Artigo 88hot!

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Seminário de Iniciação Científica e Tecnológica, 10., 2013, Belo Horizonte
Crescimento inicial da cultivar Catiguá MG2 em diferentes espaçamentos
Thiago Tavares Botelho(1), Vânia Aparecida Silva(2), Jeanny Alice Velloso(1),
Allan Teixeira Pasqualloto(3), Joao Marcos Rodrigues Lara Teixeira(3)
(1)
Bolsistas PIBIC FAPEMIG/EPAMIG, [email protected], [email protected];
(2)
Pesquisadora/Bolsista BIP FAPEMIG/EPAMIG - Lavras, [email protected];
(3)
Bolsistas PIBIC CNPq/UFLA-Lavras, [email protected],
[email protected]
INTRODUÇÃO
O café, por ser uma cultura perene, necessita de cuidadoso estudo e
critério para sua implantação. A escolha de uma cultivar para o plantio em uma
região deve ser feita de forma combinada com a adoção do sistema de
espaçamento adequado, já que seu desempenho é influenciado pelas
condições de cultivo.
A ferrugem-do-cafeeiro causada pelo fungo Hemileia vastatrix é a principal
doença do cafeeiro. A perda anual de produção de café no Brasil, em
consequência dessa doença, é muito grande, em razão das dificuldades para
seu total controle e, principalmente, da não adoção adequada de medidas de
controle por inúmeros cafeicultores. A utilização de cultivares resistentes
proporciona economia ao agricultor, uma vez que diminui o uso de defensivos
agrícolas.
Dessa forma, a cultivar Catiguá MG2 tem ganhado destaque entre os
produtores desde o seu lançamento, por ser produtiva e resistente às raças
prevalecentes do agente causador da ferrugem. Têm sido cultivada em sistema
adensado, na maioria das vezes, tanto na cafeicultura familiar quanto na
cafeicultura de montanha. Entretanto, não há informações sobre o melhor
espaçamento a ser adotado para cultivo dessa cultivar. Diante disso, objetivouse avaliar o crescimento inicial da cultivar Catiguá MG2 em diferentes
espaçamentos.
EPAMIG. Resumos expandidos
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MATERIAL E MÉTODO
O experimento foi instalado em março de 2011 na Fazenda Experimental
de São Sebastião do Paraíso (FESP) da EPAMIG Sul de Minas, utilizando-se a
cultivar Catiguá MG2, lançada pela EPAMIG e considerada promissora. Foram
adotados três espaçamentos de plantio entre plantas (0,6; 0,8 e 1,0 m) e dois
espaçamentos entre ruas (3,0 e 3,6 m). O delineamento utilizado foi o de
blocos ao acaso, com três repetições, totalizando 18 parcelas, no esquema
fatorial de 3 x 2. Cada parcela constituída por 25 plantas, as quais serão
consideradas apenas as quinze centrais, correspondendo a uma área total de
12.196,8 m2 nos dois experimentos.
A implantação e a condução foram feitas de acordo com as
recomendações técnicas para a cultura do cafeeiro, sendo as adubações
realizadas conforme Ribeiro, Guimarães e Alvarez V. (1999).
As avaliações de crescimento vegetativo foram realizadas aos 16 meses
após o plantio: diâmetro de caule medido a 10 cm acima do colo da planta, em
milímetros, com o auxílio de paquímetro; altura da planta medida a partir do
colo até o meristema apical, em metros; número de ramos plagiotrópicos,
avaliados por meio da contagem de todos os ramos laterais primários que
apresentaram tamanho superior a 5 cm; comprimento de ramos plagiotrópicos
avaliados pela medição de todos os ramos laterais primários. Também avaliouse o teor de clorofila na planta, com o auxílio do clorofilômetro Minolta Soil
Plant Analysis Development (SPAD 502), nos quatro quadrantes da planta
(REIS et al., 2006). A análise de variância foi feita no programa computacional
Sisvar (FERREIRA, 2011) e as médias submetidas ao teste de Tukey à
significância de 5%.
RESULTADOS E DISCUSSÃO
A análise de variância não mostrou significância para os efeitos principais
espaçamento entrelinhas e entre plantas da cultivar Catiguá sobre o diâmetro
de copa, diâmetro de caule, número de ramos, altura da planta e teor de
clorofila (Tabela 1).
