1 ANÁLISE DA OCORRÊNCIA DE ENCAMINHAMENTOS DE PACIENTES POR MÉDICOS GINECOLOGISTAS E OBSTETRAS DA CIDADE TUBARÃO – SC, PARA TRATAMENTO FISIOTERAPÊUTICO Analysis of occurrence of pacients’ leading by gynecologists and obtetrics doctors in Tubarão – SC, to physiotherapic treatment. Tassiane Salvan Marques – Acadêmica do 8º semestre de Graduação em Fisioterapia da Universidade do Sul de Santa Catarina – UNISUL, campus Tubarão. Inês Almansa Vinadé – Bacharel em Fisioterapeuta, professora da Universidade do Sul de Santa Catarina – UNISUL, campus Tubarão. Endereço para correspondência: Tassiane Salvan Marques Fone: (48) 3646-1273 Fax: (48) 3644-0439 E-mail: [email protected] 2 RESUMO O constante desenvolvimento do conhecimento humano gera novas áreas de atuação e novas especialidades que, por sua vez, propiciam melhor resolução das afecções que atingem o ser humano. Porém, o fisioterapeuta tem sido durante anos, na verdade, desde pelo menos 1912, um membro importante da equipe de ginecologia e obstetrícia. A fisioterapia ginecológica e obstétrica refere-se a uma área que necessita de conhecimentos multidisciplinares e trabalho interdisciplinar. Fisioterapia é uma ciência da saúde que estuda, previne e trata as alterações que ocorrem no fisiológico humano, portanto, tratamento fisioterapêutico trata os distúrbios cinéticos funcionais intercorrentes em órgãos e sistemas do corpo humano. Entretanto, interdisciplinariedade é a união dos componentes distintos de duas ou mais disciplinas no tratamento, conduzindo a novos conhecimentos que não seriam possíveis se não fosse esta integração. Esta pesquisa tem como objetivo conhecer a proporção de encaminhamentos de pacientes por médicos ginecologistas e obstetras da cidade Tubarão – SC, para tratamento fisioterapêutico. Este estudo é do tipo descritivo, quantitativo, de levantamento e observacional. Ao longo de julho de 2006 a pesquisa de campo foi realizada, mediante a aplicação de um questionário, há uma amostra de nove médicos ginecologistas e obstetras da cidade Tubarão - SC. Os resultados alcançados atenderam às necessidades dos objetivos pré-estabelecidos, ou seja, evidenciou-se o trabalho interdisciplinar entre fisioterapeutas e médicos ginecologistas e obstetras da cidade Tubarão – SC, no tratamento de pacientes em período pós-cirúrgico de mastectomia; no tratamento de patologias como disfunção sexual e incontinência urinária, e ainda, nas alterações da gestação, puerpério e climatério. Palavras-chaves: fisioterapia, ginecologia, obstetrícia, interdisciplinariedade. 3 ABSTRACT The constant development of humen knowledge creates new áreas of action and new specialities that, in their turn, appease better resolution of affections that affect human being. However, physiotherapist has been for years, truly, at least since 1912, an important member of gynecological and obstetrics groups. Gynecological physiotherapy is refered to an area that require multidisciplinary knowledges and interdisciplinary work. Physiotherapy is a health science that studies and treat the alterations that occur in human physiologic, therefore, physioterapic treatment approaches the intercurrent kinetic and functional disturbes in organs and systems of human body. However, interdisciplinary is the union of distinct components of their two or more disciplines in treatment, conducing to new knowledgements that wouldn’t be possible if there wasn’t this integration. This research has as objective to know the proportion of pacients’ leading by gynecologists and obtetrics doctors in Tubarão – SC, to physiotherapic treatment. This study is descritive, quantitative, surveing and observational. Along july 2006 the field research was realized, with application of a questionary, with a sample of nine gynecologist and obstetrics doctors of Tubarão – SC. The achieved results attended to necessities of pre-stabilished objectives, or it means that it was evidenced that the interdisciplinary work between physiotherapists and gynecologist and obstetric doctors in Tubarão – SC, in treatment of pacients in post-operative of mastectomy period; in treatmento of patologies like sexual disfunction and urinary incontinence, and in alterations of gestation, puerperium and climacterium. Key-words: Physiotherapy; Gynecology; Obstetrics; Interdisciplinary. 4 INTRODUÇÃO Dentro do contexto atual da sociedade em que vivemos, a mulher destaca-se como um ícone de vaidade e beleza. Sendo assim, qualquer alteração na sua imagem acarreta modificações no seu cotidiano. Hoje, a mulher procura estar satisfeita em todas as áreas, seja na profissão, na família ou com a vida sexual. Atualmente, vem aumentando o índice de centros de saúde compostos por profissionais atuantes em diferentes áreas da saúde (médicos, psicólogos, fonoaudiólogos, odontólogos, fisioterapeutas), pois, percebe-se, que em eventuais necessidades do paciente, os atendimentos podem solucionar de forma mais coerente e rápida as alterações existentes. Hoje, temos uma crescente integração das diversas áreas da saúde, com o intuito de proporcionar ao paciente a cura efetiva, já