instituto federal de educação, ciência e tecnologia

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Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia
INSTITUTO FEDERAL DE EDUCAÇÃO, CIÊNCIA E
TECNOLOGIA DE SANTA CATARINA
UNIDADE DE SÃO JOSÉ
DEPARTAMENTO DE TELECOMUNICAÇÕES E REDES
MULTIMÍDEA
CURSO SUPERIOR DE TECNOLOGIA EM SISTEMAS DE
TELECOMUNICAÇÕES
Disciplina: TLF3603 – Telefonia 1
Professor: Marcio Henrique Doniak
Horário:
São José, Janeiro de 2009.
Telefonia 1
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CAPÍTULO 2: Transdutores Eletroacústicos
Na telefonia, para transmitir a voz a uma determinada distância, esta precisa
ser transformada em sinais elétricos, as variações do sinal elétrico está diretamente
relacionado com as variações das ondas sonoras. Uma vez transmitidos, os sinais
elétricos devem ser transformados a sua forma original, para reproduzir a voz que os
originou. Os transdutores eletroacústicos são os dispositivos que transformam a
energia acústica em elétrica e vice-versa. Estes estão presentes no aparelho
telefônico.
Para transformar uma onda de pressão em sinal elétrico, o transdutor
(microfone, cápsula transmissora), tem como princípio de funcionamento a alteração
de uma variável elétrica, segundo as variações da onda sonora que este recebe. Do
outro lado da linha, o transdutor eletroacústico (auto-falante, cápsula receptora) cria
ondas de pressão, através de uma membrana oscilante, segundo as variações do
sinal elétrico que lhe são entregue.
2.1.
O Aparelho Telefônico
O aparelho telefônico é o responsável pela origem e recepção de ligações.
Apesar de seu aspecto simples, ele desempenha um grande número de operações.
Suas funções incluem:
 Solicita o uso do sistema telefônico, quando o microfone é levantado;
 Indica que o sistema está pronto para uso, por meio da recepção do tom
de discar;
 Envia o número do telefone chamado ao sistema;
 Indica o estado da ligação, por meio de sinalização acústica;
 Acusa o recebimento de uma ligação, com o toque da campainha;
 Converte a voz para sinais elétricos, para transmissão;
 Ajusta automaticamente quando ocorrem variações de potência;
 Sinaliza o término de uma ligação ao sistema.
A Figura 2.1.1 ilustra o diagrama de blocos do telefone, apresentando suas
principais funções. Os telefones funcionam com tensão contínua de -48 V, corrente
de operação entre 20 e 80 mA, perda típica de enlace de 8 dB e distorção de -50 dB.
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Figura 2.1.1: Diagrama de blocos do aparelho telefônico.
A Figura 2.1.2 mostra uma versão do teclado de um telefone multifrequencial,
no qual os dígitos são transmitidos por combinações de frequências, com cada par
de frequências associado a cada tecla. O sistema de discagem multifrequencial está
substituindo o telefone decádico, por apresentar as seguintes vantagens:
 Diminui o tempo de discagem;
 Utiliza componentes eletrônicos de estado sólido;
 Pode ser usado para transmissão de dados a baixas taxas;
 Reduz os requisitos de equipamentos na central local;
 É mais compatível com as centrais de programa armazenado.
O fundamento da telefonia é o estabelecimento da ligação telefônica. Para
tanto, além do telefone e do sistema telefônico, é necessário à existência do
assinante. O processo inicia com o desejo de um determinado assinante A
conversar com outro assinante B. O assinante A começa uma chamada por meio do
sistema telefônico. Essa chamada pode ser atendida pelo assinante B, ou sofrer
alguma interrupção por conta de congestionamento no sistema, erro na discagem,
telefone ocupado ou ausência de resposta por parte do assinante chamado.
Em função do sinal recebido, o assinante A pode tomar a atitude de desistir,
ou renovar a tentativa. Essa atitude pode ser imediata, ou após algum tempo. A
nova tentativa irá, dessa forma, sobrecarregar o sistema telefônico.
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Figura 2.1.2: Teclado multifrequencial.
2.2.
Características
elétricas
e
mecânicas
dos
transdutores
eletroacústicos
2.2.1. Cápsula Receptora (Auto-falante)
A cápsula receptora é um transdutor eletroacústico que transforma energia
elétrica (variação de corrente ou tensão) em energia acústica (variação de pressão).
a) Cápsula eletromagnética
É constituída por um ímã permanente sobre o qual é enrolada uma bobina. A
variação da corrente elétrica na bobina varia o fluxo magnético do imã permanente,
que passa a atrair ou repelir um diafragma (membrana) construído por um material
magnético. O movimento deste diafragma cria ondas de pressão que dão origem ao
som. A Figura 2.2.1 ilustra este tipo de cápsula receptora.
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Figura 2.2.1: Cápsula eletromagnética.
As características da cápsula eletromagnética são:
 Grande resistência mecânica, pois sua única parte móvel é a membrana
(diafragma);
 Não possui boa resposta em frequência.
Em virtude da sua má resposta em frequência esta cápsula é pouco utilizada.
b) Cápsula dinâmica
Também é constituída por um ímã permanente e uma bobina. Entretanto,
neste caso, a bobina é presa na membrana (diafragma) e é móvel (dinâmica) em
relação ao ímã. O princípio de funcionamento desta cápsula é a interação entre o
campo magnético variável criado pela bobina com o campo fixo do ímã permanente,
provocando o deslocamento da bobina móvel e da membrana. A oscilação da
membrana produz ondas acústicas. Neste caso o diafragma é de material não
magnético, geralmente plástico. A Figura 2.2.2 mostra como é constituída a cápsula
dinâmica.
