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UNIVERSIDADE FEDERAL DE OURO PRETO
ESCOLA DE MINAS
DEPARTAMENTO DE GEOLOGIA
Dissertação de Mestrado
GEOLOGIA E PETROGÊNESE NA REGIÃO DA PROVÍNCIA
ESMERALDÍFERA DE ITABIRA, MG
Carlos Eduardo Reinaldo Delgado
Ouro Preto, Setembro de 2007
Livros Grátis
http://www.livrosgratis.com.br
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GEOLOGIA E PETROGÊNESE NA REGIÃO DA PROVÍNCIA
ESMERALDÍFERA DE ITABIRA, MG
FUNDAÇÃO UNIVERSIDADE FEDERAL DE OURO PRETO
Reitor
João Luiz Martins
Vice-Reitor
Antenor Rodrigues Barbosa Junior
Pró-Reitor de Pesquisa e Pós-Graduação
Tanus Jorge Nagem
ESCOLA DE MINAS
Diretor
José Geraldo Arantes de Azevedo Brito
Vice-Diretor
Marco Túlio Ribeiro Evangelista
DEPARTAMENTO DE GEOLOGIA
Chefe
Selma Maria Fernandes
iii
iv
CONTRIBUIÇÕES ÀS CIÊNCIAS DA TERRA – VOL. 47
DISSERTAÇÃO DE MESTRADO
Nº 259
GEOLOGIA E PETROGÊNESE NA REGIÃO DA PROVÍNCIA
ESMERALDÍFERA DE ITABIRA, MG
Carlos Eduardo Reinaldo Delgado
Orientador
Hanna Jordt-Evangelista
Dissertação apresentada ao Programa de Pós-Graduação em Evolução Crustal e Recursos Naturais do
Departamento de Geologia da Escola de Minas da Universidade Federal de Ouro Preto como requisito
parcial à obtenção do Título de Mestre em Ciências Naturais, Área de Concentração: Mineralogia,
Petrogênese e Depósitos Minerais
OURO PRETO
2007
v
Universidade Federal de Ouro Preto – http://www.ufop.br
Escola de Minas - http://www.em.ufop.br
Departamento de Geologia - http://www.degeo.ufop.br/
Programa de Pós-Graduação em Evolução Crustal e Recursos Naturais
Campus Morro do Cruzeiro s/n - Bauxita
35.400-000 Ouro Preto, Minas Gerais
Tel. (31) 3559-1600, Fax: (31) 3559-1606 e-mail: [email protected]
Os direitos de tradução e reprodução reservados.
Nenhuma parte desta publicação poderá ser gravada, armazenada em sistemas eletrônicos, fotocopiada
ou reproduzida por meios mecânicos ou eletrônicos ou utilizada sem a observância das normas de
direito autoral.
ISSN 85-230-0108-6
Depósito Legal na Biblioteca Nacional
Edição 1ª
Catalogação elaborada pela Biblioteca Prof. Luciano Jacques de Moraes do
Sistema de Bibliotecas e Informação - SISBIN - Universidade Federal de Ouro Preto
D352g
Delgado, Carlos Eduardo Reinaldo.
Geologia e petrogênese na região da província esmeraldífera de Itabira,
Minas Gerais [manuscrito] / Carlos Eduardo Reinaldo Delgado. – 2007
xix, 130f.: il.; color.; grafs. ; tabs.; mapas.
Orientador: Profa. Dra. Hana Jordt-Evangelista.
Dissertação (Mestrado) - Universidade Federal de Ouro Preto. Escola de Minas.
Departamento de Engenharia de Minas. Programa de Pós-graduação em
Engenharia Mineral.
Área de concentração: Gemologia. Petrogênese
1. Geologia - Itabira (MG) - Teses. 2. Petrogênese - Itabira (MG) - Teses.
3. Esmeralda - Itabira (MG) - Teses. I. Universidade Federal de Ouro Preto. II. Título.
CDU: 553.83(815.1)
Catalogação: [email protected]
vi
Agradecimentos
A Deus!
A meus pais e minha irmã, pelo apoio sempre incondicional.
Aos amigos e a todas as pessoas que de alguma forma contribuíram para a conquista desse objetivo!
Muito devo à excelente pessoa que é a professora Hanna, sempre paciente e amiga. Agradeço a você
pelo cuidado na orientação ao longo de todo o projeto, especialmente com relação aos seus
comentários, discussões e revisões, sempre muito pertinentes.
À FAPEMIG, pelo financiamento do projeto de pesquisa e a CAPES, pela bolsa de estudos.
À Mina Rocha, que além de permitir a realização dos trabalhos de amostragem em suas minas
subterrânea e a céu aberto ainda disponibilizou seus testemunhos de sondagem.
Aos amigos Odantes e Paulo Henrique pelo apoio com a hospedagem durante a fase de campo.
Ao DEGEO, pelo apoio financeiro e de logística, através dos laboratórios LOPAG, LAMIN, LGqA,
de Difração de Raios-X e Microscopia Óptica e Eletrônica. Seus respectivos coordenadores e
funcionários, que possibilitaram o preparo e análise das amostras coletadas em campo.
Ao professor Farid Chemale Jr. do Laboratório de Geologia Isotópica do IG-UFRGS, pela gentileza na
realização da datação da titanita por LAM-MC-ICPMS.
A todos os amigos e professores do DEGEO, em especial aos novos amigos da Pós-Graduação, cujo
agradável convívio foi essencial para a conclusão do presente trabalho.
vii
Sumário
AGRADECIMENTOS .................................................................................................................. vii
SUMÁRIO...................................................................................................................................... viii
LISTA DE FIGURAS.................................................................................................................... xi
LISTA DE TABELAS................................................................................................................... xvi
RESUMO ....................................................................................................................................... xviii
ABSTRACT ................................................................................................................................... xix
CAPÍTULO 1. INTRODUÇÃO ................................................................................................... 1
1.1. Apresentação ............................................................................................................................ 1
1.2. Localização da Área Estudada.................................................................................................. 2
1.3. Objetivos e Relevância do Trabalho......................................................................................... 3
1.4. Materiais e Métodos ................................................................................................................. 3
1.4.1. Revisão Bibliográfica.................................................................................................. 3
1.4.2. Compilação Cartográfica............................................................................................. 3
1.4.3. Trabalhos de Campo.................................................................................................... 3
1.4.4. Preparo de Amostras ................................................................................................... 4
1.4.5. Análises Litogeoquímicas ........................................................................................... 5
1.4.6. Estudos Petrográficos e Petrológicos .......................................................................... 5
1.4.7. Tratamento e Análise dos Dados................................................................................. 6
CAPÍTULO 2. GEOLOGIA REGIONAL .................................................................................. 7
2.1. Trabalhos Anteriores ................................................................................................................ 7
2.2. Contexto Geotectônico ............................................................................................................. 8
2.3. Litoestratigrafia ........................................................................................................................ 10
2.3.1. Complexo Mantiqueira................................................................................................ 12
2.3.2. Seqüência Gnáissica-Anfibolítica ............................................................................... 12
2.3.3. Complexo Guanhães ................................................................................................... 13
2.3.4. Grupo Nova Lima (Supergrupo Rio das Velhas) ........................................................ 15
viii
2.3.5. Supergrupo Minas (indiviso) ...................................................................................... 15
2.3.6. Rochas igneas.............................................................................................................. 16
Suíte Borrachudos........................................................................................................... 16
Pegmatitos....................................................................................................................... 18
Máficas ........................................................................................................................... 18
2.4. Arcabouço Estrutural................................................................................................................ 19
CAPÍTULO 3. LITOESTRATIGRAFIA E GEOLOGIA ESTRUTURAL ............................ 21
3.1. Arcabouço Litoestratigráfico da Área Mapeada ...................................................................... 21
3.2. Petrografia ................................................................................................................................ 25
3.2.1. Gnaisses ...................................................................................................................... 25
3.2.2. Xistos .......................................................................................................................... 27
Xistos Ortoderivados ...................................................................................................... 29
Xistos Paraderivados ...................................................................................................... 30
3.2.3. Quartzitos.................................................................................................................... 30
3.2.4. Granitóides.................................................................................................................. 31
Suíte Borrachudos........................................................................................................... 31
Granitóides Diversos ...................................................................................................... 34
Pegmatitos....................................................................................................................... 35
3.2.5. Anfibolitos .................................................................................................................. 36
3.3. Metamorfismo .......................................................................................................................... 38
3.4. Geologia Estrutural .................................................................................................................. 40
CAPÍTULO 4. LITOGEOQUÍMICA ......................................................................................... 43
4.1. Introdução ................................................................................................................................ 43
4.2. Geoquímica das Rochas Metaultramáficas .............................................................................. 45
4.3. Geoquímica das Rochas Metagraníticas................................................................................... 51
4.4. Geoquímica das Rochas Anfibolíticas e de Gnaisse Encaixado no Flogopita Xisto................ 56
4.5. Geoquímica dos Xistos Paraderivados ..................................................................................... 58
ix
CAPÍTULO 5. QUÍMICA MINERAL ........................................................................................ 61
5.1. Introdução................................................................................................................................. 61
5.2. Biotita ....................................................................................................................................... 65
5.3. Granada .................................................................................................................................... 68
5.4. Anfibólios ................................................................................................................................. 73
5.5. Estaurolita................................................................................................................................. 74
5.6. Feldspatos ................................................................................................................................. 75
5.7. Titanita...................................................................................................................................... 76
CAPÍTULO 6. GEOTERMOBAROMETRIA ........................................................................... 79
6.1. Introdução................................................................................................................................. 79
6.2. Geotermometria........................................................................................................................ 79
6.2.1. Anfibólio-granada xisto, Garimpo do Geraldinho, Capoeirana (CM-37D) ................ 80
6.2.2. Estaurolita-granada xisto, Mina Rocha (R-30)............................................................ 81
6.2.3. Estaurolita-cianita xisto com sillimanita e granada, Mina Rocha (R-48).................... 82
6.2.4. Comparação de cálculos geotermométricos fundamentados em análises
quantitativas por MSE e semiquantitativas por MEV-EDS ............................................ 84
6.3. Geobarometria .......................................................................................................................... 87
6.3.1. Anfibólio-granada xisto, Garimpo do Geraldinho, Capoeirana (CM-37D) ................ 87
6.3.2. Estaurolita-granada xisto, Mina Rocha (R-30)............................................................ 87
6.2.3. Estaurolita-cianita xisto com sillimanita e granada, Mina Rocha (R-48).................... 88
CAPÍTULO 7. CONCLUSÕES ................................................................................................... 91
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS ........................................................................................ 92
ANEXOS ........................................................................................................................................ 98
x
Lista de Figuras
Figura:
1.1-Mapa de localização da área estudada. Modificado de DetranNet (2002)................ 2
2.1-Contexto geotectônico da área estudada (Almeida 1977, com modificações de
Alkmim et al. 1993 e Dardenne & Schobbenhaus 2001) .......................................... 9
2.2-Síntese geológica do Campo Pegmatítico de Itabira-Ferros, segundo Netto et al.
(1998) e localização da área estudada........................................................................ 9
2.3-Geologia da Província Esmeraldífera de Itabira-Nova Era. Extraído de Padilha et
al. (2000).................................................................................................................. 11
3.1-Perfil esquemático na área da Mina Rocha, baseado em testemunhos de
sondagem e afloramentos. A sondagem FSR–03 encontra-se detalhada na Fig.
3.3. As camadas de flogopita xisto correspondem às zonas mineralizadas em
esmeralda ................................................................................................................. 22
3.2-Perfil detalhado do testemunho de sondagem FSR – 25......................................... 23
3.3-Perfil detalhado do testemunho de sondagem FSR–03, com indicação das
amostras coletadas ................................................................................................... 24
3.4-Corte de estrada na MG-120, próximo a Nova Era, com ortognaisse bandado do
Complexo Mantiqueira deformado por um leque imbricado de falhas vergente
para WNW. O corte tem de cerca de 10 m de comprimento e orientação WNWESE .......................................................................................................................... 25
3.5-Fotomicrografias de ortognaisses mostrando: (A) kink bands em maclas de
plagioclásio, amostra CM-47F; (B) cristais de apatita (incolor) e zircão
(isotropizados) gerando halos em biotita da amostra BB-1 e; (C) banda máfica
com porfiroblastos poiquiloblásticos de hornblenda e biotita com inclusões de
titanita da amostra CM-47G. A barra mede 0,5 mm; A – LPX, B e C – LPP ......... 26
3.6-Ortognaisse do garimpo do Rei em Capoeirana (A), com foliação gnáissica
paralela ao bandamento; paragnaisses da Mina Rocha, com cristais de cianita
(CIA) alinhados (B) e agregados fibrosos de sillimanita (SIL) paralelos ao
bandamento composicional (C) ............................................................................... 27
3.7-Xistos da Província Esmeraldífera de Itabira-Nova Era com diferentes cores em
função da mineralogia predominante. (A) flogopita xisto da zona mineralizada da
mina subterrânea da Piteiras;
(B) estaurolita-sillimanita xisto (amostra
R-33), (C) cianita xisto (amostra R-18) e (D) granada xisto (amostra R-30), todos
os três da capa da zona mineralizada na Mina Rocha; (E) tremolita xisto da
lapa/zona intermediária do garimpo de Capoeirana (amostra P-2).......................... 28
3.8-Pegmatito em contato com flogopita xisto mineralizado em esmeralda na galeria
da Mina Rocha ......................................................................................................... 29
3.9-Testemunho de sondagem (FSR–25, 11 m de profundidade) com leito de
quartzito/quartzo-mica xisto, com cristais de magnetita (negros) e de moscovita
(cinza claro) ............................................................................................................. 31
xi
3.10-Aspecto macroscópico do granitóide tipo Borrachudos com estrutura milonítica
porfiroclástica (A), foliada/bandada (B, amostra CM-47A) e brechada (C).
Afloramentos na margem do Rio do Peixe, entre Itabira e Nova-Era..................... 33
3.11-Aspecto macroscópico de granitóide da Mina Rocha com fenocristais brancos
de feldspato (A) e cristais avermelhados de granada envoltos por auréola
feldspática branca (albita?). Amostras R-59 e R-64 do furo (FSR–03) .................. 34
3.12-Fotomicrografias de granitóide da mina da Rocha (amostra R-59) com
fenocristal de plagioclásio poiquilítico e maclado em matriz de quartzo, feldspato
e biotita (A); e detalhe das inclusões de quartzo no interior do plagioclásio, com
halos brancos albíticos em torno das inclusões (B). LPX ....................................... 35
3.13-Pegmatitos da mina subterrânea da Piteiras, com berilo verde (A), detalhe em
(B) e molibdenita e berilo (C) ................................................................................. 36
3.14-Anfibolitos em testemunho de sondagem do furo (FSR–03) da Mina Rocha,
exibindo bandamento concordante com o do estaurolita-granada xisto, indicado
pelo lápis (A), microdobras indicando movimento reverso sinistral (B) e
porfiroblastos de granada rotacionados (C)............................................................. 37
3.15-Fotomicrografias em luz polarizada (esquerda) e analisada (direita) de
estaurolita-cianita xisto com sillimanita e granada (R-48)...................................... 39
3.16-Diagrama dos campos de estabilidade das fácies metamórficas com
representação das linhas de reações de alguns minerais da paragênese das rochas
estudadas. Destaque para a fácies anfibolito, onde se concentra a maior parte dos
minerais em equilíbrio, indicada pelo círculo ......................................................... 39
3.17-Estereograma de igual-área, hemisfério inferior, dos pólos da foliação Sn na
área da Mina Rocha. N=71, K=100; S=1,00; Máx.=110/58 (17%) .......................... 41
3.18-Estereogramas de igual-área, hemisfério inferior, dos eixos de dobras (A) e
veios de quartzo e pegmatíticos (B) .......................................................................... 41
3.19-Estereograma de igual-área, hemisfério inferior, dos pólos da foliação Sn das
rochas ao longo da rodovia entre Itabira e Nova Era. N=102, K=100; S=1,00;
Máx.=186/54 (12%) .................................................................................................. 42
4.1-Simbologia empregada nas figuras do presente capítulo e número de análises de
cada litotipo ............................................................................................................. 44
4.2-Diagrama binário de classificação das rochas ultramáficas segundo Pearce
(1982) à esquerda e de comparação entre os teores elevados de Cr x MgO para as
metaultramáficas ....................................................................................................... 45
4.3-Diagramas binários de correlação entre óxidos selecionados e MgO para as
rochas metaultramáficas. As áreas delineadas correspondem aos campos onde se
concentram os dados de Machado (1998) para rochas metaultramáficas de
Belmont e Capoeirana ............................................................................................. 46
4.4-Diagramas binários de correlação entre óxidos diversos e K2O para as rochas
metaultramáficas. Os campos demarcados correspondem aos resultados de
Machado (1998) para Belmont e Capoeirana.......................................................... 47
4.5-Diagramas binários de correlação entre elementos traço e K2O para as rochas
metaultramáficas ..................................................................................................... 48
xii
4.6-Diagramas multielementares para as rochas metaultramáficas, normalizados pelo
condrito de Nakamura (1977). Em vermelho: flogopita xisto sem anfibólio, em
verde, flogopita xisto com anfibólio ........................................................................ 49
4.7-Diagramas de ETR para flogopita xistos no contato e a 10cm de cristais de
esmeralda normalizados pelo condrito de Nakamura (1977). A última figura
mostra o enriquecimento relativo em Cu nas rochas próximas ao contato com a
esmeralda. Amostras provenientes da mina subterrânea da Piteiras, onde PI17NE é representada pelos triângulos preenchidos e a amostra PI-649 pelos
triângulos vazios ...................................................................................................... 50
4.8-Diagramas de ETR para flogopita xistos com anfibólio (à esquerda) e sem
anfibólio (à direita), normalizados pelo condrito de Nakamura (1977)................... 51
4.9-Diagramas binários com a variação da proporção de Be x MgO e Be x Sr e
gráfico comparativo dos teores de Be nos granitóides Borrachudos (GB) e
metagranitos foliados (MGF), segundo Machado (1998) e granitóides diversos
(GD). Destaque para as amostras analisadas no presente trabalho.......................... 52
4.10-Posição dos granitóides analisados em diagramas de classificação química e de
ambiência tectônica. a) diagrama ANK (Al2O3/(Na2O+K2O) versus ACNK
(Al2O3/(CaO+Na2O+K2O) de Shand (1949); b) diagrama AFM de Irvine &
Baragar (1971); c) e d) diagramas de ambiência tectônica segundo Pearce et al.
