17 textos - PUC-SP

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Tema Cultura - Musica - 17 textos
1. BERNARDO, Cláudio José. A MPB como recipiente de protestos contra a
ditadura militar: as metáforas, carregadas de vozes conta o regime autoritário,
UERJ. 2002. Resumo: A Música Popular Brasileira teve um papel fundamental
na disseminação de mensagens contra o sistema político opressor que vigorou no
Brasil entre 1964 e 1985. No período do regime militar, qualquer forma de
manifestação contra o sistema vigente era considerada subversiva, e seus
veiculadores poderiam sofrer sanções como censura, prisão, tortura, deportação,
exílio e até a morte. Nesse contexto, muitos artistas foram perseguidos em nome
da ordem nacional. Com o cerceamento cada vez mais implacável, restava aos
artistas, principalmente, para efeito deste trabalho de pesquisa, aos
compositores, buscar formas mais sutis de passar suas mensagens políticas. Uma
das maneiras encontradas para furar o bloqueio da Censura foi por meio do uso
da linguagem metafórica. Sob esse prisma, Chico Buarque de Hollanda se
mostrou mestre. Ele era o artista mais perseguido da época, a ponto de sofrer
pré-censura somente pelo fato de ser ele o compositor. Chico conseguia fazer
com que suas letras, mesmo sofrendo cortes, ecoassem mensagens de repulsa ao
sistema, e burlava de tal forma a Censura que uma de suas letras atingiu em
cheio o então presidente da República sem que os militares percebessem. Neste
trabalho de pesquisa, pretendemos verificar que tipo de mensagens havia nas
músicas políticas de Chico Buarque. Partimos da concepção de que a MPB era
uma depositária das angústias e da insatisfação dos compositores com o sistema
vigente e de que a linguagem metafórica utilizada apontava para o momento
presente sufocado pelo regime militar. Para tal, analisamos 20 músicas
compostas por Chico Buarque de Hollanda com base no estudo de metáforas
conceptuais desenvolvido por Lakoff & Johnson ().
2. CAROCHA, Maika Lois. Pelos versos das canções: um estudo sobre o
funcionamento da censura musical durante a ditadura militar brasileira (19641985). Rio de Janeiro: UFRJ, 2007. Mestrado em História.Resumo: A música
popular brasileira, durante a ditadura militar, especialmente nos anos 1970,
cresceu significativamente, mas foi rigorosamente vigiada pela censura do
regime. O objetivo desta pesquisa é analisar o funcionamento da censura
musical, parte da censura moral feita pelo Departamento de Censura de
Diversões Públicas.
3. DAMAZO, Francisco Antonio Ferreira Tito. O canto de um povo de um lugar:
Uma leitura das canções de João do Vale. UNESP. 2004. doutorado
4. DIETRICH, Peter. Araçá azul: uma análise semiótica. São Paulo: USP, 2003.
Mestrado. Resumo: Lançado no Brasil em 1973, o LP Araçá Azul é considerado
a mais radical experiência tropicalista já realizada. Ela é obra do cantor e
compositor baiano Caetano Veloso, um dos maiores e mais fecundos pensadores
da cultura brasileira, que na época do lançamento deste LP já gozava de enorme
prestígio junto ao público local, principalmente devido ao enorme sucesso da
canção “Alegria, alegria”. Este disco é o primeiro a ser lançado depois do
retorno do exílio do compositor em Londres imposto pela ditadura militar. Essa
combinação de fatores faz do Araçá Azul uma obra sui generis na história da
música popular. No entanto, não havia até agora nenhum estudo concentrado
neste LP. O objetivo desta dissertação é analisar minuciosamente todos os
elementos presentes no álbum, não só as canções e faixas experimentais mas
também todo o projeto visual, que inclui capa, contracapa e encartes,
evidenciando assim as estratégias utilizadas para a construção do sentido na
obra. O método descritivo escolhido foi a teoria semiótica, iniciada por Greimas
e ampliada por Fontanille e Zilberberg, e seu desdobramento no campo da
canção popular na acepção de Luiz Tatit. Além de resgatar um importante
acontecimento na história da música brasileira, este trabalho também contribui
para a discussão do modelo descritivo adotado, apontando suas limitações atuais
e sugerindo novas frentes de pesquisa para a ampliação de seu horizonte teórico.
