Precipitação e Produção de Milho no Município de Goiana/PE

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Relação de Clorofila em Mentha peperita L. cultivadas em casa de
(
vegetação com omissão de nutrientes. 1)
Aline dos Anjos Souza (2), Uasley Caldas de Oliveira(3), Girlene Santos de Souza(4),
Janderson do Carmo Lima(5), Aglair Cardoso Alves(6), Mariana Nogueira Bezeira(7)
(1)
Trabalho executado com recursos do laboratório Manejo de nutriente no solo e em plantas cultivadas.
Estudante de Agronomia da Universidade Federal do Recôncavo da Bahia - UFRB; Bolsista PROPAAE Centro de
Ciências Agrárias Ambientais e Biológicas Rui Barbosa Centro 710; Cruz das Almas Bahia; [email protected] ;
(3)
(4)
Estudante de Agronomia da Universidade Federal do Recôncavo da Bahia – UFRB.
Professora Associada Nível I;
(5)
Universidade Federal do Recôncavo da Bahia; Cruz das Almas, Bahia; Estudante de Pós graduação do curso de Solos
(6)
e qualidade de Ecossistemas da Universidade Federal do Recôncavo da Bahia –UFRB. Estudante de Pós graduação
(7)
do curso Ciência do Solo; Universidade Federal de Pernambuco - UFPE;
Estudante de Engenharia Florestal da
Universidade Federal do Recôncavo da Bahia – UFRB.
(2)
RESUMO: A mentha peperita é uma planta
medicinal bastante utilizada para devidos fins. Por
sua importância estudos relacionados a exigência
nutricional da mesma se faz necessário para o
alcance de uma manejo adequado, alcançando
assim uma boa produtividade e racionalidade. Omitir
nutrientes é uma forma tanto temporal, como
econômica de conhecer a exigência nutricional de
uma cultura, além de conhecer o comportamento da
planta exposta a sua ausência. De acordo com as
informações acima o objetivo do trabalho foi avaliar
o desenvolvimento de M. peperita L.com omissão
de nutrientes. O experimento foi desenvolvido em
casa de vegetação, situada na Universidade Federal
do Recôncavo da Bahia - UFRB em delineamento
inteiramente casualizado com 7 tratamentos tendo
uma solução completa e 6 com omissão individual
de: nitrogênio, fósforo, potássio, cálcio, magnésio e
enxofre, por 50 dias, os dados foram coletados e
submetidos a análise de variância Tukey a 5% de
probabilidade. Para os teores de clorofila avaliados.
A omissão de nutrientes interferiu nos índices de
clorofila a, b e total. Os melhores índices foram para
cálcio, completa e enxofre.
Palavras-Chave:
mineral, hortelã.
Plantas
medicinais,
nutrição
INTRODUÇÃO
A Mentha peperita L, é conhecida como menta
ou hortelã pimenta, é amplamente utilizada para fins
medicinais e alimentícios (Lorenzi & Matos, 2002).
É uma planta aromática que pertence à família
Lamiaceae, e possui um importante valor
econômico por conta do óleo essencial, que é
utilizado para diversos fins (De Fazio, 2007).
Para Blank et al., (2006), existem poucas
informações sobre as exigências nutricionais das
plantas medicinais no Brasil, dentre essas encontrase a hortelã- pimenta (M. peperita L).
A omissão de nutrientes é uma maneira viável
tanto temporal como econômica para se conhecer a
exigência nutricional de uma espécie. Neste
processo, o experimento possui uma série de
tratamentos, omitindo-se um nutriente por vez (Silva
et al., 2011).
Um elemento essencial para o desenvolvimento
do vegetal é o nitrogênio, por fazer parte de vários
compostos, entre eles, as moléculas de clorofila.
Pois sua concentração correlaciona-se com o teor
de clorofila, e consequentemente com a
produtividade da planta (Pereira et al., 2013).
Segundo Oliveira et al., (2012), estudos sobre o
cultivo de plantas medicinais em relação a suas
exigências nutricionais tornam-se indispensáveis,
uma vez que a qualidade e quantidade são fatores
determinantes para obtenção de princípios ativos,
que podem variar de acordo com estes.
A diagnose visual de deficiências nutricionais,
concomitantemente com o conhecimento dos teores
dos nutrientes, pode constituir uma ferramenta
auxiliar para a avaliação do estado nutricional e com
implicações na recomendação de adubação
adequada para qualquer cultura (Epstein, 1975).
Diante das informações o trabalho teve como
objetivo avaliar os índices de clorofila em plantas de
hortelã pimenta, submetidas à omissão de
nutrientes.
MATERIAL E MÉTODOS
O experimento foi conduzido na Universidade
Federal do Recôncavo da Bahia (UFRB), no período
de agosto a outubro de 2014. As plantas foram
cultivadas por 50 dias em casa de vegetação. As
mudas de hortelã foram obtidas por estaquia em
bandejas de isopor de 128 células, contendo
2
substrato comercial (Vivatto), sendo transplantadas
com aproximadamente 8 cm de comprimento, onde
foram transplantadas após 20 dias para vasos com
2 dm³ contendo areia lavada onde posteriormente
iniciou-se a aplicação dos tratamentos. O
experimento seguiu em delineamento inteiramente
casualizado,
com
sete
tratamentos
sendo
constituído pela solução completa (macro e
micronutrientes) e por seis soluções com a omissão
individual de nitrogênio, fósforo, potássio, cálcio,
magnésio e enxofre, sendo acrescentando
diariamente
solução
nutritiva
realizada
manualmente na quantidade suficiente para o bom
desenvolvimento das plantas, sendo que nos 5
primeiros dias receberão a solução a ½ força. O pH
da solução estoque foi ajustado variando entre 5,5 +
0, 5. O índice de clorofila foi medido com um
medidor eletrônico de clorofila Falker modeloCFL1030.
