A TEORIA GERAL DOS SISTEMAS E OS ESTUDOS DE GEOMORFOLOGIA Adriano Araujo do Amaral: Mestrando em Geografia pela Universidade Estadual Paulista UNESP- Rio [email protected] Juliana Araujo do Amaral: Acadêmica de Geografia pela Universidade Estadual do Centro-Oeste-UNICENTRO. O presente texto é resultado de algumas leituras realizadas em torno do tema Geomorfologia. Para tal recorreu-se a levantamentos bibliográficos sobre o assunto, permanecendo na reflexão teórica. Desta maneira, no presente texto, procurar-se-á apresentar alguns aspetos da T.G.S e sua articulação com os estudos geomorfológicos. Por isso, torna-se um dos objetivos é discutir alguns conceitos geomorfológicos como: forma, material e processo. Como objetivo específico, procuraremos estabelecer, através de técnicas incorporadas desta perspectiva, os estudos de processos erosivos. A Geografia física sempre teve como seu foco de estudos a cronologia a descrição das paisagens. Neste sentido, encaminhou-se para o estudo de fatos como a cronologia de denudação (escala de tempo longo), processos atuantes, relação entre forma e processo, mensuração das paisagens, análises morfométricas etc (GREGORY, 1992). Com o tempo, se tornou claro que somente a análise descritiva quantitativa das formas não bastava para o reconhecimento das dinâmicas das paisagens. A parir daí é que se inicia o estudo dos processos inerentes á natureza geomorfológica. Na Geografia, para se estudar o ambiente físico, ouve a necessidade de se estudar a natureza de forma compartimentada, surgindo áreas do conhecimento como a Climatologia, Biogeografia, Hidrogeografia e Geomorfologia. Como esta compartimentação já não era mais suficiente ao bom entendimento do funcionamento global das paisagens, os cientistas da natureza, dentre eles os geógrafos, adotaram a Teoria Geral dos Sistemas (T.G.S) em seus estudos. Assim também ocorreu com a geomorfologia. “O vocábulo sistema, representando representado conjunto organizado de elementos e de interações entre os elementos, possui uso antigo e difuso no conhecimento cientifico”(CHRISOFOLETTI, 1999, p. 5). No entanto, a preocupação em se realizar abordagem sistêmica analítica e conceitual só surge na década de Realizado de 25 a 31 de julho de 2010. Porto Alegre - RS, 2010. ISBN 978-85-99907-02-3 1 30 do séc. XX na Biologia Teorética (sistemas biológicos) e atualmente a partir da década de 80 a referência passa a ser os sistemas dinâmicos na Física e Química. Para Haigh (1985) “um sistema é uma totalidade que é criada pela integração de um conjunto estruturado de partes componentes, cujas interrelações estruturas e funcionais cria uma inteireza que não se encontra implicada por partes componentes quando desagregadas”(op. cit). Um dos primeiros a empregar a T.G.S na Geomorfologia foi Chorley (1962). De acordo com Chorley e Kennedy (1971) “um sistema é um conjunto estruturado de objetos e/ou atributo. Estes objetos e atributos consistem de elementos e variáveis (isso é, fenômenos que são passíveis de assumir magnitudes variáveis) que exibem relações discerníveis um com os outros e opera conjuntamente como um todo complexo, de acordo com determinado padrão” (CHRISOFOLETTI, 1999, p. 5). As discussões aqui apresentadas servirão de aporte teórico para o desenvolvimento de pesquisa dos autores, em torno do tema proposto Palavras-Chave: Teoria geral dos sistemas; Geomorfologia; Erosão. Realizado de 25 a 31 de julho de 2010. Porto Alegre - RS, 2010. ISBN 978-85-99907-02-3 2