UNIVERSIDADE CASTELO BRANCO MATEMÁTICA SOCIOLOGIA GERAL FICHAMENTO DO INSTRUCIONAL SOCIOLOGIA GERAL PROFESSOR: LUIZ CLAUDIO DEULEFEU ALUNO: DÁRIO TAVARES LOPES MATRÍCULA: 2004110295 1º SEMESTRE – JULHO DE 2008 UNIDADE I A Sociologia e Sua História 1.1 - A Sociologia e o Homem (p. 15) (parágrafo 1) ...devemos destacar o estudo do homem, enquanto indivíduo e ser social, para melhor analisarmos as relações de poder e prestígio, bem como os valores pessoais e/ou sociais que envolvem essa relação. 1.2 - Conceito de Sociologia (p.16) (parágrafo 1) A Sociologia é uma ciência que se define não por seu objeto de estudo, mas por sua abordagem, isto é, pela forma com que pesquisa, analisa e interpreta os fenômenos sociais. 1.3 – Objetos de Estudo (p. 16) (parágrafo 1) ... Um acontecimento, ou comportamento é sociológico quando sobre ele se debruça o sociológico, tentando entendê-lo nos aspectos que dizem respeito às relações entre os homens e às raízes de seu comportamento. 1.4 – Ciência: Ramo de Conhecimento (p.16) (parágrafo 6) ... Nos últimos quatrocentos anos, em particular a partir do séc. XVII, vimos assistindo ao crescente progresso desse conhecimento - a ciência - destinado à descoberta das relações entre as coisas, das leis que regem o mundo natural. (...) No seio desse movimento de idéias, surgiu no séc. XIX uma ciência nova – a Sociologia, ciência da sociedade. (p.17) (parágrafo 9) A partir de então o homem começou a desenvolver métodos e instrumentos de análise capazes de traduzir sua experiência social de maneira científica. 1.5 – A Sociologia Pré-científica (p.17) a) Renascimento (parágrafo 6) ... o pensamento social no Renascimento se expressa na criação imaginária de mundos ideais que simbolizam como a realidade deveria ser. A visão laica da sociedade e do poder (p.18) (...) Em relação ao desenvolvimento do pensamento sociológico, Maquiavel teve mais êxito do que Thomas Morus, na medida em que seu objetivo foi conhecer a realidade tal como se lhe apresentava, em vez de imaginar como ela deveria ser. b) A ilustração e a sociedade contratual: uma nova etapa do pensamento burguês (p.18) (parágrafo 4) ... a burguesia propunha agora formas de governo baseadas na legitimidade popular. A filosofia social nos sécs. VXII e XVIII (Descartes, Diderot, Rousseau, Locke e Smith) (p. 18) (...) O controle das relações humanas surgia, portanto, da própria dinâmica da vida econômica e social, dotada de uma racionalidade intrínseca cuja descoberta era a principal meta dos estudos científicos. c) A crise das explicações religiosas e o triunfo da ciência (p.19) (parágrafo 2) As idéias de progresso, racionalismo e vitória do homem sobre a natureza exerceram todo seu encanto sobre a mentalidade da época (séc. XIX). (parágrafo 3) Começaram, então, as discussões em torno do método científico: a indução (...) e a dedução (...). 1.6 – A Sociologia Clássica (p.19) a) Positivismo – uma primeira forma de pensamento social. (p. 19) (parágrafo 1) ... seu representante e sistematizador foi o pensador francês Auguste Comte (1798-1857). (parágrafo 5) Charles Darwin (1859), cientista inglês, nessa época muito contribuiu com sua teoria da evolução biológica das espécies animais. (parágrafo 7) ... foi o pensamento que glorificou a sociedade européia do séc. XIX ... Procurava resolver os conflitos sociais por meio da exaltação à coesão, à harmonia natural entre os indivíduos, ao bem-estar do todo social. A Sociologia de Durkheim (p.20)(...) Durkheim e seus colaboradores se esforçaram em emancipar a Sociologia das filosofias sociais e constituí-la definitivamente como disciplina científica rigorosa. Características dos fatos sociais (p. 20): Coerção social. Exteriores aos indivíduos. Generalidade. b) A Sociologia alemã: Max Weber (p.20) (parágrafo 5) Para ele, a pesquisa histórica é essencial para a compreensão das sociedades. Seu objetivo de investigação é a ação social, a conduta humana dotada de sentido. c) Karl Marx e a história da exploração do homem (1818-1883) (p.21) Materialismo histórico – a corrente mais revolucionária do pensamento social nas conseqüências teóricas e na prática social que propõe. Teoria Marxista – dimensão de ideal revolucionário e ação política efetiva. Influências básicas: (Marx) (p.21)(...) Para Marx (1848), o estudo do modo de produção é fundamental para se compreender como se organiza e funciona a sociedade.