O tratado de Tordesilhas

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Andreia nº3 e Jeissa nº8 - 8ºB
Disciplina: História
Professora: Inácia Azevedo

O Tratado de Tordesilhas assinado na
povoação castelhana de Tordesilhas, em
7 de Junho de 1494 foi um tratado entre
o reino de Espanha e de Portugal.

Este tratado consistia em descobrir as
terras descobertas e ainda por descobrir
por ambas as coroas fora da Europa.

É um município de Espanha na
província de Valladoloid, comunidade
autónoma de Castela e leão de área
141,95 km2 com a população de 8708
habitantes e densidade populacional
de 57, 89 hab/km2.

É celebre por ter sido o local onde
em 1494 foi assinado o reino de
Portugal e o recém formado de
Espanha e o Tratado de Tordesilhas
que estabelecia a divisão das terras
futuramente descobertas entre as
duas nações.

Surgiu na sequência de uma viagem de
Cristóvão Colombo.

Este tratado tinha como objectivo a
linha de separação do Mediterrâneo 370
léguas a oeste da ilha de Santo Antão, no
arquipélago de Cabo Verde.

Esta linha estava situada a meio
caminho entre estas ilhas portuguesas e
as ilhas das Caraíbas descobertas por
Cristóvão Colombo.

Os territórios a leste deste meridiano
pertenciam a Portugal e os territórios a
oeste pertenciam a Espanha.

O início da expansão marítima
portuguesa, sob a égide do infante D.
Henrique,
levou
as
caravelas
portuguesas pelo oceano atlântico, rumo
ao Sul, contornando a costa africana.

Com a descoberta da costa da mina
iniciando-se o comércio de marfim, ouro
e escravos a atenção de Castela foi
despertada.

Portugal buscando proteger o seu
investimento, negociou com Castela o
Tratado de Alcáçovas em 1479.

Este tratado dividia as terras a
descobrir ou já descobertas por um
paralelo na altura das Canárias dividindo
o mundo em dois hemisférios ( a norte
para a coroa de Castela e a sul para a
coroa de Portugal).

Assim, em 3 de Maio de 1493, a Bula
Inter Coetera estabelecia uma nova linha
de marcação, um meridiano que
separaria as terras de Portugal e de
Castela. O meridiano passava a cem
léguas a oeste das ilhas de Cabo Verde.

As novas terras descobertas, situadas a
Oeste do meridiano a 100 léguas de
Cabo Verde, pertenceriam a Castela. As
terras a leste, pertenceriam a Portugal. A
bula excluía todas as terras conhecidas já
sob controle de um estado cristão.

Os termos da bula não agradaram a
João II de Portugal, que julgava ter
direitos adquiridos e que a Bula vinha a
ferir. Além disso os seus termos
causavam confusão, pois um meridiano
vinha a anular o que um paralelo tinha
estabelecido. Complementarmente, a
execução
prática da Bula era
impossibilitada devido à sua imprecisão
e pela imperfeição dos meios científicos
disponíveis à época para a fixação do
meridiano escolhido.

Assim sendo, D. João II abriu
negociações directas com os Reis
Católicos, Fernando II de Aragão e Isabel
I de Castela, para mover a linha mais
para oeste, argumentando que o
meridiano em questão se estendia por
todo o globo, limitando assim as
pretensões castelhanas na Ásia.

D. João II propôs, por uma missão
diplomática
aos
reis
católicos,
estabelecer um paralelo das Ilhas
Canárias como substituto ao meridiano
papal. Os castelhanos recusaram a
proposta, mas se prestaram a discutir o
caso. Reuniram-se então, os diplomatas,
em Tordesillas.
 O Tratado estabelecia a divisão
das áreas de influência dos países
ibéricos, cabendo a Portugal as
terras
"descobertas
e
por
descobrir" situadas antes da linha
imaginária que demarcava 370
léguas (1.770 km) a oeste das ilhas
de Cabo Verde, e à Espanha as
terras que ficassem além dessa
linha.
 Como
resultado
das
negociações, os termos do
tratado foram ratificados por
Castela a 2 de Julho e, por
Portugal, a 5 de Setembro do
mesmo ano. Contrariando a
bula anterior de Alexandre VI,
Inter Coetera (1493), que
atribuía à Espanha a posse das
terras localizadas a partir de
uma linha demarcada a 100
léguas de Cabo Verde, o novo
tratado foi aprovado pelo Papa
Júlio II em 1506.

Os cosmógrafos divergiam sobre as
dimensões da Terra, sobre o ponto de
partida para a contagem das léguas e
sobre a própria extensão das léguas, que
diferia entre os reinos de Castela e de
Portugal.

