UNIVERSIDADE FEDERAL DE OURO PRETO ESCOLA DE MINAS DEPARTAMENTO DE GEOLOGIA Dissertação de Mestrado GEOLOGIA E PETROGÊNESE NA REGIÃO DA PROVÍNCIA ESMERALDÍFERA DE ITABIRA, MG Carlos Eduardo Reinaldo Delgado Ouro Preto, Setembro de 2007 Livros Grátis http://www.livrosgratis.com.br Milhares de livros grátis para download. GEOLOGIA E PETROGÊNESE NA REGIÃO DA PROVÍNCIA ESMERALDÍFERA DE ITABIRA, MG FUNDAÇÃO UNIVERSIDADE FEDERAL DE OURO PRETO Reitor João Luiz Martins Vice-Reitor Antenor Rodrigues Barbosa Junior Pró-Reitor de Pesquisa e Pós-Graduação Tanus Jorge Nagem ESCOLA DE MINAS Diretor José Geraldo Arantes de Azevedo Brito Vice-Diretor Marco Túlio Ribeiro Evangelista DEPARTAMENTO DE GEOLOGIA Chefe Selma Maria Fernandes iii iv CONTRIBUIÇÕES ÀS CIÊNCIAS DA TERRA – VOL. 47 DISSERTAÇÃO DE MESTRADO Nº 259 GEOLOGIA E PETROGÊNESE NA REGIÃO DA PROVÍNCIA ESMERALDÍFERA DE ITABIRA, MG Carlos Eduardo Reinaldo Delgado Orientador Hanna Jordt-Evangelista Dissertação apresentada ao Programa de Pós-Graduação em Evolução Crustal e Recursos Naturais do Departamento de Geologia da Escola de Minas da Universidade Federal de Ouro Preto como requisito parcial à obtenção do Título de Mestre em Ciências Naturais, Área de Concentração: Mineralogia, Petrogênese e Depósitos Minerais OURO PRETO 2007 v Universidade Federal de Ouro Preto – http://www.ufop.br Escola de Minas - http://www.em.ufop.br Departamento de Geologia - http://www.degeo.ufop.br/ Programa de Pós-Graduação em Evolução Crustal e Recursos Naturais Campus Morro do Cruzeiro s/n - Bauxita 35.400-000 Ouro Preto, Minas Gerais Tel. (31) 3559-1600, Fax: (31) 3559-1606 e-mail: [email protected] Os direitos de tradução e reprodução reservados. Nenhuma parte desta publicação poderá ser gravada, armazenada em sistemas eletrônicos, fotocopiada ou reproduzida por meios mecânicos ou eletrônicos ou utilizada sem a observância das normas de direito autoral. ISSN 85-230-0108-6 Depósito Legal na Biblioteca Nacional Edição 1ª Catalogação elaborada pela Biblioteca Prof. Luciano Jacques de Moraes do Sistema de Bibliotecas e Informação - SISBIN - Universidade Federal de Ouro Preto D352g Delgado, Carlos Eduardo Reinaldo. Geologia e petrogênese na região da província esmeraldífera de Itabira, Minas Gerais [manuscrito] / Carlos Eduardo Reinaldo Delgado. – 2007 xix, 130f.: il.; color.; grafs. ; tabs.; mapas. Orientador: Profa. Dra. Hana Jordt-Evangelista. Dissertação (Mestrado) - Universidade Federal de Ouro Preto. Escola de Minas. Departamento de Engenharia de Minas. Programa de Pós-graduação em Engenharia Mineral. Área de concentração: Gemologia. Petrogênese 1. Geologia - Itabira (MG) - Teses. 2. Petrogênese - Itabira (MG) - Teses. 3. Esmeralda - Itabira (MG) - Teses. I. Universidade Federal de Ouro Preto. II. Título. CDU: 553.83(815.1) Catalogação: [email protected] vi Agradecimentos A Deus! A meus pais e minha irmã, pelo apoio sempre incondicional. Aos amigos e a todas as pessoas que de alguma forma contribuíram para a conquista desse objetivo! Muito devo à excelente pessoa que é a professora Hanna, sempre paciente e amiga. Agradeço a você pelo cuidado na orientação ao longo de todo o projeto, especialmente com relação aos seus comentários, discussões e revisões, sempre muito pertinentes. À FAPEMIG, pelo financiamento do projeto de pesquisa e a CAPES, pela bolsa de estudos. À Mina Rocha, que além de permitir a realização dos trabalhos de amostragem em suas minas subterrânea e a céu aberto ainda disponibilizou seus testemunhos de sondagem. Aos amigos Odantes e Paulo Henrique pelo apoio com a hospedagem durante a fase de campo. Ao DEGEO, pelo apoio financeiro e de logística, através dos laboratórios LOPAG, LAMIN, LGqA, de Difração de Raios-X e Microscopia Óptica e Eletrônica. Seus respectivos coordenadores e funcionários, que possibilitaram o preparo e análise das amostras coletadas em campo. Ao professor Farid Chemale Jr. do Laboratório de Geologia Isotópica do IG-UFRGS, pela gentileza na realização da datação da titanita por LAM-MC-ICPMS. A todos os amigos e professores do DEGEO, em especial aos novos amigos da Pós-Graduação, cujo agradável convívio foi essencial para a conclusão do presente trabalho. vii Sumário AGRADECIMENTOS .................................................................................................................. vii SUMÁRIO...................................................................................................................................... viii LISTA DE FIGURAS.................................................................................................................... xi LISTA DE TABELAS................................................................................................................... xvi RESUMO ....................................................................................................................................... xviii ABSTRACT ................................................................................................................................... xix CAPÍTULO 1. INTRODUÇÃO ................................................................................................... 1 1.1. Apresentação ............................................................................................................................ 1 1.2. Localização da Área Estudada.................................................................................................. 2 1.3. Objetivos e Relevância do Trabalho......................................................................................... 3 1.4. Materiais e Métodos ................................................................................................................. 3 1.4.1. Revisão Bibliográfica.................................................................................................. 3 1.4.2. Compilação Cartográfica............................................................................................. 3 1.4.3. Trabalhos de Campo.................................................................................................... 3 1.4.4. Preparo de Amostras ................................................................................................... 4 1.4.5. Análises Litogeoquímicas ........................................................................................... 5 1.4.6. Estudos Petrográficos e Petrológicos .......................................................................... 5 1.4.7. Tratamento e Análise dos Dados................................................................................. 6 CAPÍTULO 2. GEOLOGIA REGIONAL .................................................................................. 7 2.1. Trabalhos Anteriores ................................................................................................................ 7 2.2. Contexto Geotectônico ............................................................................................................. 8 2.3. Litoestratigrafia ........................................................................................................................ 10 2.3.1. Complexo Mantiqueira................................................................................................ 12 2.3.2. Seqüência Gnáissica-Anfibolítica ............................................................................... 12 2.3.3. Complexo Guanhães ................................................................................................... 13 2.3.4. Grupo Nova Lima (Supergrupo Rio das Velhas) ........................................................ 15 viii 2.3.5. Supergrupo Minas (indiviso) ...................................................................................... 15 2.3.6. Rochas igneas.............................................................................................................. 16 Suíte Borrachudos........................................................................................................... 16 Pegmatitos....................................................................................................................... 18 Máficas ........................................................................................................................... 18 2.4. Arcabouço Estrutural................................................................................................................ 19 CAPÍTULO 3. LITOESTRATIGRAFIA E GEOLOGIA ESTRUTURAL ............................ 21 3.1. Arcabouço Litoestratigráfico da Área Mapeada ...................................................................... 21 3.2. Petrografia ................................................................................................................................ 25 3.2.1. Gnaisses ...................................................................................................................... 25 3.2.2. Xistos .......................................................................................................................... 27 Xistos Ortoderivados ...................................................................................................... 29 Xistos Paraderivados ...................................................................................................... 30 3.2.3. Quartzitos.................................................................................................................... 30 3.2.4. Granitóides.................................................................................................................. 31 Suíte Borrachudos........................................................................................................... 31 Granitóides Diversos ...................................................................................................... 34 Pegmatitos....................................................................................................................... 35 3.2.5. Anfibolitos .................................................................................................................. 36 3.3. Metamorfismo .......................................................................................................................... 38 3.4. Geologia Estrutural .................................................................................................................. 40 CAPÍTULO 4. LITOGEOQUÍMICA ......................................................................................... 43 4.1. Introdução ................................................................................................................................ 43 4.2. Geoquímica das Rochas Metaultramáficas .............................................................................. 45 4.3. Geoquímica das Rochas Metagraníticas................................................................................... 51 4.4. Geoquímica das Rochas Anfibolíticas e de Gnaisse Encaixado no Flogopita Xisto................ 56 4.5. Geoquímica dos Xistos Paraderivados ..................................................................................... 58 ix CAPÍTULO 5. QUÍMICA MINERAL ........................................................................................ 61 5.1. Introdução................................................................................................................................. 61 5.2. Biotita ....................................................................................................................................... 65 5.3. Granada .................................................................................................................................... 68 5.4. Anfibólios ................................................................................................................................. 73 5.5. Estaurolita................................................................................................................................. 74 5.6. Feldspatos ................................................................................................................................. 75 5.7. Titanita...................................................................................................................................... 76 CAPÍTULO 6. GEOTERMOBAROMETRIA ........................................................................... 79 6.1. Introdução................................................................................................................................. 79 6.2. Geotermometria........................................................................................................................ 79 6.2.1. Anfibólio-granada xisto, Garimpo do Geraldinho, Capoeirana (CM-37D) ................ 80 6.2.2. Estaurolita-granada xisto, Mina Rocha (R-30)............................................................ 81 6.2.3. Estaurolita-cianita xisto com sillimanita e granada, Mina Rocha (R-48).................... 82 6.2.4. Comparação de cálculos geotermométricos fundamentados em análises quantitativas por MSE e semiquantitativas por MEV-EDS ............................................ 84 6.3. Geobarometria .......................................................................................................................... 87 6.3.1. Anfibólio-granada xisto, Garimpo do Geraldinho, Capoeirana (CM-37D) ................ 87 6.3.2. Estaurolita-granada xisto, Mina Rocha (R-30)............................................................ 87 6.2.3. Estaurolita-cianita xisto com sillimanita e granada, Mina Rocha (R-48).................... 88 CAPÍTULO 7. CONCLUSÕES ................................................................................................... 91 REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS ........................................................................................ 92 ANEXOS ........................................................................................................................................ 98 x Lista de Figuras Figura: 1.1-Mapa de localização da área estudada. Modificado de DetranNet (2002)................ 2 2.1-Contexto geotectônico da área estudada (Almeida 1977, com modificações de Alkmim et al. 1993 e Dardenne & Schobbenhaus 2001) .......................................... 9 2.2-Síntese geológica do Campo Pegmatítico de Itabira-Ferros, segundo Netto et al. (1998) e localização da área estudada........................................................................ 9 2.3-Geologia da Província Esmeraldífera de Itabira-Nova Era. Extraído de Padilha et al. (2000).................................................................................................................. 11 3.1-Perfil esquemático na área da Mina Rocha, baseado em testemunhos de sondagem e afloramentos. A sondagem FSR–03 encontra-se detalhada na Fig. 3.3. As camadas de flogopita xisto correspondem às zonas mineralizadas em esmeralda ................................................................................................................. 22 3.2-Perfil detalhado do testemunho de sondagem FSR – 25......................................... 23 3.3-Perfil detalhado do testemunho de sondagem FSR–03, com indicação das amostras coletadas ................................................................................................... 24 3.4-Corte de estrada na MG-120, próximo a Nova Era, com ortognaisse bandado do Complexo Mantiqueira deformado por um leque imbricado de falhas vergente para WNW. O corte tem de cerca de 10 m de comprimento e orientação WNWESE .......................................................................................................................... 25 3.5-Fotomicrografias de ortognaisses mostrando: (A) kink bands em maclas de plagioclásio, amostra CM-47F; (B) cristais de apatita (incolor) e zircão (isotropizados) gerando halos em biotita da amostra BB-1 e; (C) banda máfica com porfiroblastos poiquiloblásticos de hornblenda e biotita com inclusões de titanita da amostra CM-47G. A barra mede 0,5 mm; A – LPX, B e C – LPP ......... 26 3.6-Ortognaisse do garimpo do Rei em Capoeirana (A), com foliação gnáissica paralela ao bandamento; paragnaisses da Mina Rocha, com cristais de cianita (CIA) alinhados (B) e agregados fibrosos de sillimanita (SIL) paralelos ao bandamento composicional (C) ............................................................................... 27 3.7-Xistos da Província Esmeraldífera de Itabira-Nova Era com diferentes cores em função da mineralogia predominante. (A) flogopita xisto da zona mineralizada da mina subterrânea da Piteiras; (B) estaurolita-sillimanita xisto (amostra R-33), (C) cianita xisto (amostra R-18) e (D) granada xisto (amostra R-30), todos os três da capa da zona mineralizada na Mina Rocha; (E) tremolita xisto da lapa/zona intermediária do garimpo de Capoeirana (amostra P-2).......................... 28 3.8-Pegmatito em contato com flogopita xisto mineralizado em esmeralda na galeria da Mina Rocha ......................................................................................................... 29 3.9-Testemunho de sondagem (FSR–25, 11 m de profundidade) com leito de quartzito/quartzo-mica xisto, com cristais de magnetita (negros) e de moscovita (cinza claro) ............................................................................................................. 31 xi 3.10-Aspecto macroscópico do granitóide tipo Borrachudos com estrutura milonítica porfiroclástica (A), foliada/bandada (B, amostra CM-47A) e brechada (C). Afloramentos na margem do Rio do Peixe, entre Itabira e Nova-Era..................... 33 3.11-Aspecto macroscópico de granitóide da Mina Rocha com fenocristais brancos de feldspato (A) e cristais avermelhados de granada envoltos por auréola feldspática branca (albita?). Amostras R-59 e R-64 do furo (FSR–03) .................. 34 3.12-Fotomicrografias de granitóide da mina da Rocha (amostra R-59) com fenocristal de plagioclásio poiquilítico e maclado em matriz de quartzo, feldspato e biotita (A); e detalhe das inclusões de quartzo no interior do plagioclásio, com halos brancos albíticos em torno das inclusões (B). LPX ....................................... 35 3.13-Pegmatitos da mina subterrânea da Piteiras, com berilo verde (A), detalhe em (B) e molibdenita e berilo (C) ................................................................................. 36 3.14-Anfibolitos em testemunho de sondagem do furo (FSR–03) da Mina Rocha, exibindo bandamento concordante com o do estaurolita-granada xisto, indicado pelo lápis (A), microdobras indicando movimento reverso sinistral (B) e porfiroblastos de granada rotacionados (C)............................................................. 37 3.15-Fotomicrografias em luz polarizada (esquerda) e analisada (direita) de estaurolita-cianita xisto com sillimanita e granada (R-48)...................................... 39 3.16-Diagrama dos campos de estabilidade das fácies metamórficas com representação das linhas de reações de alguns minerais da paragênese das rochas estudadas. Destaque para a fácies anfibolito, onde se concentra a maior parte dos minerais em equilíbrio, indicada pelo círculo ......................................................... 39 3.17-Estereograma de igual-área, hemisfério inferior, dos pólos da foliação Sn na área da Mina Rocha. N=71, K=100; S=1,00; Máx.=110/58 (17%) .......................... 41 3.18-Estereogramas de igual-área, hemisfério inferior, dos eixos de dobras (A) e veios de quartzo e pegmatíticos (B) .......................................................................... 41 3.19-Estereograma de igual-área, hemisfério inferior, dos pólos da foliação Sn das rochas ao longo da rodovia entre Itabira e Nova Era. N=102, K=100; S=1,00; Máx.=186/54 (12%) .................................................................................................. 42 4.1-Simbologia empregada nas figuras do presente capítulo e número de análises de cada litotipo ............................................................................................................. 44 4.2-Diagrama binário de classificação das rochas ultramáficas segundo Pearce (1982) à esquerda e de comparação entre os teores elevados de Cr x MgO para as metaultramáficas ....................................................................................................... 45 4.3-Diagramas binários de correlação entre óxidos selecionados e MgO para as rochas metaultramáficas. As áreas delineadas correspondem aos campos onde se concentram os dados de Machado (1998) para rochas metaultramáficas de Belmont e Capoeirana ............................................................................................. 46 4.4-Diagramas binários de correlação entre óxidos diversos e K2O para as rochas metaultramáficas. Os campos demarcados correspondem aos resultados de Machado (1998) para Belmont e Capoeirana.......................................................... 47 4.5-Diagramas binários de correlação entre elementos traço e K2O para as rochas metaultramáficas ..................................................................................................... 48 xii 4.6-Diagramas multielementares para as rochas metaultramáficas, normalizados pelo condrito de Nakamura (1977). Em vermelho: flogopita xisto sem anfibólio, em verde, flogopita xisto com anfibólio ........................................................................ 49 4.7-Diagramas de ETR para flogopita xistos no contato e a 10cm de cristais de esmeralda normalizados pelo condrito de Nakamura (1977). A última figura mostra o enriquecimento relativo em Cu nas rochas próximas ao contato com a esmeralda. Amostras provenientes da mina subterrânea da Piteiras, onde PI17NE é representada pelos triângulos preenchidos e a amostra PI-649 pelos triângulos vazios ...................................................................................................... 50 4.8-Diagramas de ETR para flogopita xistos com anfibólio (à esquerda) e sem anfibólio (à direita), normalizados pelo condrito de Nakamura (1977)................... 51 4.9-Diagramas binários com a variação da proporção de Be x MgO e Be x Sr e gráfico comparativo dos teores de Be nos granitóides Borrachudos (GB) e metagranitos foliados (MGF), segundo Machado (1998) e granitóides diversos (GD). Destaque para as amostras analisadas no presente trabalho.......................... 52 4.10-Posição dos granitóides analisados em diagramas de classificação química e de ambiência tectônica. a) diagrama ANK (Al2O3/(Na2O+K2O) versus ACNK (Al2O3/(CaO+Na2O+K2O) de Shand (1949); b) diagrama AFM de Irvine & Baragar (1971); c) e d) diagramas de ambiência tectônica segundo Pearce et al. (1984). As áreas delineadas em (c) e (d) correspondem aos campos onde se concentram os dados de Machado (1998) para os granitóides da mina da Belmont e do garimpo de Capoeirana .................................................................................... 53 4.11-Diagramas binários de correlação entre elementos maiores selecionados mostrando a subdivisão das diferentes famílias de granitóides ............................... 54 4.12- Diagramas multielementares para os granitóides, normalizados pelo condrito de Nakamura (1977) ................................................................................................ 55 4.13-Diagramas de ETR para os granitóides, normalizados pelo condrito de Nakamura (1977) ..................................................................................................... 56 4.14-Classificação dos anfibolitos da área estudada em diagramas de classificação química SiO2 x Álcalis (esquerda) e AFM, segundo Irvine & Baragar (1971). As áreas delineadas correspondem aos campos onde se concentram os dados de Machado (1998) ....................................................................................................... 57 4.15-Diagramas de Harker com os resultados geoquímicos dos anfibolitos................. 57 4.16-Diagramas multielementares para anfibolitos (quadrados marrons) e gnaisse anfibolítico (círculos preenchidos), normalizados pelo condrito de Nakamura (1977)....................................................................................................................... 58 4.17-Diagrama multielementar dos elementos traços (esquerda) e de ETR (direita) para os xistos metapelíticos, normalizados pelo pelito NASC (North American Shale Composite) ..................................................................................................... 59 5.1-Localização dos pontos analisados por MSE (números maiores) e MEV/EDS (números pequenos, em itálico) em três campos da amostra CM-37D (anfibóliogranada xisto do garimpo do Geraldinho, em Capoeirana) ..................................... 62 5.2-Localização dos pontos analisados por MSE (números maiores) e MEV/EDS (números pequenos em itálico) em três campos da amostra R-30 (estaurolitagranada xisto, Mina Rocha, FSR-03 ~ 74 m prof.).................................................. 63 xiii 5.3-Localização dos pontos analisados por MSE (números maiores) e MEV/EDS (números pequenos, em itálico) em três campos da amostra R-48 (estaurolitacianita xisto com sillimanita e granada, Mina Rocha, FSR-03 ~ 130 m prof.) ....... 64 5.4-Variação de MgO, FeO e Al2O3 em diversos cristais de biotita das amostras CM-37D, R-30 e R-48............................................................................................. 65 5.5-Classificação da biotita da amostra CM-37D. A, B e C correspondem aos campos dos desenhos da figura 5.1; D representa todas as amostras plotadas no mesmo gráfico. Análises de MEV/EDS estão na cor preta..................................... 66 5.6-Classificação da biotita da amostra R-30. A, B e C correspondem aos campos dos desenhos da figura 5.2; D representa todas as amostras plotadas no mesmo gráfico. Análises de MEV/EDS estão na cor preta ................................................. 67 5.7-Classificação da biotita da amostra R-48. A, B e C correspondem aos campos dos desenhos da figura 5.3; D representa todas as amostras plotadas no mesmo gráfico. Análises de MEV/EDS estão na cor preta ................................................. 68 5.8-Variação dos teores de MgO, FeO e Al2O3 em granadas das amostras CM-37D, R-30 e R-48 ............................................................................................................. 68 5.9-Fração molar dos constituintes principais das granadas da amostra CM-37D. A, B e C correspondem aos campos dos desenhos da figura 5.1 ................................ 69 5.10-Padrão de distribuição das frações molares dos constituintes principais ao longo dos perfis em granada da amostra CM-37D. A, B e C correspondem aos campos dos desenhos da figura 5.1 ..................................................................................... 69 5.11-Fração molar dos constituintes principais das granadas da amostra R-30. A, B e C correspondem aos campos dos desenhos da figura 5.2....................................... 70 5.12-Padrão de distribuição das frações molares dos constituintes principais ao longo dos perfis em granada da amostra R-30. A, B e C correspondem aos campos dos desenhos da figura 5.2 ............................................................................................ 71 5.13-Fração molar dos constituintes principais das granadas da amostra R-48. A, B e C correspondem aos campos dos desenhos da figura 5.3....................................... 72 5.14-Padrão de distribuição das frações molares dos constituintes principais ao longo dos perfis em granada da amostra R-48. A, B e C correspondem aos campos dos desenhos da figura 5.3 e 5.13 ................................................................................. 72 5.15-Classificação do anfibólio da amostra CM-37D no diagrama de Leake (1978) e fórmula estrutural calculada para 23 oxigênios....................................................... 73 5.16-Classificação dos orto- e clinoanfibólios de xistos da mina da Piteiras (Viana 2004)........................................................................................................................ 74 5.17-Classificação do plagioclásio das amostras CM-37D, R-30 e R-48..................... 75 5.18-Cristal de grothita envolvendo ilmenita e em contato com anfibólio na amostra PI-5Cb. Fotomicrografias em LPP, LPX. À direita: imagem MEV da mesma amostra .................................................................................................................... 76 5.19-Agregados de cristais de grothita inclusos em biotita na qual gera halos pleocróicos. Fotomicrografias em LPP, LPX. À direita: imagem MEV. Altura das imagens = 0,35 mm, amostra PI-5Cb................................................................ 76 xiv 5.20-Fórmula estrutural unitária calculada para análise de MEV/EDS (A) e de MSE (B) para grothita da amostra PI-5Cb........................................................................ 77 5.21-Curva da concórdia que define a idade U/Pb da grothita da amostra PI-5Cb, da mina subterrânea de Piteiras .................................................................................... 78 6.1-Gráfico com os resultados das temperaturas (°C) determinadas para as diferentes calibrações dos pares granada-biotita e estaurolita-biotita aplicados no presente trabalho. Os pontos do gráfico, quando ordenados de modo crescente, resultam na curva cinza .......................................................................................................... 84 6.2-Gráfico com as temperaturas (°C) calculadas com base em análises por MEV/EDS para as diferentes calibrações do par granada-biotita. Os pontos do gráfico, quando ordenados de modo crescente, resultam na curva cinza ............... 86 6.3-Gráfico comparativo das temperaturas (°C) calculadas com base em análises de microssonda (curva preta) e MEV/EDS (curva cinza), para as diferentes calibrações do par granada-biotita ........................................................................... 86 6.4-Gráfico comparativo das pressões (bar) calculadas com base em diferentes calibrações dos geobarômetros granada-plagioclásio-biotita-quartzo e GASP aplicados no presente trabalho. Os pontos do gráfico quando postos em ordem crescente resultam na curva cinza............................................................................ 89 6.5-Gráficos comparativos das temperaturas (oC) e pressões (kbar) calculadas com o software TWQ. (A) BIO1, GRA1, ANF1mev, PLG2mev do campo 3 da amostra CM-37D; (B) BIO7, GRA12, EST2 do campo 1 da amostra R-30; (C) BIO4, GRA8, PLG2mev do campo 1 da amostra R-48...................................................... 90 xv Lista de Tabelas Tabela: 2.1-Geotermobarometria de metassedimentos e paragnaisses coletados entre Itabira e Nova Era.................................................................................................................... 14 2.2-Geotermobarometria de metamáficas coletadas entre Itabira e Nova Era................ 15 2.3-Geotermobarometria do Granito Borrachudos da região entre Itabira e Nova Era (Machado 1998) ........................................................................................................ 17 2.4-Síntese dos dados geocronológicos dos corpos da Suíte Borrachudos..................... 17 2.5-Síntese dos dados geocronológicos de pegmatitos e xistos mineralizados............... 18 4.1-Relação das amostras submetidas à análise química, com localização e descrição sucinta...................................................................................................................... 43 5.1-Composição química (% em peso) da estaurolita da amostra R-30. A e B correspondem aos campos dos desenhos da figura 5.2 ........................................... 74 5.2-Resultados de MSE para grothita da amostra PI-5Cb ............................................ 77 6.1-Temperaturas (°C) estimadas para o anfibólio-granada xisto (CM-37D) em diversas calibrações do par granada-biotita, considerando P = 7000 bar, (b) borda, (c) centro do cristal; pontos referentes à figura 5.1....................................... 80 6.2-Temperaturas (°C) calculadas para diversas combinações de análises núcleo e borda do par granada-anfibólio do anfibólio-granada xisto (CM-37D), por meio do geotermômetro de Graham & Powell (1984) a 7 kbar. Pontos referentes ao campo C da figura 5.1 (b) borda, (c) centro do cristal .............................................. 80 6.3-Temperaturas (°C) calculadas para o anfibólio-granada xisto (R-30) em diversas calibrações do par granada-biotita, considerando P = 7000 bar, (b) borda, (c) centro do cristal; e pontos referentes à figura 5.2.................................................... 