(1984). As áreas delineadas em (c) e (d) correspondem aos campos onde se
concentram os dados de Machado (1998) para os granitóides da mina da Belmont
e do garimpo de Capoeirana .................................................................................... 53
4.11-Diagramas binários de correlação entre elementos maiores selecionados
mostrando a subdivisão das diferentes famílias de granitóides ............................... 54
4.12- Diagramas multielementares para os granitóides, normalizados pelo condrito
de Nakamura (1977) ................................................................................................ 55
4.13-Diagramas de ETR para os granitóides, normalizados pelo condrito de
Nakamura (1977) ..................................................................................................... 56
4.14-Classificação dos anfibolitos da área estudada em diagramas de classificação
química SiO2 x Álcalis (esquerda) e AFM, segundo Irvine & Baragar (1971). As
áreas delineadas correspondem aos campos onde se concentram os dados de
Machado (1998) ....................................................................................................... 57
4.15-Diagramas de Harker com os resultados geoquímicos dos anfibolitos................. 57
4.16-Diagramas multielementares para anfibolitos (quadrados marrons) e gnaisse
anfibolítico (círculos preenchidos), normalizados pelo condrito de Nakamura
(1977)....................................................................................................................... 58
4.17-Diagrama multielementar dos elementos traços (esquerda) e de ETR (direita)
para os xistos metapelíticos, normalizados pelo pelito NASC (North American
Shale Composite) ..................................................................................................... 59
5.1-Localização dos pontos analisados por MSE (números maiores) e MEV/EDS
(números pequenos, em itálico) em três campos da amostra CM-37D (anfibóliogranada xisto do garimpo do Geraldinho, em Capoeirana) ..................................... 62
5.2-Localização dos pontos analisados por MSE (números maiores) e MEV/EDS
(números pequenos em itálico) em três campos da amostra R-30 (estaurolitagranada xisto, Mina Rocha, FSR-03 ~ 74 m prof.).................................................. 63
xiii
5.3-Localização dos pontos analisados por MSE (números maiores) e MEV/EDS
(números pequenos, em itálico) em três campos da amostra R-48 (estaurolitacianita xisto com sillimanita e granada, Mina Rocha, FSR-03 ~ 130 m prof.) ....... 64
5.4-Variação de MgO, FeO e Al2O3 em diversos cristais de biotita das amostras
CM-37D, R-30 e R-48............................................................................................. 65
5.5-Classificação da biotita da amostra CM-37D. A, B e C correspondem aos
campos dos desenhos da figura 5.1; D representa todas as amostras plotadas no
mesmo gráfico. Análises de MEV/EDS estão na cor preta..................................... 66
5.6-Classificação da biotita da amostra R-30. A, B e C correspondem aos campos
dos desenhos da figura 5.2; D representa todas as amostras plotadas no mesmo
gráfico. Análises de MEV/EDS estão na cor preta ................................................. 67
5.7-Classificação da biotita da amostra R-48. A, B e C correspondem aos campos
dos desenhos da figura 5.3; D representa todas as amostras plotadas no mesmo
gráfico. Análises de MEV/EDS estão na cor preta ................................................. 68
5.8-Variação dos teores de MgO, FeO e Al2O3 em granadas das amostras CM-37D,
R-30 e R-48 ............................................................................................................. 68
5.9-Fração molar dos constituintes principais das granadas da amostra CM-37D. A,
B e C correspondem aos campos dos desenhos da figura 5.1 ................................ 69
5.10-Padrão de distribuição das frações molares dos constituintes principais ao longo
dos perfis em granada da amostra CM-37D. A, B e C correspondem aos campos
dos desenhos da figura 5.1 ..................................................................................... 69
5.11-Fração molar dos constituintes principais das granadas da amostra R-30. A, B e
C correspondem aos campos dos desenhos da figura 5.2....................................... 70
5.12-Padrão de distribuição das frações molares dos constituintes principais ao longo
dos perfis em granada da amostra R-30. A, B e C correspondem aos campos dos
desenhos da figura 5.2 ............................................................................................ 71
5.13-Fração molar dos constituintes principais das granadas da amostra R-48. A, B e
C correspondem aos campos dos desenhos da figura 5.3....................................... 72
5.14-Padrão de distribuição das frações molares dos constituintes principais ao longo
dos perfis em granada da amostra R-48. A, B e C correspondem aos campos dos
desenhos da figura 5.3 e 5.13 ................................................................................. 72
5.15-Classificação do anfibólio da amostra CM-37D no diagrama de Leake (1978) e
fórmula estrutural calculada para 23 oxigênios....................................................... 73
5.16-Classificação dos orto- e clinoanfibólios de xistos da mina da Piteiras (Viana
2004)........................................................................................................................ 74
5.17-Classificação do plagioclásio das amostras CM-37D, R-30 e R-48..................... 75
5.18-Cristal de grothita envolvendo ilmenita e em contato com anfibólio na amostra
PI-5Cb. Fotomicrografias em LPP, LPX. À direita: imagem MEV da mesma
amostra .................................................................................................................... 76
5.19-Agregados de cristais de grothita inclusos em biotita na qual gera halos
pleocróicos. Fotomicrografias em LPP, LPX. À direita: imagem MEV. Altura
das imagens = 0,35 mm, amostra PI-5Cb................................................................ 76
xiv
5.20-Fórmula estrutural unitária calculada para análise de MEV/EDS (A) e de MSE
(B) para grothita da amostra PI-5Cb........................................................................ 77
5.21-Curva da concórdia que define a idade U/Pb da grothita da amostra PI-5Cb, da
mina subterrânea de Piteiras .................................................................................... 78
6.1-Gráfico com os resultados das temperaturas (°C) determinadas para as diferentes
calibrações dos pares granada-biotita e estaurolita-biotita aplicados no presente
trabalho. Os pontos do gráfico, quando ordenados de modo crescente, resultam
na curva cinza .......................................................................................................... 84
6.2-Gráfico com as temperaturas (°C) calculadas com base em análises por
MEV/EDS para as diferentes calibrações do par granada-biotita. Os pontos do
gráfico, quando ordenados de modo crescente, resultam na curva cinza ............... 86
6.3-Gráfico comparativo das temperaturas (°C) calculadas com base em análises de
microssonda (curva preta) e MEV/EDS (curva cinza), para as diferentes
calibrações do par granada-biotita ........................................................................... 86
6.4-Gráfico comparativo das pressões (bar) calculadas com base em diferentes
calibrações dos geobarômetros granada-plagioclásio-biotita-quartzo e GASP
aplicados no presente trabalho. Os pontos do gráfico quando postos em ordem
crescente resultam na curva cinza............................................................................ 89
6.5-Gráficos comparativos das temperaturas (oC) e pressões (kbar) calculadas com o
software TWQ. (A) BIO1, GRA1, ANF1mev, PLG2mev do campo 3 da amostra
CM-37D; (B) BIO7, GRA12, EST2 do campo 1 da amostra R-30; (C) BIO4,
GRA8, PLG2mev do campo 1 da amostra R-48...................................................... 90
xv
Lista de Tabelas
Tabela:
2.1-Geotermobarometria de metassedimentos e paragnaisses coletados entre Itabira e
Nova Era.................................................................................................................... 14
2.2-Geotermobarometria de metamáficas coletadas entre Itabira e Nova Era................ 15
2.3-Geotermobarometria do Granito Borrachudos da região entre Itabira e Nova Era
(Machado 1998) ........................................................................................................ 17
2.4-Síntese dos dados geocronológicos dos corpos da Suíte Borrachudos..................... 17
2.5-Síntese dos dados geocronológicos de pegmatitos e xistos mineralizados............... 18
4.1-Relação das amostras submetidas à análise química, com localização e descrição
sucinta...................................................................................................................... 43
5.1-Composição química (% em peso) da estaurolita da amostra R-30. A e B
correspondem aos campos dos desenhos da figura 5.2 ........................................... 74
5.2-Resultados de MSE para grothita da amostra PI-5Cb ............................................ 77
6.1-Temperaturas (°C) estimadas para o anfibólio-granada xisto (CM-37D) em
diversas calibrações do par granada-biotita, considerando P = 7000 bar, (b)
borda, (c) centro do cristal; pontos referentes à figura 5.1....................................... 80
6.2-Temperaturas (°C) calculadas para diversas combinações de análises núcleo e
borda do par granada-anfibólio do anfibólio-granada xisto (CM-37D), por meio
do geotermômetro de Graham & Powell (1984) a 7 kbar. Pontos referentes ao
campo C da figura 5.1 (b) borda, (c) centro do cristal .............................................. 80
6.3-Temperaturas (°C) calculadas para o anfibólio-granada xisto (R-30) em diversas
calibrações do par granada-biotita, considerando P = 7000 bar, (b) borda, (c)
centro do cristal; e pontos referentes à figura 5.2.................................................... 81
6.4-Temperaturas (°C) calculadas pelo geotermômetro granada-estaurolita de
Perchuck (1989) para o anfibólio-granada xisto (R-30), considerando P = 7000
bar, (b) borda, (c) centro do cristal. Pontos referentes à figura 5.2, com destaque
para os resultados relativos ao centro dos cristais, que mostram temperatura mais
elevada que a borda ................................................................................................. 82
6.5-Temperaturas (°C) calculadas para o estaurolita-cianita xisto com sillimanita e
granada (R-48) por meio de diversas calibrações do par granada-biotita,
considerando P = 7000 bar, (b) borda, (c) centro do cristal; e pontos referentes à
figura 5.3 ................................................................................................................. 83
6.6-Temperaturas (°C) calculadas com base em análises por MEV/EDS para diversas
calibrações do par granada-biotita do anfibólio-granada xisto (CM-37D),
considerando P = 7000 bar, (b) borda, (c) núcleo e pontos referentes à tabela 6.1
e figura 5.1. Destaque para os resultados obtidos por pares de minerais analisados
exclusivamente por MEV/EDS ............................................................................... 85
6.7-Temperaturas (°C) calculadas com base em análises por MEV/EDS para diversas
calibrações do par granada-biotita do anfibólio-granada xisto (R-30),
xvi
considerando P = 7000 bar, (b) borda, (c) núcleo e pontos referentes à tabela 6.3
e figura 5.2 ............................................................................................................... 85
6.8-Temperaturas (°C) calculadas com base em análises por MEV/EDS para diversas
calibrações do par granada-biotita do estaurolita-cianita xisto com sillimanita e
granada (R-48), para P = 7000 bar, (b) borda, (c) núcleo, com pontos referentes à
tabela 6.5 e figura 5.3............................................................................................... 85
6.9-Pressões (bar) calculadas para o anfibólio-granada xisto (CM-37D) pelo
geobarômetro granada-plagioclásio-biotita-quartzo (Hoisch 1990), para T = 650
°C , (b) borda, (c) núcleo do cristal e pontos referentes à figura 5.1 ....................... 87
6.10-Pressões (bar) calculadas para o estaurolita-granada xisto (R-30) pelo
geobarômetro granada-plagioclásio-biotita-quartzo (Hoisch 1990), T = 650 °C,
(b) borda, (c) núcleo e pontos referentes à figura 5.2 .............................................. 87
6.11-Pressões (bar) obtidas para diversas calibrações do par estaurolita-cianita xisto
com sillimanita e granada (R-48) pelos geobarômetros granada-plagioclásiobiotita-quartzo e GASP, para T = 650 °C, (b) borda, (c) núcleo do cristal e pontos
referentes à figura 5.3 .............................................................................................. 88
xvii
Resumo
A Província Esmeraldífera de Itabira-Nova Era, onde se encontram a mina da Piteiras, o
garimpo de Capoeirana e a Mina Rocha, ora estudada, localiza-se na porção centro-sudeste do Estado
de Minas Gerais, distante cerca de 100 km de sua capital Belo Horizonte, a meio caminho da estrada
que liga as cidades de Itabira e Nova Era. Essa província pertence ao Complexo Guanhães, localizado
na porção sul do Cráton do São Francisco, entre o Quadrilátero Ferrífero e o Complexo Mantiqueira.
Essa região é constituída por rochas metamórficas e metassomáticas de médio a alto grau com
origem ígnea e sedimentar. O principal objetivo do presente estudo foi a análise petrogenética das
rochas portadoras de esmeralda e dos litotipos a elas associados, com ênfase na região da Mina Rocha,
que é a mais nova mina de esmeralda em exploração.
Durante o reconhecimento litoestrutural regional foram selecionadas amostras de rochas para o
detalhamento dos estudos petrográfico, mineralógico, geoquímico e geocronológico. Os resultados das
análises petrográfica e geoquímica apoiaram a caracterização de cinco unidades litológicas na área
estudada: gnaisses, xistos, quartzitos, granitóides e anfibolitos.
Com base na mineralogia e geoquímica foi possível distinguir gnaisses e xistos de origem
sedimentar de seus equivalentes ígneos. A composição química e os aspectos texturais permitiram
também a distinção entre granitóides pertencentes à Suíte Borrachudos, suposta fonte do Be para a
geração da esmeralda, de granitóides não pertencentes a essa suíte. Os granitóides Borrachudos têm
granulação grossa e são bem foliados, com trend toleítico metaluminoso. Os outros granitóides têm
granulação fina e são menos foliados, com trend peraluminoso cálcio-alcalino
Na área da Mina Rocha duas camadas de flogopita xisto ultramáfico mineralizadas em
esmeralda estão intercaladas com anfibolitos e xistos paraderivados, sobrepostos a granitóides. As
camadas de xisto mineralizado têm entre 1 e 10m de espessura e mergulham de cerca de 45º para
noroeste. O xisto é essencialmente composto por flogopita, com quantidades subordinadas de granada
e anfibólio. O flogopita xisto é ortoderivado e têm caráter komatiítico, com até 4500 ppm de Cr.
Estudos geotermobarométricos em amostras da Mina Rocha e do garimpo de Capoeirana
indicam um evento metamórfico de fácies anfibolito. A temperatura, calculada com base nos
geotermômetros granada-biotita e granada-estaurolita, varia entre 600-650 ºC, com as maiores
temperaturas no centro dos cristais. A pressão foi calculada em torno de 6-7 kbar, por meio dos
geobarômetros (GASP) e granada-plagioclásio-biotita-quartzo. Uma amostra do garimpo de
Capoeirana apresentou resultados em torno de 10 kbar, que sugerem a ocorrência de uma fase de
despressurização. Essa hipótese é reforçada pela presença de cordierita em Capoeirana e pelas auréolas
de albita nos cristais de granada e plagioclásio dos granitóides diversos presentes na Mina Rocha.
O evento metamórfico/metassomático responsável pela geração das esmeraldas dessa
província é de idade brasiliana (604 ±36 Ma), conforme indicado pela geocronologia U/Pb (LAMICP-MS) de titanita da zona mineralizada da mina da Piteiras.
xviii
Abstract
The Itabira-Nova Era emerald province, where the Piteiras mine, the Capoeirana garimpo and
the here studied Rocha mine are located, belongs to the southeastern-central portion of the Minas
Gerais State, distant about 100 km east from the capital Belo Horizonte, halfway between the cities of
Itabira and Nova Era. This province belongs to the Guanhães complex, inserted in the southern São
Francisco Craton, between the Quadrilátero Ferrífero and the Mantiqueira Complex.
