ENCONTRO DE BIOÉTICA DO PARANÁ – Vulnerabilidades: pelo cuidado e defesa da vida em situações de maior vulnerabilidade. 2, 2011, Curitiba. Anais eletrônicos... Curitiba: Champagnat, 2011, p. 285-294. Disponível em: http://www.bioeticapr.org.br/ e - ISSN: 2176-8269 SÍNDROME DE HUTCHINSON-GILFORD – PROGÉRIA: ASPECTOS BIOLÓGICOS E VULNERABILIDADES Bárbara Gabriela Calixto Sermidi 1 Bianca Paola Moreno Barausse1 Camile Assis de Lima1 Débora Cristina de Araújo de Sá1 Rafaela Fioravante Abil Russ1 Leide da Conceição Sanches2 Mariana Schenato Araújo Pereira 3 RESUMO A síndrome de Hutchinson-Gilford, conhecida como progéria, é uma doença genética da infância extremamente rara, caracterizada pelo envelhecimento acelerado em cerca de sete vezes em relação à taxa normal. O objetivo geral deste trabalho é apresentar as características físicas do progeróide, expor as implicações e vulnerabilidades físicas e psicossociais que afetam os indivíduos afetados e sua família, procurando métodos que melhorem a qualidade de vida dos pacientes. Para tanto, foi realizada uma pesquisa bibliográfica com revisão em livros e artigos técnico-científicos. A progéria é causada por uma alteração no gene LMNA, localizado no cromossomo um, ou pela perda acelerada e progressiva dos telômeros. Essa doença afeta 1 entre 4 e 8 milhões de crianças, e ainda não possui cura. O diagnóstico é realizado pela observação dos sinais e sintomas dos pacientes (perda de gordura, arteriosclerose, artrose, alopecia entre outros). Os tratamentos existentes são à base de medicamentos que objetivam apenas amenizar os sintomas característicos. Entretanto, estão sendo estudadas as terapias genéticas com o intuito de inserir o gene que codifica as proteínas nas crianças com progéria ou a injeção do gene da telomerase no interior da célula. Este tema é bastante relevante, pois esclarece esta doença rara e que pode provocar a sociedade científica na busca de novos tratamentos. Embora existam poucos casos, todos merecem receber um tratamento adequado para melhorar a qualidade de vida e terem direito a ela. Palavras-chave: Progéria. Hutchinson-Gilford. Envelhecimento precoce. Doença genética. Gene LMNA. ABSTRACT Hutchinson-Gilford Syndrome, also known as Progeria, is an extremely rare genetic disease of childhood, characterized by accelerated aging at around seven times compared to the normal rate. The goal of this paper is to show physical features of progeroid, showing the implications, physical and psychosocial vulnerabilities that affect the person and family, looking for methods to improve the quality of life of affects patients. The method used to produce this literature search was review books, articles and web addresses. Progeria is caused by a change in LMNA gene located on chromosome one, or by progressive and accelerated loss of telomeres. This 1 Acadêmica do Curso de Biomedicina das Faculdades Pequeno Príncipe. Professora de Momento Integrador do Curso de Biomedicina das Faculdades Pequeno Príncipe. 3 Professora de Genética e Biologia Celular do Curso de Biomedicina das Faculdades Pequeno Príncipe. 2 286 disease affects 1 in 4 and 8 million children, and there is no cure yet. The diagnosis must be done by signals and symptoms observation (fat losses, arteriosclerosis, arthritis, alopecia, etc.). There are treatments based on medicines that will only relieve the symptoms of the disease. However, two ways of genetic therapies are being studied: introducing the gene that encodes the proteins in children with progeria or inject the telomerase gene into the cell. This issue is relevant because it’s a rare disease and knowing better about this syndrome searches are possible for new treatments by scientific society. Although there are few cases, all of them deserve treatment to improve the quality of life and the right to live. Keywords: Progeria. Hutchinson-Gilford. Premature aging. Genetic disease. LMNA gene. INTRODUÇÃO Progéria ou síndrome de Hutchinson-Gilford é uma doença genética da infância extremamente rara caracterizada pelo envelhecimento acelerado em cerca de sete vezes em relação