Metabolismo de Proteínas: Aminoácidos Aminoácidos Glicina: tem um H no grupo R; único sem carbono quiral Carbono quiral: moléculas opticamente ativas (giram luz polarizada). Enântiomeros/estereoisômeros: imagens especulares não superponíveis. Podem ser D ou L (gliceraldeído). Curvas de titulação de Aas Ligação peptídica Oxidação de Aminoácidos Oxidação de Aminoácidos AAs podem sofrer degradação metabólica em 3 condições diferentes: Síntese e degradação normais das proteínas celulares Dieta rica em proteínas: AAs ingeridos em excesso serão catabolizados Diabetes ou jejum severo: proteínas servem como combustível e gliconeogênese Proteínas da dieta Transferência de grupo amino Todos os tecidos NH2 + α-cetoglutarato Glutamato + NH2 Apenas no músculo: Piruvato + NH2 Glutamato Glutamina Alanina Transferência de grupo amino Transferência de grupo amino Aminotransferases (transaminases): removem grupo amino dos Aas. α-cetoglutarato + L-alanina L-glutamato + Piruvato alanina aminotransferase Vitamina B6 - todas as aminotransferases. Amônia tóxica Sérios efeitos tóxicos no cérebro: alcalinização e interferência nos componentes do CAC. NH4+ NH3 + H+ pK = 9,5 Amônia interfere com os níveis de ATP, diminuindo sua concentração. Perda de glutamato: glutamato e GABA (derivado dele) - neurotransmissores. Ciclo da glicose-alanina Ciclo da uréia Ciclo da uréia Custo energético: 2 grupos amino e 1 HCO3- formam uma uréia. 2 NH4+ + HCO3- + 3ATP + H2O uréia + 2ADP + 4Pi + AMP + 5H+ 4 grupos fosfatos de alta energia: 2 ATP para formar carbamil-P e 1 ATP para a síntese da arginina (clivado em AMP + PPi). Regulação do C da uréia Curto prazo: regulação alostérica das enzimas do ciclo; maior produção de carbamil-P e acelera o funcionamento das enzimas. Longo prazo: regulado pela velocidade na síntese das enzimas envolvidas. Defeitos genéticos Dificuldades na conversão de amônia em uréia. Não se adaptam à dieta muito protéica. Amônia provoca retardo no desenvolvimento, distúrbios mentais, coma e morte. Pacientes tratados com α-cetoácidos análogos dos AA essenciais (ingeridos). Oxidação de Aas Oxidação de Aas Oxidação de Aas Imunonutrição: dietoterapia antioxidante Cirurgias, traumas e queimaduras: induzem resposta inflamatória que pode ser excessiva e prejudicar os pacientes. Hiperinflamação: provoca imunossupressão, aumentando chances de infecção. Síndrome séptica: morbidade e mortalidade. Alguns nutrientes ajudam a modular a inflamação (estresse oxidativo), mantendo ou melhorando a função imune. Glutamina AA (não essencial), abundante no organismo e relacionada em numerosos processos metabólicos. Níveis baixos estão associados com alterações da imunidade, alteração na estrutura e função da mucosa intestinal, diminuição da capacidade antioxidante. Modificações na sensibilidade à insulina em enfermidades graves. Pacientes críticos: caracterizados por stress oxidativo e baixa imunológica; alto risco de sepsis, tempo prolongado no hospital e alta taxa de mortalidade. Glutamina componente essencial da glutationa, um antioxidante. Ajuda o rim a excretar uréia e também facilita a preservação da massa corporal por auxiliar na síntese de purinas e pirimidinas, além das proteínas musculares. Ajuda a manter a barreira intestinal e a imunidade celular por servir como combustível para os enterócitos e linfócitos. Glutamina Resultados com suplementação de glutamina: contraditórios. Necessário conhecer a farmacocinética dos enfermos para se determinar a dose eficaz. A via parenteral é mais eficaz que a enteral. Alguns pacientes apresentam claros benefícios com a suplementação (cirurgia, trauma e transplante de medula óssea). Glutamina Artigo: Levantamento dos estudos de suplementação de glutamina em crianças gravemente doentes entre 1992 e 2003. Não houve efeito sobre o tempo de internação, custos hospitalares e mortalidade. O número reduzido de pacientes e a heterogeneidade do grupo etário, doenças e via de