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REVISÃO DE LITERATURA COMO SUBSÍDIO À COMPREENSÃO DA RELAÇÃO
ENTRE COMPACTAÇÃO DO SOLO E ESCOAMENTO SUPERFICIAL
(2012) 1
CARDIAS, Marcia Elena de Mello²; VARGAS, Luciani Vieira de²; SOUZA,
Bernardo Sayão Penna e³
1
Trabalho de Pesquisa _UFSM
² Curso de Geografia da Universidade Federal de Santa Maria – Santa Maria – RS – Brasil
³ Professor Associado 2 do Departamento de Geociência da Universidade Federal de Santa Maria –
Santa Maria – RS – Brasil
E-mail: [email protected]; [email protected]; [email protected].
RESUMO
A questão dos problemas ambientais relacionados à compactação do solo e erosão são diretamente
compreendidos por condicionantes geomorfológicos, como a porosidade e permeabilidade. Tal
pesquisa visa compreender a compactação do solo em diferentes declividades e os diferentes tipos
de cobertura vegetal gerada por este processo. Objetivando assim, analisar o comportamento do solo
frente ao fator declividade, o que propiciará também o estudo de infiltração e/ou erosão do solo, bem
como o escoamento superficial deste.
Palavras-chave: Compactação do Solo; erosão; declividade.
1. INTRODUÇÃO
Geografia é a ciência que estuda a superfície terrestre bem como os fenômenos e
processos nela ocorridos, ou seja, essa se interessa pelo espaço onde o homem vive, o qual
modifica o local de acordo com suas necessidades e hábitos. Ao passo que essas
modificações alteram a superfície terrestre o meio natural é transformado, podendo gerar
alterações prejudiciais ao ambiente, bem como ao solo deste.
Assim, de acordo com Cunha e Guerra (1998),
A Geomorfologia aborda as relações entre o meio ambiente e seus vários
elementos, preocupando-se com fatores extras como a ação antrópica que
vem atingindo diretamente a superfície terrestre e conseqüentemente
modificando negativamente e degradando determinadas áreas de atuação
do homem.
Nesse contexto pesquisar-se-á sobre compactação do solo e tipos de cobertura
vegetal, frente a determinados níveis de declividade, visando assim a compreensão da
relação que se tem entre compactação do solo e escoamento superficial.
A ciência geográfica aborda questões do nosso cotidiano; questões sobre a
superfície terrestre bem como fenômenos e processos que nela ocorrem. Referente a isso,
Cunha e Guerra (1998, pag. 66) dizem que “o solo é formado por um conjunto de corpos
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naturais tridimensionais, resultantes da ação integrada do clima e organismos sobre o
material de origem, condicionado pelo relevo em diversos períodos de tempo.”
2. DESENVOLVIMENTO
O solo é um importante recurso natural que suporta a flora, fauna, atividades
agropastoris, o armazenamento da água e as edificações do homem. Dessa maneira
observa-se a total dependência do ser humano sobre o uso do solo, mas para tanto este
precisa ter boa qualidade e isso depende do cuidado e de sua preservação. Segundo Doran
(1994), “o solo é o principal componente na manutenção da qualidade ambiental com efeitos
em nível local, regional e mundial.” Apesar disso, a importância do solo é normalmente
desconsiderada e pouco valorizada;
(...) Por esse motivo o solo vem sendo vítima de um silencioso desastre no
mundo, recoberto pela urbanização, por estradas e barragens, ele é
diariamente feito por nós de depósito de lixo e produtos tóxicos, os quais
agridem a camada mais superficial da litosfera, com cerca de 30
centímetros de espessura. (CUNHA e GUERRA, 1998)
Segundo Cunha e Guerra (1998):
o ambiente é alterado pelas atividades humanas e o grau de alteração é
avaliado pelos seus diferentes modos de produção ou diferentes estágios
de desenvolvimento de tecnologias, porém deve-se levar em conta que
alguns processos ambientais podem ocorrer sem a intervenção humana tais
como, lixiviação e erosão.
Nesse sentido, “a degradação ambiental possui aspectos complexos, graves e
extensos, camuflados e sutis.” (Orellana, 1981).
Assim, estudos das derivações e a compreensão dos graus dessas modificações
fazem parte dos objetivos da geografia integrada com o social, cultural e natural, que se
funde numa rede de relações que definem seu conjunto. O meio ambiente passa, assim, a
ser definido de modo mais amplo, por (Orellana, 1981, p.77) “como um sistema de
interações entre fatores físicos, químicos, biológicos e sociais, susceptíveis a ter um efeito
direto ou indireto, imediato ou a longo prazo sobre os diversos seres vivos e as atividades
humanas.”