(...) Para Marx, a ciência não dependia da objetividade, mas de uma consciência crítica.(...) O marxismo é também uma ética baseada em princípios dignificantes... Antônio Gramsci (1891-1937) (p.22) (...) Nos seus escritos do cárcere, que vieram à luz pela primeira vez na Itália, Gramsci mostra a importância e a necessidade do livre curso das idéias.(...) Renovação radical da sociedade e da história, o marxismo se identifica, em Gramsci, com a fundação de uma nova cultura.(...) Gramsci influencia todos aqueles que lutam por uma renovação democrática e humanista da cultura e da sociedade. Habermas (Jürgen) (p.22)(...) Habermas é considerado o último representante da teoria crítica da sociedade. UNIDADE II Socialização, Comunidade e Sociedade 2.1 – Socialização (p.24) a) Perpetuação da sociedade pela socialização (...) socialização é o processo pelo qual os “novatos” de uma sociedade são preparados para o convívio... b) Formação da sociedade pela socialização (...) o homem simultaneamente torna-se membro útil da sociedade e pessoa social ... c) Mecanismos sociais de socialização (...) educação; experiências sociais; participação em atividades sociais. 2.2 – Comunidade e Sociedade: conceitos e características (p.24) a) Conceitos (p.24) (a) “Comunidade” e “Sociedade” são, às vezes, usados como termos antitéticos... (b) De acordo com a literatura mais moderna, vamos entender por comunidade um conjunto de pessoas que encontra numa determinada área geográfica, em que convive, satisfação de quase todas as suas necessidades sociais. (p. 25) (c) O termo sociedade é ambíguo (...), pois, por um lado, dizemos que vivemos “em sociedade” e, em outros contextos, referimo-nos a uma ou a várias sociedades. b) Características das sociedades (p.25) (a) A duração temporal de uma sociedade ultrapassa o período de vida dos indivíduos componentes. (b) A sociedade é multifuncional, isto é, ela não serve à satisfação de certas e limitadas necessidades. (c) Ela é, tal como a comunidade, um grupo local, ou seja, localizado em determinado território... (d) ... as sociedades têm, cada qual, sua cultura peculiar. 2.3 – Tipos de Sociedades (p.25) a) Um povo possuir, ou não, linguagem escrita influi decisivamente na extensão e flexibilidade do seu sistema de comunicações e na natureza e amplitude do patrimônio cultural que consegue transmitir de uma geração à outra. (p.26) b) Sociedades podem ser simples ou complexas, independentemente de terem ou não escrita. c) Comparando várias sociedades coexistentes, ou uma mesma sociedade em diferentes fases da vida, notamos que podem ser muito diferentes os graus de estabilidade da sua vida social. d) (...) o desenvolvimento (...) trata-se da transformação de sociedades estáticas pela adoção de tecnologia moderna em benefício do nível geral do padrão de vida da população. e) Quase sempre o que consideramos uma “sociedade” corresponde a um estado, isto é, é regido por um sistema de poder político. 2.4 – As Instituições Sociais (p. 26) (parágrafo 1) Por instituição social há de entender-se (...) uma configuração de conduta integrada, duradoura, organizada no meio social. (exemplos: a família, a escola, a igreja, o Estado) (p.27) (3 últimos parágrafos) Povo refere-se a um agrupamento humano com cultura semelhante e antepassados comuns. (...) Nação é um povo fixado em determinada área geográfica. (...) Estado é uma nação politicamente organizada... 