5. FERREIRA, Gustavo Alves Alonso. Quem não tem swing morre com a boca
cheia de formiga: Wilson Simonal e os limites de uma memória tropical. Niterói:
UFF, 2007. Mestrado.Resumo: A dissertação é um estudo sobre a memória da
ditadura brasileira (1964-1985), o meio musical da MPB e, por conseqüência, da
sociedade brasileira. Nesse sentido o caso do cantor/compositor/intérprete
Wilson Simonal é esclarecedor. Simonal passou a ser conhecido como “dedoduro” quando a memória da resistência à ditadura foi forjada. Em 1971, num
episódio controverso, o cantor foi acusado de ser informante do DOPS. Se o
cantor de fato adulou o regime, ele não estava sozinho. Sua conduta apologética,
longe de representar uma exceção, era regra no meio musical. No entanto, a
memória acerca do meio musical parece polarizar todas as ofensas e descrédito
nele. Ele é o bode expiatório social da memória da resistência, e sofreu por anos
com o silêncio das esquerdas e direitas. Longe de referendar esta visão que vê
em Simonal culpado/inocente, a dissertação busca compreender as relações entre
sociedade e governo, buscando as nuances da época. A dissertação busca
compreender como a sociedade brasileira construiu uma memória de si mesma,
no pós-ditadura, se eximindo das relações que estabeleceu com o regime,
procurando se apoiar na velha tradição dos bodes expiatórios, que tudo
solucionaria. O estudo através da história é fundamental para entender a criação
e reprodução dessa memória coletiva que fez de Wilson Simonal um exilado
dentro de seu próprio país.
6. FIUZA, Alexandre Felipe. Entre um samba e um fado: a censura e a repressão
aos músicos no Brasil e em Portugal nas décadas de 1960 e 1970. UNESP-Assis.
2006. Doutorado Resumo: Esta tese aborda a censura e a repressão aos músicos
no Brasil e em Portugal durante as décadas de 1960 e 1970, período em que
ambos se encontravam em ditadura. Tal pesquisa foi realizada a partir da
consulta e análise do material obtido junto à antiga documentação das polícias
políticas, no caso brasileiro, os arquivos do DOPS – Departamento de Ordem
Política e Social dos Estados do Rio Grande do Sul, Paraná, São Paulo, Rio de
Janeiro, Pernambuco e Paraíba, e, no caso português, do Arquivo da PIDE/DGS
– Polícia Internacional de Defesa do Estado/ Direcção-Geral de Segurança,
sediado na Torre do Tombo, em Lisboa. No campo da Censura, foram
consultados documentos no Arquivo Nacional em Brasília e no Rio de Janeiro,
particularmente, do Fundo DCDP - Divisão de Censura de Diversões Públicas;
bem como a documentação da Censura portuguesa, ligada ao antigo Secretariado
Nacional de Informação (SNI), também presente na Torre do Tombo. Além da
análise do controle exercido sobre os músicos, também foi realizada a
comparação entre as canções produzidas neste mesmo período, bem como
examinada, ainda que brevemente, a recepção pelo público deste mesmo
cancioneiro. Mediante a apreciação da bibliografia e da realização de entrevistas
com músicos portugueses e brasileiros foi estabelecida uma comparação em
relação à documentação oficial encontrada nos arquivos e à versão dos músicos.
Além disso, a partir desta documentação dos órgãos de repressão, foram
observadas as relações entre as polícias políticas dos dois países e suas
atividades de vigilância de seus respectivos exilados. Por fim, houve ainda uma
preocupação específica com os casos de músicos exilados e suas atividades
políticas e artísticas nestes dois países.
7. GABRIEL, Glória Cristina. A recepção das músicas de Chico Buarque na
ditadura militar: o universo feminino não cala, fala! PUC/RGS: 2005.
Mestrado Resumo(s): Através da teoria de recepção de Jauss, busquei conhecer
como as mulheres adultas, que viveram o período da ditadura militar, descrevem
a experiência da recepção da música de Chico Buarque de Hollanda. Para tal,
entrevistei dez mulheres, atualmente entre 42 e 60 anos de idade, sendo condição
referir ter ouvido e gostado muito das músicas de Chico no período ditatorial.
Logo, meu foco está na recepção das músicas de Chico Buarque. No país a
Música Popular Brasileira também tem um lugar de destaque, pois além de
entretenimento, pode ser uma forma de expressão das lutas cotidianas em prol de
justiça e igualdade social. No que se refere à igualdade, as mulheres inseridas no
movimento feminista espelhavam-se no universo de protesto e de reivindicações
retratadas em algumas músicas de Chico Buarque, principalmente descrevendo
os sentimentos e desejos femininos. Tanto que a literatura chega a apontá-lo
como o “eu-lírico feminino”. Pergunto se esse compositor terá sido o mito do
feminino; como as mulheres receberam e significaram a obra de Chico; que
sentidos produziram para seus cotidianos, para além do entretenimento, bem
como quais os atravessamentos da indústria cultural no contexto da recepção.
