produção e sequestro de carbono na atmosfera

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PRODUÇÃO E SEQUESTRO DE CARBONO NA ATMOSFERA
Roberto Rivelino do Nascimento Barbosa1, Aurilena de Aviz Silva2, Myriam Galvão1
Neves, Alexandre Roger de Araújo Galvão1, Cândido Ferreira de Oliveira Neto3
1
Estudante de graduação em Agronomia, Universidade Federal Rural da Amazônia,
UFRA Campus de Capitão Poço, PA, Brasil
([email protected])
2
Pós- Graduanda em Produção Vegetal, Fruticultura, Universidade Estadual do
Norte Fluminense, UENF, Campos dos Goytacazes, RJ, Brasil
3
Professor Adjunto da Universidade Federal Rural da Amazônia, Campus de
Capitão Poço, PA, Brasil
Recebido em: 06/05/2013 – Aprovado em: 17/06/2013 – Publicado em: 01/07/2013
RESUMO
Atualmente uma das grandes preocupações em se tratando de meio ambientes, são
os problemas com os gases acumulados na atmosfera, ocasionando o efeito estufa,
o problema do aquecimento global vem se tornando o grande assunto em todos os
jornais, televisões e internet, varias organizações estão se manifestando em prol do
planeta Terra, reivindicando as autoridades governamentais para a preservação do
meio ambiente, pois ultimamente nos últimos anos vem ocorrendo diversas
catástrofes naturais, tsunamis, degelo nos pólos, Andes e Himalaia, enchentes em
diversas partes do globo terrestre, parte do continente europeu sofrendo com as
ondas de calores e até o desaparecimento de algumas ilhas na Índia. O
aquecimento global vem repercutindo em todo o cenário global. Algumas ações
contribuem para a redução CO2 na atmosfera, a conservação de estoques de
carbono nos solos, florestas e outros tipos de vegetação, a preservação de florestas
nativas, a implantação de florestas e sistemas agroflorestais e também a
recuperação de áreas degradas. Os quatro principais compartimentos de carbono na
Terra são: oceanos, atmosfera, formações geológicas contendo carbono fóssil e
mineral e ecossistemas terrestres (biota + solo). A importância do carbono e de seus
compostos é indiscutível, este é onipresente na natureza e seus compostos
constituem a matéria viva. O sequestro de carbono é um mecanismo muito
importante para a diminuição das concentrações de gases do efeito estufa e sendo
estocadas nos oceanos, florestas solos, melhorando tanto a ciclagem do carbono,
que irá fornecer para os solos matéria orgânica, para a produção agrícola, como
também fertilizando os solos, e evitando impactos ambientais como erosão e
degradação do solo, o sequestro de carbono é tão importante que com a remoção
do CO2 atmosférico somado com o processo de fotossíntese contribui para a
manutenção dos seres vivos, pois a fotossíntese libera oxigênio para a atmosfera.
PALAVRAS – CHAVE: dióxido de carbono, fotossíntese, impactos ambientais.
ENCICLOPÉDIA BIOSFERA, Centro Científico Conhecer - Goiânia, v.9, N.16; p. 1783
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PRODUCTION AND KIDNAPPING OF CARBON IN THE ATMOSPHERE
ABSTRACT
Currently a major concern when dealing with environments is the greenhouse effect,
the problem of global warming is becoming a big issue in all newspapers, television
and the internet, several organizations are rising up towards the Earth, claiming
authorities government for the preservation of the environment, because lately the
past few years there has been several natural disasters, tsunamis, melting at the
poles, the Andes and Himalayas, floods in various parts of the globe, part of the
European continent suffering from waves and heats up the disappearance of some
islands in India. Global warming is reverberating throughout the global scenario.
Some actions contribute to reducing CO2 in the atmosphere, the conservation of
carbon stocks in soils, forests and other vegetation, the preservation of native
forests, the establishment of forests and agroforestry systems and also the recovery
of degraded areas. The four major carbon pools on Earth are: oceans, atmosphere,
geological formations and mineral containing fossil carbon and terrestrial ecosystems
(biota, soil). The importance of carbon and its compounds is indisputable, it is
ubiquitous in nature and compounds constitute living matter. Carbon sequestration is
a very important mechanism for reducing concentrations of greenhouse gases and
being stored in the oceans, forests, soils, improving both carbon cycling, which will
provide for soil organic matter for agricultural production, as also fertilizing the soil,
and avoiding environmental impacts such as erosion and soil degradation, carbon
sequestration is so important that with the removal of atmospheric CO2 added to the
process of photosynthesis contributes to the maintenance of living beings because
photosynthesis releases oxygen to atmosphere.
KEYWORDS: carbon dioxide, environmental impacts, photosynthesis.