Observa-se que os valores de diâmetro de caule variaram de 10,60 a
14,69 mm, o número de ramos variaram de 10,56 a 14,95 e a altura das
plantas de 32,88 a 40,39 cm (Tabela 2). Esses valores estão de acordo com
Seminário de Iniciação Científica e Tecnológica, 10., 2013, Belo Horizonte
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Carvalho et al. (2010), que em seus estudos com diversas cultivares, obtiveram
médias de 13,31 mm para diâmetro de caule, 13,90 ramos por planta e altura
de plantas igual a 45,65 cm para a cultivar Catiguá MG2.
Os diferentes espaçamentos não influenciaram no desenvolvimento
vegetativo inicial das plantas, pois ainda não se observa competição entre elas
por água e nutrientes. Uma vez que não foram constatadas diferenças nos
teores de clorofila, pode-se inferir também que o espaçamento não interferiu
nos teores de N do cafeeiro. De acordo com Reis et al. (2006), os teores de
clorofila correlacionam-se positivamente com nitrogênio e podem-se detectar
deficiências do nutriente.
CONCLUSÃO
Os espaçamentos entre plantas e entrelinhas estudados não interferiram
no desenvolvimento inicial e no teor de clorofila da cultivar Catiguá MG2.
Novas avaliações no decorrer do tempo serão essenciais para melhor
efeito dos diferentes espaçamentos sobre o desenvolvimento e a produtividade
da cultivar Catiguá MG2.
AGRADECIMENTO
À Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de Minas Gerais
(FAPEMIG), pelo financiamento das pesquisas e pelas bolsas concedidas.
REFERÊNCIAS
CARVALHO, A.M. de et al. Correlação entre crescimento e produtividade de
cultivares de café em diferentes regiões de Minas Gerais, Brasil. Pesquisa
Agropecuária Brasileira, Brasília, v.45, n.3, p.269-275, mar. 2010.
FERREIRA, D.F. Sisvar: a computer statistical analysis system. Ciência e
Agrotecnologia, Lavras, v.35, n.6, p.1039-1042, Nov./Dec. 2011.
REIS, A.R. dos et al. Diagnóstico da exigência do cafeeiro em nitrogênio pela
utilização do medidor portátil de clorofila. Bragantia, Campinas, v.65, n.1,
p.163-171, 2006.
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EPAMIG. Resumos expandidos
RIBEIRO, A.C.; GUIMARÃES, P.T.G.; ALVAREZ V., V.H. Recomendação
para uso de corretivos e fertilizantes em Minas Gerais: 5a aproximação.
Viçosa, MG: Comissão de Fertilidade do Solo do Estado de Minas Gerais,
1999. 359p.
Tabela 1 - Resumo da análise de variância, média e coeficiente de variação das características
vegetativas diâmetro de copa (DCO), diâmetro de caule (DCA), número de ramos
(NR), altura (ALT) e clorofila (CLO) na segunda avaliação da cultivar Catiguá
GL
Fonte de variação
QM
(DCO)
QM
(DCA)
QM
(NR)
QM
(ALT)
QM
(CLO)
Espaçamento entre as linhas
1
5,15
17,17
15,33
38,98
2,51
Espaçamento dentro das linhas
2
8,48
2,89
1,95
10,05
2,08
Espaçamento entre * espaço dentro
2
164,33
7,37
7,80
32,73
50,15
Blocos
2
161,88
15,23
22,67
49,29
34,06
Erro
10
68,75
6,69
9,95
36,95
33,17
Total corrigido
17
1362,10
135,10
179,74
592,64
506,80
Médias
36,53
12,74
13,22
37,26
59,78
CV%
22,70
20,31
22,86
16,31
9,63
NOTA: GL - Grande liberdade; QM - Quadrado médio.
Tabela 2 - Valores médios para características vegetativas diâmetro de copa (DCO), diâmetro
de caule (DCA), número de ramos (NR), altura da planta (ALT) e teor de clorofila
(CLO), obtidos na cultivar Catiguá durante a segunda avaliação
DCO
DCA
NR
ALT
CLO
Espaçamento
3,0m
3,6m
3,0m
3,6m
3,0m
3,6m
3,0m
3,6m
3,0m
3,6m
0,6m
41,74a 31,04a 14,69a 10,60a 14,95a 10,56a 40,39a 32,88a 62,82a 55,57a
0,8m
33,14a 37,71a 14,53a 12,42a 14,45a 13,27a 40,32a 37,18a 59,77a 60,98a
1,0m
33,12a 42,46a 11,93a 12,26a 13,04a 13,07a 35,49a 37,32a 57,89a 61,69a
NOTA: Espaçamentos entre ruas de 3,0 e 3,6m; e espaçamentos entre plantas de 0,6; 0,8; e 1,0m.
Médias seguidas de mesma letra na vertical não diferem entre si, pelo teste de Tukey, a
5% de probabilidade
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