A Luta Contra o AVC Aos 37 anos, a Dra. Jill Bolte Taylor

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A Luta Contra o AVC
Aos 37 anos, a Dra. Jill Bolte Taylor, hoje neurocientista da Universidade de
Indiana (EUA), percebeu os sintomas e logo constatou que estava sofrendo um AVC:
“Na manhã que sofri o derrame não podia falar, ler, escrever, ou me lembrar de nada.
Meu braço direito ficou completamente paralisado. Então percebi: Estou tendo um
derrame!".
Esses são sintomas de alguém que está sendo acometido por um AVC, como
relatado pela Dra. Taylor que inspirou o livro “A cientista que curou o próprio
cérebro”. Felizmente, a médica foi capaz de reconhecer rapidamente os sintomas e
teve acesso rápido a uma estrutura de unidade de AVC.
Na semana em que se destaca a Luta Mundial contra o AVC, doença com maior
prevalência de mortes e morbidades em todo o mundo, é imperativo divulgar os sinais
súbitos da doença para os pacientes buscarem atendimento rápido.
Apesar de ser uma doença de alto impacto social, poucos sabem que, se
tratada rapidamente, numa janela de até 4h30mim do início dos sintomas, muitas
sequelas podem ser reduzidas ou evitadas. Assim, é urgente que o paciente seja
levado a um hospital equipado com uma unidade de AVC.
Se o paciente reconhecer os sintomas e morar na Capital, provavelmente
conseguirá chegar a um hospital a tempo de ser atendido. Se residir no interior as
chances são reduzidas. Isso porque, de maneira geral, os hospitais fora dos grandes
centros urbanos não possuem plantão de neurologistas.
A telemedicina é a solução utilizada para dar acesso ao atendimento
especializado em pelo menos três cidades do Rio Grande do Sul – Santo Ângelo, São
Leopoldo e Viamão – conectando médicos neurologistas de Porto Alegre aos médicos
das emergências dessas cidades. Incentivado pelo Ministério da Saúde, esse modelo de
atendimento proporciona rápido acesso aos médicos especialistas, evita transferências
desnecessárias de pacientes, reduz os custos do sistema de saúde e, principalmente,
ajuda a reduzir sequelas e salvar vidas.
O modelo via telemedicina, apesar de apresentar ganhos em termos de custos
e velocidade de atendimento, de maneira isolada não resolve todos os problemas.
Uma solução efetiva para essa doença perpassa uma ação integrada entre vários
atores – desde os meios de comunicação e sociedade no que tange difundir as
informações e compreender os sintomas súbitos do AVC, até os gestores públicos,
administradores de hospitais e profissionais da saúde de disponibilizar atendimento
adequado para tratar o AVC com a rapidez necessária.
Por Fernando Pisa, gestor de telemedicina do Ceanne.
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