelo
pensamento lógico e habilidade de se comunicar. Já o hemisfério direito assume o
pensamento simbólico e a criatividade, embora algumas pesquisas atuais questionem
esse conhecimento, comprovando que existem partes do hemisfério esquerdo,
destinadas à criatividade e vice-versa. Nos canhotos as funções estão invertidas. O
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hemisfério é considerado dominante porque nessa região encontramos duas áreas
especializadas: a que se dedica a motricidade da fala, e a responsável pela
compreensão verbal, funções muito importantes para a interação e sobrevivência da
espécie humana.
No cérebro há uma distinção visível entre a chamada massa cinzenta e a massa
branca. Observe a imagem 3 abaixo. Na parte mais interna (mais clara) temos a massa
branca e na parte mais externa, temos o que chamamos de massa cinzenta:
Imagem 3 – Massa branca e cinzenta do cérebro. http://tinyurl.com/m6lwq3a
A massa branca se localiza mais internamente. Já a massa cinzenta corresponde à
camada mais externa do órgão (tecido rugoso de cerca de dois milímetros de espessura)
sendo também chamado de córtex cerebral. Essa zona é um importante local, importante
porque é responsável por funções complexas como memória, atenção, consciência,
linguagem, percepção e pensamento. Constituída por essa massa cinzenta, essa estrutura
permitiu ao ser humano desenvolver cultura, entender coisas que não pode ver e até
mesmo viver em equipe.
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Atividade 3
Agora praticaremos algumas questões sobre a aula 3:
QUESTÃO 1 – Como você descreveria o seu cérebro? Como ele é formado, sua
organização, divisões, etc?
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QUESTÃO 2 – Pense e busque explicar porque a minoria das pessoas é canhota. Por
que isso acontece?
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QUESTÃO 3 – Uma membrana especial envolve e protege todo o sistema nervoso
central. No caso de uma infecção por microrganismos que atinja essa membrana, a
consequência imediata é uma:
(a) encefalite;
(b) neurite;
(c) meningite;
(d) membranite.
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Aula 4: As sensações em nosso corpo
Caro aluno, os nossos sentidos (visão, olfato, audição e equilíbrio, tato etc.)
recebem informações do mundo que nos rodeia. Estas mensagens são enviadas como
impulsos sensoriais primeiramente ao tálamo (parte do cérebro que também controla
as emoções e comportamentos) e depois para regiões do córtex cerebral (a parte
cinzenta como vimos na aula anterior) específicas de cada sentido. Dessa forma, o
cérebro as reúne, organiza e armazena. De forma adequada, transmite impulsos
nervosos que ditam o comportamento motor e mantém as funções do corpo, como
batimento cardíaco, pressão arterial, balanço hídrico e temperatura corporal. Ou seja,
no fundo, todas as atividades do corpo, incluindo os órgãos sensoriais buscam o estado
de equilíbrio do organismo, os quais chamamos de homeostase.
O cérebro também produz hormônios que influenciam outros órgãos, reagindo
a hormônios produzidos em outras partes do corpo também. Nos mamíferos, grande
parte destas substâncias é liberada no sistema circulatório pela glândula pituitária,
também conhecida como hipófise (a glândula mestra). O sistema nervoso está tão
integrado ao sistema endócrino que, por exemplo, quando passamos por uma situação
de estresse, produzimos adrenalina em nossas glândulas suprarrenais, o que envia
mensagens ao cérebro para se preparar para o perigo. Isto revela o quanto todo o
nosso corpo está conectado e em sintonia com o sistema nervoso. Os órgãos
relacionados às sensações, como os olhos, o nariz, a língua, a pele e os ouvidos são
fundamentais para capturar os estímulos do ambiente que chegarão a áreas
específicas cerebrais.
Podemos identificar dois grandes grupos de sentidos em nosso corpo: Os
sentidos especiais e os sentidos gerais. Em relação aos sentidos Especiais temos: o
olfato, a gustação, a visão, a audição e o equilíbrio. E complementando esses sentidos
Especiais, temos os sentidos mais Gerais, caracterizados pelas sensações capturadas
pelas sensações táteis, térmicas, de pressão e sensações de dor, por exemplo, e pelas
sensações viscerais sobre as condições internas dos líquidos corporais e dos órgãos.