81 6.4-Temperaturas (°C) calculadas pelo geotermômetro granada-estaurolita de Perchuck (1989) para o anfibólio-granada xisto (R-30), considerando P = 7000 bar, (b) borda, (c) centro do cristal. Pontos referentes à figura 5.2, com destaque para os resultados relativos ao centro dos cristais, que mostram temperatura mais elevada que a borda ................................................................................................. 82 6.5-Temperaturas (°C) calculadas para o estaurolita-cianita xisto com sillimanita e granada (R-48) por meio de diversas calibrações do par granada-biotita, considerando P = 7000 bar, (b) borda, (c) centro do cristal; e pontos referentes à figura 5.3 ................................................................................................................. 83 6.6-Temperaturas (°C) calculadas com base em análises por MEV/EDS para diversas calibrações do par granada-biotita do anfibólio-granada xisto (CM-37D), considerando P = 7000 bar, (b) borda, (c) núcleo e pontos referentes à tabela 6.1 e figura 5.1. Destaque para os resultados obtidos por pares de minerais analisados exclusivamente por MEV/EDS ............................................................................... 85 6.7-Temperaturas (°C) calculadas com base em análises por MEV/EDS para diversas calibrações do par granada-biotita do anfibólio-granada xisto (R-30), xvi considerando P = 7000 bar, (b) borda, (c) núcleo e pontos referentes à tabela 6.3 e figura 5.2 ............................................................................................................... 85 6.8-Temperaturas (°C) calculadas com base em análises por MEV/EDS para diversas calibrações do par granada-biotita do estaurolita-cianita xisto com sillimanita e granada (R-48), para P = 7000 bar, (b) borda, (c) núcleo, com pontos referentes à tabela 6.5 e figura 5.3............................................................................................... 85 6.9-Pressões (bar) calculadas para o anfibólio-granada xisto (CM-37D) pelo geobarômetro granada-plagioclásio-biotita-quartzo (Hoisch 1990), para T = 650 °C , (b) borda, (c) núcleo do cristal e pontos referentes à figura 5.1 ....................... 87 6.10-Pressões (bar) calculadas para o estaurolita-granada xisto (R-30) pelo geobarômetro granada-plagioclásio-biotita-quartzo (Hoisch 1990), T = 650 °C, (b) borda, (c) núcleo e pontos referentes à figura 5.2 .............................................. 87 6.11-Pressões (bar) obtidas para diversas calibrações do par estaurolita-cianita xisto com sillimanita e granada (R-48) pelos geobarômetros granada-plagioclásiobiotita-quartzo e GASP, para T = 650 °C, (b) borda, (c) núcleo do cristal e pontos referentes à figura 5.3 .............................................................................................. 88 xvii Resumo A Província Esmeraldífera de Itabira-Nova Era, onde se encontram a mina da Piteiras, o garimpo de Capoeirana e a Mina Rocha, ora estudada, localiza-se na porção centro-sudeste do Estado de Minas Gerais, distante cerca de 100 km de sua capital Belo Horizonte, a meio caminho da estrada que liga as cidades de Itabira e Nova Era. Essa província pertence ao Complexo Guanhães, localizado na porção sul do Cráton do São Francisco, entre o Quadrilátero Ferrífero e o Complexo Mantiqueira. Essa região é constituída por rochas metamórficas e metassomáticas de médio a alto grau com origem ígnea e sedimentar. O principal objetivo do presente estudo foi a análise petrogenética das rochas portadoras de esmeralda e dos litotipos a elas associados, com ênfase na região da Mina Rocha, que é a mais nova mina de esmeralda em exploração. Durante o reconhecimento litoestrutural regional foram selecionadas amostras de rochas para o detalhamento dos estudos petrográfico, mineralógico, geoquímico e geocronológico. Os resultados das análises petrográfica e geoquímica apoiaram a caracterização de cinco unidades litológicas na área estudada: gnaisses, xistos, quartzitos, granitóides e anfibolitos. Com base na mineralogia e geoquímica foi possível distinguir gnaisses e xistos de origem sedimentar de seus equivalentes ígneos. A composição química e os aspectos texturais permitiram também a distinção entre granitóides pertencentes à Suíte Borrachudos, suposta fonte do Be para a geração da esmeralda, de granitóides não pertencentes a essa suíte. Os granitóides Borrachudos têm granulação grossa e são bem foliados, com trend toleítico metaluminoso. Os outros granitóides têm granulação fina e são menos foliados, com trend peraluminoso cálcio-alcalino Na área da Mina Rocha duas camadas de flogopita xisto ultramáfico mineralizadas em esmeralda estão intercaladas com anfibolitos e xistos paraderivados, sobrepostos a granitóides. As camadas de xisto mineralizado têm entre 1 e 10m de espessura e mergulham de cerca de 45º para noroeste. O xisto é essencialmente composto por flogopita, com quantidades subordinadas de granada e anfibólio. O flogopita xisto é ortoderivado e têm caráter komatiítico, com até 4500 ppm de Cr. Estudos geotermobarométricos em amostras da Mina Rocha e do garimpo de Capoeirana indicam um evento metamórfico de fácies anfibolito. A temperatura, calculada com base nos geotermômetros granada-biotita e granada-estaurolita, varia entre 600-650 ºC, com as maiores temperaturas no centro dos cristais. A pressão foi calculada em torno de 6-7 kbar, por meio dos geobarômetros (GASP) e granada-plagioclásio-biotita-quartzo. Uma amostra do garimpo de Capoeirana apresentou resultados em torno de 10 kbar, que sugerem a ocorrência de uma fase de despressurização. Essa hipótese é reforçada pela presença de cordierita em Capoeirana e pelas auréolas de albita nos cristais de granada e plagioclásio dos granitóides diversos presentes na Mina Rocha. O evento metamórfico/metassomático responsável pela geração das esmeraldas dessa província é de idade brasiliana (604 ±36 Ma), conforme indicado pela geocronologia U/Pb (LAMICP-MS) de titanita da zona mineralizada da mina da Piteiras. xviii Abstract The Itabira-Nova Era emerald province, where the Piteiras mine, the Capoeirana garimpo and the here studied Rocha mine are located, belongs to the southeastern-central portion of the Minas Gerais State, distant about 100 km east from the capital Belo Horizonte, halfway between the cities of Itabira and Nova Era. This province belongs to the Guanhães complex, inserted in the southern São Francisco Craton, between the Quadrilátero Ferrífero and the Mantiqueira Complex. This region is made up of medium to high grade metamorphic and metassomatic rocks of igneous and sedimentary origin. The main objective of the present study was the petrogenetic investigation of the emerald-bearing rocks and associated lithotypes, with special emphasis to the Rocha Mine, which is the most recent emerald mine being exploited in the region. Following regional lithostructural reconnaissance, selected lithotypes were subjected to detailed petrographic, mineralogical, geochemical, and geochronological analyses. The results of petrographic and geochemical investigation enabled to distinguish five lithological units in the studied area, namely gneisses, schists, quartzites, granitoids, and amphibolites. Based on mineralogy and geochemistry gneisses and schists of sedimentary as well as of igneous precursors could be distinguished. Chemical composition and textures also enabled to distinguish granitoids belonging to the Borrachudos Suite, that supposedly furnished the necessary Be for the emerald generation, from granitoids which do not belong to this suite. Borrachudos granitoids are coarse grained, well foliated, metaluminous and of tholeiitic trend. The other granitoids are fine grained, less foliated, peraluminous and of calc-alkaline trend. In the area of the Rocha mine two layers of emerald-bearing, ultramafic phlogopite schist are intercalated within amphibolites and para-derived schists overlying granitoids. The mineralized schist layers are 1 to 10 meters thick and dip about 45o to the northwest. The schist is mainly composed of phlogopite; garnet and amphiboles are quantitatively subordinated. The phlogopite schist is orthoderived, having a komatiitic character and containing up to 4500 ppm Cr. Geothermobarometric studies in samples from the Rocha mine and the Capoeirana garimpo indicate a metamorphic event of amphibolite facies. The calculated temperature based on the biotitegarnet and staurolite-garnet geothermometers yielded values between 600-650oC, the higher temperatures being found in the central portion of the crystals. The pressure was calculated around 6-7 kbar by means of the GASP and the garnet-plagioclase-biotite-quartz geobarometers. One sample from Capoeirana resulted in a pressure of about 10 kbar, suggesting that the lower pressures are due to a decompression phase. This interpretation is corroborated by the presence of cordierite in the area of Capoeirana and by the albite aureoles surrounding garnet and plagioclase in granitoids in the Rocha mine. The metamorphic/metassomatic event responsible for the generation of emeralds in this province is of Brasiliano age (604±36 Ma), as indicated by U/Pb-geochronology of titanite from the mineralized zone in the nearby Piteiras mine, obtained by LAM-ICP-MS. xix CAPÍTULO 1 INTRODUÇÃO 1.1 - APRESENTAÇÃO O presente volume encerra os resultados das atividades de campo, laboratório e escritório, executadas entre 2004 e 2007, sendo sua elaboração requisito parcial para a obtenção do título de Mestre em Ciências Naturais pelo Programa de Pós-Graduação da Universidade Federal de Ouro Preto (UFOP). A realização e divulgação dessa pesquisa faz parte do projeto “Petrogênese na Província Esmeraldífera de Itabira-Nova Era”, financiado pela Fundação de Amparo à Pesquisa de Minas Gerais (FAPEMIG) e coordenado pela professora Dra. Hanna Jordt-Evangelista. O desenvolvimento do estudo ora proposto visou contribuir para uma melhor compreensão da evolução petrológica, bem como do arcabouço geológico e dos aspectos genéticos relacionados às mineralizações de esmeralda da província esmeraldífera de Itabira–Nova Era. Essa região conta, indiscutivelmente, com um imenso potencial para produção de gemas, haja à vista a diversidade e qualidade das pedras atualmente extraídas que, além da esmeralda – carro chefe da maioria das mineradoras – conta ainda com minas, jazidas e ocorrências de alexandrita e água-marinha, dentre outros materiais gemológicos e minerais de coleção. O tema em estudo reveste-se de particular relevância, à medida que o aprimoramento da compreensão dos condicionantes geológicos multiplica as chances de se encontrar novas jazidas, seja no âmbito da província estudada ou em províncias com história geológica afim. A província mineral em apreço localiza-se na porção centro-sudeste de Minas Gerais, a nordeste do Quadrilátero Ferrífero – região geologicamente conhecida como domínio de embasamento pré-cambriano polideformado – cuja geologia vem há muito sendo investigada por um grande contingente de especialistas de diversas áreas do conhecimento geológico. Embora o enfoque desse estudo reporte-se à ocorrência recém-descoberta da Mina Rocha também foram desenvolvidas, paralelamente, análises de cunho mais regional, com identificação dos principais aspectos geológicos das demais minas e mesmo de áreas estéreis. Os resultados das análises realizadas nas rochas amostradas em galerias e afloramentos integram um banco de dados que, juntamente com o levantamento de dados bibliográficos permitiram a elaboração de estudos comparativos entre algumas jazidas da região. Delgado, C. E. R. 2007, Geologia e Petrogênese na Região da Província Esmeraldífera de Itabira, MG 1.2 - LOCALIZAÇÃO DA ÁREA ESTUDADA A área em apreço localiza-se na porção centro-sudeste do Estado de Minas Gerais, distante cerca de 100 km de sua capital no sentido leste, a meio caminho da estrada que liga as cidades de Itabira e Nova Era (Fig. 1.1). O acesso à área pode ser feito, partindo de Belo Horizonte (Fig. 1.1), pela rodovia BR-262, sentido leste, até a altura do trevo com a MG-129 (cerca de 75 km), na qual percorre-se por 35 km, sentido nordeste até Itabira. A partir de Itabira deve-se tomar a estrada recém-pavimentada MG-120, por cerca de 20 km sentido sudeste, até a localidade conhecida como Córrego Ribeirão São José, já nos limites da área estudada. Os deslocamentos no interior da área podem ser efetuados com relativa facilidade pela rodovia MG-120 e por estradas não pavimentadas, além de caminhos e trilhas que a cortam. Nos períodos chuvosos as vias não pavimentadas tornam-se muito precárias, sendo desaconselhável o tráfego com veículos inadequados. Figura 1.1 – Mapa de localização da área estudada. Modificado de DetranNet (2002). 2 Contribuições às Ciências da Terra – Série M, vol. 47, 130p. 1.3 - OBJETIVOS E RELEVÂNCIA DO TRABALHO O principal objetivo da presente pesquisa consistiu a contribuição aos conhecimentos acerca da gênese das mineralizações de esmeralda da região da Província Esmeraldífera de Itabira–Nova Era. Foi dada ênfase à caracterização petrográfica, química e petrogenética dos diferentes tipos litológicos correlacionados às unidades já conhecidas na literatura científica, além do reconhecimento expedito do arcabouço estrutural e de observações relativas à dinâmica dos esforços, que consistem importantes fatores condicionantes da atual posição espacial desses litotipos. Dentre os objetivos mais específicos destacam-se o desenvolvimento de estudos petrográficos de detalhe, litogeoquímicos, químico-mineralógicos, geotermométricos, geobarométricos, bem como de um levantamento estrutural expedito com foco na Mina Rocha. Após a análise e interpretação dos resultados propõem-se modelos para a evolução geológica da região em questão. 1.4 – MATERIAIS E MÉTODOS Durante o desenvolvimento da presente pesquisa foram executados diversos trabalhos, cujas metodologias encontram-se discriminadas a seguir. 1.4.1 - Revisão Bibliográfica Na etapa de revisão bibliográfica realizou-se a seleção, leitura e sistematização das principais fontes de dados disponíveis na literatura. Nesta fase procurou-se avaliar tanto os trabalhos de cunho local como regional, de diferentes áreas do conhecimento geológico, buscando-se enfatizar os trabalhos sobre a geologia e gênese das esmeraldas de Itabira. 1.4.2 - Compilação Cartográfica No decorrer da etapa de compilação cartográfica foi realizada a seleção e tratamento das bases cartográficas obtidas na fase anterior e abaixo discriminadas. 1 – Mapa geológico, escala 1:100.000 da Folha Itabira, SE-23-Z-D-IV (Padilha et al. 2000). 2 – Mapa topográfico, escala 1:100.000 da Folha Itabira (SE-23-Z-D-IV), produzida pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), em 1976. 1.4.3 - Trabalhos de Campo Os trabalhos de campo consistiram em uma etapa preliminar de reconhecimento regional e em etapas subseqüentes com ênfase local. O reconhecimento regional teve como finalidade principal a observação das estruturas e o reconhecimento dos diferentes litotipos, bem como a padronização da sua nomenclatura e a familiarização com seus diferentes estados de alteração intempérica. Nesta etapa foram visitados a mina da Piteiras, o garimpo de Capoeirana além de afloramentos e cortes de estrada. 3 Delgado, C. E. R. 2007, Geologia e Petrogênese na Região da Província Esmeraldífera de Itabira, MG Os trabalhos de campo de cunho local foram subdivididos em diversas etapas realizadas de novembro de 2004 a novembro de 2005. A primeira etapa contabilizou cinco dias de campo, realizada entre 29/11/04 e 03/12/2004, tendo por finalidade a descrição e, principalmente, a amostragem de intervalos dos testemunhos de sondagem do acervo da Mina Rocha. Optou-se, estrategicamente, por iniciar a amostragem a partir dos testemunhos, pois estes permitem uma boa noção da sucessão estratigráfica, bem como a coleta de amostras frescas, uma vez que os afloramentos são escassos e o estágio de desenvolvimento das minas a céu aberto e subterrânea era muito inicial. Durante a segunda etapa de campo, realizada no período entre 14 e 18 de março de 2005, efetuou-se uma visita às instalações da mina a céu aberto, onde efetuou-se uma amostragem expedita “in situ” e a tomada de dados estruturais, ambos georeferenciados por GPS, além de parte do registro fotográfico. Na terceira etapa, compreendida entre 9 e 14 de junho de 2005, foi realizado o reconhecimento e amostragem georeferenciados de rochas encontradas nas circunvizinhanças das minas de esmeralda da Piterias, Belmont e Mina Rocha, tendo sido ainda estudados afloramentos em cortes de estrada, drenagens e garimpos. Entre 13 e 16 de outubro de 2005 foi realizado levantamento de dados estruturais e registro fotográfico em galerias encontradas na área da Rocha Mineração, outrora destinadas a garimpos de alexandrita. 1.4.4 - Preparo de Amostras No laboratório de petrografia macroscópica do DEGEO foi realizada a descrição sucinta das amostras coletadas durante a fase de campo, bem como de parte das amostras coletadas por Vianna (2004) na mina da Piteiras. As amostras selecionadas para estudos petrográficos refinados foram enviadas ao Laboratório de Laminação (LAMIN/DEGEO) para confecção de lâminas com espessura em torno de 30 micra. O polimento das lâminas selecionadas para exame de química mineral foi feito nesse mesmo laboratório. No Laboratório de Preparação de Amostras para Geocronologia (LOPAG/DEGEO) foram preparadas 45 amostras para determinação litogeoquímica. A preparação constituiu da fragmentação das amostras com marreta até pedaços com cerca de 5 cm de diâmetro e moagem em moinho de carbeto-tungstênio. 4 Contribuições às Ciências da Terra – Série M, vol. 47, 130p. 1.4.5 – Análises Litogeoquímicas Das 45 amostras preparadas, 23 foram selecionadas para análise litogeoquímica (ICPOES/MS) no laboratório ACME Analítica Laboratórios LTDA. Dessa forma, os elementos maiores foram analisados via ICP-OES a partir da amostra aberta com HNO3, previamente fundida em LiBO2. Os elementos-traço, por sua vez, foram analisados via ICP-MS a partir da amostra aberta com HNO3 e água régia, previamente fundida em LiBO2. Uma tabela discriminante dos elementos químicos analisados em cada método, bem como dos seus limites de detecção encontra-se junto com os respectivos resultados no Anexo 1. Complementarmente foram realizadas mais 15 análises litogeoquímicas via ICP-OES no LGqA/DEGEO, 5 das quais coincidentes com amostras anteriormente enviadas para o laboratório ACME. O A abertura dessas amostras foi feita a partir da dissolução nos ácidos HCl, HNO3, H2SO4 e HF e seguiu às normas internas desse laboratório. Os resultados e os limites de detecção do equipamento encontram-se apresentados no Anexo 1. A determinação da idade de cristalização U/Pb de titanita radioativa, foi efetuada no Laboratório de Geologia Isotópica IG-UFRGS por LAM-MC-ICPMS, que consiste na utilização de um Espectrômetro de Massa Multicoletor com Plasma Acoplado Individualmente e Microssonda de Ablação à Laser. Trata-se de uma técnica moderna e refinada que possibilita a determinação das razões isotópicas de urânio e chumbo por meio de análises puntuais no mineral investigado. Essa técnica tem o benefício de diminuir o risco de contaminação, uma vez que é possível de se escolher a região do grão a ser analisada, e diminuir consideravelmente o tempo demandado para obtenção dos resultados. Permite ainda a investigação em grãos encontrados em diversas situações texturais, como incluso em cristais e dispersos na matriz da rocha. 1.4.6 - Estudos Petrográficos e Petrológicos A caracterização petrográfica foi efetuada a partir da descrição macroscópica – sob lente de até 40X – e complementada por estudos de microscopia de luz transmitida de 72 lâminas delgadas (Anexo 2), efetuados em microscópio de polarização Carl Zeiss, modelo Laborlux 12 Pol S, do Laboratório de Microscopia Ótica do DEGEO. 5 Delgado, C. E. R. 2007, Geologia e Petrogênese na Região da Província Esmeraldífera de Itabira, MG As análises por difratometria de raios X foram realizadas no equipameto Rigaku, modelo Geigerflex D/Max – B Series do DEGEO, que operou em condições de excitação de 20 mA e 40 kV, com intervalo de exposição de 2-70º e velocidade do goniômetro de 1,2º/min., λ=1.540.562Å, com tubo de Cu. Os resultados foram interpretados com auxílio do software JADE, da MDI (Materials Data Incorporation), com base no banco de dados da ICPDS (International Center for Diffraction Data – ICDD). Dados químicos semiquantitativos de minerais foram obtidos com o Microscópio Eletrônico de Varredura (MEV) JEOL, modelo 5510 JSM, acoplado ao dispositivo de Espectometria de Dispersão de Energia (EDS), Thermo Electron, do MICROLAB-DEGEO. O equipamento operou em modo BEC (elétrons retro-espalhados), sob condições analíticas de 20 kV, com largura do feixe de 40 µm e 2000 contagens. As microanálises químicas quantitativas de minerais empregadas nos cálculos de geotermobarometria foram obtidas com o emprego de microssonda eletrônica JEOL, modelo JXA 8900 RL do Laboratório de Microanálises da UFMG. O equipamento operou em condições de 20 kV, com largura do feixe de 10 µm e tempo de contagem de 100s. 1.4.7 - Tratamento e Análise dos Dados Os estereogramas foram confeccionados no software Stereonet v3.03 - Geological Software (1995). Os dados geoquímicos e de química mineral foram processados no software MinPet v.2.0, de Richards (1994). A classificação dos anfibólios foi efetuada com o software NEWAMPHCAL v-99.4, de Yavuz (1996). Os cálculos geotermobarométricos foram efetuados no software GPT (Reche & Martinez 1996), exceto para o geotermômetro granada-anfibólio, que seguiu a metodologia sugerida por Graham & Powell (1984). Os diagramas de estabilidade das reações metamórficas foram gerados pelo software TWEEQU (ou TWQ), de Berman, 2006. 6 CAPÍTULO 2 GEOLOGIA REGIONAL 2.1 - TRABALHOS ANTERIORES A síntese da geologia do Estado de Minas Gerais encontra-se descrita em trabalhos de mapeamento regional efetuados pelo Departamento Nacional da Produção Mineral (DNPM), pela Companhia de Pesquisa de Recursos Minerais (CPRM) e pela Companhia de Desenvolvimento do Estado de Minas Gerais (CODEMIG). O detalhamento dessa geologia, produzido por cientistas de universidades e institutos de pesquisas, pode ser encontrado em monografias, dissertações e teses, bem como em diversos trabalhos publicados em periódicos especializados e em resumos de simpósios e de congressos. O elevado potencial metalogenético do Quadrilátero Ferrífero torna-o alvo da atenção de pesquisadores dos mais diversos ramos das geociências, responsáveis pela produção de um vasto acervo de dados geológicos acerca dessa região. Assim, visando a redução no volume de informações, a presente revisão bibliográfica será restrita aos principais trabalhos de cunho regional e aos de detalhe relativos a porção nordeste do Quadrilátero Ferrífero, a qual abrange a área do presente estudo. A série de trabalhos regionais com maior relevância inicia-se com a descrição da fisiografia, estratigrafia e evolução do Quadrilátero Ferrífero (1:150.000), compilada por Dorr (1969). No ano de 1978, Schobbenhaus e colaboradores sintetizam, na Folha Belo Horizonte ao Milionésimo, todo conhecimento geológico disponível naquele momento. Netto et al. (1998) publicam o cadastramento dos recursos minerais (1:250.000) da Província Pegmatítica Oriental, leste de Minas Gerais, reimpresso em 2000, ano em que Padilha e colaboradores apresentam as cartas Geológica e Metalogenética/Provisional da Folha Itabira (1:100.000). Os diversos trabalhos de cunho local podem ser agrupados segundo seu tema central. Encontram-se, dessa forma, trabalhos com foco em petrogênese, geologia estrutural, geocronologia e geofísica/sensoriamento remoto. As investigações fundamentadas em petrologia se distinguem pelo objeto de estudo, assim, Chemale Jr. (1987), Marciano et al. (1992), Dussin (1994) e Fernandes et al. (1995a) tratam da gênese das rochas do tipo Borrachudos e pegmatitos associados; Schorsher (1979) e Guimarães (1992a) se dedicam à evolução do embasamento; enquanto Souza (1988 e 1990), Souza et al. (1989), Machado (1994 e 1998), Machado & Schorscher (1997) e Viana (2004) descrevem em detalhe a geologia de importantes jazidas de esmeralda da região. Delgado, C. E. R. 2007, Geologia e Petrogênese na Região da Província Esmeraldífera de Itabira, MG No âmbito da geologia estrutural os trabalhos de Dussin et al. (1997), sobre a contextualização tectônica da Suíte Borrachudos; de Matias et al. (1997), sobre as estruturas encontradas no Garimpo de Capoeirana; e o de Peres et al. (2004), sobre o estilo deformacional da borda leste do Quadrilátero Ferrífero são os de maior relevância. Com relação ao acervo geocronológico há diversos trabalhos sobre a evolução geotectônica e a datação de granitos tipo Borrachudos, de pegmatitos e de xistos com mineralizações de esmeraldas. Dessa forma o arcabouço geocronológico do Quadrilátero Ferrífero e do Espinhaço Meridional encontra-se sintetizado nos estudos de Teixeira et al. (1990) e Noce (1995). As idades dos granitos tipo Borrachudos, dos pegmatitos e dos xistos mineralizados foram determinadas, respectivamente, por Chemale Jr. et al. (1997) e Fernandes et al. (2000); Bilal et al. (1995) e Preinfalk et al. (2002); e Ribeiro-Althoff et al. (1996 e 1997). Investigações por métodos indiretos, como sensoriamento remoto e geofísica, permitem a contextualização de estruturas grandes e profundas e são aplicadas na prospecção e estudo de jazidas. Nesse sentido Santos (1986) estudou, por sensoriamento remoto, a tectônica rúptil do Quadrilátero Ferrífero, e Fernandez (2004) propôs a seleção de alvos para prospecção de esmeraldas na Folha Itabira baseado em dados geofísicos. 2.2 - CONTEXTO GEOTECTÔNICO A região investigada no presente estudo encontra-se na borda sudeste da porção meridional do Cráton do São Francisco (Almeida 1977; Fig. 2.1). Seu posicionamento no limite do cráton – na região de interação com a faixa móvel – é refletido por uma forte influência da Faixa Araçuaí. Essa faixa delimita o segmento leste do cráton segundo um lineamento de direção localmente N-S, materializado por dobramentos e falhamentos com polaridade dirigida para o antepaís cratônico (Fig. 2.1). Conforme pode ser observado na figura 2.1, a região em questão está inserida nas adjacências do domínio setentrional NE do Quadrilátero Ferrífero. Dessa forma deve-se esperar uma considerável influência das feições estruturais e litológicas e dos processos geológicos envolvidos na formação desse domínio geotectônico como reflexo da sua parcial presença na área. Entretanto, há também uma significativa influência de eventos geológicos desenvolvidos em outros importantes domínios geotectônicos, como os complexos Guanhães e Mantiqueira, além da Suíte Borrachudos (Fig. 2.2). O limite da zona de influência das feições estruturais e litológicas dos eventos geotectônicos típicos de cada um dos domínios supracitados deve ser função da sua área de ocorrência. Dessa maneira, os eventos geológicos característicos da região dos complexos Guanhães e Mantiqueira têm maior influência nos setores central e oriental, respectivamente (Fig. 2.2). Por outro lado os processos geológicos envolvidos na formação da Suíte Borrachudos são mais intensos no setor central, enquanto que os processos envolvidos na formação da Província Geotectônica do Quadrilátero Ferrífero se limitam apenas ao extremo ocidente (Fig. 2.2). 8 Contribuições às Ciências da Terra – Série M, vol. 47, 130p. Figura 2.1 – Contexto geotectônico da área estudada (Almeida 1977, com modificações de Alkmim et al. 1993 e Dardenne & Schobbenhaus 2001). Figura 2.2 – Síntese geológica do Campo Pegmatítico de Itabira-Ferros, segundo Netto et al. (1998) e localização da área estudada. 9 Delgado, C. E. R. 2007, Geologia e Petrogênese na Região da Província Esmeraldífera de Itabira, MG 2.3 - LITOESTRATIGRAFIA O presente estudo segue a sistematização da geologia compilada no mais recente trabalho de mapeamento geológico regional, realizado por Padilha et al. (2000). Este identifica, de uma forma geral, para a região compreendida entre Itabira e Nova Era, litotipos atribuídos aos complexos Mantiqueira e Guanhães, aos supergrupos Rio das Velhas e Minas, bem como à Suíte Borrachudos, sendo o conjunto localmente atravessado por corpos metabásicos de idade proterozóica (Fig. 2.3). Há, no entanto, uma questão freqüentemente observada na literatura com respeito ao emprego de uma nomenclatura estritamente descritiva para as unidades dessa localidade em detrimento da já consagrada na descrição geológica regional. O uso desse artifício decorre em parte pela complexidade estrutural da área, em parte pela falta de continuidade lateral com as rochas das unidades formais. Porém, entende-se que uma vez determinados os correlatos dessas unidades deve-se abandonar a nomenclatura descritiva, visto essa não permitir uma rápida e precisa visualização da sucessão estratigráfica no âmbito da geologia regional. Além disso o seu emprego provoca uma certa confusão, pois engloba em uma única unidade informal um conjunto de rochas com idades variadas, as quais apesar de terem passado por processos evolutivos distintos, encontram-se atualmente justapostas. Dessa forma torna-se conveniente esclarecer aqui que ao Complexo Regional TTG Arqueano – representante do substrato cristalino nos estudos de Souza (1988) e Schorscher (1991), dentre outros – corresponde a combinação de parte das unidades do Complexo Mantiqueira com parte das unidades do Complexo Guanhães. A Seqüência Metavulcanossedimentar (Souza 1990 e Machado 1998, entre outros) encerra, com exceção aos granitos do tipo Borrachudos, todo o conjunto das rochas depositadas e intrudidas no embasamento. Esta corresponde, portanto, à união das demais unidades do Complexo Guanhães às rochas supracrustais e plutônicas arqueanas do tipo greenstone do Supergrupo Rio das Velhas e seus correlatos, bem como as seqüências supracrustais de idade paleo- e mesoproterozóica do tipo Minas e Espinhaço, seus correlatos e às diversas gerações de rochas máficas que cortam todo o pacote. A distribuição das unidades litológicas locais, nos mapas geológicos é, de forma geral, simples. Observa-se o predomínio da Suíte Borrachudos, que apresenta traço amebóide em planta, comumente alongado na direção nordeste, envolvida pelo Complexo Guanhães, cuja distribuição permeia os espaços não ocupados pela primeira, o que pode mascarar seu trend francamente nordeste (Fig 2.2 e 2.3). Subordinadamente são notados corpos lenticulares, com orientação nordeste-sudoeste, dos supergrupos Rio das Velhas e Minas e do Complexo Mantiqueira, que faz contato tectônico de direção ora norte-sul ora nordeste-sudoeste com as rochas do Complexo Guanhães (Fig. 2.2 e 2.3). Conforme será discutido, essa última unidade pode guardar relação com a unidade informalmente denominada Seqüência Gnáissica-Anfibolítica, que também apresenta contatos tectônicos, sendo encontrada na porção oeste da área (Fig. 2.3). 10 Contribuições às Ciências da Terra – Série M, vol. 47, 130p. Figura 2.3 – Geologia da Província Esmeraldífera de Itabira-Nova Era. Extraído de Padilha et al. (2000). 11 Delgado, C. E. R. 2007, Geologia e Petrogênese na Região da Província Esmeraldífera de Itabira, MG 2.3.1 – Complexo Mantiqueira O Complexo Mantiqueira foi definido por Barbosa em 1954 (in Padilha et al. 2000) como um conjunto de gnaisses encontrados ao sul e a leste da Serra do Espinhaço, e constitui a parte mais antiga do Complexo Regional TTG Arqueano denominada como “constituintes primários” (Souza 1988). De ocorrência restrita ao extremo leste do Campo Pegmatítico Itabira-Ferros, próximo à cidade de Nova Era (Fig. 2.2) não representa mais que 5% da área da Província Esmeraldífera de Itabira-Nova Era abrangida na figura 2.3. Padilha et al. (2000) levantam a possibilidade da correlação entre a sua fácies anfibolítica e a Seqüência Gnáissica-Anfibolítica. Os principais litotipos dessa unidade são gnaisses leucocráticos de composição granítica a granodiorítica e mesocráticos de composição tonalítica, com bandamento bimodal de porte decimétrico a métrico e foliação milonítica pervasiva (Padilha et al. 2000). Estes, juntamente com migmatitos e anfibolitos máficos e ultramáficos, são raramente cortadas por corpos metamáficos e interpretados como rochas de alto grau (Souza 1988 e Machado 1998). O contato desses gnaisses é tectônico, por zonas de cisalhamento dúctil de baixo ângulo, com as rochas da Suíte Borrachudos e do Complexo Guanhães (Fig. 2.3). Quimicamente classificam-se como granito e álcali-feldspato granito peraluminoso, enriquecido em elementos incompatíveis e terras raras leves, com anomalias negativas de Sr, V, Ni e Cr e com teores insignificantes de Be (Machado 1998). A sua assinatura geofísica é dada por teores médios de Th e U em contraposição aos baixos de K (Fernandez 2004). Até o presente momento não há dados geocronológicos disponíveis para essa unidade, que na área em questão é considerada como representante da crosta siálica arqueana. Dessa maneira, sua gênese estaria relacionada à sucessão de eventos tectono-metamórficos diversos, responsáveis pelo seu metamorfismo, gnaissificação e migmatização, além de dobramentos e falhamentos generalizados. 