INTRODUÇÃO
Atualmente uma das grandes preocupações em se tratando de meio
ambientes é o efeito estufa, o problema do aquecimento global vem se tornando o
grande assunto em todos os jornais, televisões e internet, varias organizações estão
se levantando em prol do planeta Terra, reivindicando as autoridades
governamentais para a preservação do meio ambiente, pois ultimamente nos últimos
anos vem ocorrendo diversas catástrofes naturais, tsunamis, degelo nos pólos,
Andes e Himalaia, enchentes em diversas partes do globo terrestre, parte do
continente europeu sofrendo com as ondas de calores e até o desaparecimento de
algumas ilhas na Índia. O aquecimento global vem repercutindo em todo o cenário
global. O aquecimento global é ocasionado pela elevação da concentração dos
gases do efeito estufa na atmosfera, essa grande elevação dos gases do efeito
estufa em gerada em sua maioria pelo homem, através de indústrias, poluição
ambiental e atividades econômicas, sendo que o dióxido de carbono (CO2), o
metano e o óxido nitroso são as gases mais importantes. Dentre os gases citados
atualmente o dióxido de carbono é o principal gás que apresenta maior contribuição
para o aquecimento global. Segundo o SEED (2006), o CO2 aumentou
consideravelmente sua concentração na atmosfera, o que antes girava em torno de
280 partes por milhão (ppm), passou para 380 partes por milhão (ppm), isso após a
revolução industrial (segunda metade do século XVIII). O aquecimento global
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acontece quando há altos níveis de concentrações de CO2 na atmosfera, esse CO2
deve ser sempre removido da atmosfera fazendo parte do ciclo do carbono, caso
não houvesse essa retirada desse gás da atmosfera o planeta Terra se tornaria
muito quente não havendo possibilidades de haver vida na Terra. Para isso existem
mecanismos com que haja a retirada do CO2 da atmosfera, esse mecanismo é
chamado de sequestro de carbono. O sequestro de carbono é a remoção do CO2
atmosférico para serem armazenados no solo (subsolo), os grandes responsáveis
pelo sequestro de carbono são os oceanos, florestas e solos que atreves de
organismos fotossintetizantes removem o CO2 atmosférico para sua sobrevivência.
REVISÃO BIBLIOGRÁFICA
Visão geral do sequestro de carbono
O conceito de sequestro de carbono foi formulado pela conferência de Kyoto
em 1997, reunião ao qual participaram autoridades de mais de 160 países, criaram
um tradado internacional que determina metas de redução de emissões de gases do
efeito estufa e estimula o desenvolvimento de tecnologias sustentáveis, converter e
reverter o acúmulo de CO2 atmosférico, visando à diminuição do efeito estufa.
Segundo RENNER (2004), uma alternativa viável para atenuar o aumento do de
gases do efeito estufa, consiste na fixação do carbono atmosférico a partir do
reflorestamento de grande escala, pois a floresta é um dos maiores sequestradores
de carbono no mundo, por isso, o desmatamento estimula o aumento do efeito
estufa, diminuindo a população arbórea há maior concentração de CO2 na atmosfera
aquecendo o planeta. Os quatros principais compartimentos de carbono do mundo
são os oceanos, atmosfera, formações geológica contendo carbono fóssil e mineral
e ecossistemas terrestres (florestas, solos) (BARRETO, 2009). São grandes
responsáveis pelo ciclo do carbono no planeta, sequestra carbono na sua maioria
através de seres fotossintetizantes, autótrofos como plantas, plânctons, algas
marinhas e bactérias, utilizam a energia solar e o CO2 para sintetizarem alimentos
para a sua sobrevivência, a seguir na FIGURA 01 os detalhes do sequestro do
carbono.
FIGURA 01: Esquema de armazenamento e sequestro do carbono.
Fonte: (CEPAC, 2010).
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Algumas ações contribuem para a redução CO2 na atmosfera, a conservação
de estoques de carbono nos solos, florestas e outros tipos de vegetação, a
preservação de florestas nativas, a implantação de florestas e sistemas
agroflorestais e também a recuperação de áreas degradadas. RENNER (2004)
definiu o termo sequestro de carbono como sendo a capacidade fotossintética que
os vegetais possuem de fixar o CO2 atmosférico, sintetizando o carbono através da
luz na forma de carboidratos sendo por fim depositado na parede celular.
Existem dois tipos de sequestro de carbono o direto e indireto, o sequestro de
carbono direto é também conhecido como sequestro de carbono artificial ou
geológico do carbono, resulta de separação e captura do CO2 gerados em processos
industriais e em processos relacionados á geração ou consumo de energia, seguido
de transporte para um local de estocagem segura, de modo que ocorra o isolamento
do gás em relação á atmosfera por um longo período de tempo. No sequestro de
carbono indireto, o CO2 atmosférico é removido por processo natural, em que o CO2
é absorvido pela fotossíntese e incorporado á biomassa do vegetal durante seu
crescimento (IPCC, 2005).
O Ciclo do carbono
Os quatro principais compartimentos de carbono na Terra são: oceanos,
atmosfera, formações geológicas contendo carbono fóssil e mineral e ecossistemas
terrestres (biota + solo). A importância do carbono e de seus compostos é
indiscutível, este é onipresente na natureza e seus compostos constituem a matéria
viva. Existe uma grande variedade de compostos de carbono envolvidos no seu ciclo
global, sendo os principais: CO2, CH4, Hidrocarbonetos, CO. O ciclo do carbono na
natureza pode ser observado conforme a FIGURA 02.
