C3_SOROCABA_MAT_TEO_Rose_2014 10/02/14 14:01 Página 1 Álgebra FRENTE 1 MÓDULO 19 Máximo Divisor Comum e Mínimo Múltiplo Comum Em símbolos: MÁXIMO DIVISOR COMUM M*+(a) ∩ M*+(b) = M*+[mmc(a; b)] ❑ Definição Sejam a e b dois inteiros não simultaneamente nulos. O máximo divisor comum de a e b é o máximo elemento do conjunto [D(a) ∩ D(b)]. Representa-se mdc(a, b). Assim sendo: mdc (a, b) = máx [D(a) ∩ D(b)] ❑ Propriedades • mdc (a, 0) = a, ∀a ∈ * • b ∈ D(a) ⇒ mdc(a, b) = b, ∀b ∈ * MÍNIMO MÚLTIPLO COMUM ❑ Definição Sejam a e b dois inteiros não nulos. O mínimo múltiplo comum de a e b é o menor elemento do conjunto [M*+(a) ∩ M*+(b)]. Representa-se mmc(a, b). Assim sendo: mmc(a, b) = mín [M*+(a) ∩ M*+(b)] c) mdc(a; b) . mmc(a; b) = a . b, ∀a, b ∈ * ✍ Exercícios Resolvidos 1. Determinar o máximo divisor dos números 12 e 18. Resolução 1o. Processo: Utilizar a definição de m.d.c. 1 12 2 2 6 2 4 3 3 3, 6, 12 1 1 18 2 2 9 3 3, 6 3 3 9, 18 1 D(12) = {±1, ±2, ±3, ±4, ±6, ±12} D(18) = {±1, ±2, ±3, ±6, ±9, ±18} ⇒ ⇒ D(12) D(18) = {±1, ±2, ±3, ±6} ⇒ ⇒ máx. [D(12) D(18)] = 6 ⇒ mdc(12, 18) = 6 ❑ Propriedades 2o. Processo: • mmc(a, 1) = a, ∀a ∈ * É o produto dos fatores primos comuns e com o • b ∈ D(a) ⇒ mmc(a, b) = a, ∀a ∈ * menor expoente Observações Se a e b são dois inteiros não nulos, então, 12 = 22 . 3 18 = 2 . 32 } ⇒ mdc(12,18) = 2.3 = 6 a) Os divisores comuns de a e b são os divisores do máximo divisor comum de a e b. Em símbolos: 3o. Processo: Método das divisões sucessivas D(a) ∩ D(b) = D[mdc (a; b)] b) Os múltiplos comuns, estritamente positivos, de a e b são os múltiplos, estritamente positivos, do mínimo múltiplo comum de a e b. 18 6 1 12 0 2 6 ⇒ mdc(18, 12) = 6 Resposta: mdc(12,18) = 6 –1 C3_SOROCABA_MAT_TEO_Rose_2014 10/02/14 14:01 Página 2 2 o. Processo: 2. Determinar o mínimo múltiplo comum dos números 12 e 18 Produto dos fatores primos comuns e não comuns, e Resolução quando comuns com o maior expoente. 1o. 12 = 22 . 3 18 = 2 . 32 Processo: Utilizar a definição de mmc. M*+(12) = {12,24,36,48,60,72,...} M*+(18) = {18,36,54,72,90,.........} ⇒ Decomposição simultânea em fatores primos 12, 6, 3, 1, 1, ⇒ mín [M*+(12) M*+(18)] = 36 ⇒ ⇒ mmc = (12,18) = 36 2 2 ⇒ mmc(12, 18) = 2 . 2 . 3 . 3 = 36 3 3 Números Decimais e Números Reais ❑ Números Decimais Exatos São os que apresentam um número finito de casas decimais não nulas. ❑ Números decimais não exatos São os que apresentam um número infinito de casas decimais não nulas. Podem ser: • Periódicas (dízimas) Exemplos 2,333 ........................................... 0,424242 ..................................... • não periódicas Exemplos π = 3,1415926535 ...................... e = 2,71822818284590453 ........ 2 = 1,4142 .........................…. 2. NÚMEROS REAIS O Conjunto Um número é chamado real quando é inteiro ou decimal. O conjunto formado por todos os números 2– 18, 9, 9, 3, 1, Resposta: mmc(12,18) = 36 1. NÚMEROS DECIMAIS ❑ ⇒ mmc(12,18) = 22 . 32 = 36 3 o. Processo: ⇒ M*+(12) M*+(18)= {36, 72, .......} ⇒ MÓDULO 20 reais é chamado conjunto dos números reais e é representado por . 3. NÚMEROS RACIONAIS E NÚMEROS IRRACIONAIS ❑ O Conjunto Q Diz-se que um número real x é racional se, e somente se, existem números inteiros a e b, com b ≠ 0, tais que a x = ––– . b O conjunto formado por todos os números racionais é chamado conjunto dos números reais racionais e é representado por . a = x = | x = ⎯, a ∈ , b ∈ * b { } Notar que: Teorema Sejam a ∈ e b ∈ *. O quociente (número racional) da divisão de a por b, ou é inteiro, ou decimal exato ou decimal não exato periódico. Consequência do Teorema Os únicos números reais que não são racionais são os números decimais não exatos, não periódicos. C3_SOROCABA_MAT_TEO_Rose_2014 10/02/14 14:01 Página 3 MÓDULO 21 Números Complexos I 1. DEFINIÇÃO 3. OPERAÇÕES NA FORMA ALGÉBRICA • Número complexo é um par ordenado (x, y) de números reais. Efetuando as operações com os complexos na forma a + bi, como se a + bi fosse um binômio da forma a + bx, lembrando que i2 = – 1, obtemos os mesmos resultados da definição e de uma forma mais simples. Representando por o conjunto dos números complexos, temos: Assim sendo: = { (x, y) x ∈ e y ∈ } • Sendo (a, b) ∈ e (c, d) ∈ , definimos em : • Adição (a + bi) + (c + di) = (a + c) + (b + d)i adição: (a, b) + (c, d) = (a + c, b + d) multiplicação: (a, b) . (c, d) = (ac – bd; ad + bc) • Subtração (a + bi) – (c + di) = (a – c) + (b – d) i • (, +, .) é o corpo dos números complexos. • Multiplicação 2. FORMA ALGÉBRICA ❑ (a + bi) . (c + di) = ac + adi + bci + bdi2 = = (ac – bd) + (ad + bc)i Definição • x = (x; 0), em que x é um número real qualquer e • Divisão • i = (0; 1), como sendo a unidade imaginária dos números complexos. Decorre da definição que: • i2 = (0;1) . (0;1) = (– 1;0) = – 1, assim: i2 = – 1 a + bi Para efetuarmos ––––––– , com c + di ≠ 0, devemos c + di a + bi multiplicar o numerador e o denominador de ––––––– c + di pelo conjugado do denominador, a saber, c – di. • (0, y) = (y, 0) . (0, 1) = yi • (x, y) = (x, 0) + (0, y) (...)