Análise Mercadológica

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Indicadores Macroeconômicos
Análise Mercadológica
M
• Perspectivas Econômicas: A expectativa do crescimento do PIB (Produto Interno Bruto)
brasileiro em 2016 é negativa em 3,25%, segundo estimativa recente do BCB (Banco Central
ercado de pinus e eucalipto se mantém estável, porém apresenta leve
do Brasil). Se confirmada, será a primeira vez que o País registrará dois anos consecutivos de
aumento em alguns segmentos. Estes são os destaques do boletim
alta contração na economia. Para 2017, a estimativa de crescimento do PIB subiu para +1,10%,
mercadológico elaborado pelos profissionais da STCP.
segundo o BCB. Estas projeções estão sujeitas às incertezas das decisões em curso na gestão
da atual política econômica.
•Inflação: Em Junho/2016, o IPCA (Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo)
atingiu 0,35%, menos da metade do índice de 0,78% de Maio. A inflação acumulada nos últimos
12 meses desacelerou para 8,84%, porém, continua acima do teto da meta anual de inflação
de 6,5%, definida pelo BCB. A estimativa do Banco é que o IPCA acumulado de 2016 encerre
em 7,26% e no próximo ano em 5,30%.
• Taxa de Juros: No início de Junho, o COPOM manteve pela sétima vez seguida a taxa
Selic em 14,25%, em linha com a política econômica da antiga presidência do BCB. Com a
recente mudança no comando da instituição, o mercado financeiro espera o início do ciclo
de redução da taxa Selic a partir de Agosto/2016. A estimativa é que a Selic encerre o ano em
13,25% e em 11% no próximo ano (Boletim Focus).
• Taxa de Câmbio: Em Junho/2016, a taxa média cambial encerrou em BRL 3,42/
USD, resultando em valorização do Real em relação à média de Maio/2016 (+3,35%). Ela foi
influenciada principalmente pela saída do Reino Unido da União Europeia, além da tendência
de queda que já era observava desde o início do ano. A média cambial na 1ª quinzena de
Julho/2016 foi de BRL 3,28/USD, com oscilação entre BRL 3,23 e 3,34/USD. Há perspectiva
de queda influenciada pela proposta de meta fiscal de 2017 e outras medidas econômicas do
novo governo. No primeiro semestre, o BRL se valorizou 25,8%. Economistas estimam taxa
Crédito: Divulgação
cambial média de BRL 3,39/USD no final de 2016 e de BRL 3,50/USD em 2017.
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. ANÁLISE MERCADOLÓGICA 61
Índice de preços de madeira em tora no Brasil
Índice de Preço Nominal de Toras de Eucalipto e Pinus no Brasil (Base Jan-Fev/14 = 100)
Tora de Eucalipto:
Tora de Pinus:
Nota de Sortimentos de Tora: Energia: < 8 cm; Celulose: 8-15 cm; Serraria: 15-25 cm; Laminação: 25-35 cm; e Laminação Especial: > 35
cm. Preços de madeira em tora R$/m³ em pé.
Fonte: Banco de Dados STCP e Banco Central do Brasil (IPCA).
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. ENTREVISTA 63
Índice de preços de madeira em tora no Brasil
“De modo geral, os preços
Índice de Preço Real de Toras de Eucalipto e Pinus no Brasil (Base Jan-Fev/14 = 100)
Tora de Eucalipto:
de madeira fina de pinus se
apresentam
estáveis
com
leve tendência de queda
no
bimestre
de
Maio-
Junho/2016.”
Tora de Pinus:
Foto: Divulgação
Nota de Sortimentos de Tora: Energia: < 8 cm; Celulose: 8-15 cm; Serraria: 16-25 cm; Laminação: 25-35 cm; e Laminação Especial: >
35 cm. Preços de madeira em tora R$/m³ em pé.
Fonte: Banco de Dados STCP (atualização bimestral).
64 ENTREVISTA . B. FOREST
B. FOREST . ANÁLISE MERCADOLÓGICA 64
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. ANÁLISE MERCADOLÓGICA 65
• Comentários - Tora de Eucalipto:
de painéis de madeira, que comercializam este tipo de tora, têm mantido os preços
Em linhas gerais, grande parte das empresas brasileiras ainda aguarda as definições
deste sortimento, devido à estagnação da economia com consequente impacto sobre
políticas quanto ao rumo do governo federal previsto para Agosto e indicadores de
a demanda regional por este tipo de tora.
retomada econômica para a tomada de decisões. De acordo com última pesquisa
do Instituto Datafolha, a população demonstra confiança na queda da inflação, na
• Comentários - Tora de pinus:
manutenção do emprego e no aumento do poder de compra. Esse otimismo é o maior
De modo geral, os preços de madeira fina de pinus se apresentam estáveis com
registrado desde dezembro de 2014.
leve tendência de queda no bimestre de Maio-Junho/2016. Na região Sul, algumas
No setor florestal, o preço da lenha (energia) na região Sul se manteve em queda no
empresas integradas da indústria de painéis reconstituídos registraram aumento da
mês de Junho com as cooperativas agrícolas consumindo a sobra de madeira utilizada
demanda por toras finas (celulose e painéis) e de toras médias (serraria I) em função
na secagem de grãos da safra anterior. Em alguns casos, a soja tem chegado mais seca,
do start-up de grande empresa do setor de celulose. Por outro lado, alguns produtores
reduzindo o volume necessário de biomassa florestal. Na região Sudeste, a expectativa
florestais na região Sul tiveram que reduzir o preço da madeira de processo devido à
é que a demanda por madeira fina se eleve no curto prazo, pois as usinas siderúrgicas
grande oferta de mercado do sortimento de 8-18 cm.
aumentaram em cerca de 10% o preço do aço brasileiro no início deste mês (Julho/16).
Algumas empresas aproveitaram a demanda aquecida por toras entre 16-24 cm
Em Junho, houve aumento de 15% nas exportações de celulose, em valor e em
e conseguiram repassar no preço da madeira o aumento no custo de mão de obra
volume em relação a Maio. Cerca de 80% das exportações de celulose são de fibra
e inflação. Porém, alguns produtores florestais na região Centro-Oeste mantiveram
curta (eucalipto). Apesar da valorização do Real Brasileiro frente ao Dólar Americano
os preços estáveis, mas esperam conseguir aumentá-los nos próximos meses, pois,
nos últimos meses, as exportações indicam aumento na produção de celulose no país.
a oferta de madeira de pinus nesta região é insuficiente para suprir as serrarias que
Com relação ao mercado de tora grossa, para serraria e laminação, se observou
atendem os segmentos de construção civil, móveis, painéis e madeira serrada para
pequeno aumento nos preços médios no bimestre de Maio-Junho/2016. Serrarias
exportação. Com relação às toras acima de 25 cm, produtores em geral relatam queda
da região Sul mencionam encontrar toras de maior diâmetro (principalmente > 30
nas vendas apesar do preço se manter estável. Isto está relacionado ao enfraquecimento
cm) está cada vez mais difícil, com tendência de aumento nos preços por parte dos
da demanda por madeira serrada, em função da forte retração da construção civil no
produtores florestais para toras acima de 18 cm. Na região Sudeste, empresas integradas
mercado nacional.
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