This region is made up of medium to high grade metamorphic and metassomatic rocks of
igneous and sedimentary origin. The main objective of the present study was the petrogenetic
investigation of the emerald-bearing rocks and associated lithotypes, with special emphasis to the
Rocha Mine, which is the most recent emerald mine being exploited in the region.
Following regional lithostructural reconnaissance, selected lithotypes were subjected to
detailed petrographic, mineralogical, geochemical, and geochronological analyses. The results of
petrographic and geochemical investigation enabled to distinguish five lithological units in the studied
area, namely gneisses, schists, quartzites, granitoids, and amphibolites.
Based on mineralogy and geochemistry gneisses and schists of sedimentary as well as of
igneous precursors could be distinguished. Chemical composition and textures also enabled to
distinguish granitoids belonging to the Borrachudos Suite, that supposedly furnished the necessary Be
for the emerald generation, from granitoids which do not belong to this suite. Borrachudos granitoids
are coarse grained, well foliated, metaluminous and of tholeiitic trend. The other granitoids are fine
grained, less foliated, peraluminous and of calc-alkaline trend.
In the area of the Rocha mine two layers of emerald-bearing, ultramafic phlogopite schist are
intercalated within amphibolites and para-derived schists overlying granitoids. The mineralized schist
layers are 1 to 10 meters thick and dip about 45o to the northwest. The schist is mainly composed of
phlogopite; garnet and amphiboles are quantitatively subordinated. The phlogopite schist is orthoderived, having a komatiitic character and containing up to 4500 ppm Cr.
Geothermobarometric studies in samples from the Rocha mine and the Capoeirana garimpo
indicate a metamorphic event of amphibolite facies. The calculated temperature based on the biotitegarnet and staurolite-garnet geothermometers yielded values between 600-650oC, the higher
temperatures being found in the central portion of the crystals. The pressure was calculated around 6-7
kbar by means of the GASP and the garnet-plagioclase-biotite-quartz geobarometers. One sample from
Capoeirana resulted in a pressure of about 10 kbar, suggesting that the lower pressures are due to a
decompression phase. This interpretation is corroborated by the presence of cordierite in the area of
Capoeirana and by the albite aureoles surrounding garnet and plagioclase in granitoids in the Rocha
mine.
The metamorphic/metassomatic event responsible for the generation of emeralds in this
province is of Brasiliano age (604±36 Ma), as indicated by U/Pb-geochronology of titanite from the
mineralized zone in the nearby Piteiras mine, obtained by LAM-ICP-MS.
xix
CAPÍTULO 1
INTRODUÇÃO
1.1 - APRESENTAÇÃO
O presente volume encerra os resultados das atividades de campo, laboratório e escritório,
executadas entre 2004 e 2007, sendo sua elaboração requisito parcial para a obtenção do título de
Mestre em Ciências Naturais pelo Programa de Pós-Graduação da Universidade Federal de Ouro Preto
(UFOP). A realização e divulgação dessa pesquisa faz parte do projeto “Petrogênese na Província
Esmeraldífera de Itabira-Nova Era”, financiado pela Fundação de Amparo à Pesquisa de Minas
Gerais (FAPEMIG) e coordenado pela professora Dra. Hanna Jordt-Evangelista.
O desenvolvimento do estudo ora proposto visou contribuir para uma melhor compreensão da
evolução petrológica, bem como do arcabouço geológico e dos aspectos genéticos relacionados às
mineralizações de esmeralda da província esmeraldífera de Itabira–Nova Era. Essa região conta,
indiscutivelmente, com um imenso potencial para produção de gemas, haja à vista a diversidade e
qualidade das pedras atualmente extraídas que, além da esmeralda – carro chefe da maioria das
mineradoras – conta ainda com minas, jazidas e ocorrências de alexandrita e água-marinha, dentre
outros materiais gemológicos e minerais de coleção. O tema em estudo reveste-se de particular
relevância, à medida que o aprimoramento da compreensão dos condicionantes geológicos multiplica
as chances de se encontrar novas jazidas, seja no âmbito da província estudada ou em províncias com
história geológica afim.
A província mineral em apreço localiza-se na porção centro-sudeste de Minas Gerais, a
nordeste do Quadrilátero Ferrífero – região geologicamente conhecida como domínio de embasamento
pré-cambriano polideformado – cuja geologia vem há muito sendo investigada por um grande
contingente de especialistas de diversas áreas do conhecimento geológico.
Embora o enfoque desse estudo reporte-se à ocorrência recém-descoberta da Mina Rocha
também foram desenvolvidas, paralelamente, análises de cunho mais regional, com identificação dos
principais aspectos geológicos das demais minas e mesmo de áreas estéreis. Os resultados das análises
realizadas nas rochas amostradas em galerias e afloramentos integram um banco de dados que,
juntamente com o levantamento de dados bibliográficos permitiram a elaboração de estudos
comparativos entre algumas jazidas da região.
Delgado, C. E. R. 2007, Geologia e Petrogênese na Região da Província Esmeraldífera de Itabira, MG
1.2 - LOCALIZAÇÃO DA ÁREA ESTUDADA
A área em apreço localiza-se na porção centro-sudeste do Estado de Minas Gerais, distante
cerca de 100 km de sua capital no sentido leste, a meio caminho da estrada que liga as cidades de
Itabira e Nova Era (Fig. 1.1).
O acesso à área pode ser feito, partindo de Belo Horizonte (Fig. 1.1), pela rodovia BR-262,
sentido leste, até a altura do trevo com a MG-129 (cerca de 75 km), na qual percorre-se por 35 km,
sentido nordeste até Itabira. A partir de Itabira deve-se tomar a estrada recém-pavimentada MG-120,
por cerca de 20 km sentido sudeste, até a localidade conhecida como Córrego Ribeirão São José, já
nos limites da área estudada.
Os deslocamentos no interior da área podem ser efetuados com relativa facilidade pela rodovia
MG-120 e por estradas não pavimentadas, além de caminhos e trilhas que a cortam. Nos períodos
chuvosos as vias não pavimentadas tornam-se muito precárias, sendo desaconselhável o tráfego com
veículos inadequados.
Figura 1.1 – Mapa de localização da área estudada. Modificado de DetranNet (2002).
2
Contribuições às Ciências da Terra – Série M, vol. 47, 130p.
1.3 - OBJETIVOS E RELEVÂNCIA DO TRABALHO
O principal objetivo da presente pesquisa consistiu a contribuição aos conhecimentos acerca
da gênese das mineralizações de esmeralda da região da Província Esmeraldífera de Itabira–Nova Era.
Foi dada ênfase à caracterização petrográfica, química e petrogenética dos diferentes tipos litológicos
correlacionados às unidades já conhecidas na literatura científica, além do reconhecimento expedito do
arcabouço estrutural e de observações relativas à dinâmica dos esforços, que consistem importantes
fatores condicionantes da atual posição espacial desses litotipos.
Dentre os objetivos mais específicos destacam-se o desenvolvimento de estudos petrográficos
de detalhe, litogeoquímicos, químico-mineralógicos, geotermométricos, geobarométricos, bem como
de um levantamento estrutural expedito com foco na Mina Rocha. Após a análise e interpretação dos
resultados propõem-se modelos para a evolução geológica da região em questão.
1.4 – MATERIAIS E MÉTODOS
Durante o desenvolvimento da presente pesquisa foram executados diversos trabalhos, cujas
metodologias encontram-se discriminadas a seguir.
1.4.1 - Revisão Bibliográfica
Na etapa de revisão bibliográfica realizou-se a seleção, leitura e sistematização das principais
fontes de dados disponíveis na literatura. Nesta fase procurou-se avaliar tanto os trabalhos de cunho
local como regional, de diferentes áreas do conhecimento geológico, buscando-se enfatizar os
trabalhos sobre a geologia e gênese das esmeraldas de Itabira.
1.4.2 - Compilação Cartográfica
No decorrer da etapa de compilação cartográfica foi realizada a seleção e tratamento das bases
cartográficas obtidas na fase anterior e abaixo discriminadas.
1 – Mapa geológico, escala 1:100.000 da Folha Itabira, SE-23-Z-D-IV (Padilha et al. 2000).
2 – Mapa topográfico, escala 1:100.000 da Folha Itabira (SE-23-Z-D-IV), produzida pelo
Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), em 1976.
1.4.3 - Trabalhos de Campo
Os trabalhos de campo consistiram em uma etapa preliminar de reconhecimento regional e em
etapas subseqüentes com ênfase local. O reconhecimento regional teve como finalidade principal a
observação das estruturas e o reconhecimento dos diferentes litotipos, bem como a padronização da
sua nomenclatura e a familiarização com seus diferentes estados de alteração intempérica. Nesta etapa
foram visitados a mina da Piteiras, o garimpo de Capoeirana além de afloramentos e cortes de estrada.
3
Delgado, C. E. R. 2007, Geologia e Petrogênese na Região da Província Esmeraldífera de Itabira, MG
Os trabalhos de campo de cunho local foram subdivididos em diversas etapas realizadas de
novembro de 2004 a novembro de 2005.
A primeira etapa contabilizou cinco dias de campo, realizada entre 29/11/04 e 03/12/2004,
tendo por finalidade a descrição e, principalmente, a amostragem de intervalos dos testemunhos de
sondagem do acervo da Mina Rocha. Optou-se, estrategicamente, por iniciar a amostragem a partir dos
testemunhos, pois estes permitem uma boa noção da sucessão estratigráfica, bem como a coleta de
amostras frescas, uma vez que os afloramentos são escassos e o estágio de desenvolvimento das minas
a céu aberto e subterrânea era muito inicial.
Durante a segunda etapa de campo, realizada no período entre 14 e 18 de março de 2005,
efetuou-se uma visita às instalações da mina a céu aberto, onde efetuou-se uma amostragem expedita
“in situ” e a tomada de dados estruturais, ambos georeferenciados por GPS, além de parte do registro
fotográfico.
Na terceira etapa, compreendida entre 9 e 14 de junho de 2005, foi realizado o reconhecimento
e amostragem georeferenciados de rochas encontradas nas circunvizinhanças das minas de esmeralda
da Piterias, Belmont e Mina Rocha, tendo sido ainda estudados afloramentos em cortes de estrada,
drenagens e garimpos.
Entre 13 e 16 de outubro de 2005 foi realizado levantamento de dados estruturais e registro
fotográfico em galerias encontradas na área da Rocha Mineração, outrora destinadas a garimpos de
alexandrita.
1.4.4 - Preparo de Amostras
No laboratório de petrografia macroscópica do DEGEO foi realizada a descrição sucinta das
amostras coletadas durante a fase de campo, bem como de parte das amostras coletadas por Vianna
(2004) na mina da Piteiras.
As amostras selecionadas para estudos petrográficos refinados foram enviadas ao Laboratório
de Laminação (LAMIN/DEGEO) para confecção de lâminas com espessura em torno de 30 micra. O
polimento das lâminas selecionadas para exame de química mineral foi feito nesse mesmo laboratório.
No Laboratório de Preparação de Amostras para Geocronologia (LOPAG/DEGEO) foram
preparadas 45 amostras para determinação litogeoquímica. A preparação constituiu da fragmentação
das amostras com marreta até pedaços com cerca de 5 cm de diâmetro e moagem em moinho de
carbeto-tungstênio.
4
Contribuições às Ciências da Terra – Série M, vol. 47, 130p.
1.4.5 – Análises Litogeoquímicas
Das 45 amostras preparadas, 23 foram selecionadas para análise litogeoquímica (ICPOES/MS) no laboratório ACME Analítica Laboratórios LTDA. Dessa forma, os elementos maiores
foram analisados via ICP-OES a partir da amostra aberta com HNO3, previamente fundida em LiBO2.
Os elementos-traço, por sua vez, foram analisados via ICP-MS a partir da amostra aberta com HNO3 e
água régia, previamente fundida em LiBO2. Uma tabela discriminante dos elementos químicos
analisados em cada método, bem como dos seus limites de detecção encontra-se junto com os
respectivos resultados no Anexo 1.
Complementarmente foram realizadas mais 15 análises litogeoquímicas via ICP-OES no
LGqA/DEGEO, 5 das quais coincidentes com amostras anteriormente enviadas para o laboratório
ACME. O A abertura dessas amostras foi feita a partir da dissolução nos ácidos HCl, HNO3, H2SO4 e
HF e seguiu às normas internas desse laboratório. Os resultados e os limites de detecção do
equipamento encontram-se apresentados no Anexo 1.
A determinação da idade de cristalização U/Pb de titanita radioativa, foi efetuada no
Laboratório de Geologia Isotópica IG-UFRGS por LAM-MC-ICPMS, que consiste na utilização de
um Espectrômetro de Massa Multicoletor com Plasma Acoplado Individualmente e Microssonda de
Ablação à Laser.
Trata-se de uma técnica moderna e refinada que possibilita a determinação das razões
isotópicas de urânio e chumbo por meio de análises puntuais no mineral investigado. Essa técnica tem
o benefício de diminuir o risco de contaminação, uma vez que é possível de se escolher a região do
grão a ser analisada, e diminuir consideravelmente o tempo demandado para obtenção dos resultados.
Permite ainda a investigação em grãos encontrados em diversas situações texturais, como incluso em
cristais e dispersos na matriz da rocha.
1.4.6 - Estudos Petrográficos e Petrológicos
A caracterização petrográfica foi efetuada a partir da descrição macroscópica – sob lente de
até 40X – e complementada por estudos de microscopia de luz transmitida de 72 lâminas delgadas
(Anexo 2), efetuados em microscópio de polarização Carl Zeiss, modelo Laborlux 12 Pol S, do
Laboratório de Microscopia Ótica do DEGEO.
5
Delgado, C. E. R. 2007, Geologia e Petrogênese na Região da Província Esmeraldífera de Itabira, MG
As análises por difratometria de raios X foram realizadas no equipameto Rigaku, modelo
Geigerflex D/Max – B Series do DEGEO, que operou em condições de excitação de 20 mA e 40 kV,
com intervalo de exposição de 2-70º e velocidade do goniômetro de 1,2º/min., λ=1.540.562Å, com
tubo de Cu. Os resultados foram interpretados com auxílio do software JADE, da MDI (Materials
Data Incorporation), com base no banco de dados da ICPDS (International Center for Diffraction
Data – ICDD).
Dados químicos semiquantitativos de minerais foram obtidos com o Microscópio Eletrônico
de Varredura (MEV) JEOL, modelo 5510 JSM, acoplado ao dispositivo de Espectometria de
Dispersão de Energia (EDS), Thermo Electron, do MICROLAB-DEGEO. O equipamento operou em
modo BEC (elétrons retro-espalhados), sob condições analíticas de 20 kV, com largura do feixe de 40
µm e 2000 contagens.
As microanálises químicas quantitativas de minerais empregadas nos cálculos de
geotermobarometria foram obtidas com o emprego de microssonda eletrônica JEOL, modelo JXA
8900 RL do Laboratório de Microanálises da UFMG. O equipamento operou em condições de 20 kV,
com largura do feixe de 10 µm e tempo de contagem de 100s.
1.4.7 - Tratamento e Análise dos Dados
Os estereogramas foram confeccionados no software Stereonet v3.03 - Geological Software
(1995).
Os dados geoquímicos e de química mineral foram processados no software MinPet v.2.0, de
Richards (1994).
A classificação dos anfibólios foi efetuada com o software NEWAMPHCAL v-99.4, de
Yavuz (1996).
Os cálculos geotermobarométricos foram efetuados no software GPT (Reche & Martinez
1996), exceto para o geotermômetro granada-anfibólio, que seguiu a metodologia sugerida por
Graham & Powell (1984).
Os diagramas de estabilidade das reações metamórficas foram gerados pelo software
TWEEQU (ou TWQ), de Berman, 2006.
6
CAPÍTULO 2
GEOLOGIA REGIONAL
2.1 - TRABALHOS ANTERIORES
A síntese da geologia do Estado de Minas Gerais encontra-se descrita em trabalhos de
mapeamento regional efetuados pelo Departamento Nacional da Produção Mineral (DNPM), pela
Companhia de Pesquisa de Recursos Minerais (CPRM) e pela Companhia de Desenvolvimento do
Estado de Minas Gerais (CODEMIG). O detalhamento dessa geologia, produzido por cientistas de
universidades e institutos de pesquisas, pode ser encontrado em monografias, dissertações e teses, bem
como em diversos trabalhos publicados em periódicos especializados e em resumos de simpósios e de
congressos.
O elevado potencial metalogenético do Quadrilátero Ferrífero torna-o alvo da atenção de
pesquisadores dos mais diversos ramos das geociências, responsáveis pela produção de um vasto
acervo de dados geológicos acerca dessa região. Assim, visando a redução no volume de informações,
a presente revisão bibliográfica será restrita aos principais trabalhos de cunho regional e aos de detalhe
relativos a porção nordeste do Quadrilátero Ferrífero, a qual abrange a área do presente estudo.
