Asteróides

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Qual a importância de compreender a
formação do Sistema Solar para o
futuro do nosso planeta?
Nébula Solar
Acção
gravítica
Disco achatado
com grãos sólidos
Acreção
Zoonamento
mineralógico
Planetesimais
Protoplanetas
Proto-sol
Diferenciação
Sol
Planetas
A atracção gravítica entre os corpos permitiu a
formação de corpos de maiores dimensões - os
planetesimais. que por acreção formaram os
planetas telúricos e provavelmente os
núcleos rochosos dos planetas gigantes.
Por acreção aos planetesimais
formaram os planetas telúricos
e provavelmente os núcleos
rochosos dos planetas gigantes.
Na actualidade, a acreção ainda decorre no
nosso planeta, com registos recentes de
impactos de meteoritos.
A acreção originou corpos de
grandes dimensões e uniformes,
com uma estrutura interna diferente
da que o planeta Terra apresenta
actualmente.
A Terra teve que sofrer um processo de
diferenciação, que permitiu a formação de
camadas internas com propriedades
físico-químicas distintas.
Temperatura aumentou devido:
• Impacto com planetessimais
• Compressão
• Desintegração radioactiva
Fusão seguida de
diferenciação
Sistema Solar
Astros
Planetas
Planetas - anões
Orbita em torno do sol
Orbita em torno do sol
Têm massa suficiente para
ter gravidade própria e que
assume uma forma
arredondada
Têm massa suficiente para
ter gravidade própria e que
assume uma forma
arredondada
Domina claramente a sua
órbita
Não domina claramente a
sua órbita
Não é satélite
Pequenos corpos do Sistema Solar
Todos os outros objectos que
não se enquadram nas
categorias acima descritas
A Terra, um planeta muito especial: Formação do Sistema Solar
Astros
Planetas
Planetas - anões
Pequenos corpos do Sistema Solar
Planetas menores, rochosos, interiores, telúricos
Planetas gigantes, gasosos, exteriores
Calcula-se que o Sistema solar possua um diâmetro de 12 000 milhões de quilómetros
Cintura de Kuiper: abrange uma região do Sistema Solar que vai desde a órbita
de Neptuno, aproximadamente 30 UA do Sol, até a uma distância de 50 UA.
Os corpos que aí existem são chamados de objectos transneptunianos.
O nome “Kuiper” vem do astrónomo holandês (posteriormente naturalizado norteamericano) Gerard Kuiper. Este astrónomo colocou a hipótese de existir uma cintura de
corpos celestes para além da órbita de Neptuno, hipótese que veio a confirmar-se depois
da morte do astrónomo.
A nuvem de Oort é constituída por mais de 4 mil
milhões de blocos de gelo e por mais de 200
milhões de cometas.
Todo o espaço envolvente é composto por
grandes quantidades de hidrogénio gelado.
Todos os planetas do sistema solar realizam dois movimentos:
Movimento de translação –
movimento do planeta em
torno do sol
Movimento de rotação –
movimento do planeta em
torno de si mesmo,
movimento em sentido
direto ou movimento em
sentido retrogrado
Terra , Lua e planetas - anões
Comparação entre a Terra e os objetos transneptunianos descobertos recentemente,
como Quoar e Sedna.
Comparação entre o tamanho da Lua e de Plutão, que até bem pouco tempo era
considerado um dos planetas principais.
Comparação entre a Terra, Caronte, Ceres e Éris
Comparação, em escala, entre os tamanhos da Terra, Caronte (a lua de Plutão),
Ceres (que orbita entre Marte e Júpiter) e o objeto transneptuniano 2003 UB,
rebaptizado como Éris, e pertencente à classe de planetas-anões.
Comparação entre a Terra, os maiores asteróides e objetos transneptunianos
Comparação entre o tamanho da Terra, e alguns dois maiores asteróides,
entre Marte e Júpiter, e objetos transnetunianos, como Sedna, Orcus e
Quaoar.