Figura 2.2.2: Cápsula dinâmica.
A cápsula dinâmica apresenta uma resposta em frequência e uma
sensibilidade superior à cápsula eletromagnética, perdendo, no entanto, na robustez
mecânica, já que possui mais partes móveis. Esta cápsula é a mais utilizada na
telefonia.
Observação: Em diversas bibliografias é comum encontrar o termo transdutor
eletrodinâmico. Neste caso, para obter maior potência, o ímã permanente é
substituído por um eletroímã. Em telefonia, as potências sonoras produzidas numa
cápsula receptora não chegam a necessitar dos eletroímãs, sendo utilizadas as
cápsulas dinâmicas.
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2.2.2. Cápsula Transmissora (microfone)
A cápsula transmissora transforma a energia acústica em energia elétrica.
a) Microfone dinâmico amplificado
O microfone dinâmico amplificado tem o mesmo princípio de funcionamento e
características construtivas da cápsula receptora dinâmica, naturalmente, atuando
no sentido inverso. É a onda sonora que desloca a membrana (diafragma), que
desloca a bobina presa a ela. A bobina movimenta-se dentro do campo do ímã
permanente, dando origem a uma corrente induzida.
A corrente induzida em um microfone dinâmico é muito pequena
necessitando de amplificação na própria cápsula. Assim, o microfone utilizado é o
dinâmico amplificado. Em relação às características elétricas, o microfone é
bastante linear. A desvantagem do microfone dinâmico amplificado é o seu custo
unitário, devido o circuito amplificador utilizado.
Para o funcionamento do circuito amplificador é necessária uma alimentação
na cápsula com corrente DC.
b) Microfone a carvão
A tecnologia de carvão para cápsulas transmissoras em telefones vem sendo
utilizada desde a invenção do telefone. O microfone a carvão utiliza o fenômeno da
variação da resistência elétrica de grãos de carvão quando estes são submetidos a
uma determinada pressão. A variação da resistência é obtida pela variação da
superfície de contato, quando os grãos de carvão se comprimem, sob a ação da
força causada pela pressão acústica.
No microfone a carvão, as ondas sonoras atuam sobre uma membrana que
possui um eletrodo móvel preso a ela. Este por sua vez pressiona os grânulos de
carvão, contra o eletrodo fixo, produzindo uma variação da resistência elétrica
devido à variação da densidade dos grânulos de carvão. A Figura 2.2.3 ilustra o
microfone a carvão.
O microfone a carvão precisa ser alimentado por uma tensão DC. Com a
membrana em repouso, a corrente que circula pelo microfone será contínua, mas
varia quando há incidência de ondas sonoras, devido à variação da sua resistência.
A variação da corrente corresponde à variação do sinal acústico sobre a membrana.
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O microfone a carvão tem entre as suas características elétricas a vantagem
de um alto ganho natural, não necessitando de qualquer sistema de amplificação
para distâncias consideráveis em redes telefônicas. As desvantagens são a não
linearidade do dispositivo e a curva de resposta em frequência não plana, ou seja,
provoca grande distorção nos sinais elétricos. Além disto, o microfone a carvão pode
apresentar um ruído inerente e uma instabilidade caracterizada pela interrupção total
do seu funcionamento durante um curto período de tempo. Apesar destas
desvantagens, o alto ganho e o baixo custo fazem do microfone a carvão um dos
mais utilizados na telefonia.
Figura 2.2.3: Microfone a carvão.
c) Microfone capacitivo
Como o seu próprio nome diz, o microfone capacitivo é um capacitor com
uma capacitância que varia com as ondas sonoras. A capacitância de um capacitor
define a máxima carga que o mesmo pode armazenar e depende, entre outros
fatores, da distância entre as placas do mesmo. Em um microfone capacitivo, uma
das placas do capacitor é o seu diafragma, sujeito as variações de pressão sonora.
Assim, ao falarmos em um microfone capacitivo, alteramos diretamente a
capacitância do mesmo. Com essa variação a carga armazenada no capacitor é
alterada, passando a circular uma corrente que varia com a capacitância.
O microfone capacitivo tem características elétricas muito boas, entretanto,
seu custo e complexidade são elevados, devido à necessidade de um circuito
auxiliar para gerar a carga permanente do capacitor. Além disto, assim como no
caso do amplificador dinâmico, o sinal precisa ser amplificado. Assim, o microfone
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capacitivo somente é utilizado em telefonia para a realização de medidas e
estabelecer padrões (telefonometria).
d) Microfone a eletreto
Eletreto é um material dielétrico que possui carga elétrica permanente. É o
equivalente elétrico do ímã permanente que possui um campo magnético no próprio
material.
O microfone a eletreto é um microfone capacitivo, sendo que neste caso, o
capacitor é constituído por material eletreto. Assim, o circuito de polarização do
microfone fica bem mais simplificado, sendo viável economicamente.
Um exemplo simples de polarização do microfone a eletreto é mostrado na
figura abaixo:
Figura 2.2.4: Polarização do microfone a eletreto.
Normalmente, o capacitor do microfone tem uma carga constante. Entretanto,
ao receber uma onda de pressão sonora, a sua capacitância varia, alterando
proporcionalmente a tensão em seus terminais.
Este tipo de microfone é muito utilizado em aparelhos telefônicos.
Observação: O microfone a eletreto possui polaridade, devendo a carcaça do
mesmo estar em potencial mais negativo do que o segundo terminal.
