HISTÓRIA DO BRASIL PATRIMÔNIO CULTURAL Todo povo tem

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HISTÓRIA DO BRASIL
PATRIMÔNIO CULTURAL
Todo povo tem um conjunto de bens que ele recebeu de gerações anteriores e deve
transmitir às gerações seguintes. Esse patrimônio ambiental se divide em natural e
cultural.
O patrimônio natural compreende paisagens, formações geomorfológicas, rios,
cavernas, flora e fauna de uma região.
Os bens que constituem o patrimônio cultural têm como característica a sua
importância como marcos da memória, da história coletiva, da identidade e da
cultura do seu povo.
O patrimônio cultural é classificado como material e imaterial.
O patrimônio cultural material inclui:
*Patrimônio edificado.
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*Patrimônio urbanístico
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*Bens móveis
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*Patrimônio documental
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*Bens integrados
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*Patrimônio arqueológico
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*Patrimônio paleontológico
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O patrimônio cultural imaterial compreende:
*Saberes
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*Celebrações
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*Formas e expressão
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*Lugares
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Pra um bem ser reconhecido como patrimônio municipal, estadual, nacional o da
humanidade, ele precisa ser pesquisado co muito critério: história, características
técnicas, estado de conservação, transformações ao longo do tempo, imagens,
importância cultural, etc.
۞A EVOLUÇÃO COLONIAL BRASILEIRA ۞
1- INTRODUÇÃO
A descoberta do Brasil pelos portugueses ocorre em um período de crise e grandes
transformações na Europa. Entre os séculos XII e XIV o feudalismo vai cedendo lugar a uma
nova forma de organização social. A fome estimula revolta dos camponeses que fogem ao
controle da nobreza. Nos centros urbanos, o processo de transformação é acelerado. O
comércio floresce e, com ele, surge uma nova classe social, a burguesia mercantil. Ela é quem
iria financiar as grandes navegações dos séculos XV e XVI. A nova burguesia europeia e
parcelas da nobreza buscam na expansão comercial uma saída para a crise econômica do
continente. Procuram novos mercados produtores e consumidores, já que o comércio entre a
Europa e Oriente feito através do Mediterrâneo é insuficiente para gerar as riquezas
necessárias para solucionar a crise europeia.
2- PIONEIRISMO DE PORTUGAL
Um conjunto de fatores favoráveis explica a dianteira dos portugueses na expansão marítima.
→ Centralização política de Portugal - O surgimento de Portugal como nação independente
está vinculado às lutas travadas na península Ibérica pela expulsão dos muçulmanos.
Antecipando-se aos demais países europeus, Portugal já é uma nação centralizada
politicamente em torno de um único monarca no século XII. O primeiro rei de Portugal.
Afonso I assume o trono pelas armas em 1139.
→ Vocação comercial marítima - Na porta da saída do Mediterrâneo para o Atlântico, os
portos de Portugal são pontos de passagem obrigatória para as embarcações que percorrem a
rota entre as cidades italianas e os mercados do norte da Europa.
→ Revolução de Avis - Dom João I, o Mestre de Avis, em 1385, após uma crise sucessória
no reino. Ele conquista a Coroa pelas armas, apoiado pela pequena nobreza, camponeses,
comerciantes, armadores e ricos representantes dos ofícios urbanos. Todos têm um interesse
em comum: a expansão comercial e marítima.
→ Escola de Sagres - A busca de uma nova rota para o Oriente exige o aperfeiçoamento das
técnicas de navegação até então conhecidas. Portugal faz isso sob a direção do infante dom
Henrique, irmão do rei dom João I.
Tecnologia marítima portuguesa - Os especialistas de Sagres aperfeiçoam instrumentos de
navegação, como a bússola, o astrolábio.
3- EXPANSÃO MARÍTIMA PORTUGUESA
A tomada de Ceuta, no norte da África, em 1415, marca o início da expansão portuguesa
rumo à África e à Ásia. Quando Bartolomeu Dias conquista o cabo da Boa Esperança, em
1488, e atinge o Indico, prova a correção do projeto português. A Espanha aposta no projeto
de Colombo: atingir as Índias navegando para o ocidente. Quando ele descobre a América,
em 1492, imagina ter alcançado o Oriente. São os portugueses, no entanto, que realizam o
grande feito: Vasco da Gama chega a Calicute, na Índia, em 1498, coroando quase um século
de investimentos.