2.3.2 – Seqüência Gnáissica-Anfibolítica A Seqüência gnáissica-anfibolítica é informalmente definida como um conjunto de rochas que ocorre no extremo sudoeste da área e faz contato tectônico a leste com os litotipos da Suíte Borrachudos e a oeste com os do Complexo Guanhães (Padilha et al. 2000; Fig. 2.3). Essa unidade encerra um conjunto de gnaisses graníticos a tonalíticos e anfibolitos que se intercalam de forma rítmica em intervalos decamétricos e se diferenciam das demais unidades encontradas nessa região pela incipiente deformação, sendo possivelmente correlata às fácies mais anfibolíticas do Complexo Mantiqueira (Padilha et al. 2000). A formalização ou o enquadramento dessa unidade em relação às unidades clássicas necessita de um maior grau de detalhamento e estudos mais apurados na sua área de ocorrência. 12 Contribuições às Ciências da Terra – Série M, vol. 47, 130p. 2.3.3 – Complexo Guanhães A intricada seqüência metavulcanossedimentar do tipo granito-greenstone que se interpõe aos corpos graníticos da Suíte Borrachudos (Fig. 2.2 e 2.3) motiva grande debate na literatura geológica. Enquanto Grossi Sad et al. (1990), Pedrosa Soares et al. (1994) e Padilha et al. (2000), entre outros propõem a sua correlação com o Complexo Guanhães, para Machado (1998) e Iwata (2000), entre outros esta deve ser ao menos em parte correlacionável ao Supergrupo Rio das Velhas. Entretanto, a falta de continuidade lateral com as litologias do Supergrupo Rio das Velhas, a qual pode ser verificada com relação às do Complexo Guanhães atesta para a sua correlação com o último (Fig. 2.2). Os diversos estudos realizados em rochas dessa seqüência (ex.: Souza 1988 e 1990; Schorsher 1991; Machado 1994 e 1998; Iwata 2000; Padilha et al. 2000; Viana 2004, entre outros) permitem, independentemente da sua correlação, dividi-la, com base em seu conteúdo litológico, em três unidades – metaultramáfica, metassedimentar e metamáfica, descritas a seguir – que se intercalam a gnaisses TTG segundo camadas de porte métrico e que têm em comum um elevado grau de deformação e de alteração intempérica. A unidade Metaultramáfica tem reduzida expressão areal – porém grande importância, por hospedar a mineralização de esmeralda – e é composta por xistos de cor negra, esverdeada e dourada, dependendo da predominância de biotita, anfibólio e clorita, respectivamente, bem como porfiroblastos orientados de esmeralda, além de plagioclásio, quartzo, magnetita, apatita, cromita e talco (Machado 1998). As rochas da unidade metaultramáfica têm afinidade química com komatiítos basálticos a peridotíticos (Machado 1998 e Iwata 2000). Observa-se que os tipos mais metassomatizados (flogopitizados) são sensivelmente mais ricos em álcalis (Na2O+K2O) e em Be que os demais (anfibólio xistos, clorita xistos e cromititos), os quais são mais ricos em MgO (Machado 1998). O comportamento dos elementos menores e traços é semelhante nos anfibólio xistos mais e menos metassomatizados, ambos enriquecidos em elementos incompatíveis, diferindo pela concentração cerca de dez vezes maior de Rb no primeiro tipo e pela anomalia positiva de Ba do último (Machado 1998). O metamorfismo regional experimentado por essas rochas foi processado nas condições da fácies xisto verde superior a anfibolito médio e teve polaridade voltada para leste, conforme indicam as paragêneses descritas por Souza (1988). De fato temperaturas variando entre 480-530 ºC foram recentemente obtidas por geotermometria de Ti em biotita da Mina da Piteiras (Viana 2004). A deformação que acompanha esse metamorfismo, responsável pela impressão de uma xistosidade paralela ao bandamento, com mergulho de médio a baixo ângulo para sudoeste, ocorre associada a uma lineação que cai com baixo ângulo para norte-nordeste e sul-sudeste (Viana 2004) 13 Delgado, C. E. R. 2007, Geologia e Petrogênese na Região da Província Esmeraldífera de Itabira, MG A unidade metaultramáfica não é mapeavel na escala 1:100.000, pois ocorre apenas como intercalações centimétricas a métricas nos xistos metapelíticos ricos em moscovita e biotita (Souza 1988). É interessante observar uma concentração preferencial dos tipos ricos em anfibólio na porção oeste da área, segundo uma linha N-S, que se estende de Nova Era a Hematita (Machado 1998 e Iwata 2000). A unidade Metassedimentar é composta por uma fácies quartzítica e uma oxidada (mapeadas apenas localmente), sendo predominantemente cartografada de forma indiferenciada, o que ocorre em apreciável área do Complexo Guanhães (Fig. 2.3). Essa fácies indiferenciada encerra um conjunto de quartzitos, formações ferríferas, xistos (com variadas proporções de moscovita, biotita e quartzo), metapelitos gnaissificados e suas transições (Padilha et al. 2000). Metapelitos (de caráter xistoso e gnaissificado) são muito abundantes e apresentam composições mais favoráveis aos estudos petrogenéticos. Dentre eles se diferenciam três tipos: moscovita-quartzo xisto com biotita; moscovitabiotita-quartzo xisto com granada e estaurolita; e moscovita-biotita-cordierita-plagioclásio-clorita xisto (Souza 1988), além dos acessórios cianita, sillimanita, apatita, cummigtonita, óxidos de Fe e Ti e fluorita (Machado 1998). Até o presente momento, os únicos dados litogeoquímicos disponíveis para essa unidade são cinco análises de paragnaisses provenientes da região entre Esmeralda de Ferros e Hematita Estes mostram composição cálcica e afinidade peraluminosa, com coríndon normativo, além de uma forte correlação negativa entre a maioria dos óxidos em relação à sílica (Iwata 2000). Como foi destacado por Souza (1988), a diversidade mineralógica dos xistos metapelíticos registra bem o metamorfismo regional de fácies xisto verde alto a anfibolito médio, comprovado por geotermobarometria (Tab. 2.1). Tabela 2.1 – Geotermobarometria de metassedimentos e paragnaisses coletados entre Itabira e Nova Era. Temperatura núcleo-borda (ºC) Grd-Estb Grd-Anfc Grd-Bio 612-596 559-540 468-483 631-625 669-655 a Belmont/Capoeirana1 Piteiras2 Pressão (kbar) GASP ~ 8d 4e 1-Machado (1998), 2-Viana (2004); a-Bhattacharya et al. (1992), b-Perchuk (1991), c-Graham & Powell (1984), d-Koziol (1989), e-Powell (1978); Grd = granada, Bio = biotita, Est = estaurolita, Anf = anfibólio e GASP = granada-aluminossilicato-quartzo-plagioclásio. A unidade Metamáfica, constitui as rochas com maior expressão areal, distinguindo-se tipos bandados, derivados de tufos, e tipos homogêneos, derivados de intrusões (Souza 1988). Os mais comuns são diques de trend N-S, encontrados por 400 km ao longo da Serra do Espinhaço (Dussin 1994). 14 Contribuições às Ciências da Terra – Série M, vol. 47, 130p. Esses diques têm textura holocristalina fina a grossa, por vezes porfirítica e são compostos por clinopiroxênio e plagioclásio, com magnetita e ilmenita como acessórios e anfibólio, clorita, epidoto, biotita, sericita, carbonatos e albita como secundários (Dussin 1994). Os relictos ígneos não representam mais que 5% da composição mineralógica dessa rocha (Dussin 1994). Os metatufos são compostos por hornblenda, quartzo e plagioclásio, com granada, epidoto, biotita, titanita, cummingtonita e opacos como acessórios (Machado 1998). Os metadiabásios têm composição basáltica subalcalina tholeiítica de rift continental e assinatura geoquímica dada pela correlação negativa entre MgO, elementos incompatíveis e óxidos de Si, Ti, Fe, Na e P, em contraste com a correlação positiva entre o CaO e metais de transição (Dussin 1994), além do enriquecimento em Zr, V e Th e do aumento de Y proporcional ao do #FeO, expresso por FeOT/FeOT+MgO (Machado 1998). O metamorfismo experimentado pelas rochas metamáficas processou-se na fácies anfibolito, sugerido pelas paragêneses minerais (Souza 1988) e dados geotermobarométricos (Tab. 2.2). A idade tardi-proterozóica, proposta por Dorr & Barbosa (1963), é confirmada por geocronologia U-Pb em zircão datado de 906 ±2 Ma (Machado et al. 1989), a idade de extração crustal TDM dessas rochas é estimada em 1550-1640 Ma (Dussin 1994). Tabela 2.2 – Geotermobarometria de metamáficas coletadas entre Itabira e Nova Era. Belmont/Capoeirana1 Piterias2 Temperatura núcleo-borda (ºC) Grd-Hblb Hbl-Plga 602-593 644-628 580-534 Pressão núcleo-borda (kbar) GASPc Grd-Hbl-Plg-Qtzd ~7 6-5 1-Machado (1998), 2-Viana (2004); a-Holland & Blundy (1994), b-Graham & Powell (1984), c-Koziol (1989), d-Kohn & Spear (1990). Hbl = hornblenda, Plg = plagioclásio, Grd = granada, Qtz = quartzo e GASP = granada-aluminossilicato-quartzo -plagioclásio. 2.3.4 – Grupo Nova Lima (Supergrupo Rio das Velhas) A seqüência de xistos e filitos esverdeados (paraderivados e vulcânicos) que, na porção oeste da área se associa a quartzitos, formações ferríferas, anfibolitos e ultramáficas é correlacionada ao Grupo Nova Lima (Padilha et al. 2000; Fig. 2.3). Embora se reconheça a presença de litotipos das suas três unidades principais (metavulcânica, metassedimentar e química) o detalhamento dos trabalhos de cartografia até então efetuados é insuficiente para a sua individualização. A clorita é o mineral mais abundante em diversos litotipos dessa unidade, ocorrendo ainda quartzo, tremolita/actinolita, plagioclásio sódico, magnetita, leucoxênio e carbonatos (Padilha et al. 2000). Essa assembléia mineral sugere um metamorfismo de fácies xisto verde alto a anfibolito baixo, acompanhado de processos deformacionais, registrados pela foliação. 15 Delgado, C. E. R. 2007, Geologia e Petrogênese na Região da Província Esmeraldífera de Itabira, MG 2.3.5 – Supergrupo Minas (indiviso) Da pilha de metassedimentos que materializa o Quadrilátero Ferrífero são individualizados quatro grupos: Caraça, Itabira, Piracicaba e Sabará, de natureza química e terrígena, com maior ou menor contribuição vulcanogênica (ex.: Alkmim & Marshak 1998 e Padilha et al. 2000). Na região estudada as rochas dessa unidade têm pequena expressão areal, restringindo-se aos setores noroeste e centro-sul do mapa (Fig. 2.3). Apesar de estar individualizada, sabe-se que nas proximidades de Itabira predominam os litotipos da Formação Cauê, Grupo Itabira, que constituem-se essencialmente de formações ferríferas bandadas, por vezes manganesíferas e dolomíticas. 2.3.6 – Rochas ígneas Em termos gerais são notados três tipos de rochas ígneas: granitóides tipo Borrachudos, que ocorrem com dimensões consideráveis e dominam a região entre Itabira-Nova Era (Fig. 2.3); veios e diques de pegmatitos com origem não muito clara, que podem ou não relacionar-se aos granitos; e corpos máficos diversos (Dussin 1994 e Padilha et al. 2000). Suíte Borrachudos A Suíte Borrachudos (Grossi Sad et al. 1990) encerra vários corpos com afinidade geológica ao Granito Borrachudos, descrito a noroeste de Itabira (Dorr & Barbosa 1963). A área de ocorrência dessa suíte limita a porção leste da Serra do Espinhaço, estendendo-se por cerca de 200 km, da represa Peti até Sabinópolis, passando por Ferros (Dussin 1994; Fig. 2.2). Machado (1998), entre outros, dissociam o Granito Borrachudos, considerado por eles arqueano, dos granitos estaterianos dessa suíte. Os litotipos predominantes nessa suíte são leucocráticos e foliados, com granulação variando de fanerítica grossa a afanítica, localmente porfirítica (Dussin 1994). Trata-se normalmente de um augen-gnaisse cuja fraca foliação – homogênea e penetrativa, dada pela orientação de nódulos de biotita – tende a desaparecer da periferia para o centro dos corpos (Souza 1988). Os diversos corpos plutônicos e vulcânicos da Suíte Borrachudos são mineralogicamente semelhantes entre si e classificados como álcali-feldspato granitos (Dussin 1994). Feldspato potássico, quartzo, biotita, plagioclásio e hornblenda compõem a mineralogia essencial, enquanto fluorita, epidoto, titanita, apatita, monazita, molibdenita, granada, sulfetos e óxidos de Fe e Ti constituem os principais acessórios (Machado 1998). O feldspato potássico, encontrado tanto na matriz como em fenocristais, apresenta-se de duas maneiras: ortoclásio pertítico a mesopertítico, de origem primária (Dussin 1994), e microclina, produto da recristalização metamórfica (Machado 1998). 16 Contribuições às Ciências da Terra – Série M, vol. 47, 130p. Quimicamente semelhantes a granitos intra-placa esses litotipos, de grande homogeneidade composicional nos vários corpos da suíte, têm afinidade com granitos tipo-A (Fernandes et al. 2000). O seu caráter metaluminoso a subalcalino (com exceção dos tipos mais deformados, peraluminosos) e a presença de F, aliados às anomalias negativas de Ba, Sr, V, Cr e Ni e positivas de Rb, Th, Pb, Nb, e ETR e à elevada razão Ga/Al são a assinatura geoquímica desses litotipos (Dussin 1994). Com relação aos elementos terras raras (ETR) nota-se que os granitos e riolitos, foliados ou não, são em geral semelhantes, com fracionamento dos termos pesados e pronunciada anomalia negativa de Eu, diferindo-se os granitos pelo menor conteúdo ETR, empobrecimento relativo de Lu em relação a Yb e ausência da anomalia negativa de Ce, em comparação aos riolitos (Dussin 1994). Tipos foliados têm conteúdo de ETR e anomalia de Eu maiores que os homogêneos (Machado 1998). Seu metamorfismo, estimado na fácies epidoto-anfibolito pela paragênese albita, biotita, epidoto e granada (Souza 1988) é confirmado por cálculos geotermobarométricos (Tab. 2.3). Tabela 2.3 – Geotermobarometria do Granito Borrachudos da região entre Itabira e Nova Era (Machado 1998). Textura Homogênea Foliada Temperatura núcleo-borda (ºC) Grd-Bioa Plg-Afelb 554-630 427-419 418-399 Pressão núcleo-borda (kbar) GASPc Estm 6 11-22 6 a-Bhattacharya et al. (1992), b-Nekvazil & Burnham (1987), c-Koziol (1989); Grd = granada, Bio = biotita, Plg = plagioclásio, Afel = álcalifeldspato, GASP = granada-aluminossilicato-quartzo-plagioclásio e Estm = pressão usada nos cálculos geotermométricos Dados geocronológicos (U-Pb e Pb-Pb, Tab. 2.4) indicam que o plutonismo da Suíte Borrachudos provavelmente ocorreu durante o período Estateriano (Dussin 1994) sincrônico, portanto, ao vulcanismo ácido relacionado ao Supergrupo Espinhaço (Machado et al. 1989). O Brasiliano é o ultimo evento tectono-metamórfico importante dessa região, marcado pela restauração do sistema isotópico e registrado nos sistemas Rb-Sr e K-Ar. Uma síntese dos dados geocronológicos para os diversos corpos da Suíte Borrachudos pode ser encontrada na tabela 2.4. Tabela 2.4 – Síntese dos dados geocronológicos dos corpos da Suíte Borrachudos. Plúton/Método São Félix Urubú Itauninha Açucena Granito subvulcânico do Vale do Guanhães U-Pb (Ma) 1740 ± 81 Pb-Pb (Ma) 1729 +122 16003 - Rb-Sr (Ma) 1426 +144 2140 ± 1774 - K-Ar (Ma) 482 ± 62 486 ± 82 475 ± 62 - - 932 ± 924 463 ± 72 1-Silva et al. (2002), 2-Dossin et al. (1993), 3-Dussin (1994), 4-Teixeira et al. (1990). 17 Delgado, C. E. R. 2007, Geologia e Petrogênese na Região da Província Esmeraldífera de Itabira, MG Pegmatitos Diversos corpos pegmatíticos, com poucos centímetros a dezenas de metros de espessura, cortam, de forma subconcordante, as rochas da Suíte Borrachudos e dos complexos Mantiqueira e Guanhães (Dorr & Barbosa 1963). De acordo com o seu conteúdo mineralógico estes podem ser agrupados em dois conjuntos, uma granítica rica em feldspato e mineralizada em berilo e outra peraluminosa insaturada, com cianita, cordierita e coríndon, que se associa à unidade metassedimentar do Complexo Guanhães, especialmente aos termos mais gnaissificados (Machado 1998). Os pegmatitos do primeiro conjunto são os mais comuns e foram introduzidos nos tipos mais foliados da Suíte Borrachudos (onde são mais abundantes), nos gnaisses do Complexo Mantiqueira e nas unidades máfica e ultramáfica do Complexo Guanhães (Souza 1988). O conteúdo de K, Rb e Cs em álcali-feldspato e moscovita desses pegmatitos mostra sua diferenciação de cerâmico (à moscovita) até portadores de metais raros, especializado em Be, refletindo uma taxa de diferenciação moderada, comparada aos demais distritos da Província Pegmatítica Oriental Brasileira (Morteani et al. 2000). Dados geocronológicos Rb-Sr de feldspatos e biotita sugerem a existência de pelo menos duas gerações de pegmatitos (Tab. 2.5). Uma primeira, de idade estimada em 1900 Ma. é responsável pela formação dos veios mineralizados em esmeralda, deformados no Ciclo Brasiliano, com reequilíbrio do sistema isotópico (Preinfalk et al. 2002). Essa geração é alternativamente interpretada como contemporânea ao Ciclo Brasiliano, apoiada por datações em monazita e titanita com 520 Ma e 512450 Ma, (Bilal et al. 2000 e Dussin & Uhlein 2003). A segunda geração de pegmatitos, datada de 477 ±14 Ma, origina veios estéreis indeformados (Preinfalk et al. 2002). Tabela 2.5 – Síntese dos dados geocronológicos de pegmatitos e xistos mineralizados. Local/Método Feldspato e moscovita de banda pegmatítica estéril no Borrachudos Feldspato de veio pegmatítico estéril do ortognaisse de Piçarrão Biotita xisto mineralizado em esmeralda (Belmont) Flogopita em xisto mineralizado em esmeralda (Capoeirana) Veios estéreis em ortognaisses de Ponte da Raiz, Morro Escuro e Caracol Rb-Sr 477 ±61 480 ±41 4801 477 ±141 Ar-Ar 509 ±22 - 1- Preinfalk et al. (2002), 2-Ribeiro Althoff et al. (1996). Máficas Ao menos duas gerações de rochas máficas podem ser seguramente reconhecidas na região em apreço: uma mais antiga, anfibolitizada, e outra sem indícios de metamorfismo (Dorr & Barbosa 1963). Boa parte das rochas mais antigas deve se relacionar à unidade metamáfica do Complexo Guanhães, já descrito. Dentre as mais jovens, que cortam as estruturas brasilianas, distinguem-se diques de diabásio e gabro com bordas de resfriamento (Dorr & Barbosa 1963) encaixados em antigos sistemas de fraturas de orientação N-S (Dussin 1994). 18 Contribuições às Ciências da Terra – Série M, vol. 47, 130p. Essas rochas têm textura inequigranular intergranular, raramente porfirítica e vesicular, são compostas por plagioclásio, augita e/ou olivina além de óxidos de Fe e Ti (Dussin 1994). Sua idade, estimada pelo método K-Ar em rocha total entre 220-170 Ma, indica uma evolução anterior aos principais enxames fanerozóicos do sudeste brasileiro (Dussin 1994). 2.4 - ARCABOUÇO ESTRUTURAL Os principais aspectos estruturais são reflexo do posicionamento geotectônico da área junto à Faixa Araçuaí (Almeida 1977). Dessa forma observa-se que as maiores estruturas, como os limites das principais unidades litoestratigráficas, encontram-se alinhados segundo a direção NNE-SSW, concordante com o trend geral da Faixa Araçuaí nessa região (Almeida 1977; Fig. 2.1). Localmente também é notável a orientação preferencial das estruturas marcadoras dos processos deformacionais, como zonas de cisalhamento, foliações e eixos de grandes dobras, alinhados segundo a direção NNE-SSW (Fig. 2.3). Da mesma forma os contatos litológicos também orientam-se segundo essa direção (Fig. 2.3), conforme já discutido na litoestratigrafia. Uma vez que o principal estilo estrutural reconhecido é o dobramento, as diferentes famílias de dobras foram agrupadas em três classes em função da sua área de abrangência. Dessa maneira, as dobras de mesoescala, com eixo NE-SW variam de abertas a isoclinais (podendo mostrar flanco invertido), constituem aquelas mapeáveis por poucos quilômetros, como os sinformes de Cauê, Dois Córregos e Conceição, que é contíguo ao antiforme do Rio do Peixe; as dobras de pequena escala ocorrem superimpostas às de mesoescala e têm comprimento de onda menor que 1 km, portanto passíveis de identificação em afloramentos; por fim, as dobras menores, têm eixo NE-SW e comprimento de onda de dezenas de metros a poucos milímetros, não sendo, portanto representáveis em mapas geológicos (Dorr & Barbosa 1963). Nas proximidades de Itabira a foliação tende a mergulhar com ângulo moderado para E. No domínio dos granitos mais foliados da Suíte Borrachudos a foliação mergulha com ângulo baixo a moderado para NNW, que concorda com parte das medidas de bandamento gnáissico, no qual são observados mergulhos para WSW (Souza 1988). A foliação observada em xistos da mina da Piteiras mergulha com ângulo baixo a moderado para SW, sendo ainda observada uma foliação mais jovem que mergulha com médio ângulo para NW (Viana 2004). 19 Delgado, C. E. R. 2007, Geologia e Petrogênese na Região da Província Esmeraldífera de Itabira, MG As estruturas lineares, materializadas pelos eixos de dobras menores, de crenulações e do alongamento de minerais e agregados deformados, têm caimento sistemático em torno de 10-40º para E nas proximidades de Itabira (Dorr & Barbosa 1963). Na mina da Piteiras e em suas circunvizinhanças a lineação mineral cai com baixo ângulo ora para SSE ora para NNW (Viana 2004). Conforme já discutido na litoestratigrafia, uma marcante característica dos granitos tipo Borrachudos é a presença de uma pronunciada lineação mineral. Em vários locais podem ser observadas falhas, normalmente de alto ângulo e com trend N-S que cortam as maiores estruturas (Dorr & Barbosa 1963 e Souza 1988). 20 CAPÍTULO 3 LITOESTRATIGRAFIA E GEOLOGIA ESTRUTURAL 3.1 - ARCABOUÇO LITOESTRATIGRÁFICO DA ÁREA ESTUDADA As rochas da região da Província Esmeraldífera de Itabira-Nova Era podem ser agrupadas em cinco grupos litológicos principais: gnaisses, xistos, quartzitos, granitóides e anfibolitos. As fichas de descrição petrográfica dessas amostras encontram-se sumarizadas no Anexo 2. Os gnaisses têm distribuição reduzida na área entre Itabira e Nova Era, particularmente abundantes nas proximidades dessa última. Na região de Nova Era os ortognaisses predominam sobre os gnaisses paraderivados encontrados a sul de Itabira, localmente gerados pelo metamorfismo mais intenso de rochas sedimentares relacionadas ao Complexo Guanhães (Fig. 2.3). Os ortognaisses de Nova Era são interpretados como parte do Complexo Mantiqueira (Fig. 2.3) Os xistos compreendem um importante grupo litológico, uma vez que são os principais portadores dos cristais de esmeralda. Juntos, os xistos mineralizados e estéreis, agrupados na unidade metavulcanossedimentar do Complexo Guanhães (Gmvs), mostram uma considerável expressão areal em planta (Fig. 2.3). Podem ser reconhecidos tipos de caráter claramente paraderivado, com diversas proporções de quartzo, biotita, cianita e estaurolita, e tipos ortoderivados, de caráter ultramáfico, que portam flogopita e anfibólio, alternando-se como principais minerais e granada acessória. Em campo, os xistos orto- e paraderivados ocorrem tanto isoladamente como em associação, sendo comum observar-se interdigitações entre esses dois tipos. Quartzitos ocorrem intimamente relacionados aos xistos paraderivados em diversos pontos da área, como na Serra da Pedra Branca e na estrada entre Itabira e Guanhães, podendo ainda ser observada gradação entre quartzo-moscovita xisto e quartzito, conforme se observa localmente na mina da Piteiras e em furos de sondagem na Mina Rocha. Os metagranitos da Suíte Borrachudos são as rochas predominantes dessa região (Fig. 2.3), no entanto reconhecem-se, ainda que em menor proporção, granitóides texturalmente diferentes e pegmatitos, os quais normalmente são mapeados de forma indistinta junto às rochas dessa suíte, normalmente devido a sua pequena expressão areal e semelhança petrográfica. A forma de ocorrência dos corpos anfibolíticos, que cortam os gnaisses e xistos sugere origem a partir do metamorfismo de diques máficos. Em menor proporção encontram-se localmente outros tipos de rochas metaultramáficas, como esteatito, tremolita xisto e serpentinito. Delgado, C. E. R. 2007, Geologia e Petrogênese na Região da Província Esmeraldífera de Itabira, MG A sucessão estratigráfica dos litotipos da área pôde ser bem estudada por meio da investigação detalhada de testemunhos de sondagem e dos trabalhos de campo efetuados nas minas a céu aberto e subterrânea da Mina Rocha. Para obter-se uma visão mais regional dessa sucessão foram feitos também trabalhos de campo na mina subterrânea da Piteiras e galerias do garimpo de Capoeirana, além de investigações em diversos cortes da estrada recém pavimentada (MG-110) e vias secundárias, bem como a identificação de afloramentos isolados. A sucessão estratigráfica encontrada na área da Mina Rocha (Fig. 3.1) é relativamente simples, com franco predomínio de diferentes tipos de xistos, comumente separados por leitos de biotita/flogopita xisto. No leito mais superficial há a predominância de cianita xisto. A passagem do cianita xisto para o estaurolita cianita xisto é marcada por uma zona milonítica, onde a sillimanita abunda. No contato entre o cianita-estaurolita xisto e o granada xisto é que se encontra a camada mais espessa de flogopita xisto. Passagens anfibolíticas foram observadas em todos os leitos. Os granitos foliados da Suíte Borrachudos afloram cerca de 500 m a oeste dessa seção. Figura 3.1 – Perfil esquemático na área da Mina Rocha, baseado em testemunhos de sondagem e afloramentos. A sondagem FSR–03 encontra-se detalhada na Fig. 3.3. As camadas de flogopita xisto correspondem às zonas mineralizadas em esmeralda. O estudo detalhado, realizado no testemunho do furo FSR-25 (Fig. 3.2), mostra uma grande diversidade mineralógica, e ressalta a natureza sedimentar pelítica dessas rochas, marcada pela expressiva ocorrência de estaurolita, granada, cianita e sillimanita. Os leitos terrígenos são sugeridos pela ocorrência de sericita xistos muito quartzosos, que gradam para quartzitos com magnetita e turmalina negra (schorlita). Essas rochas afloram com grande expressão no Morro da Pedra Branca (Fig. 2.3). Os leitos de flogopita xisto mineralizados em esmeralda e as lentes de anfibólio xisto ultramáfico e anfibolito, no entanto, têm caráter ortoderivado, como se pode perceber pelos elevados teores de Cr e Mg, discutidos no Capítulo 4. 22 Contribuições às Ciências da Terra – Série M, vol. 47, 130p. As principais estruturas deformacionais observadas na sondagem FSR–25 têm caráter reverso horário com vergência para E (Fig. 3.2). Essas estruturas estão em desacordo com a vergência tectônica regional do Quadrilátero Ferrífero e da estrutura que o limita com a Província Mantiqueira, sugerindo a inversão das camadas estudadas. Em menor quantidade observam-se também estruturas normais anti-horárias menos dúcteis, com vergência para W, possivelmente relacionadas a colapso orogenético. Figura 3.2 – Perfil detalhado do testemunho de sondagem FSR – 25. 23 Delgado, C. E. R. 2007, Geologia e Petrogênese na Região da Província Esmeraldífera de Itabira, MG O testemunho do furo FSR–03 é o mais profundo efetuado na Mina Rocha, atingindo 202 m de profundidade. A sua descrição permitiu estabelecer um perfil estratigráfico mais completo, seccionando todas as litologias encontradas no testemunho do furo FSR–25, além de metagranitóides (Fig. 3.3). Figura 3.3 – Perfil detalhado do testemunho de sondagem FSR–03, com indicação das amostras coletadas. 24 Contribuições às Ciências da Terra – Série M, vol. 47, 130p. 3.2 - PETROGRAFIA 3.2.1 – Gnaisses Compreendem orto- e paragnaisses que variam desde leucocráticos até melanocráticos, mostrando-se, em geral, mesocráticos. Esses gnaisses têm granulação variando de fina a média e muitas vezes portam lentes anfibolíticas concordantes com o bandamento composicional (Fig. 3.4). Na região os gnaisses ocorrem frequentemente com profunda alteração intempérica, originando um produto de alteração em tons variegados de branco e vermelho. Mesmo em amostras de testemunhos de sondagens essa rocha ainda encontra-se bastante alterada, o que dificulta o seu estudo petrográfico. A textura dos gnaisses da região varia de bandada a homogênea (homófona), conforme se observa nos cortes de estrada, nas minas e nos garimpos de esmeralda. Figura 3.4 – Corte de estrada na MG-120, próximo a Nova Era, com ortognaisse bandado do Complexo Mantiqueira deformado por um leque imbricado de falhas vergente para WNW. O corte tem de cerca de 10 m de comprimento e orientação WNW-ESE. É comum encontrar-se porções miloníticas, que podem variar de poucos centímetros até vários metros de largura, as quais podem ser vistas tanto nas minas (subterrânea e a céu aberto), cortes de estrada e em amostras de testemunhos de sondagem. Essas zonas miloníticas normalmente mostram alto ângulo. Os ortognaisses têm mineralogia monótona, quartzo-feldspática, com biotita, apatita, titanita e hornblenda alternando-se como os principais minerais acessórios (Fig. 3.5). Ocorrem ainda, mais raramente, tipos onde a concentração de um determinado acessório, dentre os supracitados, eleva-se e atinge valores superiores a 10% vol., como por exemplo ocorre com a titanita na mina da Piteiras e com a apatita nas imediações das minas da Belmont, Beibra e da Mina Rocha. A classificação dos ortognaisses, com base na composição modal, varia de granítica até tonalítica. 25 Delgado, C. E. R. 2007, Geologia e Petrogênese na Região da Província Esmeraldífera de Itabira, MG Figura 3.5 – Fotomicrografias de ortognaisses mostrando: (A) kink bands em maclas de plagioclásio, amostra CM-47F; (B) cristais de apatita (incolor) e zircão (isotropizados) gerando halos em biotita da amostra BB-1 e; (C) banda máfica com porfiroblastos poiquiloblásticos de hornblenda e biotita com inclusões de titanita da amostra CM-47G. A barra mede 0,5 mm; A – LPX, B e C – LPP. Os paragnaisses, por sua vez, apresentam uma maior diversidade mineralógica, com moscovita, biotita, turmalina, cianita, sillimanita e anfibólios (hornblenda e tremolita) alternando-se como os minerais acessórios mais comuns. Cristais de cordierita foram encontrados apenas na região do garimpo de Capoeirana. Nas zonas de cisalhamento que cortam os gnaisses paraderivados na área da Mina Rocha é comum encontrar concentrações muito elevadas de granada, sillimanita e cianita, sendo que os últimos minerais definem claramente uma lineação mineral de baixo ângulo que cai para N (Fig. 3.6). Os gnaisses ainda podem, ocasionalmente, apresentar porções migmatíticas. 26 Contribuições às Ciências da Terra – Série M, vol. 47, 130p. Figura 3.6 – Ortognaisse do garimpo do Rei em Capoeirana (A), com foliação gnáissica paralela ao bandamento; paragnaisses da Mina Rocha, com cristais de cianita (CIA) alinhados (B) e agregados fibrosos de sillimanita (SIL) paralelos ao bandamento composicional (C). Associados aos paragnaisses é comum encontrarem-se outros tipos de metassedimentos do Complexo Guanhães, principalmente xistos e quartzitos. 3.2.2 – Xistos Compreende um conjunto de litotipos com mineralogia e natureza diversificadas sendo, da mesma forma que para os gnaisses, reconhecidos tipos orto- e paraderivados. Os xistos afloram com moderado a elevado grau de intemperismo em tons avermelhados a arroxeados, mostrando-se, por vezes mais esbranquiçados, devido à maior concentração de quartzo. 27 Delgado, C. E. R. 2007, Geologia e Petrogênese na Região da Província Esmeraldífera de Itabira, MG As amostras mais frescas, obtidas nas minas e garimpos subterrâneos e nos testemunhos de sondagens têm coloração cinza, com tonalidade variando em função do mineral essencial. Dessa forma a rocha toma tonalidade azulada quando há predominância de cianita; caramelada, devido à presença de estaurolita; marrom-avermelhada, quando a granada predomina; esverdeada, se o principal mineral é o anfibólio; e negra, quando há o predomínio de biotita (Fig. 3.7). Figura 3.7 – Xistos da Província Esmeraldífera de Itabira-Nova Era com diferentes cores em função da mineralogia predominante. (A) flogopita xisto da zona mineralizada da mina subterrânea da Piteiras; (B) estaurolita-sillimanita xisto (amostra R-33), (C) cianita xisto (amostra R-18) e (D) granada xisto (amostra R30), todos os três da capa da zona mineralizada na Mina Rocha; (E) tremolita xisto da lapa/zona intermediária do garimpo de Capoeirana (amostra P-2). 28 Contribuições às Ciências da Terra – Série M, vol. 47, 130p. Xistos ortoderivados Na área da Rocha mineração os xistos ortoderivados mineralizados em esmeralda (Fig. 3.8) são petrograficamente classificados como flogopita xisto, granada-flogopita xisto e anfibólio (Mghornblenda) flogopita xisto, havendo predominância de flogopita xisto e transições para os demais. A origem ortoderivada foi determinada com base em dados geoquímicos (Cap. 4), principalmente devido aos elevados teores de Cr e Ni. Esses xistos ocorrem como lentes de espessura muito variada (centimétricas a métricas) intercaladas aos xistos paraderivados e pegmatitos (Fig. 3.1). Figura 3.8 – Pegmatito em contato com flogopita xisto mineralizado em esmeralda na galeria da Mina Rocha. No garimpo de Capoeirana observa-se que os xistos mineralizados (flogopita xisto e flogopitaanfibólio xisto esverdeado) constituem uma camada encaixada em gnaisse granatífero. Na mina subterrânea da Piteiras a principal camada mineralizada (anfibólio-flogopita xisto) encontra-se encaixada em paragnaisses com granada, estaurolita e cianita, conforme já demonstrado por Viana (2004). Na mina da Belmont a mineralização encontra-se hospedada em xistos ultramáficos associados a uma seqüência metapelítica (Machado, 1998). 