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Observe na imagem 1, algumas sensações capturadas por órgãos específicos
em nossos corpos:
Imagem 1 – Alguns órgãos sensitivos e suas áreas cerebrais responsáveis –
http://tinyurl.com/klmm66n
A pele, como falamos em aulas anteriores, é o maior órgão do corpo humano,
correspondendo a cerca de 16 % em extensão. É responsável pelo tato e tem outras
funções importantes, como manter os órgãos internos isolados do meio ambiente,
ajudar no controle da temperatura do corpo eliminando o suor, proteger contra a
invasão de micróbios que prejudicam o organismo etc. Na pele que reveste os dedos,
há linhas bem particulares que formam as digitais, que são diferentes de uma pessoa
para outra.
Quando falamos de sensações, o ouvido é outro órgão importante para a nossa
sobrevivência. Ele é responsável pela audição e pela manutenção do equilíbrio do
corpo. As orelhas compõem a parte externa do ouvido e funcionam como um radar,
captando todos os tipos de sons. O ouvido é muito sensível e sons muito altos aos
ouvidos, podem provocar perdas auditivas. Por isso, principalmente você adolescente,
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tome sempre muito cuidado com seus ouvidos. Se preserve, não ouvindo músicas com
volume muito alto, pois isso pode ser prejudicial para você a curto e longo prazo.
Portanto, todo som deve ser apreciado com moderação.
Com relação ao sentido do paladar, o órgão responsável é a língua, que
identifica o sabor dos alimentos através das papilas gustativas. Estas estruturas se
espalham por toda a língua e em cada ponto dela há papilas que distinguem um sabor
específico. Perceba que, quando você sai da escola e vai faminto para casa e , ao
chegar, sente o cheiro de algum alimento muito saboroso você fica com “água na
boca”, não é mesmo? E isso tem uma explicação: isso acontece porque com o cheiro
nosso organismo se prepara para comer e por isso libera mais saliva, dando a sensação
de água na boca.
E por falar em sentir cheiro, sua percepção tem relação com o sentido do
olfato. E não é propriamente o nariz, o responsável por essa sensação, mas sim os
receptores internos que distinguem o tipo de cheiro que sentimos e envia as
informações para o cérebro. Ele as guarda e, quando cheiramos novamente a mesma
coisa, de imediato essa memória é acionada para sua identificação. Por isso não é tão
difícil identificarmos o perfume de alguém de longe, assim como também não é difícil
sentirmos quem não colocou desodorante num dia quente de verão. Não é verdade?
Mas curiosamente, o olfato pode também servir de alerta sobre algum perigo próximo,
como o cheiro de fumaça, que pode indicar um incêndio ou mesmo quando sentimos
um cheiro diferente do normal, em alimentos indicando que já não devem mais ser
consumidos.
Finalmente chegamos ao sentido da visão, cujos órgãos responsáveis são os
olhos. Nossos olhos são muito sensíveis e precisam de proteção contra poeira e outros
elementos que podem prejudicá-los, daí a importância das pálpebras, sobrancelhas e
cílios que fazem essa proteção.
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Atividade 4
Caro aluno, abaixo desenvolveremos algumas questões sobre a aula 4:
QUESTÃO 1 – Explique com suas palavras, porque temos a sensação de água na boca
ao sentirmos um cheiro de comida bastante AGRADÁVEL? Por que isso acontece?
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QUESTÃO 2 – Reflita calmamente e responda: Qual a relação entre os órgãos
sensoriais e a homeostase do organismo? Não se esqueça de que homeostase é o
estado de equilíbrio entre as partes do organismo.
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QUESTÃO 3 – Pense em você como adolescente e nas coisas que realiza no seu dia a
dia. Qual a importância da higiene para seus órgãos dos sentidos? Escolha dois desses
órgãos e defenda o seu ponto de vista.
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Aula 5: Drogas e adolescência
Caro aluno observe as duas ações da imagem abaixo. Você consegue ver
alguma semelhança entre elas?
Imagem 1 – Um copo de cerveja e um cigarro. http://tinyurl.com/kvhmgc2
Se você respondeu que ambas dizem respeito ao consumo de drogas, você tem
razão. Na realidade elas não são especificamente “drogas”, mas apresentam as
mesmas em sua constituição. Por exemplo, no caso do copo de cerveja, há grandes
concentrações de álcool. E no cigarro grandes concentrações de nicotina e outras
substâncias. Dizemos então que o álcool e a nicotina são drogas.