+(...)i a + bi = ––––––– a + bi . –––––– c – di = –––––––––– = ––––––– c + di c + di c – di c2+d2 • (x, y) = x + yi ❑ Nomenclatura • z é a notação de um elemento de . • x é a parte real de z, indicada por: x = Re(z). (...) (...)i = ––––––– + ––––––– , com c + di ≠ 0 c2 + d2 c2 + d2 Observação • yi é a parte imaginária de z. O produto de um número complexo z ≠ 0 pelo seu conjugado z– é sempre real e positivo. Esse produto • y é o coeficiente da parte imaginária, indicada por: chama-se norma de z. y = Im(z). • y = 0 ⇒ z = x + yi = x ⇒ z é real. De fato: • x = 0 ⇒ z = x + yi = yi ⇒ z é imaginário puro. • z– = a – bi é chamado conjugado de z. Sendo z = a + bi, com a, b ∈ , e z– = a – bi, então: z . z– = (a + bi) . (a – bi) = a2 – b2i2 = a2 + b2 ∈ + –3 C3_SOROCABA_MAT_TEO_Rose_2014 10/02/14 14:01 Página 4 MÓDULO 22 Potências Naturais de i Consideremos as potências do tipo in, em que n é Ou seja: in ∈ {1, i, – 1, – i} (n ∈ ) natural. Vejamos alguns exemplos: i0 = 1 Para n ≥ 4, temos: i1 = i n | 4 –––– ⇔ n = 4q + r e r < 4 r | q i2 = –1 i3 = i2. i = – i Então: i4 = i3 . i = – i . i = 1 in = i4q + r = i4q . ir = (i4)q . ir = (1) q . ir = ir e, portanto: in = ir , em que r é o resto da divisão de n por 4. i5 = i4 . i = 1 . i = i i6 = i5 . i = i . i = – 1 Em resumo, temos: i7 = i6 . i = – 1 . i = – i i8 = i7 . i = – i . i = 1 i9 = i8 . i = 1 . i = i i4n = 1 i4n + 1 = i i4n + 2 = –1 i4n + 3 = –i , n∈ i10 = i9 . i = i . i = –1 i11 = i10 . i = – 1 . i = – i Assim: i4n + i4n + 1 + i4n + 2 + i4n + 3 = Notemos que, à medida que n cresce, os resultados = 1 + i + (–1) + (– i) = 0, ou seja: a soma de quatro de in vão-se repetindo periodicamente, assumindo potências de i cujos expoentes são números naturais sempre um dos valores da sequência: 1, i, – 1, – i. consecutivos é igual a zero. MÓDULO 23 Números Complexos II 1. FORMA ALGÉBRICA Um número complexo, indicado genericamente por z, pode ser escrito na forma: z = x + yi x, y ∈ e i2 = – 1 • x denomina-se coeficiente da parte real: x = Re(z) • y denomina-se coeficiente da parte imaginária: y = Im(z) Observações 1) Se y = 0, então z = x + yi = x é real, ou seja, todo número real é complexo. 2) Se y ≠ 0, então z = x + yi é imaginário. 3) Se x = 0, então z = x + yi = yi é imaginário puro. 4– 2. IGUALDADE DE NÚMEROS COMPLEXOS Sejam z1 = x + yi e z2 = a + bi dois números complexos, com x, y, a e b ∈ , temos: z1 = z2 ⇔ x + yi = a + bi ⇔ x = a e y = b C3_SOROCABA_MAT_TEO_Rose_2014 10/02/14 14:01 Página 5 MÓDULO 24 Representação Geométrica de um Número Complexo 1. INTRODUÇÃO Consideremos num plano, chamado Plano de Argand-Gauss ou Plano Complexo, um sistema de coordenadas cartesianas ortogonais x O y e nele um ponto P, de coordenadas x e y. Lembrando que z = (x, y) = x + yi, concluímos que existe uma correspondência biunívoca entre os pontos do plano e os números complexos. Em outras palavras: “O conjunto dos números complexos pode ser representado geometricamente pelos pontos do plano”. O ponto P é a imagem geométrica de z ou afixo de z. • Módulo de z: z = ρ = OP No ΔPQO, retângulo em O, temos: x2 + y2 ρ2= x2+ y2 ⇒ ρ = z = ρ = x2 + y2 • Argumento de z: é o número real θ, 0 ≤ θ < 2 π, tal que: x cos θ = ⎯ ρ y sen θ = ⎯ ρ (ρ ≠ 0) 3. FORMA TRIGONOMÉTRICA 2. MÓDULO E ARGUMENTO Sendo z = (x, y) = x + yi, com x, y ∈ , um número complexo, temos: Sendo z = x + yi um número complexo diferente de zero; ρ, o módulo de z e θ, o argumento de z, temos: z = (x, y) = x + yi = ρ(cos θ + i . sen θ) forma de par ordenado forma algébrica forma trigonométrica –5 C3_SOROCABA_MAT_TEO_Rose_2014 10/02/14 14:01 Página 6 Álgebra FRENTE 2 Teorema de Laplace, Regra de Chió e Outras Propriedades MÓDULO 19 1. COMPLEMENTO ALGÉBRICO (COFATOR) O complemento algébrico (ou COFATOR) do elemento aij da matriz quadrada de ordem n > 1, que se indica por Aij, é o produto de (– 1)i+j pelo determinante da matriz obtida de A com a retirada da linha i e da coluna j. • Por exemplo, o complemento algébrico do eleA= mento a31 da matriz Linha retirada 冤 2 7 4 3 1 5 8 6 9 冥 é: Coluna retirada • Assim, por exemplo, se –9 3 2 A = 5 4 7 , então 1 6 8 A11 = (–1)1+1 . 4 7 = – 10 6 8 A12 = (–1)1+2 . 5 7 = – 33 1 8 A13 = (–1)1+3 . 5 4 = 26 1 6 e det A = a11 . A11 + a12 . A12 + a13 . A13 ⇔ | | A31 = (– 1)3+1 . 7 4 = (– 1)4 . (7 . 5 – 4 . 1) = 31 1 5 • O cofator do elemento a22 da matriz A= 1 2 5 4 3 3 2 –7 0 4 5 –5 é – 10, pois 2 5 0 3 A22 = (– 1)2+2 . 1 3 2 0 4 2 5 0 3 = (– 1)4 . (6 – 16) = – 10 ⇔ det A = (– 9) . (– 10) + 3 . (– 33) + 2 . 26 = 43 Observe que no cálculo do determinante de ordem três, os cofatores usam determinantes de ordem dois. No cálculo de um determinante, o Teorema de Laplace permite usar determinantes de ordens menores. 3. A REGRA DE CHIÓ Para calcular o determinante de uma matriz M de ordem n ≥ 3, é interessante abaixar a ordem, o que pode ser feito pelo Teorema de Laplace. Existe, além disso, uma regra prática dada por Chió que consiste em: a) Suprimir de M a linha e a coluna que contêm um 2. O TEOREMA DE LAPLACE O determinante de uma matriz quadrada M, de ordem n > 1, é a soma dos produtos dos elementos de uma fila pelos seus respectivos cofatores. Se a11 a21 A= … ai1 … an1 c) Calcular o determinante da matriz M’ que foi obtida de M de acordo com (a) e (b) e multiplicar o a12 a22 … ai2 … an2 … … … … … … a1j a2j … aij … anj … … … … … … a1n a2n … , então ain … ann det M = a1j . A1j + a2j . A2j + a3j . A3j + … + anj . Anj 6– elemento aij = 1. b) Subtrair de cada elemento de M o produto dos elementos que se acham nas extremidades das perpendiculares traçadas desse elemento à linha e à coluna eliminadas. resultado por (–1)i+j. 1 a a' m b' q c' t b n r u c p s v = C3_SOROCABA_MAT_TEO_Rose_2014 10/02/14 14:01 Página 7 Elementos da linha retirada m – a.a' n – b.a' p – c.a' = q – a.b' r – b.b' s – c.b' . (–1)1+1 t – a.c' u – b.c' v – c.c' dos elementos da segunda linha, diferenças estas feitas nesta ordem: segundo menos o primeiro, terceiro menos o primeiro, terceiro menos o segundo e assim por diante. Assim, no exemplo anterior temos: 1 1 2 3 4 9 8 27 Elementos da coluna retirada 1 4 16 64 1 5 25 125 = = (3 – 2) . (4 – 2) . (4 – 3). (5 – 2) . (5 – 3) . (5 – 4) = 12 4. PROPRIEDADES COMPLEMENTARES ❑ Teorema de Binet O determinante de um produto de duas matrizes quadradas é o produto dos determinantes destas matrizes. Por exemplo det det 1 2 –1 5 0 1 1 –1 0 2 0 1 4 3 1 1 2 –1 5 0 1 4 3 2 = 7, ❑ Determinante Diagonal Principal Se todos os elementos situados de um mesmo lado da diagonal principal de uma matriz quadrada são iguais a zero, o determinante é o produto dos elementos dessa diagonal principal. • No determinante seguinte, todos os elementos acima da diagonal principal são nulos. O determinante é o produto dos elementos da diagonal. 