2.2.3. Buzzer (campainha)
Embora não sejam utilizadas diretamente no processo de comunicação, um
outro transdutor de grande importância na telefonia é o que realiza a sinalização de
campainha. As campainhas “eletrônicas” possuem transdutores que ao receberem
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sinais elétricos produzem sons, comunicando ao usuário que este está sendo
chamado.
Atualmente, praticamente todos os novos telefones têm campainhas
eletrônicas, as quais são construídas com materiais piezoelétricos.
Materiais piezoelétricos são transdutores naturais, pois são materiais que tem
a propriedade de alterar o seu estado físico, oscilando ao receberem uma tensão
alternada. Estes materiais também têm o funcionamento inverso, ou seja, produzem
tensão elétrica ao receberem uma pressão sonora, logo, também são utilizados na
confecção de microfones de áudio. Na Telefonia, os materiais piezoelétricos são
atualmente usados apenas como campainhas. Entre os materiais piezoelétricos
estão os cristais e a cerâmica.
2.2.4. Modos de Comunicação
Para que uma pessoa possa falar com outra pessoa através de um circuito de
comunicação é necessário no mínimo uma cápsula transmissora e uma receptora,
conforme ilustra a Figura 2.2.5. Devido ao uso da cápsula transmissora é necessário
inserir no circuito uma fonte de alimentação, que forneça a corrente de alimentação
microfônica. Este circuito trabalha no modo simplex, portanto, possui o
inconveniente de só transmitir a voz de A para B.
Figura 2.2.5: Circuito operando no modo simplex.
Para realizar a comunicação nos dois sentidos, ou seja, de A para B e de B
para A, poderia ser utilizado dois circuitos simplex, resultando em uma combinação
que utilizaria quatro fios e duas fontes de alimentação. No entanto, isto não é
necessário, pois basta colocar mais uma cápsula transmissora e uma cápsula
receptora em série no próprio circuito, conforme mostra a Figura 2.2.6,
permanecendo o circuito com dois fios. Este tipo de circuito é chamado de duplex
série, apresentando sérias desvantagens. A principal desvantagem é o fato de a
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corrente microfônica atravessar todas as cápsulas, fazendo com o seu valor
dependa das condições do circuito dos dois lados.
Figura 2.2.6: Circuito operando no modo duplex série.
Para solucionar este problema, o circuito deve ser modificado, fazendo com
que a corrente microfônica de cada lado fique independente do outro lado. Uma
possível modificação é o uso do circuito duplex paralelo, mostrado na Figura 2.2.7.
Neste circuito, a fonte de alimentação é colocada em paralelo com os lados A e B.
Neste caso, é necessário inserir no circuito um choque (CK) para impedir que a
corrente vocal (AC) passe através da fonte de alimentação. O choque é um indutor
cuja impedância é suficientemente alta na faixa de frequência de 300 a 3.400 Hz.
Figura 2.2.7: Circuito operando no modo duplex paralelo.
2.2.5. Tipos de Alimentação
Nos três circuitos apresentados na seção Modos de Comunicação, a corrente
de alimentação depende da resistência total dos circuitos (microfone, receptor, linha
e fonte). O ideal é que a corrente microfônica dependa apenas da cápsula
transmissora (microfone). Para se conseguir uma maior independência da corrente
microfônica, um transformador (T) é introduzido em cada lado, dando origem a duas
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novas possibilidades de circuito. O transformador possibilita ainda, realizar através
de uma relação de transformação apropriada, um casamento de impedância,
resultando em maior potência transmitida.
a) Circuito com alimentação local (BL)
Neste tipo de circuito a alimentação fica nos extremos da comunicação
conforme mostrado na Figura 2.2.8.
Figura 2.2.8: Circuito com alimentação local (BL) operando em modo duplex série.
A principal vantagem desse circuito é o fato da corrente microfônica ser
independente das condições externas do circuito (linha e circuito do outro lado).
Além disso, não há circulação de corrente contínua da alimentação pela linha e pelo
receptor.
b) Circuito com alimentação central (BC)
Utiliza um circuito semelhante ao anterior, sendo a posição do microfone
trocada pela posição do receptor, conforme mostra a Figura 2.2.9. Neste caso, a
vantagem de uma corrente microfônica totalmente independente não existe. Por
outro lado, os terminais telefônicos não necessitam de qualquer fonte de
alimentação e a padronização de circuitos, visando uma comutação facilitada.
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Figura 2.2.9: Circuito com alimentação central (BC) operando em modo duplex
paralelo.
2.2.6. Circuito Anti-local
Os circuitos até aqui estudados possuem um inconveniente muito grande,
principalmente quando a linha é muito longa. O problema ocorre quando a pessoa
fala em um dos lados do circuito e ouve sua própria voz com maior intensidade do
que a pessoa do outro lado. Este tipo de problema é denominado de efeito local.
Por este motivo foi idealizado um circuito anti-local para minimizar, que no receptor
do interlocutor, este ouça a sua própria voz. Este tipo de circuito é empregado para
os circuitos com BL e BC conforme mostram as Figuras 2.2.10 e 2.2.11. Em ambos
os casos é necessário anular no receptor a corrente vocal gerada pelo microfone do
mesmo lado.
Figura 2.2.10: Circuito com alimentação central (BC) e circuito anti-local.
Figura 2.2.11: Circuito com alimentação local (BL) e circuito anti-local.
