FLUXOGRAMA DE ATENDIMENTO PARA PACIENTE SUSPEITO DE CHIKUNGUNYA Caso suspeito/Fase aguda ou febril: Paciente com febre de início súbito,acompanhado de artralgia(s) intensa . Pode estar associado à cefaléia, mialgias e exantemas. Duração média de até 7 dias. Considerar procedência do paciente nos úl mos 15 dias para áreas com transmissão de Chikungunya. Artralgia intensa: Principalmente em pés, mãos, dedos, pulsos e tornozelos. Pacientes sem sinais de gravidade, sem critérios de internação e /ou condições de risco. Acompanhamento ambulatorial * Avaliar sinais de gravidade, critérios para internação e grupos de risco (informações no verso). Paciente do grupo de risco/em observação. Acompanhamento em observação* ambulatorial Pacientes com sinais de gravidade e/ou critério de internação. Acompanhamento em internação** Exames: - Específicos: Isolamento viral e/ou sorologia. (Chikungunya, Dengue e Leptospirose). - Inespecífico: Hemograma com contagem de plaquetas e gota espessa para pesquisa parasitológica (auxiliar diagnós co diferencial). - Bioquímica: Função hepá ca, renal e eletrólitos (acompanhamento em internação). - Complementares (critério médico). *Conduta clínica na unidade/ambulatorial: -O tratamento é sintomá co. - A terapia u lizada é de suporte às descompensações clínicas da doença, repouso e analgesia (paracetamol até 4 g/dia nos 2 primeiros dias,seguidos de até 3g/dia nos dias subsequentes ou dipirona). Nós casos refratários recomenda-se a u lização de codeína. U lizar compressas frias para redução de danos ar culares. - Evitar o uso de aspirina e an -inflamatórios. - É necessário avaliar o grau de desidratação e es mular a hidratação oral dos pacientes. - Avaliar hemograma para apoio no diagnós co diferencial (dengue, leptospirose, malária e chagas). - Encaminhar para a unidade de referência a par r do surgimento de sinais de gravidade ou critérios de internação. - No ficação obrigatória imediata. Os casos suspeitos devem ser no ficados em até 24 horas a par r da suspeita. - Acompanhamento ambulatorial: Orientar retorno no caso de persistência da febre por mais de 5 dias ou no aparecimento de sinais de gravidade. -Acompanhamento ambulatorial em observação (grupo de risco): Orientar retorno diário até cessar a febre e ausência de sinais de gravidade. **Conduta clínica na internação: - Acompanhamento em internação: Avaliar o grau de desidratação e sinais de choque para ins tuir terapia de reposição volêmica. - Tratar complicações graves conforme quadro clínico. - Critérios de alta: É necessário melhora clínica, aceitação de hidratação oral, ausência de sinais de gravidade e melhora dos parâmetros laboratoriais. Fase subaguda: Febre desaparece, podendo haver persistência ou agravamento da artralgia. Apar r o 10º dia, podendo ter duração de até 3 meses. Fase crônica: Quando os sintomas persis rem por mais de 3 meses após o início da doença. Os sintomas inflamatórios, ar culares e musculoesquelé cos são persistentes. Conduta clínica/domicílio: - A terapia u lizada é repouso e analgesia (paracetamol ou dipirona). - Injeções intra-ar culares de cor cóide, AINH tópico ou oral, e metotrexato em pacientes com sintomas ar culares refratários. Considerar uso de morfina e derivados para analgesia de di cil controle. -U lizar compressas frias para redução de danos ar culares. Não u lizar calor nas ar culações. - Exercícios leves. - Fisioterapia. - Acompanhamento com reumatologista. Denição de caso - Critérios clínicos: Febre de início súbito >38,5°C e artralgia/artrite intensa de início aguda não explicada por outras condições médicas. - Critérios epidemiológicos: Residir ou ter visitado áreas endêmicas ou epidêmicas com transmissão noticada 15 dias antes do início dos sintomas ou que tenha vínculo epidemiológico com caso conrmado. Nesta base, os casos devem ser classicados como: - Caso possível: Um paciente que se enquadre nos critérios clínicos. - Caso provável: Um paciente que se enquadra em ambos os critérios, clínicos e epidemiológicos. - Caso conrmado: Um paciente que se enquadre nos critérios laboratoriais (isolamento viral, PCR em tempo real (RT-PCR) e sorologia) independente do quadro clínico. AL: ENCI R E F I D O C I DIAGNÓST RÊNCIA IDADE DE REFE N U A A R PA R IS DE ENCAMINHA ENTO DE SINA IM G R SU O D O: A PARTIR DE INTERNAÇÃ S IO R É IT R C E GRAVIDADE Acome mento neurológico, sinais de choque (extremidades frias, cianose, tontura, h i p o te n s ã o, e n c h i m e nto ca p i l a r l e nto o u instabilidade hemodinâmica), dispnéia, dor torácica, vômitos persistentes, descompensação de doença de base, sangramentos de mucosa e neonatos. TODO CASO SUSPEITO DE CHIKUNGUNYA DEVE SER NOTIFICADO EM ATÉ 24 HORAS A PARTIR DA SUSPEITA.