2 0 5 4 –1 7 3 2 4 –3 =–5 e det = det 4 3 2 21 11 6 21 10 8 10 6 3 . 1 –1 0 2 0 1 4 3 1 = = – 35 = 7 . (– 5) ❑ Determinante de Vandermonde Um determinante é de Vandermonde quando os elementos da primeira fila são todos iguais a 1, os elementos da segunda fila são números quaisquer, os da terceira fila são os quadrados dos elementos da segunda fila, os da quarta fila são os cubos dos elementos da segunda fila, e assim por diante. Por exemplo, 1 1 1 1 2 3 4 5 4 9 16 25 8 27 64 125 é de Vandermonde, pois 4 = 22, 9 = 32, 16 = 42 e 25 = 52 e ainda 8 = 23, 27 = 33, 64 = 43 e 125 = 53 O determinante de Vandermonde pode ser calculado de maneira simples, efetuando o produto das diferenças 0 0 5 –6 1 0 0 0 0 0 0 0 3 8 –2 = 2 . 4 . 5 . 3 . (– 2) = – 240 ❑ Determinante Diagonal Secundária Se todos os elementos situados de um mesmo lado da diagonal secundária de uma matriz quadrada são iguais a zero, o determinante é o produto dos elementos dessa diagonal secundária, multiplicado por (–1) em que n é a ordem da matriz. n(n – 1) –––––––– 2 , • No determinante seguinte, todos os elementos acima da diagonal secundária são nulos. O determinante é o produto dos elementos da diagonal secundária, multiplicado por (–1) 0 0 0 0 –2 5(5 – 1) –––––––– 2 0 0 0 2 0 0 4 5 0 5 7 –1 3 –6 2 3 8 1 –3 4 . = 5.(5–1) –––––– 2 = 2 . 4 . 5 . 3 . (– 2) . (– 1) = (–240). (–1)10 = – 240 –7 C3_SOROCABA_MAT_TEO_Rose_2014 10/02/14 14:01 Página 8 MÓDULO 20 Inversão de Matrizes 1. MATRIZ DOS COFATORES Seja M uma matriz quadrada de ordem n > 2. Chama-se matriz dos cofatores M’ a matriz que se obtém de M, substituindo-se cada elemento pelo seu respectivo cofator. a11 a12 a13 Assim, dada a matriz M = a21 a22 a23 , a matriz dos cofatores de M é M’ = a31 a32 a33 A11 A12 A13 A21 A22 A23 A31 A32 A33 Por exemplo, dada a matriz M = matriz dos cofatores de M é M’ = — matriz adjunta de M é M = , , –17 –8 10 5 4 = 7, 2 3 6 8 = 6 8 2 3 –3 1 = 11, 2 3 M–1.M = 3 –– –4 2 –1 3 A22 = (–1)2+2 . 2 1 = 7, –1 3 4. CÁLCULO DA MATRIZ INVERSA DE M A23 = (–1)2+3. 2 –3 = – 1, –1 2 A31= (–1)3+1 . –3 1 = – 17, 5 4 A32 = (–1)3+2. 2 1 = – 8, 0 4 = M.M–1 0 5 = 5, A13 = (–1)1+3 . –1 2 A21 A33 = (–1)3+3 . cofatores de M é M’ = , pois . 3 –– –4 2 –1 3 . = 0 1 =I 1 0 2 e 62 83 = 10 01 = I 2 Pode-se calcular a matriz inversa de M usando a fórmula 1 — M–1 = ––––––– . M det M — em que M é a matriz adjunta de M. 2 –3 = 10, e, assim, a matriz dos 0 5 7 –4 5 11 7 –1 –17 –8 10 ea 2 3 , a matriz inversa é M–1 0 4 A12 = (–1)1+2 . = – 4, –1 3 = (–1)2+1. ,a 3 –– –4 2 –1 3 A11 = (–1)1+1 . 7 –4 5 11 7 –1 –17 –8 10 7 11 –4 7 5 –1 Chama-se matriz inversa de M e indica-se por M–1 a matriz tal que M–1 . M = M.M–1 = In, ou seja, a matriz que multiplicada por M resulta na matriz identidade. Dada a matriz M = tem-se os cofatores: 2. MATRIZ ADJUNTA Chama-se matriz adjunta de uma matriz quadrada M — a matriz M, transposta da matriz dos cofatores de M. 8– 2 –3 1 0 5 4 –1 2 3 3. MATRIZ INVERSA DE M em que Aij é o cofator do elemento aij de M. 2 –3 1 0 5 4 –1 2 3 Por exemplo, dada a matriz M = Regra Prática • Calcula-se o determinante de M. • Calcula-se o cofator de cada elemento e monta-se a matriz dos cofatores de M (M’). — • Determina-se a matriz adjunta de M ( M ) usando — M = (M’)t. • Obtém-se a matriz inversa usando a fórmula: 1 — M–1 = ––––––– . M det M C3_SOROCABA_MAT_TEO_Rose_2014 10/02/14 14:01 Página 9 Por exemplo, dada a matriz M = têm-se: 2 –3 1 0 5 4 –1 2 3 5. EXISTÊNCIA DA MATRIZ INVERSA DE M , A condição necessária e suficiente para existir a inversa de uma matriz quadrada M é que det M ≠ 0. Quando det M ≠ 0, a matriz é chamada de invertível ou não singular. • O determinante de M é det M = 35. • A matriz dos cofatores de M é M’ = 7 –4 5 11 7 –1 –17 – 8 10 Quando det M = 0, a matriz é chamada de não invertível ou singular. 6. PROPRIEDADES DA MATRIZ INVERSA DE M • A matriz adjunta de M é — M= 7 –4 5 11 –17 7 –1 –8 10 • Se uma matriz é invertível, então a inversa é única. • Se A é invertível, então (A–1)– 1 = A, ou seja, a inversa da inversa de uma matriz é a própria matriz. 1 — • A matriz inversa de M é M–1 = –––––– M = det M 1 = ––– . 31 7 –4 5 11 –17 7 –8 – 1 10 = 7 ––– 31 – 17 11 ––––– ––– 31 31 –4 –––– 31 7 ––– 31 –8 –––– 31 5 ––– 31 –1 –––– 31 10 ––– 31 MÓDULO 21 • Se A e B são matrizes invertíveis e de mesma ordem, então (A . B)–1 = B–1 . A–1. • Se A é invertível, então (At)–1 = (A–1)t. 1 • Se A é invertível, então det (A–1) = –––––––– . det (A) Sistemas Lineares 1. EQUAÇÃO LINEAR ❑ Definição Chama-se equação linear a toda sentença aberta em x1, x2, x3, …, xn, da forma: a1x1 + a2x2 + a3x3 + … + anxn = b em que xi (i = 1, 2, 3, …, n) são as incógnitas, ai são os coeficientes das incógnitas e b é uma constante chamada de termo independente. • Assim, 2x1 + 3x2 + 5x3 – 7x4 = 6 é uma equação linear nas incógnitas x1, x2, x3 e x4, de coeficientes 2, 3, 5 e – 7 e 6 é o termo independente. • 3x + 5y – 2z = – 7 é uma equação linear nas 2. SOLUÇÃO DE UMA EQUAÇÃO LINEAR ❑ Definição A ênupla (α1, α2, …, αn) é solução da equação linear a1x1 + a2x2 + … + anxn = b se, e somente se, a sentença a1α1 + a2α2 + … + anαn = b for verdadeira. Exemplo A ênupla (1, 3, 2, 5 ) é uma solução da equação 2x + 3y + z – 2w = 3, pois: 2.1 + 3.3 + 2 – 2.5 = 3 é uma sentença verdadeira. Verifique que a ênupla (1, 1, 2, 2) é uma outra solução da mesma equação. Se ai = 0 (∀i, i = 1, 2, …,n) e b ∈ *, a equação linear toma a forma: incógnitas x, y e z e termo independente – 7. Quando o termo independente é nulo, a equação linear é dita homogênea. • As equações lineares 5x1 – 2x2 + 3x3 – 4x4 = 0, 2x – 5y + 3z = 0 são equações lineares homogêneas. 