O objetivo é anular no receptor o sinal gerado no próprio microfone, ou seja, a
corrente que circula pelo receptor IRX, referente à ITX, deve ser zero. A corrente
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microfônica cria no transformador dois campos magnéticos, 1 e 2, gerados,
respectivamente por I1 e I2. Se os dois campos forem de mesma intensidade e
sentidos opostos a corrente induzida no secundário do transformador é igual a zero
(IRX = 0).
A intensidade de um campo magnético é diretamente proporcional à
impedância do enrolamento do transformador e à corrente que circula no mesmo.
Analisaremos a seguir o caso com BC. Considerando uma relação de transformação
de 1:1:1, o microfone estará ligado ao ponto central do transformador e assim:
Z1  Z 2
Neste caso, a condição necessária para o cancelamento dos campos e a
obtenção de IRX = 0 é:
I1  I 2
Para tanto, analisando as duas malhas percorridas pelas correntes I 1 e I2,
deve-se ter:
Zx  ZL
Onde ZL é a impedância equivalente à linha telefônica a qual o aparelho é
conectado.
Na prática não se consegue obter esta igualdade ZX = ZL uma vez que ZL
depende do comprimento da linha. Como conseqüência, o efeito anti-local nunca é
perfeito fazendo com que o interlocutor sempre ouça uma parcela da sua própria
voz. Este fato é aconselhável para que o usuário tenha a sensação de que o
aparelho está funcionando normalmente.
Além da condição de igualdade entre os fluxos 1 e 2, o funcionamento do
circuito anti-local depende fundamentalmente da polaridade correta das bobinas,
para que os mesmos atuem em sentidos opostos.
Em relação à corrente vocal que está na linha, proveniente do lado B, se a
impedância equivalente ZL >> ZTX a mesma passa totalmente para o receptor.
A análise do circuito com BL é análoga à anterior.
Atualmente, circuitos que utilizam componentes ativos e na maioria das vezes
integrados em um único chip, são empregados como circuito anti-local. O princípio
de funcionamento continua sendo o mesmo, ou seja, com o cancelamento da
corrente vocal do transmissor no próprio receptor.
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2.3.
Regulamento da Interface Usuário – Rede e de Terminais do STFC
– Anexo à Resolução nº 473, de 27/07/2007 da Anatel
TÍTULO I
DAS DISPOSIÇÕES GERAIS
Capítulo I
Dos Objetivos
Art. 1º Este Regulamento estabelece as características técnicas, funcionais e
de sinalização entre os terminais e a rede de telecomunicações suporte ao Serviço
Telefônico Fixo Comutado – STFC, destinando ao uso do público em geral,
utilizando processos de telefonia, para combinações possíveis em ambiente
analógico ou digital.
Art 2º Este Regulamento também estabelece as características técnicas,
funcionais, de construção e sinalização dos terminais para uso no STFC, bem como
os requisitos necessários à sua certificação e os correspondentes procedimentos de
ensaios.
Capítulo II
Das Disposições Gerais
Art 3º As interfaces descritas neste Regulamento são aquelas destinadas a
interligar, com a rede de suporte ao STFC, os terminais que possuem:
I – interfaces analógicas para terminal de voz com sinalização decádica ou
DTMF, terminal de dados com transmissão na faixa de voz e terminal de
identificação do acesso chamador;
II – interfaces digitais para terminal de dados com acesso a 64 kbit/s.
Art. 4º Os terminais devem atender integralmente às especificações contidas
neste Regulamento como condição necessária à sua certificação e integração ao
STFC.
Capítulo III
Das Definições, Símbolos e Abreviaturas
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Seção I
Das Definições
Art. 5º Para fins deste regulamento são adotadas as seguintes definições:
I – Codificação 2B1Q: denominação da codificação de linha 2 binário 1
quaternário, com modulação por amplitude de pulso (PAM) com quatro níveis, sem
redundância;
II – Critério de Ruído: critério de ponderação para medição de ruído ambiente,
conforme ISSO/IEC 226;
III – DTMF (Dual Tone Multi-frequency): sinalização multi-frequencial baseada
em um par de tons;
IV – Equipamento de Comunicação de Dados (ECD): equipamento que se
destina a prover as funções necessárias para estabelecer, manter e liberar uma
conexão, proceder ao ajuste e codificação do sinal, entre a interface do terminal de
dados e a linha telefônica;
V – Equipamento Terminal de Dados (ETD): equipamento formado por um
gerador e/ou receptor de dados;
VI – Faixa de frequência de voz: faixa de frequência compreendida entre 300
Hz e 3.400 Hz;
VII – Identificação do acesso chamador: informação enviada, pela central de
comutação de destino, para o assinante chamado através de sinalização DTMF,
correspondente à identificação da categoria e do código de acesso do chamador;
VIII – Margem de Ruído: nível de ganho ou atenuação imposta ao nível do
ruído nominal;
IX – Posição LRGP: posição que o monofone do terminal de voz deve
assumir para a realização dos ensaios eletroacústicos, conforme o Anexo C da
Recomendação P.64 da ITU-T;
X – Ponto de Referência da Boca: ponto situado 25 mm à frente dos lábios no
eixo horizontal que passa através do centro da abertura da boca, conforme a Figura
A1 da Recomendação P.64 da ITU-T;
XI – Padrão de teste 511: seqüência de bits pseudo-aleatória de comprimento
29 – 1 que corresponde a 511 bits, conforme Recomendação O.150 da ITU-T;
XII – Terminal: equipamento ou aparelho que possibilita o acesso do usuário
ao STFC;
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XIII
–
Transmissão
duplex:
transmissão
de
dados
que
ocorre
simultaneamente nos dois sentidos.