Mas, o que são drogas afinal? Estamos rodeados por diferentes tipos delas. Os
medicamentos que fazemos uso quando estamos doentes, os produtos de limpeza, os
produtos de higiene, etc. Em todos eles há diferentes tipos de drogas. De forma geral,
a palavra droga define toda substância natural ou não, que modifica as funções
normais de um organismo. Elas também são chamadas de: entorpecentes ou
narcóticos. Tanto que o tráfico de drogas é conhecido legalmente como narcotráfico.
A maioria das drogas são produzidas à partir de plantas (drogas naturais), como
por exemplo a maconha, que é feita com Cannabis sativa, e o Ópio, proveniente da flor
da Papoula. Outras são produzidas em laboratórios (drogas sintéticas), como o Ecstasy
e o LSD. A maioria causa dependência química ou psicológica, agindo diretamente no
sistema nervoso central (principalmente no cérebro), sendo por este motivo
conhecidas também como drogas psicotrópicas e alterando claramente as funções
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mentais como: o raciocínio e o bom senso. E é justamente nessa questão que mora o
perigo: o seu uso pode gerar superdependência e levar a óbito (morte) por overdose,
como podemos ver na televisão com vários artistas.
Por incrível que pareça o uso de drogas não é apenas coisa de novela, filmes ou
caso de alguém famoso. O seu uso, principalmente na adolescência, tem crescido cada
vez mais. Drogas como o craque e a cocaína têm se espalhado muito entre os jovens
de sua geração. No entanto, o álcool e o fumo na juventude parecem ser as drogas
mais consumidas e, portanto, precisam de atenção especial.
Quando um jovem consome cigarro de tabaco ou maconha, por exemplo, as
drogas causam alterações cerebrais muito importantes. E isso acontece de forma
semelhante com outras drogas, mudando apenas a forma de uso (aspirada, fumada ou
injetada na veia). No caso do tabaco, existe um princípio ativo chamado de nicotina.
Essa substância no cérebro é responsável pelo efeito que provoca dependência. A
nicotina é considerada uma substância estimulante, mas não é considerada uma droga
alteradora do sistema nervoso (alterações na percepção de tempo, espaço, e visão,
por exemplo, como cocaína, maconha, álcool, e outras drogas).
Para entender melhor como a nicotina gera dependência química, vale lembrar
que, no cérebro há cem bilhões de neurônios, células características do sistema
nervoso, como vimos em aulas anteriores. É através deles que o estímulo é conduzido
de um para outro neurônio, formado por ramificações (dendritos) e pelo
prolongamento celular (axônio). Os dendritos não se ligam propriamente, existindo um
pequeno espaço livre chamado sinapse onde várias substâncias químicas são liberadas
e absorvidas. Uma das mais importantes é a dopamina. Quando um jovem fuma então,
surge o estímulo que dá prazer. A quantidade de dopamina diminui no interior da
sinapse e, como a chave que entra numa fechadura, penetra nos receptores do
neurônio seguinte e transmitem a sensação de prazer. A dopamina que sobra na
sinapse é reabsorvida pelos receptores da membrana do neurônio que emitiu o sinal e
a sensação de prazer desaparece, como pode ser visto na imagem 2. O que acontece
quando a pessoa fuma o tabaco ou a maconha (ou outra droga) é que a nicotina
entope os receptores que reabsorvem a dopamina, deixando-a por mais tempo na
sinapse e perpetuando a sensação de prazer. Ou seja, de forma mais clara, a nicotina
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engana os neurônios. Esse mecanismo acontece de forma semelhante com o uso de
outras drogas psicoativas.
