Análise Mercadológica

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Indicadores Macroeconômicos
Análise Mercadológica
P
• Perspectivas Econômicas: A expectativa do crescimento do PIB brasileiro está negativa
em 3,22% para o ano de 2016 comparado a 2015, segundo o Banco Central do Brasil (BCB).
O Fundo Monetário Internacional (FMI) estima contração do PIB do país em 3,3% em 2016
ela primeira vez, país deve registrar dois anos consecutivos de contração na
em relação ao ano anterior. Se confirmado, será a primeira vez que o país registrará dois anos
economia
consecutivos de contração na economia. Para 2017, a estimativa de crescimento do PIB está em
+1,23% segundo o BCB e de +0,5% segundo o FMI.
•Inflação: Em Setembro/2016, o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA)
atingiu 0,08%, o menor índice desde julho de 2014. Desta forma, a inflação acumulada nos
últimos 12 meses reduziu para 8,48%, porém a taxa ainda permanece acima do teto da meta
anual de inflação de 6,5%, definida pelo BCB. A estimativa do Banco Central é que o IPCA
acumulado de 2016 encerre em 6,89% e de 2017 em 5%.
• Taxa de Juros: Em meados de Outubro/2016, o COPOM cortou pela primeira vez em
quatro anos a taxa Selic em 0,25 ponto percentual, baixando a taxa básica de juros para 14%. A
taxa projetada para o fim do ano está em 13,50%, indicativo de que poderá ocorrer novo corte
de juros na reunião de novembro. Para 2017, a estimativa é que a Selic encerre em 11% ao ano
(Boletim Focus).
• Taxa de Câmbio: Em Setembro/2016, a taxa média cambial encerrou em BRL 3,26/USD,
resultando em desvalorização do Real em relação à média de Agosto/2016 (-1,46%). A média
cambial na 1ª quinzena de Outubro/2016 atingiu BRL 3,21/USD, com oscilação entre BRL 3,19 e
3,23/USD e perspectiva de alta influenciada pela possibilidade de elevação da taxa de juro nos
Estados Unidos. Analistas de mercado estimam taxa cambial média de BRL 3,20/USD para o
final de 2016 e de BRL 3,40/USD em 2017.
Crédito: Divulgação
A expectativa de retomada do crescimento da economia brasileira em 2017 e a desaceleração
da alta do dólar nos últimos meses podem contribuir para posicionar o Brasil como o oitavo
56 ANÁLISE MERCADOLÓGICA . B. FOREST
maior PIB global no próximo ano, de acordo com o FMI, ganhando a posição atual da Itália. O
órgão vê sinais de recuperação dos níveis de confiança na economia brasileira, mas indica que
o crescimento previsto para 2017 pode ficar ameaçado caso as reformas estruturais (educação
e melhoria no ambiente de negócios) não avancem.
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B. FOREST
. ANÁLISE MERCADOLÓGICA 57
Índice de preços de madeira em tora no Brasil
Índice de Preço Nominal de Toras de Eucalipto e Pinus no Brasil (Base Jan-Fev/14 = 100)
Tora de Eucalipto:
Tora de Pinus:
Nota de Sortimentos de Tora: Energia: < 8 cm; Celulose: 8-15 cm; Serraria: 15-25 cm; Laminação: 25-35 cm; e Laminação Especial: > 35
cm. Preços de madeira em tora R$/m³ em pé.
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58 ANÁLISE MERCADOLÓGICA . B. FOREST
B. FOREST
. ENTREVISTA 59
Índice de preços de madeira em tora no Brasil
“A retomada de crescimento
Índice de Preço Real de Toras de Eucalipto e Pinus no Brasil (Base Jan-Fev/14 = 100)
Tora de Eucalipto:
ainda será lenta até 2018. A
expectativa do mercado é que
somente após as eleições de
2018 deverão ocorrer reformas
mais profundas.”