à taxa normal. Essa doença afeta 1 entre 4 e 8 milhões de crianças, desde a sua identificação foram relatados somente 100 casos no mundo (BADAME, 1989). Jonathan Hutchinson foi o primeiro a descrever esta doença, em 1886. Em 1904, Hastings Gilford realizou diferentes estudos a respeito do seu desenvolvimento e características (SUZUKI, 1998). Desses fatos resultou que a forma mais severa desta doença se denominasse síndrome de HutchinsonGilford. Progéria, termo comumente utilizado deriva do grego “geras”, que significa prematuramente velho (BEAUREGARDS, 1987) Devido ao fato de ser uma doença muito rara e com uma expectativa de vida tão curta, tem sido difícil e demorado seu estudo. Somente em 2003 foi descoberto o gene desta doença por cientistas franceses e norte-americanos, que descobriram que a doença está ligada a um gene que controla a estrutura do núcleo das células. As pesquisas estão avançando para uma. A síndrome representa grande relevância à sociedade, pois com esclarecimentos sobre a doença, pode-se provocar a sociedade científica na busca de novos tratamentos, pois é necessário que haja um acompanhamento adequado a todas as crianças que são portadoras desta síndrome. Desta forma, o objetivo geral deste trabalho é apresentar e conhecer o perfil e as características de um indivíduo que apresenta a síndrome de Hutchinson-Gilford, trazendo informações relevantes sobre a doença, tais como a evolução, diagnóstico expectativa de vida. Buscou-se também analisar as implicações e vulnerabilidades físicas e psicossociais que afetam o indivíduo e sua família. 287 MÉTODO Este estudo foi desenvolvido após uma pesquisa bibliográfica realizada em livros técnicocientíficos e artigos, publicados em banco de dados eletrônicos como SCIELO e GOOGLE ACADÊMICO utilizando as seguintes palavras-chave: Progéria, Hutchinson-Gilford, envelhecimento precoce, doença genética, gene LMNA; no período de julho a novembro de 2010. PROGÉRIA X ENVELHECIMENTO A progéria é uma doença genética extremamente rara que acelera o processo de envelhecimento. Uma criança com 10 anos se parece com uma pessoa de 70 anos. A palavra progéria é derivada do grego “geras”, que significa "prematuramente velho". A expectativa média de vida das pessoas é de 14 anos para as meninas e 16 para os meninos. As vítimas de progéria são bebês normais mas, por volta dos 18 meses, começam a desenvolver sintomas de envelhecimento precoce. O envelhecimento é um processo que está longe de ser controlado pelo homem. A ciência ainda não foi capaz de desenvolver qualquer tratamento que o retarde. Ele se caracteriza por “um progressivo decréscimo na capacidade fisiológica e na redução da habilidade de respostas ao estresse ambiental, levando a um aumento da suscetibilidade e vulnerabilidade a doenças”. (GOTTLIE et al, 2007). O processo do envelhecimento é provocado por alterações fisiológicas, que alteram as moléculas e as células, causando prejuízo para o bom funcionamento dos órgãos e do organismo em geral. O envelhecimento é influenciado pela genética do indivíduo, pelo seu estilo de vida e também pelo ambiente em que ele vive (CABRAL, 2010). O principal motivo para algumas pessoas envelhecerem precocemente é a herança genética, além de outros fatores como o uso do álcool, tabaco, estresse, exposição demasiada ao sol, sedentarismo, entre outros. Para as crianças com progéria clássica, o único motivo para o envelhecimento extremamente precoce é o genético. Uma mutação no gene para a proteína que sustenta e organiza a superfície nuclear do envelope nuclear, a lâmina A, causa todos esses problemas para o infante (SANDRE-GIOVANNOLI, 2003). 