O espirômetro é um equipamento que serve para medir o ar que

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Dr. Luiz Carlos Bertoni - CRM-PR 5779
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AVALIAÇÃO DO FLUXO PULMONAR: ESPIROMETRIA
O espirômetro é um equipamento que serve para medir o ar que entra e sai dos pulmões.
A espirometria pode ser feita durante a respiração lenta ou durante manobra expiratória forçada.
É um exame que ajuda no diagnóstico, na prevenção e na quantificação dos distúrbios
ventilatórios.
A espirometria deve fazer parte da avaliação do paciente com sintomas respiratórios ou
doença respiratória. A espirometria exige a compreensão e a colaboração do paciente na feitura
do exame, equipamento calibrado e emprego de técnicas padronizadas aplicadas por pessoal
especialmente treinado. Os valores obtidos são comparados aos previstos para determinado grupo
populacional. Sua interpretação é feita à luz dos dados clínicos e epidemiológicos.
ESPIROMETRIA
O espirômetro mede o volume do ar inspirado e expirado e os fluxos respiratórios, mas é
especialmente útil na analise dos dados derivados da manobra expiratória forçada. Algumas
definições:
● Capacidade pulmonar total (CPT) é a quantidade de ar nos pulmões após uma
inspiração máxima. A quantidade de ar que permanece nos pulmões após a exalação é o volume
residual (VR); A CPT e a VR não podem ser medidas por espirometria.
● Capacidade Vital forçada (CVF) é o volume eliminado em manobra expiratória forçada
desde capacidade pulmonar total (CPT) até o volume residual (VR).
● VEF1 – volume expiratório forçado no primeiro segundo: é a quantidade de ar
eliminada no primeiro segundo da manobra expiratória forçada.
● CVF é um teste importante porque num indivíduo, durante a expiração, pode atingir o
limite do fluxo máximo. Como a curva define o limite para o fluxo, ela é altamente reprodutível
num indivíduo, e, mais importante, o fluxo máximo é muito sensível na maioria das doenças
comuns que afetam o pulmão.
É importante a avaliação da curva fluxo-volume para verificar a colaboração do paciente
no início da manobra expiratória e da curva volume-tempo para análise dos critérios do final do
teste. Uma vez treinado, o paciente pode reproduzir razoavelmente o esforço máximo expiratório
inicial.
A Capacidade Vital Forçada é medida solicitando-se ao indivíduo que, depois de inspirar
até a CPT, expire tão rápida e intensamente quanto possível num espirômetro de volume ou de
fluxo.
VALORES DE REFERÊNCIA
Todas as medidas dos testes de função pulmonar estão sujeitas às influências técnicas
relacionadas ao instrumento e à maneira de fazer o exame. O interesse da medicina clínica está na
avaliação da influência de fatores não-técnicos (isto é, biológicos) sobre as diferenças observadas
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nos valores individual ou populacional. O uso efetivo da espirometria destina-se a compreender
os fatores que influenciam os valores obtidos. O objetivo dessa compreensão é realizar medidas
espirométricas mais precisas.
DISTÚRBIOS VENTILATÓRIOS
Existem seis padrões de espirometria: o normal, inespecífico, restritivo, obstrutivo,
obstrutivo com CV(F) reduzida e o misto.
DISTÚRBIO VENTILATÓRIO RESTRITIVO (DVR)
As doenças pulmonares restritivas ocorrem numa grande variedade de doenças
pulmonares não-relacionadas. Qualquer processo que interfira com função de fole dos pulmões
ou da parede torácica pode ser considerado restritivo. Diferente da obstrução, na qual a
limitação ao fluxo é o problema primário, a restrição resulta em volumes pulmonares reduzidos.