3.1- TRATADOS DE PARTILHA
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→ Bula Intercoetera - Em 1493, o papa Alexandre VI promulga a Bula Intercoetera, que
divide o mundo por um meridiano fixado 100 léguas a oeste dos Açores e do arquipélago de
Cabo Verde. A decisão privilegia a Espanha e os portugueses ameaçam entrar em guerra.
→ Tratado de Tordesilhas - Em 1494, o Tratado de Tordesilhas entre Portugal e Espanha,
também com a mediação do papa, alterar de 100 para 370 léguas a oeste de Cabo Verde o
limite determinado pela Bula Intercoetera. Portugal garante assim folgada margem de
segurança no controle das rotas do Atlântico sul.
4- DESCOBRIMENTO
Vasco da Gama retorna vitorioso a Portugal em 1499. Traz uma carga de porcelanas, sedas,
tapetes e especiarias que garantem grandes lucros à Coroa. Rapidamente uma nova expedição
é organizada e seu comando é entregue ao almirante Pedro Álvares Cabral. A esquadra sai da
praia do Restelo, em Lisboa, dia 9 de março de 1500, com destino a Calicute, na Índia. Seu
objetivo é estabelecer uma feitoria - espécie de entreposto comercial - e fazer acordos com o
soberano local que garantam o monopólio do comércio para Portugal.
O POLÊMICO DESVIO DE ROTA
Por muito tempo, o descobrimento do Brasil, ou “achamento”, como registra o escrivão Pero
Vaz de Caminha, é considerado simples acaso, resultado de um desvio de rota. A partir de
1940 vários historiadores brasileiros e portugueses passam a defender a tese da
intencionalidade da descoberta, hoje amplamente aceita.
4.1- A POSSE DA TERRA
A esquadra portuguesa avista sinais de terra dia 21 de abril pela manhã, segundo a carta de
Pero Vaz de Caminha: “... eram muita quantidade de ervas compridas a que os mareantes
chamam botelho, assim como outra a que dão o nome de rabo de asno”. Na manhã seguinte,
22 de abril, avistam aves e “... neste dia, a horas de véspera, houvemos vista de terra!
Primeiramente de um grande monte, mui alto e redondo; e doutras serras mais baixas ao sul
dele, e de terra chã....”
Local do desembarque - Na manhã do dia 23, procurou uma área abrigada dos ventos para o
desembarque - um porto seguro. Por muito tempo, esse local é confundido com a atual cidade
de Porto Seguro, na Bahia. A partir de 1940, historiadores brasileiros e portugueses
reestudam a questão e concluem que o verdadeiro local do desembarque é a baia Cabrália, ao
norte da cidade de Porto Seguro.
Primeira missa e posse formal - No dia 26 de abril, frei Henrique de Coimbra, capelão da
esquadra, celebra a primeira missa na nova terra, no local hoje conhecido como Coroa
Vermelha.
Os nomes da nova terra - Considerada a princípio uma ilha, a nova terra recebe o nome de
Vera Cruz. Desfeito o engano, é chamada da Terra de Santa Cruz. Em mapas de época e
relatos de viagem aparecem como Terra dos Papagaios, aves que os europeus consideram
exótica, e de Terra dos Brasis, devido à abundância da árvore pau-brasil.
5- PERÍODO PRÉ-COLONIAL (1500 - 1530): O Brasil não interessava tanto.
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5.1- Expedições
→ Exploradoras
1501 - Gaspar de Lemos.
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1503 - Gonçalo Coelho e Fernão de Noronha.
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→ Guarda - Costas
1516 e 1526 - Cristóvão Jacques.
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PRIMEIROS IMIGRANTES
Muitos europeus se fixam no Brasil nos primeiros anos após o descobrimento. São náufragos,
marinheiros desertores, degredados expulsos de Portugal pelas draconianas Ordenações
Manuelinas, legislação criminal portuguesa considerada a mais severa da Europa. Chegam
também aventureiros de varias nacionalidades, inclusive fidalgos em missões oficiais ou em
busca de fortuna. Vêm ainda judeus portugueses convertidos ao cristianismo, os chamados
cristãos-novos.