0x1 + 0x2 + … + 0xn = b (b ≠ 0) Nesse caso, não existe ênupla que torne a sentença acima verdadeira; logo, essa equação linear não admite solução. –9 C3_SOROCABA_MAT_TEO_Rose_2014 10/02/14 14:01 Página 10 Se ai = 0 (∀i, i = 1, 2,…, n) e b = 0, a equação linear toma a forma: minado, pois apresenta infinitas soluções. São todos os pares ordenados do tipo (K; 4 – K). Algumas dessas soluções são (1; 3), (2; 2), (3; 1), (4; 0) etc. 0x1 + 0x2 + … + 0xn = 0 Nesse caso, qualquer ênupla é uma solução da equação. x + y = 5 x+y=4 é impossível, pois não Definição existe par odenado (x; y) que torne as duas sentenças verdadeiras “simultaneamente”. Em outras palavras: não existem 2 números reais x e y cuja soma é 4 e 5 “simultaneamente”. Chama-se sistema linear a todo conjunto de m 5. SISTEMAS LINEARES EQUIVALENTES 3. SISTEMAS LINEARES ❑ • O sistema (m > 2) equações lineares em n incógnitas, x1, x2, …, xn, e é indicado da seguinte forma: ❑ a11x1 + a12x2 + a13x3 + … + a1nxn = b1 Dois sistemas lineares (S) e (S’) são equivalentes e indicados por (S) ~ (S’), se toda solução de (S) é solução de (S’) e reciprocamente. a21x1 + a22x2 + a23x3 + … + a2nxn = b2 Desta forma, os sistemas lineares ..……………………..................................... am1x1 + am2x2 + am3x3 + … + amnxn = bm Sistema linear homogêneo x+y=0 e 2x + y = 5 x – y = 10 x – 3y = 20 são equivalentes, pois possuem o mesmo conjunto solução {(5, – 5)}. Um sistema linear é dito homogêneo quando todas as equações lineares são homogêneas. Neste caso bi = 0 (∀i, i = 1, 2, …, m). ❑ 6. MATRIZES DE UM SISTEMA LINEAR Dado um sistema linear (S) Solução do sistema linear A ênupla (α1, α2, ... αn) é solução do sistema linear (S), se ela é solução de cada uma das m equações de (S). 4. CLASSIFICAÇÃO DE UM SISTEMA QUANTO AO NÚMERO DE SOLUÇÕES • Um sistema linear (S) é Possível (ou compatível) se admite pelo menos uma solução. • Um sistema linear (S) é Impossível (ou incompa- Assim, • Um sistema linear (S) é Possível e Deter miMI = • Um sistema linear (S) é Possível e Indeterminado se admite infinitas soluções. Veja os exemplos: • O sistema x + y = 3 x + 3y = 5 é possível e determi- nado e sua única solução é o par ordenado (2; 1). • O sistema 10 – 2x + 2y = 8 é possível e indeterx+y=4 a21x1 + a22x2 + a23x3 + … + a2nxn = b2 …………………..…................................. am1x1 + am2x2 + am3x3 + … + amnxn = bm chama-se Matriz Incompleta de S (MI) a matriz formada pelos coeficientes das incógnitas de S e Matriz Completa de S (MC) a matriz formada pelos coeficientes das incógnitas de S acrescida da coluna de termos independentes. tível) se não admite solução nenhuma. nado se admite uma única solução. a11x1 + a12x2 + a13x3 + … + a1nxn = b1 MC = a11 a21 … am1 a11 a21 … am1 a12 a22 … am2 a12 a22 … am2 … a1n … a2n … … … amn … a 1n … a2n … … … amn b1 b2 … bm e Se a matriz MI for quadrada, o seu determinante é chamado determinante do sistema (D). C3_SOROCABA_MAT_TEO_Rose_2014 10/02/14 14:01 Página 11 No sistema linear é MI = MC = 3x + 4y = 11 , a matriz incompleta x + 2y = 5 D= 3 4 e a matriz completa é 13 24 = – 2, D = 115 24 = – 2 e 1 2 3 1 Dy = 2 5 . O determinante do sistema é 4 11 D = det (MI) = 1 2 3 4 13 115 = – 4. De acordo com o Teorema de Cramer, têm-se Dx –2 x = ––– = –––– = 1 e D –2 = – 2. Dy –4 y = ––– = –––– = 2 D –2 7. SISTEMA NORMAL O sistema linear (S) com m equações e n incógnitas é chamado de sistema normal quando o número de equações e o número de incógnitas são iguais (m = n) e o determinante do sistema é diferente de zero. 8. O TEOREMA DE CRAMER Todo sistema linear normal admite uma única solução D (x1, x2, x3, …, xn), em que xi = –––i (i = 1, 2, 3, …, n), D 9. DISCUSSÃO DE UM SISTEMA LINEAR • Vimos que um sistema linear de n equações a n incógnitas com determinante D não nulo é possível e determinado, isto é, tem solução única, que pode ser obtida pela Regra de Cramer. Quando o determinante D for nulo, o sistema poderá ser possível e indeterminado, ou impossível. Guarde os seguintes resultados: Para sistemas com 2 equações e 2 incógnitas, têm-se: D é o determinante do sistema e Di é o determinante que se obtém de D substituindo a coluna dos coeficientes de xi pela coluna dos termos independentes. D 3x + 4y = 11 , têm-se D • No sistema linear normal x MÓDULO 22 x + 2y = 5 D=0 ⇒ Sistema Possível e Indeterminado (SPI) e x = Dy = 0 D=0 ⇒ Sistema Impossível (SI) x ≠ 0 ou Dy ≠ 0 Método de Gauss (Escalonamento) 1. SISTEMA ESCALONADO Consideremos o seguinte sistema: Exemplo 1 Consideremos o sistema: 2x + 3y + z + w = 1 y+ z+ w=1 3z + w = 5 2w = 4 Neste sistema temos uma equação (2w = 4) com uma única incógnita, outra (3z + w = 5) com duas incógnitas, outra com três incógnitas (y + z + w = 1), e assim por diante. Um sistema deste tipo é dito escalonado, e pode ser facilmente resolvido se, da última equação, determinarmos o valor de w e, posteriormente, substituirmos nas demais equações. O método de Gauss para a resolução de sistemas consiste em escalonar um sistema por meio de simples transformações elementares, como permutar duas equações de lugar, multiplicar uma equação por um número real não nulo ou mesmo adicionar ou subtrair uma equação de outra e, posteriormente, determinar as incógnitas começando pela equação mais simples. 