288 PROGÉRIA X GENÉTICA A síndrome de Hutchinson-Guilford é uma doença genética que, na maioria dos casos, é uma doença autossômica recessiva (SANDRE- GIOVANNOLI et al apud UFPE, 2010), ou seja, são necessários dois alelos recessivos, um do pai e um da mãe, para que a pessoa tenha a doença (UNIFESP, 2010). No caso de dominante a mutação ocorre nos gametas de um dos progenitores (SILVA et al, 2004). Esta doença é causada por uma mutação no exon 11 do gene lamina A (LMNA) localizado no cromossomo um, que codifica a proteína lamina A e C. Quase todos os casos surgiram a partir da substituição de apenas um par de bases dentre os aproximadamente 25.000 pares de bases de DNA que compõem este gene (NATIONAL HUMAN GENOME RESEARCH INSTITUTE, 2010). Entre as estruturas internas do núcleo, encontram-se as laminas nucleares, formadas pelas proteínas lamina A, B (B1 e B2) e C. Estas proteínas fazem parte do citoesqueleto, chamadas de filamentos intermediários, que por serem resistentes e promoverem força mecânica às células, são importantes no suporte das membranas nucleares (GENETIC HOME REFERENCE, 2011). “A função da lamina A é na desmontagem e na formação do núcleo durante a mitose” (SANDRE- GIOVANNOLI A et al apud UFPE, 2010). De acordo com a National Human Genome Research Institute, a lamina também tem um papel fundamental na estabilização da membrana interna do núcleo da célula. O gene LMNA codifica de uma forma anormal esta lamina que faz com que desestabilize essa membrana e deixe o núcleo instável, o que pode ser particularmente prejudicial para os tecidos rotineiramente submetidos à força física intensa, como o sistema cardiovascular e músculos esqueléticos. Todas as células do corpo são afetadas, com exceção das células cerebrais (MIGUEL JR, 2007). Normalmente, o núcleo teria uma estrutura circular perfeita, mas por causa desse defeito genético o núcleo forma bolhas que causa essa instabilidade, que leva a morte celular precoce, impedindo a regeneração dos tecidos (MIGUEL JR, 2007). “Somente em 88% dos casos de progéria foi observada essa mutação genética”. (SILVA et al, 2004). Outra forma possível e menos comum desta síndrome é através de uma perda progressiva e acelerada das extremidades dos telômeros4, os quais controlam o número de divisões celulares. Este fenômeno pode ser observado no envelhecimento progressivo patológico. Tanto no envelhecimento precoce normal quanto no patológico, o encurtamento dos telômeros a cada 4 Sequências de DNA situadas em cada extremidade dos cromossomos. 289 divisão celular atuaria como uma contagem e um sinal do número de divisões celulares e, indiretamente, da duração da vida (SILVA et al, 2004). PROGÉRIA: SINAIS E SINTOMAS, DIAGNÓSTICO E TRATAMENTO A progéria clássica apresenta sintomas típicos das síndromes progeróides 5 (THE PROGERIA PROJECT FOUNDATION, 2010). As crianças com a síndrome nascem aparentemente normais, porém com aproximadamente um ano de idade inicia o aparecimento dos sinais de envelhecimento precoce (NATIONAL HUMAN GENOME RESEARCH INSTITUTE, 2010). Os afetados apresentam características bem definidas, tais como baixa estatura ou nanismo; cabelo rarefeito ou ausente; sobrancelhas e cílios rarefeitos ou ausentes; lábios finos; lóbulo do pavilhão auricular pequeno ou hipoplásico; clavícula ausente ou anormal; osteólise6 (GORDON; BROWN; COLLINS, 2011). Ocorre também a deterioração da camada de gordura da pele deixando a pele fina e com aspecto progressivo de envelhecimento; anomalias e desproporções craniofaciais, incluindo uma face pequena e estreita, maxilas subdesenvolvidas (micrognatia), olhos proeminentes, nariz pequeno “em forma de bico”, fechamento tardio da fontanela anterior. Além disso, as veias do couro cabeludo tornam-se proeminentes; há atraso na erupção dentária junto com malformações e apinhamento dos dentes devido à micrognatia; unhas das mãos e dos pés finas, quebradiças, amareladas e curvadas; pode ocorrer o aparecimento de manchas pela expostas ao sol; cianose(coloração azulada da pele); hipoplasia dos ossos; osteoporose; aumento no ângulo do osso da coxa, denominado de coxa valga, e consequentemente a má postura e luxações no quadril. Estas crianças também podem ter uma voz distinta e aguda; ausência da mama / mamilo; ausência da maturação sexual, entre outras anormalidades (THE PROGERIA PROJECT FOUNDATION, 2010). A morte prematura, geralmente, ocorre por complicações da aterosclerose severa, infarto do miocárdio ou doença cerebrovascular por volta dos 6 a 20 anos (GORDON; BROWN; COLLINS, 2011). No ano de 2003 surgiu a possibilidade de identificação da doença pelo seu gene, com isso, a Fundação de Pesquisa em Progéria, nos EUA, criou o Programa de Diagnóstico, no qual uma amostra de sangue do paciente é analisada e é procurado o gene. Este exame é realizado em 5 As síndromes progeróides são causadas por mutações em um gene que está envolvido em um ou mais processos de manutenção e integridade do genoma (replicação, reparo, transcrição e recombinação) para a manutenção somática durante o envelhecimento. 