CONCORRÊNCIA ESTRANGEIRA
Atraídos por histórias de tesouros fantásticos, outros povos fazem viagens frequentes às
costas do novo território, principalmente espanhóis e franceses. Voltam com os navios
abarrotados de pau-brasil e obtêm lucros certeiros nos mercados europeus. As expedições são
feitas por particulares: comerciantes, traficantes e piratas, a maioria com apoio velado de seus
governos.
EXERCÍCIO
1. (Cesgranrio, 95) O descobrimento do Brasil foi parte do plano imperial da Coroa.
Portuguesa do século XV. Embora não houvesse interesse específico de expansão para o
Ocidente:
a) A posse de terras no Atlântico ocidental consolidava a hegemonia portuguesa nesse
Oceano.
b) O Brasil era uma alternativa mercantil ao comércio português no Oriente.
c) O desvio da esquadra de Cabral seguia a mesma inspiração de Colombo para chegar
às Índias.
d) a procura de terras no Ocidente foi uma reação de Portugal ao Tratado de Tordesilhas
que o afastava da América.
e) essa descoberta foi mero caso, provocado pelas intempéries que desviaram a esquadra
da rota da Índia.
2. (UFPE, 96) Portugal e Espanha foram no século XV as nações modernas da Europa
pioneiras nos grandes descobrimentos marítimos. Identifique as realizações portuguesas
e as espanholas no que diz respeito a esses descobrimentos:
1. Os espanhóis, navegando para o Ocidente, descobriram em 1492 as terras do Canadá.
2. Os portugueses chegaram ao cabo das Tormentas, na África, em 1488.
3. Os portugueses completaram o caminho para as Índias, navegando para o Oriente, em
1498.
4. A Coroa espanhola foi responsável pela primeira circunavegação da Terra, iniciada
em 1519 por Fernão de Magalhães. Sebastião EI Cano chegou de volta à Espanha em
1522.
5. Os portugueses chegaram às Antilhas em 1492, confundindo o continente americano
com as Índias. Estão corretos apenas os itens:
a) 2, 3 e 4
b) 1, 2 e 3
c) 3, 4 e 5
d) 1, 3 e 4
e) 2, 4 e 5
3. A esquadra enviada por D. Manuel, rei de Portugal, às Índias, comandada por Pedro
Álvares Cabral, tinha como objetivo:
a) Estabelecer uma sólida relação comercial e política com os povos do Oriente.
b) Procurar um novo caminho que conduzisse ao Oriente sem utilizar um Mediterrâneo.
c) Combater a pirataria nas colônias portuguesas da costa oeste da África.
d) Confirmar a existência de minas de metais preciosos no Sul da Ásia.
e) Verificar as possibilidades de exploração de mão-de-obra escrava.
4. Os efeitos da crise geral do feudalismo, no plano econômico manifestavam-se numa
diminuição de oportunidades para os mercadores da Europa Ocidental, alijados dos
grandes oligopólios dos Italianos, no Mediterrâneo, e dos hanseatas, no Mar do Norte.
Diante disso a saída engendrada por esses grupos foi a:
a) Organização de caravanas que iriam por terras até o Extremo Oriente.
b) Procura de novas rotas comerciais pelo Atlântico, até então inexplorado.
c) Pregação de cruzadas para combater os turcos otomanos.
d) Organização de rotas comerciais através do Saara.
e) Associação de mercadores italianos com flamengos para a liberação das ilhas do
Mediterrâneo Oriental.
5. A busca de novos mercados produtores agrícolas e de mercados consumidores de
produtos artesanais excedentes na Europa; a ação e os investimentos da burguesia do
Estado metropolitano e a evolução tecnológica foram fatores responsáveis pela.
a) Crise política européia e pela difusão dos ideais revolucionários do socialismo
utópico, no século XIX.
b) Unificação afro-asiática e pelo domínio comercial italiano no Mediterrâneo, no
século XVIII.
c) Independência das colônias americanas e pela perda da hegemonia inglesa, no século
XVII.
d) Descolonização e pelo controle econômico do continente africano, no século XVI.
e) Expansão marítima e pela colonização do Brasil a partir do século XV.