São corpos do tipo planetário que se distinguem dos planetas por:
Serem mais pequenos (dos conhecidos, só 220 têm mais de 100 km de diâmetro);
Terem forma irregular;
Carmen Carvalho, 2009
Terem eixos de rotação distribuídos ao acaso.
De acordo com a sua órbita podem ser agrupados em:
Asteróides que pertencem à cintura de asteróides
Asteróides Próximos da Terra
Asteróides Troianos
Cintura de Asteróides;
NEA, do inglês "Near Earth Asteroids", asteróides
próximos da Terra:Aten, Apollo e Amor;
Asteróides troianos de Júpiter.
De acordo com a sua órbita podem ser agrupados em:
Asteróides que pertencem à cintura de asteróides
Asteróides Próximos da Terra
Asteróides Troianos
Asteróides Centaurus: orbitam
Na zona externa do Sistema
Solar
Órbitas dos planetas Júpiter, Saturno, Úrano e
Neptuno (azul claro); Localização dos planetas
(círculos azul escuro com cruz interior);
Localização de Plutão (círculo branco com cruz
interior); Trans-Neptunianos (círculos vermelhos,
brancos e rosa); Centauros (triângulos laranja);
Transneptunianos em órbitas mais alongadas
(triângulos azul claro); Cometas (quadrados azul
escuro). Crédito: "Minor Planet Center".
Asteróide MATHILDE, com 56 km de diâmetro
Asteróide IDA, tem cerca de 70 km de
comprimento e possui um pequeno satélite
designado DACTYL
Asteroide GOLEVKA
Asteróide triplo: SYLVIA
Asteróides Próximos da Terra (Near Earth Asteroids - NEA), interceptam a órbita
terrestre e, portanto, podem, potencialmente entrar em colisão com a Terra.
São conhecidos cerca de 200, cujas dimensões variam entre
32 km e 2.000 km de comprimento.
Os Asteróides de menores dimensões são muito difíceis de detectar,
nomeadamente no que concerne à sua aproximação à Terra.
Mais um asteróide que passou perto da Terra...
2003-10-17
Num mês normal, é usual contar entre 5 a 10 passagens
próximas de asteróides nas vizinhanças da Terra. Nestes casos,
os asteróides costumam ser tão grandes como montanhas, ou
pelo menos com o tamanho típico de um campo de futebol. No
dia 27 de Setembro, um asteróide passou a apenas 88 000 km
da Terra, a menos de um quarto da distância que nos separa da
Lua. No entanto, este asteróide é único pois tem um diâmetro
de apenas 3 a 6 metros, em claro contraste com os outros
casos. Designado por 2003 SQ222, este asteróide foi observado
poucas horas após a aproximação. Foram obtidas imagens de
CCD que permitiram obter os parâmetros da órbita do asteróide
com alguma precisão.
Embora sejam já conhecidos asteróides mais pequenos que
passaram mais perto, este é muito provavelmente o asteróide
mais pequeno para o qual foi possível obter uma órbita fiável.
Isto deveu-se a uma excelente coordenação de observações
realizadas no Observatório Lowell (EUA) com observações
efectuadas com um pequeno telescópio de 30 cm pelo
astrónomo amador britânico Peter Birtwhistle, nas
proximidades de Londres.
Imagem do asteróide 2003 SQ222 (indicado pelo círculo
verde à direita). Identificado (à esquerda) temos também um
objecto da cintura de asteróides. Crédito: Bob Cash (Lowell
Observatory\'s Near-Earth Object Search).
E se um asteróide colidisse com a Terra?
Calculando um impacto no Atlântico Sul, a 7.000 km de distância de Portugal,
de um Asteróide
 com 6 km de comprimento;
 com uma densidade baixa, (cerca de 1.700kg/m3);
 com uma velocidade de impacto de 15 km/s;
 que colidisse no oceano e numa zona tivesse 5.000 metros de profundidade
 provocaria um sismo sentido em Portugal, de grau 8,6 da Escala de Richter, e
todo o planeta vibraria como um sino;
 o som do impacto ouvido em Portugal atingiria 64 db;
 a energia libertada corresponderia a 5.17 x 106 Megatoneladas de TNT ;
criaria no fundo do oceano uma cratera de 35 km de diâmetro;
provocaria um Tsunami cuja vaga deslocar-se-ía a cerca de 900 km/hora.