Imagem 2 – Nicotina se ligando a receptores neuronais. http://tinyurl.com/lgay9r4
Um grande número de jovens para se sentir acolhido pelos amigos (que no
fundo não tem nada de amigos, não é mesmo?) ou até mesmo para revelar
independência, começa a fazer uso do álcool e do cigarro para mostrar ser uma pessoa
que de fato não é. Você, adolescente, não deve esquecer que ainda há muita vida pela
frente para alcançar todos os seus sonhos. Por isso, não se deixe levar pelo o que os
outros pensam. O mais importante é o que você pensa e acredita para a sua vida! E a
sua saúde é sempre a coisa mais importante. Para você ter uma ideia, as pessoas que
tentam abandonar as drogas podem sofrer com a Síndrome de Abstinência, que são
reações do organismo à falta da droga. Sem fumar, o dependente entra num quadro
de ansiedade crescente, que só passa com uma tragada. Enquanto as demais drogas
dão trégua de dias, ou pelo menos de muitas horas, ao usuário, as crises de
abstinência da nicotina se sucedem em intervalos de minutos. Para evitá-las, o
fumante precisa ter o maço ao alcance da mão. Muitos depoimentos de dependentes
da nicotina mostram que, para eles, parece que está faltando uma parte do corpo.
Como o álcool dissolve a nicotina e favorece sua excreção por aumentar a diurese
(produção de urina pelos rins), quando o fumante bebe, as crises de abstinência se
repetem em intervalos tão curtos que ele mal acaba de fumar um, já acende outro. Por
isso é tão difícil largar as drogas. Muitas até tentam, mas não conseguem ficar muito
tempo longe delas e recomeçam a se drogar devido ao vício. Então, pense sempre
duas vezes antes de utilizar qualquer entorpecente (até mesmo medicamentos), pois o
sofrimento que você poderá colher é extremamente doloroso. Lembre-se sempre que
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além de você, muitas outras pessoas que o amam sofrerão caso você entre no mundo
das drogas.
Atividade 5
Agora, leia com atenção as questões e tente realiza-las lembrando da aula 5:
QUESTÃO 1 – Observe com atenção a charge abaixo:
Imagem 3 – De pai para filho - http://tinyurl.com/ky2pxmz
Como você interpreta essa charge? Que valores são importantes que os pais
desenvolvam para uma Educação para seus filhos sem o uso de drogas?
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QUESTÃO 2 – Pense nas pessoas que você se relaciona (família, amigos, conhecidos e
etc). Quantas pessoas você acredita que sejam dependentes de alguma substância
entorpecente (tabaco, álcool e etc)? Você não precisa identificá-las! Apenas some
todas as que você lembrar e especifique que tipo de droga cada uma utiliza (ou mais
de uma).
QUESTÃO 3 – Explique com suas palavras (sem tirar diretamente do texto), por que é
tão difícil alguém dependente químico do álcool, do cigarro ou outra droga conseguir
se livrar da dependência:
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Aula 6: Cérebro, Adolescência e Mudanças
Caro aluno, provavelmente você já deve ter percebido que, em muitas
ocasiões, você começa a fazer coisas que não entende bem o porquê. Não é mesmo?
Na fase que você se encontra da adolescência, muitos jovens gostam de se refugiar no
quarto, se apaixonar loucamente, de esportes radicais e, sobretudo, adoram quebrar
regras, além de forçar um certo distanciamento dos pais. Será que alguma dessas
coisas já aconteceu com você?
Para os neurocientistas tudo isso é absolutamente normal, dentro do bom
senso e do respeito à individualidade do outro. O que acontece é que nesse período
ocorre uma reorganização no cérebro do ser humano, onde ocorre também uma
produção de matéria prima, ou seja, mais conexões entre os neurônios, seguida da
eliminação das conexões que não servem mais. Ou seja, as mudanças são frenéticas!
Portanto, o período da adolescência é uma fase de intenso aprendizado,
principalmente em relação ao conhecimento de coisas novas e diferentes do que o
jovem está habituado a vivenciar. Por isso você às vezes tem vontade de fazer coisas
que nunca experimentou, principalmente com os amigos. No entanto, como vimos na
aula anterior, você deve ser sensato e inteligente para saber medir o que é bom e ruim
para você, para não correr o risco de se meter em encrenca.
No adolescente ocorrem diferentes mudanças no cérebro, das quais as
mudanças mais específicas são no sistema de recompensa. Mas, o que é isso? É ele
que nos faz sentir prazer e querer mais do que é bom. E esse sistema passa por
grandes mudanças logo no começo da adolescência, o que provavelmente causam os
sinais mais característicos da nova fase: o tédio, o gosto por riscos, a busca de
novidades, etc. Você já percebeu, por exemplo, que, mesmo tendo muitas atividades,
sente ou sentia um imenso tédio? Essa é uma consequência imediata dessas mudanças
e não deve ser confundido com pessimismo.
