AULA FLIP FLOP

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FLIP - FLOP
Os circuitos lógicos estudados até agora são circuitos combinacionais nos
quais as saídas, em qualquer instante de tempo, depende de níveis
presentes nas entradas no instante considerado.
A figura abaixo mostra um diagrama em blocos de um sistema digital geral,
que reúne portas lógica combinacionais com dispositivos de memória. A parte
combinacional recebe sinais lógicos tanto das entradas externas quanto das
saídas dos elementos de memória. O circuito combinacional opera sobre
essas entradas produzindo diversas saídas, algumas das quais são utilizadas
para determinar os valores binários a serem armazenados.
Quaisquer condições de entrada anteriores não têm efeito algum nas saídas
atuais, porque os circuitos lógicos combinacionais não tem memória. A
maioria dos sistemas digitais é composta tanto de circuitos combinacionais
como de elementos de memória.
A figura abaixo mostra o símbolo utilizado para um Flip-Flop genérico. Ele
possui 2 saídas, identificadas como Q e /Q, que são opostas entre si.
e
n
t
r
a
d
a
s
O elemento de memória mais importante é o FLIP-FLOP, que é feito com uma
combinação de portas lógicas.
Embora uma porta lógica, por si só, não tenha capacidade de
armazenamento, várias portas podem ser conectadas de modo a permitir que
a informação seja armazenada. Muitas interconexões diferentes de portas
são usadas para produzir Flip-Flops ( FF).
Flip-Flop, também conhecido como LATCH ou multivibrador biestável, é
um circuito digital pulsado capaz de servir como uma memória de um bit.
A saída Q é chamada de saída normal do FF e /Q é a saída invertida ou
barrada.
Sempre que nos referimos ao estado de um FF, estamos nos referindo ao
estado de sua saída normal (Q). Fica subentendido que sua saída barrada
(/Q) está no estado oposto.
Se dissermos que um FF está no estado alto (1), significa que a saída Q=1
e /Q =0.
Latch R-S
O estado ALTO ou 1 (Q=1 e /Q=0) também é chamado de estado SET.
Sempre que os níveis nas entradas de um FF fazem sua saída ir para o
estado Q=1, denominamos essa operação de setar o FF. Já o estado BAIXO
(Q=0 e /Q=1) também é chamado de CLEAR ou RESET. Sempre que os
níveis nas entradas do FF fazem sua saída ir para o estado Q=0,
denominamos essa operação de ressetar ou limpar o FF.
O circuito de um FF mais simples pode ser construído a partir de duas portas
NAND ou duas portas NOR.
A versão com portas NOR, denominada Latch com portas NOR ou
simplesmente Latch, é mostrada na figura abaixo.
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Um FF pode ter uma ou mais entradas. Essas entradas são utilizadas para
causar o chaveamento do FF entre seus possíveis estados de saída. Vamos
descobrir que a maioria das entradas dos FF necessita apenas ser
momentaneamente ativada ( pulsada) de modo a provocar uma mudança no
estado de saída do FF. E a saída permanecerá neste novo estado mesmo
após o pulso de entrada terminar. Esta é a propriedade de memória do FF.
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SET = RESET = 0 . Este é o estado de repouso normal para o Latch NOR. Não
provoca nenhum efeito no estado de saída.
SET = 1, RESET = 0 . Isto sempre leva Q=1, onde permanece mesmo após SET
voltar a 0.
SET = 0, RESET = 1. Isto sempre limpa, Q = 0, onde permanece mesmo se RESET
voltar a 0.
SET = RESET = 1. Esta condição não existe, pois Q = /Q = 0
RESET
Q
SET
Q
Reset
Latch R-S
A versão com portas NAND, denominada Latch com portas NAND ou
simplesmente Latch, é mostrada na figura abaixo
Latch R-S
As saídas das portas, em condições normais, estão sempre em níveis
lógicos inversos. Existem duas entradas no latch: SET é a que seta Q para o
estado 1; a entrada RESET é a que reseta Q para o estado 0
As entradas estão normalmente em repouso no estado ALTO, euma delas é
pulsada em nível baixo sempre que se deseja alterar as saídas do latch.
Inicialmente, se SET = RESET = 1, pode-se levar a duas configurações.
Denominada de lógica reversa
Latch R-S
Quando a entrada SET é momentaneamente pulsada em nível BAIXO, enquanto a
entrada RESET é mantida em nível ALTO, há mudança nas saídas do latch.