Os resultados obtidos foram submetidos à
análise de variância utilizando-se o programa
estatístico SISVAR.6 (Ferreira, 2008). As médias
dos tratamentos serão comparados pelo teste de F
e em função do nível de significancia foram
aplicados os testes de Tukey a 5% de probabilidade
de erro.
RESULTADOS E DISCUSSÃO
A omissão de nutrientes na solução interferiu nos
índices de clorofila a, b e total das mudas de M.
piperita
L.,
sendo
observadas
diferenças
significativas (p<0,01) entre os parâmetros
avaliados.
Para os índices de clorofila a e b, os valores
mais altos foram os tratamentos sem presença de
cálcio, seguido pelo tratamento de solução completa
e, sem a presença de enxofre. A maior média foi de
(77,47 ICF) com o tratamento sem cálcio (Tabela 1).
Moretti et al., (2011), obteve em seu trabalho de
omissão de nutrientes com mudas de cedro,
resultados semelhantes em relação ao tratamento
completo e o sem a presença de cálcio no
crescimento das mudas onde não houve diferença
significativa (Tabela 1).
A relação entre os índices de clorofila a/b não
diferiram estatisticamente. Nascimento et al., (2012)
no seu trabalho com feijão-caupi encontrou
resultados compatíveis, e inferiu que provavelmente
os tratamentos não influenciaram sobre a produção
dos teores de clorofila, e devido a isso se
mantiveram constantes.
Em relação a relação de clorofila (a+b) os
índices de clorofila que obtiveram médias relevantes
foram as dos seguintes tratamentos: sem presença
de cálcio, e (solução completa), sem presença de
enxofre e potássio (Tabela 1).
Lobo et al., (2012) trabalhando com omissão em
amendoim percebeu que os teores de clorofila a,
clorofila b e clorofila total (a+b) das plantas de
amendoim
não
variaram
muito
obtendo
praticamente o mesmo comportamento quando
submetidas à ausência de nutrientes, destacou que
o seu melhor tratamento foi com omissão de
potássio, superando até o de solução completa.
Com isto percebe-se que esses valores variam de
espécie para espécie, pois cada uma tem sua
preferência por determinado nutriente.
CONCLUSÕES
Os teores de clorofila variaram de acordo com a
omissão dos nutrientes.
Os tratamentos de solução completa, menos
cálcio e enxofre, obtiveram os melhores índices em
relação os demais.
AGRADECIMENTOS
Os autores agradecem ao Grupo de Pesquisa
Manejo de Nutrientes no Solo e em Plantas
Cultivadas.
REFERÊNCIAS
BLANK, A. F. et al. Efeitos da adubação química e da
calagem
na
nutrição
de
melissa
e
hortelãpimenta. Horticultura Brasileira, v. 24, n. 2, p. 195-198,
2006.
DE FAZIO, Juliana Leticia. Cálcio e ethephon no
desenvolvimento e produção de óleo essencial de menta
(Mentha Peperita L.), cultivada em solução nutritiva. 2007.
101 f. Dissertação (mestrado) - Universidade Estadual
Paulista, Instituto de Biociências de Botucatu, 2007.
EPSTEIN, E. Nutrição mineral de plantas – princípios e
perspectivas. Rio de Janeiro: Livros Técnicos e
Científicos, 1975. 341p.
FERREIRA, D. F. Sisvar: um programa para análises e
ensino de estatística. Revista Symposium, Lavras, v. 6, p.
36-41, 2008.
LOBO, D. M.; SILVA, P. C.; COUTO, J. L.; SILVA, M. A.
M.; SANTOS, A. R. Características de deficiência
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p, k Bioscience. Journal. Uberlândia, v. 28, n. 1, p. 69-76,
Jan./Feb. 2012.
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Odessa, 2002.
3
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I. V.; MAGALHÃES, C. A. S. Crescimento e nutrição
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nitrogenada. Revista Brasileira de Fruticultura. Jaboticabal
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NASCIMENTO, R.; NASCIMENTO, D. A. M.; SILVA, D.
A.; ALVES, A. G.; Alterações nos teores de clorofilas em
plantas de feijão-caupi cultivadas sob diferentes fontes de
nitrogênio. Revista Educação Agrícola Superior - v.27,
n.2, p.94-96, 2012.
.
4
Tabela 1 – Índices de Clorofila a e b, relação de clorofila (a/b) e índice de clorofila total
(a+b), de Mentha piperita L. com omissão de nutrientes em casa de vegetação. Cruz
das Almas, BA, 2014
Tratamentos com
Clorofila a
Clorofila b
Clorofila Total Clorofila Total
-1
-1
(a / b)
(a + b)
omissão
(mg g MF)
(mg g MF)
Completa
73,15 ab
23,53 ab
3,11 a
96,68 ab
-N
38,92 c
10,87 c
3,58 a
49,80 c
-P
57,35 bc
19,87 b
2,88 a
77,22 b
-K
65,06 ab
23,35 ab
2,81 a
88,41 ab
-Ca
77,47 a
26,62 a
2,93 a
104,10 a
-Mg
57,25 bc
19,05 b
3,02 a
76,30 b
-S
71,68 ab
22,08 ab
3,27 a
93,77 ab
CV (%)
12,81
12,86
11,29
11,65
*Médias seguidas por letras distintas na coluna diferem estatisticamente entre si pelo
teste Tukey (P=0,01).
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