2.5 – A Vida em Sociedade (p.27) a) Grupo social. (parágrafo 1) Um grupo não é apenas a soma de indivíduos, mas sim um conjunto que nasce, adquire a sua própria individualidade e, como pessoa, evolui. (p. 28) b) Contato social. (parágrafo 3) Os processos básicos mais comumente considerados no estudo da Sociologia Contemporânea são a cooperação, a competição, o conflito e a assimilação. c) Interação social. (parágrafo 2) ... embora possa ser entendida como ação recíproca, semelhante à que se processa entre os seres não-racionais, tem como característica o fato de que tal ação é consciente, implicando não apenas em modificação de comportamento como também em autoconhecimento desta modificação. (p.29) d) Isolamento social. (parágrafo 1) ... ausência de qualquer forma de contato de um indivíduo com os outros seres de sua espécie. (p.30) e) Controle social. (parágrafo 1) ... soma de processos que a sociedade lança mão para poder obter dos indivíduos e grupos que a constituem uma conduta enquadrada nas expectativas gerais de comportamento. (p.32) f) Institucionalização das normas de comportamento. (parágrafo 1) Dizemos que uma norma de comportamento está institucionalizada quando as expectativas do grupo em relação a ela são bastante definidas, e quando a maior parte dos membros do grupo a aceita como válida e a cumpre efetivamente. UNIDADE III Processos Sociais Básicos 3.1 – Competição e Rivalidade (p.38) (parágrafo 1) A competição é um fenômeno fundamental; ocorre de maneira generalizada na vida orgânica e assume aspectos peculiares na vida humana, dando, em circunstâncias especiais, origem à concorrência, à rivalidade e ao conflito. 3.2 – Conflito e Acomodação (p.38) Conflito (p.38) (parágrafo 1) (...) processo em que duas ou mais pessoas ou grupos tentam ativamente frustrar os propósitos uns dos outros e impedir a satisfação de seus interesses, chegando inclusive a lesar ou destruir o adversário. Acomodação (p.39) (parágrafo 1) (...) processo social, consciente ou inconsciente, que consiste em alterar as relações funcionais entre pessoas e grupos, a fim de evitar reduzir ou eliminar conflitos e favorecer o ajustamento recíproco. (parágrafo 6) A educação da criança, por exemplo, é um processo em que se alternam constantemente fases de cooperação, de competição, de conflito e de acomodação, cada uma delas atendendo a peculiaridades da relação criança-meio social. 3.3 – Cooperação e Assimilação (p.40) Cooperação (p.40) (parágrafo 1) (...) ação coletiva, integrada, com vistas a um fim comum. (parágrafo 5) (...) está ligada a um certo grau de necessidades que não pode ser tão intenso e dramático a ponto de suscitar formas extremas de comportamento egoísta. Igualmente, não pode ser tão reduzido que possa prescindir da ajuda dos outros. Assimilação (p.41) (parágrafo 1) (...) processo pelo qual indivíduos ou grupos, originalmente diferentes, fundem-se em uma unidade homogênea. (...) consiste, em última análise, não tanto em eliminar as diferenças, mas em dar ênfase às semelhanças, identificando-se as partes, em função de seus pontos comuns. UNIDADE IV Valores Sociais e o Indivíduo 4.1 – Atitudes, Interesses e Valores (p.44) a) A motivação do indivíduo aparece no mundo social quando se fixa em determinado objeto ou numa categoria de objetos. Fala-se, então, da atitude de uma pessoa em relação a esse objeto, ou seja, da sua disposição interior para agir em relação a ele, de certa maneira. b) Tendo atitude em relação a um objeto, a pessoa atribui-lhe valor, que como a atitude, pode ser positivo ou negativo. c) Interesse é a relação existente entre um objeto valorizado e a pessoa que para com ele tenha atitude. 4.2 – Atitudes, Interesses e Valores Sociais (p.44) a) ... a formação de atitudes resulta, em última análise, também da reelaboração de padrões sociais. Nesse sentido toda atitude é social. b) ... Podemos dizer que interesses convergentes podem dar origem a interesses comuns (...) e os interesses paralelos poderão transformar-se em competitivos e contrários à associação. c) Valores sociais são aqueles para os quais se voltam interesses convergentes ou comuns. 4.3 – Desejos fundamentais do Homem (p.44) a) A motivação humana é complexa. b) Esses quatro tipos de desejos (de correspondência afetiva, de merecer consideração, de segurança física e psíquica e de novas experiências) seriam independentes um do outro e a satisfação de um deixaria insatisfeitos os demais. (p.45) c) Esta teoria serviu para W. I. Thomas (sociólogo americano) explicar desajustamentos sociais de pessoas, mas ela ilumina, também inversamente, a fonte dos interesses e a função dos valores sociais como expressões de importantes necessidades de muitos indivíduos e como meios promotores de sua organização em grupos.