que o ser humano é um “todo” em funcionamento e não partes isoladas em ação 1,2. Portanto, proporcionar ao paciente confiabilidade, comodidade e qualidade de vida, são possíveis com trabalho em equipe interdisciplinar. Contudo, infelizmente, a interdisciplinaridade não está totalmente presente em nossa área de saúde, muitas são as falhas encontradas no que se diz respeito à prevenção, reabilitação e ao tratamento de pacientes. Um exemplo de trabalho em equipe interdisciplinar ocorreu entre fisioterapeutas e médicos ginecologistas e obstetras no tratamento de pacientes em período pós-cirúrgico de mastectomia; no tratamento de patologias como disfunção sexual e incontinência urinária, e ainda, nas alterações da gestação, puerpério e climatério. Entre estas duas classes de profissionais (médicos e fisioterapeutas), o trabalho interdisciplinar, foi iniciado mediante protocolo de encaminhamento médico dos pacientes para os serviços de fisioterapia. No tratamento fisioterapêutico utilizam-se várias técnicas, entre elas, a cinesioterapia, eletroterapia, massoterapia, hidroterapia, que proporcionam não só um alívio das condições sintomatológicas da paciente, como também, o restabelecimento do estado hígido da mesma, representando a fisioterapia, um grupo de ações de suporte, importante para o sucesso do tratamento de pacientes com disfunções ginecológicas e obstétricas. Neste trabalho foi abordado a interdisciplinariedade mediante encaminhamentos de pacientes por profissionais da área da medicina ginecológica e 5 obstétrica para profissionais da área da fisioterapia ginecológica e obstétrica, juntamente com a análise das variáveis correlacionadas. Em busca da operacionalização do problema para este trabalho, colocouse como questionamento, os seguintes quesitos: qual é o índice de encaminhamento médico para a fisioterapia? Há conhecimento dos benefícios da fisioterapia ginecológica e obstétrica por parte dos médicos destas áreas? Existe trabalho interdisciplinar entre fisioterapeutas e médicos ginecologistas e obstetras? Quais as situações clínicas encaminhadas com mais freqüência para fisioterapia? Com a pesquisa, foi possível constatar o número de médicos ginecologistas e obstetras que conhecem ou desconhecem a eficácia do tratamento fisioterapêutico e, quantos destes, encaminham à fisioterapia. Este trabalho mostra também, as situações clínicas mais encaminhadas para a fisioterapia; a freqüência dos encaminhamentos dentro de um período mensal e os benefícios de um trabalho em equipe interdisciplinar entre fisioterapeutas e médicos ginecologistas e obstetras, na cidade Tubarão - SC. Portanto, conhecer a porcentagem de encaminhamentos por esses médicos para a fisioterapia, faz tornar visível, se há ou não, conhecimento por parte destes (médicos), sobre procedimentos próprios do fisioterapeuta, aplicados à ginecologia e à obstetrícia. Para a paciente, significa oportunidades de prevenção e de melhora em seu quadro patológico, que na maioria das vezes, segundo a literatura, não apresenta necessidade da prática de técnicas invasivas. Isso reflete na sociedade, pois a mesma, passará a ter maior satisfação, tranqüilidade e a certeza de um atendimento coerente as suas necessidades. O objetivo geral desta pesquisa foi conhecer a proporção de encaminhamentos de pacientes por médicos ginecologistas e obstetras da cidade Tubarão – SC, para tratamento fisioterapêutico. Já os objetivos específicos: verificar se há conhecimento sobre a fisioterapia ginecológica e obstétrica e seus benefícios por parte dos médicos especializados nestas áreas; identificar se há ocorrência de trabalho em equipe interdisciplinar entre estas duas classes de profissionais (médicos e fisioterapeutas); conhecer as situações ginecológicas e obstétricas mais atendidas e encaminhadas pelos médicos à fisioterapia; conhecer a proporção de pacientes com diagnóstico favorável após procedimentos de fisioterapia em um novo contato com o médico. 6 MÉTODOS O tipo de pesquisa quanto ao nível, classifica-se como descritiva, pois, segundo Rudio 3, “[...] abrange uma faixa muito extensa de investigações, feita com o objetivo de identificar falhas ou erros, descrever procedimentos, descobrir tendências, reconhecer interesses, valores [...]”, pesquisa esta, relacionada aos encaminhamentos de pacientes por médicos ginecologistas e obstetras para tratamento fisioterapêutico. Segundo Gil 4, “[...] as pesquisas descritivas têm como objetivo primordial à descrição das características de determinada população ou fenômeno ou, então, o estabelecimento de relações entre variáveis.” Quanto à abordagem, classifica-se como quantitativa, pois se realizou a análise estatística à avaliação das respostas de um número significativo de indivíduos que receberam o questionário contendo perguntas abertas e fechadas. Segundo Gil 4, “[...] os dados obtidos mediante levantamento podem ser agrupados em tabelas, possibilitando sua análise estatística. As variáveis em estudo podem ser quantificadas, permitindo o uso de correlações e outros procedimentos estatísticos.” Para a coleta de dados na