29 Delgado, C. E. R. 2007, Geologia e Petrogênese na Região da Província Esmeraldífera de Itabira, MG Xistos paraderivados Assim como os paragnaisses, os xistos paraderivados encontrados na mina da Rocha mineração contêm micas (biotita, moscovita e fuchsita?), cianita, sillimanita (variedade fibrolita), estaurolita e granada, que se alternam como principais minerais, com ilmenita, titanita, magnetita e outros como minerais acessórios (Fig. 3.6). A xistosidade é bem definida e marcada pela orientação preferencial das micas, embora haja, em muitos casos, uma posterior fase de cristalização gerando uma textura decussada desses minerais. A lineação mineral contida na xistosidade principal é definida pelo crescimento orientado de anfibólio, sillimanita e cianita. Em lâmina observa-se ainda a presença de dobras isoclinais recumbentes, com plano axial paralelo à foliação principal da rocha, além de indicadores cinemáticos diversos, como sombras de pressão e foliações sigmoidais, que sugerem a atuação de processos de milonitização nas rochas dessa região. A semelhança mineralógica e o fato de ocorrerem associados sugerem que os xistos e os paragnaisses pertencem à mesma unidade litoestratigráfica que teriam evoluído de forma distinta pela acomodação diferenciada da deformação. 3.2.3 – Quartzitos Os quartzitos encontram-se posicionados topograficamente acima dos xistos, sendo encontrados na região das minas de esmeralda (Mina Rocha e Piteiras), em maior volume na região da Serra da Pedra Branca. Nota-se que a gradação de quartzitos para xistos muitas das vezes é do tipo transicional. A textura sacaroidal é a predominante, principalmente nos litotipos mais puros, sendo também observadas estruturas bandada e milonítica em muitos casos. Os quartzitos (Fig. 3.9) têm mineralogia simples, sendo compostos, além de quartzo, por micas, principalmente moscovita, além de biotita e mica esverdeada (fuchsita?) encontradas localmente. Magnetita, turmalina e feldspato são os acessórios mais comuns. 30 Contribuições às Ciências da Terra – Série M, vol. 47, 130p. Figura 3.9 – Testemunho de sondagem (FSR–25, 11 m de profundidade) com leito de quartzito/quartzo-mica xisto, com cristais de magnetita (negros) e de moscovita (cinza claro). 3.2.4 – Granitóides Dentre os diversos granitóides encontrados na área da Mina Rocha destaca-se, pela sua abundância, o da Suíte Borrachudos. Vários afloramentos dessa rocha podem ser encontrados ao longo de boa parte da estrada de acesso para a mina, sustentando, ainda, o relevo de um elevado morro situado a cerca de 2 km a leste da rampa de acesso para a mina subterrânea. Agrupados na categoria de granitóides encontram-se, ainda, pegmatitos e granitóides porfiríticos de matriz fina e pouco foliada, identificados apenas em testemunhos de furos de sondagem da Mina Rocha. Suíte Borrachudos O granitóide denominado Borrachudos, ao qual é atribuída a fonte de Be, indispensável para a formação da esmeralda (Machado 1998), é uma rocha bastante abundante em toda a região entre Itabira e Nova-Era, estendendo-se ainda, desde as proximidades de João Monlevade (ao Sul) até a altura de Ferros (Figs. 2.2 e 2.3). As ocorrências desse litotipo são morfologicamente caracterizadas por sustentar morros normalmente altos e desnudos, que contrastam com o relevo de mares-de-morros característico dos gnaisses. 31 Delgado, C. E. R. 2007, Geologia e Petrogênese na Região da Província Esmeraldífera de Itabira, MG Apesar de diversos corpos do Granito Borrachudos aflorarem nas proximidades da Mina Rocha não foram encontradas porções deste intercaladas aos xistos nos testemunhos de sondagens analisados, tampouco no interior da mina subterrânea. Esse fato também foi observado por Viana (2004) na mina de esmeralda da Piteiras. No entanto, é possível que o saprólito granítico foliado de cor cinza, com tons variegados de rosa, que capeia boa parte da lavra a céu aberto seja um representante dos granitóides dessa suíte. As várias ocorrências estudadas do Granitóide Borrachudos, na área da Mina Rocha e ao longo da estrada entre Itabira e Nova-Era, possibilitaram a observação de litotipos com variados graus de alteração intempérica e de deformação, sendo encontradas desde amostras indeformadas até porções intensamente milonitizadas. As amostras estudadas, quando frescas, mostram cor cinza clara e granulação variando de média a grossa. A estrutura mais frequëntemente observada é a foliada, definida pela orientação de cristais de biotita e anfibólio (Fig. 3.10B). O bandamento composicional é também bastante comum e dado pela segregação, em leitos centimétricos a milimétricos, de material leucocrático quartzofeldspático, que se intercala com níveis melanocráticos de mesmo porte. Menos frequente é a estrutura milonítica, a qual pode ser observada ao longo de zonas de cisalhamento discretas, onde porfiroclastos de feldspato, de até 4 cm, encontram-se rotacionados (Fig. 3.10A). Mais raramente ocorrem rochas de textura homogênea (homófona) e rochas com textura cataclástica brechada (Fig. 3.10C), formadas ao longo de zonas de cisalhamento rúptil. 32 Contribuições às Ciências da Terra – Série M, vol. 47, 130p. Figura 3.10 – Aspecto macroscópico do granitóide tipo Borrachudos com estrutura milonítica porfiroclástica (A), foliada/bandada (B, amostra CM-47A) e brechada (C). Afloramentos na margem do Rio do Peixe, entre Itabira e Nova-Era. Ao microscópio observa-se a predominância de quartzo e biotita, além de microclina e plagioclásio, encontrados tanto na matriz como em fenocristais. O plagioclásio é maclado e exibe zonamento composicional normal, evidenciado pela alteração (saussuritização) incipiente do núcleo. Os acessórios mais comuns são o anfibólio (hornblenda) e a titanita, ocorrendo, subordinadamente, apatita, fluorita, granada, zircão e ilmenita, além de epidoto secundário. 33 Delgado, C. E. R. 2007, Geologia e Petrogênese na Região da Província Esmeraldífera de Itabira, MG Granitóides diversos Metagranitóides porfiríticos de matriz fanerítica fina e foliada foram observados no terço inferior do furo (FSR – 03). Essas rochas têm coloração cinza bem claro e portam pequenos fenocristais/porfiroblástos(?) de feldspato anédrico de cor branca (Fig. 3.11). A distinção dos presentes granitóides dos da Suíte Borrachudos é feita por conta das suas características mineralógicas, texturais e químicas (Cap. 4). Figura 3.11 – Aspecto macroscópico de granitóide da Mina Rocha com fenocristais brancos de feldspato (A) e cristais avermelhados de granada envoltos por auréola feldspática branca (albita?). Amostras R-59 e R-64 do furo (FSR–03). 34 Contribuições às Ciências da Terra – Série M, vol. 47, 130p. Os fenocristais/porfiroblastos de plagioclásio são anédricos e poiquilíticos, portando uma enorme quantidade de inclusões, principalmente de cristais de quartzo (Fig. 3.12A), mais raramente microclina. Na região do contato entre a inclusão e o plagioclásio desenvolve-se uma película albítica que envolve por inteiro a inclusão. As auréolas em torno de todos os grãos de quartzo inclusos num mesmo cristal de plagioclásio extinguem-se simultaneamente, isto é, têm a mesma orientação óptica (Fig 3.12B). As inclusões de quartzo podem ter se infiltrado por metassomatismo. Figura 3.12 – Fotomicrografias de granitóide da mina da Rocha (amostra R-59) com fenocristal de plagioclásio poiquilítico e maclado em matriz de quartzo, feldspato e biotita (A); e detalhe das inclusões de quartzo no interior do plagioclásio, com halos brancos albíticos em torno das inclusões (B). LPX. Os cristais de granada são, analogamente aos de plagioclásio, muito poiquiloblásticos (microestrutura em atol), portando inclusões de quartzo, feldspato e minerais opacos (ilmenita e titanomagnetita), além de rara titanita. São anédricos amebóides e encontram-se envoltos por auréola de plagioclásio (albita?). Pegmatitos Os pegmatitos dessa província formam veios, diques e bolsões brancos que intrudem indiscriminadamente todas as rochas da região, desde as rochas do embasamento gnáissico até as rochas da seqüência metavulcanossedimentar do Complexo Guanhães e a Suíte Borrachudos. Essas intrusões de pegmatitos têm dimensões que podem variar desde centimétricas a dezenas de metros de espessura e são as rochas responsáveis pela introdução de Be para a geração da esmeralda. Com relação à mineralogia, os pegmatitos são essencialmente constituídos por cristais subédricos a anédricos de albita, os quais podem atingir até 10 cm e frequentemente exibem maclas polissintéticas perceptíveis macroscopicamente. 35 Delgado, C. E. R. 2007, Geologia e Petrogênese na Região da Província Esmeraldífera de Itabira, MG Além do plagioclásio encontram-se também microclina, quartzo e micas que, muitas das vezes, compõem a mineralogia essencial da rocha, ao lado do plagioclásio. Como acessórios mais comuns encontram-se diferentes proporções de berilo, apatita e molibdenita (Fig. 3.13), além de crisoberilo, monazita e titanita, comumente associados a pegmatitos com deficiência em sílica. Machado (1998) relata ainda a existência de pegmatitos aluminosos com cianita, cordierita e coríndon, encaixados em paragnaisses da região do garimpo de Capoeirana. Na região da Mina Rocha ocorrem pegmatitos mineralizados em esmeralda (encaixados em flogopita xisto) e galerias abandonadas de extração de água-marinha (intrudido em metagranitos da Suíte Borrachudos), além de alexandrita (associada a fucchita xistos). Esta última mineralização também pode ser esporadicamente encontrada na Mina da Belmont. Figura 3.13 – Pegmatitos da mina subterrânea da Piteiras, com berilo verde (A), detalhe em (B) e molibdenita e berilo (C). 3.2.5 – Anfibolitos Compreende um conjunto de rochas máficas ortoderivadas, metamorfizadas em fácies xisto verde a anfibolito, normalmente bem foliadas (Fig. 3.14). Tais rochas ocorrem intercaladas de forma concordante na seqüência metavulcanossedimentar do Complexo Guanhães (Fig. 3.14), sendo também identificados diques discordantes, em menor proporção. 36 Contribuições às Ciências da Terra – Série M, vol. 47, 130p. Figura 3.14 – Anfibolitos em testemunho de sondagem do furo (FSR–03) da Mina Rocha, exibindo bandamento concordante com o do estaurolita-granada xisto, indicado pelo lápis (A), microdobras indicando movimento reverso sinistral (B) e porfiroblastos de granada rotacionados (C). Quando frescas essas rochas têm cor negra, estrutura foliada a bandada e textura granonematoblástica, dada pela orientação preferencial dos finos prismas de anfibólio. A hornblenda é o mineral mais abundante dessas rochas, ocorrendo em bandas monominerálicas, onde assume as maiores dimensões e em agregados poliminerálicos. Os menores cristais ocorrem orientados e os maiores normalmente se dispõem de forma aleatória. O plagioclásio constitui grãos anédricos, dispostos em agregados policristalinos e mostram forte zonamento composicional normal, atestado pela alteração preferencial do seu núcleo, de composição mais cálcica. Quartzo e biotita complementam a lista dos minerais essenciais. Os minerais acessórios mais comuns são titanita anédrica, opacos (principalmente ilmenita e titanomagnetita), zircão e clorita. 37 Delgado, C. E. R. 2007, Geologia e Petrogênese na Região da Província Esmeraldífera de Itabira, MG 3.3 - METAMORFISMO O principal registro metamórfico observado nas rochas da região estudada tem caráter regional dinamotermal de grau médio e, localmente, associou-se a processos metassomáticos. Enquanto as rochas metamáficas e metagraníticas apresentam apenas indícios de metamorfismo isoquímico, a maioria das metaultramáficas certamente sofreu reações metassomáticas, proporcionando a formação da mineralização da esmeralda. São freqüentes as evidências de processos retrometamórficos, relacionados aos estágios mais avançados do evento principal ou a um evento posterior, de menor intensidade. A variedade química dos pacotes de rochas metassedimentares do Complexo Guanhães possibilitou a geração de paragêneses minerais diversificadas e diagnósticas das condições de temperatura e pressão. Nessas rochas cristalizaram-se populações de minerais típicos do metamorfismo de médio grau, como estaurolita, cianita e sillimanita. A cordierita da região do garimpo de Capoeirana, relatada por Machado (1998), não foi identificada na área da Mina Rocha. As paragêneses minerais registradas nos litotipos paraderivados da Mina Rocha foram: quartzo + plagioclásio + biotita + granada + estaurolita + cianita + sillimanita + ilmenita, nos metapelitos (ex. R-48, Fig. 3.15), e quartzo + plagioclásio + moscovita + magnetita, nos quartzitos (ex. R-03). A textura dos metapelitos é constituída pela orientação linear de porfiroblastos de cianita e pela orientação planar de cristais de biotita parcialmente substituídos por sillimanita (variedade fibrolita). A paragênese granada + estaurolita e a textura de equilíbrio entre cianita e sillimanita indicam metamorfismo barrowiano de fácies anfibolito, com temperatura variando entre 550 ºC e 750 ºC e pressão entre 4 kbar e 8 kbar (Fig. 3.16). A área delimitada na figura 3.16, baseada na estabilidade da estaurolita e dos polimorfos cianita + sillimanita, permite estabelecer as condições de temperatura e de pressão de formação das rochas metapelíticas ao redor de 700 ºC e 7 kbar. No capítulo de Geotermobarometria (Cap. 6) as condições de formação das rochas estudadas serão discutidas com maiores detalhes. 38 Contribuições às Ciências da Terra – Série M, vol. 47, 130p. Figura 3.15 – Fotomicrografias em luz polarizada (esquerda) e analisada (direita) de estaurolita-cianita xisto com sillimanita e granada (R-48). Figura 3.16 – Diagrama dos campos de estabilidade das fácies metamórficas com representação das linhas de reações de alguns minerais da paragênese das rochas estudadas. Destaque para a fácies anfibolito, onde se concentra a maior parte dos minerais em equilíbrio, indicada pelo círculo. 39 Delgado, C. E. R. 2007, Geologia e Petrogênese na Região da Província Esmeraldífera de Itabira, MG A paragênese mineral preservada nos gnaisses do embasamento e nos granitóides tipo Borrachudos, composta por plagioclásio, feldspato potássico, biotita e hornblenda está de acordo com o metamorfismo estabelecido para as supracrustais. As rochas máficas têm paragênese constutuída por quartzo, plagioclásio, biotita, hornblenda e opacos (ilmenita?) de fácies anfibolito, com retrometamorfismo em fácies xisto verde, conforme observado pela presença de epidoto e carbonato. A mineralogia monótona das rochas metaultramáficas, predominantemente compostas por flogopita, com plagioclásio, quartzo e opacos subordinados, não dá suporte para o estudo das condições de formação experimentadas por esses litotipos. 3.4 – GEOLOGIA ESTRUTURAL A região da Província Pegmatítica de Itabira-Nova Era encontra-se, conforme já discutido anteriormente, no limite do Cráton do São Francisco em zona de interação com a faixa móvel. Tal porção é marcada pela forte influência da Faixa Araçuaí, que imprime lineamentos bastante característicos, cujo traço mostra direção geral segundo N-S (Figs. 2.1 e 2.2). Os maiores lineamentos materializam dois falhamentos com polaridade dirigida para W, que encerram as rochas do Complexo Guanhães e da Suíte Borrachudos entre litotipos do Complexo Mantiqueira, a leste e as unidades dos supergrupos Rio das Velhas e Minas, oeste (Fig. 2.3). Esses lineamentos são materializados em campo por zonas de cisalhamento dúctil a rúptil (Fig. 3.6). Na região compreendida entre os dois lineamentos supracitados, o padrão estrutural toma uma complexidade bastante elevada, possivelmente relacionada a uma tectônica de nappes com vergência para WNW. Essa tectônica parece inverter parte do conjunto litológico, como sugere a relação entre a xistosidade e o acamamento observada nos metassedimentos do Complexo Guanhães na região da Serra da Pedra Branca, onde o acamamento mergulha com médio ângulo para WNW. Há entretanto pontos, como no garimpo de Capoeirana, onde se nota um complexo sistema de dobramento de grande porte com eixo na direção equatorial e caimento de muito baixo ângulo para W. Em função desse dobramento a foliação, nessa região mergulha com ângulo muito variado, em geral médio a alto, ora para N, ora para S. À medida que se caminha para oeste a orientação da foliação tende a tomar direção meridional, com mergulho de médio ângulo para SW, na área da Piteiras e para W na Mina Rocha. As atitudes da foliação obtidas na área da Rocha mineração encontram-se representadas no diagrama da Figura 3.17, onde se pode observar a clara tendência de orientação segundo a direção meridiana, com mergulho médio a baixo para WNW. A atitude média para a xistosidade nessa área é N020E,58NW. 40 Contribuições às Ciências da Terra – Série M, vol. 47, 130p. Os eixos de dobras e as direções dos veios (pegmatíticos e de quartzo) encontrados na área da Mina Rocha mostram grande dispersão e diferenciam-se muito bem pelo ângulo do caimento, baixo para os eixos e mais elevado para os veios (Fig. 3.18). Figura 3.17 – Estereograma de igual-área, hemisfério inferior, dos pólos da foliação Sn na área da Mina Rocha. N=71, K=100; S=1,00; Máx.=110/58 (17%). Figura 3.18 – Estereogramas de igual-área, hemisfério inferior, dos eixos de dobras (A) e veios de quartzo e pegmatíticos (B). 41 Delgado, C. E. R. 2007, Geologia e Petrogênese na Região da Província Esmeraldífera de Itabira, MG É importante salientar que essa é apenas uma tendência geral e que a configuração aparentemente simples a uma primeira vista torna-se bem mais complexa quando se aumenta o detalhe da observação, com o aparecimento de trechos onde é difícil explicar o trend das estruturas. As rochas encontradas ao longo da rodovia entre as cidades de Itabira e Nova Era, incluindo as da região do garimpo de Capoeirana mostram atitude em torno de N85W,54NE (Fig. 3.19). Figura 3.19 – Estereograma de igual-área, hemisfério inferior, dos pólos da foliação Sn das rochas ao longo da rodovia entre Itabira e Nova Era. N=102, K=100; S=1,00; Máx.=186/54 (12%). Verificam-se ainda foliações miloníticas de direção próxima a N-S, relacionadas a zonas de cisalhamento dúcteis. Essas estruturas são normalmente reversas, a exemplo da que atravessa a área da Mina Rocha e pode ser observada desde a superfície do terreno até o interior da galeria e é marcada pelo forte alinhamento de cristais de cianita. 42 CAPÍTULO 4 LITOGEOQUÍMICA 4.1 - INTRODUÇÃO Trinta e oito amostras representativas dos litotipos amostrados (Tabela 4.1) foram enviadas para análise química de elementos maiores e traços nos laboratórios ACME Analytical Laboratories LTD. (ICP-ES/MS) e LGqA/DEGEO (ICP-OES). Uma síntese da simbologia empregada em todas as figuras deste capítulo está apresentada na Figura 4.1. Os resultados obtidos encontram-se discriminados no Anexo 1, e um resumo dos principais resultados litogeoquímicos pode ser encontrado nas tabelas juntamente com a composição mineralógica e textural de cada amostra. Tabela 4.1 – Relação das amostras submetidas a análise química, com localização e descrição sucinta. ACME Analítica Local da amostragem Descrição R-43 Mina Rocha; FSR - 03 Cianita-biotita xisto R-53 Mina Rocha; FSR - 03 Metagranito a duas micas R-55 Mina Rocha; FSR - 03 Metagranito a duas micas R-58 Mina Rocha; FSR - 03 Metagranito a duas micas com fenocristais de feldspato R-66 Mina Rocha; FSR - 03 Metagranito a duas micas com granada R-72 Mina Rocha; FSR - 01 Pegmatito CM-47A Margem do Rib. São José Granitóide Borrachudos com dobras isoclinais Laboratórios B-1 Mina da Belmont Granitóide Borrachudos pouco foliado PI-3E Mina subterrânea da Piteiras Biotita xisto com anfibólio PI-4G Mina subterrânea da Piteiras Flogopita xisto PI-4I Mina subterrânea da Piteiras Flogopita-Mg hornblenda xisto PI-4K Mina subterrânea da Piteiras Hornblenda-granada gnaisse da lapa do minério PI-4M Mina subterrânea da Piteiras Anfibolito com grothita. Interior da zona mineralizada PI-5C Mina subterrânea da Piteiras Pargasita-flogopita xisto com grothita e allanita PI-5F Mina subterrânea da Piteiras Anfibólio-flogopita xisto com titanita e allanita PI-21 Mina subterrânea da Piteiras Flogopita xisto PI-41 Mina subterrânea da Piteiras Metagranito a duas micas PI-47 Proximidades da Piteiras Mg-hornblenda e tschermakita anfibolito com flogopita PI-47.1 Proximidades da Piteiras Amostra semelhante à PI-47 PI-C649(CE) Mina subterrânea da Piteiras Flogopita xisto em contato com cristal de esmeralda PI-649(10cm) Mina subterrânea da Piteiras Flogopita xisto a 10 cm do cristal de esmeralda PI-17NE(CE) Mina subterrânea da Piteiras Flogopita xisto em contato com cristal de esmeralda PI-17NE(10cm) Mina subterrânea da Piteiras Flogopita xisto a 10 cm do cristal de esmeralda Delgado, C. E. R. 2007, Geologia e Petrogênese na Região da Província Esmeraldífera de Itabira, MG Tabela 4.1 – Continuação. LGqA/DEGEO Local da amostragem Descrição R-43 Mina Rocha; FSR – 03 Cianita-biotita xisto R-58 Mina Rocha; FSR – 03 Metagranito a duas micas com fenocristais de feldspato B-1 Mina da Belmont Granitóide Borrachudos pouco foliado PI-4G Mina subterrânea da Piteiras Flogopita xisto PI-4M Mina subterrânea da Piteiras Anfibolito com grothita. Interior da zona mineralizada R-35 Mina Rocha; FSR - 03 Estaurolita-granada biotita xisto R-47 Mina Rocha; FSR - 03 Anfibolito com granada R-48 Mina Rocha; FSR - 03 Estaurolita-granada-sillimanita xisto R-62 Mina Rocha; FSR - 03 Metagranito a duas micas com granada P-2 Montebelo (Capoeirana) Anfibólio xisto de cor verde CM-47G Margem do Rib. São José Granitóide Borrachudos milonitizado PI-2B Mina subterrânea da Piteiras Biotita xisto com anfibólio, cloritóide e estaurolita PI-4E Mina subterrânea da Piteiras Flogopita xisto com cummingtonita PI-5L Mina subterrânea da Piteiras Flogopita xisto PI-23 Mina subterrânea da Piteiras Antofilita-biotita xisto Figura 4.1 – Simbologia empregada nas figuras do presente capítulo e número de análises de cada litotipo. 44 Contribuições às Ciências da Terra – Série M, vol. 47, 130p. 4.2 – GEOQUÍMICA DAS ROCHAS METAULTRAMÁFICAS As rochas metaultramáficas têm uma grande importância no presente estudo, visto serem a principal fonte de Cr, que é o elemento cromóforo responsável pela tonalidade verde-grama do berilo. Essas rochas constituem as principais hospedeiras dos cristais de esmeralda. Dentre as rochas metaultramáficas podem-se separar quatro tipos petrográficos. Flogopita xisto e anfibólio-flogopita xisto são os mais freqüentes portadores de esmeralda. Anfibólio-clorita xisto (não analisado quimicamente) e anfibólio xisto são rochas esverdeadas que ocorrem subordinadamente na mina da Rocha Mineração, mas que hospedam cristais de esmeralda na região do garimpo de Capoeirana, onde ocorrem com maior abundância. As rochas analisadas mostram uma excelente correlação química com rochas metaultramáficas de afinidade komatiítica (Fig. 4.2). Exceção deve ser feita para a amostra PI-3E, que destoa das demais por apresentar uma afinidade com basaltos de elevado Mg. Figura 4.2 – Diagrama binário de classificação das rochas ultramáficas segundo Pearce (1982) à esquerda e de comparação entre os teores elevados de Cr x MgO para as metaultramáficas. A correlação dos elementos maiores com o MgO, que é considerado como um índice de diferenciação para rochas ígneas, tende a ser negativa, conforme observado também por Machado (1998) para rochas das jazidas de Capoeirana e Belmont. A Figura 4.3 mostra a correlação para os óxidos de Si, Al, Fe e Na, onde também foram delineados, para comparação, os campos onde se concentram os resultados das análises de Machado (1998). A correlação com o K foi plotada na Figura 4.4. Os elevados teores de Cr e o MgO dos xistos ultramáficos, quando comparados aos demais litotipos da região (Fig. 4.2), reforçam seu caráter ortoderivado. 45 Delgado, C. E. R. 2007, Geologia e Petrogênese na Região da Província Esmeraldífera de Itabira, MG Figura 4.3 – Diagramas binários de correlação entre óxidos selecionados e MgO para as rochas metaultramáficas. As áreas delineadas correspondem aos campos onde se concentram os dados de Machado (1998) para rochas metaultramáficas de Belmont e Capoeirana. A variação dos elementos maiores em função do K2O (Fig. 4.4) pode indicar a atuação de processos metassomáticos relacionados à flogopitização. Nesse sentido, observa-se que o aumento de potássio se dá em valores relativamente constantes de ferro e magnésio, o que contrasta com a correlação fortemente negativa que esse elemento tem com o cálcio. Esta tendência pode significar que ferro e magnésio não foram retirados do sistema durante o processo metassomatismo, possivelmente por entrarem na composição da própria biotita. É interessante notar a tendência de separação entre os xistos com e sem anfibólio modal, principalmente com relação aos teores de K2O, que possibilita a interpretação de que os xistos com anfibólio constituem membros mais primitivos, isto é, menos metassomatizados. Uma alternativa seria que estas rochas já seriam composicionalmente diferentes mesmo antes do metamorfismo metassomático. 46 Contribuições às Ciências da Terra – Série M, vol. 47, 130p. Figura 4.4 – Diagramas binários de correlação entre óxidos diversos e K2O para as rochas metaultramáficas. Os campos demarcados correspondem aos resultados de Machado (1998) para Belmont e Capoeirana. Os elementos menores e traços (Ba, Rb, Sr, Y, Zr, Nb, Th, Pb, Ga, Zn, Cu, Ni, V, Cr, Hf, Cs, Sc, Ta, Co, Li, Be, U, W, Sn e Mo) foram correlacionados ao potássio para investigar se o aumento do K, considerado como resultante do metassomatismo, se reflete na variação de algum destes elementos. Constatou-se a inexistência de correlação coerente entre o K e a maioria desses elementos. Na Figura 4.5 são apresentados os diagramas para Rb e Zn, que são os únicos a mostrar uma correlação positiva com K. É notável a distinção entre os xistos com e sem anfibólio no diagrama de Rb. Apesar da dispersão, optou-se por apresentar também o Be na Figura 4.5, devido à importância deste elemento na geração da esmeralda. Verifica-se que os teores de Be não ultrapassaram 80ppm em nenhuma amostra, sendo surpreendentemente maior na amostra PI-5C – portadora da variedade de titanita rica em Al denominada grothita – que mostra teor de Be superior mesmo ao dos flogopita xisto retirados no contato com cristais de esmeralda (PI-17NE e PI-649). 47 Delgado, C. E. R. 2007, Geologia e Petrogênese na Região da Província Esmeraldífera de Itabira, MG Apesar de os teores de Be serem relativamente baixos nos xistos ultramáficos verifica-se que esse elemento tende a ser mais elevado nos tipos sem anfibólio que nos portadores desse mineral. Como o Be não ocorre em protólitos ultramáficos é provável que esse elemento tenha sido introduzido pelo processo metassomático juntamente com o K. Dessa forma, as rochas portadoras de anfibólio devem representar os tipos mais primitivos, ou menos metassomatizados, enquanto que os flogopita xisto seriam os representantes mais evoluídos e provavelmente mais ricos em Be. Figura 4.5 – Diagramas binários de correlação entre elementos traço e K2O para as rochas metaultramáficas. Nos diagramas de multi-elementos para as rochas metaultramáficas com e sem anfibólio normalizados pelo condrito observa-se uma anomalia negativa de Cr e Ni relativamente maior para os xistos com anfibólio em comparação com os flogopita xisto (Fig 4.6). Possivelmente isso pode demonstrar que os xistos com anfibólio podem não ser os equivalentes menos metassomatizados dos flogopita xistos os quais, por apresentarem teores de Cr mais altos, são mais semelhantes a ultramáficas ígneas do tipo peridotito. Ademais o padrão de distribuição dos dois tipos é muito semelhante, mostrando considerável enriquecimento em todos os elementos, com exeção de Pb e Sr, quando comparados ao condrito. 48 Contribuições às Ciências da Terra – Série M, vol. 47, 130p. Figura 4.6 – Diagramas multielementares para as rochas metaultramáficas, normalizados pelo condrito de Nakamura (1977). Em vermelho: flogopita xisto sem anfibólio, em verde, flogopita xisto com anfibólio. Para verificar se existem diferenças composicionais entre rochas contendo esmeralda e rochas sem esmeralda foram feitas análises químicas em duas amostras portadores da gema e duas amostras mais distantes (a pelo menos 10 cm) da esmeralda. Desta maneira, procurou-se avaliar se a composição química de rocha com esmeralda poderia ser utilizada como discriminante na prospecção desta gema em outros locais. Verifica-se que o elemento Cu foi o único que mostrou um padrão coerente de diferenciação em relação à proximidade com o cristal de esmeralda (Fig. 4.7), além disso, observa-se uma sensível anomalia negativa do elemento Eu mais pronunciada nas rochas próximas aos cristais de esmeralda (Fig. 4.7). 49 Delgado, C. E. R. 2007, Geologia e Petrogênese na Região da Província Esmeraldífera de Itabira, MG Figura 4.7 – Diagramas de ETR para flogopita xistos no contato e a 10cm de cristais de esmeralda normalizados pelo condrito de Nakamura (1977). A última figura mostra o enriquecimento relativo em Cu nas rochas próximas ao contato com a esmeralda. Amostras provenientes da mina subterrânea da Piteiras, onde PI-17NE é representada pelos triângulos preenchidos e a amostra PI-649 pelos triângulos vazios. Em análise final observa-se que o padrão de distribuição dos elementos terras raras (ETR) é muito distinto entre os flogopita xisto com e sem cristais de anfibólio (Fig. 4.8). As principais diferenças são a maior concentração relativa desses elementos como um todo e a ausência da anomalia de Eu observados em algumas amostras com anfibólio. Além disso, percebe-se um padrão mais homogêneo das curvas para os ETR leves nos flogopita xistos sem anfibólio (Fig. 4.8). 50 Contribuições às Ciências da Terra – Série M, vol. 47, 130p. Figura 4.8 – Diagramas de ETR para flogopita xistos com anfibólio (à esquerda) e sem anfibólio (à direita), normalizados pelo condrito de Nakamura (1977). 4.3 – GEOQUÍMICA DAS ROCHAS METAGRANÍTICAS A importância das rochas metagraníticas está relacionada ao fornecimento do elemento químico Be, indispensável para a formação do mineral berilo, que acrescido de Cr, proveniente das rochas metaultramáficas, toma tonalidade verde grama característica da esmeralda. Conforme definido no capítulo 3, referente à litoestratigrafia, há dentre o conjunto de granitóides distinções texturais e mineralógicas bem evidentes. São assim reconhecidos granitóides tipo Borrachudos e granitóides diversos, além de pegmatitos. Os granitóides tipo Borrachudos têm estrutura foliada e granulação variando de média a grossa e são compostos por quartzo, microclina e plagioclásio, com biotita, hornblenda, epidoto e titanita subordinados. Os granitóides diversos, observados no terço inferior do furo (FSR – 03), exibem matriz fanerítica fina e foliada e têm cristais anédricos de granada e de feldspato poiquiloblástico que portam uma enorme quantidade de inclusões, principalmente de quartzo. Dentre as rochas analisadas a que apresentou o maior teor de Be foi o pegmatito (R-72, com 11 ppm), estabelecendo-se um teor médio entre os granitóides tipo Borrachudos e granitóides diversos, em faixa de cerca de 5 ppm (Fig. 4.9). Observa-se que o teor médio de Be dos Granitóides Borrachudos (GB) é bastante regular, em torno de 6 ppm. Verifica-se também que o teor de Be nos Metagranitos Foliados (MGF) de Machado (1998) tende a ser consideravelmente maior do que nos Granitóides Borrachudos, em torno de 8-12 ppm. Nas amostras do presente trabalho, por outro lado, nota-se que o teor de Be dos granitóides diversos é, em média, mais baixo do que os dos Granitóides Borrachudos, em torno de 2-4 pppm. Dessa forma, os Granitóides Borrachudos, que são tidos como de grande importância para a gênese da esmeralda de Itabira mostram-se relativamente mais saturados em Be que os granitóides diversos identificados no presente trabalho. 51 Delgado, C. E. R. 2007, Geologia e Petrogênese na Região da Província Esmeraldífera de Itabira, MG Figura 4.9 - Diagramas binários com a variação da proporção de Be x MgO e Be x Sr e gráfico comparativo dos teores de Be nos granitóides Borrachudos (GB) e metagranitos foliados (MGF), segundo Machado (1998) e granitóides diversos (GD). Destaque para as amostras analisadas no presente trabalho. No diagrama (a) da Fig. 4.10, do índice de saturação em alumina de Shand (1949), os granitóides Borrachudos concentram-se, na sua maioria, no campo metaluminoso, enquanto que os demais situam-se no campo peraluminoso. No diagrama AFM (b) de Irvine & Baragar (1971) nota-se que os granitóides Borrachudos são provavelmente derivados de magmas altamente evoluídos, pois são enriquecidos em álcalis em detrimento do MgO. Os outros granitóides distribuem-se no campo cálcio alcalino. Em termos da ambiência tectônica (Fig. 4.10c e d), apesar de todo o conjunto de metagranitóides analisado figurar no campo dos granitos com afinidade intra-placa (WPG), de Pearce et al. (1984), fato esse já demonstrado anteriormente por Schorscher (1992) para os granitóides tipo Borrachudos há, entretanto, uma nítida separação dos granitóides diversos. Nota-se que no diagrama de Rb x Y+Nb há também uma tendência, menos nítida que no diagrama c, de separação entre os granitóides tipo Borrachudos e granitóides diversos. 