Pensamentos Iluministas John Locke: Caso o governante não tenha sucesso em garantir os direitos de todos, a sociedade passa a ter o direito de substituí-lo. Declaração de Independência das 13 colônias Início: 4/07/1776 – Declaração de Independência Término: Reconhecimento da Inglaterra da Independência dos EUA em 1783. Revolução Francesa Início: Em 1789 com a Queda da Bastilha Término: Em 9/11/1799 – Napoleão dá um golpe (18 Brumário) e torna-se Primeiro Cônsul da França, consolida os valores burgueses no poder. Aula 34: A América Inglesa A independência das 13 Colônias foi elaborada pelas Classes sociais dominantes da época. Colonos do Norte: Colonização de povoamento. Pobres e escravos foram “esquecidos”. Mão-de-obra livre, economia baseada no comércio, pequenas propriedades e produção para o consumo do mercado interno. Certo “desinteresse da metrópole” por essa região. Norte e Sul tinham “certa autonomia política”. Ex: governadores eleitos pela população local. Colonos do Sul: Colonização de exploração. Produtos tropicais. Propriedades no plantation e com mão-de-obra escrava. Seus produtos deveriam ser exportados para a Metrópole. Ex: Tabaco e algodão. O Processo de Independência nas 13 colônias No final do séc. XVII Aumento do controle da Metrópole sobre as colônias (em breve haveria a Revolução Industrial): - Governadores seriam escolhidos pela Inglaterra Rivalidade econômica entre Inglaterra e França: Guerra dos Sete anos (1756-1763). Os colonos dos EUA conquistam terras francesas ao oeste do continente. Para recuperar-se financeiramente da guerra, a Inglaterra passa a cobrar mais impostos. Lei do Açúcar (1764) com forte tributação sobre o açúcar e sobre melaço de rum. Lei do Selo (1765) onde todo documento deve ter um selo da metrópole. Leia do Chá (1773) onde houve aumento do preço do produto e monopólio exclusivo da venda do chá na América do Norte pela Companhia das Índias Ocidentais. 1º. Resultado: Congresso da Filadélfia (1774) para acabar redigir decretos que acabassem com as “Leis intoleráveis” da Inglaterra. Não teve sucesso. Em 1776: Segundo Congresso da Filadélfia e a Declaração de Independência das 13 colônias. 2º. Resultado: França ajuda na Independência (O inimigo do meu inimigo é o meu amigo). Isso irá gerar uma crise financeira na França que resultaria em um dos elementos desencadeadores da Revolução Francesa. 3º. Resultado: República Federalista (autonomia para os Estados) e divisão do poder pensada por Montesquieu: Executivo, Legislativo e Judiciário. Aula 35 e 36 A Revolução Francesa Quadro Social da França O Processo da Revolução Francesa (1789-1799) Principais razões da Revolução - - Absolutismo dos Bourbon (desde 1614, a Assembleia dos Estados-Gerais não era convocada). Ou seja, desde 1614 os três Estados não era convocados para discutir sobre as leis. Crise financeira: finanças do Estado eram confundidas com finanças reais, desordem administrativa, desperdício da corte, problemas gerados pela Guerra dos Sete Anos (Inglaterra) e pela ajuda na Independência dos EUA. A burguesia não conseguia se desenvolver devido ao pensamento Absolutista. Terceiro Estado marginalizado: pobres passando fome, burguesia arcando com os privilégios dos outros Estados. Problemas de clima, secas e inundações pioravam ainda mais a situação da agricultura fazendo com que os preços subissem. Um quilo de pão chegou a custar um mês de salário de um operário/artesão). Ideias Iluministas, entre elas: Liberdade, Igualdade e Fraternidade. Para a Burguesia: Liberdade era expressar seus pensamentos e comercializar sem nenhuma barreira do governo. Para os Trabalhadores Rurais: Liberdade era livrar-se da submissão dos senhores do campo. Para os Sans-culottes (aprendizes de ofícios, assalariados, desempregados) e pobres em geral: Liberdade era o direito de negociar um melhor salário e opinar no destino do país. O Processo da Revolução Francesa (1789-1799) Em 1789 o rei convoca a Assembleia dos Estados-Gerais para discutir a situação do país, mas há um choque: Primeiro e Segundo Estado: Defendiam a votação por Estado Implicaria sempre na vitória dos dois Estados contra o Terceiro X Terceiro Estado Tinham maior número de representantes Votação por deputado (por cabeça) Luís XVI vendo que não haveria entendimento entre os Estados: dissolução dos Estados Gerais. O Terceiro Estado rebela-se e declaram-se em Assembleia Nacional Constituinte. Tomada da Bastilha (símbolo da opressão do Absolutismo) em julho de 1789. Declaração dos Direitos do Homem e do Cidadão em agosto de 1789. Primeira Constituição da França em setembro de 1791. 