FIGURA 02: O ciclo do carbono de maneira ilustrativa.
Fonte: (MARCOS FESTA, 2007)
Estima-se que o estoque total de carbono na terra exceda os 26,1015 Mg,
sendo que a maior parte está em compostos inorgânicos e somente cerca de 0,05%
na forma orgânica. Os compostos orgânicos são encontrados na biomassa marinha
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e terrestre, detritos orgânicos e no solo terrestre, assim como nos sedimentos e
detritos orgânicos dos oceanos (LARCHER, 2000). A biomassa contém cerca de 650
Gt de carbono (Gt → Gigatonelada = 109 Mg), valor próximo aos da atmosfera 755
Gt, que por sua vez é duas vezes menor que a quantidade de carbono presente no
solo, aproximadamente 1.720 Gt. Os oceanos apresentam as maiores reservas de
carbono, com 38.500 Gt (LARCHER, 2000).
Uma análise das quantidades produzidas e absorvidas no início dos anos 90
indica que as emissões antropogênicas de CO2 aumentaram para 6,0 Gt, porém isso
foi superado pela retirada acelerada pela biosfera. Existem algumas evidências de
que o súbito aquecimento global em razão do fenômeno El Niño, resultou em um
aumento da absorção de dióxido de carbono pela vegetação e pelo solo, até cerca
de dois anos depois de suas ocorrências. Contudo, em meados dos anos 90 o
incremento atmosférico anual de dióxido de carbono já voltou ao valor médio
observado até a metade dos anos 80, provavelmente pela diminuição da absorção
de CO2 pela biosfera (BAIRD, 2002).
Fotossíntese
O sequestro de carbono em um determinado ambiente é quantificado pela
estimativa da biomassa vegetal acima e abaixo do solo, pelo cálculo do carbono
estocado nos produtos madeireiros e pela quantidade de CO2 absorvido no processo
de fotossíntese (ANDRADE e IBRAHIM, 2003). Estima-se que aproximadamente
40% da massa seca de uma planta é formada por carbono fixado na fotossíntese
(DIAS - FILHO, 2006).
O grande responsável pela manutenção e sequestro do carbono é a
fotossíntese, o CO2 é retirado da atmosfera por este fenômeno, a fotossíntese é a
reação química mais importante do planeta, sendo o único processo capaz de
absorver a energia luminosa proveniente do sol, todos os processos vitais
dependem da fotossíntese para a formação de alimentos na forma de carboidratos e
também para a formação do oxigênio. Desde tempos remotos o aparecimento de
organismos capazes de realizar a fotossíntese foi de grande importância na
manutenção da vida na Terra, se não fosse por esses seres fotossintetizantes a
atmosfera do planeta além de obter altas concentrações de CO2 aquecendo o
planeta também na atmosfera seria em oxigênio que de fundamental importância
para a respiração de plantas e animais.
A fotossíntese é a síntese de compostos orgânicos (CH2O)n, ou seja,
açucares, a partir de compostos inorgânicos simples (CO2, H2O), na presença de
luz, sendo que a fotossíntese é a fonte de energia de todos os seres vivos, onde a
fonte primária é a energia solar (FIGURA 02), responsável por toda a manutenção
da vida no planeta através da síntese de oxigênio. A fotossíntese é constituída por
uma equação geral:
LUZ
CO2 + 2 H2O
[CH2O]n + H2O + O2 (∆G0 = 4,8 x 105 J)
CLOROFILA
A fotossíntese ocorre nos seres autótrofos, ocorrem nas plantas, algas
marinhas, plânctons e em bactérias fotossintetizantes. Nas plantas a fotossíntese
ocorre em compartimentos da célula em organelas chamadas de cloroplastos, nos
cloroplastos encontram-se pigmentos fotossintetizantes, onde que através da
absorção da luz solar esses pigmentos são estimulados a excitação, que ocasionara
no transporte de elétrons havendo varias reações de oxirredução, através de CO2 e
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H2O ate serem sintetizados em açucares, esses pigmentos fotossintetizantes são
chamados de clorofila, carotenoides e xantofilas.
FIGURA 03: processo fotossintético absorção do CO2.
Fonte: (INSTITUTO MADEIRA, 2011).
Em termos quantitativos as plantas terrestres e os fitoplânctons são os
principais organismos responsáveis pela fotossíntese, os átomos de carbono na
forma de CO2, são removidos da atmosfera e incorporados nos tecidos dos
organismos que realizam o processo, assim, a fotossíntese é a porta de entrada do
carbono atmosférico nos ecossistemas terrestres, ou nos ecossistemas aquáticos,
como oceanos e lagos (DIAS - FILHO, 2006). O processo de fotossíntese consiste
na conservação do CO2 e da água em açucares, para o crescimento e
desenvolvimento das plantas, utilizando a luz solar como fonte de energia, durante
esse processo a molécula de água é dividida em átomos de hidrogênio e oxigênio, o
oxigênio é liberado ao ambiente, já o hidrogênio converte o carbono inorgânico
contido no CO2 em material orgânico.