Seção II
Dos Símbolos
Art. 6º Para fins deste Regulamento são adotados os símbolos indicados na
Figura 2.3.1.
Figura 2.3.1: Símbolos.
Seção III
Das Abreviaturas
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Art. 7º Para fins deste Regulamento são adotadas as seguintes abreviaturas:
I – BAL: Balanceamento Longitudinal;
II – dBm: deciber relativo a 1 mW;
III – dBmp: dBm medido com ponderação psofométrica, conforme disposto na
Recomendação O.41 da ITU-T;
IV – dB Pa: decibel relativo a 1 Pascal (Pa);
V – dB Pa (A): decibel relativo a 1 Pascal medido com ponderação A,
conforme disposto na Norma IEC-123;
VI – dB SPL: decibel relativo a 20 µPa;
VII – dB SPL (A) decibel relativo a 20 µPa medido com ponderação A,
conforme disposto na Norma IEC-123;
VIII – dB V: decibel relativo a 1 V;
IX – LRGP: Loudness Rating Guard-Riting Position, conforme disposto no Art.
5º;
X – PRB: Ponto de Referência da Boca;
XI – Rf: Resistor variável utilizado para limitar a corrente de enlace;
XII – Vbat: Tensão da bateria da central;
XIII – Vef: Volts eficaz (rms).
TÍTULO II
DOS REQUISITOS PARA O SERVIÇO
Capítulo I
Das Especificações Técnicas da Interface Usuário – Rede para Acesso
Analógico ao STFC
Seção I
Das Especificações Gerais
Art. 8º A rede de suporte ao STFC deve proporcionar a todos os terminais a
possibilidade de receber e de originar chamadas, e estar equipada para receber e
tratar sinalização decádica como sinalização multifrequencial.
Art. 9º Quando um terminal do STFC possuir a facilidade de identificação do
acesso chamador, a rede de suporte ao STFC deve ser capaz de prover o envio,
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através de sinalização DTMF, da identificação do terminal chamador ao terminal
chamado.
Parágrafo único. A identificação do acesso chamador não deve ser enviada
ao acesso chamado, quando o usuário do acesso chamador possuir a facilidade de
Restrição da Identidade do Assinante Chamador.
Seção II
Da Sinalização para Usuário
Art. 10. A sinalização enviada para o usuário deve apresentar as
características dispostas na Tabela 2.3.1.
Tipo do
Sinal
Discar
Controle de
Chamada
Ocupado
Rede
Inacessível
Código
Inacessível
Forma
Visual
(Mensagem
Escrita)
Discar
Forma audível
Presença
Ausência
Presença
Ausência
Frequência
Ocupado
1000±100
ms
250±25 ms
Contínuo
4000±400
1000±100
ms
ms
250±25 ms
250±25 ms
4000±400
ms
250±25 ms
Indisponível
500±50 ms
500±50 ms
500±50 ms
500±50 ms
425±25 Hz
Inacessível
250±25 ms
250±25 ms
750±75 ms
250±25 ms
425±25 Hz
Chamando
425±25 Hz
425±25 Hz
425±25 Hz
Tabela 2.3.1: Sinalização para usuário.
Art. 11. A sinalização de chamada enviada para o terminal do usuário deve
apresentar as seguintes características:
I – tensão senoidal de 70 Vef a 90 Vef sobreposta à tensão de alimentação,
com distorção máxima de 15%;
II – frequência variando de 15 Hz a 30 Hz, com período de envio de
sinalização de 1000±400 ms.
III – O tempo de apresentação do sinal de chamada deve ser de pelo menos
60 segundos, contados do início de sua apresentação para o usuário.
Seção III
Da Sinalização Usuário – Rede
Art. 12. A sinalização multifrequencial, presente na interface usuário – rede
deve apresentar as características nas Tabelas 2.3.2 e 2.3.3.
Frequência dos
Sinais
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Sinalização Multifrequencial – Sentido Usuário para Rede
Gr. Baixo
697, 770, 852, 941 Hz
Gr. Alto
1209, 1336, 1477, 1633 Hz
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Programa de Sinalização
697
770
852
941
Tolerância das frequencias
Gr. Alto (> 1kHz)
Nível de Potência
das frequências
Gr. Baixo (< 1kHz)
Duração do Sinal
Duração da Pausa
Velocidade de sinalização
1209
1
4
7
*
1336
2
5
8
0
1477
3
6
9
#
1633
A
B
C
D
± 1,5 %
- 8 dBm ± 3 dB
-10 dBm ± 3 dB
≥ 50 ms
≥ 50 ms
Mínimo 120 ms / dígito
(1)
(2)
Tabela 2.3.2: Sinalização Multifrequencial – Sentido Usuário para Rede.
Observações:
(1) A frequência de 1633 Hz é considerada reserva;
(2) As frequências do grupo alto devem ser emitidas com um nível (2 ± 1) dB
acima do nível das frequências do grupo baixo.
Frequência dos
Sinais
Sinalização Multifrequencial – Sentido Rede para Usuário
Gr. Baixo
697, 770, 852, 941 Hz
Gr. Alto
1209, 1336, 1477, 1633 Hz
Programa de Sinalização
Tolerância das frequencias
Gr. Alto (> 1kHz)
Nível de Potência
das frequências
Gr. Baixo (< 1kHz)
Tempo de envio e intervalo do sinal (par
de frequências na linha)
Rejeição do sinal
697
770
852
941
1209
1
4
7
*
1336
2
5
8
0
1477
3
6
9
#
1633
A
B
C
D
± 1,5 %
- 8 dBm ± 3 dB
-10 dBm ± 3 dB
Duração do sinal: 70 ms ± 20 %
Intervalo entre sinais: 70 ms ± 20 %
O terminal de usuário deve rejeitar os sinais com duração ≤
10 ms.