pesquisa de levantamento, podem ser utilizadas as técnicas de interrogação: questionário, entrevista ou formulário 4. Portanto, utilizando o questionário, o tipo de pesquisa quanto ao procedimento utilizado na coleta de dados, classifica-se como de levantamento, pois, segundo Gil 4, “[...] procede-se à solicitação de informações a um grupo significativo de pessoas acerca do problema estudado para, em seguida, mediante análise quantitativa, obterem-se as conclusões correspondentes aos dados coletados.” Segundo Vieira e Hossne 5, “[...] os estudos observacionais são feitos para levantar fatores de risco para as doenças [...]”, portanto, o não encaminhamento de pacientes para tratamento fisioterapêutico, os quais, portadores de patologias ginecológicas e/ou obstétricas, que necessitam da assistência de outra especialidade, pode gerar risco a qualidade de vida pelo agravamento da doença. Para realização desta pesquisa, que ocorreu ao longo de julho de 2006, a população abrangida envolveu dez médicos especializados na área de Ginecologia e Obstetrícia da cidade Tubarão - SC, registrados no Conselho Regional de 7 Medicina - CREMESC, cadastrados na região de Tubarão - SC e com situação profissional ativa. Quanto à amostra, ficou limitada a nove médicos especializados na área de Ginecologia e Obstetrícia da cidade Tubarão – SC, registrados no Conselho Regional de Medicina - CREMESC, cadastrados na região de Tubarão – SC, com situação profissional ativa e que devolveram o questionário devidamente respondido. Quanto ao décimo médico, por apresentar uma situação profissional inativa, foi excluído da pesquisa. Quanto aos procedimentos utilizados na coleta de dados, após estabelecer contato com a Delegacia do Conselho Regional de Medicina de Tubarão - SC, por telefone, houve a orientação de enviar, via fax, um ofício para a Sede do Conselho Regional de Medicina de Florianópolis - SC, explicando os objetivos e as necessidades da solicitação da quantidade de médicos especializados na área de Ginecologia e Obstetrícia cadastrados na região de Tubarão – SC, juntamente com alguns dados pessoais. Após proceder como descrito acima, houve o recebimento, via correio, do ofício da Sede do Conselho Regional de Medicina de Florianópolis – SC, relatando a impossibilidade de fornecer os dados solicitados, porém, sugerindo como referência, o Portal de Medicina, que atendeu às necessidades pré-solicitadas, podendo-se então, dar início à pesquisa de campo. Ao identificar um dos locais de trabalho dos médicos, a Carta Explicativa, o Termo de Consentimento Livre e o questionário, foram entregues pessoalmente a cada um deles. A data de entrega do questionário devidamente preenchido, foi dez dias no máximo, após o recebimento do mesmo, ficando a cargo da pesquisadora, fazer o recolhimento. Cada questionário tinha um número de registro para identificar a quantidade de médicos ginecologistas e obstetras que devolveram o mesmo à pesquisadora. Após encerrar o período disponível aos médicos ginecologistas e obstetras para o preenchimento do questionário, foi realizado o recolhimento dos mesmos, porém, alguns se apresentavam preenchidos de maneira incorreta e alguns não preenchidos. Diante disto, foi realizada, no mesmo momento, uma entrevista para o preenchimento correto do questionário. 8 O instrumento utilizado para coleta de dados foi o questionário, que segundo Gil 4, “[...] é uma técnica de investigação composta por um número mais ou menos elevado de questões apresentadas por escrito aos indivíduos participantes do estudo [...].” Segundo Marconi e Lakatos 6, “[...] questionário é um instrumento de coleta de dados constituído por uma série ordenada de perguntas, que devem ser respondidas por escrito e sem a presença do entrevistador.” O questionário utilizado era composto por dezoito perguntas fechadas. Os dados coletados foram analisados através de estatística descritiva simples e indicados em tabelas e gráficos, utilizando o software Microsoft Excel 98. RESULTADOS Apresenta-se a seguir os resultados (sob a forma de gráficos e tabelas) obtidos mediante a aplicação de um questionário composto por dezoito questões fechadas, a uma amostra de nove médicos especializados em Ginecologia e Obstetrícia da região de Tubarão – SC, os quais, gentilmente colaboraram para a presente pesquisa, devolvendo-o respondido. Masculino Feminino 44% 56% Gráfico 1 – Profissionais por gênero No Gráfico 1, podemos observar uma leve predominância do gênero masculino sobre o gênero feminino entre os profissionais questionados, havendo portanto, uma diferença de 11,2%. 29I-------39 22% 34% 39I-------49 49I-------59 59I-------69 33% 11% Gráfico 2 – Profissionais por idade (anos) 9 Quanto aos anos de idade, houve uma freqüência de sete profissionais classificados na fase adulta, representando 78%. Na classificação de velhice, apenas dois profissionais encaixaram-se, representando 22%. As idades de 29-39 anos e 49-59 anos, quase igualaram-se em relação a quantidade de profissionais para cada uma delas, totalizando 67% (Gráfico 2). 