Gases do efeito estufa (GEE)
Os gases com efeito de estufa caracterizam-se por deixarem passar com
facilidade a radiação solar, de curtos comprimentos de onda, e absorverem
intensamente a radiação emitida pela Terra, de maiores comprimentos de onda, o
que resulta no aquecimento da atmosfera. As maiores partes dos GEE que
contribuem para este fenômeno encontram-se presentes na atmosfera em resultado
de processos naturais: vapor de água, dióxido de carbono, metano e óxido nitroso.
As atividades antropogénicas emitem, para além destes, outros GEE, dos quais se
destacam o dióxido de carbono, o metano, o óxido nitroso, os clorofluorcarbonetos
(CFCs) e o ozono. As emissões destes gases, com exceção dos CFCs, e de outros
gases reativos como o dióxido de enxofre, os óxidos de azoto, o monóxido de
carbono e hidrocarbonetos - que levam à formação de poluentes secundários,
incluindo partículas de aerossóis e ozono troposférico - têm aumentado
substancialmente devido a atividades humanas. Como resultado, os ciclos
biogeoquímicos têm sido significativamente perturbados (IPCC, 2007).
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O dióxido de carbono corresponde ao gás com efeito de estufa que
apresenta menor GWP, pondo em evidência o fato de serem as elevadas
concentrações atmosféricas deste gás que lhe conferem o estatuto de principal
GEE. Apesar do CO2 poder ter origem em atividades naturais, o aumento dos níveis
de dióxido de carbono atualmente verificado na atmosfera tem origem,
fundamentalmente em ações humanas. Ao longo dos últimos 250 anos, o raio da
mistura atmosférica de CO2 aumentou globalmente cerca de 100 ppm (36%) e em
10 anos, de 1995-2005, a concentração de CO2 na atmosfera aumentou perto de 19
ppm, sendo esta a maior taxa de crescimento médio registrada, com um valor de
cerca de 1,4 ppm.ano-1, para o período de 1960 a 2005. O aumento do CO2
atmosférico global desde a revolução industrial deve-se principalmente às emissões
de CO2 provenientes da combustão de combustíveis fósseis e produção de cimento.
Outras fontes incluem emissões devidas a alterações do uso dos solos, como o
desmatamento e a queima de biomassa. Parte do CO2 presente na atmosfera é
absorvida por componentes da biosfera e da superfície oceânica, integrando o ciclo
de carbono, sendo os solos e os oceanos os principais reservatórios deste GEE
(IPCC, 2007).
Sequestro de carbono nos oceanos
Os fitoplânctons compõem-se de organismos microscópicos unicelulares que
povoam as camadas superficiais (aproximadamente 80 metros) de todos os corpos
de água, seja doce ou salgada. Utilizando a luz solar como fonte de energia, esses
microrganismos transformam substancias inorgânicas (CO2, H2O e nutrientes. Tratase de um dos mais importantes processos em curso no planeta, uma vez que,
constituem o primeiro elo do complexo sistema alimentar aquática. Todos os animais
dos meios aquáticos devem sua subsistência, direta ou indiretamente, a
multiplicação celular desses microrganismos. Estima-se também, que o rendimento
das microalgas aporte à metade da produção primaria do planeta. Sendo que
quando os fitoplânctons são consumidos por bactérias, os nutrientes e o CO2 são
liberados para a água, podendo ser outra vez absorvido pelo fitoplâncton ou ser
liberado para a atmosfera, portanto quando o fitoplâncton morre parte do carbono
orgânico e principalmente o carbono inorgânico são depositados no fundo do oceano
formando depósitos sedimentares e posteriormente petróleo e carvão.
O sequestro de carbono através da fotossíntese dos fitoplânctons é chamado
de processo biológico de sequestro de carbono também conhecido como bomba
biológica, existindo também outro processo chamado de processo físico de
sequestro de carbono.
O processo físico esta ligada a circulação termoalina que é a formação de
águas profundas no oceano, e em água fria o CO2 atmosférico dissolve-se mais
facilmente do que em águas quentes, exemplo, as águas superficiais dos trópicos
transportadas para as regiões polares, ao perderem calor aumentam sua densidade
e iniciam um movimento descendente, sendo que essas águas são ricas em CO2, e
este foi armazenado nas profundezas oceânica por cerca de 1.000 anos e só
retornando para a atmosfera quando a circulação do oceano provoca o afloramento
de águas profundas á superfície do oceano. Podemos notar o derretimento das
geleiras nas regiões polares, levando a redução da salinidade, portanto, aumento as
camadas entre as águas superficiais e profundas, resultará na redução do
movimento do CO2 para as profundezas do oceano.
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Sequestro de carbono nas florestas
Se a concentração de CO2 continuar influenciando no aumento da
temperatura do planeta acarretara em um aumento no nível das águas dos mares e
alteração na variabilidade de ciclos hidrológicos, ameaçando a vida no planeta. O
sequestro de carbono florestal e uma alternativa para mitigar o problema do
processo de elevação da temperatura do planeta, em virtude do aumento dos gases
do efeito estufa (RENNER, 2004). O movimento do carbono em uma floresta e
determinada pela assimilação de CO2 através da fotossíntese, pela liberação de
carbono através da respiração das plantas, também pela transferência de carbono
no solo na forma de palha de folhas, madeira e raízes e pela eventual liberação de
carbono do solo de volta a atmosfera através da decomposição e respiração da
atividade microbiana no solo (OHSE, 2007). Dentre os ecossistemas terrestres as
florestas são os maiores reservatórios de carbono, contendo cerca de 80% de todo o
carbono estocado na vegetação terrestre e cerca de 40% do carbono presente nos
solos.