52 Contribuições às Ciências da Terra – Série M, vol. 47, 130p. Figura 4.10 – Posição dos granitóides analisados em diagramas de classificação química e de ambiência tectônica. a) diagrama ANK (Al2O3/(Na2O+K2O) versus ACNK (Al2O3/(CaO+Na2O+K2O) de Shand (1949); b) diagrama AFM de Irvine & Baragar (1971); c) e d) diagramas de ambiência tectônica segundo Pearce et al. (1984). As áreas delineadas em (c) e (d) correspondem aos campos onde se concentram os dados de Machado (1998) para os granitóides da mina da Belmont e do garimpo de Capoeirana. Em se tratando da química dos elementos maiores observa-se que há uma clara divisão dos diferentes tipos de granitóides, principalmente em função do conteúdo de Mg e Ca (Fig. 4.11). Mineralógicamente a principal diferença entre esses dois minerais é a presença de minerais acessórios: hornblenda nos granitóides Borrachudos e granada nos granitóides diversos, conforme já discutido no Capítulo 3. 53 Delgado, C. E. R. 2007, Geologia e Petrogênese na Região da Província Esmeraldífera de Itabira, MG Figura 4.11 - Diagramas binários de correlação entre elementos maiores selecionados mostrando a subdivisão das diferentes famílias de granitóides. Ao se observar os espectros multielementares da Fig. 4.12 não se notam nítidas diferenças entre os diversos tipos de granitóides. De fato é tendência comum a todos os granitóides estudados mostrar boa homogeneidade química, com fracas anomalias negativas de Cs, Rb, Pb e Sr e significativa anomalia negativa de Cr e Ni, além das anomalias positivas dos elementos Ba, Th, U, Li, Nb, Zr e Ta. Uma exceção faz se ao pegmatito, que não mostra anomalia negativa de Rb e atinge teores médios de todos elementos relativamente mais elevados que o dos seus equivalentes de textura fina. A semelhança observada nos espectros multielementares é também verificada nos espectros de ETR, que mostram enriquecimento nos elementos terras raras leves (ETRL) e forte anomalia negativa de Eu (Fig. 4.13). Deve-se destacar ainda o fracionamento percebido nas curvas dos granitóides tipo Borrachudos, dado pela razão (La/Yb), além da acentuada anomalia negativa de Eu do pegmatito. 54 Contribuições às Ciências da Terra – Série M, vol. 47, 130p. Figura 4.12 - Diagramas multielementares para os granitóides, normalizados pelo condrito de Nakamura (1977). 55 Delgado, C. E. R. 2007, Geologia e Petrogênese na Região da Província Esmeraldífera de Itabira, MG Figura 4.13 - Diagramas de ETR para os granitóides, normalizados pelo condrito de Nakamura (1977). 4.4 – GEOQUÍMICA DAS ROCHAS ANFIBOLÍTICAS E DE GNAISSE ENCAIXADO NO FLOGOPITA XISTO Três amostras de anfibolito (PI-4Ma, PI-4Mb e R-47) e uma de gnaisse granatífero com hornblenda (PI-4K) foram analisadas quimicamente. Essas amostras têm afinidade variando de tholeiítica a cálicio-alcalina e caráter subalcalino (Fig. 4.14), conforme observado por Machado (1998). 56 Contribuições às Ciências da Terra – Série M, vol. 47, 130p. Figura 4.14 – Classificação dos anfibolitos da área estudada em diagramas de classificação química SiO2 x Álcalis (esquerda) e AFM, segundo Irvine & Baragar (1971). As áreas delineadas correspondem aos campos onde se concentram os dados de Machado (1998). As tendências de correlação em diagramas de Harker ficam pouco nítidas em função do pequeno número de amostras (Fig. 4.15). No entanto parece haver correlações negativas com o Al2O3 e o MgO e positivas com TiO2 e P2O5, que são comumente observadas nesse tipo de rocha. Figura 4.15 - Diagramas de Harker com os resultados geoquímicos dos anfibolitos. 57 Delgado, C. E. R. 2007, Geologia e Petrogênese na Região da Província Esmeraldífera de Itabira, MG No diagrama multielementar nota-se que os anfibolitos são químicamente semelhantes entre si (Fig. 4.16) e diferem do gnaisse anfibolítico com granada, por exemplo, devido à anomalia negativa de Ni e Cr mais fortes neste último e anomalia positiva de Ba, além dos teores médios sensivelmente maiores de Nb, Ce, Sr, Zr e Tb Não foi observada, tampouco há relatos da ocorrência de esmeralda associada às rochas anfibolíticas da região. No entanto, seu estudo mais aprofundado pode proporcionar importantes contribuições para o conhecimento dos processos evolutivos da província pegmatítica em apreço. Figura 4.16 - Diagramas multielementares para anfibolitos (quadrados marrons) e gnaisse anfibolítico (círculos preenchidos), normalizados pelo condrito de Nakamura (1977). 4.5 – GEOQUÍMICA DOS XISTOS PARADERIVADOS Cinco amostras de xistos paraderivados (R-43, R-43b, R-48, R-35 e PI-2B) foram analisadas para determinação de sua química global. Em termos composicionais os xistos paraderivados analisados apresentaram uma média de 72% SiO2, 13% Al2O3 e 6% Fe2O3 (todo o Fe calculado como Fe3+). A classificação química e as tendências de correlação dos xistos paraderivados ficam pouco nítidas em função do pequeno número de amostras. Com relação aos espectros de elementos traços, normalizados para NASC (North American Shale Composite) (Fig. 4.17), vale ressaltar a forte anomalia negativa de Cr e Ni, e anomalias mais fracas de Cs e Pb, contrastantes com as anomalias positivas de Rb, Nb, Zr, Tb e Ta. O comportamento dos ETR é difícil de ser interpretado devido à escassez de dados analíticos (Fig. 4.17). Porém destaca-se, da mesma forma que para as demais rochas dessa região, uma forte anomalia negativa de Eu e o enriquecimento nos ETRL quando comparados aos pesados. 58 Contribuições às Ciências da Terra – Série M, vol. 47, 130p. Figura 4.17 – Diagrama multielementar dos elementos traços (esquerda) e de ETR (direita) para os xistos metapelíticos, normalizados pelo pelito NASC (North American Shale Composite). 59 CAPÍTULO 5 QUÍMICA MINERAL 5.1 - INTRODUÇÃO Os resultados da caracterização mineralógica tratados no presente capítulo foram obtidos principalmente por meio de análises quantitativas pontuais de microssonda eletrônica (MSE). Alguns resultados foram também obtidos com uso do microscópio eletrônico de varredura (MEV), acoplado ao dispositivo de Espectometria de Dispersão de Energia (EDS), que fornece resultados semiquantitativos. Subordinadamente foram também efetuados estudos por difração de raios X e ICP/Laser ablation Por limitação dos métodos de análise, todo o Fe presente no mineral foi apresentado no estado ferroso (Fe2+), ou seja, como FeO. O estudo da química mineral baseou-se na análise de pontos distribuídos entre o centro e as bordas de diversos cristais. Visando a aplicação dos resultados da química mineral na geotermobarometria foi analisada a química de minerais ferromagnesianos em diversas situações texturais como, por exemplo, um em contato com outro, um incluso em outro e mesmo segundo cristais isolados na matriz. Todos os campos analisados foram caracterizados por meio de desenhos, a fim de se ter informações precisas sobre a localização dos pontos analisados (Figs. 5.1, 5.2 e 5.3). Os resultados das análises químicas referentes a cada ponto estudado encontram-se sumarizados no Anexo 3. Delgado, C. E. R. 2007, Geologia e Petrogênese na Região da Província Esmeraldífera de Itabira, MG Figura 5.1 – Localização dos pontos analisados por MSE (números maiores) e MEV/EDS (números pequenos, em itálico) em três campos da amostra CM37D (anfibólio-granada xisto do garimpo do Geraldinho, em Capoeirana). GRD=granada, ANF=anfibólio, ILM=ilmenita, QTZ=quartzo, BIO=biotita, PLG=plagioclásio, CLO=clorita. 62 Contribuições às Ciências da Terra – Série M, vol. 47, 130p. Figura 5.2 – Localização dos pontos analisados por MSE (números maiores) e MEV/EDS (números pequenos em itálico) em três campos da amostra R-30 (estaurolita-granada xisto, Mina Rocha, FSR-03 ~ 74 m prof.). GRD=granada, EST=estaurolita, BIO=biotita, ZRC=zircão. 63 ILM=ilmenita, QTZ=quartzo, PLG=plagioclásio, Delgado, C. E. R. 2007, Geologia e Petrogênese na Região da Província Esmeraldífera de Itabira, MG Figura 5.3 – Localização dos pontos analisados por MSE (números maiores) e MEV/EDS (números pequenos, em itálico) em três campos da amostra R-48 (estaurolita-cianita xisto com sillimanita e granada, Mina Rocha, FSR-03 ~ 130 m prof.). GRD=granada, APT=apatita, QTZ=quartzo, BIO=biotita, PLG=plagioclásio, CLO=clorita, frt=fratura. 64 Contribuições às Ciências da Terra – Série M, vol. 47, 130p. 5.2 – BIOTITA O estudo da química dos cristais de biotita baseia-se na análise de 78 pontos distribuídos entre o centro e as bordas desses cristais (Figs. 5.1, 5.2, 5.3 e 5.4). O teor de MgO é relativamente constante, em torno de 10-15% em todos os pontos analisados (Fig. 5.4). Faz-se exceção apenas para as análises do terço final do gráfico, correspondentes aos cristais da amostra R-48, que são palhetas de biotita em processo de alteração para clorita (Fig. 5.3B). O pico que aparece na amostra R-48 pode ser decorrente de erro durante a obtenção da análise (MSE), pois a análise por MEV efetuada nesse mesmo ponto (Fig. 5.1C) mostra padrão mais coerente com o da média do cristal. No entanto as demais análises efetuadas por MEV/EDS não mostram discrepâncias muito grandes em relação às obtidas pela MSE. Por fim a anomalia das análises 16 e 17 (R-30) pode ser decorrente das reduzidas dimensões do cristal analisado (Fig. 5.2A), levando à interferência por parte da granada adjacente (efeito matriz). Figura 5.4 – Variação de MgO, FeO e Al2O3 em diversos cristais de biotita das amostras CM-37D, R-30 e R-48. Quimicamente a biotita da amostra CM-37D se classifica como um membro intermediário entre a flogopita e a annita – que são, respectivamente, os membros magnesiano e ferroso da série isomorfa (Fig. 5.5). A principal variação química observada para a biotita dessa rocha não é a proporção de Fe e Mg, mas o teor de AlIV, observável principalmente no diagrama B (Fig. 5.4) A homogeneidade química observada no gráfico da Figura 5.4 reflete a monotonia composicional da biotita dessa rocha. 65 Delgado, C. E. R. 2007, Geologia e Petrogênese na Região da Província Esmeraldífera de Itabira, MG Figura 5.5 – Classificação da biotita da amostra CM-37D. A, B e C correspondem aos campos dos desenhos da figura 5.1; D representa todas amostras plotadas no mesmo gráfico. Análises de MEV/EDS estão na cor preta. A biotita da amostra R-30 tem composição mais flogopítica do que a da amostra CM-37D (Fig. 5.6). Porém, esse mineral não se classifica como uma flogopita, apesar de seus cristais já apresentarem as características ópticas daquele mineral como, por exemplo, o pleocroísmo em tons pálidos de verde e verde-amarelado. De maneira semelhante à observada na amostra CM-37D, a biotita da amostra R-30 mostra uma variação considerável do AlIV, para teores praticamente constantes de Mg e Fe (Fig. 5.6D). Especialmente no diagrama A, verifica-se que algumas análises se aproximam bastante da série eastonita-siderofilita. É possível, que estes teores mais altos de Al sejam decorrentes da proximidade da granada (efeito matriz) no caso de análises em palhetas de dimensões reduzidas (Fig. 5.2). No gráfico da figura 5.4 verifica-se a presença de picos de Al, isto é, não parece haver uma variação química gradual que normalmente reflete substituições isomórficas. 66 Contribuições às Ciências da Terra – Série M, vol. 47, 130p. Figura 5.6 – Classificação da biotita da amostra R-30. A, B e C correspondem aos campos dos desenhos da figura 5.2; D representa todas amostras plotadas no mesmo gráfico. Análises de MEV/EDS estão na cor preta. A biotita da amostra R-48 é composicionalmente muito semelhante à da amostra R-30 (Figs. 5.6 e 5.7), com tendência para flogopita maior que a da amostra CM-37D (Fig. 5.5). É interessante destacar que a explicação dada para o pico fortemente negativo no campo B do gráfico da figura 5.4, que seria decorrente da alteração parcial da biotita para clorita, procede, uma vez visto que as análises referentes àqueles pontos não se plotam no diagrama de classificação da biotita (Fig. 5.7B) 67 Delgado, C. E. R. 2007, Geologia e Petrogênese na Região da Província Esmeraldífera de Itabira, MG Figura 5.7 – Classificação da biotita da amostra R-48. A, B e C correspondem aos campos dos desenhos da figura 5.3; D representa todas amostras plotadas no mesmo gráfico. Análises de MEV/EDS estão na cor preta. 5.3 - GRANADA O estudo dos cristais de granada está baseado em 101 análises químicas pontuais distribuídas ao longo de perfis de uma borda à outra dos grãos (Figs. 5.1, 5.2, 5.3 e 5.8). O teor de Al2O3 tem comportamento relativamente constante, próximo de 20% em peso em todos os pontos analisados (Fig. 5.8). A variação dos teores de MgO e FeO é relativamente maior que a de Al2O3. Esses teores têm comportamento bem semelhante entre si, muito regular na granada das amostras CM-37D e R-48 e mais variado na amostra R-30. Figura 5.8 – Variação dos teores de MgO, FeO e Al2O3 em granadas das amostras CM-37D, R-30 e R-48. 68 Contribuições às Ciências da Terra – Série M, vol. 47, 130p. Os cristais de granada da amostra CM-37D são predominantemente constituídos pelo componente almandina, seguido por piropo, grossularita e espessartita (Fig. 5.9). Esses componentes equivalem, respectivamente, aos membros ferroso (Fe3Al2Si3O12), magnesiano (Mg3Al2Si3O12), cálcico (Ca3Al2Si3O12) e manganesífero (Mn3Al2Si3O12) da granada. A variação composicional entre os diferentes cristais estudados é muito pequena. A almandina é o componente que apresenta maior variação (de 62 a 71%), seguido pelo piropo (14 a 19%) e pela grossularita (13 a 17%). Espessartita tem valor constante, muito baixo (2%), para todos os cristais. Em relação ao zonamento composicional núcleo-borda, a granada do campo B (Fig. 5.1B) é a que apresenta variação mais pronunciada. Esse zonamento é coerente com o crescimento do cristal durante o metamorfismo progressivo, caracterizado pelo aumento dos componentes almandina e piropo do núcleo em direção à borda (Spear 1993). Uma possível fase de despressurização posterior é dada pela inversão no padrão de zonamento na borda desse cristal (Fig. 5.1B). Figura 5.9 – Fração molar dos constituintes principais das granadas da amostra CM-37D. A, B e C correspondem aos campos dos desenhos da figura 5.1. Figura 5.10 – Padrão de distribuição das frações molares dos constituintes principais ao longo dos perfis em granada da amostra CM-37D. A, B e C correspondem aos campos dos desenhos da figura 5.1. 69 Delgado, C. E. R. 2007, Geologia e Petrogênese na Região da Província Esmeraldífera de Itabira, MG Os cristais de granada da amostra R-30 são, analogamente aos da amostra CM-37D, predominantemente constituídos pelo componente almandina, seguido por piropo, grossularita e espessartita (Fig. 5.11). Observa-se, no entanto, em relação aos cristais da amostra CM-37D, o aumento dos teores de piropo em detrimento da diminuição dos teores do componente grossularita, persistindo a inexpressividade do componente espessartita. Analogamente à amostra CM-37D a variação composicional entre os componentes principais dos diferentes cristais estudados é muito pequena. A grossularita é o componente que apresenta maior variação (7 a 2%), seguida pelo piropo (21 a 30%), almandina é o componente que apresenta a menor variação (65 a 71%) e o valor do componente espessartita é baixo e invariável (1%). O zonamento composicional ao longo dos perfis na granada é, em geral, muito sutil. Apenas a amostra do campo A (Figs. 5.2A, 5.11A e 5.12A) mostra um padrão de zonamento mais nítido, com picos negativos de piropo e positivos de almandina nos pontos 21 e 24 e um pico negativo de grossularita no ponto 27. Figura 5.11 – Fração molar dos constituintes principais das granadas da amostra R-30. A, B e C correspondem aos campos dos desenhos da figura 5.2. 70 Contribuições às Ciências da Terra – Série M, vol. 47, 130p. Figura 5.12 – Padrão de distribuição das frações molares dos constituintes principais ao longo dos perfis em granada da amostra R-30. A, B e C correspondem aos campos dos desenhos da figura 5.2. A granada da amostra R-48 também é constituída majoritariamente pelo componente almandina (59 a 63%), seguido por piropo (22 a 29%), alternando se grossularita (6 a 8%) e espessartita (4 a 11%) como os componentes subordinados (Fig. 5.13). Observa-se que a principal diferença entre a granada dessa rocha e as demais é a maior quantidade da molécula espessartita, que apresenta também uma maior variabilidade em sua concentração. 71 Delgado, C. E. R. 2007, Geologia e Petrogênese na Região da Província Esmeraldífera de Itabira, MG O zonamento composicional núcleo-borda é também muito sutil. Apenas a amostra do campo A (Figs. 5.3A e 5.14A) mostra um padrão de zonamento mais nítido, com diminuição do componente piropo e aumento de espessartita e da razão Fe/(Fe+Mg) do centro para a borda. A variação de almandina e grossularita é mais irregular. Esse tipo de zonamento para Mn, Mg e razão Fe/(Fe+Mg) pode ser interpretado, da mesma forma que para a granada do campo B da amostra R-30 (Fig. 5.10B), como decorrente de crescimento da granada em condições de aumento das condições de temperatura, com uma posterior despressurização. Figura 5.13 – Fração molar dos constituintes principais das granadas da amostra R-48. A, B e C correspondem aos campos dos desenhos da figura 5.3. Figura 5.14 – Padrão de distribuição das frações molares dos constituintes principais ao longo dos perfis em granada da amostra R-48. A, B e C correspondem aos campos dos desenhos da figura 5.3 e 5.13. 72 Contribuições às Ciências da Terra – Série M, vol. 47, 130p. 5.4 - ANFIBÓLIOS Os cristais de anfibólio da amostra CM-37D pertencem à família dos anfibólios cálcicos e classificam-se como hornblenda ferro-pargasítica e ferro-pargasita. A fórmula estrutural e a classificação desse mineral, calculada para 23 oxigênios segundo Leake (1978) estão expressos na figura 5.15. Figura 5.15 – Classificação do anfibólio da amostra CM-37D no diagrama de Leake (1978) e fórmula estrutural calculada para 23 oxigênios. Além desses anfibólios ocorrem ainda antofilita e grunerita, ferro-edenita e hastingsita, e um trend variando de ferro-actinolita a ferro-tschermakita, todos identificados a partir dos resultados analíticos de diversas amostras coletadas por Viana (2004), na mina subterrânea da Piteiras (Fig. 5.16). 73 Delgado, C. E. R. 2007, Geologia e Petrogênese na Região da Província Esmeraldífera de Itabira, MG Figura 5.16 – Classificação dos orto- e clinoanfibólios de xistos da mina da Piteiras (Viana 2004). 5.5 - ESTAUROLITA A estaurolita da amostra R-30 (Fig. 5.2) foi analisada por MSE, não tendo sido detectada a presença de Zn. Os resultados das análises químicas desse mineral estão contidos na Tabela 5.1. Tabela 5.1 – Composição química (% em peso) da estaurolita da amostra R-30. A e B correspondem aos campos dos desenhos da figura 5.2. Sample A1 A2 A3 A4 B1 B2 B3 B4 SiO2 27,45 26,13 26,56 26,41 26,33 26,50 26,39 26,27 TiO2 0,57 0,40 0,61 0,62 0,42 0,62 0,58 0,56 Al2O3 52,14 51,85 51,69 51,77 52,05 51,74 51,97 51,91 Cr2O3 0,00 0,02 0,00 0,00 0,00 0,04 0,00 0,00 FeO 14,19 14,35 13,95 14,47 14,30 14,51 13,92 14,19 MnO 0,01 0,04 0,01 0,06 0,04 0,07 0,03 0,06 MgO 2,62 2,48 2,66 2,68 2,54 2,68 2,61 2,52 CaO 0,02 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 Total 97,01 95,26 95,47 96,01 95,68 96,16 95,50 95,50 Si 8,05 7,82 7,91 7,85 7,85 7,87 7,86 7,84 Al 18,00 18,29 18,14 18,13 18,26 18,09 18,23 18,25 Ti 0,13 0,09 0,14 0,14 0,10 0,14 0,13 0,13 Fe2 3,48 3,60 3,48 3,60 3,56 3,60 3,47 3,54 Cr 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,01 0,00 0,00 Mn 0,00 0,01 0,00 0,02 0,01 0,02 0,01 0,02 Mg 1,15 1,11 1,18 1,19 1,13 1,19 1,16 1,12 Ca 0,01 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 74 Contribuições às Ciências da Terra – Série M, vol. 47, 130p. Cations 30,80 30,91 30,85 30,92 30,90 30,92 30,86 30,89 A estaurolita da Mina Rocha é bastante semelhante à encontrada na mina subterrânea da Piteiras (Viana 2004), diferindo-se basicamente pela proporção no conteúdo de Al2O3, em torno de 54% e de TiO2, em torno de 0,7 nos cristais provenientes da Piteiras. 5.6 – FELDSPATOS O Plagioclásio foi identificado em diversas lâminas delgadas e corresponde ao feldspato mais comum. O feldspato alcalino, por sua vez ocorre restrito aos granitóides e ao pegmatito (vide fichas petrográficas em anexo). Somente o plagioclásio foi analisado quimicamente e apenas por MEV/EDS. Os cristais analisados da amostra CM-37D classificam-se como andesina, da R-30, como oligoclásio e da R-48, como labradorita (Fig. 5.17 e 5.3). Figura 5.17 – Classificação do plagioclásio das amostras CM-37D, R-30 e R-48. 75 Delgado, C. E. R. 2007, Geologia e Petrogênese na Região da Província Esmeraldífera de Itabira, MG 5.7 - TITANITA Em termos químicos, foram identificados dois tipos de titanita nas rochas estudadas: um tipo normal e um tipo com alto teor de Al, ou seja, com razão XAl = Al/(Ti+Al+Fe) ≥ 0,25, formalmente classificado como grothita (Gaines et al. 1997). Esse mineral foi encontrado em gnaisses, xistos e granitos da região estudada (Delgado et al. 2005). Em lâmina delgada da amostra de um anfibólio-biotita xisto a grothita é incolor, fina (até 0,6 mm) e anédrica granular, por vezes formando agregados nodulares, frequentemente envolvendo restos de ilmenita (Fig. 5.18). Figura 5.18 – Cristal de grothita envolvendo ilmenita e em contato com anfibólio na amostra PI-5Cb. Fotomicrografias em LPP, LPX. À direita: imagem MEV da mesma amostra. As cores de interferência vivas da segunda e terceira ordens – baixas se comparadas às de ordem superior da titanita comum – e a geração de halos pleocróicos em biotita são características muito diagnósticas (Fig. 5.19). Os halos decorrem da presença de urânio, que permitiu a sua datação. 76 Contribuições às Ciências da Terra – Série M, vol. 47, 130p. Figura 5.19 – Agregados de cristais de grothita inclusos em biotita na qual gera halos pleocróicos. Fotomicrografias em LPP, LPX. À direita: imagem MEV. Altura das imagens = 0,35 mm, amostra PI-5Cb. Análises químicas de MEV/EDS e MSE mostram a presença de Al e F em todos os grãos, com XAl variando entre 0,20 e 0,36, com média de 0,29. A fórmula estrutural média, calculada para 20 oxigênios está expressa na figura 5.20. Figura 5.20 – Fórmula estrutural unitária calculada para análise de MEV/EDS (A) e de MSE (B) para grothita da amostra PI-5Cb. A intensidade do brilho observado em imagens de MEV/MSE (Fig. 5.19) pode ser explicada pela presença de variáveis quantidades de Y detectada por MSE (Tab. 5.2). Esse resultado foi obtido a partir de análises realizadas com um maior tempo de contagem. Tabela 5.2 – Resultados de MSE para grothita da amostra PI-5Cb. No. F FeO Y2O3 CaO SiO2 TiO2 Al2O3 Total 1 3,00 0,61 0,19 29,10 29,59 25,39 8,88 95,49 2 3,11 0,54 0,22 28,90 29,51 25,12 9,27 95,35 3* 2,43 0,75 0,74 28,23 29,07 25,93 7,98 94,10 4* 1,85 0,74 0,83 27,95 29,07 25,71 7,98 93,35 5 2,48 0,71 0,28 28,84 29,73 24,13 9,56 94,68 6 1,82 0,56 0,06 28,71 29,58 25,64 8,43 94,04 7* 1,98 0,80 0,36 27,91 29,50 26,06 7,97 93,75 8* 3,01 0,83 0,43 28,04 29,61 25,85 8,03 94,52 9 2,43 0,46 0,10 28,49 29,54 24,96 8,80 93,76 10* 2,18 0,76 0,41 27,81 29,07 26,33 7,75 93,38 * pontos de análise na fase clara da titanita (Fig. 5.19) Diversos estudos a partir da década de 70 indicam que a substituição Ti por Al pode ser resultado de dois fatores: a elevada atividade do flúor, que leva à simultânea troca de O por (F,OH) (Černý & Povondra 1972) e ao aumento das condições de T e P, visto ser relativamente comum a ocorrência de grothita em litotipos de fácies eclogito. No entanto, grothita também é encontrada na fácies zeólita e em escarnitos (Oberti et al. 1991). A origem da grothita de Itabira deve estar relacionada à atividade elevada de flúor, da mesma forma que as da Moravia, estudadas por Černý & Povondra (1972). O flúor, juntamente com o berílio, seriam oriundos da cristalização do Granito Borrachudos e pegmatitos associados, tendo sido introduzidos nos xistos metaultramáficos durante o processo metassomático gerador da esmeralda. 77 Delgado, C. E. R. 2007, Geologia e Petrogênese na Região da Província Esmeraldífera de Itabira, MG Por ser a grothita um mineral radioativo, fez-se a determinação de sua idade de cristalização (Fig. 5.21) por meio de LAM-ICP-MS (ICP/Laser ablation - Laboratório de Geologia Isotópica IG-UFRGS). Os valores da razão U/Pb contidos na titanita apontam para uma idade brasiliana (604+/36 Ma). Os cristais de grothita foram encontrados em diversos litotipos da região de Itabira-Nova Era, como nos xistos mineralizados e estéreis, gnaisses e granitos. Conforme discutido anteriormente, esse mineral pode ter sua origem relacionada à atividade elevada de flúor reinante durante o processo metassomático gerador da esmeralda. Dessa forma, é provável que a sua idade seja coincidente com a da cristalização de pelo menos parte dos cristais de esmeralda dessa província. Figura 5.21 – Curva da concórdia que define a idade U/Pb da grothita da amostra PI-5Cb, da mina subterrânea de Piteiras. 78 CAPÍTULO 6 GEOTERMOBAROMETRIA 6.1 - INTRODUÇÃO O estudo da geotermobarometria compreende a estimativa da temperatura e da pressão de formação de uma rocha a partir química dos minerais que se encontram em equilíbrio paragenético. Existem vários tipos de geotermômetros, sendo que os que se baseiam em reações de intercâmbio de cátions entre minerais coexistentes (exchange reactions) são os mais comuns. Muito utilizadas são as calibrações que se baseiam na partição do Fe e Mg entre os minerais envolvidos, bem como na concentração de outros elementos como, por exemplo Al, Ca e Ti, que variam sensivelmente em função da temperatura atingida durante o metamorfismo. As reações envolvidas na geobarometria devem mostrar uma variação volumétrica maior que a dos geotermômetros, o que permite uma maior sensibilidade às variações de pressão em relação à temperatura. Um geobarômetro muito usado é o granada-aluminossilicato-sílica-plagioclásio (GASP). A calibração dos geotermômetros e dos geobarômetros pode ser feita de forma experimental, a partir do modelamento da distribuição dos componentes químicos entre as fases envolvidas sob condições de temperatura e pressão controladas em laboratório ou de forma empírica, por modelamento matemático. Atualmente encontram-se disponíveis na literatura várias calibrações de geotermômetros e de geobarômetros que podem ser aplicadas a diferentes conjuntos de minerais e faixas de temperatura e pressão. O emprego de uma determinada calibração deverá ser efetuado, portanto, em função da paragênese mineral disponível e de uma estimativa do campo de estabilidade da rocha. Para as rochas estudadas optou-se pela utilização dos geotermômetros granada-biotita, granada-estaurolita e o granada-anfibólio, além dos geobarômetros GASP e granada-plagioclásio-biotita-quartzo. As diferentes calibrações para os referidos geotermômetros e geobarômetros foram obtidas por meio do emprego do software GPT (Reché & Martinez, 1996). A calibração empregada para o geotermômetro granada-anfibólio é a sugerida por Graham & Powell (1984). 6.2 - GEOTERMOMETRIA As diferentes calibrações dos geotermômetros empregados resultaram em uma estreita faixa de temperatura, fortemente dependente da pressão estabelecida na base de cálculo. No presente estudo procurou-se empregar uma aproximação razoável das pressões obtidas pelos geobarômetros, situada em torno de 7.000 bar. Delgado, C. E. R. 2007, Geologia e Petrogênese na Região da Província Esmeraldífera de Itabira, MG Para proporcionar um maior conhecimento das variações termométricas procurou-se obter a composição química dos conjuntos minerais em diversas situações texturais como, por exemplo, desde minerais inclusos, em contato até separados pela matriz. Procedeu-se, ainda, com a dosagem química por MEV/EDS em pontos já analisados por MSE, visando elaboração de um estudo comparativo sobre a possibilidade do emprego desse tipo de análise, menos dispendiosa, para cálculos geotermométricos. 6.2.1 – Anfibólio-granada xisto, Garimpo do Geraldinho, Capoeirana (CM-37D) Os resultados dos cálculos geotermométricos discutidos a seguir se baseiam nas análises químicas efetuadas em biotita, granada, anfibólio e plagioclásio (ver capítulo 5). A temperatura obtida pelo geotermômetro granada-biotita varia muito em função da calibração aplicada, entre 506 e 729 °C (Tab. 6.1). Entretanto, observa-se que as temperaturas do núcleo e da borda são, em sua maioria próximas, sugerindo formação da paragênese em relativa estabilidade térmica, em torno de 600 °C. Tabela 6.1 – Temperaturas (°C ) estimadas para o anfibólio-granada xisto (CM-37D) em diversas calibrações do par granada-biotita, considerando P = 7000 bar, (b) borda, (c) centro do cristal; pontos referentes à figura 5.1. A Campo estudado Par mineral Calibração B C GRD-1(b) GRD-3(c) GRD-5(b) GRD-2(b) GRD-5(c) GRD-7(b) GRD-2(b) GRD-6(c) GRD-8(b) BIO-4 matriz BIO-4 matriz BIO-4 matriz BIO-15 matriz BIO-15 matriz BIO-15 matriz BIO-2 contato BIO-2 contato BIO-2 contato Thompson, 76 611 615 621 623 643 582 636 618 640 Goldman & Albee, 77-1 525 528 532 533 546 506 537 525 540 Goldman & Albee, 77-2 577 575 580 579 594 537 612 571 601 Holdaway & Lee, 77 586 590 595 596 614 561 605 590 608 Ferry & Spear, 78 587 593 600 602 629 551 614 591 619 Lavrent'eva & Perchuk, 81 606 609 613 614 628 585 621 608 624 Hodges & Spear, 82 639 640 647 652 675 601 674 640 671 Pigage & Greenwood, 82 680 680 686 694 715 640 723 680 715 Perchuk & Lavrent'eva, 83-1 580 583 587 588 602 560 586 574 589 Perchuk & Lavrent'eva, 83-2 584 587 591 592 606 564 593 581 596 Perchuk & Lavrent'eva, 83-3 591 594 598 599 613 571 608 596 611 Ganguly & Saxena, 84-1 549 549 552 557 567 530 573 552 569 Ganguly & Saxena, 84-2 548 548 550 556 565 528 572 550 567 Perchuk et. al., 85 661 659 662 667 677 638 694 665 686 Indares & Martignole, 85-1 600 601 607 613 634 564 635 600 631 Indares & Martignole, 85-2 601 601 606 618 637 569 642 602 634 Williams & Grambling, 90 686 686 691 700 720 647 729 686 720 Dasgupta et. al., 91 603 603 608 624 642 579 642 606 635 Bathacharya et al., 92-1 587 587 591 596 609 567 605 586 603 Bathacharya et al., 92-2 561 561 565 573 585 547 579 561 577 Min(b) 506 Méd(b) 600 Máx(b) 729 Min(c) 525 Méd(c) 602 Máx(c) 720 A variação da temperatura entre 537-622 °C (Tab. 6.2), estimada para o par granada-anfibólio, de Graham & Powell (1984), é compatível à determinada pelo par granada-biotita (Tab. 6.1). Tabela 6.2 – Temperaturas (°C ) calculadas para diversas combinações de análises núcleo e borda do par granada-anfibólio do anfibólio-granada xisto (CM-37D), por meio do geotermômetro de Graham & Powell (1984) a 7 kbar. Pontos referentes ao campo C da figura 5.1 (b) borda, (c) centro do cristal. Campo estudado Par mineral/Calibração Graham & Powell 1984 CMP3 GRD-2(b) GRD-2(b) GRD-6(c) GRD-6(c) GRD-8(b) GRD-8(b) ANF-1(b) ANF-2(c) ANF-1(b) ANF-2(c) ANF-1(b) ANF-2(c) 622 560 596 537 620 557 80 Contribuições às Ciências da Terra – Série M, vol. 47, 130p. A temperatura calculada para núcleo de granada - núcleo de anfibólio é a mais baixa (537ºC), enquanto que as temperaturas para a região da borda desses cristais se revelam superiores e apresentam valores muito próximos entre si (~620 ºC). A média das temperaturas estimada para esse par foi de 580 °C. 6.2.2 – Estaurolita-granada xisto, Mina Rocha (R-30) A dosagem química dos cristais de biotita, granada, estaurolita e plagioclásio (Fig. 5.2) fundamentou os cálculos e discussões acerca da temperatura de formação da rocha. As temperaturas obtidas pelo geotermômetro granada-biotita variam de 470-795 °C, porém esses valores extremos têm pouca representatividade, pois a maioria dos resultados situa-se numa faixa entre 600 e 700 °C (Tab. 6.3) superiores, portanto às calculadas para o garimpo de Capoeirana. Note-se ainda que as temperaturas obtidas para o núcleo dos cristais são sensivelmente mais elevadas que as das bordas, resultando numa diferença de cerca de 40 °C, conforme também verificado para as minas da Belmont (Machado 1998) e Piteiras (Viana 2004). Essa diferença deve se relacionar a um estágio de resfriamento, sugerido pela pequena diferença entre as temperaturas do núcleo e da borda dos cristais, ou ainda a um evento metamórfico mais recente e de baixo grau. Tabela 6.3 – Temperaturas (°C ) calculadas para o anfibólio-granada xisto (R-30) em diversas calibrações do par granada-biotita, considerando P = 7000 bar, (b) borda, (c) centro do cristal; e pontos referentes à figura 5.2. Campo A B C GRD 32b GRD 19c GRD 13b GRD 11b GRD 7c GRD 1b GRD 1b GRD 1b GRD 1b GRD 1b GRD 1b GRD 1c GRD 4b GRD 5b GRD BIO4 mat BIO4 mat BIO4 mat BIO4 mat BIO4 mat BIO4 mat BIO1 con BIO2 con BIO3 incl BIO4 incl BIO5 con BIO7 incl BIO7 incl BIO7 incl BIO7 1 672 693 652 681 688 634 613 627 657 653 644 698 649 690 719 2 566 580 552 572 577 540 527 536 556 553 547 583 551 578 597 3 652 679 625 659 664 597 582 593 624 621 614 661 592 660 698 4 639 656 622 646 652 606 588 600 625 622 615 661 619 654 678 5 667 695 640 678 689 617 590 608 646 642 630 702 637 691 730 6 648 662 634 654 659 622 607 617 638 635 629 666 633 661 680 7 693 722 667 705 712 639 619 637 676 671 659 731 660 725 764 8 717 744 687 724 731 658 641 660 701 696 683 758 681 754 795 9 621 635 608 627 632 596 582 591 611 609 603 639 606 634 652 10 625 639 612 631 636 600 585 595 615 612 606 642 610 637 656 11 633 647 619 639 644 607 593 602 622 620 614 650 618 645 664 12 511 520 500 511 513 489 470 485 519 515 505 544 513 544 559 13 510 519 499 511 513 488 470 485 518 514 504 543 512 543 559 14 671 686 658 677 678 639 633 643 664 661 655 693 650 692 713 15 643 671 619 654 661 591 576 588 629 622 629 680 611 674 712 16 615 640 588 621 627 563 556 567 607 598 610 659 590 656 692 17 711 738 683 718 725 655 636 656 699 693 680 754 679 750 790 18 618 640 596 625 630 572 581 589 612 605 615 665 603 662 694 19 601 615 590 607 609 576 570 578 598 594 592 626 592 624 642 20 552 563 545 557 557 533 535 542 557 553 557 584 556 584 598 Par min/ Calib Min (b) 470 Méd (b) 617 Máx(b) 754 Min (c) 513 Méd(c) 661 Máx(c) 795 7c incl 1-Thompson, 76; 2-Goldman & Albee, 77-1; 3-Goldman & Albee, 77-2; 4-Holdaway & Lee, 77; 5-Ferry & Spear, 78; 6-Lavrent'eva & Perchuk, 81; 7-Hodges & Spear, 82; 8-Pigage & Greenwood, 82; 9-Perchuk & Lavrent'eva, 83-1; 10-Perchuk & Lavrent'eva, 83-2; 11-Perchuk & Lavrent'eva, 83-3; 12-Ganguly & Saxena, 84-1; 13-Ganguly & Saxena, 84-2; 14-Perchuk et. al., 85; 15-Indares & Martignole, 85-1; 16-Indares & Martignole, 85-2; 17-Williams & Grambling, 90; 18-Dasgupta et. al., 91; 19-Bathacharya et al., 92-1; 20-Bathacharya et al., 92-2. 