Visualização do documento DESCOBRIMENTO DO BRASIL.doc (29 KB) Baixar  DESCOBRIMENTO DO BRASIL   No dia 22 de abril do ano de 1500, o Brasil foi oficialmente descoberto por uma esquadra portuguesa comandada por Pedro Õlvares Cabral. A esquadra ia para a Õndia pelo caminho descoberto, poucos anos antes, por Vasco da Gama, isto é, contornando o sul da Õfrica. Contudo, os acordos firmados entre Espanha e Portugal, por meio do Tratado de Tordesilhas, levaram os portugueses a acelerar a oficialização do descobrimento, confirmando o conhecimento prévio que os lusitanos tinham. Desse modo, os portugueses acrescentaram ao mundo conhecido na época mais uma parcela do continente.  A Expedição de Cabral.  Em 1498, o navegante português Vasco da Gama descobriu o caminho marÃtimo para a Õndia, onde estabeleceu os primeiros contatos comerciaiscom o zamorim (governante) de Calicute. No ano seguinte, o rei Dom Manuel I mandou organizar uma grande esquadra para repetir a viagem e obter o direito de estabelecer feitorias e de difundir o cristianismo na Õndia. Além de confirmar a conquista no Atlântico, era um empreendimento de comércio e de conquista.  Se fosse preciso, seria usada a força das armas. Por isso, o comando da esquadra, a maior que Portugal já havia lançado ao mar, foi entregue a Cabral, que era um homem de formação militar e não um navegante. Organizada em apenas oito meses, a esquadra era formada por 13 navios, dez naus e três caravelas, e levava mais de 1.500 homens, entre tripulantes, soldados e funcionários. No dia 8 de março de 1500, Dom Manuel I entregou pessoalmente a Cabral o estandarte da Ordem de Cristo, sÃmbolo da expansão do cristianismo. Uma missa solene foi rezada por Dom Diogo Ortiz, bispo de Ceuta. Os navegantes foram seguidos em procissão pelo clero e pelo povo, da Ermida de Restelo até a praia do mesmo nome, na foz do Tejo, rio que banha Lisboa. No dia seguinte, a esquadra partia.  Os Participantes.  Cabral não era um navegante, mas ia auxiliado pelos melhores homens do mar de Portugal: Bartolomeu Dias, descobridor do cabo da Boa Esperança, e seu irmão, Diogo Dias; Nicolau Coelho, que comandara uma das caravelas de Vasco da Gama; Sancho de Tovar, um castelhano que era o imediato da esquadra; Vasco de AtaÃde; Aires Gomes da Silva; Simão de Miranda; o fidalgo Simão de Pina; LuÃs Pires; e Gaspar de Lemos, que voltaria ao Brasil em 1501, à frente da primeira expedição exploradora portuguesa. Nuno Leitão da Cunha e Pero de AtaÃde comandavam, respectivamente, a Anunciada e a São Pedro , as únicas embarcações cujo nome se conhece. Dos pilotos, só ficaram os nomes de Afonso Lopes e Pero Escobar. Entre os funcionários que iriam organizar a feitoria portuguesa em Calicute, os principais eram Aires Correia, o feitor, Pero Vaz de Caminha e João de Sá, escrivães, o judeu Gaspar, intérprete, e o fÃsico mestre João Faras, que era médico particular do rei e ia como conselheiro de Cabral. Frei Henrique Soares, da cidade de Coimbra, chefiava os franciscanos.  A Viagem foi cheia de dificuldades, como a maioria das grandes viagens marÃtimas daquela época. No dia 14 de março, chegaram à s ilhas Canárias, onde ficaram retidos pelas calmarias. No dia seguinte, a nau de Vasco de AtaÃde se desgovernou, separando-se da esquadra e voltando a Lisboa. No dia 26, a esquadra prosseguiu, afastando-se o mais possÃvel da costa africana. Afastaramse muito, entrando cada vez mais pelo Atlântico, até que, no dia 21 de abril, encontraram sinais de terra próxima: algas marinhas e aves de arribação.  O Descobrimento.  No entardecer do dia seguinte, o mestre da nau de Cabral avistou terra. Era um monte muito alto e arredondado, ao qual deram o nome de monte Pascoal , por estarem na semana da Páscoa. Os navios se aproximaram do litoral e ancoraram. Na manhã seguinte, Nicolau Coelho veio com alguns homens até a praia, onde encontrou cerca de 20 Ãndios, com os quais trocou presentes. Dois foram levados a bordo. No dia 24, os navios se deslocaram algumas léguas para o norte, em busca de uma enseada na qual pudessem aportar.  Afonso Lopes foi quem descobriu um "porto seguro", a atual baÃa Cabrália. Na verdade, os portugueses não desembarcaram no local correspondente à atual cidade baiana de Porto Seguro, como se pensou por muito tempo, mas na baÃa Cabrália. Numa ilha dessa baÃa, o ilhéu da Coroa Vermelha, foi rezada a primeira missa em solo brasileiro, por frei Henrique Soares, em 26 de abril.  