6 Osteólise: a dissolução de osso que envolve particularmente a remoção ou perda de cálcio. 290 todos os recém-nascidos americanos e tem como objetivo detectar esta doença assim como outras. Para um primeiro momento, o diagnóstico também pode ser feito através das observações das alterações cutâneas similares à esclerodermia 7, manifestação de diabetes melito (insulinorresistente) e na observação das características sintomáticas. O diagnóstico correto deve ser realizado para que o tratamento adequado à doença se inicie o mais rápido possível, e desta forma possa melhorar a qualidade de vida do portador da síndrome. De acordo com Gottlie et al (2007), há doenças geneticamente herdáveis que manifestam vários fenótipos do envelhecimento. Essas síndromes são conhecidas como progeróides e aceleram alguns sinais de envelhecimento comum. Dentre algumas progeróides, há a síndrome de Werner, a própria síndrome de Hutchinson-Gilford, síndrome de Down, síndrome de Cockayne e Ataxia-Telangietacsia. Ainda não há cura nem um tratamento realmente eficaz para Progéria. O que se utiliza são medicamentos para amenizar as manifestações sintomáticas. Alguns dos medicamentos administrados são: a coenzima Q10, ácidos- graxos, vitamina E, antioxidantes, hormônios de crescimento, nitroglicerina, aspirina, cálcio, morfina, entre outros (MATHSCI, 2003). Um tipo de tratamento está sendo estudado. Seria a terapia genética, que em longo prazo pode ser a cura para a síndrome. Conforme a teoria do gene mutante, nos casos aonde a alteração genética é causada pelo defeito na lamina A que participa no processo de manutenção do formato e integridade nuclear, o tratamento consistiria na introdução dos genes que codificam as proteínas relacionadas à síntese da lamina A. O gene seria incorporado a um vírus como o da gripe, por exemplo, e ele serviria de vetor (MATHSCI, 2003). Se a síndrome fosse causada pelo encurtamento dos telômeros, o gene da telomerase deveria ser inserido diretamente no interior das células e o paciente deveria fazer uso de medicamentos que estimulassem a produção de telomerase (MATHSCI, 2003). A PROGÉRIA E AS VULNERABILIDADES PSICOSSOCIAIS Segundo um estudo biopsicossocial de uma adolescente brasileira portadora de progéria do início dos anos 80, a vida não é tão complicada quanto parece. Apesar de não saber, por decisão da família, que provavelmente não chegaria aos vintes anos de idade, a paciente até então com dezessete anos e com uma doença sem cura continuava a sonhar e a fazer planos para o seu futuro. Mesmo com todas as dificuldades financeiras, e também físicas, como a falta de 7 Esclerodermia é uma doença sistêmica, autoimune e crônica. Causa o espessamento, ou acometimento, da pele pelo aumento no depósito de colágeno (SANTINI apud BOA SAÚDE, 2000). 291 flexibilidade principalmente dos joelhos, a jovem vivia uma vida normal, graças à ajuda da sua família que a auxiliava nas mais simples atividades como o abotoar as sandálias, cuidados com a higiene e até a sua colocação dentro dos ônibus, uma vez que não conseguia subir escadas. Assim, a sua vida era normal desde que houvesse alguém para ajudá-la. Entretanto, mesmo cheia de entusiasmo e com seu intelecto em pleno desenvolvimento seu corpo frágil não a acompanhava. Esta paciente era estudada por um seguimento multiprofissional adotado pelo Instituto da Criança8, que constatou essas características (LEMBKE et al, 1981). O incentivo à pesquisa e a desinformação da sociedade são os grandes desafios de doenças raras como a síndrome de Hutchinson-Gilford. Segundo a Comissão Européia, uma doença é considerada rara