TROTE ECOLÓGICO: ATIVIDADE NÃO FORMAL COMO

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TROTE ECOLÓGICO: ATIVIDADE NÃO FORMAL COMO FERRAMENTA PARA A
DESESTIGMAÇÃO DO ENSINO DE BOTÂNICA
Clapton Olimpio de Moura¹*, Lucas Silva Costa¹, Camila Moniz F. Rodrigues¹, Igor
D. Bueno Rocha¹, Waira Saravia Machida¹, Antônio Gabriel T. Cardoso¹, Hérik H.
Pinto Araujo¹, Caroline Azevedo Matias¹, Gabriel Caputo de Carvalho¹, Yan F.
Figueira Soares¹, Julia Barbosa Silva¹, Pedro P. de Queiroz Souza¹, Gabriel Drose
Schwanz¹, João Á. L. Pantoja Leite¹ & Marcos R. dos Reis Júnior¹
¹Instituto de Ciências Biológicas, Universidade de Brasília - UnB, Brasília, DF,
Brasil. *. [email protected]
O ensino de botânica é um dos grandes desafios à docência, seja no contexto da
educação básica ou superior. Relatos de professores e alunos demonstram que os
conteúdos de botânica são vistos como um amontoado de nomes complicados e
processos muito distantes da realidade e vivência do aluno. A aversão adquirida
através de experiências ruins, por biólogos e professores de biologia, durante
seus anos de formação, muitas vezes é transmitida para os alunos da educação
básica e sociedade. Assim, muitos alunos que ingressam nos cursos de ciências
biológicas já carregam um preconceito, com temas relacionados às plantas, e não
se veem interessados por estes conteúdos. Esta realidade suscita um ciclo de
distanciamento com os assuntos associados à botânica. Com a finalidade de
contrapor esta realidade, semestralmente, a mais de cinco anos, os alunos de
ciências biológicas da Universidade de Brasília realizam uma atividade não
formal de ensino, denominada Trote Ecológico (TROTECO). O objetivo do
TROTECO é integrar os recém-ingressos no curso à práticas de campo, muitas
vezes restritas ou inexistentes no currículo obrigatório. A atividade é coordenada
por alunos em estágios mais avançados do curso, e que possuem experiência
com práticas de campo. Uma das práticas desenvolvidas durante o TROTECO é a
Saída de Cerrado, onde são abordados aspectos relacionados as plantas e seu
contexto social, ambiental e ecológico. A saída, tem como desígnio inserir o aluno
no contexto das plantas e evidenciar como nós nos relacionamos com elas, de
maneira holística, seja por meio de conexões ambientais, alimentação, cultura ou
até aspectos mais formais, como taxonomia e ecologia. Durante a saída, os alunos
são introduzidos a conceitos básicos relacionados ao Cerrado e as plantas, em
seguida são divididos em grupos menores, e então são estimulados a procurar na
vegetação nativa aspectos que de alguma forma chamem a atenção.
Posteriormente, os grupos se unem e compartilham os achados, durante este
processo os coordenadores guiam a discussão e comentam sobre os aspectos
teóricos. É perceptível que os participantes do TROTECO saem com uma visão
diferente e mais próxima das plantas, alguns até procurando estágios nas áreas
de botânica e ecologia vegetal, após a atividade. Deste modo, é possível deduzir
que atividades não formais, não hierarquizadas e com caráter de
compartilhamento, são uma ótima abordagem para o ensino e desestigmação da
botânica no ensino superior.
Keywords: Relato de Experiência, Cerrado, Aprendizagem significativa
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