40 31 30 20 20 Anos de 20 atuação 10 3 4 9 Méd1 Méd2 Méd3 Méd4 Méd5 Méd6 Méd7 Méd8 Méd9 36 24 10 0 1 Profissionais Gráfico 3 – Tempo de atuação na área por médico Quanto aos anos de atuação na área, houve uma maior incidência de profissionais nos anos de 0-9 e de 20-29, totalizando 66,7%. Enquanto, entre os anos de 10-19 e 30-39, totalizaram apenas 33,3%. Ou seja, através da análise e interpretação do Gráfico 3, situado acima, podemos identificar que três profissionais pertencem à classificação de 0-9 anos de atuação; um pertence à classificação de 10-19 anos; três pertencem à classificação de 20-29 anos e dois pertencem à classificação de 30-39 anos de atuação. 10 8 Número de 6 médicos 4 2 0 Sim Não 1 2 Conhecimento Gráfico 4 – Conhecimento dos médicos sobre fisioterapia ginecológica e obstétrica e seus benefícios Quando os nove médicos foram questionados quanto ao conhecimento sobre a fisioterapia ginecológica e obstétrica e seus benefícios, obteve-se 100,0% de tomada do conhecimento da mesma (Gráfico 4). Isso deixa definido a base 10 principal para o encaminhamento médico de pacientes e conseqüentemente, um trabalho interdisciplinar. 8 8 6 Número de profissionais 4 1 2 0 1 Sim Não 2 Encaminhamento Gráfico 5 – Ocorrência de encaminhamento de pacientes para fisioterapia Em relação à ocorrência de encaminhamento médico de pacientes para tratamento fisioterapêutico, houve uma diferença de 77,8% entre o sim e o não, estando este último com 11,1%, correspondendo a um médico que, mesmo possuindo conhecimento sobre a fisioterapia ginecológica e obstétrica e seus benefícios, não realizava o encaminhamento de seus pacientes. Diante disto, impossibilitou a porcentagem absoluta de encaminhamentos para fisioterapia, assim, 30 22 22 4 7 2 4 1 Puerpério 6 Climatério 6 Pósoperatório de 1 Período gestacional 15 8 Disfunção sexual 35 30 25 20 15 10 5 0 Incontinência urinária % permanecendo com 88,9% (Gráfico 5). Gráfico 6 – Situações clínicas encaminhadas para fisioterapia Em conformidade com o Gráfico 6, que representam as situações clínicas encaminhadas para fisioterapia, visualiza-se uma alta freqüência para incontinência urinária (30%), disfunção sexual (22%), período gestacional (22%) e pós-operatório de mastectomia (15%), considerando que os médicos pesquisados poderiam assinalar mais de uma alternativa. 11 100 80 Menos de 5/mês Número de 60 encaminhament 40 os 20 Até 5/mês Mais de 5/mês Total 0 f % Gráfico 7 – Freqüência mensal dos encaminhamentos para fisioterapia Quando os médicos foram questionados quanto à freqüência mensal dos encaminhamentos de pacientes para tratamento fisioterapêutico, destacou-se a freqüência de até cinco pacientes/mês (62,5%), enquanto a freqüência de menos cinco pacientes/mês ficou com 37,5%. De acordo com o Gráfico 5, dentre nove médicos, um deles não realizava encaminhamentos para fisioterapia. Porém, com oito médicos encaminhantes, concluiu-se uma média de 336 atendimentos/mês por médico, representando 100,0%, e destes atendimentos, apenas 5 pacientes/mês são encaminhamentos para fisioterapia, correspondendo a 1,49%, o que indica uma porcentagem extremamente baixa para uma média de 336 atendimentos/mês (Gráfico 7). Tabela 1 – Proporção de pacientes com diagnóstico favorável após fisioterapia Número de médicos Proporção 4 100% 1 60% 1 50% 3 0% Em conformidade com a Tabela 1, percebe-se que dentre nove médicos, dois, não tiveram o retorno de suas pacientes após encaminhamento para fisioterapia e um, não realizava o encaminhamento. Porém, dentre seis médicos que tiveram o prazer de receber novamente suas pacientes após procedimentos de fisioterapia, quatro, em uma nova avaliação médica, constataram um aproveitamento de 100,0%, estando os motivos do tratamento médico e fisioterapêutico resolvidos. 12 Diante do exposto, observa-se a importância do trabalho interdisciplinar na obtenção de sucesso na qualidade de vida e o início de uma reestruturação no atendimento de saúde à população. Segundo Rebelatto 7 , “[...] o tratamento só terá sucesso se o profissional associar o conhecimento científico e prático juntamente com a colaboração do paciente.” DISCUSSÃO A área da saúde é um campo em constante mudança, portanto, a medida que as novas pesquisas ampliam nossos conhecimentos, tornam-se necessárias e adequadas modificações terapêuticas. Em 1912, uma grande fisioterapeuta, a Sra. Minnie Randall, foi uma das primeiras a levar os princípios da fisioterapia à obstetrícia, quando o Dr. Fairbain, obstetra chefe da Escola de Massagem e Ginásticas Médicas em Londres, acreditando em “obstetrícia preventiva”, lhe pediu para planejar um sistema de “exercícios de cama”, pois, logo após o parto, as mães permaneciam na cama durante aproximadamente três semanas. Os exercícios foram planejados para auxiliar a recuperação física pós-parto e para ensinar a mulher a repousar através do relaxamento. Mais tarde, os mesmos retomaram a atenção para a orientação prénatal. 