Para dialogar com estas questões norteadoras, utilizei a análise de conteúdo
segundo Zicman, destacando algumas categorias que emergiram desta, a saber: o
contexto familiar e a questão do gênero; o perfil feminino e a cultura de direitos;
o significado político e feminino nas músicas buarquianas. Pela análise
realizada, podemos dizer que o compositor Chico Buarque significa o poeta, o
cantor, o artista que cantou a mulher, encantando com sua poesia e melodia.
Concomitantemente, encontrou/sintonizou com a expressão do desejo de
democracia e de liberdade dessas mulheres. Assim, a questão política também
teve espaço significativo no cotidiano e aspirações femininas. Enfim, Chico
Buarque marcou a história das informantes, onde podemos considerá-lo como
uma contribuição importante nas relações cotidianas que estas
estabeleceram/estabelecem com o mundo.
8. GARCIA, Luiz Henrique Assis. Coisas que ficaram muito tempo por dizer. O
Clube da Esquina como formação cultural. Belo Horizonte: UFMG, 2000.
Mestrado. Resumo: Esta dissertação trata do grupo de músicos conhecido como
Clube da Esquina. Seu objetivo é compreendê-lo enquanto formação cultural,
localizando-o num determinado contexto da história brasileira em que duas
transformações são consideradas cruciais no âmbito cultural. Primeiro, a
instauração da ditadura militar, com todas as restrições pessoais e coletivas que
acarretou, das quais consideramos a censura a mais imediatamente relevante
neste caso. Segundo, o fortalecimento da indústria cultural no Brasil, com todas
as conseqüências que isto trouxe para a dinâmica da produção cultural no país, e
particularmente no contexto musical e no mercado fonográfico. Para tanto,
procuramos mobilizar uma série de conceitos relativos às formações culturais
para refletir sobre o Clube, partindo tanto das colocações de seus próprios
integrantes (colhidas em entrevistas de diversas procedências) quando da
documentação que permitia trazer à tona a posição de críticos e pares em relação
ao grupo. Para estabelecer melhor sua posição no cenário musical, lançamos
mão não apenas do material que é tradicionalmente utilizado pelos historiadores
que abordam este campo de interesse, que geralmente se limita às letras das
canções, mas também capas de discos, fichas técnicas, arranjos, instrumentos e
as próprias gravações, de maneira a tratar das músicas por inteiro, mas evitando
a terminologia cansativa e intrincada da teoria musical, que afinal não
consideramos adequada para analisar manifestações da música popular, que tem
parâmetros próprios que procuramos definir e adotar. Para investigar as
possibilidades de criação dadas na conjuntura e as formas encontradas pelos
integrantes do Clube para negociar com os sistemas normativos em que estavam
inseridos (censura, mercado, etc.), foi preciso ir a fundo em uma documentação,
que, se não era abundante, tinha uma qualidade que permitia extrair precisas
evidências para caracterizar o ambiente musical e sua época, com festivais,
disputas e movimentos. Não seria possível ter uma noção concreta do papel do
Clube se ignorássemos este contexto. Acreditamos que o Clube não apenas se
configurou como alternativa em relação aos movimentos e tendências que lhe
eram contemporâneos, mas pôs em discussão aspectos da produção musical que
outros deixaram de examinar. Recuperar esta série de práticas reais e de escolhas
marcantes traz para o presente a fundamental constatação de que as limitações
não serão impedimento para aqueles decididos a transformar, e a fundamental
afirmação de que "a vontade livre tudo intimida" (Sempre viva, Lô e Márcio
Borges, LP A via láctea, 1979).
9. MAZON, José Vicente. Chico Buarque: a "construção" artística da realidade
social. Franca: UNESP, 2002. Mestrado. Resumo: Na última década do século
XX, a obra de Chico Buarque sofreu uma mudança significativa numa das
características fundamentais que marcou toda sua produção anterior, dos anos 60
aos 80, qual seja, o veio utópico de sua arte. Boa parte de suas canções e obras
literárias, desde o início de sua carreira artística, estava repleta de uma postura
utópica frente a todo fatalismo vivenciado dia-a-dia durante os vinte anos de
ditadura militar no Brasil (1964-1984), e também frente à esperança da
possibilidade de democratização vivida na segunda metade dos anos 80.