A Terra.  No dia 1º de maio, já em terra firme, foi celebrada uma segunda missa, diante de uma grande cruz de madeira que os Ãndios ajudaram a construir.  Mais de 150 Ãndios assistiram muito curiosos à cerimônia. Ajoelhavam-se nos momentos em que os portugueses assim o faziam e imitavam todos os seus gestos.  Durante a missa, Cabral tomou posse oficialmente da terra em nome do rei de Portugal e da Ordem dos Cavaleiros de Cristo. Todos acreditavam que era uma grande ilha, por isso deram-lhe o nome de ilha de Vera Cruz . Mais tarde, foi chamada Terra de Santa Cruz . Só em 1503, começou a ser usado também o nome Brasil , provavelmente por causa do pau-brasil que era explorado no litoral. Os primeiros toros dessa madeira e muitas outras coisas tÃpicas da nova terra, como papagaios, arcos, flechas e enfeites indÃgenas, foram levados para Portugal pela nau de Gaspar de Lemos, que se separou da armada e partiu para Lisboa na manhã de 2 de maio. Levava ao rei a notÃcia do descobrimento e as primeiras descrições da terra: as cartas de mestre João e de Pero Vaz de Caminha ao rei Dom Manuel I. A carta de Caminha foi chamada por muitos de certidão de nascimento do Brasil .  Continuação da Viagem.  Na tarde de 2 de maio, a armada portuguesa levantava âncoras rumo à Õndia. Ficaram em terra dois degredados, Afonso Ribeiro e João de Tomar, que deveriam servir de informantes para os próximos portugueses que chegassem ao Brasil. Ficaram também dois marinheiros, que desertaram.  Os portugueses enfrentaram tempestades e outros contratempos, em que se perderam quatro navios. Chegaram a Calicute mais de três meses depois. Bartolomeu Dias morreu durante um temporal na altura do cabo da Boa Esperança, que ele próprio havia descoberto em 1487 e ao qual havia dado, inicialmente, o nome de cabo das Tormentas . No caminho, a nau de Diogo Dias descobriu a ilha de Madagáscar. Em Calicute, Cabral, depois de bombardear a cidade durante dois dias, conseguiu assinar tratados e fundar a feitoria. Os sete navios restantes retornaram a Lisboa em 1501 com um carregamento de especiarias, tecidos louças cujo valor cobria todas as despesas da expedição.  Antes de Cabral.  Durante muito tempo, os historiadores discutiram se o descobrimento do Brasil não seria devido ao francês Jean Cousin, ao alemão Martin ehaim, ao português Duarte Pacheco Pereira, ou aos espanhóis Alonso de Hojeda, Alonso Vélez de Mendoza, Vicente Yánez Pinzan e Diego de Lepe. Mas, segundo ficou provado, só os dois últimos estiveram no Brasil antes de Cabral. Em janeiro de 1500, Pinzón descobriu o atual cabo de Santo Agostinho, em Pernambuco, e lhe deu o nome de Santa Martia de la Consolación . Navegou depois pela costa até o Amazonas. Em fevereiro do mesmo ano, Diego de Lepe chegou ao atual cabo de São Roque e batizou-o de Rostro Hermoso . Cabral, porém, é considerado o verdadeiro descobridor por ter tomado posse da terra oficialmente. Em recentes pesquisas, Duarte Pacheco Pereira tem sido o mais indicado para confirmação da chegada européia anterior a Cabral, pois, além dos seus relatos, este teria a seu favor o fato de ter sido o defensor das teses portuguesas nos acordos do Tratado de Tordesilhas.  Intenção ou Acaso. Discutiu-se muito também se o Brasil foi descoberto por acaso ou intencionalmente. A questão foi levantada por Dom Pedro II em 1854, no Instituto Histórico Brasileiro. O historiador José Norberto de Sousa e Silva defendeu nessa ocasião, pela primeira vez, a idéia de que o descobrimento teria sido intencional. Modernamente, não se admite mais a tese de que o Brasil foi descoberto por acaso. Vários argumentos fundamentavam esta idéia: a esquadra afastou-se tanto da Õfrica, para evitar as calmarias e as tempestades, que veio dar no Brasil; os navios teriam sido desviados da rota por correntes marinhas; Cabral não trazia o tradicional marco de pedra que simbolizava a conquista das novas colônias portuguesas.  Contudo, o estudo dos documentos da época, principalmente da carta de Caminha (só publicada em 1817), e a análise da polÃtica de expansão marÃtima portuguesa naquela fase afastam a hipótese da casualidade. O objetivo da expedição era chegar à Õndia, mas Cabral tinha também por missão confirmar a existência de terras a oeste do Atlântico. 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