6. “... com efeito, para superar os problemas gerados pela crise do século XIV (falta de
terras para o cultivo, regressão demográfica e esgotamento dos estoques de ouro e
prata), a saída encontrada pelos europeus foi realizar as viagens por „mares nunca d‟
antes navegados‟...”.
No contexto da evolução histórica européia, o processo que o texto descreve associa-se:
a) Ao desaparecimento da manufatura e à unificação da Itália.
b) À decadência do mercantilismo e à colonização da Ásia.
c) Ao enfraquecimento do Estado e à conquista da África.
d) À ascensão da burguesia e à ruralização de Portugal.
e) Ao expansionismo marítimo e à descoberta do Brasil.
7. Ao findar o século XV, a Terra de Santa Cruz, vista pela ótica dos interesses
mercantilistas portugueses, apareceu mais como um obstáculo do que propriamente
como uma conquista vantajosa para o Reino e para os setores comerciais a ele
pertencentes, por que.
a) A produção colonial era competitiva frente economia interna de Portugal.
b) A Metrópole deveria desviar capitais investidos no combate aos infiéis que
ameaçavam as fronteiras da Península Ibérica.
c) A comercialização dos produtos da Colônia era feita por Companhias Holandesas que
pagavam tributos pelos grandes lucros que obtinham.
d) Não permitia a associação de capitais dos comerciantes portugueses com os de
agentes financeiros judaicos.
e) As forças ativas do Reino estavam concentradas em torno do comércio oriental.
8 “O mostrengo que está no fim do mar”.
Na noite de breu ergueu-se a voar;
À roda da nau voou três vezes,
Voou três vezes a chiar,
E disse, Quem é que ousou entrar.
Nas minhas cavernas que não desvendo,
Meus tetos negros do fim do mundo?
E o homem do leme disse, tremendo,
„EL-REI Dom João Segundo!‟
(...) Três vezes do leme as mãos ergueu,
Três vezes ao leme as rescindiu,
E disse no fim de três vezes,
„Aqui ao leme sou mais do que eu:
Sou um Povo que quer o mar que é teu;
E mais que o mostrengo, que me a alma teme.
E roda nas trevas do fim do mundo.
Manda a vontade, Que me ata ao leme,
De EL-REI Dom João Segundo!”
Os verbos referem-se
a) À viagem de circunavegação feita pelos espanhóis.
b) Ao controle do Estreito de Gibraltar pelos franceses.
c) À conquista do Mediterrâneo pelos holandeses.
d) Às cruzadas organizadas pelos italianos.
e) À expansão marítima portuguesa.
9. A expansão ultramarina portuguesa está inserida nas transformações acelerada dos
quadros europeus no século XV. A precocidade portuguesa nessa expansão foi
determinada entre outros fatores:
a) Pela precoce unificação política de Portugal com relação a outros Estados europeus;
b) Pela precoce feudalização de Portugal com relação aos demais Estados europeus;
c) Pela precoce desfeudalização de Portugal e a organização de um Estado
descentralizado;
d) Pela precoce formação em Portugal de um Estado Industrial;
e) Pelo apoio da nobreza à dinastia de Avis.
10. Assinale a alternativa correta:
a) Portugal foi o país pioneiro das navegações iniciadas na dinastia de Borgonha;
b) A tomada de Constantinopla pelos turcos foi fator decisivo para o início das
navegações portuguesas;
c) A fundação da escola de Sagres não representou o século das navegações;
d) presença de um grupo mercantil forte foi uma das razões preponderantes para as
grandes navegações de Portugal;
e) O desconhecimento do Brasil era o principal objetivo da viagem de Pedro Álvares
Cabral.
11. A expansão portuguesa no Atlântico durante o século XV atingiu seu ponto
culminante com a armada de Cabral. Esta tinha como principal objetivo:
a) Impor o domínio português na África Ocidental;
b) Descobrir a passagem entre o Atlântico e o indico que permitisse atingir o Oriente
pelo périplo africano;
c) Alcançar as terras do Oriente a fim de cristianizar os povos descritos por Marco Pólo
na sua obra “II Milione”.
d) Descobrir a passagem entre o Atlântico e o Pacífico que permitisse atingir o Oriente
pelo Ocidente;
e) Renovar o contato com o Samorim de Calicute e obter um tratado de paz e amizade e
a concessão para ali estabelecer uma feitoria portuguesa.