Crédito: Divulgação
Tora de Pinus:
60 ENTREVISTA
ANÁLISE MERCADOLÓGICA
. B. FOREST
. B. FOREST
Nota de Sortimentos de Tora: Energia: < 8 cm; Celulose: 8-15 cm; Serraria: 16-25 cm; Laminação: 25-35 cm; e Laminação Especial: >
35 cm. Preços de madeira em tora R$/m³ em pé.
Fonte: Banco de Dados STCP (atualização bimestral).
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B. FOREST
. ANÁLISE MERCADOLÓGICA 61
MERCADO DE PRODUTOS FLORESTAIS | TENDÊNCIAS E PERSPECTIVAS
segundo especialistas, a demanda existe. Os reflorestadores de eucalipto no Estado
ainda mantém, na maioria o manejo voltado a ciclos curtos e produção de madeira fina,
A indústria de base florestal, de maneira geral, está agindo com cautela, na expectativa
o que ainda é uma barreira para o aumento da oferta de madeira deste sortimento.
das reações do mercado relacionadas às recentes mudanças políticas e às reformas
• Comentários - Tora de pinus:
estruturais que estão previstas.
De modo geral, os preços de lenha e de madeira em tora fina de pinus têm apresentado
tendência de queda nos últimos meses. Apesar da alta oferta de tora fina (principalmente
• Comentários - Tora de Eucalipto:
na região Sul), os novos empreendimentos (painéis e celulose) já citados em informativos
Com relação à madeira em tora de eucalipto, permanece alta a oferta de tora fina
anteriores aqui na B. Forest provocaram aumento de demanda. Alguns reflorestadores
principalmente nas regiões Sul e Sudeste. Algumas cooperativas ainda estão consumindo
estão direcionando sua produção de madeira fina mais para clientes do setor de celulose
o estoque de madeira de 2015 e voltarão a comprar somente em dezembro para a
e papel, já que a indústria de painéis ainda não retomou o crescimento.
secagem da nova safra de grãos.
A demanda por toras de pinus acima de 18 cm continua aquecida nas regiões Sul e
Entretanto, segundo algumas empresas produtoras e consumidoras, a demanda por
Sudeste. Algumas empresas estão sem estoque de tora grossa e têm repassado à inflação
madeira de processo aumentou na região Sul. Em setembro, as exportações de celulose
nos preços do produto. No Centro-Oeste, tem sido observada a busca de madeira serrada
aumentaram 8% em valor e volume em relação ao mês de agosto, sendo que cerca de
de pinus na região Sul para abastecer o mercado regional. Alguns produtores florestais
80% das exportações de celulose são de fibra curta (eucalipto). Este aumento também
têm comercializado toras acima de 25 cm, ao invés de esperem atingir diâmetro acima
pode estar relacionado com a desvalorização do Real frente ao Dólar Americano no
de 32 cm, devido à alta demanda de mercado. A venda de toras deste sortimento ao
último mês. Em 2017, a demanda por tora fina (madeira para processo) deve subir na
mercado interno, após período de desaquecimento, voltou a reagir devido aos sinais
região Centro-Oeste, devido ao start-up previsto de uma nova fábrica de celulose.
iniciais de perspectiva de recuperação futura da construção civil. Segundo o Sinduscon,
No mercado de tora grossa, a oferta para sortimentos de maior diâmetro está mais
o crédito imobiliário teve alta de 9,2% em Agosto/2016 em relação a Agosto/2015 e
escassa. A maior parte das empresas que comercializam tora grossa de eucalipto no
a expectativa é que a redução do endividamento das famílias deve reativar o setor
Sul, Sudeste e Centro-Oeste não incorporou a inflação nos custos. No Centro-Oeste,
imobiliário já em 2017. Produtores de florestas plantadas da região Sul começaram a
o mercado de madeira de maior diâmetro desta espécie ainda é incipiente, porém,
observar a redução da inadimplência de clientes que atuam neste segmento.
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62 ANÁLISE MERCADOLÓGICA . B. FOREST
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. ANÁLISE MERCADOLÓGICA 63
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