A série de trabalhos regionais com maior relevância inicia-se com a descrição da fisiografia,
estratigrafia e evolução do Quadrilátero Ferrífero (1:150.000), compilada por Dorr (1969). No ano de
1978, Schobbenhaus e colaboradores sintetizam, na Folha Belo Horizonte ao Milionésimo, todo
conhecimento geológico disponível naquele momento. Netto et al. (1998) publicam o cadastramento
dos recursos minerais (1:250.000) da Província Pegmatítica Oriental, leste de Minas Gerais,
reimpresso em 2000, ano em que Padilha e colaboradores apresentam as cartas Geológica e
Metalogenética/Provisional da Folha Itabira (1:100.000).
Os diversos trabalhos de cunho local podem ser agrupados segundo seu tema central.
Encontram-se, dessa forma, trabalhos com foco em petrogênese, geologia estrutural, geocronologia e
geofísica/sensoriamento remoto.
As investigações fundamentadas em petrologia se distinguem pelo objeto de estudo, assim,
Chemale Jr. (1987), Marciano et al. (1992), Dussin (1994) e Fernandes et al. (1995a) tratam da gênese
das rochas do tipo Borrachudos e pegmatitos associados; Schorsher (1979) e Guimarães (1992a) se
dedicam à evolução do embasamento; enquanto Souza (1988 e 1990), Souza et al. (1989), Machado
(1994 e 1998), Machado & Schorscher (1997) e Viana (2004) descrevem em detalhe a geologia de
importantes jazidas de esmeralda da região.
Delgado, C. E. R. 2007, Geologia e Petrogênese na Região da Província Esmeraldífera de Itabira, MG
No âmbito da geologia estrutural os trabalhos de Dussin et al. (1997), sobre a contextualização
tectônica da Suíte Borrachudos; de Matias et al. (1997), sobre as estruturas encontradas no Garimpo
de Capoeirana; e o de Peres et al. (2004), sobre o estilo deformacional da borda leste do Quadrilátero
Ferrífero são os de maior relevância.
Com relação ao acervo geocronológico há diversos trabalhos sobre a evolução geotectônica e a
datação de granitos tipo Borrachudos, de pegmatitos e de xistos com mineralizações de esmeraldas.
Dessa forma o arcabouço geocronológico do Quadrilátero Ferrífero e do Espinhaço Meridional
encontra-se sintetizado nos estudos de Teixeira et al. (1990) e Noce (1995). As idades dos granitos
tipo Borrachudos, dos pegmatitos e dos xistos mineralizados foram determinadas, respectivamente,
por Chemale Jr. et al. (1997) e Fernandes et al. (2000); Bilal et al. (1995) e Preinfalk et al. (2002); e
Ribeiro-Althoff et al. (1996 e 1997).
Investigações por métodos indiretos, como sensoriamento remoto e geofísica, permitem a
contextualização de estruturas grandes e profundas e são aplicadas na prospecção e estudo de jazidas.
Nesse sentido Santos (1986) estudou, por sensoriamento remoto, a tectônica rúptil do Quadrilátero
Ferrífero, e Fernandez (2004) propôs a seleção de alvos para prospecção de esmeraldas na Folha
Itabira baseado em dados geofísicos.
2.2 - CONTEXTO GEOTECTÔNICO
A região investigada no presente estudo encontra-se na borda sudeste da porção meridional do
Cráton do São Francisco (Almeida 1977; Fig. 2.1). Seu posicionamento no limite do cráton – na região
de interação com a faixa móvel – é refletido por uma forte influência da Faixa Araçuaí. Essa faixa
delimita o segmento leste do cráton segundo um lineamento de direção localmente N-S, materializado
por dobramentos e falhamentos com polaridade dirigida para o antepaís cratônico (Fig. 2.1).
Conforme pode ser observado na figura 2.1, a região em questão está inserida nas adjacências
do domínio setentrional NE do Quadrilátero Ferrífero. Dessa forma deve-se esperar uma considerável
influência das feições estruturais e litológicas e dos processos geológicos envolvidos na formação
desse domínio geotectônico como reflexo da sua parcial presença na área. Entretanto, há também uma
significativa influência de eventos geológicos desenvolvidos em outros importantes domínios
geotectônicos, como os complexos Guanhães e Mantiqueira, além da Suíte Borrachudos (Fig. 2.2).
O limite da zona de influência das feições estruturais e litológicas dos eventos geotectônicos
típicos de cada um dos domínios supracitados deve ser função da sua área de ocorrência. Dessa
maneira, os eventos geológicos característicos da região dos complexos Guanhães e Mantiqueira têm
maior influência nos setores central e oriental, respectivamente (Fig. 2.2). Por outro lado os processos
geológicos envolvidos na formação da Suíte Borrachudos são mais intensos no setor central, enquanto
que os processos envolvidos na formação da Província Geotectônica do Quadrilátero Ferrífero se
limitam apenas ao extremo ocidente (Fig. 2.2).
8
Contribuições às Ciências da Terra – Série M, vol. 47, 130p.
Figura 2.1 – Contexto geotectônico da área estudada (Almeida 1977, com modificações de Alkmim et al. 1993 e
Dardenne & Schobbenhaus 2001).
Figura 2.2 – Síntese geológica do Campo Pegmatítico de Itabira-Ferros, segundo Netto et al. (1998) e
localização da área estudada.
9
Delgado, C. E. R. 2007, Geologia e Petrogênese na Região da Província Esmeraldífera de Itabira, MG
2.3 - LITOESTRATIGRAFIA
O presente estudo segue a sistematização da geologia compilada no mais recente trabalho de
mapeamento geológico regional, realizado por Padilha et al. (2000). Este identifica, de uma forma
geral, para a região compreendida entre Itabira e Nova Era, litotipos atribuídos aos complexos
Mantiqueira e Guanhães, aos supergrupos Rio das Velhas e Minas, bem como à Suíte Borrachudos,
sendo o conjunto localmente atravessado por corpos metabásicos de idade proterozóica (Fig. 2.3).
Há, no entanto, uma questão freqüentemente observada na literatura com respeito ao emprego
de uma nomenclatura estritamente descritiva para as unidades dessa localidade em detrimento da já
consagrada na descrição geológica regional. O uso desse artifício decorre em parte pela complexidade
estrutural da área, em parte pela falta de continuidade lateral com as rochas das unidades formais.
Porém, entende-se que uma vez determinados os correlatos dessas unidades deve-se abandonar a
nomenclatura descritiva, visto essa não permitir uma rápida e precisa visualização da sucessão
estratigráfica no âmbito da geologia regional. Além disso o seu emprego provoca uma certa confusão,
pois engloba em uma única unidade informal um conjunto de rochas com idades variadas, as quais
apesar de terem passado por processos evolutivos distintos, encontram-se atualmente justapostas.
Dessa forma torna-se conveniente esclarecer aqui que ao Complexo Regional TTG Arqueano
– representante do substrato cristalino nos estudos de Souza (1988) e Schorscher (1991), dentre outros
– corresponde a combinação de parte das unidades do Complexo Mantiqueira com parte das unidades
do Complexo Guanhães.
A Seqüência Metavulcanossedimentar (Souza 1990 e Machado 1998, entre outros) encerra,
com exceção aos granitos do tipo Borrachudos, todo o conjunto das rochas depositadas e intrudidas no
embasamento. Esta corresponde, portanto, à união das demais unidades do Complexo Guanhães às
rochas supracrustais e plutônicas arqueanas do tipo greenstone do Supergrupo Rio das Velhas e seus
correlatos, bem como as seqüências supracrustais de idade paleo- e mesoproterozóica do tipo Minas e
Espinhaço, seus correlatos e às diversas gerações de rochas máficas que cortam todo o pacote.
A distribuição das unidades litológicas locais, nos mapas geológicos é, de forma geral,
simples. Observa-se o predomínio da Suíte Borrachudos, que apresenta traço amebóide em planta,
comumente alongado na direção nordeste, envolvida pelo Complexo Guanhães, cuja distribuição
permeia os espaços não ocupados pela primeira, o que pode mascarar seu trend francamente nordeste
(Fig 2.2 e 2.3). Subordinadamente são notados corpos lenticulares, com orientação nordeste-sudoeste,
dos supergrupos Rio das Velhas e Minas e do Complexo Mantiqueira, que faz contato tectônico de
direção ora norte-sul ora nordeste-sudoeste com as rochas do Complexo Guanhães (Fig. 2.2 e 2.3).
Conforme será discutido, essa última unidade pode guardar relação com a unidade informalmente
denominada Seqüência Gnáissica-Anfibolítica, que também apresenta contatos tectônicos, sendo
encontrada na porção oeste da área (Fig. 2.3).
10
Contribuições às Ciências da Terra – Série M, vol. 47, 130p.
Figura 2.3 – Geologia da Província Esmeraldífera de Itabira-Nova Era. Extraído de Padilha et al. (2000).
11
Delgado, C. E. R. 2007, Geologia e Petrogênese na Região da Província Esmeraldífera de Itabira, MG
2.3.1 – Complexo Mantiqueira
O Complexo Mantiqueira foi definido por Barbosa em 1954 (in Padilha et al. 2000) como um
conjunto de gnaisses encontrados ao sul e a leste da Serra do Espinhaço, e constitui a parte mais antiga
do Complexo Regional TTG Arqueano denominada como “constituintes primários” (Souza 1988). De
ocorrência restrita ao extremo leste do Campo Pegmatítico Itabira-Ferros, próximo à cidade de Nova
Era (Fig. 2.2) não representa mais que 5% da área da Província Esmeraldífera de Itabira-Nova Era
abrangida na figura 2.3. Padilha et al. (2000) levantam a possibilidade da correlação entre a sua fácies
anfibolítica e a Seqüência Gnáissica-Anfibolítica.
Os principais litotipos dessa unidade são gnaisses leucocráticos de composição granítica a
granodiorítica e mesocráticos de composição tonalítica, com bandamento bimodal de porte
decimétrico a métrico e foliação milonítica pervasiva (Padilha et al. 2000). Estes, juntamente com
migmatitos e anfibolitos máficos e ultramáficos, são raramente cortadas por corpos metamáficos e
interpretados como rochas de alto grau (Souza 1988 e Machado 1998). O contato desses gnaisses é
tectônico, por zonas de cisalhamento dúctil de baixo ângulo, com as rochas da Suíte Borrachudos e do
Complexo Guanhães (Fig. 2.3).
Quimicamente classificam-se como granito e álcali-feldspato granito peraluminoso,
enriquecido em elementos incompatíveis e terras raras leves, com anomalias negativas de Sr, V, Ni e
Cr e com teores insignificantes de Be (Machado 1998). A sua assinatura geofísica é dada por teores
médios de Th e U em contraposição aos baixos de K (Fernandez 2004).
Até o presente momento não há dados geocronológicos disponíveis para essa unidade, que na
área em questão é considerada como representante da crosta siálica arqueana. Dessa maneira, sua
gênese estaria relacionada à sucessão de eventos tectono-metamórficos diversos, responsáveis pelo seu
metamorfismo, gnaissificação e migmatização, além de dobramentos e falhamentos generalizados.
2.3.2 – Seqüência Gnáissica-Anfibolítica
A Seqüência gnáissica-anfibolítica é informalmente definida como um conjunto de rochas que
ocorre no extremo sudoeste da área e faz contato tectônico a leste com os litotipos da Suíte
Borrachudos e a oeste com os do Complexo Guanhães (Padilha et al. 2000; Fig. 2.3).
Essa unidade encerra um conjunto de gnaisses graníticos a tonalíticos e anfibolitos que se
intercalam de forma rítmica em intervalos decamétricos e se diferenciam das demais unidades
encontradas nessa região pela incipiente deformação, sendo possivelmente correlata às fácies mais
anfibolíticas do Complexo Mantiqueira (Padilha et al. 2000). A formalização ou o enquadramento
dessa unidade em relação às unidades clássicas necessita de um maior grau de detalhamento e estudos
mais apurados na sua área de ocorrência.
12
Contribuições às Ciências da Terra – Série M, vol. 47, 130p.
2.3.3 – Complexo Guanhães
A intricada seqüência metavulcanossedimentar do tipo granito-greenstone que se interpõe aos
corpos graníticos da Suíte Borrachudos (Fig. 2.2 e 2.3) motiva grande debate na literatura geológica.
Enquanto Grossi Sad et al. (1990), Pedrosa Soares et al. (1994) e Padilha et al. (2000), entre outros
propõem a sua correlação com o Complexo Guanhães, para Machado (1998) e Iwata (2000), entre
outros esta deve ser ao menos em parte correlacionável ao Supergrupo Rio das Velhas. Entretanto, a
falta de continuidade lateral com as litologias do Supergrupo Rio das Velhas, a qual pode ser
verificada com relação às do Complexo Guanhães atesta para a sua correlação com o último (Fig. 2.2).
Os diversos estudos realizados em rochas dessa seqüência (ex.: Souza 1988 e 1990; Schorsher
1991; Machado 1994 e 1998; Iwata 2000; Padilha et al. 2000; Viana 2004, entre outros) permitem,
independentemente da sua correlação, dividi-la, com base em seu conteúdo litológico, em três
unidades – metaultramáfica, metassedimentar e metamáfica, descritas a seguir – que se intercalam a
gnaisses TTG segundo camadas de porte métrico e que têm em comum um elevado grau de
deformação e de alteração intempérica.
A unidade Metaultramáfica tem reduzida expressão areal – porém grande importância, por
hospedar a mineralização de esmeralda – e é composta por xistos de cor negra, esverdeada e dourada,
dependendo da predominância de biotita, anfibólio e clorita, respectivamente, bem como
porfiroblastos orientados de esmeralda, além de plagioclásio, quartzo, magnetita, apatita, cromita e
talco (Machado 1998).
As rochas da unidade metaultramáfica têm afinidade química com komatiítos basálticos a
peridotíticos (Machado 1998 e Iwata 2000). Observa-se que os tipos mais metassomatizados
(flogopitizados) são sensivelmente mais ricos em álcalis (Na2O+K2O) e em Be que os demais
(anfibólio xistos, clorita xistos e cromititos), os quais são mais ricos em MgO (Machado 1998). O
comportamento dos elementos menores e traços é semelhante nos anfibólio xistos mais e menos
metassomatizados, ambos enriquecidos em elementos incompatíveis, diferindo pela concentração
cerca de dez vezes maior de Rb no primeiro tipo e pela anomalia positiva de Ba do último (Machado
1998).
O metamorfismo regional experimentado por essas rochas foi processado nas condições da
fácies xisto verde superior a anfibolito médio e teve polaridade voltada para leste, conforme indicam
as paragêneses descritas por Souza (1988). De fato temperaturas variando entre 480-530 ºC foram
recentemente obtidas por geotermometria de Ti em biotita da Mina da Piteiras (Viana 2004). A
deformação que acompanha esse metamorfismo, responsável pela impressão de uma xistosidade
paralela ao bandamento, com mergulho de médio a baixo ângulo para sudoeste, ocorre associada a
uma lineação que cai com baixo ângulo para norte-nordeste e sul-sudeste (Viana 2004)
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Delgado, C. E. R. 2007, Geologia e Petrogênese na Região da Província Esmeraldífera de Itabira, MG
A unidade metaultramáfica não é mapeavel na escala 1:100.000, pois ocorre apenas como
intercalações centimétricas a métricas nos xistos metapelíticos ricos em moscovita e biotita (Souza
1988). É interessante observar uma concentração preferencial dos tipos ricos em anfibólio na porção
oeste da área, segundo uma linha N-S, que se estende de Nova Era a Hematita (Machado 1998 e Iwata
2000).
A unidade Metassedimentar é composta por uma fácies quartzítica e uma oxidada (mapeadas
apenas localmente), sendo predominantemente cartografada de forma indiferenciada, o que ocorre em
apreciável área do Complexo Guanhães (Fig. 2.3). Essa fácies indiferenciada encerra um conjunto de
quartzitos, formações ferríferas, xistos (com variadas proporções de moscovita, biotita e quartzo),
metapelitos gnaissificados e suas transições (Padilha et al. 2000). Metapelitos (de caráter xistoso e
gnaissificado) são muito abundantes e apresentam composições mais favoráveis aos estudos
petrogenéticos. Dentre eles se diferenciam três tipos: moscovita-quartzo xisto com biotita; moscovitabiotita-quartzo xisto com granada e estaurolita; e moscovita-biotita-cordierita-plagioclásio-clorita xisto
(Souza 1988), além dos acessórios cianita, sillimanita, apatita, cummigtonita, óxidos de Fe e Ti e
fluorita (Machado 1998).
Até o presente momento, os únicos dados litogeoquímicos disponíveis para essa unidade são
cinco análises de paragnaisses provenientes da região entre Esmeralda de Ferros e Hematita Estes
mostram composição cálcica e afinidade peraluminosa, com coríndon normativo, além de uma forte
correlação negativa entre a maioria dos óxidos em relação à sílica (Iwata 2000).