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SET = RESET = 1 É o estado normal de Repouso e não tem nenhum efeito
sobre o estado de saída.
SET = 0, RESET = 1. Sempre faz a saída ir para o estado em que Q=1. Este
permanecerá, mesmo que SET volte a 1.
SET = 1, RESET = 0. Sempre gera um estado de saída em que Q=0.
SET = RESET = 0. Q = /Q= 1 . Situação inexistente.
A figura abaixo demonstra essa mudança para uma das condições anteriormente
vistas do latch.
FLIP-FLOP
Quatro tipos de Flip-Flops possuem 8 aplicações comuns em sistemas de clock nãosequencial: Flip-Flop T ("toggle"), Flip-Flop S-R ("set-reset"), Flip-Flop J-K e o Flip-Flop
D ("data").O comportamento de um Flip-Flop é descrito por sua equação característica,
que prevê a "próxima" (após o próximo pulso de clock) saída, em termos dos sinais de
entrada e/ou da saída atual.
O Flip-Flop pode ser utilizado para armazenar um bit, ou um digito binário de
informação. A informação armazenada em um conjunto de Flip-Flops pode
representar o estado de um sequenciador, o valor de um contador, um caractere
ASCII em uma memória de um computador ou qualquer outra parte de uma
informação.
Um utilização comum é a construção de máquinas de estado finito a partir da
lógica eletrônica. O Flip-Flop lembra o estado anterior de máquina, e a lógica
digital utiliza este estado para calcular o próximo estado.
FLIP-FLOPTIPO D
Este Flip-Flop possui uma única entrada que comanda todo o circuito.
Esta entrada é que lhe dá nome. Denominada “Data” (dados), é abreviada por D, daí o
nome do dispositivo.
Este Flip-Flop opera de uma maneira muito simples: no pulso de clock, ele assume o
estado da entrada, conforme podemos ver pela sua tabela verdade:
A entrada ENABLE serve para habilitar ou desabilitar o CLOCK
FLIP-FLOP TIPO T
O nome vem de “Toggle”ou complementação
Quando a entrada T deste circuito está no nível baixo, o Flip-Flop se mantém em seu
estado anterior, mesmo com a aplicação do pulso de clock.
No entanto, quando a entrada T está no nível alto, o Flip-Flop muda de estado. Se
estava setado, ele resseta e se estava ressetado, ele seta.
Este comportamento significa na realidade a divisão da frequência de clock por dois. Em
outras palavras, este circuito se comporta como um divisor de frequência, encontrando
aplicações práticas bastante importantes em Eletrônica Digital.
FLIP-FLOP J-K
Um problema que observamos nos Flip-Flops R-S é que temos uma situação “proibida”
que ocorre quando as entradas R e S vão ao nível alto ao mesmo tempo e que pode
levar o circuito a um estado indeterminado.
Esta situação acontece principalmente nas aplicações em computação,quando uma
parte do sinal de saída é usada para realimentar a entrada. Nestas condições podem
ocorrer as situações de conflito com a produção de oscilações indesejadas.
Esta situação pode ser contornada com a utilização de uma nova configuração, que é
justamente a do Flip-Flop J-K utilizada nas aplicações práticas e que analisaremos a
seguir.
Podemos ter quatro combinações possíveis para os sinais aplicados nas entradas J e
K, conforme observamos na tabela abaixo.
J
0
1
0
1
a) J=0 e K=0
Quando a entrada de clock (CLK) passa por uma transição negativa do sinal, o Flip-Flop
mantém sua condição original, ou seja, não muda de estado.
b) J=1 e K=0
Quando a entrada de clock (CLK) passa por uma transição negativa, o Flip-Flop é
“setado”. Se já estiver setado, ele permanece nesta condição.
c) J=0 e K=1
Quando a entrada de clock (CLK) passa por uma transição negativa, o Flip-Flop é
“ressetado”. Se já estiver nesta condição, ele permanece.
d) J=1 e K=1
Nesta condição, ao receber uma transição negativa na entrada de clock (CLK),o Flip-Flop
muda de estado (TOGGLE). Se estiver setado, ele resseta e se estiver ressetado, ele é
setado.
K
0
0
1
1
FLIP-FLOP J-K com SET e RESET
REFERENCIAS BIBLIOGRÁFICAS
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Tocci, Ronald J., Sistemas Digitais - 10º Edição - Neal S. Widner e
Gregory L. Moss
Curso de Eletrônica Digital, Revista SABER ELETRÔNICA,
ESPECIAL Nº 8 - 2002
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