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I SENEDES
I SEMINÁRIO NORDESTINO DE DESENVOLVIMENTO
SUSTENTÁVEL
A Água e o Desenvolvimento Sustentável do Nordeste
CARACTERIZAÇÃO DOS SISTEMAS AGROINDUSTRIAIS
Pôster
Eixo Temático: Desenvolvimento, Sustentabilidade e Competitividade no Semiárido
Nahara de Medeiros Cabral Axiole1
Rita de Kássya Araújo Freitas Melo2
1
Graduada em Biomedicina e aluna especial do Curso de Mestrado em Sistemas
Agroindustriais (UFCG). E-mail: [email protected]
2
Graduada em Farmácia, especialista em Bioquímica e aluna especial do Curso de
Mestrado em Sistemas Agroindustriais (UFCG). E-mail: [email protected]
1 Introdução
No contexto atual, uma grande importância vem sendo dada aos estudos
relacionados aos Sistemas Agroindustriais (SAG), abordando-se as relações que se
processam no interior de tais sistemas, mostrando-se que existe uma verdadeira
dependência entre as indústrias de insumos, os agentes responsáveis pela produção
agropecuária, as indústrias de alimentos e o sistema de distribuição (ZYLBERSZTAJN,
2005).
Assim sendo, percebe-se que os SAGs são compostos por diferentes setores da
economia, nos quais encontram-se inseridos os setores agrícola, industrial e de serviços.
Por outro lado, deve-se destacar que a análise dos sistemas agroindustriais,
proporciona um conjunto de informações por demais úteis à sociedade, contribuindo para
uma melhor definição das políticas públicas, bem como para o desenvolvimento de
ferramentas que possibilitam nestes sistemas uma melhor coordenação/governança e
produção (NEVES et al., 2004).
Impulsionados pelas grandes demandas, os sistemas agroindustriais encontramse em ampla expansão, contribuído de forma significativa para o crescimento da
economia brasileira.
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O presente artigo, de natureza bibliográfica, tem por objetivo promover uma
abordagem sobre a caracterização dos sistemas agroindustriais.
2 Revisão de Literatura
2.1 Conceito de Sistema Agroindustrial (SAG)
Na literatura especializada, várias são as definições apresentadas para a
expressão „sistema agroindustrial‟, comumente abreviada pela sigla SAG. No entanto,
com uma grande frequência, tais definições fazem sempre uma referência à ideia de
conjunto. É, portanto, o que se pode notar quando se avaliar o conceito apresentado para
sistema agroindustrial, por Souza e Avelhan (2009, p. 47), quando expressam: “o conceito
de sistema agroindustrial (SAG) tem em sua essência a noção de conjunto, a visão do
todo, de que as indústrias de insumos, produção agropecuária, indústrias de alimentos e o
sistema de distribuição apresentam relações de dependência entre eles”.
As relações de dependência existentes entre os agentes que integram um
sistema agroindustrial fazem com que não seja possível se promover uma análise
compartimentada, partindo do princípio de que nesse tipo de sistema, um agente ao
mesmo tempo em que exerce uma influência sobre os demais agentes, também por estes
é influenciado.
De uma forma bem objetiva, Begiato et al. (2009, p. 56-57), afirmam que
Sistema Agroindustrial é o nome dado ao conjunto de participantes envolvidos na
produção, processamento e marketing de um produto específico. Neles estão
incluídos o suprimento
de
produção,
operações
de
estocagens,
processamentos e consumo, além das instituições que afetam e coordenam o
fluxo do produto, tais como Governo, associações e mercados.
Quando se analisa o conceito acima apresentado, verifica-se que um sistema de
agroindustrial não é somente composto por atividades produtivas. Dele também fazem
parte as chamadas estratégias de marketing, o gerenciamento de estoque, etc. O próprio
Estado também se faz presente nos sistemas agroindustriais, fiscalizando a produção e a
qualidade do produto final, antes deste chegar ao consumidor.
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Acrescenta Batalha (2006), que o sistema agroindustrial congrega os seguintes
grupos de atores econômicos: agricultura e pesca; indústrias agroalimentares;
distribuição agrícola e alimentar; consumidor final; comércio internacional; indústria e
serviços de apoio.