A Geomorfologia, por exemplo, aborda as relações entre o meio ambiente e seus
vários elementos, preocupando-se com fatores extras como a ação antrópica que atinge
diretamente a superfície terrestre e conseqüentemente modifica negativamente e degrada
determinadas áreas de atuação do homem. Ou seja, tais processos de degradação são
intensificados pela ação humana devido a desmatamentos e diversas formas de poluição, o
que acaba por acelerar e ampliar espacialmente a degradação ambiental. É então dessa
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forma que a ação humana sobre o meio ambiente contribui exageradamente para a
aceleração do processo, trazendo como conseqüências, a perda de solos férteis, a poluição
da água, o assoreamento dos cursos d'água e reservatórios e a degradação e redução da
produtividade global dos ecossistemas terrestres e aquáticos.
Assim Guerra, (2011 Apud, Huggett 1998) diz que, o relevo atua diretamente sobre o
regime hídrico do solo, aumentando ou reduzindo o volume de água e influenciando o fator
tempo de formação dos diferentes solos.
Dessa forma, Guerra (2011) enfatiza que a declividade tem um papel importante na
infiltração ou geração do escoamento superficial. Vertentes com maior declividade tendem a
gerar mais fluxos superficiais, reduzindo a taxa de infiltração. Enquanto vertentes com
declividades reduzidas tendem a aumentar a taxa de infiltração, reduzindo o escoamento
superficial. Nos locais de maior declividade ocorre um fenômeno que é o rejuvenescimento
dos solos, devido ao intenso processo erosivo, gerando sempre solos pouco desenvolvidos,
tais como os neossolos litólicos e os cambissolos. Por outro lado, em ambientes com
declividades mais suaves as condições hídricas mais duradouras permitem um maior
desenvolvimento dos solos e de uma vegetação mais exuberante.
Conforme o Manual Básico de Compactação do Solo, Multiquip do Brasil,
compactação de solo é: “o método de aumentar mecanicamente a densidade do solo, ou
seja, é utilizado para dar estabilidade; reduzir a infiltração de água, dilatação, contração e
redução da sedimentação do solo.”
De acordo com as propriedades do solo – porosidade e permeabilidade é possível
perceber um maior ou menor grau de umidade do solo, o qual torna-se vital para uma
compactação apropriada. A umidade age como um lubrificante dentro do solo, fazendo com
que as partículas se unam. Pouca umidade significa compactação inadequada pois as
partículas não podem se mover entre si para alcançar maior densidade. Excesso de
umidade deixa água preenchendo espaços vazios e conseqüentemente diminui a
capacidade de suportar carga. O mais resistente secador do solo é a compactação.
Em um estado saturado de água os vazios entre partículas estão parcialmente
preenchidos com água, criando uma coesão aparente que as liga entre si. Esta coesão
aumenta com a redução do tamanho da partícula (como em solos argilosos).
3. METODOLOGIA
A metodologia do presente artigo ficou restrita à pesquisa bibliográfica, que foi obtida
através de fontes como consulta em livros, artigos publicados em órgãos de divulgação
científica e trabalhos outros elaborados acerca do tema.
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4. CONCLUSÃO
Conclui-se que é de suma importância a continuidade desta pesquisa pois ela pode
atingir os seguintes objetivos: Aplicar em escolas com a finalidade de criar um recurso
didático que auxilie no ensino de geomorfologia, mais precisamente nos aspectos
relacionados à compactação do solo e escoamento superficial, frente a determinados níveis
de declividade; propiciar aos educandos uma reflexão a cerca dos problemas sócios
ambientais gerados pela compactação do solo; avaliar o nível de aprendizagem dos
educandos por meio de um questionário avaliativo; efetivar a validação do objeto de
aprendizagem e verificar sua contribuição ao processo de ensino a partir da avaliação dos
questionários; gerar juntamente com as turmas envolvidas uma cartilha digital com
resultados obtidos por estas.
5. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS:
CUNHA, S. B. da; GUERRA, A. J. T.; Geomorfologia: exercícios, técnicas e aplicações. Rio
de Janeiro: Bretrand Brasil, 1996.
CUNHA, S. B. da; GUERRA, A. J. T.; Geomorfologia: e meio ambiente. Rio de Janeiro:
Bretrand Brasil, 1998.
DORAN, John Willian. Defining and assessing soil quality. Soil Science Society of
America, Madison, v.35, p132-149,1994.
GUERRA, A. J. T.; Geomorfologia Urbana. Rio de Janeiro: Bretrand Brasil, 2011.
MULTIQUIP DO BRASIL, Av. Evandro Lins e Silva 840 sala 505 • Barra da Tijuca - CEP.:
22631-470, Rio de Janeiro – RJ.
Acesso em 10 de abril de 2012, 17h e 20min.
ORELLANA, M.M.P. A Geomorfologia no contexto social. In: Geografia e Planejamento.
São Paulo: IG/USP, 1981, n.34, p.1-25.
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