Em princípio, o tratado resolvia
os conflitos que seguiram à
descoberta do Novo Mundo por
Cristóvão Colombo. Muito pouco
se sabia das novas terras, que
passaram a ser exploradas por
Castela. De imediato, o tratado
garantia a Portugal o domínio
das águas do Atlântico Sul,
essencial para a manobra
náutica então conhecida como
volta do mar, empregada para
evitar as correntes marítimas
que empurravam para o norte as
embarcações que navegassem
junto à costa sudoeste africana,
e permitindo a ultrapassagem
do cabo da Boa Esperança.
 http://www.youtube.com/watch?v=CjEaFgeSpxE
 http://www.youtube.com/watch?v=4Y9s5m1DBZw&feature=related
 http://www.youtube.com/watch?v=hkzBOKH35vw&feature=related
Com a expedição de Pedro Álvares Cabral à
Índia, a costa do Brasil foi atingida (Abril de 1500)
pelos Portugueses, o que séculos mais tarde viria
a abrir uma polémica historiográfica acerca do
"acaso" ou da "intencionalidade" da descoberta.
Observe-se que uma das testemunhas que
assinaram o Tratado de Tordesilhas, por Portugal,
foi Duarte Pacheco Pereira, um dos nomes
ligados a um suposto descobrimento a exploração
americana (o ouro castelhano e o pau-brasil
português), outras potências marítimas europeias
(França, Inglaterra, Países Baixos) passaram a
questionar a exclusividade da partilha do mundo
entre as nações. Por essa razão, desde cedo
apareceram na costa do Brasil embarcações que
promoviam
o
comércio
clandestino,
estabelecendo contacto com os indígenas e
aliando-se a eles contra os portugueses ibéricos.
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Inicialmente o meridiano de
Tordesilhas não contornava o
globo terrestre. Assim, Espanha
e Portugal podiam conquistar
quaisquer novas terras que
fossem os primeiros europeus a
descobrir: Espanha para Oeste
do meridiano de Tordesilhas e
Portugal para Leste desta linha,
mesmo encontrando-se no
outro lado do globo. Mas a
descoberta pelos portugueses
em 1512 das valiosas "ilhas das
Especiarias",
as
Molucas
desencadeou a contestação
espanhola, argumentando que
o Tratado de Tordesilhas dividia
o mundo em dois hemisférios
equivalentes.
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Em 1520, as ilhas Molucas,
valorizadas como o "berço de todas
as especiarias", foram visitadas por
Fernão de Magalhães, navegador
português ao serviço da Coroa
Espanhola. Concluída essa que foi a
primeira
viagem
de
circumnavegação (1519-1521), uma nova
disputa entre as nações ibéricas se
estabeleceu,
envolvendo
a
demarcação do meridiano pelo outro
lado do planeta e a posse das ilhas
Molucas (actual Indonésia). Alegando
que se encontravam na sua zona de
demarcação conforme o meridiano
de
Tordesilhas,
os
espanhóis
ocuparam militarmente as ilhas,
abrindo quase uma década de
escaramuças pela sua posse com a
Coroa Portuguesa.
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D. João III de Portugal e o
Imperador Carlos V de Espanha
acordaram, então, não enviar mais
ninguém buscar cravo ou outras
especiarias às Molucas enquanto
não se esclarecesse em que
hemisfério elas se encontravam.
Para a realização dos cálculos da
posição, cada Coroa nomeou três
astrónomos, três pilotos e três
matemáticos, que se reuniram entre
Badajoz e Elvas. Estes profissionais,
entretanto, não chegaram a acordo,
uma vez que, devido à insuficiência
dos meios da época no tocante ao
cálculo da longitude, cada grupo
atribuía as ilhas aos respectivos
soberanos.
 O Tratado de Tordesilhas serviu
como base para as negociações da
Junta de Badajoz-Elvas (1524),
quando Portugal e Espanha
negociaram sobre as Molucas e as
Filipinas, originalmente situadas na
órbita portuguesa, consideradas
castelhanas,
em
troca
das
pretensões portuguesas sobre a
bacia do rio da Prata, no Brasil.

Para solucionar esta nova disputa,
celebrou-se o Tratado de Saragoça a
22 de Abril de 1529. Este definiu a
continuação do meridiano de
Tordesilhas no hemisfério oposto, a
297,5 léguas do leste das ilhas
Molucas, cedidas pela Espanha
mediante o pagamento, por
Portugal, de 350.000 ducados de
ouro. Ressalvava-se que em todo o
seu tempo se o imperador ou
sucessores
quisessem
restituir
aquela avultada quantia, ficaria
desfeita a venda e cada um "ficará
com o direito e a acção que agora
tem".
 Tal nunca sucedeu, entre outras
razões, porque o imperador
necessitava do dinheiro português
para financiar a luta contra
Francisco I de França e a Liga de
Cognac, que o suportava.

Este trabalho permitiu-nos conhecer como foi delineado o Tratado de
Tordesilhas e o porquê da rivalidade entre Portugal e Espanha.
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