Os Produtos Químicos e a sua Toxicidade - Umwelt

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Relatório de Aplicação
UW-006
Os Produtos Químicos e a sua
Toxicidade – Relação de Substâncias
Químicas de Referência para o Teste
de Toxicidade com Bactérias
Luminescentes
conforme norma DIN 38412 L 34/341
com bactérias luminescentes em cultivo fresco
Margret Link
Adaptação: Dr. Jörg H. Saar
UMWELT Ltda
Assessoria Ambiental
www.umwelt-sc.com.br
Apresentação
Os dados relacionados neste trabalho fornecem informações sobre o amplo espectro de
sensibilidade do teste com bactérias luminescentes. A toxicidade de substâncias puras
orgânicas e inorgânicas foi apurada conforme normatização DIN 38412 L34/341
utilizando-se bactérias luminescentes de cultivo fresco. Os valores foram indicados como
CE20 e CE50 em mg/L. A classificação das substâncias teste em quatro grupos foi
realizada com base a sua toxicidade. Todas as substâncias ainda foram comparadas com a
classificação de risco para sistemas aquáticos conforme o § 19 da Lei de Balanço da Água
A Técnica
O teste com bactérias luminescentes é um bioensaio no qual se avalia o grau de toxicidade
de amostras do meio ambiente. A sua aplicação para efluentes e esgotos é padronizada
através de normas nacionais (DIN 38412 L 34/341) e internacionais (ISSO/DIS 11384).A
toxicidade é um parâmetro global biológico, o qual não pode ser coberto através de técnicas
analíticas químicas.Ela mostra o efeito de uma amostra sobre organismos vivos.Outros
biotestes como, por exemplo, os ensaios com peixes, daphnias ou algas, são muito
laboriosos. Alguns são problemáticos por serem conflitantes com as leis de proteção de
animais.No teste com bactérias luminescentes utilizam-se bactérias “naturais” isoladas do
meio ambiente que apresentam luminescência comparável à dos vaga-lumes.Amostras
tóxicas inibem a emissão da luz: quanto maior a inibição, maior a toxicidade da amostra.
Bactérias luminescentes são estabilizadas e podem ser armazenadas a –18ºC durante meses.
Aplicado ao setor de análises ambientais, o bioteste com bactérias luminescentes revelou
ser um teste rápido, simples, confiável e sensível.
UMWELT Ltda - Rua Quixabás, 245 – BLUMENAU – SC – 89040-290
Tel/Fax: (47) 326 7131 [email protected]
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O teste com bactérias luminescentes LumisTox revela com elevada sensibilidade a
toxicidade de um amplo espectro de substâncias.
O teste está sendo aplicado para a medição da toxicidade de muitas substâncias orgânicas e
inorgânicas. A tabela a seguir mostra a ampla faixa de sensibilidade do teste com bactérias
luminescentes.
As substâncias foram triadas com relação a seu efeito tóxico e divididas em quatro grupos
(A – D). Nos casos, onde os valores de CE não podiam ser deduzidas a partir das cinéticas,
efetuou-se apenas a colocação nos grupos. Os grupos servem ainda para a inclusão de
substâncias a partir de medições próprias.
O bioteste está autorizado para classificação de substâncias em grupos de risco para
sistemas aquáticos, conforme § 19 da Lei de Balanço da Água
A avaliação da periculosidade de substânicas é uma tarefa complexa. Na Alemanha, a
classificação de substâncias em quatro grupos (WGK ; alemão: Wassergefährdungsklassen;
português: Classes de Risco para Águas = CRA), conforme § 19 da Lei de Balanço da
Água, é aceita e obrigatória:
o
o
o
o
CRA 0 = substâncias geralmente não prejudiciais à água
CRA 1 = substâncias levemente prejudiciais
CRA 2 = substâncias prejudiciais
CRA 3 = substâncias fortemente prejudiciais
Consideram-se características significativas para riscos às águas a toxicidade, a persistência
e o comportamento de distribuição de uma substância. O teste com bactérias luminescentes
é aprovado como ensaio da toxicidade para bactérias na apuração das Classes de Risco
(CRA). Ele é um método valioso ainda para a verificação da classificação própria de
substâncias, sendo ele um teste rápido e de baixo custo. A tabela serve para obter uma visão
geral de substâncias classificadas nos CRAs comparados aos seus valores de toxicidade no
bioensaio com bactérias luminescentes.