8 Segundo Polden e Mantle 8, “[...] desde então, muitas mudanças têm ocorrido na fisioterapia obstétrica e na obstetrícia, e muitos fisioterapeutas dedicados, têm adicionado suas habilidades à especialidade que inclui a ginecologia.” Segundo Moreno 9, “[...] o constante desenvolvimento do conhecimento humano gera novas áreas de atuação e novas especialidades que, por sua vez, propiciam melhor resolução das afecções que atingem o ser humano.” Porém, “[...] o fisioterapeuta tem sido durante anos, na verdade, desde pelo menos 1912, um membro importante da equipe de ginecologia e obstetrícia.” 8 A área da saúde é um campo em constante mudança, mas isso não faz com que o fisioterapeuta se inclua no papel de obstetra e de ginecologista, e sim, na obstetrícia e na ginecologia sob todos os aspectos, tendo um papel essencial que não pode ser adequadamente assumido por outros que não tenham passado por um mesmo treinamento. 8 13 A fisioterapia ginecológica e obstétrica refere-se a uma área que necessita de conhecimentos multidisciplinares e trabalho interdisciplinar, quais sejam ginecológicos, urológicos, fisioterapêuticos, psicológicos e de enfermagem. 9 Como em toda área do conhecimento, seus conceitos sofrem rápidas e grandes mudanças, o que obriga o fisioterapeuta, portanto, a estar em constante atualização para continuar oferecendo a melhor opção diagnóstica e terapêutica para seus pacientes, surgindo assim, conseqüentemente, novas e/ou aprimoradas técnicas e formas de intervenção fisioterapêutica com o objetivo de desempenhar papel central na resolução de diversas patologias. 9 No decorrer dos anos, a atuação da fisioterapia na área de ginecologia e obstetrícia vem ganhando espaço por participar das várias fases da vida da mulher, cuidando do seu bem-estar e promovendo sua saúde, contribuindo para a manutenção da auto-estima e qualidade de vida. Tem demonstrado reconhecida importância e eficácia no tratamento de várias patologias como câncer de mama e incontinência urinária ou na prevenção de desconfortos que podem acompanhar processos fisiológicos como a gestação ou climatério. A fisioterapia completa e efetiva é essencial neste campo, tendo o fisioterapeuta o compromisso de executar o seu trabalho antes de tentar passar suas habilidades a outros profissionais, pois a indicação de um bom fisioterapeuta, com discernimento adequado de tais problemas e das terapias adequadas, poderia melhorar muito a qualidade de vida de pacientes. 8 “Tem sido por muito tempo sugerido que as mulheres, cujas vidas eram preenchidas com duros trabalhos ativos e que estavam, conseqüentemente, fisicamente adaptadas, tendiam a ter partos mais fáceis do que aquelas com estilos de vida mais sedentários.” 8 Do ponto de vista dinâmico, é saudável que a gestante exerça atividades e exercícios físicos específicos que lhe beneficie sobremaneira na adaptação de sua nova estrutura corporal. Os fisioterapeutas obstetras que trabalham nos países ocidentais ricos, onde as mulheres estão progressivamente tendo uma melhor qualidade de parto, jamais devem se esquecer das menos assistidas, para quem simplesmente sobreviver à gravidez e dar à luz um bebê saudável e que cresça até a maioridade, pode ser tudo o que importa. 8 14 O papel do fisioterapeuta obstetra é ajudar a mulher a ajustar-se às mudanças físicas do começo ao fim da gravidez e do puerpério, de modo que o estresse possa ser minimizado. Avaliará e tratará de quaisquer problemas esquelético e muscular. É um professor experiente de relaxamento efetivo, respiração e posicionamentos, ajudando ainda, na preparação da mulher para o parto. No período pós-parto dará conselhos sobre atividade física, ensinará exercícios pós-parto e, quando necessário, dará tratamentos especializados. 8 Representando um membro de valor para a equipe de orientação, prevenção, condução de pré-natais e tratamento, o fisioterapeuta obstetra com seu papel essencial, não pode ser adequadamente assumido por pessoas sem o mesmo treinamento. Antes de iniciar a “preparação para o parto”, os fisioterapeutas obstetras devem lembrar-se que as mulheres têm esperanças, temores e anseios diferentes para o parto. Algumas irão querer lidar com essa imensa experiência emocional e física por conta própria, com a menor intervenção possível. Outras irão planejar fazer uso de qualquer tecnologia disponível para ajudá-las a passar rapidamente e de forma indolor por esse fato. 8 Portanto, a fisioterapia no pré-parto auxilia no relaxamento, utilizando técnicas de massoterapia na região lombar e cervical, principalmente; na constante mudança do posicionamento, para acelerar o processo de dilatação durante a fase de dilatação, trabalhando anteversão e retroversão sobre a bola terapêutica para aumentar a pressão intra-abdominal; no incentivo da respiração lenta e profunda, aumentando a ventilação, promovendo o relaxamento e diminuindo o gasto energético e; na aplicação de eletroanalgesia. Segundo Polden e Mantle 8, “[...] não há dúvidas de que uma mulher sentirá ter mais controle, confiança e capacidade de enfrentar o parto, se tiver algo que possa fazer ou usar durante as suas contrações.” Segundo Rezende 10 , “[...] puerpério trata-se do período que se prolonga por seis a oito semanas após o parto, no qual, ocorrem modificações involuntárias