Como foi destacado por Souza (1988), a diversidade mineralógica dos xistos metapelíticos
registra bem o metamorfismo regional de fácies xisto verde alto a anfibolito médio, comprovado por
geotermobarometria (Tab. 2.1).
Tabela 2.1 – Geotermobarometria de metassedimentos e paragnaisses coletados entre Itabira e Nova Era.
Temperatura núcleo-borda (ºC)
Grd-Estb
Grd-Anfc
Grd-Bio
612-596
559-540
468-483
631-625
669-655
a
Belmont/Capoeirana1
Piteiras2
Pressão (kbar)
GASP
~ 8d
4e
1-Machado (1998), 2-Viana (2004); a-Bhattacharya et al. (1992), b-Perchuk (1991), c-Graham & Powell (1984), d-Koziol (1989),
e-Powell (1978); Grd = granada, Bio = biotita, Est = estaurolita, Anf = anfibólio e GASP = granada-aluminossilicato-quartzo-plagioclásio.
A unidade Metamáfica, constitui as rochas com maior expressão areal, distinguindo-se tipos
bandados, derivados de tufos, e tipos homogêneos, derivados de intrusões (Souza 1988). Os mais
comuns são diques de trend N-S, encontrados por 400 km ao longo da Serra do Espinhaço (Dussin
1994).
14
Contribuições às Ciências da Terra – Série M, vol. 47, 130p.
Esses diques têm textura holocristalina fina a grossa, por vezes porfirítica e são compostos por
clinopiroxênio e plagioclásio, com magnetita e ilmenita como acessórios e anfibólio, clorita, epidoto,
biotita, sericita, carbonatos e albita como secundários (Dussin 1994). Os relictos ígneos não
representam mais que 5% da composição mineralógica dessa rocha (Dussin 1994). Os metatufos são
compostos por hornblenda, quartzo e plagioclásio, com granada, epidoto, biotita, titanita,
cummingtonita e opacos como acessórios (Machado 1998).
Os metadiabásios têm composição basáltica subalcalina tholeiítica de rift continental e
assinatura geoquímica dada pela correlação negativa entre MgO, elementos incompatíveis e óxidos de
Si, Ti, Fe, Na e P, em contraste com a correlação positiva entre o CaO e metais de transição (Dussin
1994), além do enriquecimento em Zr, V e Th e do aumento de Y proporcional ao do #FeO, expresso
por FeOT/FeOT+MgO (Machado 1998).
O metamorfismo experimentado pelas rochas metamáficas processou-se na fácies anfibolito,
sugerido pelas paragêneses minerais (Souza 1988) e dados geotermobarométricos (Tab. 2.2).
A idade tardi-proterozóica, proposta por Dorr & Barbosa (1963), é confirmada por
geocronologia U-Pb em zircão datado de 906 ±2 Ma (Machado et al. 1989), a idade de extração crustal
TDM dessas rochas é estimada em 1550-1640 Ma (Dussin 1994).
Tabela 2.2 – Geotermobarometria de metamáficas coletadas entre Itabira e Nova Era.
Belmont/Capoeirana1
Piterias2
Temperatura núcleo-borda (ºC)
Grd-Hblb
Hbl-Plga
602-593
644-628
580-534
Pressão núcleo-borda (kbar)
GASPc
Grd-Hbl-Plg-Qtzd
~7
6-5
1-Machado (1998), 2-Viana (2004); a-Holland & Blundy (1994), b-Graham & Powell (1984), c-Koziol (1989), d-Kohn & Spear (1990).
Hbl = hornblenda, Plg = plagioclásio, Grd = granada, Qtz = quartzo e GASP = granada-aluminossilicato-quartzo -plagioclásio.
2.3.4 – Grupo Nova Lima (Supergrupo Rio das Velhas)
A seqüência de xistos e filitos esverdeados (paraderivados e vulcânicos) que, na porção oeste
da área se associa a quartzitos, formações ferríferas, anfibolitos e ultramáficas é correlacionada ao
Grupo Nova Lima (Padilha et al. 2000; Fig. 2.3). Embora se reconheça a presença de litotipos das suas
três unidades principais (metavulcânica, metassedimentar e química) o detalhamento dos trabalhos de
cartografia até então efetuados é insuficiente para a sua individualização.
A clorita é o mineral mais abundante em diversos litotipos dessa unidade, ocorrendo ainda
quartzo, tremolita/actinolita, plagioclásio sódico, magnetita, leucoxênio e carbonatos (Padilha et al.
2000). Essa assembléia mineral sugere um metamorfismo de fácies xisto verde alto a anfibolito baixo,
acompanhado de processos deformacionais, registrados pela foliação.
15
Delgado, C. E. R. 2007, Geologia e Petrogênese na Região da Província Esmeraldífera de Itabira, MG
2.3.5 – Supergrupo Minas (indiviso)
Da pilha de metassedimentos que materializa o Quadrilátero Ferrífero são individualizados
quatro grupos: Caraça, Itabira, Piracicaba e Sabará, de natureza química e terrígena, com maior ou
menor contribuição vulcanogênica (ex.: Alkmim & Marshak 1998 e Padilha et al. 2000). Na região
estudada as rochas dessa unidade têm pequena expressão areal, restringindo-se aos setores noroeste e
centro-sul do mapa (Fig. 2.3). Apesar de estar individualizada, sabe-se que nas proximidades de Itabira
predominam os litotipos da Formação Cauê, Grupo Itabira, que constituem-se essencialmente de
formações ferríferas bandadas, por vezes manganesíferas e dolomíticas.
2.3.6 – Rochas ígneas
Em termos gerais são notados três tipos de rochas ígneas: granitóides tipo Borrachudos, que
ocorrem com dimensões consideráveis e dominam a região entre Itabira-Nova Era (Fig. 2.3); veios e
diques de pegmatitos com origem não muito clara, que podem ou não relacionar-se aos granitos; e
corpos máficos diversos (Dussin 1994 e Padilha et al. 2000).
Suíte Borrachudos
A Suíte Borrachudos (Grossi Sad et al. 1990) encerra vários corpos com afinidade geológica
ao Granito Borrachudos, descrito a noroeste de Itabira (Dorr & Barbosa 1963). A área de ocorrência
dessa suíte limita a porção leste da Serra do Espinhaço, estendendo-se por cerca de 200 km, da represa
Peti até Sabinópolis, passando por Ferros (Dussin 1994; Fig. 2.2). Machado (1998), entre outros,
dissociam o Granito Borrachudos, considerado por eles arqueano, dos granitos estaterianos dessa suíte.
Os litotipos predominantes nessa suíte são leucocráticos e foliados, com granulação variando
de fanerítica grossa a afanítica, localmente porfirítica (Dussin 1994). Trata-se normalmente de um
augen-gnaisse cuja fraca foliação – homogênea e penetrativa, dada pela orientação de nódulos de
biotita – tende a desaparecer da periferia para o centro dos corpos (Souza 1988).
Os diversos corpos plutônicos e vulcânicos da Suíte Borrachudos são mineralogicamente
semelhantes entre si e classificados como álcali-feldspato granitos (Dussin 1994). Feldspato potássico,
quartzo, biotita, plagioclásio e hornblenda compõem a mineralogia essencial, enquanto fluorita,
epidoto, titanita, apatita, monazita, molibdenita, granada, sulfetos e óxidos de Fe e Ti constituem os
principais acessórios (Machado 1998). O feldspato potássico, encontrado tanto na matriz como em
fenocristais, apresenta-se de duas maneiras: ortoclásio pertítico a mesopertítico, de origem primária
(Dussin 1994), e microclina, produto da recristalização metamórfica (Machado 1998).
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Contribuições às Ciências da Terra – Série M, vol. 47, 130p.
Quimicamente semelhantes a granitos intra-placa esses litotipos, de grande homogeneidade
composicional nos vários corpos da suíte, têm afinidade com granitos tipo-A (Fernandes et al. 2000).
O seu caráter metaluminoso a subalcalino (com exceção dos tipos mais deformados, peraluminosos) e
a presença de F, aliados às anomalias negativas de Ba, Sr, V, Cr e Ni e positivas de Rb, Th, Pb, Nb, e
ETR e à elevada razão Ga/Al são a assinatura geoquímica desses litotipos (Dussin 1994).
Com relação aos elementos terras raras (ETR) nota-se que os granitos e riolitos, foliados ou
não, são em geral semelhantes, com fracionamento dos termos pesados e pronunciada anomalia
negativa de Eu, diferindo-se os granitos pelo menor conteúdo ETR, empobrecimento relativo de Lu
em relação a Yb e ausência da anomalia negativa de Ce, em comparação aos riolitos (Dussin 1994).
Tipos foliados têm conteúdo de ETR e anomalia de Eu maiores que os homogêneos (Machado 1998).
Seu metamorfismo, estimado na fácies epidoto-anfibolito pela paragênese albita, biotita,
epidoto e granada (Souza 1988) é confirmado por cálculos geotermobarométricos (Tab. 2.3).
Tabela 2.3 – Geotermobarometria do Granito Borrachudos da região entre Itabira e Nova Era (Machado 1998).
Textura
Homogênea
Foliada
Temperatura núcleo-borda (ºC)
Grd-Bioa
Plg-Afelb
554-630
427-419
418-399
Pressão núcleo-borda (kbar)
GASPc
Estm
6
11-22
6
a-Bhattacharya et al. (1992), b-Nekvazil & Burnham (1987), c-Koziol (1989); Grd = granada, Bio = biotita, Plg = plagioclásio, Afel = álcalifeldspato, GASP = granada-aluminossilicato-quartzo-plagioclásio e Estm = pressão usada nos cálculos geotermométricos
Dados geocronológicos (U-Pb e Pb-Pb, Tab. 2.4) indicam que o plutonismo da Suíte
Borrachudos provavelmente ocorreu durante o período Estateriano (Dussin 1994) sincrônico, portanto,
ao vulcanismo ácido relacionado ao Supergrupo Espinhaço (Machado et al. 1989). O Brasiliano é o
ultimo evento tectono-metamórfico importante dessa região, marcado pela restauração do sistema
isotópico e registrado nos sistemas Rb-Sr e K-Ar. Uma síntese dos dados geocronológicos para os
diversos corpos da Suíte Borrachudos pode ser encontrada na tabela 2.4.
Tabela 2.4 – Síntese dos dados geocronológicos dos corpos da Suíte Borrachudos.
Plúton/Método
São Félix
Urubú
Itauninha
Açucena
Granito
subvulcânico do
Vale do Guanhães
U-Pb (Ma)
1740 ± 81
Pb-Pb (Ma)
1729 +122
16003
-
Rb-Sr (Ma)
1426 +144
2140 ± 1774
-
K-Ar (Ma)
482 ± 62
486 ± 82
475 ± 62
-
-
932 ± 924
463 ± 72
1-Silva et al. (2002), 2-Dossin et al. (1993), 3-Dussin (1994), 4-Teixeira et al. (1990).
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Delgado, C. E. R. 2007, Geologia e Petrogênese na Região da Província Esmeraldífera de Itabira, MG
Pegmatitos
Diversos corpos pegmatíticos, com poucos centímetros a dezenas de metros de espessura,
cortam, de forma subconcordante, as rochas da Suíte Borrachudos e dos complexos Mantiqueira e
Guanhães (Dorr & Barbosa 1963). De acordo com o seu conteúdo mineralógico estes podem ser
agrupados em dois conjuntos, uma granítica rica em feldspato e mineralizada em berilo e outra
peraluminosa insaturada, com cianita, cordierita e coríndon, que se associa à unidade metassedimentar
do Complexo Guanhães, especialmente aos termos mais gnaissificados (Machado 1998).
Os pegmatitos do primeiro conjunto são os mais comuns e foram introduzidos nos tipos mais
foliados da Suíte Borrachudos (onde são mais abundantes), nos gnaisses do Complexo Mantiqueira e
nas unidades máfica e ultramáfica do Complexo Guanhães (Souza 1988). O conteúdo de K, Rb e Cs
em álcali-feldspato e moscovita desses pegmatitos mostra sua diferenciação de cerâmico (à moscovita)
até portadores de metais raros, especializado em Be, refletindo uma taxa de diferenciação moderada,
comparada aos demais distritos da Província Pegmatítica Oriental Brasileira (Morteani et al. 2000).
Dados geocronológicos Rb-Sr de feldspatos e biotita sugerem a existência de pelo menos duas
gerações de pegmatitos (Tab. 2.5). Uma primeira, de idade estimada em 1900 Ma. é responsável pela
formação dos veios mineralizados em esmeralda, deformados no Ciclo Brasiliano, com reequilíbrio do
sistema isotópico (Preinfalk et al. 2002). Essa geração é alternativamente interpretada como
contemporânea ao Ciclo Brasiliano, apoiada por datações em monazita e titanita com 520 Ma e 512450 Ma, (Bilal et al. 2000 e Dussin & Uhlein 2003). A segunda geração de pegmatitos, datada de 477
±14 Ma, origina veios estéreis indeformados (Preinfalk et al. 2002).
Tabela 2.5 – Síntese dos dados geocronológicos de pegmatitos e xistos mineralizados.
Local/Método
Feldspato e moscovita de banda pegmatítica estéril no Borrachudos
Feldspato de veio pegmatítico estéril do ortognaisse de Piçarrão
Biotita xisto mineralizado em esmeralda (Belmont)
Flogopita em xisto mineralizado em esmeralda (Capoeirana)
Veios estéreis em ortognaisses de Ponte da Raiz, Morro Escuro e Caracol
Rb-Sr
477 ±61
480 ±41
4801
477 ±141
Ar-Ar
509 ±22
-
1- Preinfalk et al. (2002), 2-Ribeiro Althoff et al. (1996).
Máficas
Ao menos duas gerações de rochas máficas podem ser seguramente reconhecidas na região em
apreço: uma mais antiga, anfibolitizada, e outra sem indícios de metamorfismo (Dorr & Barbosa
1963). Boa parte das rochas mais antigas deve se relacionar à unidade metamáfica do Complexo
Guanhães, já descrito. Dentre as mais jovens, que cortam as estruturas brasilianas, distinguem-se
diques de diabásio e gabro com bordas de resfriamento (Dorr & Barbosa 1963) encaixados em antigos
sistemas de fraturas de orientação N-S (Dussin 1994).
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Contribuições às Ciências da Terra – Série M, vol. 47, 130p.
Essas rochas têm textura inequigranular intergranular, raramente porfirítica e vesicular, são
compostas por plagioclásio, augita e/ou olivina além de óxidos de Fe e Ti (Dussin 1994).
Sua idade, estimada pelo método K-Ar em rocha total entre 220-170 Ma, indica uma evolução
anterior aos principais enxames fanerozóicos do sudeste brasileiro (Dussin 1994).
2.4 - ARCABOUÇO ESTRUTURAL
Os principais aspectos estruturais são reflexo do posicionamento geotectônico da área junto à
Faixa Araçuaí (Almeida 1977). Dessa forma observa-se que as maiores estruturas, como os limites das
principais unidades litoestratigráficas, encontram-se alinhados segundo a direção NNE-SSW,
concordante com o trend geral da Faixa Araçuaí nessa região (Almeida 1977; Fig. 2.1).
Localmente também é notável a orientação preferencial das estruturas marcadoras dos
processos deformacionais, como zonas de cisalhamento, foliações e eixos de grandes dobras,
alinhados segundo a direção NNE-SSW (Fig. 2.3). Da mesma forma os contatos litológicos também
orientam-se segundo essa direção (Fig. 2.3), conforme já discutido na litoestratigrafia.
Uma vez que o principal estilo estrutural reconhecido é o dobramento, as diferentes famílias
de dobras foram agrupadas em três classes em função da sua área de abrangência. Dessa maneira, as
dobras de mesoescala, com eixo NE-SW variam de abertas a isoclinais (podendo mostrar flanco
invertido), constituem aquelas mapeáveis por poucos quilômetros, como os sinformes de Cauê, Dois
Córregos e Conceição, que é contíguo ao antiforme do Rio do Peixe; as dobras de pequena escala
ocorrem superimpostas às de mesoescala e têm comprimento de onda menor que 1 km, portanto
passíveis de identificação em afloramentos; por fim, as dobras menores, têm eixo NE-SW e
comprimento de onda de dezenas de metros a poucos milímetros, não sendo, portanto representáveis
em mapas geológicos (Dorr & Barbosa 1963).
Nas proximidades de Itabira a foliação tende a mergulhar com ângulo moderado para E. No
domínio dos granitos mais foliados da Suíte Borrachudos a foliação mergulha com ângulo baixo a
moderado para NNW, que concorda com parte das medidas de bandamento gnáissico, no qual são
observados mergulhos para WSW (Souza 1988). A foliação observada em xistos da mina da Piteiras
mergulha com ângulo baixo a moderado para SW, sendo ainda observada uma foliação mais jovem
que mergulha com médio ângulo para NW (Viana 2004).