81 Delgado, C. E. R. 2007, Geologia e Petrogênese na Região da Província Esmeraldífera de Itabira, MG As temperaturas estimadas por meio do geotermômetro granada-estaurolita (Perchuck 1989) são compatíveis com as obtidas pelas várias calibrações do geotermômetro granada-biotita, e se situam numa faixa próxima dos 700°C. Da mesma forma como foi observado no geotermômetro granada-biotita, as temperaturas do núcleo dos cristais de granada são, em média, cerca de 40°C maiores que as da borda. Tabela 6.4 – Temperaturas (°C ) calculadas pelo geotermômetro granada-estaurolita de Perchuck (1989) para o anfibólio-granada xisto (R-30), considerando P = 7000 bar, (b) borda, (c) centro do cristal. Pontos referentes à figura 5.2, com destaque para os resultados relativos ao centro dos cristais, que mostram temperatura mais elevada que a borda. Campo estudado A B Par mineral/ Calibração GRD-32(b) EST-1contato GRD-19(c) EST-1contato GRD-13(b) EST-1contato GRD-11(b) EST-1contato GRD-7(c) EST-1contato GRD-1(b) EST-1contato GRD-1(b) EST1contato Perchuck, 89 703 729 683 717 724 659 660 6.2.3 – Estaurolita-cianita xisto com sillimanita e granada, Mina Rocha (R-48) Os pontos amostrados para os cálculos geotermométricos estão discriminados na figura 5.3. As temperaturas obtidas pelo geotermômetro granada-biotita variam de 496-789 °C, porém os valores extremos têm também aqui pouca representatividade, situando-se a maioria dos resultados em torno de 600 °C (Tab. 6.5). Note-se, ainda, que no campo 2 a média das temperaturas estimadas para o centro dos cristais de granada (652 °C) é superior à estimada para as bordas desse cristal (630°C), o que está em acordo com os cálculos geotermométricos efetuados nas demais rochas. Nos campos A e C da amostra R-48 foi tentativamente efetuada a geotermometria baseada em diversos tipos texturais de biotita em relação a um único ponto da granada. Dessa forma, a biotita do campo A, inclusa em granada, resultou em temperatura mais baixa do que a encontrada no contato com a granada (Tab. 6.5). A situação, porém é oposta no campo C, onde os cristais de biotita inclusos resultaram em temperaturas mais elevadas do que os observados no contato com a granada (Tab. 6.5). Assim, o estudo estatístico de um número maior de análises é recomendado para se conhecer melhor a variação da temperatura de formação dos cristais em diferentes situações texturais. 82 Contribuições às Ciências da Terra – Série M, vol. 47, 130p. Tabela 6.5 – Temperaturas (°C ) calculadas para o estaurolita-cianita xisto com sillimanita e granada (R-48) por meio de diversas calibrações do par granada-biotita, considerando P = 7000 bar, (b) borda, (c) centro do cristal; e pontos referentes à figura 5.3. Campo estudado A B C GRD 4(c) GRD 4(c) GRD 4(c) GRD 4(c) GRD 2(b) GRD 7(c) GRD 11(b) GRD 12 mat BIO-1 cont (b) BIO-2 incl BIO-3 cont (c) BIO-4 cont (b) BIO-1 mat BIO-1 mat BIO-1 mat BIO-1 mat BIO-1 cont BIO-3 cont BIO-4 cont BIO-5 incl BIO-6 cont Thompson 76 674 642 667 664 678 690 648 660 616 602 599 668 604 Goldman & Albee, 77-1 575 553 570 568 570 578 550 558 529 519 518 563 521 Goldman & Albee, 77-2 695 669 696 686 692 715 649 665 662 651 649 708 654 Holdaway & Lee, 77 645 617 639 636 644 654 619 628 591 579 576 636 581 Ferry & Spear, 78 679 636 670 665 675 691 636 650 594 576 573 662 579 Lavrent’ev a& Perchuk, 81 653 631 649 646 652 661 632 640 610 599 597 646 601 Hodges & Spear, 82 708 665 699 694 704 722 663 679 650 632 628 719 635 Pigage & Greenwoo d, 82 753 706 743 738 744 766 702 718 712 691 687 789 694 Perchuk & Lavrent’ev a, 83-1 640 619 636 634 626 634 606 613 584 574 572 619 576 Perchuk & Lavrent’ev a, 83-2 639 617 634 632 629 637 609 617 588 578 576 623 579 Perchuk & Lavrent’ev a, 83-3 635 613 630 628 637 645 617 624 595 585 583 630 586 Ganguly & Saxena, 84-1 537 500 529 525 524 533 508 514 533 516 513 596 518 Ganguly & Saxena, 84-2 533 496 525 521 520 529 504 510 528 511 508 590 514 Perchuk et. Al., 85 671 649 666 664 679 689 656 665 671 660 658 709 662 Indares & Martignole, 85-1 656 616 647 645 646 663 607 622 600 586 583 674 585 Indares & Martignole, 85-2 648 606 636 636 631 651 594 608 612 595 592 693 594 Williams & Grambling, 90 743 695 733 728 734 754 693 709 706 684 681 786 688 Dasgupta et. Al., 91 624 591 611 615 618 634 586 598 598 584 581 661 582 Bathachar ya et al., 92-1 605 582 599 598 599 607 580 587 577 566 565 616 567 Bathachar ya et al., 92-2 553 530 544 547 544 551 529 535 536 526 524 576 526 Par mineral/ Calibração GRD 4(c) GRD 4(c) GRD 4(c) GRD 4(c) GRD 4(c) Min(b) = 504 Méd(b) = 630 Máx(b) = 744 Min(c) = 529 Méd(c) = 652 Máx(c) = 766 83 Delgado, C. E. R. 2007, Geologia e Petrogênese na Região da Província Esmeraldífera de Itabira, MG A aplicação das diversas calibrações dos geotermômetros granada-biotita e granada-estaurolita para os litotipos estudados possibilitou a estimativa de uma faixa de temperatura bastante estreita, em torno de 600-700 °C, com média em 617 °C, para as rochas da região da Rocha Mineração (Fig. 6.1). Essa faixa é coincidente com a determinada para as minas da Piteiras (Viana 2004) e Belmont (Machado 1998). Figura 6.1 – Gráfico com os resultados das temperaturas (°C) determinadas para as diferentes calibrações dos pares granada-biotita e estaurolita-biotita aplicados no presente trabalho. Os pontos do gráfico, quando ordenados de modo crescente, resultam na curva cinza. 6.2.4 – Comparação de cálculos geotermométricos fundamentados em análises quantitativas por MSE e semiquantitativas por MEV-EDS A maior dificuldade atualmente encontrada ao se realizar estudos de geotermobarometria consiste na fase de obtenção dos dados analíticos, pois depende da disponibilidade de microssonda eletrônica de varredura. Esse equipamento, que possibilita uma alta confiabilidade nos resultados, ou seja, análises quantitativas, tem custos operacional e de aquisição muito elevados e por isso é encontrado somente em poucos centros de pesquisa do Brasil, em geral sobrecarregados e, consequentemente, indisponíveis para outras instituições. A fim de testar a possibilidade de adotar a utilização de análises semiquantitativas, obtidas por MEV/EDS para cálculos geotermométricos, em vista da maior facilidade de obtenção, maior disponibilidade do equipamento e menor complexidade operacional, procedeu-se à dosagem química de pontos coincidentes com os obtidos nas análises de microssonda. A localização dos pontos analisados por MEV/EDS, para cada rocha, pode ser observada, juntamente com os pontos analisados pela microssonda nas figuras 5.1, 5.2 e 5.3. Além disso, os resultados das análises de microssonda e MEV/EDS constam nas fichas petrográficas e no anexo 3. 84 Contribuições às Ciências da Terra – Série M, vol. 47, 130p. As temperaturas estimadas a partir de análises de MEV/EDS para o par granada-biotita dos litotipos estudados variam entre 400-800 °C, com média em 630 °C (Tab. 6.6, 6.7 e 6.8; Fig. 6.2). Observa-se que as temperaturas mais discrepantes foram as estimadas a partir de análises de MEV/EDS em pares biotita(MSE)-granada(MEV) e que pares biotita(MEV)-granada(MSE) responderam melhor (Tab. 6.6). No entanto, os resultados estimados pelos pares biotita(MEV)granada(MEV) também forneceram temperaturas compatíveis com as determinadas por pares analisados em microssonda. Tabela 6.6 – Temperaturas (°C) calculadas com base em análises por MEV/EDS para diversas calibrações do par granada-biotita do anfibólio-granada xisto (CM-37D), considerando P = 7000 bar, (b) borda, (c) núcleo e pontos referentes à tabela 6.1 e figura 5.1. Destaque para os resultados obtidos por pares de minerais analisados exclusivamente por MEV/EDS. Campo estudado A B C GRD-1 MEV(b) GRD-2 MEV(b) GRD-2(b) GRD-1MEV(b) GRD-2MEV(b) GRD-1MEV(b) GRD-2MEV(b) BIO-4matriz (MSE) BIO-4matriz BIO-1mev/mat BIO-2cont (o que é cont?) BIO-2cont BIO-1 mev/cont BIO1mev/contato Máx 812 803 652 722 854 696 824 Méd 679 673 575 654 701 649 686 Min 585 579 512 553 599 532 586 Par mineral Tabela 6.7 – Temperaturas (°C) calculadas com base em análises por MEV/EDS para diversas calibrações do par granada-biotita do anfibólio-granada xisto (R-30), considerando P = 7000 bar, (b) borda, (c) núcleo e pontos referentes à tabela 6.3 e figura 5.2. Campo estudado A B GRD-7(c) GRD-7(c) GRD-1(b) GRD-1(b) BIO-MEV1/cont BIO-MEV2/cont BIO-MEV1/contato BIO-MEV2/contato Máx 756 732 596 619 Méd 662 656 547 572 Min 532 513 415 448 Par mineral Tabela 6.8 – Temperaturas (°C) calculadas com base em análises por MEV/EDS para diversas calibrações do par granada-biotita do estaurolita-cianita xisto com sillimanita e granada (R-48), para P = 7000 bar, (b) borda, (c) núcleo, com pontos referentes à tabela 6.5 e figura 5.3. Campo estudado A GRD-4(c) Par mineral BIO-mev1/incl Máx 690 Méd 605 Min 485 85 Delgado, C. E. R. 2007, Geologia e Petrogênese na Região da Província Esmeraldífera de Itabira, MG Apesar da variação relativamente grande na faixa de temperaturas obtida nessas análises (Fig. 6.2) observa-se que uma considerável parte dos valores obtidos situa-se no mesmo intervalo de temperatura estimado a partir das análises de microssonda (Fig. 6.3). Portanto, acredita-se ser possível empregar análises de MEV/EDS para estimar a temperatura de formação da rocha. Porém, para proporcionar uma estimativa mais segura aconselha-se a realização de um grande número de análises e um tratamento estatístico adequado. Fig ura 6.2 – Gráfico com as temperaturas (°C ) calculadas com base em análises por MEV/EDS para as diferentes calibrações do par granada-biotita. Os pontos do gráfico, quando ordenados de modo crescente, resultam na curva cinza. Fi gura 6.3 – Gráfico comparativo das temperaturas (°C ) calculadas com base em análises de microssonda (curva preta) e MEV/EDS (curva cinza), para as diferentes calibrações do par granada-biotita. 86 Contribuições às Ciências da Terra – Série M, vol. 47, 130p. 6.3 - GEOBAROMETRIA Os cálculos geobarométricos basearam-se numa temperatura de 650 °C, que é um valor médio resultante dos cálculos geotermométricos. Os dados analíticos de química mineral empregados nos cálculos desses geotermômetros provieram tanto de análises de microssonda como de MEV/EDS. 6.3.1 – Anfibólio-granada xisto, Garimpo do Geraldinho, Capoeirana (CM-37D) As pressões calculadas pelo geobarômetro granada-plagioclásio-biotita-quartzo (Hoisch 1990) para a amostra CM-37D (Tab. 6.9), de 10 a 11 kbar, são muito elevadas e discrepantes das obtidas para os demais litotipos, descritos a seguir. Essas estimativas devem ser vistas com ressalvas, principalmente tendo-se o conhecimento da ocorrência de cordierita no garimpo de Capoeirana (Machado 1998), mineral este favorecido por pressões baixas. Por outro lado, os estudos de Machado (1998) e Vianna (2004) apontaram a presença de pressões acima de 9000 bar para essa paragênese. Tabela 6.9 – Pressões (bar) calculadas para o anfibólio-granada xisto (CM-37D) pelo geobarômetro granadaplagioclásio-biotita-quartzo (Hoisch 1990), para T = 650 °C , (b) borda, (c) núcleo do cristal e pontos referentes à figura 5.1. Campo estudado A B C GRD-1(b) GRD-3(c) GRD-5(b) GRD-2(b) GRD-5(c) GRD-7(b) GRD-2(b) GRD-6(c) GRD-8(b) BIO-4 matriz BIO-4 matriz BIO-4 matriz BIO-15 matriz BIO-15 matriz BIO-15 matriz BIO-2 contato BIO-2 contato BIO-2 contato Plg-1MEV cont Plg-1MEV cont Plg-1MEV cont Plg-1MEV mat Plg-1MEV mat Plg-1MEV mat Plg-2MEV cont Plg-2MEV cont Plg-2MEV cont Hoisch, 90-Fe 10558 10101 10079 10269 10028 10051 11981 10825 11351 Hoisch, 90-Fe 10457 10003 9944 10096 9734 10200 11650 10726 11055 Min(b) 9944 Méd(b) 10363 Máx(b) 11981 Min(c) 9734 Méd(c) 10064 Máx(c) 10825 Par mineral/Calibração 6.3.2 – Estaurolita-granada xisto, Mina Rocha (R-30) O cálculo da pressão para os litotipos da Mina Rocha, em torno de 7 kbar (Tab. 6.10 e 6.11; Fig. 6.3) resultou em valores bastante coerentes com o esperado pela paragênese mineral encontrada nessa localidade (Fig. 3.15). Pressões semelhantes a essas foram também identificadas para as minas da Belmont (Machado, 1988) e Piteiras (Viana 2004). Tabela 6.10 – Pressões (bar) calculadas para o estaurolita-granada xisto (R-30) pelo geobarômetro granadaplagioclásio-biotita-quartzo (Hoisch 1990), T = 650 °C , (b) borda, (c) núcleo e pontos referentes à figura 5.2. Campo estudado B C GRD-1 (b) GRD-1 (b) GRD-1 (b) GRD1(b) GRD-1 (b) GRD-1 (c) GRD-4 (b) GRD-5 (b) GRD-7 (c) BIO-1 contato BIO-2 contato BIO-3 inclusão BIO-4 inclusão BIO-5 contato BIO-7 inclusão BIO-7 inclusão BIO-7 inclusão BIO7inclusão Mev1 Mev1 Mev1 Mev1 Mev1 Mev1 Mev1 Mev1 Mev1 Hoisch, 90-Fe 7674 7668 7730 7694 7757 8162 6741 8712 8985 Hoisch, 90-Fe 7447 7358 7231 7220 7331 7410 6355 7960 8059 Min 6355 Méd 7671 Máx 8985 Par mineral Calibração 87 Delgado, C. E. R. 2007, Geologia e Petrogênese na Região da Província Esmeraldífera de Itabira, MG 6.3.3 – Estaurolita-cianita xisto com sillimanita e granada, Mina Rocha (R-48) A presença de sillimanita na paragênese dessa rocha permitiu a aplicação do geobarômetro GASP, a partir do qual foram obtidas pressões sensivelmente mais baixas, em torno de 6000 bar (Tab.6.11). A aplicação dos geobarômetros granada-plagioclásio-biotita-quartzo e GASP para os litotipos estudados possibilitou a estimativa de uma faixa de pressão bastante estreita, principalmente na região da Mina Rocha, em torno de 6000-7000 bar, que corresponde a uma profundidade de, no máximo, 25 km. Tabela 6.11 – Pressões (bar) obtidas para diversas calibrações do par estaurolita-cianita xisto com sillimanita e granada (R-48) pelos geobarômetros granada-plagioclásio-biotita-quartzo e GASP, para T = 650 °C , (b) borda, (c) núcleo do cristal e pontos referentes à figura 5.3. Campo estudado A GRD-4(c) GRD-4(c) GRD-4(c) GRD-4(c) GRD-4(c) BIO-1contato(b) BIO-2inclusão BIO-3contato(c) BIO-4contato(b) BIO mev1 GRD-BIOTITA-PLG PLG-MEV1(c) PLG-MEV1(c) PLG-MEV1(c) PLG-MEV1(c) PLG MEV1(c) Hoisch, 90-Fe 6577 6424 6497 6560 6302 Hoisch, 90-Fe 6176 6230 6138 6219 6212 Par mineral Calibração (GASP) Newton & Haselton, 81-Sill 5589 5589 5589 5589 5589 Newton & Haselton, 81-Ky 5808 5808 5808 5808 5808 Hodges & Spear, 82-Sill 3941 3941 3941 3941 3941 Hodges & Spear, 82-Ky 4462 4462 4462 4462 4462 Ganguly & Saxena, 84-Sill 5125 5125 5125 5125 5125 Ganguly & Saxena, 84-Ky 5429 5429 5429 5429 5429 Hodges & Crowley, 85-Sill 4754 4754 4754 4754 4754 Hodges & Crowley, 85-Sill (DV) 4808 4808 4808 4808 4808 Hodges & Crowley, 85-Ky 5293 5293 5293 5293 5293 Hodges & Crowley, 85-Ky (DV) 5343 5343 5343 5343 5343 Koziol, 89-Sill 6637 6637 6637 6637 6637 Koziol, 89-Ky 6739 6739 6739 6739 6739 Koziol & Newton 88-Ky 6569 6569 6569 6569 6569 Koziol & Newton 88-Sill 6293 6293 6293 6293 6293 Min = 3941 Méd = 5509 Máx = 6739 88 Contribuições às Ciências da Terra – Série M, vol. 47, 130p. A variação da pressão para diferentes calibrações obtidas para esses geobarômetros encontrase graficamente representada na figura 6.4. Figura 6.4 – Gráfico comparativo das pressões (bar) calculadas com base em diferentes calibrações dos geobarômetros granada-plagioclásio-biotita-quartzo e GASP aplicados no presente trabalho. Os pontos do gráfico quando postos em ordem crescente resultam na curva cinza. A temperatura e a pressão obtidas a partir de cálculos efetuados pelo software TWQ, de Berman para as amostras CM-37D, R-30 e R-48 são bastante compatíveis com as determinadas pelos cálculos geotermobarométricos anteriormente apresentados. As temperaturas obtidas com o TWQ ficam em torno dos 600-650 oC, com pressões em torno de 6-7 kbar (Fig. 6.5). Observa-se ainda que a amostra CM-37D, coletada no garimpo de Capoeirana, apresenta evidências de ter se formado em condições de alta pressão, em torno de 11 kbar, com uma possível despressurização para 6 kbar (Fig. 6.5A). Esse evento de despressurização já foi notado nos cálculos geobarométricos empregados anteriormente e em outros trabalhos, como Machado (1998) e Viana (2004) e pode ser relacionado às auréolas albíticas que envolvem os grãos de granada e plagioclásio e ao aparecimento de cordierita no garimpo de Capoeirana. O evento de despressurização desenvolveu-se provavelmente acompanhado de uma diminuição da temperatura, como sugerido pelas interseções das reações (Fig. 6.5C) e pela diferença de temperatura de cristalização de cerca de 40 oC entre o núcleo, mais quente e a borda dos cristais de granada e biotita. 89 Delgado, C. E. R. 2007, Geologia e Petrogênese na Região da Província Esmeraldífera de Itabira, MG Figura 6.5 – Gráficos comparativos das temperaturas (oC) e pressões (kbar) calculadas com com o software TWQ. (A) BIO1, GRA1, ANF1mev, PLG2mev do campo 3 da amostra CM-37D; (B) BIO7, GRA12, EST2 do campo 1 da amostra R-30; (C) BIO4, GRA8, PLG2mev do campo 1 da amostra R-48. 90 CAPÍTULO 7 CONCLUSÕES O tratamento e a interpretação do acervo de dados levantados na área da Província Esmeraldífera de Itabira-Nova Era contribuiu para o aumento do conhecimento geológico em diversos aspectos dessa província, especialmente no que tange aos aspectos petrogenéticos das unidades encontradas na Mina Rocha, estudada em maior detalhe no presente trabalho. A sucessão estratigráfica na Mina Rocha mostra a presença de duas principais camadas-guia da mineralização, que ocorrem separadas por uma espessura aparente de 170 m de xistos paraderivados intercalados com anfibolitos e sobrepostos a pelo menos 50 m de leucogranito quimica e texturalmente diferente dos da Suíte Borrachudos. Os ortognaisses bandados que ocorrem próximo ao garimpo de Capoeirana não foram encontrados na área da Mina Rocha. Os granitos da Suíte Borrachudos afloram a cerca de 500 metros a oeste da mina. As camadas mineralizadas têm caráter ultramáfico, afinidade komatiítica e chegam a portar 4500 ppm de Cr. Em geral são compostas por biotita flogopítica, com granada e hornblenda subordinadas. Sua espessura é em geral de ordem métrica e parece estar condicionada pela deformação, podendo alcançar uma dezena de metros em zonas boudinadas. O mergulho médio dessas camadas é de cerca de 45º para noroeste (N315). Na região das zonas de cisalhamento foi notado o aumento tanto do tamanho quanto da quantidade de cristais de esmeralda. Os xistos paraderivados são peraluminosos, deficientes em Cr e Ni e compostos por variáveis proporções de mica, estaurolita, cianita, sillimanita e granada, que sugerem condições de metamorfismo de fácies anfibolito alto. Associados a esses xistos podem ocorrer camadas métricas de quartzito. O comportamento estrutural dessas rochas é semelhante ao das camadas mineralizadas. Os granitos tipo Borrachudos, que ocorrem em abundância na mina da Belmont são metaluminosos de afinidade tholeiítica, enquanto que os granitóides porfiríticos de matriz fina e pouco foliada, identificados apenas em testemunhos de furos de sondagem da Mina Rocha, são peraluminosos e têm afinidade cálcio-alcalina. Delgado, C. E. R. 2007, Geologia e Petrogênese na Região da Província Esmeraldífera de Itabira, MG A temperatura média do metamorfismo foi estimada entre 600-650 ºC pelos geotermômetros granada-biotita e granada-estaurolita, com as maiores temperaturas no centro dos cristais. A pressão, por sua vez, foi estimada em torno de 6-7 kbar, pelos geobarômetros granada-aluminossilicato-silicaplagioclásio (GASP) e granada-plagioclásio-biotita-quartzo. Pressões em torno de 9 kbar foram também determinadas e devem ser vistas com ressalvas, no entanto alguns aspectos texturais, como as auréolas de albita em torno dos cristais de granada e plagioclásio, além da ocorrência de cordierita em Capoeirana sugerem a ocorrência de um evento de despressurização. É possível que essa despressurização tenha ocorrido após o pico do evento metamórfico durante ou após o resfriamento, evidenciado pela diferença de cerca de 40 ºC na temperatura de cristalização do núcleo e borda dos cristais de granada. O emprego de análises de MEV/EDS para os cálculos geotermométrico e geobarométrico mostrou que, desde que seja realizada uma grande quantidade de análises e que seja dado o tratamento estatístico adequado, é possível obter-se resultados próximos aos encontrados por cálculos estimados a partir de análises de microssonda eletrônica. Uma idade brasiliana (604 ±36 Ma) foi obtida a partir da concórdia U/Pb (LAM-ICP-MS) de cristais de grothita (titanita com elevado teor de Al) radioativos. Essa idade deve representar o evento metassomático responsável pela formação das esmeraldas dessa província, uma vez que os cristais de grothita se encontram na zona mineralizada da mina subterrânea da Piteiras e têm sua formação relacionada à elevada atividade de flúor, fornecido juntamente com o Be, pelos granitóides e pegmatitos da região. 92 Contribuições às Ciências da Terra – Série M, vol. 47, 130p. Referências Bibliográficas Alkmim, F.F. & Marshak, S. 1998. Transamazonian Orogeny in the Southern São Francisco Craton Region, Minas Gerais, Brasil: Evidence for Paleoproterozoic Collision and Collapse in the Quadrilátero Ferrífero. Precambrian Research, 90: 29-58. Alkmim, F.F.; Brito Neves, B.B.; Alves, J.A.C. 1993. Arcabouço Tectônico do Cráton do São Francisco - Uma Revisão. 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Computers & Geosciences, 22(2): 101-107. 97 ANEXOS 1-Síntese dos resultados das análises geoquímicas 2-Fichas de descrição petrográfica das amostras 3-Resultados da química mineral 98 Acme Analytical Laboratories Ltd (ACME) ELEMENTO SiO2 Al2O3 Fe2O3 MgO UNIDADE % % % % LD 0.01 0.01 0.04 0.01 R-43 78.03 10.85 5.53 2.21 CaO % 0.01 0.40 R-53 75.31 12.21 3.30 0.86 2.29 3.50 R-55 65.19 15.78 5.04 2.80 2.25 R-58 75.10 11.85 2.51 1.09 R-66 75.16 12.14 3.67 1.37 R-72 75.70 11.92 2.63 B-1 71.12 12.30 CM-47A 65.87 14.77 PI-3E 71.40 PI-4G 43.88 PI-4I PI-4K Na2O K2O % % 0.01 0.01 0.35 1.57 TiO2 P2O5 MnO Cr2O3 % % % % 0.01 0.01 0.01 0.002 0.24 0.03 0.04 0.00 LOI % 0.1 0.60 1.63 0.44 0.08 0.06 0.00 0.10 0.01 0.04 99.78 2.77 4.89 0.40 0.02 0.09 0.00 0.50 0.01 0.01 99.73 1.12 0.96 6.27 0.29 0.02 0.04 0.00 0.40 0.01 0.01 99.65 1.43 3.79 1.48 0.43 0.07 0.02 0.00 0.30 0.01 0.01 99.86 0.05 0.57 3.57 4.97 0.16 0.01 0.03 0.00 0.30 0.02 0.01 99.90 5.51 0.17 2.23 3.25 4.34 0.49 0.12 0.06 0.00 0.10 0.03 0.01 99.70 6.55 0.20 2.16 3.80 5.20 0.56 0.14 0.08 0.00 0.30 0.06 0.01 99.63 13.69 3.39 2.39 3.07 3.52 1.63 0.39 0.05 0.03 0.01 0.30 0.01 0.01 99.88 15.45 12.62 16.92 0.65 1.18 7.39 0.25 0.03 0.09 0.20 1.20 0.02 0.01 99.89 49.45 9.53 10.36 18.59 7.02 0.88 1.69 0.22 0.02 0.18 0.30 1.70 0.02 0.01 99.97 64.01 13.58 9.24 3.12 5.78 2.24 0.31 1.07 0.29 0.26 0.00 0.10 0.02 0.02 100.01 PI-4M 51.69 17.46 8.97 7.14 8.59 3.45 1.49 0.45 0.07 0.13 0.01 0.50 0.02 0.01 99.96 PI-5C 48.84 15.16 11.53 11.83 2.97 1.86 5.81 0.72 0.07 0.16 0.13 0.80 0.02 0.01 99.89 PI-5F PI-21 PI-41 47.98 48.97 71.38 13.75 12.23 12.71 9.29 9.87 4.64 14.53 18.13 3.00 7.70 1.51 1.49 2.02 0.50 3.26 2.72 6.38 2.46 0.44 0.33 0.48 0.04 0.02 0.06 0.17 0.08 0.05 0.19 0.27 0.02 1.10 1.60 0.30 0.02 0.01 0.01 0.01 0.02 0.02 99.96 99.94 99.86 PI-47 49.51 14.03 11.85 11.44 7.11 1.53 2.18 0.41 0.02 0.14 0.41 1.30 0.03 0.01 99.96 PI-47.1 76.60 11.43 2.80 0.12 0.60 2.97 4.75 0.21 0.02 0.04 0.00 0.30 0.01 0.01 99.84 PI-649(CE) 51.13 10.05 9.57 17.77 1.82 0.50 6.31 0.28 0.04 0.14 0.27 2.00 0.02 0.01 99.92 PI-649(10cm) 51.68 11.04 9.36 17.61 0.08 0.44 6.99 0.27 0.04 0.09 0.26 2.00 0.02 0.01 99.91 PI-17NE(CE) 52.27 9.73 8.79 17.06 4.25 0.50 4.74 0.24 0.02 0.14 0.29 1.90 0.07 0.01 99.96 PI-17NE(10cm) 48.47 9.93 9.34 17.73 6.22 0.57 4.24 0.25 0.02 0.15 0.36 2.50 0.21 0.01 99.82 LD - Limite de detecção 99 TOT/C TOT/S % % 0.01 0.01 0.01 0.09 Total % 99.84 Acme Analytical Laboratories Ltd (ACME) ELEMENTO Ba Be Co UNIDADE ppm ppm ppm LD 1.00 1.00 0.20 R-43 424.30 3.00 47.90 Cs ppm 0.10 1.20 Ga ppm 0.50 27.00 Hf ppm 0.10 16.10 Nb ppm 0.10 32.80 Rb ppm 0.10 33.60 Sn ppm 1.00 6.00 Sr ppm 0.50 12.10 Ta ppm 0.10 2.90 Th ppm 0.20 16.00 U ppm 0.10 4.40 V ppm 8.00 9.00 W ppm 0.50 378.20 Zr ppm 0.10 478.60 Y ppm 0.10 141.90 R-53 758.10 2.00 31.00 0.50 19.40 14.40 25.70 29.40 3.00 51.40 2.20 16.60 3.80 6.00 258.50 473.60 122.20 R-55 983.30 4.00 26.00 1.80 24.70 22.30 55.00 80.60 7.00 68.20 4.40 28.00 7.10 <5 230.90 689.40 203.90 R-58 1847.90 2.00 36.00 0.90 24.20 17.80 39.10 76.20 6.00 46.70 3.80 21.90 6.20 <5 326.00 580.90 168.00 R-66 573.20 4.00 36.60 2.10 19.50 12.20 29.50 28.50 4.00 76.50 2.60 15.50 4.40 35.00 264.70 376.30 103.30 R-72 55.40 11.00 36.50 1.50 30.40 17.10 83.70 312.50 12.00 10.50 6.40 43.40 8.50 <5 316.50 389.00 142.40 B-1 1426.80 4.00 36.00 2.60 26.00 13.80 30.90 133.60 4.00 176.80 2.50 17.80 3.70 <5 286.60 505.90 82.90 CM-47A 1660.60 6.00 26.60 2.10 31.10 19.70 36.50 158.40 6.00 215.40 2.80 24.30 5.80 <5 195.40 708.40 94.70 PI-3E 145.50 57.00 44.90 7.30 17.90 15.60 17.20 242.90 13.00 89.60 2.40 18.40 5.30 48.00 299.70 467.80 112.40 PI-4G 331.80 71.00 58.50 39.10 48.80 <.5 68.30 1316.70 25.00 15.30 16.10 10.80 1.60 93.00 28.40 6.00 17.50 PI-4I 36.90 11.00 69.80 9.80 10.00 0.60 1.20 201.70 27.00 2.60 0.20 0.10 0.30 130.00 32.20 14.10 9.50 PI-4K 56.90 4.00 52.60 0.80 14.30 8.20 21.50 12.10 5.00 126.70 1.80 9.30 2.60 132.00 317.00 281.70 71.70 PI-4M 37.60 32.00 56.30 4.60 19.60 0.90 6.40 179.00 45.00 92.30 0.70 1.00 0.80 188.00 156.00 35.90 20.30 PI-5C 143.50 75.00 55.10 22.20 33.50 1.50 21.00 1004.00 87.00 19.70 1.70 5.50 3.40 187.00 139.20 46.40 60.70 PI-5F PI-21 PI-41 66.70 255.00 466.50 56.00 13.00 9.00 60.60 71.70 40.50 12.60 39.10 7.70 14.80 23.10 19.90 0.80 0.60 12.80 5.00 25.30 27.70 389.90 899.60 228.50 64.00 18.00 17.00 30.00 1.70 66.20 0.40 6.70 2.30 0.50 0.80 18.50 0.50 0.30 4.30 127.00 123.00 42.00 71.90 59.70 268.90 25.50 19.30 391.00 20.20 18.30 111.90 PI-47 209.20 11.00 64.20 13.10 24.70 0.80 4.60 242.70 51.00 23.00 0.40 0.60 0.40 132.00 118.10 26.60 36.20 PI-47.1 469.10 9.00 29.50 3.60 23.40 11.70 53.40 278.80 53.00 30.50 4.00 25.70 6.10 <5 277.20 383.60 86.40 PI-649(CE) 169.00 47.00 76.10 30.60 24.00 <.5 11.00 1046.80 34.00 1.20 2.20 1.60 0.70 120.00 302.40 15.80 44.80 PI-649(10cm) 193.40 9.00 70.60 32.40 25.10 <.5 16.30 1150.40 21.00 1.00 1.60 0.80 0.90 92.00 165.30 17.20 14.60 PI-17NE(CE) 189.30 69.00 93.00 27.70 12.60 0.50 3.80 546.20 23.00 3.60 0.40 0.50 0.40 111.00 197.70 18.20 12.10 PI-17NE(10cm) 148.60 34.00 73.30 24.20 12.30 0.60 2.20 495.10 24.00 4.20 0.30 0.20 0.40 118.00 111.10 15.00 12.60 LD - Limite de detecção 100 Acme Analytical Laboratories Ltd (ACME) ELEMENTO La Ce Pr UNIDADE ppm ppm ppm LD 0.10 0.10 0.02 R-43 84.10 188.60 23.06 Nd ppm 0.30 97.50 Sm Eu Gd Tb Dy Ho Er Tm Yb Lu ppm ppm ppm ppm ppm ppm ppm ppm ppm ppm 0.05 0.02 0.05 0.01 0.05 0.02 0.03 0.01 0.05 0.01 22.80 3.85 22.79 4.03 24.95 4.95 15.29 2.28 15.23 2.29 R-53 92.20 205.10 26.57 110.20 24.80 5.60 25.39 4.14 22.83 4.42 13.14 1.98 12.10 1.84 R-55 117.00 257.60 33.10 135.70 31.00 4.68 30.83 5.37 35.04 7.37 22.54 3.35 21.98 3.41 R-58 93.40 201.50 25.16 98.50 25.50 3.76 25.30 4.63 29.16 5.81 18.15 2.86 18.27 2.54 R-66 64.00 141.40 16.99 70.40 15.50 2.20 15.22 2.68 17.07 3.54 10.93 1.65 10.79 1.61 R-72 133.10 261.40 27.67 101.60 20.20 0.34 18.76 3.64 22.85 4.80 14.07 2.15 14.50 1.99 B-1 91.70 187.30 21.52 87.50 17.70 3.08 15.17 2.48 15.25 2.98 9.08 CM-47A 94.80 198.40 23.04 93.30 19.90 3.48 16.75 2.71 16.16 3.39 10.24 1.43 10.60 1.61 PI-3E 79.80 168.10 20.00 86.80 19.70 3.63 21.08 3.38 21.97 4.29 11.93 1.63 10.42 1.56 PI-4G 25.30 49.60 5.56 19.30 5.20 0.18 4.13 0.68 3.86 0.65 1.91 1.24 8.60 1.20 0.30 2.29 0.25 PI-4I 2.60 3.50 0.55 2.10 0.80 0.32 1.30 0.20 1.34 0.32 1.01 0.17 1.36 0.21 PI-4K 36.20 77.60 9.34 39.30 8.90 2.02 9.58 1.79 12.35 2.58 8.00 1.15 7.79 1.16 PI-4M 6.20 12.60 1.64 7.10 1.70 0.78 2.51 0.52 3.32 0.77 2.30 0.33 2.53 0.40 PI-5C 19.40 38.90 4.72 18.30 5.60 0.84 6.35 1.30 9.16 1.86 5.94 1.07 7.91 1.09 PI-5F PI-21 PI-41 3.20 1.70 70.50 7.40 3.30 149.60 0.92 0.47 18.28 4.50 2.30 76.90 1.40 1.00 17.00 0.44 0.10 3.32 2.13 1.43 18.88 0.48 0.39 3.02 3.48 2.33 19.23 0.65 0.56 4.06 2.22 0.37 2.82 0.43 1.84 0.33 2.44 0.33 12.48 1.82 12.05 1.73 PI-47 3.20 10.20 1.58 9.90 2.70 2.29 3.90 0.75 5.03 1.21 3.76 0.63 4.17 0.63 PI-47.1 107.20 213.30 22.74 81.50 15.70 0.86 12.56 2.21 14.51 3.15 9.61 1.43 9.82 1.45 PI-649(CE) 4.90 10.10 1.12 5.50 2.10 0.09 2.47 0.64 5.81 1.22 4.74 0.83 7.63 1.12 PI-649(10cm) <.5 0.90 0.16 0.60 0.40 0.07 1.06 0.27 2.28 0.41 1.62 0.25 2.30 0.26 PI-17NE(CE) 1.90 4.80 0.68 2.50 1.00 0.18 1.09 0.23 1.76 0.37 1.31 0.23 1.57 0.25 PI-17NE(10cm) 2.60 6.00 0.85 3.00 0.90 0.28 1.13 0.26 1.93 0.41 1.23 0.24 1.81 0.26 LD - Limite de detecção 101 Acme Analytical Laboratories Ltd (ACME) ELEMENTO Mo Cu Cr Ni UNIDADE ppm ppm ppm ppm LD 0.10 0.10 0.10 0.10 R-43 5.50 71.70 6.84 2.00 Sc ppm 1.00 3.00 Pb ppm 0.10 3.20 Zn ppm 1.00 4.00 As ppm 0.50 <.5 R-53 <.1 22.10 6.84 2.30 5.00 1.50 68.00 <.5 <.1 <.1 0.20 <.1 <.5 0.02 0.20 <.5 n.a. n.a. R-55 0.20 5.20 6.84 1.30 10.00 1.60 82.00 <.5 0.10 <.1 0.20 <.1 <.5 <.01 0.40 0.60 n.a. n.a. n.a. Cd Sb Bi Ag Au Hg Tl Se ppm ppm ppm ppm ppb ppm ppm ppm 0.10 0.10 0.10 0.10 0.50 0.01 0.10 0.50 <.1 <.1 0.30 0.20 <.5 0.04 0.10 0.50 Li ppm S ppm n.a. n.a. R-58 0.50 0.70 6.84 0.70 8.00 1.50 51.00 <.5 0.10 <.1 0.50 <.1 <.5 <.01 0.20 0.60 n.a. R-66 <.1 9.70 6.84 10.80 7.00 0.50 16.00 <.5 <.1 <.1 0.10 <.1 <.5 0.01 0.10 <.5 n.a. n.a. R-72 2.00 16.60 6.84 0.50 1.00 6.80 165.00 1.90 0.20 <.1 0.10 0.10 0.90 0.01 0.70 <.5 n.a. n.a. B-1 3.10 6.70 6.84 1.90 7.00 5.90 2.10 0.10 <.1 <.1 <.1 0.70 <.01 0.40 <.5 n.a. n.a. CM-47A 4.10 4.40 6.84 1.60 8.00 9.00 124.00 0.90 0.10 <.1 0.10 <.1 <.5 0.01 0.70 <.5 n.a. n.a. 75.26 50.80 9.00 84.00 PI-3E 4.80 1.90 3.00 107.00 0.50 <.1 <.1 0.10 <.1 <.5 0.01 2.50 <.5 n.a. n.a. PI-4G 0.90 0.80 1341.04 229.10 23.00 7.70 393.00 0.60 <.1 <.1 0.10 <.1 0.60 <.01 9.90 <.5 n.a. n.a. PI-4I 0.10 0.10 2059.45 72.20 33.00 1.00 58.00 <.5 <.1 <.1 <.1 <.1 <.5 <.01 2.50 <.5 n.a. n.a. PI-4K 0.50 1.60 20.53 7.10 29.00 1.80 15.00 <.5 0.10 <.1 0.20 <.1 0.50 <.01 0.10 <.5 n.a. n.a. PI-4M 58.10 51.00 61.58 50.60 37.00 2.30 108.00 <.5 0.10 <.1 0.20 <.1 <.5 0.01 1.50 <.5 n.a. n.a. 882.62 112.30 31.00 6.30 485.00 0.90 PI-5C 0.80 <.1 <.1 0.10 <.1 <.5 <.01 6.50 <.5 n.a. n.a. PI-5F PI-21 PI-41 2.50 0.30 1272.62 96.70 25.00 2.40 157.00 0.10 0.40 1826.82 232.50 26.00 4.60 235.00 3.30 19.10 164.21 71.80 9.00 3.40 127.00 <.5 <.5 <.5 <.1 <.1 <.1 <.1 <.1 <.1 0.10 0.10 <.1 <.1 <.1 <.1 0.70 <.01 3.40 0.50 <.01 8.80 1.30 <.01 2.20 <.5 <.5 <.5 n.a. n.a. n.a. n.a. n.a. n.a. PI-47 4.80 <.5 <.1 <.1 0.20 <.1 <.5 <.01 2.90 <.5 n.a. n.a. 0.90 0.30 2812.07 104.60 17.00 2.00 73.00 PI-47.1 4.00 1.50 8.10 246.00 1.10 0.10 <.1 0.10 <.1 <.5 <.01 1.20 <.5 n.a. n.a. PI-649(CE) 0.30 0.70 1813.14 280.00 29.00 4.10 394.00 0.60 0.10 <.1 0.10 <.1 0.70 0.02 8.10 <.5 n.a. n.a. PI-649(10cm) <.1 0.40 1758.40 331.30 19.00 4.30 428.00 0.60 <.1 <.1 0.20 <.1 0.80 <.01 9.30 <.5 n.a. n.a. 6.84 0.50 2.00 PI-17NE(CE) 