Grandes quantidades de carbono podem ser emitidas para a atmosfera durante
a transição de um tipo de floresta para o outro se a mortalidade liberar carbono mais
rapidamente do que a regeneração (FÓRUM BRASILEIRO DE MUDANÇAS
CLIMÁTICAS, 2002). As florestas desempenham por meio da assimilação,
estocagem e emissão, um importante papel no ciclo do carbono. O estabelecimento
e manejo de florestas boreais temperadas, tropicais e de sistemas agroflorestais
poderiam aumentar o sequestro e a estocagem de carbono da biosfera (DIXON,
WINJUN e SROEDER, 1993). O CO2 pode ser removido da atmosfera por meio do
crescimento de plantas com particularidades para esse fim, quanto mais rápido o
crescimento, mais rápido e a absorção de CO2 (BAIRD, 2002).
A determinação da quantidade de carbono a ser sequestrada depende da
variável da biomassa, vários estudos do conteúdo de carbono em florestas vêm
sendo desenvolvidas recentemente e a maioria sobre amostragem destrutiva, a
quantificação das frações das raízes, tronco e folha se reveste de grande
importância e metodologias de amostragem e modelagem para sua inferência
tornando-se prioritárias para embasar a tomada de decisões (MAESTRI, 2003).
Sequestro de carbono nos solos
O aumento da concentração de CO2 na atmosfera terrestre foi o resultado da
combustão de combustíveis fosseis e produção de cimento (67%) e as mudanças do
uso do solo (33%). A mudança no uso do solo e a degradação dos solos são
processos primordiais para a liberação de CO2 para a atmosfera, novas estratégias
políticas internacionais estão sendo desenvolvidas para a implementação de
praticas de gestão da agricultura e florestas que aumentam o sequestro do carbono
tanto na biomassa como no solo (EFIGÊNIO, 2007). O ciclo do carbono e afetado
pelos efeitos da degradação do solo e da desertificação, as alterações no uso do
território encontram em primeiro lugar na perda da cobertura vegetativa e a posterior
perda de carbono nos solos e a qualidade dos solos.
Os processos da produtividade das plantas, degradação do solo e o
sequestro de carbono são profundamente ligados, uma redução na qualidade do
solo resulta na diminuição do carbono orgânico dos solos e um aumento na emissão
de CO2 para a atmosfera. A queda da qualidade do solo e da textura leva a uma
perda na capacidade de retenção de água, e por consequência na produtividade das
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plantas (FAO, 2004). A importância das atividades e praticas de manjo do solo
melhora o sequestro de carbono tanto na biomassa como nos solos, tendo um
impacto positivo no aspecto ambiental, agrícola e da biodiversidade dos
ecossistemas, como consequências do armazenamento de carbono no solo poderá
melhorar a fertilidade, produtividade da terra para a produção de alimentos,
prevenção da degradação e desertificação do solo.
Preservação das florestas para contribuição do sequestro de carbono
O sequestro de carbono florestal é uma alternativa viável para amenizar o
agravamento do processo de elevação da temperatura global, pelo aumento de
GEE. “Os vegetais, utilizando sua capacidade fotossintética, fixam o CO2
atmosférico, biossintetizando na forma de carboidratos, sendo por fim depositados
na parede celular” (RENNER, 2008).
Segundo BAIRD (2002), o dióxido de carbono pode ser removido da
atmosfera por meio do crescimento de plantas selecionadas especialmente para
essa finalidade. Quanto mais rápido o crescimento, mais rápida é a absorção de
CO2; devido ao vigoroso crescimento das árvores nos trópicos, um hectare desta
floresta sequestra muito mais carbono do que um hectare de floresta temperada
(RENNER, 2008).
As plantas verdes absorvem CO2 durante a fotossíntese, processo pelo qual
as florestas estocam dois terços do carbono terrestre – aproximadamente um trilhão
de toneladas. Em todo o reino vegetal, as florestas proporcionam o mais longo do
ciclo de estocagem de carbono, em forma de madeira e acumulação no solo, por
centenas de anos antes de retornar à atmosfera através da respiração,
decomposição, erosão ou queima. O estoque que está absorvendo carbono é
chamado de “poço” (sink), e o estoque que está liberando carbono é chamado de
“fonte” (source). Portanto, áreas florestais são consideradas poços de carbono
(carbon sinks) (TOTTEN, 2000).