12. O expansionismo marítimo, comercial e colonial e colonial da Europa relaciona-se
diretamente com o Estado Moderno. Esta relação pode ser descrita da seguinte maneira:
a) O Estado centralizado foi um pré-requisito para a expansão marítima europeia e esta
por sua vez agiu como fator de fortalecimento do poder do Estado.
b) A expansão marítima europeia foi um dos fatores de origem do aparecimento dos
governos centralizados e, portanto responsável pela formação das primeiras monarquias
nacionais.
c) A expansão marítima europeia contribuiu para derrubar o absolutismo porque deu
origem a uma nova classe social, a burguesia, desejosa de participar do poder político.
d) O Estado Moderno só teve condições de sustentar a expansão marítima na medida em
que as monarquias nacionais foram se transformando em governos do tipo absolutista.
e) A expansão marítima europeia foi a forma encontrada pela burguesia em crescimento
para colocar suas atividades econômicas fora do poder centralizador do Estado
Moderno.
13. O monopólio luso-espanhol, nas descobertas marítimas, tinha como base teórica:
a) O apoio dos juristas do direito internacional que destacavam a primazia daqueles
povos.
b) Convênios internacionais entre Portugal, Espanha, França e Inglaterra.
c) O amplo apoio do papa, através de Bulas, o que assegurava a supremacia de
portugueses e espanhóis em prejuízo dos demais povos.
d) O Princípio do “UTI posidetis”, ou seja, as terras pertenciam de direito aos seus reais
ocupantes.
e) O Princípio do “direito divino”.
14. A expansão marítima europeia nos séculos XV e XVI somente foi possível após o
surgimento de condições técnicas, sociais, econômicas e políticas que asseguraram o
sucesso daquele empreendimento. No setor político, foi importante:
a) A submissão dos reis ao papa.
b) A reabertura do Mediterrâneo pelas Cruzadas.
c) A outorga de carta de privilégios a várias cidades da orla do Atlântico e do mar do
Norte.
d) A restauração do império Romano Germânico.
e) A substituição do Estado feudal pelo Estado nacional.
15. Considere o texto e responda:
“O expansionismo luso deveu-se a muitas razões”. Em destaque:
Aliança entre o rei e o grupo mercantil desde 1385; cruzadismo;
da nobreza, vocação marítima, avanço técnico (caravela, nau, astroLábio, bússola. (Etc.). Ceuta foi um marco (1415); as Índias, uma.
Ilusão e o Brasil, uma tábua de salvação, Espanha e Portugal.
Avançaram primeiro pelo Atlântico: França Inglaterra e Holanda
Avançaram depois. Impedidos pela mesma razão principal: o desenvolvimento do
capital comercial, a mola do Estado Moderno.”
A expansão lusa deveu-se:
a) À arte náutica da escola de Sagres, fundada pelo infante D. Henrique.
b) À centralização monárquica, em função da aliança com o grupo mercantil emergente.
c) Antes de tudo à conquista de Constantinopla (1453) pelos turcos.
d) Todas as alternativas anteriores estão corretas.
e) Somente as alternativas a e b estão corretas.
16. Antes de preocuparem-se com as Índias os portugueses lançaram-se costas
africanas, pois;
a) Tinham necessidade de se expandir estrategicamente.
b) Buscavam ouro, marfim e a possibilidade de iniciarem o escravismo negro.
c) Necessitavam possuir maiores domínios.
d) Estavam imbuídos do intuito necessário para a pregação cristã.
e) Era caminho obrigatório para se alcançar as Índias.
17. O interesse de metrópole portuguesa com relação ao Brasil residia principalmente
na:
a) Produção de gêneros alimentícios que completassem o déficit europeu de trigo.
b) Compensação de territórios perdidos com a expansão otomana.
c) A obtenção de produtos complementares de sua economia e ratáveis no mercado
internacional.
d) A ampliação do território para que se colocasse o excedente demográfico.
e) A criação de áreas onde o comércio pudesse ser exercido sem entraves protecionistas.