Em relação ao pensamento, nessa etapa da vida humana uma parte do córtex
(falamos dele na aula anterior), amadurece e passa a permitir o raciocínio abstrato,
melhora a memória e a concentração, e começa a permitir o controle de impulsos
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(aquele de contar até dez antes de ser grosseiro com alguém, principalmente com seus
pais), que antes você não tinha.
Uma outra região do córtex somente amadurece no final da adolescência e
possivelmente permite, só então, o raciocínio consequente. Isso quer dizer que mais
ao final deste período, o jovem apresenta um comportamento mais responsável,
levando mais em conta as possíveis consequências de seus atos antes da ação. Devido
a isso, muitos novos adolescentes não sabem pensar sozinhos nos resultados ruins de
suas ações.
Também nesse final da adolescência, o circuito social começa a amadurecer
mais. É quando o comportamento jovem começa a se tornar mais sociável e o jovem
se revela mais simpático, solidário e capaz de se colocar no lugar dos outros e usar esta
informação na hora de agir.
Imagem 1 – O circuito social amadurece. http://tinyurl.com/msk7vhr
Para alguns neurocientistas, estas mudanças costumam começar primeiro nas
meninas. Estudos demonstram que elas começam a fase de transformação cerebral
antes dos meninos. Portanto meninos, não se sintam constrangidos, mas elas passam a
adolescência inteira mais ou menos 'na frente' de vocês. Mas o que a neurociência
explica com mais detalhes, já é conhecido por muito tempo: meninas de 14 anos
podem ser moças bastante maduras, enquanto meninos de 14 anos são meninos de 14
anos.
Todas essas mudanças são muito importantes para os jovens. Nesta fase o
adolescente precisa conhecer e aceitar seus limites. Para a neurociência, o
autoconhecimento é muito importante e ajudará o jovem a se desenvolver. O que
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você precisa na adolescência é de novos estímulos. Não fique com medo de arriscar
em coisas novas. Você deve estimular o seu cérebro com diferentes atividades que o
estimularão seu desenvolvimento. Por isso, aventure-se na literatura, no cinema, na
música, no esporte, nas amizades. Mas atenção! Cuidado com as aventuras. Usar
drogas na adolescência, como vimos na aula anterior, é uma péssima ideia. Não se
esqueça de que o sistema nervoso sobre o qual elas agem está em uma fase crítica de
desenvolvimento. O adolescente já é por natureza impulsivo e isso nem sempre é bom.
Vá sempre com calma e não se esqueça de que a parte do cérebro responsável pelas
decisões responsáveis ainda está em desenvolvimento. Portanto, nem tudo faz ou fará
sentido para o jovem. Por isso mesmo, você deve tomar pequenas decisões e pensar o
máximo possível nelas, pois afinal só praticando, que se aprende. Não é verdade?
Devido também a essas transformações no cérebro, adolescentes vivem
grandes paixões. Eles entendem melhor e mais rápido do que os pais como usar
equipamentos modernos, como computadores, celulares, jogos eletrônicos, etc. Em
parte pelo prazer de usar suas recém-descobertas habilidades de raciocínio lógicos e
intelectuais. É uma fase de grandes descobertas literárias, musicais, políticas e
intelectuais de uma maneira geral, quando estantes e mentes começam a se encher de
novas ideias. O fascínio recém-descoberto pelo abstrato leva o jovem não só a
descobrir filosofias, como também a criar a sua própria. E aqui os adolescentes levam
uma enorme vantagem sobre adultos: livres ainda de grandes responsabilidades sobre
os ombros, eles têm tempo só para curtir isso tudo. Que tal então aproveitar esse
momento de adolescência para descobrir novos mundos, novos conhecimentos e
aprender que, quando se quer, tudo se aprende?
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Atividade 6
Caro aluno, as questões abaixo nos ajudarão a relembrar e aula 6.
QUESTÃO 1 – Pense em você e nas últimas mudanças que você tem sofrido (não nas
mudanças do seu corpo, mas em seu comportamento). Cite algumas delas que você
reconheça e ache interessante mudar para melhorar a convivência com as pessoas.
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QUESTÃO 2 – É bastante comum os adolescentes sentirem tédio, achando muita coisa
chata ao seu redor. Tente explicar porque isso ocorre. O que ocorre no cérebro nesse
período?