Contudo, nos anos 90, embora permaneçam o lirismo e a nostalgia, embora
permaneça a crítica com força ainda maior, a arte de Chico Buarque apresenta
significativo esmaecimento da sua dimensão utópica. A hipótese sustentada por
este trabalho é que tais transformações, especialmente verificadas nos romances
Estorvo (1991) e Benjamim (1995), mas também presente, por exemplo, na
canção Dura na queda ou Ela desatinou nº 2 (2000), estão em sintonia com as
caracterizações que Fredric Jameson faz acerca da sociedade pós-moderna, bem
como com as definições que Guy Debord aponta para a sociedade do espetáculo
- conceitos importantes para o entendimento da sociedade que se gestou, após a
II Guerra Mundial, em âmbito internacional, e no Brasil com o advento do
governo militar ditatorial: uma sociedade de base econômica capitalista, que só
faz estreitar ainda mais as relações de dependência dos países periféricos em
relação ao centro hegemônico; uma sociedade em que houve uma avassaladora
expansão da indústria cultural a acirrar o estado de alienação em que se
encontram grande parte dos indivíduos, impelidos ao consumo supérfluo de
mercadorias, que se estendem dos produtos materiais aos culturais; por fim, uma
sociedade que torna difícil para indivíduos, grupos e classes elaborarem um seu
juízo crítico, o que afeta sua capacidade de intervir na história, na construção de
um outro mundo. O enfoque dado pela presente pesquisa procurou demonstrar
que, se nos anos 60 e 70 as características de nostalgia, utopia e crítica
encontradas nas criações artísticas de Chico Buarque expressavam conteúdos
políticos e sociais específicos, nos anos 80 e 90 a nostalgia circular e a morte das
utopias descrevem um mundo banalizado pela materialidade imediata dada pela
lógica do capitalismo tardio, um tempo histórico que parece desconhecer
qualquer continuidade, no qual o homem, feito um esquizofrênico, estaria
condenado a viver num eterno presente, desconectado com qualquer passado ou
futuro - tal como vislumbra Fredric Jameson em suas análises sobre a pósmodernidade. Ou ainda podem ser a expressão de uma sociedade modelada pelo
império do espetáculo, sob as formas da mídia e do entretenimento, que tudo
reduz à mera representação ilusória do real, no qual a relação social entre as
pessoas passa a ser mediada por falsas imagens e por uma falsa consciência do
tempo que, por sua vez, resulta numa paralisia da memória histórica exatamente como a análise proposta por Guy Debord sobre a sociedade do
espetáculo. Tal interpretação é significativa das obras recentes de Chico
Buarque, especialmente seus dois romances, Estorvo e Benjamim. Em ambos os
enredos, freqüentemente nos deparamos com um cotidiano social marcado pela
rotina massificante da vida regrada pela mercantilização dos indivíduos, pela
efemeridade das relações interpessoais dos personagens, pela perda do sentido
espaço-temporal e pelo conformismo político que, desprovido de toda utopia,
acaba por esvaziar qualquer horizonte de transformação social. A sociedade
redigida nos romances pode ser sintomática de uma época cindida pelo auge da
barbárie capitalista, pois composta por indivíduos aparentemente incapazes de
qualquer discernimento ético ou estético. Em última instância, a soma dessas
características pode simbolizar uma reificação generalizada dos indivíduos,
imersos em um processo histórico excludente e alienante que resulta, por fim, na
esquizofrênica e espetacular vida em sociedade, tal qual se apresenta às portas
do século XXI. Assim sendo, os romances Estorvo e Benjamim, juntamente com
a canção Dura na queda, obras produzidas no início, meio e fim da década de
1990, respectivamente, podem ser figurativas das características psico-sociais
acima apontadas, de forma que o fato de tratar em obras de arte a realidade
social à qual estão circunscritas, e de maneira tão dramática como visto, antes de
simples reducionismo, constitui dura crítica à sociedade ao revelá-la em seus
nervos mais salientes.
10. NAPOLITANO, Marcos. Seguindo a canção: engajamento político e indústria
cultural na trajetória da Música Popular Brasileira (1959/1969). São Paulo:
USP, 1999. Doutorado. Tese publicada: São Paulo: Anna Blume / FAPESP,
2001. Resumo: A tese em questão aborda e problematiza historicamente as
diversas formas de engajamento e crítica cultural assumidas pela canção
brasileira renovada, também conhecida como Música Popular Brasileira, entre o
surgimento da Bossa Nova (1959) e a diluição do Tropicalismo (1969). A MPB
traduziu projetos e contradições dos artistas e intelectuais envolvidos a alguma
forma com o paradigma "racional - popular", tomado aqui como uma cultura
política. Ao mesmo tempo, a MPB esteve no epicentro da reorganização da
indústria cultural brasileira, tornando-se um dos seus produtos mais rentáveis.