1o. ) (I) (II) (III) Podemos eliminar a incógnita x da segunda equação, multiplicando a primeira por – 1 e adicionando à segunda, obtendo-se: 2o. ) x – y + z = –2 x – 2y – 2z = –1 2x + y + 3z = 1 x – y + z = –2 (I) – y – 3z = 1 (IV) 2x + y + 3z = 1 (III) A seguir, eliminamos a incógnita x da terceira equação, multiplicando a primeira por – 2 e adicionando à terceira, obtendo-se: x– y+ z=–2 – y – 3z = 1 3y + z = 5 (I) (IV) (V) – 11 C3_SOROCABA_MAT_TEO_Rose_2014 10/02/14 14:01 Página 12 3o. ) Então eliminamos a incógnita y da terceira equação, multiplicando a segunda por 3 e adicionando à terceira, obtendo-se o sistema escalonado seguinte: x– y+ z=–2 – y – 3z = 1 – 8z = 8 (I) (IV) (VI) • substituir os valores de y e z na equação (I) x – 2 + (– 1) = – 2 ⇔ x = 1 Observe que a equação (VI) admite uma única solução e o sistema é possível e determinado. MÓDULO 23 4o. ) Para resolvê-lo, devemos: • determinar z a partir da equação (VI) 8 z = ––––– ⇔ z = – 1 –8 • substituir o valor de z na equação (IV) – y – 3 . (– 1) = 1 ⇔ y = 2 Assim, a solução do sistema é a trinca (1, 2, – 1) e o conjunto solução é V = {(1, 2, – 1)}. Sistema Linear Homogêneo 1. EQUAÇÃO LINEAR HOMOGÊNEA Pode-se discutir um sistema linear homogêneo com n equações e n incógnitas analisando o determinante da Uma equação linear é chamada homogênea quando seu termo independente é zero. matriz incompleta (determinante do sistema). Sendo D o determinante da matriz incompleta de um Assim, 2x + y + 3z = 0 é uma equação homogênea. sistema linear homogêneo de n equações com n incóg- 2. SISTEMA LINEAR HOMOGÊNEO nitas, como consequência do teorema de Cramer, temos: Um sistema linear é dito homogêneo quando todas as suas equações são homogêneas. Assim, por exemplo: (admite apenas a solução trivial). Se D = 0, o sistema é possível e indeterminado (admite infinitas soluções além da trivial). 2x – 3y + 8z = 0 x+y+z=0 Os sistemas x+y=0 8x – y = 0 ; Se D ≠ 0, o sistema é possível e determinado é um sistema linear homogêneo. x+y+z=0 8x – y + z = 0 e 2y + z = 0 x + y + z = 0 Assim, por exemplo, o sistema 8x – y + z = 0 MÓDULO 24 D= 21 34 = 5 ≠ 0 e o sistema 4x + 6y = 0 2x + 3y = 0 é possível e indeterminado, pois D= 24 36 = 0 Noção Geral de Média 1. INTRODUÇÃO Dado um conjunto de valores: x1, x2, x3, ... , xn, efetuando determinadas operações entre eles, obtemos um certo resultado R. Caso possamos substituir cada um 12 – x + 4y = 0 é possível e determinado, pois são homogêneos. Observemos que o par ordenado (0, 0) é solução do primeiro sistema e a trinca (0, 0, 0) é solução do segundo e terceiro sistemas. Todo sistema linear homogêneo com n incógnitas admite a sequência de n elementos (0, 0, …, 0) como solução. Esta solução é chamada nula, imprópria ou trivial. Consequentemente, todo sistema linear homogêneo é sempre possível, podendo eventualmente admitir outras soluções, além da solução trivial. 2x + 3y = 0 dos valores x1, x2, ... , xn por um mesmo valor x e efetuar as mesmas operações, obtendo ainda o mesmo resultado R, diremos que esse valor x é a média dos valores x1, x2, x3, ... , xn relativa às operações em questão. C3_SOROCABA_MAT_TEO_Rose_2014 10/02/14 14:01 Página 13 Além disso, não devemos separar este “conceito” de sua aplicação na prática quando, por exemplo, ao calcularmos a “média” de um dado “conjunto de valores”, encontramos mais de uma resposta. Neste caso, a “natureza da grandeza” que esses valores representam e o “bom senso” determinarão qual das respostas é a mais indicada para o problema. 4. MÉDIA HARMÔNICA (OPERAÇÃO ADIÇÃO DE INVERSOS) A média harmônica H entre os números x1, x2, x3, …, xn é tal que: 1 1 1 1 ––– + ––– + ––– + ... + ––– = H H H H n parcelas 2. MÉDIA ARITMÉTICA (OPERAÇÃO ADIÇÃO) A média aritmética A entre os números x1, x2, x3, …, xn é tal que: A + A + ... + A = x1 + x2 + x3 + ... + xn ⇒ n parcelas n parcelas x1 + x2 + x3 + ... + xn ⇒ A = ––––––––––––––––––––––––– n A média aritmética de n valores é a soma de todos os valores dividida pela quantidade de valores. • Assim, por exemplo, a média aritmética entre os números 3, 4, 6, 9 e 13 é 7, pois: 3 + 4 + 6 + 9 + 13 35 A = –––––––––––––––––– = –––– = 7 5 5 3. MÉDIA GEOMÉTRICA (OPERAÇÃO MULTIPLICAÇÃO) A média geométrica G entre os números x1, x2, x3, …, xn é tal que: G . G . ... . G = x1 . x2 . x3 . ... . xn ⇒ n fatores n fatores ⇒ Gn = x1 . x2 . x3 . ... . xn ⇒ n fatores ⇒ G= 1 1 1 1 = ––– + ––– + ––– + ... + ––– ⇒ x1 x2 x3 xn n parcelas n 1 1 1 1 ⇒ –– = –– + –– + –– + ... + –– ⇒ H x2 x3 xn x1 1 ⇒ H = ––––––––––––––––––––––––– 1 1 1 1 ––– + ––– + ––– ... + ––– x1 x2 x3 xn –––––––––––––––––––––––– n A média harmônica é o inverso da média aritmética dos inversos. • Assim, por exemplo, a média harmônica entre os números 2, 3 e 6 é 3, pois: 1 1 1 H = ––––––––––––– = ––– = ––– = 3 1 1 1 6 1 –– + –– + –– –– –– 2 3 6 6 3 ––––––––––––– ––– 3 3 5. MÉDIA ARITMÉTICA PONDERADA (OPERAÇÃO ADIÇÃO) Dado um conjunto de números p1, p2, p3, ..., pn chamados pesos, chama-se média aritmética ponderada dos números x1, x2, x3, ..., xn ao número P, tal que p1.P + p2 .P + ... + pn.P = p1x1 + p2x2 + ... + pnxn ⇒ p1.x1 + p2.x2 + … + pn.xn ⇒ P = ––––––––––––––––––––––––––––– p1 + p2 + … + pn n x1 . x2 . x3 . ... . xn , desde que valores x1, x2, x3, ... , xn sejam positivos. A média geométrica de n valores é a raiz n-ésima do produto dos n valores. • Assim, por exemplo, a média geométrica entre os números 12, 45 e 50 é 30, pois: 3 3 G = 12.45.50 = 27 000 = 30 A média aritmética ponderada é a soma dos produtos de cada valor pelo respectivo peso dividida pela soma dos pesos. • Assim, por exemplo, a média aritmética ponderada dos números 35, 20 e 10, com pesos 2, 3 e 5, respectivamente, é 18, pois: 180 2.35 + 3.20 + 5.10 P = ––––––––––––––––– = –––– = 18 2+3+5 5 – 13 C3_SOROCABA_MAT_TEO_Rose_2014 10/02/14 14:01 Página 14 Trigonometria e Geometria Analítica FRENTE 3 MÓDULO 19 Arco Duplo ❑ 1. DEFINIÇÃO A partir das fórmulas de adição de arcos, podemos deduzir fórmulas para o cálculo das funções trigonométricas de um arco duplo (2a), bastando, para isso, admitir b = a nas fórmulas sen (a + b), cos (a + b) e tg (a + b). ❑ Cálculo de tg (2a) tg a + tg a tg (2a) = tg (a + a) = ––––––––––––– 1 – tg a . tg a Assim: 2 tg a tg (2a) = –––––––––– 1 – tg2a Cálculo de cos (2a) cos (2a) = cos (a + a) = cos