administração são fatores que limitam a interpretação dos resultados. Glutamina Estudos com ratos e humanos não apresentaram benefícios clínicos ou bioquímicos. Estudos estão sendo realizados com populações mais heterogêneas para que se entendam melhor estes casos. Arginina Misturas de imunonutrientes por via enteral, incluindo a arginina, tem sido extensamente usadas em pacientes críticos. As evidências indicam eficácia em pacientes cirúrgicos, mas, o assunto permanece controverso em pacientes criticamente doentes, já que alguns estudos mostraram aumento de mortalidade com as tais misturas. Arginina Os dados da literatura são insuficientes para se definir o tempo e a dosagem. Pacientes com câncer: reduzir o crescimento do tumor e a incidência de metástases. Controvérsia: dosagem ótima e os tipos de câncer mais indicados para este tratamento. Necessidade de mais estudos. Triptofano (serotonina) Crianças com diabetes mellitus insulina dependente em idade escolar: fração de triptofano livre e a razão triptofano livre/aminoácidos, significativamente reduzidas. Sugere diminuição no transporte dos aminoácidos para o cérebro e na síntese de serotonina, similar ao observado em animais diabéticos. Triptofano (serotonina) Observações podem ser relevantes para patofisiologia e as características clínicas relacionadas com a alteração no metabolismo da serotonina e neurotransmissão no cérebro. Pode estar relacionada com desordens neuropsiquiátricas em crianças diabéticas. Triptofano (serotonina) Serotonina: parece causar rápida estimulação na captação de glicose em células de músculo esquelético isolado de rato. Captação atribuída a um aumento de GLUT1, GLUT3 e GLUT4 na membrana plasmática, mediado por um receptor específico. Resultados indicam que músculo esquelético de ratos e humanos podem expressar um receptor específico que estimula a captação da glicose rapidamente por um mecanismo independente dos sinais da insulina. Aminoácidos de cadeia ramificada Maior parte do catabolismo de Aas: fígado 3 Aas de cadeia ramificada (leucina, isoleucina e valina): oxidados como combustível principalmente nos tecidos muscular, adiposo, renal e cerebral. Aminoácidos de cadeia ramificada Doença da urina em xarope: genética e rara. 3 Aas se acumulam sangue e urina. Não tratada: retardo mental, levando à morte na 1a infância (odor característico na urina). Controle rígido da dieta limitando a ingestão dos 3 Aas (suficiente para crescimento normal). Fenilcetonúria Fenilalanina hidroxilase (fenilalanina em tirosina) Via secundária acionada: fenilalanina transaminada com piruvato = fenilpiruvato. Fenilalanina e fenilpiruvato: acúmulo no sangue, tecidos e excretados na urina. Fenilpiruvato fenilacetato (odor característico na urina). Fenilcetonúria Retardo mental grave Ingestão de fenilalanina e tirosina reguladas e a quantidade de proteína ingerida controlada. Integração do Metabolismo: Fígado Integração do Metabolismo: Fígado Integração do Metabolismo: Fígado Integração do Metabolismo: Tecido Adiposo Uns 15% da massa de um adulto médio. Adipócitos respondem rápido à hormônios. Insulina: converte glicose em acetil-coA; síntese de AG. Maior síntese de AG ocorre no fígado. Adipócitos: armazenam TG sintetizados no hepatócito (VLDL) e que chegam do trato intestinal (quilomícrons). Integração do Metabolismo: músculo esquelético Responsável por mais de 50% do O2 total consumido pelo homem em repouso e 90% se houver trabalho muscular muito ativo. Trabalho mecânico de forma intermitente. Epinefrina: degradação de glicogênio muscular. Creatina-fosfato: possuem muita fosfocreatina Fosfocreatina Integração do Metabolismo: músculo esquelético Repouso: usa mais AG do tecido adiposo e corpos cetônicos (CC) do fígado. Moderadamente ativos: glicose sanguínea, além dos AG e dos CC. Muito ativos: oxigênio no sangue não é suficiente para via aeróbica. Glicogênio muscular degradado fermentação láctica complementando via aeróbica (pode gerar fadiga) Fosfocreatina Integração do Metabolismo: músculo cardíaco Continuamente ativo; ritmo regular de contração e relaxamento. Usa metabolismo aeróbico sempre e possui muito mais mitocôndrias que o músculo esquelético. Combustível: glicose, AG e CC. Não há grandes quantidades de lipídios ou glicogênio. Muito sensível à falta de O2 Integração do Metabolismo: cérebro Usa, normalmente, apenas glicose como combustível. Quase 20% do total de O2 consumido por um homem: em repouso Quase não possui glicogênio e depende da glicose sanguínea - Hipoglicemia Não usa lipídios ou AG do sangue diretamente, pode usar corpos cetônicos. CC: ajuda a poupar proteínas musculares (gliconeogênese). Glicose no plasma Hormônios Comunica células e tecidos: mensageiro químico Sistema neuro-endócrino Hormônios de ação lenta e de ação rápida Hormônios Hormônios tireoidianos Glândula tireóide: T3 (triiodotironina) e T4 (tiroxina) - Ação lenta. Estimulam metabolismo produtor de energia no fígado e no músculo, principalmente. Taxa metabólica basal: consumo de O2 por um indivíduo em repouso, 12 horas após a refeição. Hipertireoidismo: taxa elevada. Hormônio Epinefrina Hormônio Epinefrina Hormônio Glucagon Hormônio Insulina Desnutrição e Jejum Balanço energético negativo Mecanismos moleculares: transdução de sinal - AMPc Mecanismos moleculares: transdução de sinal - AMPc Mecanismos moleculares: transdução de sinal - AMPc Mecanismos moleculares: transdução de sinal - AMPc Trabalho muscular Concentração de ATP: energia para uns 2 seg de atividade muscular intensa. FC está em concentração de 3-5 vezes maior que a de ATP Continuidade da contração muscular: glicogênio muscular (liberação de Ca+2 e epinefrina). Glicogênio muscular: consumido com 2 minutos de esforço muscular intenso Trabalho muscular Sistemas circulatório e respiratório são ativados e a oxidação aeróbica vai aumentando. Epinefrina: chegada de AGs aumenta e sua oxidação vai ganhando importância à medida que a reserva de glicogênio diminui. Após 3 min de exercício vigoroso: trabalho muscular feito principalmente pela oxidação aeróbica (corrida de 1500m, ciclismo e maratona). Fadiga muscular Incapacidade de manter contração, após estimulação repetida do músculo. Exercícios de curta duração: associada à depleção de glicogênio muscular. Formação de lactato libera H+ pH do músculo pode cair de 7,4 para 6,4 Atividade física regular Melhora capacidade cardiorrespiratória e fluxo sanguíneo fica mais eficiente Aumenta [DPG]: diminuindo a afinidade da Hb pelo O2, facilitando sua liberação. Aumenta [enzimas] musculares da oxidação de AGs e do CAC. Depósito de glicogênio nos músculos aumenta. Atividade física regular – GLUT 4 GLUT4: responsável pelo transporte de glicose em células do tecido adiposo e muscular; pode ser aumentado por insulina umas 10 vezes. Insulina mobiliza moléculas de permease (armazenados em vesículas) do interior da célula para a membrana plasmática. Atividade física: aumenta GLUT4 nas membranas das fibras musculares Atividade física regular Pode alterar parcialmente distribuição de tipos de fibras (corredor de longa distância precisa de muitas fibras vermelhas). Suplementações nutricionais (ingestão de Aas, carnitina, etc.) não contribuem de forma significativa para melhorar o desempenho físico. Hipoglicemia e intoxicação alcoólica Álcool é metabolizado no fígado e convertido em acetaldeído. Ocorre formação de NADH no citossol e isto favorece a formação de lactato. Aumento de NADH desvia intermediários da gliconeogênese (inibe) Desnutrição ou jejum: quase sem glicogênio. Hipoglicemia: agitação, julgamento diminuído e agressividade. OBRIGADA !! [email protected] Referências Bibliográficas LEHNINGER, A.L., NELSON, D.L. e FOX, M.M. - Princípios de Bioquímica 3a edição Editora Sarvier. 2003. CHAMPE, P. e HARVEY, R. - Bioquímica Ilustrada 3a edição. Editora Artmed. 2006. 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