Tabela 2.3.3: Sinalização Multifrequencial – Sentido Rede para Usuário.
Art. 13. A sinalização decádica, presente na interface usuário – rede é gerada
pelo terminal do usuário e deve apresentar as características especificadas na
Tabela 2.3.4.
Sinalização Decádica
Frequência
10 ± 1 pulsos por segundo
Relação entre tempos de abertura /
2:1
fechamento nominal
Tempo individual de abertura (Ta)
58 ms < Ta ≤ 77 ms
Tempo individual de fechamento (Tf)
28 ms ≤ Tf ≤ 40 ms
Pausa interdigital (Pi)
700 ms ≤ Pi ≤ 1300 ms
Corrente durante a abertura do enlace
≤ 1 mA
Tabela 2.3.4: Sinalização Decádica.
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Art. 14. A rede de suporte do STFC deve atender às seguintes características
de tempo para reconhecimento do evento retomada do sinal de discar ou marcar:
I – T ≤ 140 ms, não deve reconhecer o evento;
II – 140 ms < T < 220 ms: pode ou não reconhecer o evento;
III – 220 ms ≤ T ≤ 320 ms: deve reconhecer o evento;
IV – 320 < T ≤ 500 ms: pode ou não reconhecer o evento;
V – T > 500 ms: não deve reconhecer o evento.
Art. 15. O evento fechamento do enlace terminal deve ou não ser
reconhecido quando uma transição de enlace aberto para enlace fechado estiver
compreendida nos seguintes intervalos de tempo:
I – T ≤ 16 ms: não deve reconhecer o evento;
II – 16 ms < T ≤ 160 ms: pode ou não reconhecer o evento;
III – T > 160 ms: deve reconhecer o evento.
Art. 16. O evento abertura do enlace terminal deve ou não ser reconhecido
quando uma transição de enlace fechado para enlace aberto estiver compreendida
nos seguintes intervalos de tempo:
I – T < 320 ms: não deve reconhecer o evento;
II – 320 ms ≤ T ≤ 500 ms: pode ou não reconhecer o evento;
III – T > 500 ms: deve reconhecer o evento.
Seção IV
Da Alimentação dos Terminais
Art. 17. A prestadora do STFC deve prover a alimentação para
funcionamento
dos
terminais,
considerando-se
também
a
alternativa
de
fornecimento da alimentação pelo ambiente do usuário.
§ 1º A tensão de alimentação fornecida pela rede de suporte ao STFC para os
terminais que dela necessitem para o seu funcionamento, deve ser de (-48 ± 4) Vcc,
fornecida através de ponte de alimentação de 2 x (170 a 300 Ω).
§ 2º A tensão de alimentação fornecida pelo ambiente do usuário deve
atender a uma das seguintes opções:
I – tensão de -48 Vcc ± 25 %, com o positivo aterrado;
II – tensão de 110 / 127 Vac ou 220 Vac ± 15 %, 60 Hz ± 5 %.
§ 3º A alimentação dos terminais conectados ao STFC através de sistemas
de acesso fixo sem fio deve ser fornecida diretamente pela Estação Terminal de
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Acesso (ETA), considerando as disposições estabelecidas nos parágrafos
anteriores.
Art. 18. A tensão total na linha telefônica, entre os fios a e b, incluindo a
tensão de alimentação e a tensão de sinalização de chamada não deve exceder 180
V de pico;
Art. 19. A corrente de enlace fechado deve ser igual ou superior a 20 mA,
para uma linha de assinante de 3 km, com condutor de 0,40 mm de diâmetro,
Resistência de 280 Ω/km e Capacitância de 50 nF/km.
Seção V
Do Atendimento a Deficientes Auditivos Parciais
Art. 20. Os terminais de voz para deficientes auditivos parciais, devem ser
equipados com dispositivos que permitam o uso do terminal de voz por usuário que
utilize dispositivos auxiliares de audição, em conformidade com os requisitos
técnicos estabelecidos no Art. 49 deste Regulamento.
Capítulo II
Das Especificações Técnicas da Interface Usuário – Rede para Acesso
Digital ao STFC
Seção I
Das Especificações Gerais
Art. 21. A rede de suporte do STFC deve proporcionar a todos os terminais a
possibilidade de receber e de originar chamadas.
Seção II
Da Sinalização de Linha
Art. 22. O sinal de linha na interface usuário – rede deve ser do tipo 2N1Q,
conforme especificado na norma ANSI T1.601, para operação duplex a 2 fios.
Art. 23. A sinalização presente na interface usuário – rede é enviada através
de um canal de 16 kbit/s em conformidade com a Recomendação Q.921 do ITU-T.
Seção III
Da Alimentação dos Terminais
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Art. 24. A alimentação dos terminais que se utilizam da interface usuário –
rede para acesso digital ao STFC deve atender ao disposto no § 2º do Art. 17.
TÍTULO III
DOS REQUISITOS PARA CERTIFICAÇÃO DOS TERMINAIS COM
INTERFACE ANALÓGICA COM O STFC
Capítulo I
Dos Requisitos Comuns a Todos os Terminais
Seção I
Dos Requisitos Gerais
Art. 25. Além dos requisitos dispostos a seguir, devem ser observados os
requisitos estabelecidos no Capítulo I do Título II para efeito de certificação.
