LÓGICA MATEMÁTICA E LÓGICA JURÍDICA: RELAÇÕES PARA A SALA DE AULA. João Paulo Attie1, UESC – [email protected] Afonso Henriques2, UESC – [email protected] Pretendemos com esse trabalho explorar algumas das relações possíveis entre a lógica matemática clássica e a lógica jurídica, fornecendo alguns elementos que podem ser utilizados na disciplina Lógica Matemática, normalmente oferecida no início dos cursos de graduação em Matemática, Computação, Engenharia, entre outros. A partir de um breve histórico das linguagens artificiais e da própria lógica, mostramos como é possível estabelecer conexões entre essa área do conhecimento e várias outras áreas, especialmente ligadas a um perfil mais profissional e menos acadêmico, tais como a publicidade, a política, a psicologia clínica e, como pretendemos enfatizar neste artigo, o direito. A construção de uma linguagem simbólica, que é a da lógica matemática, propicia uma ferramenta poderosa, mas de alcance limitado a um universo que obedeça aos três princípios fundamentais da lógica. Apesar dessa limitação, há alguma possibilidade de aplicações no cotidiano. A utilização das aplicações cotidianas como suporte para o ensino da disciplina é preconizada, levando-se em conta o caráter marcadamente abstrato que a lógica matemática teria se o assunto se limitasse ao cálculo proposicional e à confecção de tabelas. As aplicações presentes neste trabalho são relativas unicamente à parte da lógica que encontra reflexos na ciência jurídica, a partir da análise das relações entra as linguagens natural e simbólica. Salientamos que existem outras áreas em que esse tratamento é possível, tais como as já citadas, além das aplicações evidentes no próprio campo das ciências exatas. Palavras chave: lógica, linguagem, direito. 1 2 Professor de Matemática – Universidade Estadual de Santa Cruz – UESC. Professor de Matemática – Universidade Estadual de Santa Cruz – UESC.