O sequestro de carbono somente ocorre enquanto as árvores e a floresta
estão crescendo, tornando assim importante e atrativo a recuperação dos
ecossistemas naturais em áreas degradadas, por meio da regeneração,
adensamentos, aumentando consideravelmente a biomassa, consequentemente o
estoque de carbono fixado. A implantação ou recuperação das mesmas possibilita
oportunidade de negócios voltados ao desenvolvimento de projetos de conservação,
preservação ou mesmo com a recuperação de áreas degradadas, tornando muitas
vezes possível a aplicação do conceito de desenvolvimento sustentado
(WATZLAWICK, et al., 2002b, p.169).
Considera-se que uma árvore de espécie nativa fixa (sequestra) em média 0,3
Mg de CO2 até atingir o clímax, que é um período de tempo que varia de 20 a 40
anos (PARANÁ, 2007). Assim, a quantidade de carbono fixado nessa área
corresponderia a aproximadamente a 402.421 árvores que passariam a compor a
biomassa florestal aérea e estariam protegidas do desmatamento, uma vez que se
encontrariam situadas em área protegida pela legislação ambiental. Esses
resultados reforçam a estratégia de recuperação de fragmentos de ecossistemas
florestais degradados da Floresta Ombrófila Densa que estejam situados dentro de
delimitações do que a legislação ambiental brasileira define como Área de
Preservação Permanente. Estratégia essa que pode ter como um dos objetivos
principais a definição de justificativas consistentes para a elaboração de projetos de
seqüestro de carbono, como observam WATZLAWICK et al., (2002a, p.215).
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De acordo com GARDNER & MANKIN (1981), os ecossistemas florestais
contêm cerca de 90% da biomassa terrestre e cobrem aproximadamente 40% de
sua superfície. As florestas apresentam uma elevada taxa de fixação de carbono,
quando comparado com outras tipologias vegetais. Segundo BAIRD (2002), a
queima de combustíveis fósseis e a produção de cimento liberaram 5,5 Giga
toneladas de carbono por ano, das quais 3,3 Gt não encontraram um sumidouro. As
camadas superficiais dos oceanos absorveram cerca de 92 Gt, mas liberaram 90 Gt,
tendo uma absorção de 2,0 Gt, e destas apenas 1,6 Gt é removida das camadas
superficiais para as camadas intermediárias e profundas, e apenas 0,2 Gt
depositam-se nos sedimentos mais profundos. Embora o desflorestamento tropical
tenha contribuído anualmente com 1,6 Gt de carbono no ar, este valor foi
ligeiramente superado pela retirada de cerca de 1,8 Gt ocorrida nas zonas de
floresta temperada.
As florestas são importantes para o equilíbrio do estoque de carbono global,
pois armazenam em suas árvores e no solo mais carbono do que o existente
atualmente na atmosfera. Se as florestas forem cortadas, a maior parte do carbono
guardado nas árvores será liberada para a atmosfera rapidamente por meio de
queimadas ou, mais lentamente, via decomposição (HOUGHTON, 1994).
Influência das queimadas
Dois terços da emissão total dos gases causadores do efeito estufa são
provenientes da queima de combustíveis fósseis e das atividades industriais, sendo
o restante atribuído às atividades agrícolas e à mudança no uso da terra. Enquanto
nos países desenvolvidos as emissões de gases de efeito estufa se concentram
basicamente no setor industrial e no consumo de combustíveis fósseis, no Brasil a
emissão a partir das queimadas, desmatamento e expansão agrícola é muito maior
do que a industrial e da queima de combustíveis fósseis e o país tem sido
considerado como um dos maiores emissores do mundo.
Atualmente, as queimadas não são apontadas como a maior responsável
pela emissão de GEE no Brasil. Segundo o levantamento realizado por LIMA et al.,
(1999) do total de emissões de gases gerados pela queima de resíduos agrícolas,
no ano de 1994, a queima de cana-de-açúcar foi responsável por cerca de 97,5%
dessa emissão.
O desenvolvimento de novas tecnologias está diretamente ligado às
necessidades do Protocolo de Kyoto. Intensos estudos, em diversos países, buscam
desenvolver fontes de energia renovável a custos viáveis, como a biomassa, o
biodiesel, o reuso de água, novas técnicas de uso do solo e o desenvolvimento
genético de plantas para reflorestamento. Com relação ao reflorestamento, os
principais negócios de carbono envolvem a substituição do carvão mineral e vegetal
de madeira nativa por carvão de florestas plantadas especificamente para este fim.
Há um duplo benefício ambiental nesse processo: além de evitar a emissão de CO2
com partículas de mercúrio (o caso do carvão mineral), há, num primeiro momento, a
apreensão de CO2 atmosférico nas plantas que, mais tarde, servirão de combustível.
A indústria siderúrgica mundial tem adotado este modelo, pois, para cada
tonelada de ferro produzida com carvão de reflorestamento, há um ganho ambiental
de no mínimo 3 toneladas de CO2 em comparação ao uso de combustíveis fósseis
ou nãorenováveis (GRÜTTER et al., 2002).
No Projeto Plantar 2004, para cada tonelada de madeira de reflorestamento
queimada é lançada uma tonelada de CO2, mas são absorvidas, ao longo do
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crescimento das plantas, 3 toneladas desse GEE. É gerado, portanto, um crédito de
2 toneladas de carbono para cada tonelada de madeira derrubada (PROJETO
PLANTAR 2004, 2006). Ao preço médio praticado durante o ano de 2005 na Bolsa
de Mercadorias & Futuros, de US$ 5,00/ton CO2, o Projeto Plantar deverá gerar
créditos, até 2015, de US$ 200 milhões (ICF CONSULTING, 2006).