18. No sistema colonial português entende-se por “estanco”:
a) Aos cristãos novos expulsos da metrópole portuguesa por estacarem as possibilidades
da nobreza.
b) As cortes de Coimbra que serviram de palco para as reclamações de mercadores
portugueses.
c) Os privilégios fiscais de que podiam dispor os comerciantes metropolitanos para
enfrentar a concorrência das Cias. de Comércio
d) Os setores econômicos da América portuguesa cuja exploração estava diretamente
reservada à coroa como, por exemplo, o pau-brasil e o sal.
e) As isenções de impostos de que se beneficiaram os mercadores estrangeiros
comerciando na colônia ou na metrópole, com produtos do Brasil.
19. (UFMG) O Tratado de Tordesilhas, assinado em 1494.
a) Foi elaborado segundo os mais modernos conhecimentos cartográficos, baseado nas
teorias do geógrafo e astrônomo grego Ptolomeu.
b) Foi respeitado pelos portugueses até o século XVIII, quando novas negociações
resultaram no tratado de Madri.
c) Nasceu de uma atitude inovadora na época: o de resolver problemas político entre
nações concorrentes pela via diplomática.
d) Resultou da ação dos monarcas espanhóis que resistiram à adoção da Bula
Intercoetera, contrária aos seus interesses.
e) Surgiu da necessidade de definir a possessão do território brasileiro disputado por
Portugal e Espanha.
20. (UFMG) Todas as alternativas apresentam fatores que explicam a primazia dos
portugueses no cenário dos grandes descobrimentos, exceto.
a) A atuação empreendedora da burguesia lusa no desenvolvimento da indústria náutica.
b) A localização geográfica de Portugal, distante do Mediterrâneo oriental e sem
ligações comerciais com o restante do continente.
c) A presença da fé e o espírito da cavalaria e das cruzadas que atribuíam aos
portugueses a missão de cristianizar os povos chamados “infiéis”.
d) O aparecimento pioneiro da monarquia absolutista em Portugal responsável pela
formação do Estado moderno.
21. (Cesgranrio) O início da colonização portuguesa no Brasil, no chamado período
“pré-colonial” (1500-1530), foi marcado pelo (a):
a) Envio de expedições exploratórias do litoral e pelo escambo do pau-brasil.
b) Plantio e exploração do pau-brasil, associados ao tráfico africano.
c) Deslocamento, para a América, da estrutura administrativa e militar já
experimentada no Oriente.
d) Implantação da lavoura canavieira, apoiada em capitais holandeses.
22. Sobre a Expansão Marítima Europeia, analise as afirmativas abaixo:
1) Para a realização da grande aventura marítima, foram fundamentais as descobertas
técnicas da época, não tendo influência a experiência do Navegador.
2) A busca de riqueza foi importante para o envolvimento das pessoas com a navegação
e para a valorização de novos produtos comerciais.
3) O descobrimento do Brasil foi resultado de uma estratégia do grande navegador
Vasco da Gama com a ajuda de Pedro Álvares Cabral.
4) A Expansão Marítima trouxe grandes renovações para a cultura da época e teve,
portanto, claras ligações com as mudanças históricas que levaram à construção dos
tempos modernos.
5) A importância das viagens de Colombo se restringe aos parâmetros de uma aventura
histórica de um grande e idealista da navegação.
Estão corretas apenas:
a) 1, 2 e 5
b) 3 e 4
c) 1, 3 e 5
d) 2 e 4
e) 1, 2, 4 e 5
23. A colonização dos povos da América envolveu conflitos culturais e embates
militares expressivos. Com relação à conquistas dos astecas, feita pelos espanhóis,
podemos afirmar que:
a) A atuação militar dos espanhóis foi que decidiu a derrota dos astecas, devido à
fragilidade do seu exercito e à sua desorganização política.
b) A grandiosidade dos astecas impressionou os conquistadores espanhóis, sobretudo, o
comandante Fernão Cortez.
c) Apesar de sua riqueza, os astecas não tinham conquistas culturais que
impressionassem os europeus; eram apenas bons artesãos.
d) A vitória de Cortez expressou, na época dos grandes descobrimentos, a força
imbatível, do exercito espanhol, aliado dos portugueses na colonização da América.
e) Essa conquista trouxe riquezas para o conquistador Fernão Cortez, rico comerciante
de minérios da época; contudo, as vantagens para o domínio espanhol na América foram
insignificantes.