Através do estudo de fontes escritas e musicais, mapeamos e analisamos as
imbricações destas duas tarefas - veículo ideológico e produto comercial de
canção brasileira dos anos 60, em meio às profundas transformações políticas
pelas quais passava o país, sobretudo após o golpe militar de 1964.
11. RUFINO, Janaína Assis. As mulheres de Chico Buarque: análise da
complexidade discursiva de canções produzidas no período da ditadura militar.
UFMG: 2006. Mestrado.Resumo: Análise da complexidade discursiva das
canções produzidas no período da ditadura militar. Esse trabalho identifica e
analisa as marcas e estratégias discursivas usadas por Chico Buarque em
canções produzidas no período da ditadura militar para burlar os censores e
continuar conscientizando o seu público. O ponto de partida é a hipótese de que
as canções populares produzidas durante o Regime Militar veiculam um
discurso específico de contestação e de mobilização. O suporte teóricometodológico adotado é o Modelo de Análise Modular desenvolvido na
Universidade de Genebra (...) A adoção desse percurso nos permitirá evidenciar
o caráter sócio-histórico das canções e, além disso, detectar estratégias nelas
utilizadas que visem burlar a censura.
12. SANTOS, Paulo dos. Raul Seixas: a mosca na sopa da ditadura militar:
censura, tortura e exílio (1973-1974). São Paulo: PUC-SP, 2007. Mestrado
Resumo: O trabalho estuda a vida de Raul Seixas, desde o seu surgimento como
artista de grande renome ate o momento em que é mandado ao exílio pelo
regime militar. Também trata da censura, tortura, e de todo o confronto existente
entre o divulgador da sociedade alternativa em tempos de repressão.
13. SILVA, Alberto Ribeiro da. Sinal fechado. A música popular brasileira sob
censura (1937-1945/1969-1978). Niterói: UFF, 1993. Mestrado.Resumo: O
objetivo central deste trabalho é realizar um estudo comparativo doa dois
períodos em que, neste século, o Estado brasileiro se apresenta explicitamente à
sociedade como autoritário – o Estado Novo, de 1937 à 1945, e o Regime
Militar, particularmente durante o período que compreende a edição do AI-5 e a
decretação da anistia aos exilados, presos políticos e demais acusados de
subversão da ordem, no final de 1978. Para isso, tomamos como elemento de
comparação a relação entre o Estado e a música popular brasileira. Ao regime
militar coube lançar mão da violência da coerção, com o objetivo de silenciar
qualquer músico que pudesse representar um obstáculo a seus objetivos
políticos.
14. SOARES, Teresinha Rodrigues Prada. A utopia no horizonte da música nova
São Paulo. São Paulo: USP, 2006. DoutoradoResumo: Há muitos textos sobre a
atuação da música, via canção de protesto, frente às ditaduras militares na
década de 70 no Brasil e na América Latina, mas é esquecido que a música
erudita também enfrentou problemas sérios e apresentou um tipo de resistência
ao establishment. Houve um significativo relacionamento e trânsito de músicos
eruditos, irmanados numa mesma luta, estética e política. Esse trabalho relata a
identidade desses propósitos, tendo como objetos de estudo o Festival Música
Nova e o Curso Latinoamericano de Música Contemporânea.
15. SOARES, Teresinha Rodrigues Prada. A utopia no horizonte da música nova
São Paulo. São Paulo: USP, 2006. Doutorado Resumo: Há muitos textos sobre a
atuação da música, via canção de protesto, frente às ditaduras militares na
década de 70 no Brasil e na América Latina, mas é esquecido que a música
erudita também enfrentou problemas sérios e apresentou um tipo de resistência
ao establishment. Houve um significativo relacionamento e trânsito de músicos
eruditos, irmanados numa mesma luta, estética e política. Esse trabalho relata a
identidade desses propósitos, tendo como objetos de estudo o Festival Música
Nova e o Curso Latinoamericano de Música Contemporânea.
16. SOAREZ, Teresinha Rodrigues Prada. A utopia da música nova, 2006, FFLCH.
17. VIEIRA, Jose Ricardo da Penha. Músicas de festivais: "quem me dera agora eu
tivesse a viola pra cantar”. São Paulo: USP, 2005. Mestrado Resumo: A análise
de canções, em sua maioria, vencedoras dos Festivais da Música Popular
Brasileira, promovidos pelas TVs Excelsior, Record e Globo no período 19651969, constitui o objeto deste estudo. Faz-se também uma descrição do
momento histórico caracterizado pela Ditadura Militar, instaurada após o golpe
de 1964, como dos próprios festivais e sua contribuição para o panorama
cultural brasileiro.
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