3.00 0.50 1977.35 201.90 25.00 2.60 177.00 <.5 <.1 <.1 0.10 <.1 1.00 <.01 5.80 <.5 n.a. n.a. PI-17NE(10cm) 4.90 0.40 2442.60 177.90 26.00 2.80 146.00 <.5 <.1 <.1 0.10 <.1 1.20 <.01 5.50 <.5 n.a. n.a. LD - Limite de detecção; n.a. - elemento não analisado 102 Laboratório de Geoquímica Analítica (LGqA/DEGEO) ELEMENTO SiO2* Al2O3 Fe2O3 MgO CaO UNIDADE % % % % % R-35 75.15 11.50 7.41 3.21 0.47 Na2O % 0.24 K2O % 1.48 TiO2 P2O5 MnO Cr2O3 % % % % 0.39 0.10 0.03 0.02 LOI % n.a. TOT/C TOT/S % % n.a. n.a. Total % 24.85 R-43 80.38 9.58 5.49 2.03 0.39 0.36 1.50 0.23 0.01 0.04 0.00 n.a. n.a. n.a. 19.62 R-47 62.22 14.63 10.73 4.80 2.83 0.93 2.53 0.99 0.16 0.13 0.03 n.a. n.a. n.a. 37.78 R-48 63.25 16.17 8.84 6.13 0.64 0.56 3.48 0.69 0.11 0.08 0.06 n.a. n.a. n.a. 36.75 R-58 75.15 12.39 2.56 1.00 1.10 0.97 6.50 0.27 0.01 0.04 0.00 n.a. n.a. n.a. 24.85 R-62 74.24 11.75 4.83 2.77 2.03 2.44 1.61 0.23 0.07 0.03 0.00 n.a. n.a. n.a. 25.76 B-1 71.66 12.87 5.40 0.16 2.14 3.27 3.86 0.46 0.10 0.06 0.00 n.a. n.a. n.a. 28.34 P-2 56.81 2.50 15.84 21.78 0.61 0.11 1.21 0.40 0.03 0.41 0.31 n.a. n.a. n.a. 43.19 CM-47G 74.51 12.96 3.48 0.08 1.06 3.16 4.38 0.27 0.04 0.05 0.00 n.a. n.a. n.a. 25.49 PI-2B 63.99 18.15 3.36 4.19 3.72 3.02 2.96 0.40 0.15 0.05 0.01 n.a. n.a. n.a. 36.01 PI-4E 54.84 8.71 9.19 17.49 5.72 0.44 2.97 0.20 - 0.21 0.22 n.a. n.a. n.a. 45.16 PI-4G 47.60 15.17 11.73 15.47 0.58 1.17 7.76 0.23 0.02 0.09 0.18 n.a. n.a. n.a. 52.40 PI-4M 51.89 18.05 8.85 6.87 8.81 3.43 1.49 0.42 0.06 0.13 0.01 n.a. n.a. n.a. 48.11 PI-5L 49.18 13.26 10.49 17.01 0.64 0.52 7.86 0.22 0.07 0.09 0.66 n.a. n.a. n.a. 50.82 PI-23 57.63 13.60 12.32 9.36 2.14 3.53 0.08 1.13 0.04 0.15 0.01 n.a. n.a. n.a. 42.37 * Resultado calculado por diferença; n.a. - elemento não analisado 103 Laboratório de Geoquímica Analítica (LGqA/DEGEO) ELEMENTO Ba Be Co Cs Ga UNIDADE ppm ppm ppm ppm ppm R-35 275.10 4.35 82.70 n.a. n.a. Hf ppm n.a. Nb ppm n.a. Rb ppm n.a. Sn ppm n.a. Sr ppm 10.04 Ta ppm n.a. Th ppm 17.81 U ppm n.a. V ppm 54.20 W ppm n.a. Zr ppm 227.20 Y ppm 72.90 R-43 n.a. n.a. n.a. n.a. 12.03 n.a. 14.65 n.a. 25.56 n.a. 352.80 63.40 446.40 0.66 50.40 n.a. n.a. R-47 469.70 <0.07 68.00 n.a. n.a. n.a. n.a. n.a. n.a. 39.54 n.a. 6.10 n.a. 273.60 n.a. 77.60 24.47 R-48 624.00 <0.07 67.00 n.a. n.a. n.a. n.a. n.a. n.a. 21.59 n.a. 10.23 n.a. 164.70 n.a. 122.00 19.93 R-58 1729.00 0.19 37.45 n.a. n.a. n.a. n.a. n.a. n.a. 44.82 n.a. 18.98 n.a. 14.71 n.a. 147.90 124.00 R-62 180.20 1.28 59.20 n.a. n.a. n.a. n.a. n.a. n.a. 58.80 n.a. 18.17 n.a. 74.40 n.a. 355.80 88.80 B-1 1376.00 1.00 38.34 n.a. n.a. n.a. n.a. n.a. n.a. 161.30 n.a. 16.53 n.a. 27.76 n.a. 89.40 68.40 P-2 22.56 4.62 108.60 n.a. n.a. n.a. n.a. n.a. n.a. 0.80 n.a. <1.90 n.a. 63.80 n.a. 19.80 1.26 CM-47G 1130.00 3.90 39.01 n.a. n.a. n.a. n.a. n.a. n.a. 129.10 n.a. 31.08 n.a. 15.95 n.a. 174.20 73.30 PI-2B 218.60 54.00 40.44 n.a. n.a. n.a. n.a. n.a. n.a. 101.30 n.a. 16.07 n.a. 78.60 n.a. 177.70 27.59 PI-4E 28.86 14.52 58.60 n.a. n.a. n.a. n.a. n.a. n.a. 2.86 n.a. <1.90 n.a. 112.50 n.a. 12.55 8.15 PI-4G 296.90 50.10 52.90 n.a. n.a. n.a. n.a. n.a. n.a. 15.35 n.a. 8.53 n.a. 98.80 n.a. 8.60 13.83 PI-4M 34.57 28.09 54.10 n.a. n.a. n.a. n.a. n.a. n.a. 81.30 n.a. <1.90 n.a. 191.10 n.a. 19.20 15.17 PI-5L 204.30 42.11 62.40 n.a. n.a. n.a. n.a. n.a. n.a. 3.82 n.a. <1.90 n.a. 123.40 n.a. 11.91 32.43 PI-23 16.26 <0.07 45.73 n.a. n.a. n.a. n.a. n.a. n.a. 54.50 n.a. 2.29 n.a. 276.90 n.a. 62.10 20.92 n.a. - elemento não analisado 104 Laboratório de Geoquímica Analítica (LGqA/DEGEO) ELEMENTO La Ce Pr Nd Sm UNIDADE ppm ppm ppm ppm ppm R-35 n.a. n.a. n.a. n.a. n.a. Eu ppm n.a. Gd ppm n.a. Tb ppm n.a. Dy ppm n.a. Ho ppm n.a. Er ppm n.a. Tm Yb Lu ppm ppm ppm n.a. n.a. n.a. R-43 n.a. n.a. n.a. n.a. n.a. n.a. n.a. n.a. n.a. n.a. n.a. n.a. n.a. n.a. R-47 n.a. n.a. n.a. n.a. n.a. n.a. n.a. n.a. n.a. n.a. n.a. n.a. n.a. n.a. R-48 n.a. n.a. n.a. n.a. n.a. n.a. n.a. n.a. n.a. n.a. n.a. n.a. n.a. n.a. R-58 n.a. n.a. n.a. n.a. n.a. n.a. n.a. n.a. n.a. n.a. n.a. n.a. n.a. n.a. R-62 n.a. n.a. n.a. n.a. n.a. n.a. n.a. n.a. n.a. n.a. n.a. n.a. n.a. n.a. B-1 n.a. n.a. n.a. n.a. n.a. n.a. n.a. n.a. n.a. n.a. n.a. n.a. n.a. n.a. P-2 n.a. n.a. n.a. n.a. n.a. n.a. n.a. n.a. n.a. n.a. n.a. n.a. n.a. n.a. CM-47G n.a. n.a. n.a. n.a. n.a. n.a. n.a. n.a. n.a. n.a. n.a. n.a. n.a. n.a. PI-2B n.a. n.a. n.a. n.a. n.a. n.a. n.a. n.a. n.a. n.a. n.a. n.a. n.a. n.a. PI-4E n.a. n.a. n.a. n.a. n.a. n.a. n.a. n.a. n.a. n.a. n.a. n.a. n.a. n.a. PI-4G n.a. n.a. n.a. n.a. n.a. n.a. n.a. n.a. n.a. n.a. n.a. n.a. n.a. n.a. PI-4M n.a. n.a. n.a. n.a. n.a. n.a. n.a. n.a. n.a. n.a. n.a. n.a. n.a. n.a. PI-5L n.a. n.a. n.a. n.a. n.a. n.a. n.a. n.a. n.a. n.a. n.a. n.a. n.a. n.a. PI-23 n.a. n.a. n.a. n.a. n.a. n.a. n.a. n.a. n.a. n.a. n.a. n.a. n.a. n.a. n.a. - elemento não analisado 105 Laboratório de Geoquímica Analítica (LGqA/DEGEO) ELEMENTO Mo Cu Cr Ni Sc Pb Zn As Cd Sb Bi Ag Au Hg Tl Se Li S UNIDADE ppm ppm ppm ppm ppm ppm ppm ppm ppm ppm ppm ppm ppb ppm ppm ppm ppm ppm R-35 n.a. 11.72 134.90 21.13 6.25 <6.40 74.50 <6.00 2.46 n.a. <4.70 n.a. n.a. n.a. n.a. n.a. 33.55 255.70 R-43 n.a. 80.80 R-47 n.a. 42.83 231.20 R-48 n.a. 23.09 401.70 R-58 n.a. <0.48 <2.00 R-62 n.a. 36.59 B-1 n.a. 2.30 P-2 n.a. <0.48 2092.00 1926.00 4.63 11.75 380.90 <6.00 12.57 n.a. CM-47G n.a. 6.07 <2.00 PI-2B n.a. <0.48 40.48 PI-4E n.a. <0.48 1529.00 226.20 20.33 <6.40 327.60 <6.00 5.71 n.a. <4.70 n.a. PI-4G n.a. <0.48 1200.00 224.90 14.32 <6.40 414.60 <6.00 6.47 n.a. <4.70 n.a. PI-4M n.a. 35.83 24.18 <6.40 208.30 <6.00 3.94 n.a. <4.70 n.a. n.a. n.a. n.a. n.a. PI-5L n.a. <0.48 4515.00 309.80 19.08 <6.40 382.50 <6.00 5.30 n.a. <4.70 n.a. n.a. n.a. n.a. n.a. 184.10 45.87 PI-23 n.a. <0.48 100.50 n.a. <4.70 n.a. n.a. n.a. n.a. n.a. 134.90 62.40 2.12 n.a. <4.70 n.a. n.a. n.a. n.a. n.a. 15.58 846.00 123.40 20.11 <6.40 63.20 <6.00 5.24 n.a. 7.31 n.a. n.a. n.a. n.a. n.a. 13.04 777.00 273.40 13.62 67.60 207.60 <6.00 3.47 n.a. 5.67 n.a. n.a. n.a. n.a. n.a. 23.72 526.00 <2.50 5.03 <6.40 225.00 <6.00 <0.80 n.a. <4.70 n.a. n.a. n.a. n.a. n.a. 8.81 3.65 30.26 3.58 <6.40 16.18 <6.00 <0.80 n.a. <4.70 n.a. n.a. n.a. n.a. n.a. 20.42 823.00 2.34 <2.50 4.85 13.59 141.60 <6.00 1.07 52.60 <2.50 2.17 <6.40 485.00 <6.00 1.31 n.a. n.a. n.a. n.a. 17.01 230.50 n.a. n.a. n.a. n.a. n.a. 45.98 76.70 <2.50 2.64 23.64 119.70 <6.00 <0.80 n.a. <4.70 n.a. n.a. n.a. n.a. n.a. 30.44 56.60 54.30 3.73 <6.40 86.70 <6.00 <0.80 n.a. <4.70 n.a. n.a. n.a. n.a. n.a. 55.50 194.60 n.a. n.a. n.a. n.a. 79.00 205.80 n.a. n.a. n.a. n.a. 214.20 36.44 88.10 55.30 20.70 16.64 225.60 <6.00 7.91 n.a. <4.70 n.a. 59.90 9.92 n.a. - elemento não analisado 106 42.73 530.00 Identificação Amostra: R-03 - Quartzito Procedência: FSR - 25 ~11m prof Aspectos texturais da rocha Principais texturas e microestruturas: Granolepidoblástica Constituição mineralógica Minerais % volume Quartzo 50 Essenciais/Principais Moscovita Plagioclásio 35 10 Alteração Acessórios Opaco 3 Interpretação K-feldspato 2 Protólito: Arenito(?) Paragênese metamórfica: Quartzo, plagioclásio, moscovita e opaco Processos deformacionais: Metamorfismo regional dinamotermal (Foliação) Identificação Amostra: R-18 - Cianita xisto Procedência: FSR - 03 ~ 38m prof. Aspectos texturais da rocha Principais texturas e microestruturas: Granolepidoblástica Constituição mineralógica Essenciais/Principais Minerais Plagioclásio Biotita Cianita % volume 23 50 15 Protólito: Pelítico aluminoso Paragênese metamórfica: Biotita, plagioclásio, quartzo e cianita Processos deformacionais: Metamorfismo dinamotermal regional Acessórios Quartzo 10 Alteração Apatita 2 Clorita <1 Identificação Amostra: R-19 - Granada xisto Procedência: FSR - 03 ~ 43m prof. Aspectos texturais da rocha Principais texturas e microestruturas: Granolepidoblástica Constituição mineralógica Minerais % volume Biotita 30 Essenciais/Principais Granada Plagioclásio 50 10 Acessórios Alteração Quartzo Apatita 10 <1 Interpretação Protólito: Rocha rica em Fe e Mg (ultramáfica?) Paragênese metamórfica: Granada, quartzo, plagioclásio, biotita Processos deformacionais: Metamorfismo regional dinamotermal ou zona de cisalhamento (porfiroblastos rotacionados) Identificação Amostra: R-21 - Cianita xisto/milonito com sillimanita Procedência: FSR - 03 ~ 49m prof. Aspectos texturais da rocha Principais texturas e microestruturas: Milonítica (S-C) Constituição mineralógica Minerais % volume Biotita 15 Essenciais/Principais Plagioclásio Cianita 22 12 Quartzo Sillimanita 50 1 Interpretação Apatita <1 Acessórios Grothita(?) <1 Alteração Rutilo <1 Clorita <1 Protólito: Sedimento/rocha sedimentar aluminoso Paragênese metamórfica: Cianita, sillimanita, biotita, plagioclásio e quartzo Processos deformacionais: Zona de cisalhamento Identificação Amostra: R-24 - Granada xisto Procedência: FSR - 03 ~ 53m prof. Aspectos texturais da rocha Principais texturas e microestruturas: Granoblástica Minerais % volume Quartzo 40 Constituição mineralógica Essenciais/Principais Granada Biotita Plagioclásio Opaco Apatita 10 20 27 3 <1 Interpretação Protólito: Sedimento pelítico ferruginoso Paragênese metamórfica: Granada, plagioclásio, quartzo, biotita, opaco Processos deformacionais: Metamorfismo regional dinamotermal 107 Acessórios Grothita(?) <1 Alteração Identificação Amostra: R-30 - Estaurolita-Granada xisto Procedência: FSR - 03 ~ 67m prof. Aspectos texturais da rocha Principais texturas e microestruturas: Minerais % volume Quartzo 40 Mineral/Elemento Biotita (média de 33) Granada (média de 46) Estaurolita (média de 4) K2O 7.99 n.a. n.a. Constituição mineralógica Essenciais/Principais Granada Estaurolita Plagioclásio Biotita Opaco(ilme) 15 7 30 5 3 Química Mineral (Microssonda e MEV*) Na2O TiO2 SiO2 Cr2O3 FeO 0.36 17.03 1.16 36.38 0.01 n.a. 32.12 0.06 37.58 0.01 n.a. 14.23 0.54 26.37 0.01 Interpretação Acessórios Apatita Grothita(?) <1 <1 Al2O3 18.87 21.60 51.92 MgO 13.31 5.78 2.59 Alteração CaO n.a. 5.78 n.a. Protólito: Pelítico ferroso aluminoso Paragênese metamórfica: Granada, estaurolita, plagioclásio, quartzo e biotita Processos deformacionais: Metamorfismo regional dinamotermal de fácies anfibolito Identificação Amostra: R-33 - Sillimanita-estaurolita xisto com granada Procedência: FSR - 03 ~ 70m prof. Aspectos texturais da rocha Principais texturas e microestruturas: Foliação sigmoidal, milonítica Minerais % volume Estaurolita 26 Sillimanita 5 Constituição mineralógica Essenciais/Principais Plagioclásio Quartzo Biotita Apatita 16 20 20 4 Interpretação Rutilo 1 Alteração Acessórios Granada Opaco(ilmen) Mg-Clorita 2 1 5 Protólito: Pelítico ferroso e aluminoso Paragênese metamórfica: Estaurolita, granada, plagioclásio, quartzo e biotita Processos deformacionais: Zona de cisalhamento Identificação Amostra: R-35 - Estaurolita-granada xisto Procedência: FSR - 03 ~ 76m prof. Geoquímica ICP-OES LGQA/DEGEO SiO2* Al2O3 Fe2O3 75.15 11.50 7.41 Na2O MgO CaO 3.21 0.47 0.24 Aspectos texturais da rocha K2O TiO2 1.48 0.4 Be (ppm) 4 Cr (ppm) 135 V (ppm) 54 Principais texturas e microestruturas: Granolepidoblástica Constituição mineralógica Minerais % volume Estaurolita 5 Essenciais/Principais Biotita Granada 13 8 Quartzo Plagioclásio 55 17 Interpretação Apatita 1 Acessórios Opaco <1 Alteração Clorita 1 Protólito: Pelítico ferroso-aluminoso Paragênese metamórfica: Estaurolita, granada, quartzo, plagioclásio e biotita Processos deformacionais: Metamorfismo regional dinamotermal de fácies anfibolito Identificação Amostra: R-37 - Apatita-granada xisto Procedência: FSR - 03 ~ 78m prof. Aspectos texturais da rocha Principais texturas e microestruturas: Granoblástica; poiquiloblástica (granada em atol) Constituição mineralógica Essenciais/Principais Minerais Granada Biotita Quartzo Apatita % volume 23 26 45 5 Interpretação Protólito: Pelítico Ferroso Paragênese metamórfica: Granada, biotita, quartzo e apatita Processos deformacionais: Metamorfismo regional Acessórios Alteração Clorita 1 Identificação Amostra: R-38 - Granada anfibolito Procedência: FSR - 03 ~ 79m prof. Aspectos texturais da rocha Principais texturas e microestruturas: Granonematoblástica Constituição mineralógica Minerais % volume Hornblenda 55 Essenciais/Principais Plagioclásio Quartzo 15 14 Granada Ilmenita 10 3 Interpretação Protólito: Rocha ígnea básica Paragênese metamórfica: Granada, hornblenda, biotita, quartzo e plagioclásio Processos deformacionais: Metamorfismo dinamotermal fácies xisto-verde alto a anfibolito 108 Apatita 1 Acessórios Rutilo 1 Alteração Biotita 1 Identificação Amostra: R-39 - Estaurolita-granada xisto cloritizado Procedência: FSR - 03 ~ 81m prof. Principais texturas e microestruturas: Granolepidoblástica poiquiloblástica (granada em atol) Constituição mineralógica Essenciais/Principais Minerais Granada Biotita Estaurolita Quartzo Plagioclásio Apatita % volume 30 10 8 26 15 2 Interpretação Protólito: Pelítico ferroso aluminoso Paragênese metamórfica: Granada, estaurolita, quartzo, plagioclásio e biotita Processos deformacionais: Metamorfismo regional dinamotermal de fácies anfibolito Alteração Acessórios Rutilo 1 Clorita 8 Identificação Amostra: R-43 - Procedência: FSR - 03 ~ 106m prof. SiO2 78.03 80.38* ACME-LABS ICP-OES LGQA/DEGEO Descrição macroscópica: Al2O3 10.85 9.58 Fe2O3 5.53 5.49 Geoquímica MgO CaO 2.21 0.40 2.03 0.39 Na2O 0.35 0.36 K2O 1.57 1.50 TiO2 0.24 0.23 Be (ppm) 3.0 0.7 Cr (ppm) 2.1 V (ppm) 9.0 25.6 Identificação Amostra: R-46 - Anfibolito com granada Procedência: FSR - 03 ~ 113m prof. Aspectos texturais da rocha Principais texturas e microestruturas: Granonematoblástica Constituição mineralógica Minerais % volume Hornblenda 65 Essenciais/Principais Plagioclásio Quartzo 10 9 Ilmenita Apatita 5 3 Interpretação Biotita 4 Acessórios Granada Grothita(?) 3 1 Alteração Protólito: Rocha ígnea máfica Paragênese metamórfica: Hornblenda, plagioclásio, quartzo e ilmenita Processos deformacionais: Metamorfismo regional dinamotermal Identificação Amostra: R-47 - Anfibolito com granada SiO2* 62.22 ICP-OES LGQA/DEGEO Procedência: FSR - 03 ~ 115m prof. Al2O3 14.63 Fe2O3 10.73 Geoquímica Na2O MgO CaO 4.80 2.83 0.93 Aspectos texturais da rocha K2O 2.53 TiO2 1.0 Be (ppm) <Ld(0,07) Cr (ppm) 231 V (ppm) 274 Principais texturas e microestruturas: Constituição mineralógica Minerais % volume Hornblenda 60 Essenciais/Principais Plagioclásio Quartzo 10 18 Acessórios Ilmenita Apatita 8 1 Interpretação Alteração Granada 3 Protólito: Rocha ígnea máfica Paragênese metamórfica: Hornblenda, plagioclásio, quartzo e ilmenita Processos deformacionais: Metamorfismo regional dinamotermal Identificação Amostra: R-47A - Anfibolito com granada Procedência: FSR - 03 ~ 116m prof. Aspectos texturais da rocha Principais texturas e microestruturas: Granolepidoblástica Constituição mineralógica Minerais % volume Hornblenda 65 Essenciais/Principais Quartzo Plagioclásio 20 8 Granada 2 Interpretação Protólito: Rocha ígnea máfica Paragênese metamórfica: Hornblenda, plagioclásio, quartzo e ilmenita Processos deformacionais: Metamorfismo regional dinamotermal 109 Apatita 1 Acessórios Opaco 4 Alteração Identificação Amostra: R-48 - Estaurolita-cianita xisto com sillimanita e granada ICP-OES LGQA/DEGEO SiO2* 63.25 Al2O3 16.17 Fe2O3 8.84 Procedência: FSR - 03 ~ 119m prof. Geoquímica Na2O MgO CaO 6.13 0.64 0.56 Aspectos texturais da rocha K2O 3.48 TiO2 0.7 Be (ppm) <Ld(0,07) Cr (ppm) 402 V (ppm) 165 Principais texturas e microestruturas: Granolepidoblástica Minerais % volume Biotita 40 Mineral/Elemento Biotita (média de 14) Granada (média de 31) Plagioclásio* (média de 2) K2O 6.23 n.a. 0.00 Constituição mineralógica Essenciais/Principais Cianita Plagioclásio Estaurolita Quartzo Granada 15 15 7 10 4 Química Mineral (Microssonda) e MEV* Na2O TiO2 SiO2 Cr2O3 FeO 0.38 16.17 0.92 34.79 0.06 n.a. 30.52 0.01 37.52 0.03 4.62 0.00 0.00 54.65 0.00 Interpretação Acessórios Sillimanita Ilmenita 4 3 Al2O3 20.80 21.70 27.39 MgO 13.45 5.37 0.00 Alteração Clorita 2 CaO n.a. 3.01 13.35 Protólito: Pelítico ferroso-aluminoso Paragênese metamórfica: Biotita, cianita, sillimanita, plagioclásio, estaurolita, granada, quartzo e ilmenita Processos deformacionais: Metamorfismo regional dinamotermal de fácies anfibolito Identificação Amostra: R-49 - Hornblenda xisto/gnaisse com granada Procedência: FSR - 03 ~ 123m prof. Aspectos texturais da rocha Principais texturas e microestruturas: Milonítica (S-C) Constituição mineralógica Minerais % volume Plagioclásio 57 Essenciais/Principais Quartzo Hornblenda 20 15 Granada 4 Interpretação Biotita 2 Acessórios Titanita 1 Alteração Apatita 1 Protólito: Rocha ígnea(?) máfica Paragênese metamórfica: Plagioclásio, quartzo, hornblenda e granada Processos deformacionais: Metamorfismo regional Identificação Amostra: R-53 - Metagranito ACME-LABS Procedência: FSR - 03 ~ 144m prof. SiO2 75.31 Al2O3 12.21 Fe2O3 3.30 Geoquímica Na2O MgO CaO 0.86 2.29 3.50 Aspectos texturais da rocha K2O 1.63 TiO2 0.44 Be (ppm) 2.0 Cr (ppm) V (ppm) 6.0 Principais texturas e microestruturas: Granolepidoblástica Constituição mineralógica Minerais % volume Plagioclásio 35 Essenciais/Principais Quartzo Biotita 35 17 Acessórios Microclina Titanita 11 1 Interpretação Alteração Moscovita 1 Protólito: Granitico Paragênese metamórfica: Quartzo, plagioclásio, microclina e biotita Processos deformacionais: Metamorfismo regional dinamotermal Identificação Amostra: R-55 ACME-LABS Procedência: FSR - 03 ~ 154m prof. SiO2 65.19 Al2O3 15.78 Fe2O3 5.04 Geoquímica MgO CaO 2.80 2.25 Na2O 2.77 K2O 4.89 TiO2 0.40 Be (ppm) 4.0 Cr (ppm) V (ppm) <Ld(5) Identificação Amostra: R-56 - Metagranito Procedência: FSR - 03 ~ 155m prof. Aspectos texturais da rocha Principais texturas e microestruturas: Granolepidoblástica Constituição mineralógica Minerais % volume Plagioclásio 21 Essenciais/Principais Microclina Biotita 38 25 Quartzo Titanita 8 3 Interpretação Protólito: Granítico Paragênese metamórfica: Plagioclásio, micriclina, biotita e quartzo Processos deformacionais: Metamorfismo regional 110 Apatita 1 Acessórios Moscovita 4 Alteração Identificação Amostra: R-58 - Metagranito Procedência: FSR - 03 ~ 156m prof. Geoquímica Na2O SiO2 Al2O3 Fe2O3 K2O MgO CaO ACME-LABS 75.10 11.85 2.51 1.09 1.12 0.96 6.27 ICP-OES LGQA/DEGEO 75.15* 12.40 2.56 1.00 1.10 0.97 6.50 Aspectos texturais da rocha Principais texturas e microestruturas: Granolepidoblástica; Plagioclásio cheio de inclusões de quartzo, microclina e albita Constituição mineralógica Essenciais/Principais Acessórios Minerais Microclina Biotita Plagioclásio Quartzo Apatita Moscovita Fluorita % volume 50 15 10 18 2 2 3 Interpretação Protólito: Granitico Paragênese metamórfica: Microclina, biotita, plagioclásio e quartzo Processos deformacionais: Metamorfismo regional e metassomatismo(?) TiO2 0.29 0.27 Be (ppm) 2.0 0.2 Cr (ppm) V (ppm) <Ld(5,00) <Ld(2,00) 14.7 Alteração Identificação Amostra: R-59 - Metagranito Procedência: FSR - 03 ~ 157m prof. Aspectos texturais da rocha Principais texturas e microestruturas: Granolepidoblástica; Plagioclásio cheio de inclusões de quartzo, microclina e albita Constituição mineralógica Essenciais/Principais Acessórios Minerais Microclina Plagioclásio Quartzo Biotita Moscovita Opaco Apatita % volume 60 5 20 10 2 2 1 Interpretação Protólito: Granítico Paragênese metamórfica: Microclina, biotita, plagioclásio e quartzo Processos deformacionais: Metamorfismo regional e metassomatismo(?) Alteração Zircão <1 Identificação Amostra: R-61 - Xisto Procedência: FSR - 03 ~ 162m prof. Aspectos texturais da rocha Principais texturas e microestruturas: Xistosidade Constituição mineralógica Minerais % volume Quartzo 40 Essenciais/Principais Biotita Plagioclásio 30 20 Opaco 2 Interpretação Apatita 1 Acessórios Zircão <1 Alteração Clorita 7 Protólito: Granítico Paragênese metamórfica: Quartzo, biotita e plagioclásio. Clorita de alteração Processos deformacionais: Metamorfismo regional (xistosidade) Identificação Amostra: R-62 - Xisto com granada Procedência: FSR - 03 ~ 163m prof. Geoquímica SiO2* Na2O Al2O3 Fe2O3 ICP-OES LGQA/DEGEO MgO CaO 74.24 11.75 4.83 2.77 2.03 2.44 Aspectos texturais da rocha Principais texturas e microestruturas: Xistosidade; Granada anédrica poiquiloblástica Constituição mineralógica Essenciais/Principais Minerais Quartzo Plagioclásio Biotita Granada Opaco Apatita % volume 50 25 18 5 1 1 Interpretação Protólito: Granítico Paragênese metamórfica: Quartzo, biotita, granada e Plagioclásio Processos deformacionais: Metamorfismo regional (xistosidade) K2O 1.61 TiO2 0.2 Be (ppm) 1 Cr (ppm) 4 Acessórios Zircão <1 V (ppm) 74 Alteração Identificação Amostra: R-64 - Granada xisto Procedência: FSR - 03 ~ 164m prof. Aspectos texturais da rocha Principais texturas e microestruturas: Xistosidade; Porfiroblástos poiquiloblásticos de granada anédrica Constituição mineralógica Essenciais/Principais Minerais Quartzo Plagioclásio Granada Biotita Apatita Opaco % volume 55 20 12 11 1 1 Interpretação Protólito: Granítico Paragênese metamórfica: Quartzo, biotita, granada e Plagioclásio Processos deformacionais: Metamorfismo regional (xistosidade) 111 Acessórios Zircão <1 Alteração Identificação Amostra: R-66 - Granada xisto Procedência: FSR - 03 ~ 165m prof. Geoquímica SiO2 Na2O Al2O3 Fe2O3 ACME-LABS MgO CaO 75.16 12.14 3.67 1.37 1.43 3.79 Aspectos texturais da rocha Principais texturas e microestruturas: Xistosidade; Porfiroblástos poiquiloblásticos de granada euédrica Constituição mineralógica Essenciais/Principais Minerais Quartzo Plagioclásio Biotita Granada Opaco % volume 55 20 15 5 <1 Interpretação Protólito: Granítico Paragênese metamórfica: Quartzo, biotita, granada e Plagioclásio Processos deformacionais: Metamorfismo regional (xistosidade) K2O 1.48 TiO2 0.43 Be (ppm) 4.0 Cr (ppm) Acessórios V (ppm) 35.0 Alteração Clorita 5 Identificação Amostra: R-67 - Metapegmatito Procedência: FSR - 17 Aspectos texturais da rocha Principais texturas e microestruturas: Granolepidoblástica grossa, Extinção ondulante e quartzo fitado Constituição mineralógica Essenciais/Principais Minerais Quartzo Plagioclásio Biotita % volume 55 41 4 Interpretação Protólito: Granítico Paragênese metamórfica: Quartzo, plagioclásioe biotita Processos deformacionais: Metamorfismo regional - orientação da biotita e deformação do quartzo Acessórios Alteração Sericita Identificação Amostra: R-68 - Cianita xisto com sillimanita Procedência: FSR - 17 Aspectos texturais da rocha Principais texturas e microestruturas: Xistosidade milonítica (S-C) Constituição mineralógica Minerais % volume Quartzo 45 Essenciais/Principais Biotita Cianita 35 10 Acessórios Plagioclásio Sillimanita 7 3 Interpretação Alteração Grothita <1 Clorita <1 Protólito: Pelítico aluminoso Paragênese metamórfica: Quartzo, biotita, cianita, plagioclásio e sillimanita Processos deformacionais: Metamorfismo regional de médio grau Identificação Amostra: R-69 - Anfibolito Procedência: FSR - 17 Aspectos texturais da rocha Principais texturas e microestruturas: Textrua granonematoblástica e extinção ondulante Constituição mineralógica Essenciais/Principais Minerais Hornblenda Quartzo Plagioclásio Opaco Rutilo % volume 80 10 7 2 1 Interpretação Protólito: Máfica Paragênese metamórfica: Hornblenda, quartzo e plagioclásio Processos deformacionais: Metamorfismo regional (textura orientada e deformação do quartzo e plagioclásio) Acessórios Zircão <1 Alteração Identificação Amostra: R-71 - Metapegmatito Procedência: FSR - 17 Aspectos texturais da rocha Principais texturas e microestruturas: Textura granoblástica, intensamente recristalizada Constituição mineralógica Essenciais/Principais Minerais Microclina Plagioclásio Quartzo Biotita % volume 40 35 20 4 Interpretação Protólito: Granítico Paragênese metamórfica: Microclina, Plagioclásio, quartzo e biotita Processos deformacionais: Metamorfismo regional 112 Acessórios Alteração Sericita 1 Identificação Amostra: R-72 - Meta-pegmatito/granito de granulação grossa Procedência: FSR - 1 Geoquímica SiO2 Na2O Al2O3 Fe2O3 K2O ACME-LABS MgO CaO 75.70 11.92 2.63 0.05 0.57 3.57 4.97 Aspectos texturais da rocha Principais texturas e microestruturas: Granoblástica média a grossa intensamente recristalizada Constituição mineralógica Essenciais/Principais Acessórios Minerais Microclina Plagioclásio Quartzo Biotita Opaco Titanita Apatita % volume 40 30 20 6 3 1 <1 Interpretação Protólito: Granítico Paragênese metamórfica: Microclina, Plagioclásio, quartzo e biotita Processos deformacionais: Metamorfismo regional TiO2 0.16 Be (ppm) Cr (ppm) V (ppm) 11.0 <Ld(5) Alteração Identificação Amostra: R-73 - Metagranito de grão fino Procedência: FSR - 1 Aspectos texturais da rocha Principais texturas e microestruturas: Granoblástica Constituição mineralógica Minerais % volume Plagioclásio 50 Essenciais/Principais K-feldspato Quartzo 20 20 Acessórios Biotita 5 Zircão <1 Interpretação Alteração Titanita <1 Sericita 5 Protólito: Granítico Paragênese metamórfica: Plagioclásio, k-feldspato, quartzo e biotita Processos deformacionais: Metamorfismo regional Identificação Amostra: R-74 - Procedência: Mina da Rocha Aspectos texturais da rocha Principais texturas e microestruturas: Constituição mineralógica Minerais Essenciais/Principais Acessórios Alteração Mg-Clorita Clorita % volume Interpretação Protólito: Paragênese metamórfica: Processos deformacionais: Identificação Amostra: R-76 - Procedência: Mina da Rocha Aspectos texturais da rocha Principais texturas e microestruturas: Constituição mineralógica Minerais Biotita Essenciais/Principais Quartzo Cianita Acessórios Sillimanita Alteração Plagioclásio % volume Interpretação Protólito: Paragênese metamórfica: Processos deformacionais: Identificação Amostra: B-1 - Procedência: FSR - Mina Belmont SiO2 71.12 71.66* ACME-LABS ICP-OES LGQA/DEGEO Al2O3 12.30 12.90 Fe2O3 5.51 5.40 Geoquímica Na2O MgO CaO 0.17 2.23 3.25 0.16 2.14 3.27 Aspectos texturais da rocha K2O 4.34 3.86 TiO2 0.49 0.46 Be (ppm) 4.0 1.0 Cr (ppm) 2.3 V (ppm) <Ld(5) 27.8 Principais texturas e microestruturas: Constituição mineralógica Minerais Plagioclásio Essenciais/Principais Microclina Biotita Acessórios Quartzo Hornblenda % volume Interpretação Protólito: Paragênese metamórfica: Processos deformacionais: 113 Alteração Identificação Amostra: P-2 - Procedência: Garimpo de Monte Belo (Capoeirana) SiO2* 56.81 ICP-OES LGQA/DEGEO Al2O3 2.50 Fe2O3 15.84 Geoquímica Na2O MgO CaO 21.78 0.61 0.11 Aspectos texturais da rocha K2O 1.21 TiO2 0.4 Be (ppm) 5 Cr (ppm) 2092 V (ppm) 64 Principais texturas e microestruturas: Constituição mineralógica Minerais Anfibólio Essenciais/Principais Plagioclásio Acessórios Alteração % volume Interpretação Protólito: Paragênese metamórfica: Processos deformacionais: Identificação Amostra: CM-3A - Procedência: Garimpo do Geraldinho (Capoeirana) Aspectos texturais da rocha Principais texturas e microestruturas: Constituição mineralógica Minerais Hornblenda Essenciais/Principais Plagioclásio Quartzo Acessórios Alteração Opaco(ilme) % volume Interpretação Protólito: Paragênese metamórfica: Processos deformacionais: Identificação Amostra: CM-37B - Procedência: Garimpo do Geraldinho (Capoeirana) Aspectos texturais da rocha Principais texturas e microestruturas: Constituição mineralógica Minerais Plagioclásio Essenciais/Principais Microclina Quartzo Acessórios Alteração Biotita % volume Interpretação Protólito: Paragênese metamórfica: Processos deformacionais: Identificação Amostra: CM-37C - Procedência: Garimpo do Geraldinho (Capoeirana) Aspectos texturais da rocha Principais texturas e microestruturas: Constituição mineralógica Minerais Anfibólio Essenciais/Principais Plagioclásio Acessórios Alteração % volume Interpretação Protólito: Paragênese metamórfica: Processos deformacionais: Identificação Amostra: CM-37D - Anfibólio-granada xisto Procedência: Garimpo do Geraldinho (Capoeirana) Aspectos texturais da rocha Principais texturas e microestruturas: Constituição mineralógica Minerais Plagioclásio Essenciais/Principais Quartzo Granada Acessórios Alteração Biotita % volume Mineral/Elemento Biotita (média de 26) Granada (média de 24) Plagioclásio (MEV média de 5) K2O 8.38 n.a. Na2O 0.40 n.a. 0.00 7.48 Química Mineral (Microssonda e MEV) TiO2 SiO2 Cr2O3 FeO 19.73 1.18 37.32 0.01 31.06 0.03 37.59 0.01 0.00 0.00 59.20 n.d. Interpretação Protólito: Paragênese metamórfica: Processos deformacionais: 114 Al2O3 16.72 21.14 25.83 MgO 12.21 3.87 0.00 CaO n.a. 4.58 7.28 Identificação Amostra: CM-37E - Procedência: Garimpo do Geraldinho (Capoeirana) Aspectos texturais da rocha Principais texturas e microestruturas: Constituição mineralógica Minerais Anfibólio Essenciais/Principais Plagioclásio Biotita Acessórios Alteração Granada % volume Interpretação Protólito: Paragênese metamórfica: Processos deformacionais: Identificação Amostra: CM-38A - Procedência: Garimpo do Rei (Capoeirana) Aspectos texturais da rocha Principais texturas e microestruturas: Constituição mineralógica Minerais Plagioclásio Essenciais/Principais Quartzo Biotita Acessórios Alteração Granada % volume Interpretação Protólito: Paragênese metamórfica: Processos deformacionais: Identificação Amostra: CM-38C - Procedência: Garimpo do Rei (Capoeirana) Aspectos texturais da rocha Principais texturas e microestruturas: Constituição mineralógica Minerais Anfibólio Essenciais/Principais Plagioclásio Acessórios Alteração % volume Interpretação Protólito: Paragênese metamórfica: Processos deformacionais: Identificação Amostra: CM-39A - Procedência: Garimpo do Rei (Capoeirana) Aspectos texturais da rocha Principais texturas e microestruturas: Constituição mineralógica Minerais Quartzo Essenciais/Principais Plagioclásio Granada Acessórios Alteração Biotita % volume Interpretação Protólito: Paragênese metamórfica: Processos deformacionais: Identificação Amostra: CM-39B1 - Procedência: Garimpo do Rei (Capoeirana) Aspectos texturais da rocha Principais texturas e microestruturas: Constituição mineralógica Minerais Essenciais/Principais Acessórios % volume Interpretação Protólito: Paragênese metamórfica: Processos deformacionais: 115 Alteração Identificação Amostra: CM-47A - Procedência: Beira do Ribeirão do Peixe SiO2 65.87 ACME-LABS Al2O3 14.77 Fe2O3 6.55 Geoquímica Na2O MgO CaO 0.20 2.16 3.80 Aspectos texturais da rocha K2O 5.20 TiO2 0.56 Be (ppm) 6.0 Cr (ppm) V (ppm) <Ld(5) Principais texturas e microestruturas: Bandamento composicional Constituição mineralógica Minerais Microclina Essenciais/Principais Plagioclásio Biotita Acessórios Alteração Anfibólio % volume Interpretação Protólito: Paragênese metamórfica: Processos deformacionais: Identificação Amostra: CM-47B - Procedência: Beira do Ribeirão do Peixe Aspectos texturais da rocha Principais texturas e microestruturas: Bandamento composicional Constituição mineralógica Minerais Microclina Essenciais/Principais Plagioclásio Biotita Acessórios Alteração Anfibólio % volume Interpretação Protólito: Paragênese metamórfica: Processos deformacionais: Identificação Amostra: CM-47F - Procedência: Beira do Ribeirão do Peixe Aspectos texturais da rocha Principais texturas e microestruturas: Brechada/cataclástica Constituição mineralógica Minerais Plagioclásio Essenciais/Principais Quartzo Microclina Acessórios Alteração Biotita % volume Interpretação Protólito: Paragênese metamórfica: Processos deformacionais: Identificação Amostra: CM-47G - Procedência: Beira do Ribeirão do Peixe SiO2* 74.51 ICP-OES LGQA/DEGEO Al2O3 12.96 Fe2O3 3.48 Geoquímica Na2O MgO CaO 0.08 1.06 3.16 Aspectos texturais da rocha K2O 4.38 TiO2 0.3 Be (ppm) 4 Cr (ppm) <Ld(2,00) V (ppm) 16 Principais texturas e microestruturas: Bandamento composicional Constituição mineralógica Minerais Microclina Essenciais/Principais Plagioclásio Biotita Acessórios Alteração Anfibólio % volume Interpretação Protólito: Paragênese metamórfica: Processos deformacionais: Identificação Amostra: PI-2B - Procedência: Mina subterrânea da Piteiras SiO2* 63.99 ICP-OES LGQA/DEGEO Al2O3 18.15 Fe2O3 3.36 Geoquímica Na2O MgO CaO 4.19 3.72 3.02 Aspectos texturais da rocha K2O 2.96 TiO2 0.4 Be (ppm) 54 Cr (ppm) 41 V (ppm) 79 Principais texturas e microestruturas: Constituição mineralógica Minerais Plagioclásio Essenciais/Principais Quartzo Biotita Acessórios Granada % volume Interpretação Protólito: Paragênese metamórfica: Processos deformacionais: 116 Alteração Identificação Amostra: PI-2B1 - Procedência: Mina subterrânea da Piteiras Aspectos texturais da rocha Principais texturas e microestruturas: Constituição mineralógica Minerais Plagioclásio Essenciais/Principais Quartzo Biotita Acessórios Alteração Granada % volume Interpretação Protólito: Paragênese metamórfica: Processos deformacionais: Identificação Amostra: PI-3E - Procedência: Mina subterrânea da Piteiras SiO2 71.40 ACME-LABS Al2O3 13.69 Fe2O3 3.39 Geoquímica Na2O MgO CaO 2.39 3.07 3.52 Aspectos texturais da rocha K2O 1.63 TiO2 0.39 Be (ppm) Cr (ppm) 57.0 V (ppm) 48.0 Principais texturas e microestruturas: Constituição mineralógica Minerais Biotita Essenciais/Principais Granada Plagioclásio Acessórios Quartzo Alteração Opaco % volume Interpretação Protólito: Paragênese metamórfica: Processos