19
Delgado, C. E. R. 2007, Geologia e Petrogênese na Região da Província Esmeraldífera de Itabira, MG
As estruturas lineares, materializadas pelos eixos de dobras menores, de crenulações e do
alongamento de minerais e agregados deformados, têm caimento sistemático em torno de 10-40º para
E nas proximidades de Itabira (Dorr & Barbosa 1963). Na mina da Piteiras e em suas
circunvizinhanças a lineação mineral cai com baixo ângulo ora para SSE ora para NNW (Viana 2004).
Conforme já discutido na litoestratigrafia, uma marcante característica dos granitos tipo Borrachudos é
a presença de uma pronunciada lineação mineral.
Em vários locais podem ser observadas falhas, normalmente de alto ângulo e com trend N-S
que cortam as maiores estruturas (Dorr & Barbosa 1963 e Souza 1988).
20
CAPÍTULO 3
LITOESTRATIGRAFIA E GEOLOGIA ESTRUTURAL
3.1 - ARCABOUÇO LITOESTRATIGRÁFICO DA ÁREA ESTUDADA
As rochas da região da Província Esmeraldífera de Itabira-Nova Era podem ser agrupadas em
cinco grupos litológicos principais: gnaisses, xistos, quartzitos, granitóides e anfibolitos.
As fichas de descrição petrográfica dessas amostras encontram-se sumarizadas no Anexo 2.
Os gnaisses têm distribuição reduzida na área entre Itabira e Nova Era, particularmente
abundantes nas proximidades dessa última. Na região de Nova Era os ortognaisses predominam sobre
os gnaisses paraderivados encontrados a sul de Itabira, localmente gerados pelo metamorfismo mais
intenso de rochas sedimentares relacionadas ao Complexo Guanhães (Fig. 2.3). Os ortognaisses de
Nova Era são interpretados como parte do Complexo Mantiqueira (Fig. 2.3)
Os xistos compreendem um importante grupo litológico, uma vez que são os principais
portadores dos cristais de esmeralda. Juntos, os xistos mineralizados e estéreis, agrupados na unidade
metavulcanossedimentar do Complexo Guanhães (Gmvs), mostram uma considerável expressão areal
em planta (Fig. 2.3). Podem ser reconhecidos tipos de caráter claramente paraderivado, com diversas
proporções de quartzo, biotita, cianita e estaurolita, e tipos ortoderivados, de caráter ultramáfico, que
portam flogopita e anfibólio, alternando-se como principais minerais e granada acessória. Em campo,
os xistos orto- e paraderivados ocorrem tanto isoladamente como em associação, sendo comum
observar-se interdigitações entre esses dois tipos.
Quartzitos ocorrem intimamente relacionados aos xistos paraderivados em diversos pontos da
área, como na Serra da Pedra Branca e na estrada entre Itabira e Guanhães, podendo ainda ser
observada gradação entre quartzo-moscovita xisto e quartzito, conforme se observa localmente na
mina da Piteiras e em furos de sondagem na Mina Rocha.
Os metagranitos da Suíte Borrachudos são as rochas predominantes dessa região (Fig. 2.3), no
entanto reconhecem-se, ainda que em menor proporção, granitóides texturalmente diferentes e
pegmatitos, os quais normalmente são mapeados de forma indistinta junto às rochas dessa suíte,
normalmente devido a sua pequena expressão areal e semelhança petrográfica.
A forma de ocorrência dos corpos anfibolíticos, que cortam os gnaisses e xistos sugere origem
a partir do metamorfismo de diques máficos.
Em menor proporção encontram-se localmente outros tipos de rochas metaultramáficas, como
esteatito, tremolita xisto e serpentinito.
Delgado, C. E. R. 2007, Geologia e Petrogênese na Região da Província Esmeraldífera de Itabira, MG
A sucessão estratigráfica dos litotipos da área pôde ser bem estudada por meio da investigação
detalhada de testemunhos de sondagem e dos trabalhos de campo efetuados nas minas a céu aberto e
subterrânea da Mina Rocha. Para obter-se uma visão mais regional dessa sucessão foram feitos
também trabalhos de campo na mina subterrânea da Piteiras e galerias do garimpo de Capoeirana,
além de investigações em diversos cortes da estrada recém pavimentada (MG-110) e vias secundárias,
bem como a identificação de afloramentos isolados.
A sucessão estratigráfica encontrada na área da Mina Rocha (Fig. 3.1) é relativamente simples,
com franco predomínio de diferentes tipos de xistos, comumente separados por leitos de
biotita/flogopita xisto. No leito mais superficial há a predominância de cianita xisto. A passagem do
cianita xisto para o estaurolita cianita xisto é marcada por uma zona milonítica, onde a sillimanita
abunda. No contato entre o cianita-estaurolita xisto e o granada xisto é que se encontra a camada mais
espessa de flogopita xisto. Passagens anfibolíticas foram observadas em todos os leitos. Os granitos
foliados da Suíte Borrachudos afloram cerca de 500 m a oeste dessa seção.
Figura 3.1 – Perfil esquemático na área da Mina Rocha, baseado em testemunhos de sondagem e afloramentos.
A sondagem FSR–03 encontra-se detalhada na Fig. 3.3. As camadas de flogopita xisto correspondem às zonas
mineralizadas em esmeralda.
O estudo detalhado, realizado no testemunho do furo FSR-25 (Fig. 3.2), mostra uma grande
diversidade mineralógica, e ressalta a natureza sedimentar pelítica dessas rochas, marcada pela
expressiva ocorrência de estaurolita, granada, cianita e sillimanita.
Os leitos terrígenos são sugeridos pela ocorrência de sericita xistos muito quartzosos, que
gradam para quartzitos com magnetita e turmalina negra (schorlita). Essas rochas afloram com grande
expressão no Morro da Pedra Branca (Fig. 2.3).
Os leitos de flogopita xisto mineralizados em esmeralda e as lentes de anfibólio xisto
ultramáfico e anfibolito, no entanto, têm caráter ortoderivado, como se pode perceber pelos elevados
teores de Cr e Mg, discutidos no Capítulo 4.
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Contribuições às Ciências da Terra – Série M, vol. 47, 130p.
As principais estruturas deformacionais observadas na sondagem FSR–25 têm caráter reverso
horário com vergência para E (Fig. 3.2). Essas estruturas estão em desacordo com a vergência
tectônica regional do Quadrilátero Ferrífero e da estrutura que o limita com a Província Mantiqueira,
sugerindo a inversão das camadas estudadas. Em menor quantidade observam-se também estruturas
normais anti-horárias menos dúcteis, com vergência para W, possivelmente relacionadas a colapso
orogenético.
Figura 3.2 – Perfil detalhado do testemunho de sondagem FSR – 25.
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Delgado, C. E. R. 2007, Geologia e Petrogênese na Região da Província Esmeraldífera de Itabira, MG
O testemunho do furo FSR–03 é o mais profundo efetuado na Mina Rocha, atingindo 202 m
de profundidade. A sua descrição permitiu estabelecer um perfil estratigráfico mais completo,
seccionando todas as litologias encontradas no testemunho do furo FSR–25, além de metagranitóides
(Fig. 3.3).
Figura 3.3 – Perfil detalhado do testemunho de sondagem FSR–03, com indicação das amostras coletadas.
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Contribuições às Ciências da Terra – Série M, vol. 47, 130p.
3.2 - PETROGRAFIA
3.2.1 – Gnaisses
Compreendem orto- e paragnaisses que variam desde leucocráticos até melanocráticos,
mostrando-se, em geral, mesocráticos. Esses gnaisses têm granulação variando de fina a média e
muitas vezes portam lentes anfibolíticas concordantes com o bandamento composicional (Fig. 3.4).
Na região os gnaisses ocorrem frequentemente com profunda alteração intempérica,
originando um produto de alteração em tons variegados de branco e vermelho. Mesmo em amostras de
testemunhos de sondagens essa rocha ainda encontra-se bastante alterada, o que dificulta o seu estudo
petrográfico.
A textura dos gnaisses da região varia de bandada a homogênea (homófona), conforme se
observa nos cortes de estrada, nas minas e nos garimpos de esmeralda.
Figura 3.4 – Corte de estrada na MG-120, próximo a Nova Era, com ortognaisse bandado do Complexo
Mantiqueira deformado por um leque imbricado de falhas vergente para WNW. O corte tem de cerca de 10 m de
comprimento e orientação WNW-ESE.
É comum encontrar-se porções miloníticas, que podem variar de poucos centímetros até vários
metros de largura, as quais podem ser vistas tanto nas minas (subterrânea e a céu aberto), cortes de
estrada e em amostras de testemunhos de sondagem. Essas zonas miloníticas normalmente mostram
alto ângulo.
Os ortognaisses têm mineralogia monótona, quartzo-feldspática, com biotita, apatita, titanita e
hornblenda alternando-se como os principais minerais acessórios (Fig. 3.5). Ocorrem ainda, mais
raramente, tipos onde a concentração de um determinado acessório, dentre os supracitados, eleva-se e
atinge valores superiores a 10% vol., como por exemplo ocorre com a titanita na mina da Piteiras e
com a apatita nas imediações das minas da Belmont, Beibra e da Mina Rocha.
A classificação dos ortognaisses, com base na composição modal, varia de granítica até
tonalítica.
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Delgado, C. E. R. 2007, Geologia e Petrogênese na Região da Província Esmeraldífera de Itabira, MG
Figura 3.5 – Fotomicrografias de ortognaisses mostrando: (A) kink bands em maclas de plagioclásio, amostra
CM-47F; (B) cristais de apatita (incolor) e zircão (isotropizados) gerando halos em biotita da amostra BB-1 e;
(C) banda máfica com porfiroblastos poiquiloblásticos de hornblenda e biotita com inclusões de titanita da
amostra CM-47G. A barra mede 0,5 mm; A – LPX, B e C – LPP.
Os paragnaisses, por sua vez, apresentam uma maior diversidade mineralógica, com
moscovita, biotita, turmalina, cianita, sillimanita e anfibólios (hornblenda e tremolita) alternando-se
como os minerais acessórios mais comuns. Cristais de cordierita foram encontrados apenas na região
do garimpo de Capoeirana.
Nas zonas de cisalhamento que cortam os gnaisses paraderivados na área da Mina Rocha é
comum encontrar concentrações muito elevadas de granada, sillimanita e cianita, sendo que os últimos
minerais definem claramente uma lineação mineral de baixo ângulo que cai para N (Fig. 3.6).
Os gnaisses ainda podem, ocasionalmente, apresentar porções migmatíticas.
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Contribuições às Ciências da Terra – Série M, vol. 47, 130p.
Figura 3.6 – Ortognaisse do garimpo do Rei em Capoeirana (A), com foliação gnáissica paralela ao
bandamento; paragnaisses da Mina Rocha, com cristais de cianita (CIA) alinhados (B) e agregados fibrosos de
sillimanita (SIL) paralelos ao bandamento composicional (C).
Associados aos paragnaisses é comum encontrarem-se outros tipos de metassedimentos do
Complexo Guanhães, principalmente xistos e quartzitos.
3.2.2 – Xistos
Compreende um conjunto de litotipos com mineralogia e natureza diversificadas sendo, da
mesma forma que para os gnaisses, reconhecidos tipos orto- e paraderivados.
Os xistos afloram com moderado a elevado grau de intemperismo em tons avermelhados a
arroxeados, mostrando-se, por vezes mais esbranquiçados, devido à maior concentração de quartzo.
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Delgado, C. E. R. 2007, Geologia e Petrogênese na Região da Província Esmeraldífera de Itabira, MG
As amostras mais frescas, obtidas nas minas e garimpos subterrâneos e nos testemunhos de
sondagens têm coloração cinza, com tonalidade variando em função do mineral essencial. Dessa forma
a rocha toma tonalidade azulada quando há predominância de cianita; caramelada, devido à presença
de estaurolita; marrom-avermelhada, quando a granada predomina; esverdeada, se o principal mineral
é o anfibólio; e negra, quando há o predomínio de biotita (Fig. 3.7).
Figura 3.7 – Xistos da Província Esmeraldífera de Itabira-Nova Era com diferentes cores em função da
mineralogia predominante. (A) flogopita xisto da zona mineralizada da mina subterrânea da Piteiras;
(B) estaurolita-sillimanita xisto (amostra R-33), (C) cianita xisto (amostra R-18) e (D) granada xisto (amostra R30), todos os três da capa da zona mineralizada na Mina Rocha; (E) tremolita xisto da lapa/zona intermediária do
garimpo de Capoeirana (amostra P-2).
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Contribuições às Ciências da Terra – Série M, vol. 47, 130p.
Xistos ortoderivados
Na área da Rocha mineração os xistos ortoderivados mineralizados em esmeralda (Fig. 3.8)
são petrograficamente classificados como flogopita xisto, granada-flogopita xisto e anfibólio (Mghornblenda) flogopita xisto, havendo predominância de flogopita xisto e transições para os demais. A
origem ortoderivada foi determinada com base em dados geoquímicos (Cap. 4), principalmente devido
aos elevados teores de Cr e Ni. Esses xistos ocorrem como lentes de espessura muito variada
(centimétricas a métricas) intercaladas aos xistos paraderivados e pegmatitos (Fig. 3.1).
Figura 3.8 – Pegmatito em contato com flogopita xisto mineralizado em esmeralda na galeria da Mina Rocha.
No garimpo de Capoeirana observa-se que os xistos mineralizados (flogopita xisto e flogopitaanfibólio xisto esverdeado) constituem uma camada encaixada em gnaisse granatífero. Na mina
subterrânea da Piteiras a principal camada mineralizada (anfibólio-flogopita xisto) encontra-se
encaixada em paragnaisses com granada, estaurolita e cianita, conforme já demonstrado por Viana
(2004). Na mina da Belmont a mineralização encontra-se hospedada em xistos ultramáficos associados
a uma seqüência metapelítica (Machado, 1998).
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Delgado, C. E. R. 2007, Geologia e Petrogênese na Região da Província Esmeraldífera de Itabira, MG
Xistos paraderivados
Assim como os paragnaisses, os xistos paraderivados encontrados na mina da Rocha
mineração contêm micas (biotita, moscovita e fuchsita?), cianita, sillimanita (variedade fibrolita),
estaurolita e granada, que se alternam como principais minerais, com ilmenita, titanita, magnetita e
outros como minerais acessórios (Fig. 3.6).
A xistosidade é bem definida e marcada pela orientação preferencial das micas, embora haja,
em muitos casos, uma posterior fase de cristalização gerando uma textura decussada desses minerais.
A lineação mineral contida na xistosidade principal é definida pelo crescimento orientado de anfibólio,
sillimanita e cianita.
Em lâmina observa-se ainda a presença de dobras isoclinais recumbentes, com plano axial
paralelo à foliação principal da rocha, além de indicadores cinemáticos diversos, como sombras de
pressão e foliações sigmoidais, que sugerem a atuação de processos de milonitização nas rochas dessa
região.
A semelhança mineralógica e o fato de ocorrerem associados sugerem que os xistos e os
paragnaisses pertencem à mesma unidade litoestratigráfica que teriam evoluído de forma distinta pela
acomodação diferenciada da deformação.
3.2.3 – Quartzitos
Os quartzitos encontram-se posicionados topograficamente acima dos xistos, sendo
encontrados na região das minas de esmeralda (Mina Rocha e Piteiras), em maior volume na região da
Serra da Pedra Branca. Nota-se que a gradação de quartzitos para xistos muitas das vezes é do tipo
transicional.
A textura sacaroidal é a predominante, principalmente nos litotipos mais puros, sendo também
observadas estruturas bandada e milonítica em muitos casos.
Os quartzitos (Fig. 3.9) têm mineralogia simples, sendo compostos, além de quartzo, por
micas, principalmente moscovita, além de biotita e mica esverdeada (fuchsita?) encontradas
localmente. Magnetita, turmalina e feldspato são os acessórios mais comuns.
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Contribuições às Ciências da Terra – Série M, vol. 47, 130p.
Figura 3.9 – Testemunho de sondagem (FSR–25, 11 m de profundidade) com leito de quartzito/quartzo-mica
xisto, com cristais de magnetita (negros) e de moscovita (cinza claro).
3.2.4 – Granitóides
Dentre os diversos granitóides encontrados na área da Mina Rocha destaca-se, pela sua
abundância, o da Suíte Borrachudos. Vários afloramentos dessa rocha podem ser encontrados ao longo
de boa parte da estrada de acesso para a mina, sustentando, ainda, o relevo de um elevado morro
situado a cerca de 2 km a leste da rampa de acesso para a mina subterrânea.