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QUESTÃO 3 – Pense em alguma tecnologia que você domina o uso, em relação a seus
pais ou avós, por exemplo. Descreva esse equipamento, dizendo por que você sente
vontade de utilizá-lo. O que ele tem que é agradável? Tente explicar o porquê do
cérebro de muitos jovens lidarem tão bem com novas tecnologias:
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Avaliação
Agora caro aluno, vamos avaliar seus conhecimentos sobre as ciências.
QUESTÃO 1 – Como você explicaria a um colega a diferença entre neurociência e
neurologia?
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QUESTÃO 2 – No nosso cérebro, temos dois hemisférios: um direito e um esquerdo.
Diferencie basicamente suas funções:
HEMISFÉRIO ESQUERDO
HEMISFÉRIO DIREITO
QUESTÃO 3 – Atualmente os adolescentes adoram usar celulares para vários fins.
Escolha uma função do celular que você goste mais e tente explicar por que
possivelmente o seu cérebro lida tão bem com isso.
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QUESTÃO 4 – Represente um neurônio, indicando suas particularidades e o sentido do
impulso elétrico em seu interior. Capriche na ilustração! Lembre-se que, embora você
não veja, existem milhares dessas células nervosas em seu sistema nervoso.
QUESTÃO 5 – Proponha uma frase de efeito para uma campanha, com o intuito de
sensibilizar os jovens para o distanciamento com o mundo das drogas. Vamos lá! Mãos
a obra!
FRASE:
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Pesquisa
Caro aluno, agora que já estudamos todos os principais assuntos relativos ao 3°
bimestre, é hora de discutir um pouco sobre a importância deles na nossa vida. Então,
vamos lá?
Como vimos em aulas anteriores, o sistema nervoso é uma estrutura
extremamente complexa e que é responsável por diferentes funções no corpo,
auxiliando, junto com o sistema endócrino, na manutenção da homeostase. No
sistema nervoso, ocorrem nos neurônios as sinapses que, no caso do uso de drogas
psicoativas, são prolongadas, gerando prazer intenso. Como vimos, o uso de drogas
entre os jovens é uma questão muito delicada.
O que será proposto então nessa atividade será uma pesquisa sobre a cafeína.
Que substância é essa e em que produtos ela é encontrada? O que ela pode gerar no
organismo? Será que o excesso de cafeína pode gerar dependência? Que tal conhecêla melhor?
Realize a pesquisa com calma e busque aprender tudo o que pesquisou. Só
após ter aprendido e registrado em um rascunho, passe para a folha final que será
entregue.
ATENÇÃO: não se esqueça de identificar as fontes de pesquisa, ou seja, o nome
dos livros e sites nos quais foram utilizados.
Bom trabalho!
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Referências
[1] GOWDAK, D. Ciências Novo Pensar. O Corpo humano. 8º ano. São Paulo:
FTD,2012.
[2] GEWANDSZNAJDER, F. Ciências – Nosso corpo. 8º ano. 4ª Edição. São Paulo: Ática,
2011.
[3] Governo do Estado do Rio de Janeiro. Conexão professor. Disponível em
<http://www.conexaoprofessor.rj.gov>. Acesso em: 02 set. 2013.
[4]
VARELA,
D.
Tabagismo:
Droga
pesada.
Disponível
em
<http://drauziovarella.com.br/dependencia-quimica/tabagismo/droga-pesada/>.
Acesso em: 01 set. 2013.
[5] FINGER, S. Origins of neuroscience: a history of explorations into brain function.
[S.l.]: Oxford Univ. Press, 2001. ISBN 9780195146943
[6] TORTORA, G. J. GRABOWSKU, S. R. Corpo Humano: fundamentos de anatomia e
fisiologia. 6ª Ed. Porto Alegre: Artmed, 2006.
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Equipe de Elaboração
COORDENADORES DO PROJETO
Diretoria de Articulação Curricular
Adriana Tavares Maurício Lessa
Coordenação de Áreas do Conhecimento
Bianca Neuberger Leda
Raquel Costa da Silva Nascimento
Fabiano Farias de Souza
Peterson Soares da Silva
Marília Silva
PROFESSORES ELABORADORES
Alexandre Rodrigues da Costa
Francisco José Figueiredo Coelho
Marcio Sacramento de Oliveira
Rosimeire de Souza Freitas
Tatiana Figueiredo de Oliveira
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