a . cos a – sen a . sen a Assim: cos (2a) = cos2a – sen2a ou ainda: • Lembrando que sen2a = 1 – cos2a, temos: cos (2a) = cos2a – (1 – cos2a) = cos2a – 1 + cos2a Assim: cos (2a) = 2 • Lembrando que cos2a cos2a =1– π π π com a ≠ ––– + n . π e a ≠ ––– + n . ––– , (n ∈ ) 2 4 2 Portanto: –1 sen2a, temos: cos (2a) = cos (2a) = (1 – sen2a) – sen2a = 1 – sen2a – sen2a Assim: ❑ cos (2a) = 1 – 2 sen2a Cálculo de sen (2a) sen (2a) = sen (a + a) = sen a . cos a + sen a . cos a Assim: cos2a – sen2a 2 cos2 a – 1 1 – 2 sen2a sen (2a) = 2 sen a . cos a 2 tg a tg (2a) = ––––––––––– 1 – tg2a sen (2a) = 2 . sen a . cos a MÓDULO 20 Lei dos Senos e dos Cossenos 1. INTRODUÇÃO A trigonometria permite determinar os elementos não dados de um triângulo. A resolução de um triângulo, pelo cálculo, fundamenta-se em relações existentes entre os elementos do triângulo. As mais importantes são Lei dos Senos e Lei dos Cossenos. 2. LEI DOS SENOS Demonstra-se que "em todo triângulo, as medidas dos lados são proporcionais aos senos dos ângulos opostos, e a razão de proporcionalidade é a medida do diâmetro do círculo circunscrito ao triângulo". 14 – a b c ––––––– = ––––––– = ––––––– = 2R sen A sen B sen C C3_SOROCABA_MAT_TEO_Rose_2014 10/02/14 14:01 Página 15 3. LEI DOS COSSENOS Demonstra-se que "em todo triângulo, o quadrado da medida de um lado é igual à soma dos quadrados das medidas dos outros lados, menos o dobro do produto destas medidas pelo cosseno do ângulo que eles formam". ^ a2 = b2 + c2 – 2 b c cos A MÓDULO 21 Coordenadas Cartesianas Ortogonais 1. DEFINIÇÃO Consideremos dois eixos x e y perpendiculares em O e seja α o plano determinado por eles. Temos, assim, o sistema de eixos cartesianos ortogonais. O plano α fica assim dividido: Notando que (a; b) = (c; d) ⇔ a = c e b = d, concluímos que a cada ponto P do plano α corresponde um único par ordenado (xp; yp) que o representa. Dessa forma, podemos admitir que, em Geometria Analítica, conhecer um ponto significa conhecer suas coordenadas. Assim: • Ao pedir um ponto, estamos pedindo suas coordenadas. • Ao dar um ponto, estamos dando suas coordenadas. A partir das definições, notamos que: I. O ponto P(xp; yp) pertence ao eixo das abscissas se, e somente se, yp = 0. Simbolicamente: P(xp; yp) ∈ Ox ⇔ yp = 0 Tomemos agora um ponto P qualquer do plano α e por ele conduzamos perpendiculares aos eixos, as quais interceptarão x e y em P1 e P2 respectivamente. II. O ponto P(xp; yp) pertence ao eixo das ordenadas se, e somente se, xp = 0. Simbolicamente: Define-se: P(xp; yp) ∈ Oy ⇔ xp = 0 • Abscissa de P é o número real xp = OP1. • Ordenada de P é o número real yp = OP2. • Coordenadas de P são os números reais xp e yp indicados por (xp; yp). • x ou Ox é o eixo das abscissas. • y ou Oy é o eixo das ordenadas. • O (0; 0) é a origem do sistema cartesiano ortogonal. – 15 C3_SOROCABA_MAT_TEO_Rose_2014 10/02/14 14:01 Página 16 III.O ponto P(xp; yp) pertence à bissetriz (r) dos quadrantes ímpares se, e somente se, xp = yp. Simbolicamente: P(xp; yp) ∈ r ⇔ xp = yp IV. O ponto P(xp; yp) pertence à bissetriz (s) dos quadrantes pares se, e somente se, xp = – yp. Simbolicamente: P(xp; yp) 2. DISTÂNCIA ENTRE DOIS PONTOS Consideremos dois pontos quaisquer, A(xA; yA) e B(xB; yB). No triângulo ABC, AC = xB – xA, BC = yB – yA e (AB)2 = (AC)2 + (BC)2 ⇔ AB = (xB – xA)2 + (yB – yA)2 . Notando que a ordem dos termos em cada diferença não ∈ s ⇔ xp = – yp altera o cálculo da distância entre os pontos A e B, podemos escrever AB = (xB – xA)2 + (yB – yA)2 = (Δx)2 + (Δy)2 assim: Δx = xB – xA = xA – xB e Δy = yB – yA = yA – yB MÓDULO 22 Razão de Secção 1. DEFINIÇÃO — Razão de secção de um segmento AB (A ≠ B) por um ponto C(C ≠ B) da mesma reta suporte de AB é o número real r, tal que: AC r = ––––– CB Temos: xC – xA yC – yA r = ––––––––––– = ––––––––––– xB – x C yB – yC Observação ❑ Problema I Dados A (xA, yA), B(xB, yB) e C(xC, yC), obter r. 16 – — • r > 0 ⇔ C interno a AB — • r < 0 ⇔ C externo a AB — • r = 1 ⇔ C ponto médio de AB C3_SOROCABA_MAT_TEO_Rose_2014 10/02/14 14:01 Página 17 ❑ ❑ Problema II Dados A (xA, yA), B(xB, yB) e r ≠ – 1, obter C(xC, yC). xA + r . xB yA + r . yB C –––––––––––––, –––––––––––– 1+r 1+r ( Temos: MÓDULO 23 ) Seja o determinante xA xB xC yA yB yC 1 1 1 ( ) Alinhamento de Três Pontos e Curvas 1. ALINHAMENTO DE TRÊS PONTOS (ÁREA DE UM TRIÂNGULO) D= Caso particular Dados A (xA,yA) e B(xB, yB), obter M, ponto médio de AB (r = 1). xA + xB yA + yB M ––––––––– , ––––––––– Temos: 2 2 constituído pelos pontos A(xA; yA), A determinação dos interceptos é feita da seguinte maneira: • toma-se y = 0, na equação da curva, calculando-se o valor de x; • toma-se x = 0, na equação da curva, calculando-se o valor de y. B(xB; yB) e C(xC; yC), não coincidentes. Temos que • A C.N.S para que A, B e C sejam colineares é D = 0. • A C.N.S para que A, B e C formem um triângulo é D ≠ 0, e nesse caso, a área do triângulo será D S = –––––– 2 Exemplo • Os interceptos da curva de equação x + 2y – 5 = 0 ( 5 2 ) são 0; –– e (5; 0), pois 5 2 Para x = 0 ⇒ 0 + 2y – 5 = 0 ⇒ y = –– Para y = 0 ⇒ x + 2 . 0 – 5 ⇒ x = 5 ❑ Intersecção As intersecções de duas curvas são os pontos de encontro das duas curvas. Exemplos • Os pontos A(2; 3), B(0; 1) e C(1; 2) estão alinha2 3 1 dos, pois D = 0 1 1 = 0 1 2 1 • Os pontos A(1; 3), B(0; 1 alinhados, pois D = 0 3 –1) 3 –1 2 e C(3; 2) não estão 1 1 =9≠0 1 E, portanto, são vértices de um triângulo de área 9 9 D = –––– ⇒ S = ––– 2 2 5. CURVAS ❑ Interceptos Os interceptos de uma curva são os pontos em que a curva corta os eixos coordenados. As coordenadas dos pontos de intersecção são as soluções reais, obtidas na resolução do sistema determinado pelas equações das duas curvas. Exemplo • Obter a intersecção das retas: (r) x + 2y – 5 = 0 e (s) x – y + 1 = 0 Resolução Considerando o sistema determinado pelas retas r e s, temos { x + 2y – 5 = 0 x – y + 1 = 0 (I) (II) • fazendo I – II, temos 3y – 6 = 0 ⇒ y = 2 • substituindo y = 2 em I, x + 2 . 