Agrupados na categoria de granitóides encontram-se, ainda, pegmatitos e granitóides
porfiríticos de matriz fina e pouco foliada, identificados apenas em testemunhos de furos de sondagem
da Mina Rocha.
Suíte Borrachudos
O granitóide denominado Borrachudos, ao qual é atribuída a fonte de Be, indispensável para a
formação da esmeralda (Machado 1998), é uma rocha bastante abundante em toda a região entre
Itabira e Nova-Era, estendendo-se ainda, desde as proximidades de João Monlevade (ao Sul) até a
altura de Ferros (Figs. 2.2 e 2.3). As ocorrências desse litotipo são morfologicamente caracterizadas
por sustentar morros normalmente altos e desnudos, que contrastam com o relevo de mares-de-morros
característico dos gnaisses.
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Delgado, C. E. R. 2007, Geologia e Petrogênese na Região da Província Esmeraldífera de Itabira, MG
Apesar de diversos corpos do Granito Borrachudos aflorarem nas proximidades da Mina
Rocha não foram encontradas porções deste intercaladas aos xistos nos testemunhos de sondagens
analisados, tampouco no interior da mina subterrânea. Esse fato também foi observado por Viana
(2004) na mina de esmeralda da Piteiras. No entanto, é possível que o saprólito granítico foliado de
cor cinza, com tons variegados de rosa, que capeia boa parte da lavra a céu aberto seja um
representante dos granitóides dessa suíte.
As várias ocorrências estudadas do Granitóide Borrachudos, na área da Mina Rocha e ao longo
da estrada entre Itabira e Nova-Era, possibilitaram a observação de litotipos com variados graus de
alteração intempérica e de deformação, sendo encontradas desde amostras indeformadas até porções
intensamente milonitizadas.
As amostras estudadas, quando frescas, mostram cor cinza clara e granulação variando de
média a grossa. A estrutura mais frequëntemente observada é a foliada, definida pela orientação de
cristais de biotita e anfibólio (Fig. 3.10B). O bandamento composicional é também bastante comum e
dado pela segregação, em leitos centimétricos a milimétricos, de material leucocrático quartzofeldspático, que se intercala com níveis melanocráticos de mesmo porte. Menos frequente é a estrutura
milonítica, a qual pode ser observada ao longo de zonas de cisalhamento discretas, onde porfiroclastos
de feldspato, de até 4 cm, encontram-se rotacionados (Fig. 3.10A). Mais raramente ocorrem rochas de
textura homogênea (homófona) e rochas com textura cataclástica brechada (Fig. 3.10C), formadas ao
longo de zonas de cisalhamento rúptil.
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Contribuições às Ciências da Terra – Série M, vol. 47, 130p.
Figura 3.10 – Aspecto macroscópico do granitóide tipo Borrachudos com estrutura milonítica porfiroclástica
(A), foliada/bandada (B, amostra CM-47A) e brechada (C). Afloramentos na margem do Rio do Peixe, entre
Itabira e Nova-Era.
Ao microscópio observa-se a predominância de quartzo e biotita, além de microclina e
plagioclásio, encontrados tanto na matriz como em fenocristais. O plagioclásio é maclado e exibe
zonamento composicional normal, evidenciado pela alteração (saussuritização) incipiente do núcleo.
Os acessórios mais comuns são o anfibólio (hornblenda) e a titanita, ocorrendo, subordinadamente,
apatita, fluorita, granada, zircão e ilmenita, além de epidoto secundário.
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Delgado, C. E. R. 2007, Geologia e Petrogênese na Região da Província Esmeraldífera de Itabira, MG
Granitóides diversos
Metagranitóides porfiríticos de matriz fanerítica fina e foliada foram observados no terço
inferior do furo (FSR – 03). Essas rochas têm coloração cinza bem claro e portam pequenos
fenocristais/porfiroblástos(?) de feldspato anédrico de cor branca (Fig. 3.11). A distinção dos presentes
granitóides dos da Suíte Borrachudos é feita por conta das suas características mineralógicas, texturais
e químicas (Cap. 4).
Figura 3.11 – Aspecto macroscópico de granitóide da Mina Rocha com fenocristais brancos de feldspato (A) e
cristais avermelhados de granada envoltos por auréola feldspática branca (albita?). Amostras R-59 e R-64 do
furo (FSR–03).
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Contribuições às Ciências da Terra – Série M, vol. 47, 130p.
Os fenocristais/porfiroblastos de plagioclásio são anédricos e poiquilíticos, portando uma
enorme quantidade de inclusões, principalmente de cristais de quartzo (Fig. 3.12A), mais raramente
microclina. Na região do contato entre a inclusão e o plagioclásio desenvolve-se uma película albítica
que envolve por inteiro a inclusão. As auréolas em torno de todos os grãos de quartzo inclusos num
mesmo cristal de plagioclásio extinguem-se simultaneamente, isto é, têm a mesma orientação óptica
(Fig 3.12B). As inclusões de quartzo podem ter se infiltrado por metassomatismo.
Figura 3.12 – Fotomicrografias de granitóide da mina da Rocha (amostra R-59) com fenocristal de plagioclásio
poiquilítico e maclado em matriz de quartzo, feldspato e biotita (A); e detalhe das inclusões de quartzo no
interior do plagioclásio, com halos brancos albíticos em torno das inclusões (B). LPX.
Os cristais de granada são, analogamente aos de plagioclásio, muito poiquiloblásticos
(microestrutura em atol), portando inclusões de quartzo, feldspato e minerais opacos (ilmenita e
titanomagnetita), além de rara titanita. São anédricos amebóides e encontram-se envoltos por auréola
de plagioclásio (albita?).
Pegmatitos
Os pegmatitos dessa província formam veios, diques e bolsões brancos que intrudem
indiscriminadamente todas as rochas da região, desde as rochas do embasamento gnáissico até as
rochas da seqüência metavulcanossedimentar do Complexo Guanhães e a Suíte Borrachudos. Essas
intrusões de pegmatitos têm dimensões que podem variar desde centimétricas a dezenas de metros de
espessura e são as rochas responsáveis pela introdução de Be para a geração da esmeralda.
Com relação à mineralogia, os pegmatitos são essencialmente constituídos por cristais
subédricos a anédricos de albita, os quais podem atingir até 10 cm e frequentemente exibem maclas
polissintéticas perceptíveis macroscopicamente.
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Delgado, C. E. R. 2007, Geologia e Petrogênese na Região da Província Esmeraldífera de Itabira, MG
Além do plagioclásio encontram-se também microclina, quartzo e micas que, muitas das
vezes, compõem a mineralogia essencial da rocha, ao lado do plagioclásio. Como acessórios mais
comuns encontram-se diferentes proporções de berilo, apatita e molibdenita (Fig. 3.13), além de
crisoberilo, monazita e titanita, comumente associados a pegmatitos com deficiência em sílica.
Machado (1998) relata ainda a existência de pegmatitos aluminosos com cianita, cordierita e coríndon,
encaixados em paragnaisses da região do garimpo de Capoeirana.
Na região da Mina Rocha ocorrem pegmatitos mineralizados em esmeralda (encaixados em
flogopita xisto) e galerias abandonadas de extração de água-marinha (intrudido em metagranitos da
Suíte Borrachudos), além de alexandrita (associada a fucchita xistos). Esta última mineralização
também pode ser esporadicamente encontrada na Mina da Belmont.
Figura 3.13 – Pegmatitos da mina subterrânea da Piteiras, com berilo verde (A), detalhe em (B) e molibdenita e
berilo (C).
3.2.5 – Anfibolitos
Compreende um conjunto de rochas máficas ortoderivadas, metamorfizadas em fácies xisto
verde a anfibolito, normalmente bem foliadas (Fig. 3.14). Tais rochas ocorrem intercaladas de forma
concordante na seqüência metavulcanossedimentar do Complexo Guanhães (Fig. 3.14), sendo também
identificados diques discordantes, em menor proporção.
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Contribuições às Ciências da Terra – Série M, vol. 47, 130p.
Figura 3.14 – Anfibolitos em testemunho de sondagem do furo (FSR–03) da Mina Rocha, exibindo bandamento
concordante com o do estaurolita-granada xisto, indicado pelo lápis (A), microdobras indicando movimento
reverso sinistral (B) e porfiroblastos de granada rotacionados (C).
Quando frescas essas rochas têm cor negra, estrutura foliada a bandada e textura
granonematoblástica, dada pela orientação preferencial dos finos prismas de anfibólio.
A hornblenda é o mineral mais abundante dessas rochas, ocorrendo em bandas
monominerálicas, onde assume as maiores dimensões e em agregados poliminerálicos. Os menores
cristais ocorrem orientados e os maiores normalmente se dispõem de forma aleatória.
O plagioclásio constitui grãos anédricos, dispostos em agregados policristalinos e mostram
forte zonamento composicional normal, atestado pela alteração preferencial do seu núcleo, de
composição mais cálcica. Quartzo e biotita complementam a lista dos minerais essenciais. Os minerais
acessórios mais comuns são titanita anédrica, opacos (principalmente ilmenita e titanomagnetita),
zircão e clorita.
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Delgado, C. E. R. 2007, Geologia e Petrogênese na Região da Província Esmeraldífera de Itabira, MG
3.3 - METAMORFISMO
O principal registro metamórfico observado nas rochas da região estudada tem caráter regional
dinamotermal de grau médio e, localmente, associou-se a processos metassomáticos.
Enquanto as rochas metamáficas e metagraníticas apresentam apenas indícios de
metamorfismo isoquímico, a maioria das metaultramáficas certamente sofreu reações metassomáticas,
proporcionando a formação da mineralização da esmeralda. São freqüentes as evidências de processos
retrometamórficos, relacionados aos estágios mais avançados do evento principal ou a um evento
posterior, de menor intensidade.
A variedade química dos pacotes de rochas metassedimentares do Complexo Guanhães
possibilitou a geração de paragêneses minerais diversificadas e diagnósticas das condições de
temperatura e pressão. Nessas rochas cristalizaram-se populações de minerais típicos do
metamorfismo de médio grau, como estaurolita, cianita e sillimanita. A cordierita da região do
garimpo de Capoeirana, relatada por Machado (1998), não foi identificada na área da Mina Rocha.
As paragêneses minerais registradas nos litotipos paraderivados da Mina Rocha foram: quartzo
+ plagioclásio + biotita + granada + estaurolita + cianita + sillimanita + ilmenita, nos metapelitos (ex.
R-48, Fig. 3.15), e quartzo + plagioclásio + moscovita + magnetita, nos quartzitos (ex. R-03). A
textura dos metapelitos é constituída pela orientação linear de porfiroblastos de cianita e pela
orientação planar de cristais de biotita parcialmente substituídos por sillimanita (variedade fibrolita).
A paragênese granada + estaurolita e a textura de equilíbrio entre cianita e sillimanita indicam
metamorfismo barrowiano de fácies anfibolito, com temperatura variando entre 550 ºC e 750 ºC e
pressão entre 4 kbar e 8 kbar (Fig. 3.16). A área delimitada na figura 3.16, baseada na estabilidade da
estaurolita e dos polimorfos cianita + sillimanita, permite estabelecer as condições de temperatura e de
pressão de formação das rochas metapelíticas ao redor de 700 ºC e 7 kbar. No capítulo de
Geotermobarometria (Cap. 6) as condições de formação das rochas estudadas serão discutidas com
maiores detalhes.
38
Contribuições às Ciências da Terra – Série M, vol. 47, 130p.
Figura 3.15 – Fotomicrografias em luz polarizada (esquerda) e analisada (direita) de estaurolita-cianita xisto
com sillimanita e granada (R-48).
Figura 3.16 – Diagrama dos campos de estabilidade das fácies metamórficas com representação das linhas de
reações de alguns minerais da paragênese das rochas estudadas. Destaque para a fácies anfibolito, onde se
concentra a maior parte dos minerais em equilíbrio, indicada pelo círculo.
39
Delgado, C. E. R. 2007, Geologia e Petrogênese na Região da Província Esmeraldífera de Itabira, MG
A paragênese mineral preservada nos gnaisses do embasamento e nos granitóides tipo
Borrachudos, composta por plagioclásio, feldspato potássico, biotita e hornblenda está de acordo com
o metamorfismo estabelecido para as supracrustais.
As rochas máficas têm paragênese constutuída por quartzo, plagioclásio, biotita, hornblenda e
opacos (ilmenita?) de fácies anfibolito, com retrometamorfismo em fácies xisto verde, conforme
observado pela presença de epidoto e carbonato.
A mineralogia monótona das rochas metaultramáficas, predominantemente compostas por
flogopita, com plagioclásio, quartzo e opacos subordinados, não dá suporte para o estudo das
condições de formação experimentadas por esses litotipos.
3.4 – GEOLOGIA ESTRUTURAL
A região da Província Pegmatítica de Itabira-Nova Era encontra-se, conforme já discutido
anteriormente, no limite do Cráton do São Francisco em zona de interação com a faixa móvel. Tal
porção é marcada pela forte influência da Faixa Araçuaí, que imprime lineamentos bastante
característicos, cujo traço mostra direção geral segundo N-S (Figs. 2.1 e 2.2).
Os maiores lineamentos materializam dois falhamentos com polaridade dirigida para W, que
encerram as rochas do Complexo Guanhães e da Suíte Borrachudos entre litotipos do Complexo
Mantiqueira, a leste e as unidades dos supergrupos Rio das Velhas e Minas, oeste (Fig. 2.3). Esses
lineamentos são materializados em campo por zonas de cisalhamento dúctil a rúptil (Fig. 3.6).
Na região compreendida entre os dois lineamentos supracitados, o padrão estrutural toma uma
complexidade bastante elevada, possivelmente relacionada a uma tectônica de nappes com vergência
para WNW. Essa tectônica parece inverter parte do conjunto litológico, como sugere a relação entre a
xistosidade e o acamamento observada nos metassedimentos do Complexo Guanhães na região da
Serra da Pedra Branca, onde o acamamento mergulha com médio ângulo para WNW.
Há entretanto pontos, como no garimpo de Capoeirana, onde se nota um complexo sistema de
dobramento de grande porte com eixo na direção equatorial e caimento de muito baixo ângulo para W.
Em função desse dobramento a foliação, nessa região mergulha com ângulo muito variado, em geral
médio a alto, ora para N, ora para S. À medida que se caminha para oeste a orientação da foliação
tende a tomar direção meridional, com mergulho de médio ângulo para SW, na área da Piteiras e para
W na Mina Rocha.
As atitudes da foliação obtidas na área da Rocha mineração encontram-se representadas no
diagrama da Figura 3.17, onde se pode observar a clara tendência de orientação segundo a direção
meridiana, com mergulho médio a baixo para WNW. A atitude média para a xistosidade nessa área é
N020E,58NW.
40
Contribuições às Ciências da Terra – Série M, vol. 47, 130p.
Os eixos de dobras e as direções dos veios (pegmatíticos e de quartzo) encontrados na área da
Mina Rocha mostram grande dispersão e diferenciam-se muito bem pelo ângulo do caimento, baixo
para os eixos e mais elevado para os veios (Fig. 3.18).
Figura 3.17 – Estereograma de igual-área, hemisfério inferior, dos pólos da foliação Sn na área da Mina Rocha.
N=71, K=100; S=1,00; Máx.=110/58 (17%).
Figura 3.18 – Estereogramas de igual-área, hemisfério inferior, dos eixos de dobras (A) e veios de quartzo e
pegmatíticos (B).
41
Delgado, C. E. R. 2007, Geologia e Petrogênese na Região da Província Esmeraldífera de Itabira, MG
É importante salientar que essa é apenas uma tendência geral e que a configuração
aparentemente simples a uma primeira vista torna-se bem mais complexa quando se aumenta o detalhe
da observação, com o aparecimento de trechos onde é difícil explicar o trend das estruturas.
As rochas encontradas ao longo da rodovia entre as cidades de Itabira e Nova Era, incluindo as
da região do garimpo de Capoeirana mostram atitude em torno de N85W,54NE (Fig. 3.19).
Figura 3.19 – Estereograma de igual-área, hemisfério inferior, dos pólos da foliação Sn das rochas ao longo da
rodovia entre Itabira e Nova Era. N=102, K=100; S=1,00; Máx.=186/54 (12%).
Verificam-se ainda foliações miloníticas de direção próxima a N-S, relacionadas a zonas de
cisalhamento dúcteis. Essas estruturas são normalmente reversas, a exemplo da que atravessa a área da
Mina Rocha e pode ser observada desde a superfície do terreno até o interior da galeria e é marcada
pelo forte alinhamento de cristais de cianita.
42
CAPÍTULO 4
LITOGEOQUÍMICA
4.1 - INTRODUÇÃO
Trinta e oito amostras representativas dos litotipos amostrados (Tabela 4.1) foram enviadas
para análise química de elementos maiores e traços nos laboratórios ACME Analytical Laboratories
LTD. (ICP-ES/MS) e LGqA/DEGEO (ICP-OES).
