REFLEXÃO 12ºano

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Resultados dos exames nacionais do Ensino Secundário - Projecto Escxel
A Escola Secundária Professor José Augusto Lucas (ESPJAL) tem feito um forte
investimento na qualidade da educação, que se reflecte na diversidade da oferta
formativa, na redução do insucesso e do abandono escolar, na orientação e
valorização profissional e formação para a cidadania.
Neste processo construtivo de procura de excelência, é fundamental avaliar o
desempenho dos nossos alunos identificando padrões e tendências para situá-los no
contexto nacional de forma a responder com eficácia aos desafios que a escola
enfrenta numa sociedade em permanente mudança.
A publicação do excelente relatório produzido pelo Centro de Estudos de Sociologia da
Universidade Nova de Lisboa (CESNOVA) para a Rede de Escolas de Excelência (escxel):
“Escola Secundária com 3º ciclo de Linda-a-Velha, Oeiras – Resultados dos exames do
12º ano de escolaridade, 2000-2009” [1], evidencia uma melhoria sustentada dos
resultados da ESPJAL relativamente aos exames do ensino secundário, traduzidos pela
redução do diferencial classificação interna de frequência – classificação de exame
(CIF-CE) e pela valorização da posição relativa da escola face à média nacional. Com
efeito, este relatório refere que a partir de 2006 a escola começou a destacar-se do
conjunto de escolas em torno da média nacional, aparecendo no patamar daquelas
que surgem valorizadas em cerca de 7%.
Apesar de se reconhecer ainda alguma instabilidade na aferição dos exames nacionais,
o relatório escxel refere que os anos de 2008 e de 2009 foram, quer em termos
relativos quer absolutos, os que registaram melhores resultados, evidenciando um
potencial para a ESPJAL se situar num patamar mais elevado, sugerindo inclusivamente
que a escola equacione a possibilidade de traçar como meta a obtenção de médias de
exame da escola acima dos 10% em relação à média nacional.
Ao longo dos anos, a ESPJAL tem procurado orientar-se por padrões de exigência cada
vez mais elevados e de referência mais rigorosos, facto que é evidenciado neste
relatório. Percebe-se que a escola tem conseguido resistir à pressão da comunidade
sobre a avaliação interna, na tentativa de facilitar o acesso a cursos do ensino superior
com maior procura, mostrando uma clara maturidade e independência por parte dos
professores nos processos de avaliação.
Numa recente análise elaborada pelo Conselho Pedagógico, decorrente da
monitorização interna do sucesso [2], onde se compararam as classificações obtidas no
2º período dos últimos três anos, evidenciou uma tendência positiva nos resultados
das disciplinas de Biologia/Geologia, História, Economia e Português e uma
estabilização nas disciplinas de Matemática A, Física/Química, Geografia e Geometria
Descritiva A. Esta tendência já havia sido referida no relatório da Inspecção Geral da
Educação [3] tendo sido elogiados os resultados nas disciplinas de Matemática e
Português.
O relatório escxel identifica relações CIF-CE diferenciadas com ganhos mais acentuados
nas disciplinas de Matemática A e, em certos aspectos, Economia A. Aponta ainda que
as disciplinas de Biologia/Geologia, Física/Química A e Geometria Descritiva A
apresentam um razoável potencial de melhoria apontando para um esforço de
capitação dos alunos de desempenho médio de forma a evitar uma proporção tão
elevada de classificações negativas.
Tem sido preocupação constante da ESPJAL reflectir sobre os indicadores de forma a
identificar causas e definir estratégias adequadas. Assim, a decisão desde o início de
adesão e valorização da realização dos diversos testes intermédios elaborados pelo
GAVE parece contribuir para a redução do desfasamento entre matérias e adequação a
critérios de correcção. Tem igualmente promovido projectos de Complemento
Curricular (Vertentes; Oficinas; Aulas Abertas; Clubes; aLer+), em períodos não
lectivos, valorizando as metodologias activas e experimentais como estratégias de
aprendizagem.
Factores intrínsecos dos alunos, como por exemplo diferentes níveis de motivação face
à maior ou menor facilidade no acesso aos cursos do ensino superior são factores que
têm sido identificados quando se analisam os resultados por disciplina e o seu
contributo para o resultado médio da escola. Se ao nível da Biologia/Geologia os
resultados parecem estar em progressão, a escola terá de continuar a investir em
estratégias nas disciplinas de Física e Química e Geometria Descritiva, que apresentam
maiores dificuldades, aumentando o equilíbrio nas formações específicas dos alunos.
O relatório escxel irá constituir um instrumento de reflexão e debate e espera-se que
resulte numa oportunidade de melhoria para a Escola. De facto, ao identificar as
tendências de desempenho dos alunos, contextualizadas com idênticos desempenhos
avaliados à escala nacional, e o diferencial entre a classificação interna e a classificação
de exame, vai permitir a construção ou o aperfeiçoamento de planos que deverão vir a
reverter na melhoria dos resultados da Escola. +
Referências:
[1] CESNOVA – escxel (2010): “Escola Secundária com 3º ciclo de Linda-a-Velha, Oeiras
– Resultados dos exames do 12º ano de escolaridade, 2000-2009”.
[2] Conselho Pedagógico (2010): Análise do sucesso – 2º período lectivo ESPJAL, Abril
2010.
[3] Inspecção Geral de Ensino (2009): Avaliação externa das escolas – Relatório de
escola: Escola Secundária de Linda-a-Velha, Oeiras.
Aprovado por unanimidade na reunião do Conselho Pedagógico de 5 de Maio de 2010.
O Presidente do Conselho Pedagógico
Carlos Guerreiro
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