Dando como exemplo, a área da grande Lisboa, esta seria atingida, em poucas
horas, por uma onda gigante de mais de 1.000 metros de altura .
Origem dos Asteróides
-Destroços resultantes da formação do universo que, durante a formação do
sistema solar, não compactaram pelo que não deram origem a novos planetas;
-Destroços resultantes de colisão, seguida de desintegração, de planetas em
formação no sistema solar;
-Fragmentos resultantes de impactos de asteróides ou de cometas com a
superfície de planetas já consolidados;
-Fragmentos de cometas.
Os Asteróides, relativamente à composição, podem ser classificados em três categorias:
São a grande maioria dos existentes ( + de 75% dos Asteróides).
Tipo C
Uma das suas características é a de serem extremamente escuros e difíceis de observar.
São essencialmente compostos por condrites.
São cerca de 17 % do total dos Asteróides existentes.
Tipo S
Mais claros que os do tipo C, são compostos por silicatos de magnésio, níquel e ferro.
Tipo M
- São compostos por níquel-ferro e são extremamente brilhantes
São corpos que se caracterizam por:
Serem constituídos por rocha e gelo;
Se manterem quase inalterados desde a formação do Sistema Solar;
Terem órbitas muito excêntricas relativamente ao sol;
Terem diâmetros compreendidos entre 1 km e 10 km.
Os cometas são compostos em grande medida por gelos de dióxido de
carbono (CO2), metano (CH4), amónia (NH3) e água (H2O), misturados com
poeira e vários agregados minerais. Pensa-se que os cometas são detritos
remanescentes da condensação da nébula solar.
A pressão da luz solar e o vento solar
empurram o material da cabeleira na
direcção oposta ao Sol, formando a
cauda.
A cauda do cometa pode estar dividida
em duas, uma formada por poeiras e que
pode ser curva, a outra formada por
partículas electricamente carregadas e de
forma retilínea, mas ambas apontam
sempre no sentido oposto ao do Sol,
qualquer que seja o movimento do
cometa.
Os cometas possuem uma grande variedade de períodos orbitais diferentes,
variando de poucos anos a centenas de milhares de anos.
Acredita-se que alguns só passaram uma única vez no Sistema Solar interior antes
de serem arremessados no espaço interestelar.
Cometas de curto período (menos de 200 anos) têm órbitas em planos próximos
ao plano das órbitas dos planetas.
Cometas de longo período (de centenas a centenas de milhares de anos) têm órbitas
em planos com as orientações as mais variadas (parecem vir de todas as direções do
céu).
Cometa Hyakutake (C/1996 B2). É um cometa de longo período que foi
descoberto em 1996. Sua próxima aparição será dentro de cerca de 29.500
anos, ou seja, por volta do ano 31.500. ( Fred Burger, NASA/JPL)
Os
cometas
de
período curto têm
origem no Cintura de
Kuiper, que fica além
da órbita de Neptuno.
Os cometas de longo período, acredita-se que se originam na Núvem de Oort.
Observados pelos seres humanos desde os primórdios da sua existência, estiveram
sempre associados a grandes acontecimentos da história da humanidade.
Já na antiguidade, nomeadamente na China, os cometas eram estudados com
pormenor, crendo-se que a sua aparição estaria associada a bons ou maus presságios.
Também na Europa, desde a antiguidade, que os cometas têm sido observados e
estudados.
e não raras vezes associava-se a sua aparição a bons ou a maus augúrios...
gravura do Séc. XIX registando a observação da passagem do cometa Halley em 1835
Cometas mais espectaculares nos últimos tempos
São corpos rochosos e /ou metálicos, de dimensões variadas, que são
atraídos pela terra vindos do Espaço
Ao entrar na atmosfera de um planeta, o meteoróide origina um
fenómeno luminoso que se designa de meteoro ou chuva de meteoros,
as famosas estrelas cadentes.