2 – 5 = 0 ⇒ ⇒ x=1 Resposta: A intersecção das retas r e s é o ponto (1; 2). – 17 C3_SOROCABA_MAT_TEO_Rose_2014 10/02/14 14:01 Página 18 Equação Geral da Reta MÓDULO 24 1. TEOREMA “A toda reta r do plano cartesiano, associa-se uma equação do tipo ax + by + c = 0, com a e b não simultaneamente nulos.” 2. DETERMINAÇÃO DA EQUAÇÃO GERAL DA RETA reta, então suas coordenadas satisfazem à equação da reta, isto é, axp + byp + c = 0, e reciprocamente. Exemplo • O ponto C (2; 3) pertence à reta de equação x – y + 1 = 0, pois suas coordenadas satisfazem a equação da reta. Com efeito, temos 2–3+1=0 . • Podemos também demonstrar o seguinte: Teorema: Toda equação do 1o. grau do tipo ax + by + c = 0, com a e b não simultaneamente nulos, é equação de uma reta. 3. CASOS PARTICULARES DA EQUAÇÃO DA RETA • x = k, k ≠ 0 (reta paralela ao eixo y) Seja r a reta do plano cartesiano, determinada pelos pontos A(xA; yA) e B(xB; yB). Tomemos P(x; y) um ponto qualquer de r. Teremos: P, A e B alinhados ⇒ x xA xB y yA yB 1 1 1 =0 • x = 0 (eixo y) Desenvolvendo-se o determinante, resulta: (yA – yB)x + (xB – xA)y + (xAyB – xByA) = 0 a e finalmente b c ax + by + c = 0 , com a e b não simultaneamente nulos, que é chamada Equação Geral da reta. Exemplos • Determine a equação geral da reta r que passa pelos pontos A (1; 2) e B (– 1; 0). Resolução Tomemos P (x; y) um ponto qualquer de r. Os pontos P, A e B estão alinhados, então: x y 1 1 2 1 =0 –1 0 1 Desenvolvendo o determinante: 2x – y + 2 – y = 0 ⇒ 2x – 2y + 2 = 0 ⇒ x – y + 1 = 0 Resposta: A equação da reta r é x – y + 1 = 0. Observações • Lembre-se sempre de que, na equação: ax + by + c = 0, x e y são as coordenadas de um ponto qualquer dessa reta. Isso significa que, se um ponto P(xp, yp) pertence à 18 – • y = k, k ≠ 0 (reta paralela ao eixo x) • y = 0 (eixo x) C3_SOROCABA_MAT_TEO_Rose_2014 10/02/14 14:01 Página 19 FRENTE 4 Álgebra e Geometria dos Sólidos MÓDULO 19 Probabilidade da União e Probabilidade Condicional 1. UNIÃO DE DOIS EVENTOS • Sendo A e B dois eventos de um espaço amostral S, a probabilidade de ocorrer A ou B é dada por: P(A ∪ B) = P(A) + P(B) – P(A ∩ B) • Se A ∩ B = ø, A e B são chamados eventos mutuamente exclusivos e: P(A ∪ B) = P(A) + P(B) Logo: P(A ∪ B) = P(A) + P(B) – P(A ∩ B) = 5 3 1 7 = –– + –– – –– = –– = 70% 10 10 10 10 • Considerando a urna do exemplo anterior e os eventos “número ímpar” (C), e “múltiplo de 6” (D), temos: P(C ∪ D) = P(C) + P(D), pois C e D são mutuamente exclusivos. Portanto: 5 1 6 P(C ∪ D) = –– + –– = –– = 60% 10 10 10 2. PROBABILIDADE CONDICIONAL Dados dois eventos A e B de um espaço amostral S ≠ Ø, chama-se probabilidade de A condicionada a B a probabilidade de ocorrer A, sabendo-se que já ocorreu ou vai ocorrer o evento B. Indica-se por P(A / B). P(A ∩ B) P(A / B) = –––––––––––– P(B) • Se A ∩ B = ø e A ∪ B = S, A e B são chamados eventos exaustivos e: P(A ∪ B) = P(A) + P(B) = 1 Exemplos • Numa urna, existem 10 bolas numeradas de 1 a 10. Retirando uma bola ao acaso, qual a probabilidade de ocorrer múltiplo de 2 ou múltiplo de 3? O espaço amostral é: S = {1, 2, 3, ... , 10} “Múltiplo de 2” é o evento: A = {2, 4, 6, 8, 10} “Múltiplo de 3” é o evento: B = {3, 6, 9} Exemplo Numa urna, existem quatro bolas brancas, numeradas de 1 a 4, e seis bolas pretas, numeradas de 1 a 6. Retirando-se uma bola ao acaso, observa-se que ela é preta. Qual a probabilidade de seu número ser par? Sendo A o evento “número par” e B, “bola preta”, 3 temos: ––– P(A ∩ B) 10 1 P(A | B) = ––––––––– = ––––– = –– P(B) 2 6 ––– 10 Observação Para esse problema, basta considerar como espaço amostral o conjunto dos números das bolas pretas, isto é, {1, 2, 3, 4, 5, 6} e a probabilidade de o resultado ser 1 3 par é –– = –– . 6 2 – 19 C3_SOROCABA_MAT_TEO_Rose_2014 10/02/14 14:01 Página 20 MÓDULO 20 Probabilidade da Intersecção e Lei Binomial de Probabilidade 1. INTERSECÇÃO DE DOIS EVENTOS 1 1 1 1 P(A ∩ C) = –– e P(A) . P(C) = –– . –– = –– 5 2 2 4 P(A ∩ B) = P(A) . P(B/A) = P(B) . P(A/B) ❑ 2. LEI BINOMIAL DE PROBABILIDADE Eventos independentes Os eventos A e B de um espaço amostral S são independentes se P(A/B) = P(A). ❑ Propriedade A e B dependentes ⇔ P(A ∩ B) ≠ P(A) . P(B) A e B independentes ⇔ P(A ∩ B) = P(A) . P(B) Exemplos Numa urna, existem quatro bolas brancas numeradas de 1 a 4 e seis bolas pretas numeradas de 1 a 6; considere os eventos A, B e C, respectivamente, “número par”, “bola preta” e “número primo”. A e B são independentes, pois: 1 1 P(A | B) = –– e P(A) = –– 2 2 Repetindo n vezes uma experiência em que um evento A tem probabilidade de ocorrer igual a p, qual a probabilidade de ocorrer k vezes o evento A? Se ocorre k vezes o evento A num total de n, — consequentemente ocorre n – k vezes o evento A. Se a probabilidade de ocorrer A é p, então a pro— babilidade de ocorrer A é 1 – p. Assim, a probabilidade — de ocorrer k vezes o evento A, e n – k vezes o evento A, numa certa ordem, é: pk . (1 – p)n – k Como são possíveis Cn,k ou Cn,n – k ordens diferentes, a probabilidade procurada é: Cn,k . pk . (1 – p)n – k Exemplo Um dado não viciado é lançado seis vezes. Qual a probabilidade de ocorrer o resultado 5, exatamente duas vezes? Resolução 1 São possíveis C6,2 ordens diferentes e, como p = –– 6 5 e 1 – p = –– , temos que a probabilidade procurada é: 6 A e C não são independentes, pois 2 1 P(A | C) = –– e P(A) = –– 5 2 Assim, P(A ∩ B) = P(A) . P(B) = 1 3 3 = –– . –– = –– 2 5 10 625 3 125 = ––––––– ≅ 20% ( ) . ( ––56 ) =15 . –––––––– 46 656 15 552 e P(A ∩ C) ≠ P(A) . P(C) 1 C6,2 . –– 6 Observe que MÓDULO 21 Prismas 1. DEFINIÇÃO E ELEMENTOS Consideremos uma região poligonal com n lados e uma reta não paralela nem contida no plano do polígono. Chama-se PRISMA à união de todos os segmentos congruentes com um extremo na região e paralelos à reta. 20 – 2 4 C3_SOROCABA_MAT_TEO_Rose_2014 10/02/14 14:01 Página 21 A1 A2 A3 … An e B1 B2 B3 … Bn são polígonos côngruos e paralelos chamados BASES. –––––– –––––– A 1B 1 , A 2B 2 , ––––– …, AnBn são segmentos côngruos e paralelos chamados ARESTAS LATERAIS. –———— ––––––– –––––– –––––– –––––– ––––––– A1 A2, A2 A3 , …, An–1 An , B1 B2 , B2 B3 , … Bn–1 Bn são chamados ARESTAS DAS BASES. A1 A2 B2 B1, A2 A3 B3 B2, … são paralelogramos chamados FACES LATERAIS. h, distância entre as duas bases, é chamada de ALTURA DO PRISMA. 