decorrentes da gravidez, voltando o corpo materno ao estado pré-gravídico.” Segundo a Sociedade de Obstetrícia e Ginecologia de Minas Gerais 11 , “[...] a deambulação precoce previne a tromboembolia e estimula a micção e o funcionamento intestinal, já nos partos vaginais com episiotomia, o emprego de gelo na região perineal reduz edema e dor.” 15 O plano de intervenção fisioterapêutica baseia-se em técnicas de relaxamento, posicionamento adequado no leito, cinesioterapia, dessensibilização das regiões da incisão cirúrgica, drenagem das mamas, treinamento aeróbico. Faz parte dos cuidados fisioterapêuticos, de puerpérias, a eletroterapia analgésica e a laserterapia com a finalidade de promover analgesia e cicatrização, seja nas incisões de cesárias, de episiotomias ou nas fissuras mamilares. Tais procedimentos promovem, respectivamente, condição de deambulação precoce e condições de continuidade no processo de amamentação. Segundo Giraud et al 12 , “[...] o climatério é o período que vai desde o momento em que ocorrem os primeiros sinais clínicos e biológicos da menopausa até um ano de amenorréia.” “As primeiras manifestações clínicas do climatério ocorrem em média por volta dos 47 anos de idade, e as primeiras manifestações biológicas surgem por volta dos 38 a 40 anos.” 12 Com base no descrito acima, a fisioterapia tem como objetivo prevenir e conservar a saúde; minimizar os sintomas vasomotores; aumentar a capacidade aeróbica e cardiorespiratória; manter o equilíbrio, força, flexibilidade, agilidade, amplitude de movimento e conscientização corporal; hidroterapia; cinesioterapia; massoterapia; técnicas de propriocepção; prevenir e/ou tratar a incontinência urinária através dos exercícios de Kegel, baseando-se num plano de treinamento aeróbico. 13 Sexualidade é um tema complexo que abrange múltiplas abordagens desde aspectos biológicos, fisiológicos, antropológicos, socioculturais e até psicológicos. A mesma projeta-se em todo o corpo, não limitando-se apenas aos órgãos sexuais ou ao ato sexual. Assim o sexo tem fundamental importância na vida das pessoas, repercutindo no comportamento cotidiano destas. A Organização Mundial de Saúde (OMS) estipula que a felicidade sexual é uma condição inseparável da questão da saúde, onde a falta de prazer pode desencadear múltiplos problemas como constante tensão e mau humor, depressão, insônia. 14 Segundo Quintas 15 , “[...] disfunção sexual é um problema relacionado com a inadequação da resposta sexual, ou seja, mulheres que não sentem desejo sexual ou que não obtenham orgasmo.” 16 Portanto, a fisioterapia procura, através de exercícios perineais, da utilização de complementos (cones vaginais), fortalecer a musculatura perineal e conseqüentemente melhorar o orgasmo feminino, já que a disfunção orgásmica da mulher pode ser em grande parte atribuída à diminuição da força ou prejuízo desta musculatura, e que a sensação vaginal e a freqüência de orgasmo podem ser aumentadas com a prática de exercícios perineais, devendo haver também, a intervenção de técnicas de relaxamento global, conscientização corporal e exercícios respiratórios. “Cerca de 45% da população feminina apresenta algum tipo de incontinência urinária. Estima-se que 50% das pacientes tenham incontinência urinária de esforço; 20% tenham incontinência urinária de urgência.” 16 “Embora a incontinência urinária não produza morbidade nem mortalidade aumentadas, sua ocorrência pode causar tamanho constrangimento pessoal e social que leve a paciente a sentir-se verdadeiramente enferma.” 16 Portanto, o plano de tratamento fisioterapêutico baseia-se “[...] na conscientização da contração e relaxamento da musculatura do assoalho pélvico; trabalho manual de palpação vaginal para maior controle das técnicas; utilização de cones vaginais; biofeedback muscular; eletroestimulação; cinesioterapia; correção da estática lombo-pélvica.” 17 “A estimulação elétrica das fibras musculares da pelve ou o uso de dispositivos mecânicos vaginais, podem ser usados naquelas pacientes sem condições clínicas para cirurgia.” 16 O sucesso da fisioterapia depende da motivação tanto da paciente como de seu fisioterapeuta, sendo melhor sucedida em mulheres jovens, que apresentam menor grau de incompetência esfincteriana e naquelas que não possuem cirurgia prévia. Contudo, como é isenta de efeitos colaterais, pode ser oferecida como uma escolha a todas as pacientes motivadas, sendo alertadas que, caso necessário, poderão realizar a cirurgia. 16 A mama representa símbolo da feminilidade e, devido a essa significância é que as mulheres temem seu acometimento. “A mama por ser um órgão superficial, é de fácil encontro de anormalidades, quase sempre casual. Isso faz com que a mulher tema a possibilidade de doença maligna.” 17 17 Segundo Camargo e Marx 18 , o câncer de mama, hoje é a terceira principal causa de óbitos no mundo (12% atualmente), com cerca de 6 milhões de pacientes atingidos. De acordo com dados divulgados pela Organização Mundial de Saúde (OMS), no sul do Brasil, o câncer de mama é o que mais leva mulheres à óbito. 