REVOLUÇÃO FRANCESA Professor Marcelo Pitana REVOLUÇÃO FRANCESA (1789 – Queda da Bastilha) Antecedentes: - Ideais iluministas (liberais); - Abuso de poder da nobreza; - Pompa das cortes; - Déficit orçamentário; - Crise produtiva; * Luis XVI, orientado pelo 1° ministro Necker convoca os Estados Gerais a fim de encontrar uma solução para a grave crise econômica da França. - Acordos econômicos desastrosos; - Altos impostos. Estados Gerais: 1° Estado (Clero) 2° Estado (nobreza) 3° Estado (Burguesia e povo) Reivindicações do 3° Estado: * Mudanças no sistema eleitoral; * Igualdade de direitos; * Votação de uma constituição para a França. - O rei dissolve a reunião, mas o 3° Estado não se dá por vencido e reúne-se em separado a fim de votar uma constituição para a França. (1ª fase) – Assembléia Nacional Constituinte. Determinações da nova constituição: - Abolição dos privilégios feudais; - Membros do clero tornam-se funcionários do estado; - Aprovada a “Declaração dos Direitos do Homem e do Cidadão”; - Mantida a escravidão das colônias francesas. Sans Culottes * Os “Sans Culottes” tomam a prisão política da monarquia (Bastilha – 1789). * Luis XVI é preso ao tentar fugir da França e conspirar com outras nações monárquicas. * A alta burguesia domina a assembléia e institui uma “Monarquia Parlamentar” com voto censitário. (2ª fase) – Assembléia Legislativa. * Surgem os partidos políticos e as conspirações palacianas. Criação dos aparatos de estado: * “Comitê de Segurança Pública” – Encarregado de prender suspeitos de traição; * “Tribunal Revolucionário” – Julga os crimes dos contrarevolucionários; * “Comitê de Salvação Pública” – Controlava o exército e a polícia francesa. (3ª fase) – Convenção Nacional. Luis XVI Consolidação dos partidos políticos: * Partido Girondino – Alta burguesia aliada à nobreza. Temiam a continuidade da revolução; * Partido Jacobino – Pequena burguesia aliada ocasionalmente ao povo. Exigiam a “radicalização” da revolução; * Luis XVI e sua mulher Maria Antonieta são executados. * Os jacobinos dominam a Convenção. É proclamado a República Francesa: * Abolida a escravidão nas colônias francesas; * É proibida a escravidão por dividas; * Tabelamento dos preços de produtos; * Desapropriação das grandes propriedades; * Instituído o voto universal. * Áustria, Inglaterra, Prússia e Rússia atacam a França, mas são derrotados pelas “comunas” e pelo exército nacionalista. Maria Antonieta • Sob a batuta de Robespierre, os jacobinos dão inicio a “Fase do Terror”, em resposta ao assassinato do líder popular Marat. Assassinato de Marat * A população pede o fim do terror (9 termidor), e sem apoio popular Robespierre acaba na guilhotina. Cresce a influência dos girondinos no governo. (4ª fase) – Diretório. * A nova constituição obriga o desarmamento dos “Sunsculottes”. * Instituído o voto censitário, que excluí da política a maioria esmagadora da população. * Nova tentativa de invasão estrangeira, contida pelo exército sob liderança de Napoleão Bonaparte. • Napoleão, admirado pelo povo, e apoiado pela alta burguesia, impõe o “Golpe 18 Brumário/nevoeiro ”, pondo fim à revolução popular e instituindo uma série de reformas que visavam modernizar a França. . Características da “Era Napoleônica”: * Napoleão impõe o CONSULADO; * Combate as oposições ao governo napoleônico; * A França impõe o BLOQUEIO CONTINENTAL; * Expansionismo francês sobre a Europa; * Invasões napoleônicas: * Governo dos Cem Dias (após fuga em 1915, Napoleão regressa à França e depõe o rei Luis XVIII. Após cem dias de governo, na Batalha de Woterloo, Napoleão é derrotado e preso novamente. Napoleão em seu trono imperial / Jean-Auguste (1803-1806). IMPÉRIO NAPOLEÔNICO O Congresso de Vienna (Áustria, Inglaterra, Rússia, Prússia e França), definiu entre suas diretrizes: * Restauração – restituição dos domínios territoriais dos governos europeus invadidos por Napoleão. * Legitimidade – volta ao poder das monarquias depostas por Napoleão. * Solidariedade – aliança entre as monarquias européias para reprimir as ondas liberais e democráticas deflagradas pela Revolução Francesa. * Santa Aliança – Em 1815, as monarquias européias tradicionais e cristãs formaram uma aliança para defender-se mutuamente contra qualquer tipo de onda revolucionária inspirada no liberalismo democrático.