Seção II
Dos Requisitos de Conexão
Art. 26. Os terminais devem se interligar ao STFC através de um conector
fêmea miniatura de 6 posições, conforme especificado no documento “FCC 47, §
68.500 clause (a)”.
§ 1º Os terminais do conector devem seguir a disposição mostrada na Tabela
2.3.5.
§ 2º Os terminais que não tenham conector do tipo descrito neste artigo,
devem ser fornecidos com cabo adaptador que possibilite a realização da conversão
da sua interface de saída para a especificada neste artigo.
Número do contato
1
2
3
4
5
6
Função
Conexão a linha
Conexão a linha
Tabela 2.3.5: Terminais do conector.
Seção III
Dos Requisitos de Sinalização
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Art. 27 A sinalização decádica emitida pelo terminal deve ser composta de
um trem de pulsos que interrompa a corrente circulante na linha telefônica, em um
número de vezes igual ao dígito acionado, sendo que o dígito zero corresponde a 10
pulsos.
Parágrafo único. As características do sinal devem satisfazer a Tabela 2.3.4,
sendo que para terminal de voz, o nível médio na cápsula receptora durante o envio
do trem de pulsos, deve ser audível.
Art. 28. A sinalização multifrequencial emitida pelo terminal deve ser
composta de um par de frequências, emitidas simultaneamente de acordo com a
Tabela 2.3.2, e com as seguintes características adicionais:
I – para terminal de voz, os sinais de sinalização multifrequencial enviados
para a linha devem ser audíveis através da cápsula receptora;
II – para terminal de voz, a atenuação do sinal de voz na linha, proveniente da
cápsula emissora durante o envio da sinalização multifrequencial, deve ser maior ou
igual a 40 dB;
III – o nível de potência total das componentes espúrias medidas na faixa de
300 Hz a 3400 Hz, deve ser 20 dB inferior ao nível de potência da frequência
fundamental do grupo baixo do sinal;
IV – o nível de qualquer frequência individual não desejada, medida numa
largura de faixa de 100 Hz, não deve exceder na faixa de 300 Hz a 3400 Hz, a – 33
dBm.
Seção IV
Dos Requisitos Elétricos
Art 29. O terminal deve operar corretamente quando alimentado pela linha
telefônica conforme especificado no Art. 17, independentemente da polaridade da
linha, e com linhas de até 840 Ω de resistência de enlace.
Art. 30. O terminal deve atender os seguintes limites de resistência em
corrente contínua:
I – com o enlace fechado, a resistência deve ser menor ou igual a 400 Ω,
medida na condição de corrente de enlace de 20 mA e na máxima corrente de
enlace possível. Este item não é aplicável ao terminal que tenha a função exclusiva
de identificar o acesso chamador;
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II – com o enlace aberto, a resistência deve ser maior ou igual a 0,1 MΩ,
quando o terminal for alimentado com tensão de 48 V.
Art. 31. Na condição de enlace aberto, o terminal deve atender os seguintes
limites de impedância:
I – quando submetido a uma tensão senoidal de 70 Vef e frequência de 25 Hz
superposta a 48 V, o módulo da impedância deve ser maior ou igual a 4 kΩ;
II – na faixa de frequência de 300 Hz a 3400 Hz, o módulo da impedância
deve ser maior ou igual a 10 kΩ, medido com tensão de 0,388 Vef (-6 dBm em 600
Ω).
Art. 32. O Balanceamento Longitudinal do terminal, nas condições de enlace
aberto e fechado deve ser maior ou igual a:
I – para terminal de dados:
a) 46 dB na faixa de 60 Hz a 600 Hz;
b) 52 dB na faixa de 600 Hz a 3400 Hz.
II – para todo terminal, exceto dados:
a) 40 dB na faixa de 60 Hz a 600 Hz;
b) 46 dB na faixa de 600 Hz a 3400 Hz.
Art. 33. A Perda de Retorno do terminal, em relação a 600 Ω na faixa de 300
Hz a 3400 Hz, medida com tensão de 0,388 Vef (-6 dBm em relação a 600 Ω) com
corrente de enlace variando entre 20 mA e a máxima corrente de enlace possível
deve ser maior ou igual a:
I – para terminal de dados: 16 dB;
II – para os demais terminais: 14 dB.
Parágrafo único: Este item não é aplicável ao terminal que tenha função
exclusiva de identificar o acesso chamador.
Art. 34. O Ruído Psofométrico produzido pelo terminal, nas condições de
enlace aberto e fechado, sem transmitir sinal, deve ser menor ou igual a:
I – para terminal de voz e identificador do assinante chamador: -64 dBmp;
II – para terminal de dados: -70 dBmp.
Seção V
Dos Requisitos de Compatibilidade Eletromagnética
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Art. 35. O terminal deve atender ao disposto no Regulamento para
Certificação de Equipamentos de Telecomunicações quanto aos aspectos de
Compatibilidade Eletromagnética.
Parágrafo único. Os requisitos de emissão de perturbações eletromagnéticas
não se aplicam aos telefones de assinante.
Seção VI
Dos Requisitos de Segurança Elétrica
Art. 36. O terminal deve atender ao disposto no Regulamento para
Certificação de Equipamentos de Telecomunicações quanto aos aspectos de
Segurança Elétrica.
Capítulo II
Dos Requisitos Específicos dos Terminais de Voz
Seção I
Dos Requisitos de Sinalização
Art. 37. O aviso sonoro para o terminal de voz deve ser acionado quando
este for submetido a um sinal de chamada conforme especificado no Art. 11, para
linhas de 0 a 3 km, com até 4 terminais conectados à linha do assinante.