16 Segundo Piato 19 , “[...] os fatores de risco para o câncer de mama estão sendo reconhecidos, por isso, há tamanha importância à prevenção e ao rastreamento dessa temível doença.” Segundo Freitas et al 16 , o tratamento conservador é um método adequado como terapia primária para a maioria de mulheres com carcinoma de mama nos estágios iniciais. A proposta básica do tratamento conservador é obter o máximo de controle local e informação sobre a doença, com o mínimo de dano estético. No pós-operatório de mastectomia, há vários aspectos a serem trabalhados pela fisioterapia. Independente da técnica cirúrgica empregada, a reabilitação tem o objetivo principal, restabelecer, o mais rapidamente possível as funções dos segmentos acometidos, consistindo no controle e na melhora da qualidade de vida. 20 A fisioterapia, no período pré-operatório ao câncer de mama, tem como objetivo evitar complicações pulmonares; circulatórias; osteomusculares e orientar a respeito do pós-operatório, enfatizando o posicionamento adequado no leito e prevenção de postura antálgica. Já no pós-operatório, melhorar a expansibilidade e elasticidade da caixa torácica; a dinâmica tóraco-abdominal e a resistência física; promover a reeducação postural; a conscientização corporal e o relaxamento; prevenir a formação do linfedema e a retração cicatricial; manter e/ou melhorar a amplitude de movimento e a força muscular do membro acometido. 8,16,18 Os procedimentos fisioterapêuticos em mastectomia consistem em massoterapia (ao redor da cicatriz cirúrgica, para evitar aderências); cinesioterapia (visando o desenvolvimento, melhora, restauração e manutenção de força, resistência, mobilidade, flexibilidade e relaxamento); termoterapia (calor superficial na região posterior do tronco para redução do espasmo e relaxamento); crioterapia (redução da dor, do espasmo muscular e preparação para o exercício) e; treino de padrão diafragmático (para tosse produtiva e eficaz). 8,18,21 18 Segundo Rebelatto 7, equipe interdisciplinar é quando há a união dos componentes distintos de duas ou mais disciplinas na pesquisa, educação ou tratamento, conduzindo a novos conhecimentos que não seriam possíveis se não fosse esta integração, ou seja, ocorre quando profissionais de diferentes disciplinas se integram e contribuem para o atendimento do paciente, trabalhando confortavelmente e interagindo simultaneamente com o problema exposto em estudo, tendo cada membro da equipe responsabilidades específicas. Portanto, na equipe multidisciplinar não ocorre esta integração de disciplinas, o que deixa a desejar em relação à prática das linhas do conhecimento em benefício ao paciente em uma melhora precoce. 7 Segundo Polden e Mantle 8, Dame Josephine Barnes disse: “[...] eu, pessoalmente, fico feliz em dizer que, em todos os momentos da minha vida profissional em obstetrícia e ginecologia, estive sempre consciente da contribuição que os fisioterapeutas poderiam trazer para o nosso trabalho.” Uma das formas de ocorrência de trabalho interdisciplinar, é o encaminhamento médico, que segundo Rebelatto 7, “[...] consiste na orientação ao paciente, juntamente com sua história da doença pregressa e atual e a requisição e guia de prestação de serviços, a dirigir-se à outra especialidade de atendimento à saúde, visando adequado aprimoramento no tratamento de sua disfunção.” Isso demonstra o quanto é de suma importância a prática da interdisciplinariedade, havendo garantia de qualidade de vida e aplicação de variadas técnicas, métodos, recursos, que contribuem para um atendimento em saúde de forma completa e segura. CONCLUSÃO Diante desta pesquisa realizada mediante a aplicação de um questionário fechado, elaborado e aplicado pela pesquisadora, aos nove médicos especializados em Ginecologia e Obstetrícia da cidade Tubarão – SC, para a análise da ocorrência de encaminhamentos de pacientes para tratamento fisioterapêutico, verificou-se a participação destes médicos em uma equipe interdisciplinar (incluindo fisioterapeuta). Verificou-se também, a quantidade de médicos que conhecem a fisioterapia ginecológica e obstétrica e seus benefícios. Foi possível estabelecer as situações clínicas mais atendidas pelos médicos e as mais encaminhadas para 19 fisioterapia, além, da proporção de pacientes com diagnóstico favorável após procedimentos de fisioterapia em um novo contado com o médico. Conforme os objetivos do presente estudo e baseando-se nos resultados obtidos, formulou-se as seguintes constatações: Dentre os médicos pesquisados, 88,9% encaminham suas pacientes para tratamento fisioterapêutico; Em relação à inserção dos médicos em uma equipe interdisciplinar (composta por outras classes de profissionais, incluindo o fisioterapeuta), obteve-se 55,6%; É absoluto (100,0%) o número referente ao conhecimento dos médicos sobre a fisioterapia ginecológica e obstétrica e seus benefícios; As três situações clínicas mais atendidas pelos médicos pesquisados são: incontinência urinária (22,3%), período gestacional (18,5%) e em igualdade de porcentagem (14,8%) disfunção sexual e doenças do trato genital inferior. Porém, as três