A perda de volume pulmonar pode ocorrer quando o parênquima pulmonar é deslocado
(tumores, derrames pleurais) ou removido (ressecção). Talvez a causa mais comum seja a
alteração do próprio tecido pulmonar, que ocorre nas doenças que causam fibrose ou infiltração
de tecido pulmonar. Asbestose, silicose e numerosas doenças fibrosantes são caracterizadas pela
redução dos volumes pulmonares, o que ocorre em doenças inflamatórias difusas.
As afecções da parede torácica ou dos músculos respiratórios também comumente
resultam em restrição, como a miastenia gravis, a cifoescoliose, a obesidade e a gravidez.
DISTÚRBIO VENTILATÓRIO OBSTRUTIVO (DVO)
Obstrução, por definição, é qualquer processo que interfira no fluxo aéreo para dentro e
para fora dos pulmões. O local da obstrução pode estar nas grandes ou nas pequenas vias aéreas.
“Obstrução das grandes vias aéreas” é a expressão usada para descrever o fluxo aéreo reduzido
que ocorre por redução de calibre nas vias aéreas superiores, na traquéia e nos brônquios
principais. Disfunções das cordas vocais, lesões traqueais (estenose ou malácia), tumores ou
aspiração de corpo estranho são exemplos de processo que obstrui as grandes vias aéreas.
As paredes das pequenas vias aéreas contêm músculo liso, e o tônus desses músculos
exerce papel importante em sua permeabilidade. O fluxo através das pequenas vias aéreas é
laminar: depende do calibre das vias aéreas e da pressão da retração elástica do próprio pulmão.
A obstrução de pequenas vias aéreas é característica de asma, enfisema, bronquite
crônica, bronquiolite e bronquietasias em geral. Embora o mecanismo responsável seja diferente
nessas doenças, o padrão na espiroimetria é semelhante. A asma pode afetar tanto as grandes vias
aéreas como as pequenas.
CLASSIFICAÇÃO DA GRAVIDADE
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Na doença pulmonar obstrutiva crônica (DPOC) a capacidade de exercício, expressa pelo
consumo máximo de oxigênio (VO2máx.), correlaciona-se significativamente com VEF1, mas o
grau de obstrução explica apenas aproximadamente 50% do VO2máx.
Na DPOC, a sobrevida torna-se menor, com redução progressiva do VEF1, mas é
especialmente afetada quando os valores do VEF1 pós-broncodilatadores situam-se abaixo de 4050% do previsto.
Nas doenças intersticiais, a situação é ainda pior; a CVF (%) correlaciona-se com o VO2
máximo de maneira significativa, porém em grau ainda menor.
Num paciente com fibrose pulmonar idiopática, a CVF próxima de 50% indica doença
em fase final; já num caso de sarcoidose, a implicação prognóstica é muito menos sombria.
CONCLUSÃO
A espirometria pode ser indicada por várias razões: com propósito diagnóstico,
monitoramento da doença ou seu tratamento e avaliação de incapacidade.
A espirometria é frequentemente diagnóstica em pacientes que apresentam sinais ou
sintomas pulmonares tais como dispnéia, sibilância, tosse, expectoração crônica, ortopnéia, sons
respiratórios reduzidos, anormalidades de parede torácica e alterações na radiografia de tórax e
nas medidas de gases arteriais. A espirometria também é útil para diagnosticar os efeitos de várias
doenças sobre os pulmões, tais como DPOC, asma, doenças intersticiais, insuficiência cardíaca
congestiva (ICC) e doenças neuromusculares.
AS DÚVIDAS E PERGUNTAS DEVERÃO SER LEVADAS AO SEU ALERGISTA PARA ESCLARECIMENTO.
IMPORTANTE
As informações disponíveis no site www.alergiarespiratoria.com.br possui
caráter informativo e educativo. No caso de consulta procurar seu médico de
confiança para diagnóstico e tratamento.
Dra. Camila B de Souza Bertoni
Fisioterapeuta
Dr. Luiz Carlos Bertoni
Alergista - Associação Brasileira de Alergia e Imunopatologia
Membro - World Allergy Organization (WAO)
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