quando afeta menos de 5 em cada 10 000 pessoas. Porém, o número de doentes que padecem deste tipo de doenças pode ser elevado, uma vez que existem cerca de 5 a 8 mil doenças raras. A maioria destas é causada por defeitos genéticos ou por exposição ambiental durante a gravidez ou numa idade mais avançada, muitas vezes combinada com uma propensão genética (COMISSÃO EUROPEIA, 2011). Devido a síndrome de Hutchinson-Gilford ter uma incidência muito pequena, cerca de 1 portador entre 4 e 8 milhões de nascimentos, sendo considerada uma doença raríssima, é praticamente esquecida no meio cientifico, conhecida apenas como título de curiosidade. O incentivo à pesquisa para doenças raras como a progéria é quase inexistente no Brasil, já nos Estados Unidos, sede atual da organização não governamental PRF – Fundação de Pesquisa de Progéria, e na Europa, onde há outras instituições que promovem a investigação e produção de medicamentos que amenizem os sintomas dos portadores dessa síndrome se viu a importância de estudar e tratar dessas pessoas, porém, no Brasil isso é até visto com certo desprezo, uma vez que é um prejuízo pra a indústria farmacêutica e um desperdício para a saúde publica. Apesar do incentivo à pesquisa nos EUA ser maior, apenas 24 das 52 crianças testadas e diagnosticadas com progéria no mundo, recebem a ajuda financeira da PRF. Assim fica clara a falta de interesse. A falta de políticas de saúde específicas para as DR9 e a escassez de conhecimentos especializados, traduzem-se em diagnóstico tardio e acesso difícil aos cuidados de saúde (COMISSAO EUROPEIA, 2011). A população que possui doenças raras vive um drama silencioso. Alguns podem até ter boa condição financeira, mas ficam à margem das pesquisas e das políticas de saúde. “Também 8 9 Instituto da Criança do Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo. DR: doenças raras. 292 dificilmente despertam o interesse da indústria farmacêutica para produzir drogas que tratem suas dores” (RODRIGUES, 2009). De acordo com Salmo Raskin (apud MAIA; MESQUITA, 2009, p. 99) a maioria das doenças raras são graves, incuráveis, crônicas, frequentemente degenerativas e progressivas, além de constituírem risco de vida. A qualidade de vida dos pacientes é frequentemente afetada pela perda ou diminuição da autonomia. Os pacientes e suas famílias enfrentam o preconceito, a marginalização, a falta de esperança nas terapias e a falta de apoio para o dia – a - dia. Isso acontece em todo o mundo, não apenas no Brasil. CONSIDERAÇÕES FINAIS Por ser tão rara, essa síndrome apresenta um diagnóstico de difícil realização podendo existir muitos outros casos de progéria no mundo. É importante que informações como as divulgadas nessa pesquisa cheguem ao conhecimento das pessoas para melhor conhecimento sobre a doença, para estimular o incentivo à pesquisa e principalmente para que haja o aprimoramento desta na busca de medicamentos que amenizem os sintomas da síndrome, uma vez que não existe cura. REFERÊNCIAS BADAME, Anthony J. Progeria. Arch Dermatol, v. 125, p. 540-544, 1989. Disponível em: http://archderm.ama-assn.org/cgi/reprint/125/4/540. Acesso em: 19 out. 2010. BEAUREGARD S, Giechrest B. A. Syndromes of premature ageing. Dermatol Clin. p. 109-121, 1987. CABRAL, Gabriela. Envelhecimento. Brasil Escola. Disponível em: http://www.brasilescola.com/saude/envelhecimento.htm. Acesso em: 19 out. 2010. COMISSÃO EUROPEIA. Doenças raras: os desafios da Europa. Disponível em: http://ec.europa.eu/health/ph_threats/non_com/docs/raredis_comm_pt.pdf. Acesso em: 22 set. 2011. FACULDADE INTEGRADA DE RECIFE. Núcleo, organização da cromatina e cromossomos. Disponível em: http://www.arquivos.fir.br/disciplinas/021PGH2_cromossomosnet.pdf. Acesso em: 15 out. 2010. FIND THE OTHER. Fundação de pesquisa em progéria. Disponível em: http://www.findtheother150.org/assets/files/Portuguese%20PRF%20Quick%20Facts.pdf. Acesso em: 15 set. 2010. 