24 (UFMG) Todas as alternativas apresentam fatores que explicam a primazia dos
portugueses no cenário dos grandes descobrimentos, exceto.
a) A atuação empreendedora da burguesia lusa no desenvolvimento da indústria náutica.
b) A localização geográfica de Portugal, distante do Mediterrâneo oriental e sem
ligações comerciais com o restante do continente.
c) A presença da fé e o espírito da cavalaria e das cruzadas que atribuíam aos
portugueses a missão de cristianizar os povos chamados “infiéis”.
d) O aparecimento pioneiro de monarquia absolutista em Portugal responsável pela
formação do Estado moderno.
25 (FUVEST – SP) – A expansão marítima européia dos séculos XV e XVI permitiu:
a) A formação de domínios coloniais que dinamizaram o comércio europeu.
b) O crescimento do comércio de especiarias pelas rotas do Mediterrâneo.
c) A implantação de impérios coloniais na Ásia, para extração de metais preciosos.
d) O fortalecimento do feudalismo e da servidão na Europa Ocidental.
e) A colonização do tipo mercantilista, sem a interferência do Estado e da Igreja.
26 Sobre o descobrimento, podemos dizer que:
a) Foi um acontecimento casual, uma vez que a burguesia europeia não cogitava
expandir-se.
b) Havia interesse de Portugal em chegar ao Brasil e iniciar imediatamente sua
colonização.
c) Foi fruto da expansão ultramarina realizada pela burguesia europeia, marcando uma
etapa do desenvolvimento comercial europeu.
d) Não se sabia da existência de terras nessa região, o que comprova casualidade do
fato.
e) Nenhuma das anteriores.
27 (FUVEST – SP) – “Porém a terra em si é de muito bons ares, assim frios e
temperados, como os de entre Doiro e Minho, porque neste tempo de agora os
achávamos como os de lá. As águas são muitas, infinitas. E em tal maneira é graciosa
que, querendo-a aproveitar, darse-á nela tudo...”.
Carta de Pero Vaz de Caminha – ed. Crítica de Jaime Cortesão. A Carta de Pero Vaz
de Caminha, Lisboa: Portugália. a.d., p. 256.
Pelo documento ora citado, é possível deduzir:
a) Os portugueses somente procuravam terras com clima semelhante ao de Portugal para
transferir a população do Doiro e Minho.
b) O objetivo de Caminha era atrair os portugueses para as terras do Brasil, pois havia
problemas de clima e a falta de água em Portugal.
c) Caminha, escrivão da esquadra de Cabral, descreve para o rei de Portugal a região
descoberta como um paraíso com o clima e a natureza favoráveis à ocupação.
d) Os portugueses somente procuravam área para o plantio de café e, para isso,
enviaram Caminha como explorador.
28 (UFES) – Entre as causas da expansão marítima, só não se situa:
a) A ascensão socioeconômica da burguesia.
b) A necessidade de se romper o monopólio que as republiquetas italianas exerciam no
Mediterrâneo, em torno das especiarias.
c) A surto florescente do comércio.
d) A necessidade de implantação de novas frentes de consumo, sob a forma de colônias.
e) A evolução náutica.
29. Guidon foi a primeira pesquisadora a afirmar que, no Brasil, estão os mais antigos
restos arqueológicos que registraram a prescrição humana no:
a) Sítio arqueológico da Pedra Furada, na Serra da Capivara, interior do Piauí.
b) Sítio arqueológico da Pedra Lascada, na Amazônia.
c) Estado do Acre, no sítio arqueológico de Pedra Furada.
d) Planalto Goiano, nas proximidades de Brasília.
e) Rio Grande do Sul, à beira da Lagoa dos Patos.
30. (OSEC – SP) – A expansão marítimo-comercial européia foi marcada, desde e seu
início, por uma série de atritos envolvendo, principalmente, Portugal e Espanha. Um
deles referia-se ao descontentamento de Portugal com a partilha legitimada pelo papa
Alexandre VI, a qual tornava possessão portuguesa todas as terras que se encontrassem
a 100 léguas a oeste do arquipélago de Cabo Verde, estão nos referindo:
a) À Bula Intercoetera.
b) Ao Tratado de Tordesilhas.
c) Ao Tratado de Saragoça.
d) À Bula Romanus Pontifex.
