Resumo - Sociedade Botânica do Brasil

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62º Congresso Nacional de Botânica
Botânica e Desenvolvimento Sustentável
07 a 12 de Agosto de 2011
Frotaleza, Ceará, Brasil
BAINHA PARENQUIMÁTICA E MORTE CELULAR
PROGRAMADA GARANTEM A RENOVAÇÃO DO
EPITÉLIO EM CAVIDADES SECRETORAS DE ÓLEO DE
PTERODON PUBESCENS BENTH. (LEGUMINOSAEPAPILIONOIDEAE)
TATIANE MARIA RODRIGUES
Co-autores: TATIANE MARIA RODRIGUES e SILVIA RODRIGUES MACHADO
Tipo de Apresentação: Pôster
RESUMO
BAINHA PARENQUIMÁTICA E MORTE CELULAR PROGRAMADA GARANTEM
A RENOVAÇÃO DO EPITÉLIO EM CAVIDADES SECRETORAS DE ÓLEO DE
Pterodon pubescens Benth. (Leguminosae-Papilionoideae) ([1])
Tatiane Maria Rodrigues ([2])
Silvia Rodrigues Machado ([3])
Pterodon pubescens, uma leguminosa arbórea do cerrado, possui cavidades
secretoras de óleo constituídas por lúmen amplo e epitélio secretor unisseriado,
sendo envolvidas por uma bainha parenquimática multisseriada. Neste trabalho,
foi estudado o desenvolvimento das cavidades secretoras presentes no caule
desta espécie, enfatizando o papel da bainha. Amostras coletadas de indivíduos
adultos em cerrado na região de Botucatu, SP, Brasil, foram processadas
segundo técnicas usuais em microscopia de luz e eletrônica de transmissão. A
técnica do TUNEL (terminal deoxynucleotidyl transferase-mediated dUTP nick
end labeling) para detecção de morte celular programada (MCP) foi aplicada
segundo protocolo padrão e os resultados foram analisados ao microscópio de
luz. O lúmen das cavidades de P. pubescens é originado por esquizogênese e
sua expansão se dá por esquizo-lisogênese. Células epiteliais ativas em secreção
apresentam formato piramidal, paredes delgadas, núcleo conspícuo e citoplasma
abundante. Em estágio tardio do desenvolvimento, algumas células epiteliais são
fortemente elétron-densas e apresentam paredes frouxas e sinuosas, além de
retração do protoplasto e baixa definição de organelas. O protoplasto fragmentase e os restos celulares são liberados no lúmen. Reação positiva ao TUNEL foi
observada em algumas células epiteliais em cavidades diferenciadas,
comprovando a ocorrência de MCP em estágios tardios do desenvolvimento.
Células ativas e células senescentes ocorrem num mesmo epitélio. As células da
bainha são radialmente achatadas, apresentam paredes espessadas, e na
camada mais interna dividem-se periclinalmente. A célula resultante cresce de
modo intrusivo e progressivamente adquire características secretoras, passando
a integrar o epitélio. A divisão e a diferenciação dessas células ocorrem em
posição subjacente a uma célula epitelial senescente. Esse fenômeno associado
62º Congresso Nacional de Botânica
Botânica e Desenvolvimento Sustentável
07 a 12 de Agosto de 2011
Frotaleza, Ceará, Brasil
à ocorrência de MCP garante a renovação do epitélio e a continuidade da
atividade secretora.
Palavras-chave: cavidades secretoras, desenvolvimento, Pterodon pubescens
([1]) Financiamento da Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo
- FAPESP (DR 05/60086-0 e AP.BTA.TEM. 2008/55434-7) e Conselho Nacional
de Desenvolvimento Científico e Tecnológico - CNPq (470643/2006-4 e
470649/2008-9).
([2]) Universidade Estadual Paulista - UNESP, Instituto de Biociências de Botucatu
- IBB, Departamento de Botânica, Botucatu, SP, Brasil. [email protected]
([3]) Universidade Estadual Paulista - UNESP, Instituto de Biociências de Botucatu
- IBB, Departamento de Botânica, Botucatu, SP, Brasil.
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