2. CLASSIFICAÇÃO Os prismas podem ser RETOS OU OBLÍQUOS, conforme as arestas laterais sejam ou não perpendiculares às bases. 4. ÁREAS E VOLUMES Sendo Al a área lateral de um prisma (soma das áreas de cada face lateral), Ab a área de uma de suas bases e At a sua área total, temos: At = Al + 2 . Ab Num prisma, cuja área da base é Ab e a altura é h, o volume é dado por: V = Ab . h Nos prismas retos, as faces laterais são retângulos. Os prismas retos, cujas bases são polígonos regulares, são denominados PRISMAS REGULARES. 3. NATUREZA Os prismas são triangulares, quadrangulares, pentagonais, hexagonais etc., conforme suas bases sejam triângulos, quadriláteros, pentágonos, hexágonos etc. MÓDULO 22 Paralelepípedos e Cubos 1. PARALELEPÍPEDOS São prismas cujas bases são paralelogramos. 2. PARALELEPÍPEDO RETO-RETÂNGULO Paralelepípedo reto-retângulo ou paralelepípedo retângulo é todo paralelepípedo reto (prisma reto) cujas bases são retângulos. – 21 C3_SOROCABA_MAT_TEO_Rose_2014 10/02/14 14:01 Página 22 ___ As suas seis faces são retângulos. AG é uma de suas diagonais. Num paralelepípedo reto-retângulo de dimensões a, b, e c, sendo D a medida de uma de suas diagonais, At sua área total e V o seu volume, têm-se: Num cubo de aresta a, têm-se: D= a2 + b2 + c2 At = 2 (ab + ac + bc) V=a.b.c 3. HEXAEDRO REGULAR (CUBO) É o paralelepípedo reto-retângulo (prisma) cujas seis faces (duas bases e quatro laterais) são quadrados. MÓDULO 23 Af = a2 (área da face) At = 6 a2 (área total) D = a 3 (diagonal) V = a3 (volume) Pirâmide 1. DEFINIÇÃO E ELEMENTOS Dados um plano α, um ponto V, tais que V ∉ α e uma região poligonal S do plano α, chama-se pirâmide a — união de todos os segmentos VP em que P ∈ S. O ponto V é denominado vértice e a região poligonal S é denominada base da pirâmide. Na pirâmide da figura, temos: — — — • Arestas laterais: VA, VB, VC, … • Faces laterais: ΔVAB, ΔVBC, ΔVCD, … — — — • Arestas da base: AB, BC, CD, … • Altura da pirâmide: h (distância de V a α) 2. NATUREZA As pirâmides são triangulares, quadrangulares, pentagonais, hexagonais etc., conforme suas bases sejam triângulos, quadriláteros, pentágonos, hexágonos etc. 3. PIRÂMIDE RETA E PIRÂMIDE REGULAR Uma pirâmide é RETA quando a projeção ortogonal do vértice incide sobre o centro do polígono da base. Uma pirâmide é denominada REGULAR quando é reta e o polígono da base é regular. 22 – C3_SOROCABA_MAT_TEO_Rose_2014 10/02/14 14:01 Página 23 ✍ Exercícios Resolvidos 1. Determinar a área lateral de uma pirâmide quadrangular regular cuja base tem 64 m2 de área e cuja altura mede 3 m. Resolução Ab = l2 = 64 ⇒ l = 8 m Na pirâmide regular da figura, temos: a) OA = R é o raio da circunferência circunscrita à base e é denominado simplesmente raio da base; b) OM = a é denominado apótema da base; c) VM = g é denominado apótema da pirâmide (altura de uma face lateral); d) g2 = a2 + h2 ; e) (VA)2 = R2 + h2. 4. CÁLCULO DE ÁREAS E VOLUMES Para qualquer pirâmide, têm-se: • Área lateral (Aᐉ) É a soma das áreas das faces laterais da pirâmide. Assim: Al = A1 + A2 + A3 …, + An, sendo que A1, A2, A3, …, No triângulo VOH, temos l g2 = a2 + 32 e a = ––– = 4 m, então: 2 g2 = 42 + 32 ⇒ g = 5 m l.g Al = 4 . ––––– = 2 . 8 . 5 ⇒ Al = 80 m2 2 Resposta: 80 m2 2. Calcular a área total da pirâmide do exercício anterior. Resolução Al = 80 m2 Ab = 64 m2 At = Al + Ab Assim: At = 80 m2 + 64 m2 ⇒ At = 144 m2 Resposta: 144 m2 3. Calcular o volume de uma pirâmide hexagonal regular de aresta da base l e altura l. Resolução An são as áreas das faces laterais. • Área total (At) É a soma da área lateral e da área da base. Assim: At = Al + Ab • Volume (V) É a terça parte do volume de um prisma de mesma base e mesma altura. Assim: 1 A .h V = –– 3 b 33 l2 l23 Ab = 6 . –––––– = ––––––– 2 4 h=l 1 V = –– . Ab . h 3 33l2 3l3 1 . –––––– Assim: V = –– . l ⇔ V = ––––– 2 2 3 3l3 Resposta: ––––– 2 – 23 C3_SOROCABA_MAT_TEO_Rose_2014 10/02/14 14:01 Página 24 MÓDULO 24 Tetraedro Regular e Tronco de Pirâmide 1) As arestas laterais e a altura ficam divididas na mesma razão: 1. TETRAEDRO REGULAR É a pirâmide triangular que possui as seis arestas congruentes entre si. VA’ VB’ VC’ h –––– = –––– = –––– = … = ––– VA VB VC H 2) A secção obtida e a base são polígonos semelhantes. 3) A razão entre as áreas da secção (As) e da base (Ab) é igual ao quadrado da razão entre suas distâncias ao vértice. As h –––– = ––– Ab H 2 ( ) 4) A “parte” (região) da pirâmide compreendida A altura, a área total e o volume de um tetraedro regular de aresta a são dados, respectivamente, por: a 6 h = –––––– 3 At = a2 3 a3 2 V = –––––– 12 entre a base e a citada secção é denominada TRONCO DE PIRÂMIDE DE BASES PARALELAS. 3. CÁLCULO DO VOLUME DE UM TRONCO DE PIRÂMIDE DE BASES PARALELAS 2. SECÇÃO PARALELA À BASE DE UMA PIRÂMIDE Sendo AB e Ab as áreas das bases, H, a altura (distância entre os planos das bases) e V, o volume de Quando interceptamos todas as arestas laterais da pirâmide por um plano paralelo à base, que não contém a base nem o vértice, obtemos uma secção poligonal tal que: 24 – um tronco de pirâmide de bases paralelas, tem-se: H V = ––– 3 ( AB + Ab + AB . Ab )