31. (FATEC – SP) – Assinale a interpretação mais adequada ao contexto histórico do
descobrimento e posterior exploração colonial do Brasil:
a) O Brasil foi descoberto por acaso, quando os portugueses tentavam evitar as
calmarias do Atlântico; a principal preocupação dos colonizadores sempre foi ocupar a
terra com o excedente de sua população desempregada.
b) Conhecido dos europeus por sua potencialidade aurífera, o Brasil só passou a fazer
parte do Império Português em abril de 1500, quando uma esquadra armada veio ao
Brasil com o propósito de ocupar o novo território.
c) Cabral partiu de Tejo com a missão de garantir o domínio das especiarias da Índia,
mas, no meio da viagem, desviou para tomar posse das terras brasileiras que os lusos
pretendiam incluir no seu Império.
d) Os europeus estavam à procura de colônias que lhes fornecessem matérias-primas e
servissem de mercado para seus produtos industriais. Foi com essa intenção exploradora
que os portugueses aportaram no Brasil.
e) Enquanto contornavam o litoral africano à procura de diamantes, os portugueses
foram levados do Mediterrâneo para o Atlântico pelas águas da corrente de Gilbratar, e
chegaram até a Baía Cabrália, na Bahia atual.
32. Assinale a alternativa de acordo com o que se pede.
(F. Santo André - SP) – O “sentido básico da colonização brasileira”, formulado por
Caio Prado Júnior, só se explica através da expansão comercial européia. Esta afirmação
implica que:
a) A nova colônia portuguesa atendia aos interesses da nobreza por novas terras.
b) A nova terra oferecia de imediato, a solução para a ambição metalista européia.
c) Os recursos naturais do país satisfaziam os propósitos mercantis da burguesia.
d) O Brasil passou a produzir produtos em demanda ao mercado europeu.
e) O novo mundo oferecia produtos de subsistência à metrópole portuguesa.
33. Podem ser considerados fatores que geraram o descaso português pelo Brasil até
1530:
a) Preocupação lusitana em descobrir novas terras e acesso de população em Portugal.
b) Preocupação lusitana de se apropriar das regiões em mãos da Espanha.
c) Preocupação lusitana em consolidar sua dominação nas regiões africanas.
d) Preocupação lusitana com o comércio nas Índias e a escassez de população em seu
território.
e) Preocupação lusitana em desenvolver internamente sua indústria manufatureira.
34. Relacione:
1) Primeira expedição exploradora (1501)
2) Segunda expedição exploradora (1503)
3) Expedição guarda-costas (1516 e 1526)
4)Primeira expedição colonizadora (1529-1530)
5) Primeiro arrendatário do pau-brasil (1502)
(
(
(
(
(
)
)
)
)
)
a) Fernão de Noronha.
b) Martim Afonso de Sousa.
c) Gonçalo Coelho.
d) Gaspar de Lemos.
e) Cristóvão Jacques.
35 (UEPG – PR) – Nos primeiros trinta anos da História do Brasil, Portugal se preocupa
apenas em garantir a sua posse através de expedições __________________, contra
corsários:
A expressão correta a ser colocada na lacuna é:
a) De povoamento.
b) Guarda-costas.
c) Comerciais.
d) Colonizadores.
e) nda.
36. (ESAL – SP) – “Gostaria que espanhóis e portugueses mostrassem onde estar o
testamento de Adão, que dividiu o mundo entre Portugal e Espanha”.
Esta frase mostra o descontentamento do rei francês, Francisco I, com:
a) O comércio das especiarias.
b) As expedições de reconhecimento das terras portuguesas e espanholas.
c) A situação geográfica privilegiada de Portugal e Espanha.
d) Tratado de Tordesilhas.
e) As viagens marítimas européias.
GABARITO
1
2
3
4
A
A
A
B
12
13
14
15
A
C
E
E
31 C
25 A
36 D
24 B
5 E
6 E
7 E
8
9
10
11
E
A
D
E
16 B
17 C
18 D
22 D
23 B
19 C
20 B
21 A
26 C
27 C
28 C
29 A
30 A
32 E
33 D
34
35 B
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