situações clínicas mais encaminhadas para fisioterapia são: incontinência urinária (29,7%), em igualdade de porcentagem (22,2%) disfunção sexual e período gestacional e, pós-operatório de mastectomia (14,8%); Dentre os seis médicos que tiveram o retorno de suas pacientes após procedimentos de fisioterapia, pouco mais da metade (66,7%), obtiveram um aproveitamento (100,0%) referente à solução dos motivos do tratamento médico e fisioterapêutico. Com base nos resultados obtidos através desta pesquisa, percebe-se que na cidade em estudo, a quantidade de médicos ginecologistas e obstetras é extremamente baixa, uma vez, que a população defini-se em aproximadamente 100 mil habitantes. Percebe-se também, uma porcentagem não muito satisfatória quanto ao trabalho em equipe interdisciplinar entre estas duas classes de profissionais (médicos e fisioterapeutas), pois, na cidade Tubarão – SC, uma cidade universitária, a oferta de profissionais fisioterapeutas é bastante alta, entretanto, para firmar e melhorar esta integração, sugere-se aos fisioterapeutas, que divulguem textos científicos na prática clínica relacionados com as situações clínicas mais atendidas e encaminhadas presentes deste estudo, mostrando os benefícios do trabalho em equipe interdisciplinar. Conforme descrito ao longo desta pesquisa e acima citado, a tomada de conhecimento pelos médicos sobre a fisioterapia ginecológica e obstétrica e seus 20 benefícios; a inserção médica em uma equipe interdisciplinar com presença de fisioterapeuta; a ocorrência de encaminhamentos de pacientes para fisioterapia; o conhecimento das situações clínicas mais atendidas e encaminhadas pelos médicos à fisioterapia e a proporção de pacientes com diagnóstico favorável após procedimentos de fisioterapia, são informações que nos permite avaliar a qualidade e não coerência do tratamento à saúde da população abrangida por estas duas classes de profissionais, podendo vir a servir como base para aperfeiçoamento exato de situações e/ou condutas, e ainda, como uma inspiração de modelo para outras classes de profissionais. AGRADECIMENTOS Muita luta, muitos desafios, muitas conquistas. O mundo não se constrói, nós nos construímos; somos colaboradores uns dos outros; por isso, meus agradecimentos a colaboração dos médicos pesquisados; a professora orientadora; ao professor coordenador do Trabalho de Conclusão de Curso; ao meu noivo; e aos meus pais, pela total dedicação e por estarmos juntos nessa etapa. REFERÊNCIAS 1 LOPES, G. et al. Patologia e terapia sexual. Rio de Janeiro: Medsi, 1995. 2 RODE, S. M.; BARROS, J. J. Tratamento das disfunções craniomandibulares ATM. São Paulo: Santos, 1995. 3 RUDIO, F. V. Introdução ao projeto de pesquisa científica. ed. 30. Petrópolis: Vozes, 2002. 4 GIL, A. C. Como elaborar projetos de pesquisa. 4. ed. São Paulo: Atlas, 2002. 5 VIEIRA, S.; HOSSNE, W. S. Metodologia científica para a área de saúde. Rio de Janeiro: Campus, 2002. 6 MARCONI, M. A.; LAKATOS, E. M. Técnicas de pesquisa: planejamento e execução de pesquisas, amostragens e técnicas de pesquisa, elaboração, análise e interpretação de dados. 4. ed. São Paulo: Atlas, 1999. 7 REBELATTO, J. R. Fisioterapia no Brasil: fundamentos para uma ação preventiva e perspectivas profissionais. 2. ed. São Paulo: Manole, 1999. 8 POLDEN, M.; MANTLE, J. Fisioterapia em obstetrícia e ginecologia. 2. ed. São Paulo: Santos, 2000. 9 MORENO, A. L. Fisioterapia em uroginecologia. São Paulo: Manole, 2004. 21 10 REZENDE, J. Obstetrícia. 8. ed. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 1998. 11 SOCIEDADE DE OBSTETRÍCIA E GINECOLOGIA DE MINAS GERAIS, Ginecologia e obstetrícia: manual para o TEGO. Rio de Janeiro: Medsi, 1997. 12 GIRAUD, J. R. et al. Ginecologia: conhecimentos e práticas. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2005. 13 REBELATTO, J. R.; MORELLI, J. G. S. Fisioterapia geriátrica: a prática da assistência ao idoso. São Paulo: Manole, 2004. 14 RABELLO, A. L. G. Proposta de tratamento fisioterapêutico através de exercícios perineais para mulheres com anorgasmia secundária. Reabilitar. São Paulo, ano 5, n. 19, 2003. Disponível em: <http//:www.revistareabilitar.com.br/edi.shtml> Acesso em: 05 out. 2006. 15 QUINTAS, F. Sexo e marginalidade: um estudo sobre a sexualidade feminina em camadas de baixa renda. Rio de Janeiro: Vozes, 2002. 16 FREITAS, F. et al. Rotinas em ginecologia e obstetrícia. 3. ed. Porto Alegre: Artes Médicas, 1997. 17 HALBE, H. W. Tratado de ginecologia. 3. ed. São Paulo: Rocca, 2000. v. 3. 18 CAMARGO, M. C.; MARX, A. G. Reabilitação física no câncer de mama. São Paulo: Roca, 2000. 19 PIATO, S. Tratado de ginecologia. São Paulo: Artes Médicas, 1997. 20 SALES, C. A. C. et al. Qualidade de vida de mulheres tratadas com câncer de mama: funcionamento social. Revista Brasileira de Cancerologia. São Paulo, v. 47, n. 3, p. 263, jul./set. 2001. 21 FREITAS JÚNIOR, R. et al. Linfedema em pacientes submetidas à mastectomia radical modificada. 2001. Disponível em: <http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0100-2032001000400002& lng=pt&nrm=iso>. Acesso em: 10 out. 2006.