Art. 38. O pulso da facilidade de retomada do sinal de discar ou marcar,
quando existente, deve corresponder a uma abertura de enlace por um período de
270 ± 50 ms. Durante a abertura do enlace, a corrente circulante deve ser menor ou
igual a 1 mA.
Seção II
Dos Requisitos Eletroacústicos
Art. 39. As características eletroacústicas do terminal de voz devem ser
atendidas quando este é alimentado com fonte de alimentação de 48 V, ponte de 2 x
250 Ω, 2 x indutores de valor maior ou igual a 5 H, e linha de assinante com
condutor de 0,40 mm de diâmetro (280 Ω/km, 50 nF/km).
Art. 40. O terminal de voz deve atender às seguintes características de Índice
de Sonoridade:
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I – o Índice de Sonoridade de Emissão deve estar entre +3 dB e +14 dB, para
linha de comprimento entre 0 e 3 km;
II – o Índice de Sonoridade de Recepção deve estar entre -10 dB e + 1 dB,
para linha de comprimento entre 0 e 3 km;
III – o Índice de Sonoridade de Efeito Local de Mascaramento deve ser maior
ou igual a +7 dB, para comprimento de linha de 0 e 3 km;
Art. 41. O terminal de voz deve atender às seguintes características de
resposta em frequência, para linha de assinante de 0 km:
I – a curva de resposta em frequência de emissão, deve enquadrar-se dentro
dos limites da Figura 2.3.2;
II – a curva de resposta em frequência de recepção, deve enquadrar-se
dentro dos limites da Figura 2.3.3, medida com ouvido artificial especificado na
norma IEC-318.
Figura 2.3.2: Curva de Resposta de Frequência de Emissão.
Figura 2.3.3: Curva de Resposta de Frequência de Recepção.
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Art. 42. A distorção harmônica total, medida para frequências fundamentais
na faixa de 300 Hz a 3400 Hz com linha de 3 km, deve estar:
I – na emissão: pelo menos 25 dB abaixo do nível da componente
fundamental, medida nos terminais do terminal de voz, com estímulo acústico de 4,7 dB Pa no ponto de referência da boca;
II – na recepção: pelo menos 30 dB abaixo do nível da componente
fundamental, com estímulo elétrico de -18 dB V nos terminais do terminal de voz.
Art. 43. O terminal de voz deve atender às seguintes características de ruído:
I – a potência de ruído de emissão, medida nos terminais do terminal de voz,
com monofone fora do gancho e sem sinal acústico proveniente da cápsula
emissora, deve ser menor ou igual a -64 dBmp, quando medida com corrente de
enlace variando entre 20 mA e a máxima corrente de enlace possível;
II – a potência de ruído de recepção, medida com um ouvido artificial
acoplado à cápsula de recepção, com o monofone fora do gancho e sem sinal
acústico proveniente da cápsula emissora, deve ser menor ou igual a -49 dB Pa(A),
quando medida com corrente de enlace variando entre 20 mA e a máxima corrente
de enlace possível.
Art. 44. O terminal de voz deve atender às seguintes características de
linearidade:
I – para um estímulo acústico de -4,7 dB Pa, no ponto de referência da boca,
com variação de ±10 dB, a resposta elétrica deve variar na mesma proporção (±10
dB), com tolerância de ±1 dB para a média e ±1,5 dB para medição em frequências
individuais na faixa de 300 Hz a 3400 Hz;
II – para um estímulo elétrico de -18 dB V nos terminais do terminal de voz,
com variação de ±10 dB, a resposta acústica deve variar na mesma proporção (±10
dB), com tolerância de ±1 dB para a média e ±1,5 dB para a medição em
frequências individuais na faixa de 300 Hz a 3400 Hz.
Art. 45. O nível de intensidade sonora produzido pelo aviso sonoro do
terminal de voz, quando submetido a um sinal de 70 Vef e 25 Hz, deve ser maior ou
igual a 70 dB SPL(A), medido a um metro do terminal de voz.
Seção III
Dos Requisitos Funcionais
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Art. 46. O terminal de voz deve possibilitar o ajuste contínuo, ou pelo menos
2 níveis distintos, do nível de intensidade sonora gerado pelo aviso sonoro.
Art. 47. O terminal de voz deve possibilitar sinalização de linha decádica ou
multifrequencial, especificadas nos Art. 27 e Art. 28 deste Regulamento.
Art. 48. O terminal de voz deve possuir teclado, com a disposição física das
teclas conforme a Figura 2.3.4.
Figura 2.3.4: Disposição Física das Teclas.
I – a tecla do dígito 5 deve ter características que possibilitem facilmente a
sua identificação por deficientes visuais;
II – quando existirem teclas de funções suplementares, estas podem ser
dispostas livremente.
Seção IV
Dos Requisitos para Terminais de Voz para Usuários com Deficiência Auditiva
Parcial
Art. 49. Além dos requisitos especificados nos Art. 25 ao Art. 48 deste
Regulamento, os terminais de voz que permitem acoplamento indutivo da cápsula
receptora com dispositivos auxiliares de audição, devem atender ao disposto no item
5 da Norma ETS 300 381 do ETSI, quanto à intensidade de campo magnético,
linearidade do campo magnético com o nível de pressão sonora, e resposta de
frequência do campo magnético.
(...)
Segue até o Art. 142.
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2.4.
Exercícios
2.5.
Referências Bibliográficas
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