Utilização de conservação de áreas naturais e rotação de cultura otimizando o
sequestro de carbono
O manejo do solo numa agricultura sustentável envolve diferentes sistemas
de preparo e rotações de culturas, com diferentes entradas em quantidade e
qualidade de resíduos. Estes sistemas envolvem, comumente, compartimentos
significativos de carbono orgânico no solo. Estes incluem tanto as fontes de carbono
de liberação rápida como as lentas, cujos tamanhos e taxas de transformação são
utilizados para descrever a dinâmica da matéria orgânica. Os tamanhos e as
transformações têm oferecido no passado, dificuldades para serem medidos. Além
disso, o plantio direto tem sido proposto como uma alternativa aos sistemas de
preparo convencionais em função da redução na degradação dos solos. Visando
maximizar o sequestro de C pelo solo, algumas estratégias poderiam ser utilizadas:
aumento da área cultivada sob plantio direto, permanência de restos culturais nas
áreas de plantio, controle da erosão, aumento dos índices de produtividade
(relevante à restrição de criação de novas fronteiras agrícolas), melhoria da
fertilidade do solo (essencial ao aumento da produção de restos culturais),
diminuição do desmatamento, revegetação de solos degradados e, por fim,
preservação de solos orgânicos em ambientes de várzea (LAL, 1997; JARECKI e
LAL, 2003). Estima-se que através das atividades agrícolas e da mudança do uso do
solo seria possível retirar de 400 a 800 milhões de Toneladas de C da atmosfera por
ano (CERRI, 2000). O sistema de plantio direto (PD) tem merecido importante
destaque entre os sistemas de manejo de solo, já que o solo não é revolvido,
evitando a perda da MOS. Procura-se sempre manter o solo coberto por resíduos
vegetais, com a finalidade de protegê-lo do impacto de gotas de chuva, do
escorrimento superficial e das erosões. Segundo Silva e Machado (2000), práticas
de uso e manejo do solo, como plantio direto, controle da erosão, diminuição do
desmatamento, melhoria da fertilidade do solo como fator essencial ao aumento da
produção de resíduo cultural e a revegetação de solos degradados poderia contribuir
para o sequestro e estoque de carbono no solo. Sequestro de carbono no solo
significa transformar o carbono presente na atmosfera ( na forma de CO2) em
carbono estocado no solo, compondo a matéria orgânica. Os três principais
processos de responsáveis pelo sequestro de carbono nos solos são: a humificação,
a agregação e a sedimentação. Ao mesmo tempo, os processos, os processos
responsáveis pela perda de carbono no solo são: a erosão, a decomposição, a
volatilização e a lixiviação.
Crédito de Carbono
Os Créditos de Carbono foram criados com o objetivo de alertar os países de
que os processos industriais que agem de forma poluidora devem ser revistos no
sentido de conciliar o desenvolvimento socioeconômico e a necessidade de
diminuição de emissão dos gases, buscando compensar as emissões através de um
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programa que desperte a vontade política de cada país em rever os seus processos
industriais, e assim diminuir a poluição e o seu impacto no clima, através da
compensação de emissões atmosféricas na medida em que proporcionam o
equilíbrio entre as novas emissões de poluentes no ar e a sua redução. (SARTORI,
2009). Um Crédito de Carbono equivale a 1 (uma) tonelada de CO2 que deixou de
ser produzido. A cada gás emitido é utilizada uma tabela de carbono, para verificar a
quantidade correspondente, e quanto equivale em créditos. Outros gases que
contribuem para o Efeito Estufa também podem ser convertidos em Créditos de
Carbono, utilizando o conceito de “carbono equivalente”. O metano, por exemplo, é
vinte vezes mais poluente que o dióxido de carbono, portanto reduzir 1
(uma)tonelada de metano produzida significa obter 21 Créditos de Carbono. As
quantidades de toneladas de CO2 e outros gases economizados ou sequestrados
da atmosfera são calculados por empresas especializadas, de acordo com
determinações dos órgãos técnicos da ONU.No caso do Protocolo de Kyoto uma
tonelada de óleo diesel trocado por biodiesel gera o direito a 3,5 toneladas de
créditos. Um hectare de floresta de eucalipto absorve por ano, 12 toneladas de gás
carbônico, um grande aterro sanitário que capte o metano e o transforme em
eletricidade, pode ter direito a milhões de toneladas de créditos por ano. (SARTORI,
2009).
Mercado do Carbono
Segundo os critérios do protocolo de Kyoto os países ou empresas que
conseguem diminuir a taxa de emissões de dióxido de carbono abaixo das metas na
atmosfera conseguem gerar créditos, sendo assim esses países vendem seus
créditos para países e empresas que poluem acima de suas metas, o critério é
quando o país ou empresas reduzem a quantidade de emissões de gases em uma
tonelada de CO2 ganha um crédito. Sendo assim esses créditos são considerados
commodities e podem ser vendidos no mercado nacionais e internacionais. Os
créditos de carbono são certificados que autorizam o direito de poluir, portanto as
agências de proteção ambiental que emitem os certificados autorizando emissões de
toneladas de gases de efeito estufa. O país ou empresa que não cumprem as metas
de redução progressiva tem que comprar certificados das empresas com créditos.
