70% 4 do mosquito estão nas residências do vírus da dengue circulam atualmente no Brasil DOS FOCOS TIPOS DIFERENTES [email protected] São 9 de setembro de 2015 SãoLuis, Luís,Quarta-feira, Sábado/Domingo, 7 e 8 de janeiro de 2017 Com o início das chuvas, combate ao Aedes deve ser intensificado Este ano, a campanha nacional de combate ao mosquito traz como foco “Sexta sem mosquito. Toda sexta é dia do mutirão nacional de combate”, com ações em órgãos públicos e estatais, unidades de saúde, escolas, residências e outros locais Divulgação/Ministério da Saúde JOCK DEAN Da equipe de O Estado C om a virada do ano e a chegada do período chuvoso e quente, a população deve redobrar os cuidados com a limpeza de caixas d’água, piscinas, calhas de telhados e pratos de vasos de plantas. É preciso cuidado também com os quintais das casas para não amontoar lixo com sacos plásticos, garrafas, pneus ou qualquer outro objeto que possa acumular água da chuva. O alerta é do Ministério da Saúde e vale, inclusive, para as pessoas que vão viajar e deixar os imóveis fechados nesse período. Isso, porque qualquer recipiente com água, mesmo em pequena quantidade, pode virar um criadouro do mosquito Aedes aegypti, transmissor da dengue, zika vírus e febre chikungunya. O reforço no combate ao Aedes no início do ano é fundamental, porque segundo o Instituto Oswaldo Cruz (IOC/Fiocruz), nesta época os locais propícios para a criação do mosquito se multiplicam. De acordo com o IOC/Fiocruz, não só a chuva, mas a elevação da temperatura é outro fator que favorece a proliferação do Aedes aegypti neste período. Quando há chuva, aumenta a oferta de criadouros e quando a temperatura aumenta, a velocidade do desenvolvimento do mosquito é ampliada. Desenvolvimento O mosquito leva de sete a 10 dias para se desenvolver de ovo a adulto e, segundo a Fiocruz, a forma mais eficiente de evitar surtos das doenças transmitidas por ele é eliminar o ciclo de vida do inseto. Os ovos do mosquito Aedes permanecem vivos por cerca de um ano sem água e basta apenas um contato com umidade para que as larvas apareçam. Por isso, em 2017, o Ministério da Saúde está propondo à população que crie o hábito de toda sexta-feira fazer uma vistoria no seu imóvel e nas redondezas, seja ele o local de trabalho, apartamento, casa ou sítio. O objetivo é fazer toda sexta-feira um grande mutirão nacional onde cada cidadão fará a sua parte, evitando água parada e descoberta em locais que possam servir de criadouros de mosquito. Tampar os grandes depósitos de água, cobrir piscinas, manter os ambientes limpos removendo o lixo e limpar com bucha as laterais e bordas de recipientes com água, como os vasos de planta, são medidas simples que evitam a proliferação do mosquito transmissor dessas três doenças que podem até matar. COMO LIMPAR RESERVATÓRIOS Tampar e lavar reservatórios de água são ações importantes para o combate ao Aedes aegypti. A limpeza deve ser periódica com água, bucha e sabão. Ao acabar a água do reservatório, é necessário fazer uma nova lavagem nos recipientes e guardá-los de cabeça para baixo. Esse cuidado é essencial porque os ovos do mosquito podem viver mais de um ano no ambiente seco. Recomendações de utilização da água sanitária: Água sanitária também poder ser utilizada no combate às larvas. Mas é importante lembrar que ela NÃO PODE ser utilizada em recipientes usados para armazenamento de água para consumo humano e de animais. Recomenda-se a utilização de água sanitária pela população nos seguintes criadouros: Vasos sanitários que não são de uso diário: adicionar 1 colher de chá (5ml) de água sanitária Caixa de descarga sanitária que não é de uso diário: adicionar 2 colheres de sopa (30ml) de água sanitária Ralos externos (captam água de chuva e de limpeza) e internos: adicionar 1 colher de sopa (15ml) de água sanitária Tambores de armazenamento (200 litros) de água não utilizada para consumo humano: adicionar 2 copos americanos (400ml) de água sanitária SAIBA MAIS Como realizar mutirão de combate ao Aedes aegypti A participação social é fundamental para vencer a luta contra o mosquito da dengue. A realização de mutirões comunitários é uma forma de envolver, mobilizar e engajar a população na luta contra o Aedes aegypti. Para ajudar, o Ministério da Saúde elaborou uma lista com orientações para grupos interessados em realizar mutirões. Ações O Ministério da Saúde tem intensificado o combate à reprodução do mosquito Aedes aegypti em parceria com estados e municípios. Segundo a Prefeitura de São Luís, somente em 2016 mais de 1,2 milhão de imóveis receberam visita de agentes municipais de controle de endemias. No mesmo período, foram realizadas 665 ações educa- tivas, 17 mutirões e campanha de mobilização social em todos os distritos da cidade. Ontem, no Cantinho do Céu, agentes faziam uma ação de limpeza na Rua da Mangueira, desentupindo valas para evitar que a água das chuvas fique empoçada e se torne mais um criadouro do mosquito no bairro. Atuam no programa de combate ao Aedes, em São Luís, 441 pessoas envolvidas diretamente em ações que vão desde a visita de agentes de endemias que percorrem casas e outros imóveis, passando pela desinfecção de reservatórios e orientação às comunidades até o monitoramento de locais com potencial para abrigar o mosquito. Residências, locais com reservatórios, ferros velhos, borracharias, sucatões, áreas de descarte irregular de lixo e terrenos baldios foram alguns dos pontos monitorados durante as ações das equipes de combate ao mosquito. Entre as medidas preventivas executadas pela Prefeitura está também a manutenção de 326 pontos estratégicos (PEs) para recolhimento de pneus sem utilização. Os locais incluem borracharias e oficinas mecânicas da capital, escolhidos a partir de mapeamento feito pela Secretaria de Saúde (Semus) sobre os lugares com maior incidência de casos de dengue. Cerca de 300 pneus são coletados diariamente e, por mês, os números oscilam de 5 mil a 10 mil pneus. Continua em Cidades 2