AVALIAÇÃO DA DIÁSTASE DOS MÚSCULOS RETOS ABDOMINAIS NO PUERPÉRIO: REVISÃO DE LITERATURA Loyhara Ingryd Melo , Maria Claudilene de Andrade Ramos , Adrielle Memória da Silva . Faculdade Maurício de Nassau, Discente do curso de Fisioterapia, Teresina, Piauí; Mestre em Biotecnologia pela Universidade Federal do Piauí, Docente da Faculdade Maurício de Nassau do curso de Fisioterapia, Teresina, Piauí; E-mail do apresentador: [email protected] 1 2 3 1,2 3 INTRODUÇÃO O período após o parto é chamado de puerpério, momento em que as modificações locais e sistêmicas provocadas pela gravidez e parto retornam à situação do estado pré-gravídico . As mudanças biomecânicas nos músculos abdominais durante o período gestacional facilitam o aparecimento da diástase dos músculos retoabdominais (DRMA), que pode ser definida como o afastamento entre estes dois músculos. A etiologia da DMRA está relacionada às alterações hormonais (relaxina, estrógeno e progesterona) associadas à sobrecarga mecânica pelo crescimento uterino . 4 3 OBJETIVOS Analisar a avaliação da diástase dos músculos retos abdominais no puerpério e as diversas variáveis envolvidas em seu aparecimento. MATERIAIS E MÉTODOS Realizou-se uma revisão de literatura nas bases LILACS, SCIELO e PUBMED, utilizando as palavras chaves: Fisioterapia, Puerpério Diástase. Foram analisados 16 artigos e selecionados 10, baseando-se nos seguintes critérios de inclusão: ano de publicação de 2009 a 2016, foram excluído trabalho de revisão e analisados trabalhos originais, casos clínicos, estudo experimentais randomizados. RESULTADOS E DISCUSSÃO SANTOS et al , 2016, analisaram 128 gestantes, divididas em 02 grupos, grupo segundo trimestre e grupo terceiro trimestre gestacional. Constatou que as gestantes do terceiro trimestre apresentam maior diástase abdominal, além de apresentarem dor lombar. RETT et al, 2012, verificou que a prevalência da diástase na região supraumbilical foi maior do que a infraumbilical, tanto nas primíparas quanto nas multíparas. LEITE e ARAÚJO, 2012, analisaram 100 puérperas e confrontaram a relação entre o valor das medidas da diástase com variáveis obstétricas. Em seus achados, observaram a prevalência da DMRA nos seguintes grupos: primigestas, multíparas, parto vaginal. Segundo as literaturas analisados, observou-se, que o aparecimento da diástase está relacionado a diversas variáveis obstétricas. Quanto ao tamanho exato para ser considerado uma diástase, existem muitas discordâncias entre os autores, alguns a consideram como qualquer afastamento entre os retoabdominais, outros a consideram como um afastamento superior a 1cm, 2 dedos ou 3 cm. CONSIDERAÇÕES FINAIS Conclui-se, então, que a diástase dos músculos retos abdominais, inicia-se a partir do terceiro trimestre gestacional, acometendo em grande maioria a região supraumbilical, geralmente mais presente em mulheres multíparas. Esses dados são de grande valia para que os profissionais especializados trace uma conduta terapêutica afim de que o tratamento da diástase seja o mais precoce possível. PRINCIPAIS REFERÊNCIAS 1- LEITE ACNMT, ARAÚJO KKBC. Diástase dos retos abdominais em puérperas e sua relação com variáveis obstétricas. Fisioter Mov. 2012 abr/jun;25(2):389-97. 2- SANTOS MD, SILVA RM, VICENTE MP, PALMEZONI VP, CARVALHO EM, RESENDE AP. A dimensão da diástase abdominal tem influência sobre a dor lombar durante a gestação? Rev Dor. São Paulo, 2016 jan-mar;17(1):43-6. 3- RETT MT, ARAÚJO FR, ROCHA I, SILVA RA. Diástase dos músculos retoabdominais no puerpério imediato de primíparas e multíparas após o parto vaginal. Fisioter Pesq. 2012;19(3):236-241. 4- RETT MT, BRAGA MD, BERNARDES NO, ANDRADE SC. Prevalência de diástase dos músculos retoabdominais no puerpério imediato: comparação entre primíparas e multíparas. Rev. Bras. Fisioter. 2009;13(4):275-80. PALAVRAS-CHAVES Diástase, fisioterapia, puerpério.