3º Estado dividido Girondinos Não se opunham à Monarquia, mas queriam o poder dado ao Parlamento. Queriam pagar menos impostos e ter mais liberdade econômica. Eram a favor da escravidão nas colônias. Não queria fazer grandes melhorias para os camponeses e trabalhadores urbanos. Sentavam-se no lado DIREITO da sala da Assembleia Nacional. Lado mais “conservador”. Jacobinos Contrários à Monarquia e simpatizantes da República. Para eles todos os cidadãos deveriam ter direitos de voto. Eram favoráveis ao tabelamento de preços e ao fim da escravidão. Mais próximos dos setores mais populares e pobres da sociedade. Queriam uma reforma agrária. Sentavam-se no lado ESQUERDO da sala da Assembleia Nacional. Lado mais “radical e popular”. A Criação da República Francesa Junho de 1791: A família real tenta fugir da França para se unir com a Áustria e Prússia. Setembro de 1972: deputados aboliram a Monarquia Luís XVI é condenado a morte. Morto em janeiro de 1793. Setembro de 1792: O grupo dominante na Assembleia é o dos Girondinos. No entanto, os Sans-culottes consideravam a burguesia uma nova “aristocracia” dominante. Jacobinos estavam dispostos a ouvir os Sans-culottes. Eles prometiam salvar a República. Jacobinos assumem o poder: voto universal masculino, constituição, abolição da escravidão nas colônias francesas, fim da escravidão por dívidas. Comando de Robespierre (1758-1794), o incorruptível. Ele perseguia “todos” os inimigos da república (padres, nobres, camponeses, jacobinos). Período do Terror. Funcionamento da Guilhotina com frequência (17 mil mortes oficiais). Em 1794, Robespierre é preso (conspiração) e guilhotinado pelos Girondinos durante o Golpe do Termidor. Um novo governo girondino surge: O Diretório. O Golpe do 18 Brumário As guerras e conquistas militares desse período mostram que há uma pessoa forte e capaz de “dominar” a massa: Com Napoleão - Poder era centralizado no Executivo A alta burguesia apostava em Napoleão para consolidar seus valores - Golpe do 18 Brumário (09/11/1799): foi um golpe de Estado comandado por Napoleão Bonaparte na França. Através deste golpe, Napoleão colocou fim ao Diretório e iniciou a ditadura na França. - Após a queda do Diretório, foi criado o Consulado e Napoleão se tornou o primeiro-cônsul da França, governando com poderes absolutos. Aula 37 Período Napoleônico e o Congresso de Viena O Período Napoleônico Em 1800: Nova constituição na França. O Poder Executivo seria exercido pelo Consulado (Napoleão Consul) Medidas de Sucesso: Banco da França, Moeda (Franco), Ensino passou a ser de responsabilidade do Estado, Criação de liceus, escolas responsáveis pela formação de militares, escolas de direito, política e técnica naval, Código Civil ou Código Napoleônico (baseado no direito romano) garantindo a igualdade perante a lei, deito de escolher a profissão, direito de propriedade etc. Em 1804: plebiscito e recebe o título de Imperador. Para eliminar seus inimigos internos: perseguições, mortes e fim da liberdade de imprensa. Para eliminar os inimigos externos: Guerras (propagando a liberdade, o fim do absolutismo e a incorporação de territórios) e o Bloqueio Continental (a partir de 1806 p/derrotar a Inglaterra). No entanto, devido ao Bloqueio: Invasão da Rússia (610 mil homens e 90% de mortes) e a invasão na Espanha (Independência nas Américas Espanholas). A queda e o Congresso de Viena Em 1813, forças aliadas da Áustria, Prússia e Suécia derrotam Napoleão em Leipzig (Alemanha atual). Ele é exilado para a ilha de Elba. Em 1815 ele retorna durante 100 dias, mas em uma nova batalha (Waterloo) perde e é exilado. Faleceu em 1821. Congresso de Viena (1814-15) – Áustria, Prússia, Rússia, Inglaterra e França - Refazer o mapa “destruído” por Napoleão (fronteiras e dinastias). - Equilíbrio: sistema de forças igualitário para combater os novos “Napoleões” (Santa Aliança) OBSERVAÇÃO: A Inglaterra luta contra as ideias de Napoleão, mas seu país está pronto para viver e disseminar a primeira grande REVOLUÇÃO INDUSTRIAL. Aula 38 A emancipação das colônias espanholas