Estes certificados podem ser comercializados através das Bolsas de Valores e de
Mercadorias. Os créditos de já estão sendo comercializados com antecipação no
mercado, mesmo que não haja uma definição de preço. Cada tonelada de carbono
vale US$ 3,00 a US$ 5,00 segundo o programa das Nações Unidas para o
Desenvolvimento (PNUD) (IMÓVEIS VIRTUAIS, 2003). Segundo ELLERMAN,
JACOBY & DECAUX, 2003 (1998) No Japão os custos de abatimento das emissões
de gases de efeito estufa podem chegar a US$ 584,00 por tonelada de carbono,
enquanto que nos EUA atingiram US$ 186,00 e na Comunidade Europeia US$
273,00. Segundo ROCHA (2003), várias empresas já estão em busca dos créditos
também chamados “early credits”, créditos em andamentos, esse creditos não
podem ser denominados de Certificados de Emissão Reduzida, uma vez que o
protocolo de Kyoto não entrou em vigor.
Mercado voluntário
O mercado de carbono voluntário abrange todas as negociações de créditos
de carbono e neutralização de emissões de gases do efeito estufa que são
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realizadas por empresas que não possuem metas sob o Protocolo de Kyoto e, por
isso, são consideradas ações voluntárias. Os esquemas são financiados por
organizações e indivíduos que querem neutralizar o impacto das emissões
produzidas pelas suas atividades. Para isso, investem em projetos que têm como
objetivo reduzir as emissões de gases, através da compra de créditos de
compensação. Estes são normalmente instrumentos financeiros negociáveis
chamados Reduções Verificadas de Emissão (Verified Emission Reductions - VERs),
os quais representam uma tonelada de dióxido de carbono (CO2) reduzida ou
deixada de ser emitida. O mercado voluntário de carbono vem crescendo
dramaticamente nos últimos anos, passando de US$ 99 milhões em 2006 para US$
705 milhões em 2008, com o crédito sendo negociado a um preço médio de US$
7,34/t CO2. Segundo especialistas, o principal motor é o bom verde que ocorre entre
as empresas norte americanas. Apesar da reação negativa entre alguns veículos da
mídia e grupos ambientais de que as neutralizações de carbono seriam uma forma
de comprar indulgências, a maioria das empresas envolvidas na pesquisa já
começaram ou planejam compensar as emissões que não conseguem impedir que
sejam produzidas, comentam os organizadores da pesquisa Padrões de
Neutralização de Carbono 2008 (Carbon Offsetting Trends survey, 2008), publicada
em setembro de 2008 pela Ecosecurities e ClimateBiz.
Mercado de Crédito de Carbono no Brasil
A comercialização de Redução Certificada de Emissões (RCE) no Brasil teve
início visando promover a geração e comercialização de reduções de emissão de
gases poluentes. O país é um grande destaque no quesito preocupação ambiental
mundial. No Brasil existe o Mercado Brasileiro de Redução de Emissões, com o
objetivo de organizar o mercado primário, através de um banco de projetos, com
sistema de registros, armazenamento e classificação dos mesmos. Em 2007, o
Brasil possuía 61 empresas com créditos emitidos, que totalizavam 11,3 milhões de
toneladas de CO2 que deixaram de ir para a atmosfera e que produziram uma
receita equivalente a 90,4milhões de euros. Atualmente o Brasil é o país que está
em terceiro lugar no ranking mundial de neutralização das emissões GEE. Mesmo
não liderando o mercado em número de projetos, é tido como unanimidade na
potencialidade de futuros projetos. (RIBEIRO, 2009).
CONSIDERAÇÕES FINAIS
O sequestro de carbono é um mecanismo muito importante para a diminuição
das concentrações de gases do efeito estufa e sendo estocadas nos oceanos,
florestas solos, melhorando tanto a ciclagem do carbono, que irá fornecer para os
solos matéria orgânica, para a produção agrícola, como também fertilizando os
solos, e evitando impactos ambientais como erosão e degradação do solo, o
sequestro de carbono é tão importante que com a remoção do CO2 atmosférico
somado com o processo de fotossíntese contribui para a manutenção dos seres
vivos, pois a fotossíntese libera oxigênio para a atmosfera. Devido a todos os fatores
mencionados é importante preservar o ambiente reduzindo os impactos ambientais
como o desmatamento e também simplificando a emissão de gases do efeito estufa,
para que o planeta Terra não sofra com problemas como o aquecimento global. O
sequestro de carbono florestal é uma alternativa viável para amenizar o
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agravamento do processo de elevação da temperatura global, pelo aumento de
gases de efeito estufa, assim como práticas agrícolas, tais como o plantio direto,
entre outras, visando maximizar o sequestro de carbono no solo.
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