Dá-se a queda de um meteoro quando poeiras do sistema solar entram na
atmosfera terrestre deixando no céu um rasto luminoso à sua passagem.
Se o meteoro possui uma grande dimensão e atinge o solo sem ser vaporizado
chama-se então meteorito.
Aorounga , de 2 a 300 milhões de anos atrás no deserto do Saara,
norte de Chade.
Arizona – EUA, aproximadamen te 49 mil anos atrás.
Chicxulub - Mexico, aproximadamente 65 milhões de anos atrás.
Bosumtwi – Ghana, aproximadamente 1.3 milhões de anos atrás.
Meteorito: Hoba West
Data de descoberta : 1920
Localidade: Grootfontein, Namíbia - África
Peso: 60 toneladas
Localização Atual: Inalterada
Notas: O maior meteorito encontrado até agora.
O maior meteorito recolhido até hoje em Portugal tinha 162 kg e foi
descoberto em Moreira do Lima, localidade da margem direita do rio do
mesmo nome.
A descoberta, totalmente casual, foi feita em 1877 num campo coberto de
mato, a mais de um metro de profundidade, desconhecendo-se há quanto
tempo ocorreu a queda.
Muito mais recentemente, tivemos o meteorito de Ourique, que caiu no dia
28 de Dezembro de 1998 e pesava perto de 20 quilogramas, e o do Sabugal,
cuja queda se deu a 27 de Novembro do ano seguinte, mas de que se
recolheram apenas pequenos fragmentos.
NOME
PESO
TIPO
ANO
OBSERVAÇÃO
Chaves
2,67 kg
Acond
03/05/1925
Trás-os-Montes
Juremenha
25,25 kg
Ferro
14/11/1968
Alentejo
Monte das Fortes
4,88 kg
Cond
23/08/1950
Alentejo
North Portugal
s/d
Ferro
1931
Provável S.Julião
Ourique
5,0kg
Cond.
28/12/1998
Baixo Alentejo
Palença de Baixo
s/d
rocha
31/07/1894
Não foi preservado
Picote
s/d
rocha
1843
Não foi preservado
Portugal
4,54kg
19/02/1796
Não foi preservado
S.Julião de Moreira
162kg
1883
Desaparecido
rocha
Ferro
Os meteoritos dividem-se em não diferenciados (condritos) e diferenciados (acondritos).
Os meteoritos são classificados pelos seus componentes principais, silicatos e
metais, em:
rochosos ou aerólitos (>90% dos meteoritos terrestres conhecidos),
siderólitos ou férreo-pétreos
metálicos ou sideritos.
O cálculo das trajetórias dos meteoritos na nossa atmosfera sugere que esses
meteoritos provenham, em grande parte, da cintura de asteróides do nosso
sistema solar (Condie,1989).
Tipo: Ferrosos
Composição: Principalmente ferro e níquel, semelhante a alguns asteróides (tipo M).
Tipo: Ferro-Rochosos
Composição: Misturas de ferro e material rochoso como em alguns tipos de asteróides
(Tipo S).
Tipo: Condrites
Composição: São de longe os meteoritos mais abundantes; a sua composição é
semelhante à do manto terrestre.
Tipo: Condrites-Carbonáceas
Composição: Similar à dos asteróides do tipo C.
Condrito carbonáceo de
Orgueil que apresenta um
teor de 6% de matéria
orgânica. (Crédito:
MNHN, Paris)
Côndrulo de dimensões próximas
de um milímetro do meteorito de
Ourique observado ao microscópio
petrográfico.
Tipo: Acondrites
Composição: Semelhante aos basaltos terrestres. Quase todos os meteoritos que
se julgam originários da Lua ou de Marte são acondrites.
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