Como cada um dos setores acima enumerados possui uma série de
características, os SAGs apresentam várias características. Conhecendo estas, é possível
definir e caracterizar tais sistemas.
Na concepção de Zylbersztajn (2005), “ao adotar o conceito amplo de SAG,
busca-se destacar a importância do ambiente institucional e das organizações de suporte
ao funcionamento das cadeias”.
Pelo demonstrado, o sistema agroindustrial funciona em cadeia. Seus diferentes
segmentos trabalham em conjunto, possuindo o mesmo objetivo e voltado para o mesmo
alvo: o consumidor.
Os Sistemas Agroindustriais são complexos. Eles envolvem todos os segmentos
relacionados à produção agropecuária, bem como aqueles setores que transformam,
comercializam e transportam um produto agropecuário básico, levando-o ao consumidor
final (ZYLBERSZTAJN, 2005).
E isto mostra o grau de dependência que existe nestes sistemas. Pois, o
estabelecimento produtivo precisa de insumos. Ao obter o produto agropecuário básico,
repassa para uma empresa que transforma-o. Esta, por sua vez, comercializa o produto
final, que transportado pela logística até o consumidor final, numa verdadeira cadeia
agroindustrial.
Ademais, dentro de um mesmo SAG, existem vários subsistemas, o que torna
necessário a existência de um processo de coordenação eficiente, para se administrar o
sistema como um todo (FARINA, 1997).
3 Considerações Finais
A agroindústria vem se apresentando como sendo um dos segmentos da
economia nacional, que se mostra mais dinâmico, representando uma significativa
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parcela das exportações promovidas pelo Brasil. Ademais, são poucos setores
produtivos que podem ser comparados aos SAGs.
É importante destacar que os sistemas agroindustriais não somente contribuem
para agregarem valor ao produto agropecuário. Ele também proporciona uma
contribuição social: fixa o homem no campo, reduzindo os grandes aglomerados
humanos nos grandes centros.
Percebeu-se também que os consumidores podem contribuir para a mudança de
comportamento dos Sistemas Agroindustriais, fazendo com estes apresentem variadas
oscilações, em decorrência da demanda por determinados produtos. Assim, à medida
que um produto passa a ter uma maior procura, modifica o comportamento dos SAGs.
Essa mudança também pode ocorrer quando a população deixa consumir determinados
produtos. Isto faz do consumidor final a maior preocupação dos sistemas de
agroindústrias.
4 Referências
BATALHA, M. O. Gestão do sistema agroindustrial: a formação de recursos humanos
para o agribusiness brasileiro. Gestão & Produção, v. 22, n. 2, p. 321-330, jan.-mar,.
2006.
FARINA, E. M. M. Q. Abordagem sistêmica dos negócios agroindustriais e a economia de
custos de transação. In: FARINA, E. M. M. Q.; AZEVEDO, P. F. de; SAES, M. S. M. (org.).
Competitividade: mercado, estado e organizações. São Paulo: Singular, 1997.
NEVES, M. F.; ROSSI, R. M.; LOPES, F. F.; CASTRO, L. T.; MARINO, M. K.
Caracterização e Quantificação de Sistemas Agroindustriais visando Ações Coletivas: um
modelo metodológico. I n : SOBER - XLII Congresso Brasileiro de Economia e Sociologia
Rural: Dinâmicas Setoriais e Desenvolvimento Regional, Cuibá-MT, 2004. Anais
eletrônicos.
SOUZA, J. P. de; AVELHAN, B. L. Aspectos conceituais relacionados à análise de
sistemas agroindustriais. Caderno de Administração, v. 17, n. 2, p. 36-46, 2009.
ZYLBERSZTAJN,
D.
Conceitos
gerais,
evolução
e
apresentação
do
sistema
agroindustrial. In: ZYLBERSZTAJN, D; NEVES, M. F. (org.). Economia e gestão dos
negócios agroalimentares. São Paulo: Pioneira Thomson, 2005.
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