Para os bioensaios com substâncias puras foram usadas bactérias de cultivo fresco
conforme a norma DIN 38413 L 34/341. As substâncias teste foram dissolvidas na sua
forma pura (P.A.) em solução de NaCL de 2% e diluidas de forma geométrica. O valor pH
das soluções não foi corrigido e as substâncias foram confrontadas com as bactérias
luminescentes durante 30 minutos a 15ºC.
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O Resultado: Toxicidade de Substâncias Puras
CE50
CE20
CRA
1,1,1 - Tricloroetano
Hidroquinona
Mercúrio de HgCl2
Cloramina B
Chumbo de Pb(NO3)2
N-Cetil-N,N,N-trimetil-amôniobrometo (CTAB)
0,033
0,2
0,35
0,75
0,85
0,86
0,013
0,1
0,28
0,34
n.b.
0,3
2
2
3
p - Cresol
Pentaclorofenolato de sódio
2,4,6 - Triclorofenol
2,4 - Diclorofenol
Dicromato de potásso (K2Cr2O7)
1 – Naftilamina
3,5 – Diclorofenol
Dodecilsulfato, sal sódico (SDS)
Formaldeído
m – Cresol
1,10 – Cloreto de fenantrolinio - monohidrato
Zinco de ZnSO4 * 7 H2O
Fenol
2,6 – dimetilfenol
Cobre de Cu SO4 * 5 H2O
1,4
1,8
2,2
2,4
3,5
3,63
6,3
6,3
7,6
11,4
22,7
26,3
29,3
29,8
34,4
0,26
0,68
0,73
0,95
1,2
1,1
4,2
5,3
3,1
2,5
10,4
19,3
9,2
11,2
25,7
Salicilato de sódio
Oxido de tartarato de potássio e antimônio (III) hidrato
Amônioperoxodissulfato
Ácido barbitúrico dimetila
Peroxodissulfato de potássio
Amônioheptamolibdato - tetrahidrato
Nitroprussida de sódio - dihidrato
Acetato de amônia
Carbonato de sódio - decahidrato
Trietilamina
153
178
442
541
1288
1796
2112
2574
2995
5840
21
56
237
214
455
1000
888
494
4530
1679
Etanol
2 – Propanol
Metanol
Cloreto de sódio
D – Glicose
D – Manitose
Cloreto de bário – dihidrato
Hidrogêniocarbonato monossódico
Hidrogêniocarbonato dissódico - dihidrato
Sulfato de sódio
Tiosulfato de sódio - pentahidrato
10494
17394
33101
50000
3950
7800
20540
38000
0
1
1
0
1996
1
0
1
0
0
Grupo A: 0,01 a 1,0 mg/L
Grupo B: 1,0 a 100 mg/L
Grupo C: 100,0 a 10.000 mg/L
Grupo D: maior de 10.000 mg/L
OBS: Por menor o valor de CE, mais tóxica a substância !
n.b.
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4
2
3
2
3
3
3
2
1
2
2
1
2
2
2
1
2
2
1
2
1
2
Como medida da toxicidade das substâncias puras foram apurados os valores de CE20 e
CE50. “CE” significa “concentração efetiva” e corresponde à concentração em mg/L na
qual a substância teste inibe a luminescência das bacterias em 20% (CE20) ou 50% (CE50).
Os valores de CE foram determinados a partir do software específico (LimisSoft II) da
empresa Dr.Lange, interpolando os valores de medição.
Bibliografia:
Steinhäuser K. G., Amann W.: Biotestverfahren zur Ermittlung der Wassergefährdung
sklassen nach § 19g WHG; in: Steinhäuser K. G., Hansen P.-D. (Hrsg.): Biologische
Testverfahren, Schriftenreihe Verein WaBoLu 89
A Umwelt Assessoria Ambiental agradece ao seu interesse e aguarda a sua ligação
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