na América Emancipação das Colônias Espanholas Fatores Externos - Disseminação dos Iluminismo, com ênfase na liberdade e autodeterminação do próprio destino. - Exemplo da independência dos EUA - Progresso da Revolução Industrial mostra que é preciso se modernizar e existir um livre comércio - Revolução Francesa e o domínio de Napoleão sobre a coroa espanhola em 1807. - Apoio da Inglaterra (na busca de novos mercados) e dos EUA (“América para os Americanos” – Doutrina Monroe em 1823) Fatores Internos - Grande exploração da metrópole espanhola: Metrópole empobrecida dependia demais das colônias. - Descontentamento das camadas populares (escravos, índios, comerciantes, elites locais) - Elite criolla queria derrubar os chapetones (altos funcionários da coroa espanhola, nascidos na Espanha) O movimento criollo Com o domínio de Napoleão, muitas colônias instalaram “Juntas Provisórias de Governos” lideradas pelos pela elite criolla. Após a queda de Napoleão, a coroa espanhola rejeitou a autoridade das “Juntas Provisórias” e passou a planejar a recolonização da América espanhola. Desse conflito surgem os “libertadores da América” e as guerras pela emancipação das colônias espanholas. Queria a união de todos as nações da América (Bolivarismo) Queria uma Monarquia Constitucional Bolívar convocou o Congresso do Panamá (1826) para unificar a América Latina, mas EUA, Inglaterra, as elites locais e o Brasil rejeitaram a ideia. Após a independência, a América latina ficaria destinada a fragmentação: - Discriminação social entre mestiços, índios e negros - Lutas internas pelo poder: Caudilhismo. Caudilhos: chefes políticos locais (ex: donos de lavouras de exportação) que irão lutar entre si pela disputa do controle do Estado, gerando futuramente diversas ditaduras. Em geral eram líderes autoritários, conservadores, paternalistas e das elites locais. Muitos consideram Hugo Chávez um Caudilho. No Brasil, há linhas de pensamento que consideram Getúlio Vargas como caudilho. As rebeliões populares da América Espanhola No Peru: Rebelião de Tupac Amaru, em 1780-1781. Revolta contra a violência no trabalho acabou gerando uma revolta indígena: 80 mil mortos. No México: Padres Hidalgos e Morelos, em 1810. Lutaram contra o domínio dos espanhóis e o poder dos grandes proprietários: ambos os líderes mortos. No Haiti: colônia da França, grande exportadora de açúcar e controlada por uma elite branca. Início em 1791, com a revolta dos escravos (90% da população), mulatos e ex-escravos, liderada por Toussaint L’Ouverture (ex-escravo). Com a derrota dos Jacobinos na França, Napoleão tenta recolonizar a ilha, mas em 1804, o ex-escravo e novo comandante da luta, Dessalines enfrenta as tropas francesas e declara o Haiti como o SEGUNDO país a oficializar a independência na América e a PRIMEIRA NAÇÃO NEGRA INDEPENDENTE da história americana. A Revolução Industrial A parti da metade do século XVIII, a economia da Inglaterra começa a mudar. Há diversas substituições: - Substituição da ferramenta pela máquina (têxtil) e o uso do tear mecânico Substituição da força humana pela força motriz (energia hidráulica e a vapor) Substituição do sistema artesanal pelo sistema fabril. Motivos: - A burguesia acumulou capital desde a Revolução Gloriosa que instaurou um Parlamento Cercamentos: avanço dos nobres ingleses sobre as áreas comuns (áreas rurais) e obrigando a população a ir para a cidade (êxodo rural). Isso gera também uma mão-de-obra disponível nas cidades. Desenvolvimento de tecnologias e equipamentos. Consequências: - Divisão das tarefas dentro das fábricas Imposição da disciplina e a vigilância do trabalhador (imposição de postura e ritmo de trabalho) Antes era a manufatura (manus + facere (fazer com as mãos): como trabalho, atividade que se realiza em máquina caseira ou manualmente. Agora: Maquinofatura (trabalho mecanizado). Trabalhos cansativos, repetitivos, com baixa remuneração. Primeiras manifestações operárias contra o trabalho das fábricas: O Ludismo (movimento ludita liderado por Ned Ludd). Questionamentos da atualidade Vivemos uma terceira revolução industrial? Será que os homens ainda perdem emprego por causa das máquinas? Quais são as profissões do Futuro? Onde há emprego garantido atualmente? Quais as “doenças” geradas pelos empregos hoje? Há diferença entre Emprego e Trabalho?