deformacionais: Identificação Amostra: PI-4E - Procedência: Mina subterrânea da Piteiras SiO2* 54.84 ICP-OES LGQA/DEGEO Al2O3 8.71 Fe2O3 9.19 Geoquímica Na2O MgO CaO 17.49 5.72 0.44 Aspectos texturais da rocha K2O 2.97 TiO2 0.2 Be (ppm) 15 Cr (ppm) 1529 V (ppm) 113 Principais texturas e microestruturas: Constituição mineralógica Minerais Anfibólio Essenciais/Principais Biotita Plagioclásio Acessórios Alteração % volume Interpretação Protólito: Paragênese metamórfica: Processos deformacionais: Identificação Amostra: PI-4G - Procedência: Mina subterrânea da Piteiras SiO2 43.88 47.60* ACME-LABS ICP-OES LGQA/DEGEO Al2O3 15.45 15.20 Fe2O3 12.62 11.70 Geoquímica Na2O MgO CaO 16.92 0.65 1.18 15.50 0.58 1.17 Aspectos texturais da rocha K2O 7.39 7.76 TiO2 0.25 0.23 Be (ppm) 71.0 50.1 Cr (ppm) 1200.0 V (ppm) 93.0 98.8 Principais texturas e microestruturas: Constituição mineralógica Minerais Flogopita Essenciais/Principais Quartzo Plagioclásio Acessórios Sillimanita % volume Interpretação Protólito: Paragênese metamórfica: Processos deformacionais: 117 Alteração Identificação Amostra: PI-4I - Procedência: Mina subterrânea da Piteiras SiO2 49.45 ACME-LABS Al2O3 9.53 Fe2O3 10.36 Geoquímica Na2O MgO CaO 18.59 7.02 0.88 Aspectos texturais da rocha K2O 1.69 TiO2 0.22 Be (ppm) 11.0 Cr (ppm) V (ppm) 130.0 Principais texturas e microestruturas: Constituição mineralógica Minerais Flogopita Essenciais/Principais Plagioclásio Quartzo Acessórios Alteração % volume Interpretação Protólito: Paragênese metamórfica: Processos deformacionais: Identificação Amostra: PI-4Ka - Procedência: Mina subterrânea da Piteiras SiO2 64.01 ACME-LABS Al2O3 13.58 Fe2O3 9.24 Geoquímica Na2O MgO CaO 3.12 5.78 2.24 Aspectos texturais da rocha K2O 0.31 TiO2 1.07 Be (ppm) 4.0 Cr (ppm) V (ppm) 132.0 Principais texturas e microestruturas: Constituição mineralógica Minerais Plagioclásio Essenciais/Principais Granada Quartzo Acessórios Biotita Alteração Hornblenda % volume Interpretação Protólito: Paragênese metamórfica: Processos deformacionais: Identificação Amostra: PI-4Kb - Procedência: Mina subterrânea da Piteiras Aspectos texturais da rocha Principais texturas e microestruturas: Constituição mineralógica Minerais Plagioclásio Essenciais/Principais Granada Quartzo Acessórios Biotita Alteração Hornblenda % volume Interpretação Protólito: Paragênese metamórfica: Processos deformacionais: Identificação Amostra: PI-4Ma - ACME-LABS ICP-OES LGQA/DEGEO Procedência: Mina subterrânea da Piteiras SiO2 51.69 51.89* Al2O3 17.46 18.10 Fe2O3 8.97 8.85 Geoquímica Na2O MgO CaO 7.14 8.59 3.45 6.87 8.81 3.43 Aspectos texturais da rocha K2O 1.49 1.49 TiO2 0.45 0.42 Be (ppm) 32.0 28.1 Cr (ppm) 52.6 V (ppm) 188.0 191.0 Principais texturas e microestruturas: Constituição mineralógica Minerais Biotita Essenciais/Principais Plagioclásio Quartzo Acessórios Alteração % volume Interpretação Protólito: Paragênese metamórfica: Processos deformacionais: Identificação Amostra: PI-4Mb - Procedência: Mina subterrânea da Piteiras Aspectos texturais da rocha Principais texturas e microestruturas: Constituição mineralógica Minerais Biotita Essenciais/Principais Plagioclásio Quartzo Acessórios % volume Interpretação Protólito: Paragênese metamórfica: Processos deformacionais: 118 Alteração Identificação Amostra: PI-5C - Procedência: Mina subterrânea da Piteiras SiO2 48.84 ACME-LABS Al2O3 15.16 Fe2O3 11.53 Geoquímica Na2O MgO CaO 11.83 2.97 1.86 Aspectos texturais da rocha K2O 5.81 TiO2 0.7 Be (ppm) 75 Cr (ppm) V (ppm) 187 Principais texturas e microestruturas: Constituição mineralógica Minerais Biotita Essenciais/Principais Anfibólio Plagioclásio Acessórios Alteração Quartzo % volume Interpretação Protólito: Paragênese metamórfica: Processos deformacionais: Identificação Amostra: PI-5Fa - Procedência: Mina subterrânea da Piteiras SiO2 47.98 ACME-LABS Al2O3 13.75 Fe2O3 9.29 Geoquímica Na2O MgO CaO 14.53 7.70 2.02 Aspectos texturais da rocha K2O 2.72 TiO2 0.44 Be (ppm) 56.0 Cr (ppm) V (ppm) 127.0 Principais texturas e microestruturas: Constituição mineralógica Minerais Biotita Essenciais/Principais Plagioclásio Anfibólio Acessórios Plagioclásio Opaco Alteração Granada % volume Interpretação Protólito: Paragênese metamórfica: Processos deformacionais: Identificação Amostra: PI-5Fb - Procedência: Mina subterrânea da Piteiras Aspectos texturais da rocha Principais texturas e microestruturas: Constituição mineralógica Minerais Anfibólio Essenciais/Principais Flogopita Plagioclásio Acessórios Alteração Opaco % volume Interpretação Protólito: Paragênese metamórfica: Processos deformacionais: Identificação Amostra: PI-5L - Procedência: Mina subterrânea da Piteiras SiO2* 49.18 ICP-OES LGQA/DEGEO Al2O3 13.26 Fe2O3 10.49 Geoquímica Na2O MgO CaO 17.01 0.64 0.52 Aspectos texturais da rocha K2O 7.86 TiO2 0.2 Be (ppm) 42 Cr (ppm) 4515 V (ppm) 123 Principais texturas e microestruturas: Constituição mineralógica Minerais Flogopita Essenciais/Principais Quartzo Acessórios Pagioclásio Alteração Opaco % volume Interpretação Protólito: Paragênese metamórfica: Processos deformacionais: Identificação Amostra: PI-21 - Procedência: Mina subterrânea da Piteiras SiO2 48.97 ACME-LABS Al2O3 12.23 Fe2O3 9.87 Geoquímica Na2O MgO CaO 18.13 1.51 0.50 Aspectos texturais da rocha K2O 6.38 TiO2 0.33 Be (ppm) 13.0 Cr (ppm) V (ppm) 123.0 Principais texturas e microestruturas: Constituição mineralógica Minerais Flogopita Essenciais/Principais Quartzo Acessórios Plagioclásio % volume Interpretação Protólito: Paragênese metamórfica: Processos deformacionais: 119 Alteração Identificação Amostra: PI-23 - Procedência: Mina subterrânea da Piteiras SiO2* 57.63 ICP-OES LGQA/DEGEO Al2O3 13.60 Fe2O3 12.32 Geoquímica Na2O MgO CaO 9.36 2.14 3.53 Aspectos texturais da rocha K2O 0.08 TiO2 1.1 Be (ppm) <Ld(0,07) Cr (ppm) 101 V (ppm) 277 Principais texturas e microestruturas: Constituição mineralógica Minerais Flogopita Essenciais/Principais Quartzo Plagioclásio Acessórios Opaco Alteração Granada % volume Interpretação Protólito: Paragênese metamórfica: Processos deformacionais: Identificação Amostra: PI-41 - Procedência: Mina subterrânea da Piteiras SiO2 71.38 ACME-LABS Al2O3 12.71 Fe2O3 4.64 Geoquímica Na2O MgO CaO 3.00 1.49 3.26 Aspectos texturais da rocha K2O 2.46 TiO2 0.48 Be (ppm) 9.0 Cr (ppm) V (ppm) 42.0 Principais texturas e microestruturas: Constituição mineralógica Minerais Plagioclásio Essenciais/Principais Microclina Biotita Acessórios Alteração Quartzo % volume Interpretação Protólito: Paragênese metamórfica: Processos deformacionais: Identificação Amostra: PI-47 - Procedência: Mina subterrânea da Piteiras SiO2 49.51 ACME-LABS Al2O3 14.03 Fe2O3 11.85 Geoquímica Na2O MgO CaO 11.44 7.11 1.53 Aspectos texturais da rocha K2O 2.18 TiO2 0.41 Be (ppm) 11.0 Cr (ppm) V (ppm) 132.0 Principais texturas e microestruturas: Constituição mineralógica Minerais Anfibólio Essenciais/Principais Plagioclásio Quartzo Biotita Cianita?? Sillimanita? Acessórios Opaco Alteração % volume Interpretação Protólito: Paragênese metamórfica: Processos deformacionais: Identificação Amostra: PI-47.1 - Procedência: Mina subterrânea da Piteiras SiO2 76.60 ACME-LABS Al2O3 11.43 Fe2O3 2.80 Geoquímica Na2O MgO CaO 0.12 0.60 2.97 Aspectos texturais da rocha K2O 4.75 TiO2 0.21 Be (ppm) 9.0 Cr (ppm) V (ppm) <Ld(5) Principais texturas e microestruturas: Constituição mineralógica Minerais Plagioclásio Essenciais/Principais Microclina Quartzo Acessórios Biotita % volume Interpretação Protólito: Paragênese metamórfica: Processos deformacionais: 120 Alteração Identificação Amostra: PI-649(CE) - Procedência: Mina subterrânea da Piteiras SiO2 51.13 ACME-LABS Al2O3 10.05 Fe2O3 9.57 Geoquímica MgO CaO 17.77 1.82 Na2O 0.50 K2O 6.31 TiO2 0.28 Be (ppm) 47.0 Cr (ppm) V (ppm) 120.0 Identificação Amostra: PI-649(10cm) - Procedência: Mina subterrânea da Piteiras SiO2 51.68 ACME-LABS Al2O3 11.04 Fe2O3 9.36 Geoquímica Na2O MgO CaO 17.61 0.08 0.44 Aspectos texturais da rocha K2O 6.99 TiO2 0.27 Be (ppm) 9.0 Cr (ppm) V (ppm) 92.0 Principais texturas e microestruturas: Constituição mineralógica Minerais Flogopita Essenciais/Principais Plagioclásio Quartzo Acessórios Alteração % volume Interpretação Protólito: Paragênese metamórfica: Processos deformacionais: Identificação Amostra: PI-17NE(CE) - Procedência: Mina subterrânea da Piteiras SiO2 52.27 ACME-LABS Al2O3 9.73 Fe2O3 8.79 Geoquímica MgO CaO 17.06 4.25 Na2O 0.50 K2O 4.74 TiO2 0.24 Be (ppm) 69.0 Cr (ppm) V (ppm) 111.0 Identificação Amostra: PI-17NE(10cm) - Procedência: Mina subterrânea da Piteiras SiO2 48.47 49.26 ACME-LABS Al2O3 9.93 9.82 Fe2O3 9.34 9.32 Geoquímica Na2O MgO CaO 17.73 6.22 0.57 17.51 6.03 0.56 Aspectos texturais da rocha K2O 4.24 4.25 TiO2 0.25 0.25 Be (ppm) 34.0 32.0 Cr (ppm) V (ppm) 118.0 117.0 Principais texturas e microestruturas: Constituição mineralógica Minerais Anfibólio Essenciais/Principais Granada Flogopita Acessórios Quartzo Plagioclásio % volume Interpretação Protólito: Paragênese metamórfica: Processos deformacionais: * SiO2 calculado por diferença; n.a. elemento não analisado; n.d. elemento não detectado 121 Opaco Alteração BIOTITA SiO2 TiO2 Al2O3 Cr2O3 FeO MnO MgO Na2O K2O F H2O Total Si AlIV AlVI Ti Fe2 Cr Mn Mg Na K Cations OH 1 36.99 1.20 16.90 0.00 19.43 0.02 12.01 0.37 8.34 0.96 1.44 97.65 5.85 2.15 0.99 0.14 2.57 0.00 0.00 2.83 0.11 1.68 16.33 1.52 2 36.60 1.09 16.64 0.04 18.38 0.04 12.28 0.52 8.17 0.96 1.42 96.12 5.86 2.14 0.99 0.13 2.46 0.01 0.01 2.93 0.16 1.67 16.35 1.51 3 36.75 1.15 16.58 0.02 19.97 0.07 12.50 0.48 8.26 0.89 1.48 98.14 5.80 2.20 0.88 0.14 2.64 0.00 0.01 2.94 0.15 1.66 16.42 1.56 4 37.48 1.09 16.71 0.00 19.29 0.00 12.48 0.47 8.62 0.99 1.44 98.58 5.87 2.13 0.95 0.13 2.53 0.00 0.00 2.91 0.14 1.72 16.39 1.51 GRANADA SiO2 TiO2 Al2O3 Cr2O3 FeO MnO MgO CaO Total TSi TAl Sum_T AlVI Fe3 Ti Cr Sum_A Fe2 Mg Mn Ca Sum_B Sum_cat Alm And Gross Pyrope Spess Uvaro Xalm Xgrs Xprp Xsps Fe/(Fe+Mg) 1 37.073 0.015 20.921 0.000 31.400 0.716 3.615 4.630 98.370 2.998 0.002 3.000 1.990 0.005 0.001 0.000 1.995 2.119 0.436 0.049 0.401 3.005 8.000 61.384 0.305 17.179 18.994 2.138 0.000 0.616 0.172 0.191 0.021 0.705 2 36.315 0.055 21.402 0.027 31.444 0.808 3.531 4.041 97.600 2.960 0.040 3.000 2.014 0.012 0.003 0.002 2.031 2.132 0.429 0.056 0.353 2.969 8.000 64.337 0.741 14.171 18.265 2.375 0.111 0.649 0.143 0.184 0.024 0.718 3 36.897 0.070 21.111 0.000 31.386 0.844 3.681 4.174 98.160 2.990 0.010 3.000 2.004 0.000 0.004 0.000 2.008 2.127 0.445 0.058 0.362 2.992 8.000 62.473 0.000 15.722 19.292 2.513 0.000 0.625 0.157 0.193 0.025 0.711 4 36.937 0.023 21.025 0.018 30.976 0.691 3.601 4.523 97.780 3.002 0.000 3.002 2.012 0.000 0.001 0.001 2.015 2.105 0.436 0.048 0.394 2.983 8.000 70.577 0.000 13.145 14.626 1.595 0.058 0.706 0.132 0.146 0.016 0.706 CLORITA SiO2 TiO2 Al2O3 Cr2O3 FeO MnO MgO Na2O K2O F Total Si AlIV Sum_T AlVI Ti Fe2 Cr Mn Mg Na K Cations 1 20.745 0.020 23.390 0.000 36.881 0.099 7.387 0.039 0.006 0.000 88.567 4.652 3.348 8.000 2.829 0.003 6.917 0.000 0.019 2.470 0.017 0.002 20.257 2 23.285 0.076 21.101 0.000 29.743 0.000 15.386 0.010 0.023 0.220 89.844 4.946 3.054 8.000 2.224 0.012 5.283 0.000 0.000 4.872 0.004 0.006 20.401 3 25.062 0.082 21.999 0.000 27.990 0.071 13.141 0.008 0.016 0.035 88.404 5.307 2.693 8.000 2.793 0.013 4.957 0.000 0.013 4.148 0.003 0.004 19.931 5 36.87 1.07 16.77 0.00 19.44 0.04 12.85 0.59 8.60 0.84 1.51 98.57 5.79 2.21 0.89 0.13 2.55 0.00 0.01 3.01 0.18 1.72 16.48 1.58 CM - 37D CAMPO A 5 1mev 2mev 37.087 38.875 37.618 0.000 0.000 0.000 20.994 20.535 21.048 0.028 0.000 0.000 30.859 30.710 31.560 0.749 0.000 0.000 3.692 4.795 4.598 4.045 5.095 5.178 97.430 100.010 100.000 3.024 3.069 2.974 0.000 0.000 0.026 3.024 3.069 3.000 2.016 1.909 1.933 0.000 0.000 0.087 0.000 0.000 0.000 0.002 0.000 0.000 2.018 1.909 2.020 2.104 2.027 1.999 0.449 0.564 0.542 0.052 0.000 0.000 0.353 0.431 0.439 2.958 3.022 2.980 8.000 8.000 8.000 71.135 65.280 58.727 0.000 0.000 5.508 11.854 15.034 12.954 15.171 19.686 22.811 1.749 0.000 0.000 0.092 0.000 0.000 0.712 0.653 0.622 0.119 0.150 0.137 0.152 0.197 0.241 0.018 0.000 0.000 0.711 0.671 0.671 PLAGIOCLÁS1mev SiO2 57.520 Al2O3 25.580 CaO 7.640 Na2O 8.190 K2O 0.000 Total 98.930 Si 10.435 Al 5.465 Ca 1.485 Na 2.881 K 0.000 Cations 20.266 Ab 66.000 An 34.000 Or 0.000 122 BIOTITA SiO2 TiO2 Al2O3 Cr2O3 FeO MnO MgO Na2O K2O F H2O Total Si AlIV AlVI Ti Fe2 Cr Mn Mg Na K Cations OH 1 36.555 1.323 16.701 0.000 19.356 0.017 11.778 0.322 8.195 0.862 1.470 96.580 5.841 2.159 0.984 0.159 2.587 0.000 0.002 2.806 0.100 1.671 16.309 1.564 2 36.783 1.336 16.704 0.002 18.917 0.055 11.949 0.341 8.479 1.099 1.360 97.030 5.853 2.147 0.983 0.160 2.518 0.000 0.007 2.835 0.105 1.721 16.329 1.447 3 36.823 1.441 16.558 0.000 18.725 0.000 11.908 0.312 8.413 0.838 1.480 96.500 5.874 2.126 0.985 0.173 2.498 0.000 0.000 2.832 0.097 1.712 16.297 1.577 4 37.138 1.436 16.530 0.026 18.401 0.111 11.963 0.361 8.348 1.032 1.400 96.750 5.904 2.096 0.998 0.172 2.446 0.003 0.015 2.835 0.111 1.693 16.273 1.481 5 35.694 1.266 16.529 0.038 19.731 0.007 12.320 0.351 7.695 0.621 1.570 95.820 5.754 2.246 0.892 0.153 2.660 0.005 0.001 2.960 0.110 1.582 16.363 1.683 6 36.195 1.132 15.999 0.029 19.267 0.048 11.827 0.398 7.734 0.924 1.410 94.960 5.882 2.118 0.944 0.138 2.619 0.004 0.007 2.865 0.125 1.604 16.306 1.525 7 36.569 1.112 16.674 0.010 19.066 0.000 12.170 0.375 8.299 1.168 1.320 96.760 5.839 2.161 0.974 0.134 2.546 0.001 0.000 2.897 0.116 1.690 16.358 1.41 GRANADA SiO2 TiO2 Al2O3 Cr2O3 FeO MnO MgO CaO Total TSi TAl Sum_T AlVI Fe3 Ti Cr Sum_A Fe2 Mg Mn Ca Sum_B Sum_cat Alm And Gross Pyrope Spess Uvaro Xalm Xgrs Xprp Xsps Fe/(Fe+Mg) 1 36.974 0.051 20.982 0.000 31.067 0.858 3.464 4.565 97.960 3.003 0.000 3.003 2.007 0.000 0.003 0.000 2.010 2.110 0.419 0.059 0.397 2.986 8.000 70.672 0.000 13.304 14.047 1.977 0.000 0.707 0.133 0.140 0.020 0.707 2 36.860 0.007 21.359 0.000 31.213 0.800 3.721 4.396 98.360 2.977 0.023 3.000 2.008 0.008 0.000 0.000 2.017 2.100 0.448 0.055 0.380 2.983 8.000 62.191 0.505 15.781 19.180 2.343 0.000 0.625 0.159 0.193 0.024 0.704 3 37.263 0.000 20.733 0.000 31.180 0.749 3.660 4.554 98.140 3.020 0.000 3.020 1.979 0.000 0.000 0.000 1.979 2.113 0.442 0.051 0.395 3.002 8.000 70.078 0.000 13.309 14.883 1.730 0.000 0.701 0.133 0.149 0.017 0.704 4 37.098 0.001 20.877 0.000 31.052 0.707 3.889 4.091 97.710 3.015 0.000 3.015 1.998 0.000 0.000 0.000 1.998 2.111 0.471 0.049 0.356 2.987 8.000 70.666 0.000 11.928 15.776 1.630 0.000 0.707 0.119 0.158 0.016 0.707 5 37.116 0.022 20.865 0.000 31.132 0.675 4.005 4.053 97.870 3.011 0.000 3.011 1.993 0.000 0.001 0.000 1.995 2.112 0.484 0.046 0.352 2.995 8.000 70.518 0.000 11.762 16.171 1.549 0.000 0.705 0.118 0.162 0.015 0.705 6 37.141 0.038 21.174 0.000 30.149 0.485 3.939 5.548 98.470 2.985 0.015 3.000 1.989 0.016 0.002 0.000 2.007 2.011 0.472 0.033 0.478 2.993 8.000 58.173 1.007 19.327 20.088 1.405 0.000 0.588 0.195 0.203 0.014 0.672 7 36.600 0.141 21.043 0.000 31.468 0.920 3.225 4.474 97.870 2.982 0.018 3.000 2.001 0.000 0.009 0.000 2.010 2.144 0.392 0.063 0.391 2.990 8.000 63.276 0.000 16.958 17.009 2.757 0.000 0.633 0.170 0.170 0.028 0.717 8 36.454 1.110 16.613 0.000 19.356 0.061 12.284 0.298 8.644 1.106 1.360 97.290 5.810 2.190 0.928 0.133 2.580 0.000 0.008 2.919 0.092 1.758 16.418 1.443 2mev 3mev 4mev PLAGIOCLÁS1mev SiO2 59.740 59.040 59.220 60.500 Al2O3 25.830 25.990 25.960 25.770 CaO 7.240 7.770 6.870 6.880 Na2O 7.200 7.200 7.960 6.850 K2O 0.000 0.000 0.000 0.000 Total 100.010 100.000 100.010 100.000 Si 10.627 10.534 10.562 10.721 Al 5.411 5.461 5.453 5.378 Ca 1.380 1.485 1.313 1.306 Na 2.483 2.491 2.753 2.354 K 0.000 0.000 0.000 0.000 Cations 19.901 19.971 20.081 19.759 Ab 64.300 62.700 67.700 64.300 An 35.700 37.300 32.300 35.700 Or 0.000 0.000 0.000 0.000 9 37.316 1.259 16.628 0.025 18.833 0.000 12.504 0.374 8.544 0.990 1.440 97.910 5.872 2.128 0.953 0.149 2.478 0.003 0.000 2.933 0.114 1.715 16.345 1.507 10 37.667 1.359 16.668 0.000 19.280 0.000 12.405 0.497 8.703 1.078 1.410 99.070 5.873 2.127 0.934 0.159 2.514 0.000 0.000 2.884 0.150 1.731 16.372 1.468 11 38.305 1.492 16.495 0.005 19.056 0.035 12.645 0.416 8.597 0.897 1.510 99.450 5.924 2.076 0.928 0.174 2.464 0.001 0.005 2.915 0.125 1.696 16.308 1.561 CM - 37D CAMPO B 123 12 38.101 1.465 16.418 0.000 18.939 0.120 12.631 0.472 8.715 1.144 1.390 99.400 5.912 2.088 0.912 0.171 2.458 0.000 0.016 2.922 0.142 1.725 16.346 1.439 13 36.986 1.236 16.046 0.046 19.668 0.051 12.981 0.411 8.527 0.846 1.500 98.300 5.829 2.171 0.807 0.147 2.592 0.006 0.007 3.050 0.126 1.714 16.449 1.578 14 36.858 1.122 16.374 0.030 20.248 0.000 13.257 0.427 7.895 0.958 1.460 98.630 5.785 2.215 0.812 0.132 2.658 0.004 0.000 3.102 0.130 1.581 16.419 1.524 15 1mev 37.215 39.81 1.155 0.00 16.467 17.73 0.000 0.00 19.906 19.60 0.000 0.00 12.795 14.23 0.552 0.00 8.552 8.64 0.896 0.00 1.490 0.00 99.030 100.01 5.823 5.94 2.177 2.06 0.857 1.06 0.136 0.00 2.605 2.45 0.000 0.00 0.000 0.00 2.984 3.17 0.167 0.00 1.707 1.65 16.456 16.32 1.557 0.00 BIOTITA SiO2 TiO2 Al2O3 Cr2O3 FeO MnO MgO Na2O K2O F Total Si AlIV AlVI Ti Fe2 Cr Mn Mg Na K Cations GRANADA SiO2 TiO2 Al2O3 Cr2O3 FeO MnO MgO CaO Total TSi TAl Sum_T AlVI Fe3 Ti Cr Sum_A Fe2 Mg Mn Ca Sum_B Sum_cat Alm And Gross Pyrope Spess Uvaro Xalm Xgrs Xprp Xsps Fe/(Fe+Mg) 1 36.446 1.193 16.487 0.022 18.869 0.015 12.138 0.367 8.170 0.597 94.300 5.849 2.151 0.965 0.144 2.532 0.003 0.002 2.904 0.114 1.673 16.337 2 36.430 1.110 16.468 0.000 19.186 0.009 12.405 0.291 7.956 0.935 94.790 5.837 2.163 0.944 0.134 2.571 0.000 0.001 2.963 0.090 1.626 16.329 3 37.301 1.179 16.098 0.013 20.005 0.055 13.104 0.502 8.363 0.758 97.380 5.837 2.163 0.803 0.139 2.618 0.002 0.007 3.057 0.152 1.669 16.447 4 1mev 38.114 38.41 1.163 0.00 16.397 16.90 0.035 0.00 19.108 20.82 0.000 0.00 12.837 14.23 0.449 0.00 8.645 9.64 1.101 0.00 97.850 100.00 5.920 5.83 2.080 2.17 0.919 0.85 0.136 0.00 2.482 2.64 0.004 0.00 0.000 0.00 2.972 3.22 0.135 0.00 1.713 1.87 16.361 16.59 1 37.483 0.060 21.333 0.001 32.305 0.753 3.349 4.907 100.190 2.982 0.018 3.000 1.981 0.024 0.004 0.000 2.008 2.125 0.397 0.051 0.418 2.992 8.000 62.558 1.552 16.524 17.169 2.193 0.004 0.635 0.168 0.174 0.022 0.710 2 37.720 0.056 21.361 0.006 30.941 0.627 3.779 5.544 100.030 2.991 0.009 3.000 1.985 0.011 0.003 0.000 2.000 2.040 0.447 0.042 0.471 3.000 8.000 58.777 0.730 19.475 19.186 1.809 0.024 0.592 0.196 0.193 0.018 0.680 3 37.589 0.019 21.245 0.021 30.663 0.569 3.796 5.567 99.450 2.995 0.005 3.000 1.989 0.006 0.001 0.001 1.997 2.038 0.451 0.038 0.475 3.003 8.000 58.495 0.362 20.002 19.402 1.652 0.085 0.588 0.201 0.195 0.017 0.679 4 37.438 0.012 21.445 0.026 30.087 0.534 3.889 5.548 98.950 2.993 0.007 3.000 2.012 0.000 0.001 0.002 2.014 2.011 0.463 0.036 0.475 2.986 8.000 67.357 0.000 15.830 15.520 1.211 0.083 0.674 0.158 0.155 0.012 0.674 5 37.719 0.071 21.477 0.000 29.933 0.502 3.899 5.753 99.350 3.003 0.000 3.003 2.013 0.000 0.004 0.000 2.018 1.993 0.463 0.034 0.491 2.980 8.000 66.871 0.000 16.466 15.527 1.136 0.000 0.669 0.165 0.155 0.011 0.669 6 37.548 0.005 21.387 0.000 31.599 0.845 3.642 4.341 99.370 3.005 0.000 3.005 2.016 0.000 0.000 0.000 2.016 2.115 0.435 0.057 0.372 2.979 8.000 70.995 0.000 12.495 14.586 1.923 0.000 0.710 0.125 0.146 0.019 0.710 7 37.716 0.032 21.478 0.000 31.865 0.793 3.330 4.697 99.910 3.007 0.000 3.007 2.016 0.000 0.002 0.000 2.018 2.124 0.396 0.054 0.401 2.975 8.000 71.411 0.000 13.486 13.303 1.800 0.000 0.714 0.135 0.133 0.018 0.714 8 1mev 2mev 37.789 43.167 38.206 0.039 0.000 0.000 21.737 20.337 21.606 0.031 0.000 0.000 31.319 31.439 29.666 0.691 0.000 0.000 3.908 5.047 4.926 4.700 0.000 5.596 100.180 99.990 100.000 2.991 3.421 3.002 0.009 0.000 0.000 3.000 3.421 3.002 2.017 1.898 2.000 0.000 0.000 0.000 0.002 0.000 0.000 0.002 0.000 0.000 2.021 1.898 2.000 2.073 2.084 1.950 0.461 0.596 0.577 0.046 0.000 0.000 0.399 0.000 0.471 2.979 2.680 2.998 8.000 8.000 8.000 69.588 77.751 65.034 0.000 0.000 0.000 13.281 0.000 15.717 15.478 22.249 19.250 1.555 0.000 0.000 0.098 0.000 0.000 0.697 0.778 0.650 0.133 0.000 0.157 0.155 0.222 0.192 0.016 0.000 0.000 0.696 0.778 0.650 ANFIBÓLIO 1mev 2mev 3mev SiO2 42.05 42.48 40.72 Al2O3 15.21 14.42 15.89 Fe2O3 23.08 20.73 21.46 MgO 7.62 8.83 8.81 CaO 9.24 10.78 10.20 Na2O 2.79 2.15 2.91 K2O 0.00 0.60 0.00 Total 99.99 99.99 99.99 Si 6.01 6.07 5.83 IV Al 1.99 1.93 2.17 VI Al 0.57 0.49 0.51 Fe3+ 2.48 2.23 2.31 Mg 1.62 1.88 1.88 Ca 1.41 1.65 1.56 Na (B) 0.59 0.35 0.44 Na (A) 0.19 0.24 0.37 K 0.00 0.11 0.00 CM - 37D CAMPO C PLAGIOCLÁSIO Sample Mev1 Mev2 Mev3 SiO2 58.57 59.93 61.66 Al2O3 25.44 25.15 24.47 CaO 7.60 6.58 6.23 Na2O 8.40 8.34 7.64 K2O 0.00 0.00 0.00 Total 100.01 100.00 100.00 Si 10.51 10.69 10.92 Al 5.37 5.28 5.10 Ca 1.46 1.26 1.18 Na 2.92 2.88 2.62 K 0.00 0.00 0.00 Cations 20.26 20.11 19.83 Ab 66.70 69.60 68.90 An 33.30 30.40 31.10 Or 0.00 0.00 0.00 124 BIOTITA SiO2 TiO2 Al2O3 Cr2O3 FeO MnO MgO Na2O K2O F Total Si AlIV AlVI Ti Fe2 Cr Mn Mg Na K Cations GRANADA SiO2 TiO2 Al2O3 Cr2O3 FeO MnO MgO CaO Total TSi TAl Sum_T AlVI Fe3 Ti Cr Sum_A Fe2 Mg Mn Ca Sum_B Sum_cat Alm And Gross Pyrope Spess Uvaro Xalm Xgrs Xprp Xsps Fe/(Fe+Mg) ESTAUROLI SiO2 TiO2 Al2O3 Cr2O3 FeO MnO MgO CaO Total Si Al Ti Fe2 Cr Mn Mg Ca Cations 1 33.770 0.723 20.019 0.021 17.046 0.000 15.989 0.314 5.757 0.319 93.960 5.316 2.684 1.027 0.086 2.244 0.003 0.000 3.752 0.096 1.156 16.364 2 37.545 1.282 18.575 0.032 16.885 0.067 13.193 0.512 8.560 0.325 96.980 5.768 2.232 1.129 0.148 2.169 0.004 0.009 3.022 0.153 1.678 16.312 3 37.525 1.082 18.593 0.000 17.364 0.001 13.044 0.515 8.747 0.143 97.010 5.769 2.231 1.135 0.125 2.233 0.000 0.000 2.990 0.154 1.716 16.353 4 37.770 1.200 18.627 0.000 15.447 0.038 14.134 0.402 8.790 0.155 96.560 5.780 2.220 1.137 0.138 1.977 0.000 0.005 3.224 0.119 1.716 16.316 5 36.978 1.201 18.172 0.000 17.114 0.032 13.247 0.340 8.417 0.359 95.860 5.759 2.241 1.092 0.141 2.229 0.000 0.004 3.076 0.103 1.672 16.317 6 37.124 1.259 18.550 0.000 16.737 0.000 13.204 0.467 8.560 0.232 96.130 5.748 2.252 1.131 0.147 2.167 0.000 0.000 3.048 0.140 1.691 16.324 7 37.890 1.228 19.091 0.009 16.007 0.000 13.647 0.395 8.673 0.107 97.050 5.770 2.230 1.194 0.141 2.038 0.001 0.000 3.098 0.117 1.685 16.274 8 34.261 0.881 19.554 0.024 18.047 0.000 14.797 0.320 6.125 0.029 94.040 5.404 2.596 1.036 0.105 2.381 0.003 0.000 3.479 0.098 1.232 16.334 9 37.377 1.032 18.802 0.010 17.066 0.044 13.261 0.520 8.586 0.550 97.250 5.746 2.254 1.150 0.119 2.194 0.001 0.006 3.039 0.155 1.684 16.348 10 36.583 1.146 19.066 0.013 17.219 0.000 12.278 0.333 8.119 0.211 94.970 5.731 2.269 1.248 0.135 2.256 0.002 0.000 2.867 0.101 1.623 16.232 11 37.386 1.146 19.341 0.000 17.342 0.022 12.264 0.316 8.451 0.151 96.420 5.763 2.237 1.274 0.133 2.236 0.000 0.003 2.818 0.094 1.662 16.220 12 37.790 0.933 18.222 0.000 15.447 0.000 13.006 0.253 8.299 0.204 94.150 5.911 2.089 1.267 0.110 2.021 0.000 0.000 3.033 0.077 1.656 16.164 13 37.615 1.028 19.945 0.006 15.702 0.000 13.130 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2.987 0.013 3.000 1.983 0.020 0.001 0.003 2.006 2.039 0.743 0.016 0.197 2.994 8.000 59.141 1.252 6.993 31.771 0.679 0.163 0.600 0.071 0.322 0.007 0.681 1 37.951 0.000 21.546 0.000 32.626 0.468 5.395 1.938 99.920 3.002 0.000 3.002 2.007 0.000 0.000 0.000 2.007 2.159 0.636 0.031 0.164 2.990 8.000 72.182 0.000 5.493 21.277 1.049 0.000 0.722 0.055 0.213 0.010 0.722 BIOTITA SiO2 TiO2 Al2O3 Cr2O3 FeO MnO MgO Na2O K2O F Total Si AlIV AlVI Ti Fe2 Cr Mn Mg Na K Cations 1 36.279 1.209 18.337 0.000 15.455 0.135 14.390 0.334 8.258 0.190 94.590 5.681 2.319 1.062 0.142 2.024 0.000 0.018 3.359 0.101 1.650 16.356 2 36.630 1.381 18.119 0.035 15.673 0.000 13.887 0.398 8.771 0.295 95.190 5.723 2.277 1.057 0.162 2.048 0.004 0.000 3.235 0.121 1.748 16.375 3 37.654 1.186 18.850 0.018 16.936 0.000 13.536 0.463 8.684 0.366 97.690 5.744 2.256 1.130 0.136 2.161 0.002 0.000 3.078 0.137 1.690 16.334 4 37.237 1.280 18.503 0.000 16.405 0.083 13.273 0.509 8.530 0.241 96.060 5.762 2.238 1.134 0.149 2.123 0.000 0.011 3.062 0.153 1.684 16.316 GRANADA SiO2 TiO2 Al2O3 Cr2O3 FeO MnO MgO CaO Total TSi TAl Sum_T AlVI Fe3 Ti Cr Sum_A Fe2 Mg Mn Ca Sum_B Sum_cat Alm And Gross Pyrope Spess Uvaro Xalm Xgrs Xprp Xsps Fe/(Fe+Mg 1 37.26 0.03 22.17 0.00 31.35 0.41 5.25 2.52 98.98 2.97 0.03 3.00 2.05 0.00 0.00 0.00 2.05 2.09 0.62 0.03 0.22 2.95 8.00 70.69 0.00 7.27 21.11 0.93 0.00 0.707 0.073 0.211 0.009 0.707 2 37.55 0.04 21.68 0.00 32.56 0.43 4.69 2.91 99.86 2.98 0.02 3.00 2.01 0.00 0.00 0.00 2.01 2.16 0.55 0.03 0.25 2.99 8.00 64.00 0.24 10.49 24.01 1.26 0.00 0.642 0.105 0.241 0.013 0.722 3 37.43 0.06 21.44 0.00 33.88 0.59 4.39 2.61 100.39 2.97 0.03 3.00 1.97 0.05 0.00 0.00 2.02 2.20 0.52 0.04 0.22 2.98 8.00 66.28 3.22 6.35 22.43 1.71 0.00 0.685 0.066 0.232 0.018 0.738 4 37.09 0.16 21.30 0.00 33.22 0.51 4.15 2.74 99.16 2.98 0.02 3.00 1.99 0.00 0.01 0.00 2.01 2.23 0.50 0.03 0.24 2.99 8.00 66.29 0.28 10.09 21.82 1.52 0.00 0.665 0.101 0.219 0.015 0.744 ESTAURO SiO2 TiO2 Al2O3 Cr2O3 FeO MnO MgO CaO Total Si Al Ti Fe2 Cr Mn Mg Ca Cations 1 26.331 0.424 52.048 0.000 14.298 0.042 2.535 0.000 95.680 7.845 18.262 0.095 3.563 0.000 0.011 1.126 0.000 30.902 2 26.495 0.615 51.742 0.038 14.511 0.071 2.680 0.003 96.160 7.867 18.094 0.137 3.604 0.009 0.018 1.186 0.001 30.916 3 26.389 0.582 51.965 0.001 13.924 0.025 2.609 0.004 95.500 7.863 18.234 0.130 3.469 0.000 0.006 1.159 0.001 30.862 4 26.265 0.555 51.911 0.000 14.188 0.062 2.523 0.000 95.500 7.839 18.245 0.125 3.541 0.000 0.016 1.122 0.000 30.888 5 Mev1 Mev2 36.496 33.84 40.20 0.581 0.00 0.00 19.027 23.05 19.52 0.000 0.00 0.00 17.004 19.15 15.94 0.000 0.00 0.00 14.184 21.73 15.98 0.309 0.00 0.00 8.717 2.23 8.37 0.288 0.00 0.00 96.610 100.00 100.01 5.644 4.92 5.87 2.356 3.08 2.13 1.109 0.86 1.23 0.068 0.00 0.00 2.199 2.33 1.95 0.000 0.00 0.00 0.000 0.00 0.00 3.270 4.71 3.48 0.093 0.00 0.00 1.720 0.41 1.56 16.459 16.31 16.22 5 37.71 0.07 21.18 0.04 31.31 0.39 5.37 2.86 98.89 3.01 0.00 3.01 1.99 0.00 0.00 0.00 2.00 2.09 0.64 0.03 0.24 3.00 8.00 69.60 0.00 8.04 21.35 0.89 0.12 0.697 0.081 0.214 0.009 0.697 6 37.25 0.06 21.18 0.00 33.27 0.30 4.34 2.89 99.29 2.98 0.02 3.00 1.98 0.02 0.00 0.00 2.01 2.21 0.52 0.02 0.25 2.99 8.00 65.57 1.45 9.41 22.67 0.90 0.00 0.665 0.095 0.230 0.009 0.737 R-30 CMP B 7 37.49 0.06 21.65 0.00 31.14 0.25 5.59 3.41 99.59 2.96 0.04 3.00 1.98 0.05 0.00 0.00 2.03 2.01 0.66 0.02 0.29 2.97 8.00 59.62 3.13 8.96 27.57 0.71 0.00 0.616 0.092 0.285 0.007 0.676 Mev2 PLAGIOCLMev1 SiO2 59.44 60.64 Al2O3 25.03 24.63 CaO 6.45 6.04 Na2O 8.30 8.69 K2O 0.00 0.00 Total 100.01 100.00 Si 10.64 10.80 Al 5.28 5.16 Ca 1.24 1.15 Na 2.88 3.00 K 0.00 0.00 Cations 20.15 20.11 Ab 70.00 72.30 An 30 27.7 Or 0 0 126 BIOTITA SiO2 TiO2 Al2O3 Cr2O3 FeO MnO MgO Na2O K2O F Total Si AlIV AlVI Ti Fe2 Cr Mn Mg Na K Cations GRANADA SiO2 TiO2 Al2O3 Cr2O3 FeO MnO MgO CaO Total TSi TAl Sum_T AlVI Fe3 Ti Cr Sum_A Fe2 Mg Mn Ca Sum_B Sum_cat Alm And Gross Pyrope Spess Uvaro Xalm Xgrs Xprp Xsps Fe/(Fe+Mg 1 36.284 1.373 18.684 0.015 17.255 0.000 12.392 0.319 8.368 0.260 94.950 5.707 2.293 1.168 0.162 2.270 0.002 0.000 2.905 0.097 1.679 16.283 2 36.013 1.280 18.372 0.000 16.141 0.000 12.394 0.290 8.528 0.230 93.250 5.747 2.253 1.200 0.154 2.154 0.000 0.000 2.948 0.090 1.736 16.282 3 32.579 1.311 18.725 0.000 18.065 0.030 13.859 0.214 6.327 0.000 91.110 5.342 2.658 0.958 0.162 2.477 0.000 0.004 3.388 0.068 1.323 16.380 4 35.911 1.170 18.084 0.008 16.541 0.067 12.688 0.368 8.459 0.107 93.400 5.731 2.269 1.130 0.140 2.208 0.001 0.009 3.018 0.114 1.722 16.342 5 36.752 1.163 18.140 0.018 17.898 0.025 13.459 0.438 8.407 0.099 96.400 5.704 2.296 1.020 0.136 2.323 0.002 0.003 3.114 0.132 1.665 16.395 6 36.951 1.172 18.019 0.000 16.899 0.041 13.163 0.414 8.697 0.300 95.660 5.771 2.229 1.085 0.138 2.207 0.000 0.005 3.065 0.125 1.733 16.358 7 37.286 1.317 18.010 0.000 17.284 0.039 13.509 0.448 8.625 0.305 96.820 5.757 2.243 1.032 0.153 2.232 0.000 0.005 3.109 0.134 1.699 16.364 1 37.552 0.006 21.698 0.015 32.238 0.331 5.808 2.546 100.180 2.953 0.047 3.000 1.962 0.078 0.000 0.001 2.041 2.042 0.681 0.022 0.214 2.959 8.000 61.715 4.892 4.001 28.413 0.920 0.058 0.649 0.042 0.299 0.010 0.690 2 37.427 0.128 21.296 0.013 33.237 0.425 5.021 2.563 100.100 2.965 0.035 3.000 1.951 0.062 0.008 0.001 2.022 2.139 0.593 0.029 0.218 2.978 8.000 64.017 4.019 5.259 25.430 1.223 0.052 0.667 0.055 0.265 0.013 0.718 3 37.276 0.015 21.667 0.011 32.378 0.373 5.814 2.009 99.530 2.952 0.048 3.000 1.972 0.067 0.001 0.001 2.041 2.077 0.686 0.025 0.170 2.959 8.000 63.019 4.231 2.874 28.784 1.049 0.043 0.658 0.030 0.301 0.011 0.702 4 37.249 0.142 21.546 0.012 33.061 0.505 5.192 1.964 99.660 2.960 0.040 3.000 1.977 0.039 0.008 0.001 2.025 2.159 0.615 0.034 0.167 2.975 8.000 64.968 2.501 4.627 26.397 1.459 0.049 0.667 0.047 0.271 0.015 0.726 5 37.301 0.053 21.569 0.000 31.791 0.295 5.615 2.882 99.510 2.953 0.047 3.000 1.965 0.070 0.003 0.000 2.037 2.036 0.663 0.020 0.244 2.963 8.000 61.240 4.360 5.863 27.711 0.827 0.000 0.640 0.061 0.290 0.009 0.687 6 37.456 0.069 21.649 0.002 31.535 0.284 6.112 3.275 100.380 2.931 0.069 3.000 1.926 0.129 0.004 0.000 2.059 1.935 0.713 0.019 0.275 2.941 8.000 59.117 7.864 3.283 28.964 0.765 0.008 0.642 0.036 0.314 0.008 0.658 7 37.361 0.055 21.478 0.000 30.977 0.197 6.007 2.930 99.010 2.963 0.037 3.000 1.969 0.055 0.003 0.000 2.027 2.000 0.710 0.013 0.249 2.973 8.000 59.258 3.433 6.998 29.756 0.554 0.000 0.614 0.072 0.308 0.006 0.673 8 37.023 1.235 17.903 0.037 17.300 0.000 13.375 0.429 8.662 0.361 96.330 5.755 2.245 1.033 0.144 2.249 0.005 0.000 3.100 0.129 1.718 16.378 9 37.037 1.300 18.061 0.000 17.258 0.000 13.347 0.484 8.625 0.113 96.220 5.745 2.255 1.044 0.152 2.239 0.000 0.000 3.087 0.146 1.707 16.375 R-30 CMP C mev2 PLAGIOCLmev1 SiO2 60.56 60.99 Al2O3 24.97 24.34 CaO 6.17 5.79 Na2O 8.30 8.88 K2O 0.00 0.00 Total 100.00 100.00 Si 10.77 10.85 Al 5.23 5.10 Ca 1.18 1.10 Na 2.86 3.06 K 0.00 0.00 Cations 20.04 20.12 Ab 70.90 73.50 An 29.10 26.50 Or 0.00 0.00 127 BIOTITA SiO2 TiO2 Al2O3 Cr2O3 FeO MnO MgO Na2O K2O F Total Si AlIV AlVI Ti Fe2 Cr Mn Mg Na K Cations GRANADA SiO2 TiO2 Al2O3 Cr2O3 FeO MnO MgO CaO Total TSi TAl Sum_T AlVI Fe3 Ti Cr Sum_A Fe2 Mg Mn Ca Sum_B Sum_cat Alm And Gross Pyrope Spess Uvaro Xalm Xgrs Xprp Xsps Fe/(Fe+Mg 1 38.119 1.221 19.686 0.000 16.110 0.006 13.184 0.608 8.937 0.226 98.100 5.756 2.244 1.257 0.139 2.035 0.000 0.001 2.968 0.178 1.722 16.300 2 38.001 1.156 19.772 0.047 14.900 0.156 13.558 0.513 8.720 0.173 97.000 5.764 2.236 1.296 0.132 1.890 0.006 0.020 3.066 0.151 1.687 16.248 3 37.488 1.182 19.831 0.000 15.435 0.030 12.898 0.555 9.015 0.244 96.680 5.738 2.262 1.313 0.136 1.976 0.000 0.004 2.943 0.165 1.760 16.297 1 37.316 0.000 21.787 0.012 31.665 3.067 4.222 2.523 100.580 2.954 0.046 3.000 1.985 0.054 0.000 0.001 2.040 2.042 0.498 0.206 0.214 2.960 8.000 61.658 3.389 5.503 20.813 8.590 0.047 0.639 0.057 0.216 0.089 0.690 2 37.875 0.000 21.777 0.014 30.527 2.112 5.361 2.512 100.160 2.984 0.016 3.000 2.005 0.004 0.000 0.001 2.010 2.008 0.630 0.141 0.212 2.990 8.000 58.273 0.251 8.698 26.738 5.985 0.056 0.585 0.087 0.268 0.060 0.671 3 38.001 0.000 21.819 0.000 30.345 1.695 5.799 2.556 100.220 2.984 0.016 3.000 2.001 0.009 0.000 0.000 2.010 1.983 0.679 0.113 0.215 2.990 8.000 57.429 0.590 8.504 28.709 4.768 0.000 0.578 0.086 0.289 0.048 0.663 4 Mev1 37.646 39.68 1.162 1.34 19.894 20.86 0.002 0.00 15.816 14.50 0.000 0.00 13.375 13.94 0.510 0.00 8.902 9.67 0.129 0.00 97.440 99.99 5.713 5.80 2.287 2.20 1.268 1.39 0.133 0.15 2.007 1.77 0.000 0.00 0.000 0.00 3.026 3.04 0.150 0.00 1.723 1.80 16.307 16.15 4 37.544 0.000 21.785 0.012 31.097 1.759 5.631 2.546 100.360 2.950 0.050 3.000 1.965 0.078 0.000 0.001 2.044 1.965 0.660 0.117 0.214 2.956 8.000 59.173 4.844 3.941 27.174 4.823 0.046 0.622 0.041 0.286 0.051 0.665 5 37.772 0.000 21.731 0.031 31.457 1.619 5.725 2.606 100.910 2.951 0.049 3.000 1.951 0.090 0.000 0.002 2.043 1.965 0.667 0.107 0.218 2.957 8.000 59.079 5.591 3.289 27.504 4.419 0.118 0.627 0.035 0.292 0.047 0.665 6 37.631 0.028 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TiO2 Al2O3 Cr2O3 FeO MnO MgO CaO Total TSi TAl Sum_T AlVI Fe3 Ti Cr Sum_A Fe2 Mg Mn Ca Sum_B Sum_cat Alm And Gross Pyrope Spess Uvaro Xalm Xgrs Xprp Xsps Fe/(Fe+Mg 1 37.763 1.455 19.650 0.016 15.092 0.000 13.200 0.490 9.096 0.150 96.910 5.750 2.250 1.273 0.167 1.922 0.002 0.000 2.996 0.145 1.767 16.272 2 25.653 0.060 24.189 0.011 19.442 0.041 18.764 0.003 0.022 0.000 88.190 4.261 3.739 0.993 0.007 2.701 0.001 0.006 4.646 0.001 0.005 16.360 3 26.003 0.042 24.663 0.000 19.428 0.087 19.009 0.000 0.030 0.064 89.330 4.261 3.739 1.020 0.005 2.662 0.000 0.012 4.644 0.000 0.006 16.349 4 34.462 0.071 20.556 0.075 7.008 0.210 0.428 0.178 0.054 0.346 63.390 7.055 0.945 4.011 0.011 1.200 0.012 0.036 0.131 0.071 0.014 13.486 1 37.705 0.008 21.880 0.047 30.990 1.493 5.752 2.528 100.360 2.958 0.042 3.000 1.979 0.053 0.000 0.003 2.036 1.980 0.673 0.099 0.212 2.964 8.000 59.113 3.306 5.338 27.941 4.121 0.182 0.612 0.055 0.290 0.043 0.668 2 37.592 0.015 21.810 0.000 29.910 1.452 5.870 2.550 99.200 2.977 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