293 FIOCRUZ – FUNDAÇÃO OSWALDO CRUZ. Progeria ou envelhecimento precoce. Disponível em: http://www.fiocruz.br/biosseguranca/Bis/infantil/sindrome-hutchinsongilford.htm. Acesso em: 19 set. 2010. GENETIC HOME REFERECE. LMNA. 2011. Disponível em: http://ghr.nlm.nih.gov/gene/LMNA. Acesso em: 14 mai. 2011. GORDON, Leslie; BROWN, W. T.; COLLINS, Francis S. Hutchinson-Gilford Progeria Syndrome. Disponível em: http://www.ncbi.nlm.nih.gov/books/NBK1121/. Acesso em 14 mai. 2011. GOTTLIE, Maria Gabriela et al. Aspectos genéticos do envelhecimento e doenças associadas: uma complexa rede de interações entre genes e ambiente. Revista Brasileira de Geriatria e Gerontologia, Rio de Janeiro, v. 10, n. 3, 2007. Disponível em: http://www.unati.uerj.br/tse/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S180998232007000300002&lng=pt&nrm=iso. Acesso em: 19 out. 2010. KENT, Saul. Telomerase: The 'Immortalizing' Enzyme: Update on Geron Corporation. Life Extension Magazine, v. 15, n. 6, 15 abr. 1995. Disponível em: http://www.lef.org/antiaging/telomer1.htm. LEMBKE, Clélia G. et al. Progéria: estudo biopsicossocial de um caso. Disponível em: http://www.pediatriasaopaulo.usp.br/upload/pdf/718.pdf. Acesso em: 16 ago. 2010. MAIA, Greta Leite; MESQUITA, Alebe Linhares. Democracia brasileira e movimentos sociais na contemporaneidade. Opiniao Juridica, Fortaleza, n.11. ano VII, 2009. Disponível em: http://www.faculdadechristus.com.br/downloads/opiniao_juridica/revista_opiniao_juridica_11.p df#page=83. Acesso em: 22 set. 2010. MATHSCI, Reynolds. Hutchinson Gilford Project. Richland College. DCCCD - Dallas Country Community College District. Disponível em: http://www.rlc.dcccd.edu/MATHSCI/reynolds/progeria/Hutchinson-Gilford/project.html. Acesso em: 21 set. 2010. MIGUEL JR, Armando. Genética do envelhecimento - progéria e a divisão celular. 2007. Disponível em: http://www.medicinageriatrica.com.br/2007/05/16/a-genetica-doenvelhecimento-progeria-e-a-divisao-celular/. Acesso em: 15 out. 2010. MUTAÇÕES GENÉTICAS. Síndrome Hutchinson-Gilford / Progeria. Disponível em: http://mutacoesgeneticas.blogs.sapo.pt/4629.html. Acesso em: 2010. NATIONAL HUMAN GENOME RESEARCH INSTITUTE. Learning about Progeria. Disponível em: http://www.genome.gov/11007255. Acesso em: 22 set. 2010. PROGERIA RESEARCH FOUDATION. Media Coverage of Progeria Gene Discovery. Disponível em: http://www.progeriaresearch.org/media_coverage_of_progeria_gene_discovery.html. Acesso em: 14 ago. 2010. 294 RODRIGUES, Greice. A difícil vida de quem tem doença rara no Brasil. Disponível em: http://www.shire.com.br/noticias/noticias-do-setor/155-a-dificil-vida-de-quem-tem-doenca-rarano-brasil. Acesso em: 21 set. 2010. SANDRE-GIOVANNOLI et al. Lamin a truncation in Hutchinson-Gilford progeria. Pub Med. 2003. Disponível em: http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/12702809#. Acesso em: 21 set. 2010. SILVA, A. de Nubia Xavier, et al. Progéria ou síndrome de Hutchinson-Guilford. 2004. Disponível em: http://www.virtual.epm.br/material/tis/currbio/trab2004/2ano/progeria/home.htm. Acesso em: 22 set. 2010. SILVA, Ivana. Progeria ou envelhecimento precoce. FIOCRUZ. Disponível em: http://www.fiocruz.br/biosseguranca/Bis/infantil/sindrome-hutchinson-gilford.htm. Acesso em: 22 set. 2010. SUZUKI, D. T., et al. Introdução à genética. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 1998. THE PROGERIA PROJECT FOUNDATION. Progéria? What is Progeria? Disponível em: http://www.progeriaproject.com/Progeria/whatis.htm. Acesso em: 16 out. 2010. UNIVERSIDADE FEDERAL DE PERNAMBUCO. Progéria clássica ou síndrome de Hutchinson-Guilford. Disponível em: http://www.ufpe.br/biolmol/GeneticaMedicina/progeria1.htm. Acesso em: 22 set. 2010. UNIVERSIDADE FEDERAL DE SÃO PAULO. Tipos de herança. Disponível em: http://www.unifesp.br/centros/creim/tiposheranca.html. Acesso em: 22 set. 2010. USA TODAY. Gene found for rapid aging disease in children. Disponível em: http://www.usatoday.com/news/science/2003-04-16-agin-gene_x.htm. Acesso em: 20 out. 2010. VISCARDI, Maria. Alopecia: queda de cabelo. ABC da Saúde. 2007. Disponível em: http://www.abcdasaude.com.br/artigo.php?671. Acesso em: 22 set. 2010. ZATZ, Mayana. Progéria. 2007. Disponível em: http://veja.abril.com.br/blog/genetica/dna/progeria/. Acesso em: 19 out. 2010.