Uma síntese da simbologia empregada em todas as figuras deste capítulo está apresentada na
Figura 4.1.
Os resultados obtidos encontram-se discriminados no Anexo 1, e um resumo dos principais
resultados litogeoquímicos pode ser encontrado nas tabelas juntamente com a composição
mineralógica e textural de cada amostra.
Tabela 4.1 – Relação das amostras submetidas a análise química, com localização e descrição sucinta.
ACME Analítica
Local da amostragem
Descrição
R-43
Mina Rocha; FSR - 03
Cianita-biotita xisto
R-53
Mina Rocha; FSR - 03
Metagranito a duas micas
R-55
Mina Rocha; FSR - 03
Metagranito a duas micas
R-58
Mina Rocha; FSR - 03
Metagranito a duas micas com fenocristais de feldspato
R-66
Mina Rocha; FSR - 03
Metagranito a duas micas com granada
R-72
Mina Rocha; FSR - 01
Pegmatito
CM-47A
Margem do Rib. São José
Granitóide Borrachudos com dobras isoclinais
Laboratórios
B-1
Mina da Belmont
Granitóide Borrachudos pouco foliado
PI-3E
Mina subterrânea da Piteiras
Biotita xisto com anfibólio
PI-4G
Mina subterrânea da Piteiras
Flogopita xisto
PI-4I
Mina subterrânea da Piteiras
Flogopita-Mg hornblenda xisto
PI-4K
Mina subterrânea da Piteiras
Hornblenda-granada gnaisse da lapa do minério
PI-4M
Mina subterrânea da Piteiras
Anfibolito com grothita. Interior da zona mineralizada
PI-5C
Mina subterrânea da Piteiras
Pargasita-flogopita xisto com grothita e allanita
PI-5F
Mina subterrânea da Piteiras
Anfibólio-flogopita xisto com titanita e allanita
PI-21
Mina subterrânea da Piteiras
Flogopita xisto
PI-41
Mina subterrânea da Piteiras
Metagranito a duas micas
PI-47
Proximidades da Piteiras
Mg-hornblenda e tschermakita anfibolito com flogopita
PI-47.1
Proximidades da Piteiras
Amostra semelhante à PI-47
PI-C649(CE)
Mina subterrânea da Piteiras
Flogopita xisto em contato com cristal de esmeralda
PI-649(10cm)
Mina subterrânea da Piteiras
Flogopita xisto a 10 cm do cristal de esmeralda
PI-17NE(CE)
Mina subterrânea da Piteiras
Flogopita xisto em contato com cristal de esmeralda
PI-17NE(10cm)
Mina subterrânea da Piteiras
Flogopita xisto a 10 cm do cristal de esmeralda
Delgado, C. E. R. 2007, Geologia e Petrogênese na Região da Província Esmeraldífera de Itabira, MG
Tabela 4.1 – Continuação.
LGqA/DEGEO
Local da amostragem
Descrição
R-43
Mina Rocha; FSR – 03
Cianita-biotita xisto
R-58
Mina Rocha; FSR – 03
Metagranito a duas micas com fenocristais de feldspato
B-1
Mina da Belmont
Granitóide Borrachudos pouco foliado
PI-4G
Mina subterrânea da Piteiras
Flogopita xisto
PI-4M
Mina subterrânea da Piteiras
Anfibolito com grothita. Interior da zona mineralizada
R-35
Mina Rocha; FSR - 03
Estaurolita-granada biotita xisto
R-47
Mina Rocha; FSR - 03
Anfibolito com granada
R-48
Mina Rocha; FSR - 03
Estaurolita-granada-sillimanita xisto
R-62
Mina Rocha; FSR - 03
Metagranito a duas micas com granada
P-2
Montebelo (Capoeirana)
Anfibólio xisto de cor verde
CM-47G
Margem do Rib. São José
Granitóide Borrachudos milonitizado
PI-2B
Mina subterrânea da Piteiras
Biotita xisto com anfibólio, cloritóide e estaurolita
PI-4E
Mina subterrânea da Piteiras
Flogopita xisto com cummingtonita
PI-5L
Mina subterrânea da Piteiras
Flogopita xisto
PI-23
Mina subterrânea da Piteiras
Antofilita-biotita xisto
Figura 4.1 – Simbologia empregada nas figuras do presente capítulo e número de análises de cada litotipo.
44
Contribuições às Ciências da Terra – Série M, vol. 47, 130p.
4.2 – GEOQUÍMICA DAS ROCHAS METAULTRAMÁFICAS
As rochas metaultramáficas têm uma grande importância no presente estudo, visto serem a
principal fonte de Cr, que é o elemento cromóforo responsável pela tonalidade verde-grama do berilo.
Essas rochas constituem as principais hospedeiras dos cristais de esmeralda.
Dentre as rochas metaultramáficas podem-se separar quatro tipos petrográficos. Flogopita
xisto e anfibólio-flogopita xisto são os mais freqüentes portadores de esmeralda. Anfibólio-clorita
xisto (não analisado quimicamente) e anfibólio xisto são rochas esverdeadas que ocorrem
subordinadamente na mina da Rocha Mineração, mas que hospedam cristais de esmeralda na região do
garimpo de Capoeirana, onde ocorrem com maior abundância.
As rochas analisadas mostram uma excelente correlação química com rochas metaultramáficas
de afinidade komatiítica (Fig. 4.2). Exceção deve ser feita para a amostra PI-3E, que destoa das demais
por apresentar uma afinidade com basaltos de elevado Mg.
Figura 4.2 – Diagrama binário de classificação das rochas ultramáficas segundo Pearce (1982) à esquerda e de
comparação entre os teores elevados de Cr x MgO para as metaultramáficas.
A correlação dos elementos maiores com o MgO, que é considerado como um índice de
diferenciação para rochas ígneas, tende a ser negativa, conforme observado também por Machado
(1998) para rochas das jazidas de Capoeirana e Belmont. A Figura 4.3 mostra a correlação para os
óxidos de Si, Al, Fe e Na, onde também foram delineados, para comparação, os campos onde se
concentram os resultados das análises de Machado (1998). A correlação com o K foi plotada na Figura
4.4.
Os elevados teores de Cr e o MgO dos xistos ultramáficos, quando comparados aos demais
litotipos da região (Fig. 4.2), reforçam seu caráter ortoderivado.
45
Delgado, C. E. R. 2007, Geologia e Petrogênese na Região da Província Esmeraldífera de Itabira, MG
Figura 4.3 – Diagramas binários de correlação entre óxidos selecionados e MgO para as rochas
metaultramáficas. As áreas delineadas correspondem aos campos onde se concentram os dados de Machado
(1998) para rochas metaultramáficas de Belmont e Capoeirana.
A variação dos elementos maiores em função do K2O (Fig. 4.4) pode indicar a atuação de
processos metassomáticos relacionados à flogopitização. Nesse sentido, observa-se que o aumento de
potássio se dá em valores relativamente constantes de ferro e magnésio, o que contrasta com a
correlação fortemente negativa que esse elemento tem com o cálcio. Esta tendência pode significar que
ferro e magnésio não foram retirados do sistema durante o processo metassomatismo, possivelmente
por entrarem na composição da própria biotita.
É interessante notar a tendência de separação entre os xistos com e sem anfibólio modal,
principalmente com relação aos teores de K2O, que possibilita a interpretação de que os xistos com
anfibólio constituem membros mais primitivos, isto é, menos metassomatizados. Uma alternativa seria
que estas rochas já seriam composicionalmente diferentes mesmo antes do metamorfismo
metassomático.
46
Contribuições às Ciências da Terra – Série M, vol. 47, 130p.
Figura 4.4 – Diagramas binários de correlação entre óxidos diversos e K2O para as rochas metaultramáficas. Os
campos demarcados correspondem aos resultados de Machado (1998) para Belmont e Capoeirana.
Os elementos menores e traços (Ba, Rb, Sr, Y, Zr, Nb, Th, Pb, Ga, Zn, Cu, Ni, V, Cr, Hf, Cs,
Sc, Ta, Co, Li, Be, U, W, Sn e Mo) foram correlacionados ao potássio para investigar se o aumento do
K, considerado como resultante do metassomatismo, se reflete na variação de algum destes elementos.
Constatou-se a inexistência de correlação coerente entre o K e a maioria desses elementos. Na Figura
4.5 são apresentados os diagramas para Rb e Zn, que são os únicos a mostrar uma correlação positiva
com K. É notável a distinção entre os xistos com e sem anfibólio no diagrama de Rb.
Apesar da dispersão, optou-se por apresentar também o Be na Figura 4.5, devido à importância
deste elemento na geração da esmeralda. Verifica-se que os teores de Be não ultrapassaram 80ppm em
nenhuma amostra, sendo surpreendentemente maior na amostra PI-5C – portadora da variedade de
titanita rica em Al denominada grothita – que mostra teor de Be superior mesmo ao dos flogopita xisto
retirados no contato com cristais de esmeralda (PI-17NE e PI-649).
47
Delgado, C. E. R. 2007, Geologia e Petrogênese na Região da Província Esmeraldífera de Itabira, MG
Apesar de os teores de Be serem relativamente baixos nos xistos ultramáficos verifica-se que
esse elemento tende a ser mais elevado nos tipos sem anfibólio que nos portadores desse mineral.
Como o Be não ocorre em protólitos ultramáficos é provável que esse elemento tenha sido introduzido
pelo processo metassomático juntamente com o K. Dessa forma, as rochas portadoras de anfibólio
devem representar os tipos mais primitivos, ou menos metassomatizados, enquanto que os flogopita
xisto seriam os representantes mais evoluídos e provavelmente mais ricos em Be.
Figura 4.5 – Diagramas binários de correlação entre elementos traço e K2O para as rochas metaultramáficas.
Nos diagramas de multi-elementos para as rochas metaultramáficas com e sem anfibólio
normalizados pelo condrito observa-se uma anomalia negativa de Cr e Ni relativamente maior para os
xistos com anfibólio em comparação com os flogopita xisto (Fig 4.6). Possivelmente isso pode
demonstrar que os xistos com anfibólio podem não ser os equivalentes menos metassomatizados dos
flogopita xistos os quais, por apresentarem teores de Cr mais altos, são mais semelhantes a
ultramáficas ígneas do tipo peridotito. Ademais o padrão de distribuição dos dois tipos é muito
semelhante, mostrando considerável enriquecimento em todos os elementos, com exeção de Pb e Sr,
quando comparados ao condrito.
48
Contribuições às Ciências da Terra – Série M, vol. 47, 130p.
Figura 4.6 – Diagramas multielementares para as rochas metaultramáficas, normalizados pelo condrito de
Nakamura (1977). Em vermelho: flogopita xisto sem anfibólio, em verde, flogopita xisto com anfibólio.
Para verificar se existem diferenças composicionais entre rochas contendo esmeralda e rochas
sem esmeralda foram feitas análises químicas em duas amostras portadores da gema e duas amostras
mais distantes (a pelo menos 10 cm) da esmeralda. Desta maneira, procurou-se avaliar se a
composição química de rocha com esmeralda poderia ser utilizada como discriminante na prospecção
desta gema em outros locais.
Verifica-se que o elemento Cu foi o único que mostrou um padrão coerente de diferenciação
em relação à proximidade com o cristal de esmeralda (Fig. 4.7), além disso, observa-se uma sensível
anomalia negativa do elemento Eu mais pronunciada nas rochas próximas aos cristais de esmeralda
(Fig. 4.7).
49
Delgado, C. E. R. 2007, Geologia e Petrogênese na Região da Província Esmeraldífera de Itabira, MG
Figura 4.7 – Diagramas de ETR para flogopita xistos no contato e a 10cm de cristais de esmeralda normalizados
pelo condrito de Nakamura (1977). A última figura mostra o enriquecimento relativo em Cu nas rochas próximas
ao contato com a esmeralda. Amostras provenientes da mina subterrânea da Piteiras, onde PI-17NE é
representada pelos triângulos preenchidos e a amostra PI-649 pelos triângulos vazios.
Em análise final observa-se que o padrão de distribuição dos elementos terras raras (ETR) é
muito distinto entre os flogopita xisto com e sem cristais de anfibólio (Fig. 4.8). As principais
diferenças são a maior concentração relativa desses elementos como um todo e a ausência da anomalia
de Eu observados em algumas amostras com anfibólio.
Além disso, percebe-se um padrão mais homogêneo das curvas para os ETR leves nos
flogopita xistos sem anfibólio (Fig. 4.8).
50
Contribuições às Ciências da Terra – Série M, vol. 47, 130p.
Figura 4.8 – Diagramas de ETR para flogopita xistos com anfibólio (à esquerda) e sem anfibólio (à direita),
normalizados pelo condrito de Nakamura (1977).
4.3 – GEOQUÍMICA DAS ROCHAS METAGRANÍTICAS
A importância das rochas metagraníticas está relacionada ao fornecimento do elemento
químico Be, indispensável para a formação do mineral berilo, que acrescido de Cr, proveniente das
rochas metaultramáficas, toma tonalidade verde grama característica da esmeralda.
Conforme definido no capítulo 3, referente à litoestratigrafia, há dentre o conjunto de
granitóides distinções texturais e mineralógicas bem evidentes. São assim reconhecidos granitóides
tipo Borrachudos e granitóides diversos, além de pegmatitos.
Os granitóides tipo Borrachudos têm estrutura foliada e granulação variando de média a grossa
e são compostos por quartzo, microclina e plagioclásio, com biotita, hornblenda, epidoto e titanita
subordinados. Os granitóides diversos, observados no terço inferior do furo (FSR – 03), exibem matriz
fanerítica fina e foliada e têm cristais anédricos de granada e de feldspato poiquiloblástico que portam
uma enorme quantidade de inclusões, principalmente de quartzo.
Dentre as rochas analisadas a que apresentou o maior teor de Be foi o pegmatito (R-72, com
11 ppm), estabelecendo-se um teor médio entre os granitóides tipo Borrachudos e granitóides diversos,
em faixa de cerca de 5 ppm (Fig. 4.9).
Observa-se que o teor médio de Be dos Granitóides Borrachudos (GB) é bastante regular, em
torno de 6 ppm. Verifica-se também que o teor de Be nos Metagranitos Foliados (MGF) de Machado
(1998) tende a ser consideravelmente maior do que nos Granitóides Borrachudos, em torno de 8-12
ppm. Nas amostras do presente trabalho, por outro lado, nota-se que o teor de Be dos granitóides
diversos é, em média, mais baixo do que os dos Granitóides Borrachudos, em torno de 2-4 pppm.
Dessa forma, os Granitóides Borrachudos, que são tidos como de grande importância para a gênese da
esmeralda de Itabira mostram-se relativamente mais saturados em Be que os granitóides diversos
identificados no presente trabalho.
51
Delgado, C. E. R. 2007, Geologia e Petrogênese na Região da Província Esmeraldífera de Itabira, MG
Figura 4.9 - Diagramas binários com a variação da proporção de Be x MgO e Be x Sr e gráfico comparativo dos
teores de Be nos granitóides Borrachudos (GB) e metagranitos foliados (MGF), segundo Machado (1998) e
granitóides diversos (GD). Destaque para as amostras analisadas no presente trabalho.
No diagrama (a) da Fig. 4.10, do índice de saturação em alumina de Shand (1949), os
granitóides Borrachudos concentram-se, na sua maioria, no campo metaluminoso, enquanto que os
demais situam-se no campo peraluminoso. No diagrama AFM (b) de Irvine & Baragar (1971) nota-se
que os granitóides Borrachudos são provavelmente derivados de magmas altamente evoluídos, pois
são enriquecidos em álcalis em detrimento do MgO. Os outros granitóides distribuem-se no campo
cálcio alcalino.
Em termos da ambiência tectônica (Fig. 4.10c e d), apesar de todo o conjunto de
metagranitóides analisado figurar no campo dos granitos com afinidade intra-placa (WPG), de Pearce
et al. (1984), fato esse já demonstrado anteriormente por Schorscher (1992) para os granitóides tipo
Borrachudos há, entretanto, uma nítida separação dos granitóides diversos. Nota-se que no diagrama
de Rb x Y+Nb há também uma tendência, menos nítida que no diagrama c, de separação entre os
granitóides tipo Borrachudos e granitóides diversos.
52
Contribuições às Ciências da Terra – Série M, vol. 47, 130p.
Figura 4.10 – Posição dos granitóides analisados em diagramas de classificação química e de ambiência
tectônica. a) diagrama ANK (Al2O3/(Na2O+K2O) versus ACNK (Al2O3/(CaO+Na2O+K2O) de Shand (1949); b)
diagrama AFM de Irvine & Baragar (1971); c) e d) diagramas de ambiência tectônica segundo Pearce et al.
(1984). As áreas delineadas em (c) e (d) correspondem aos campos onde se concentram os dados de Machado
(1998) para os granitóides da mina da Belmont e do garimpo de Capoeirana.
Em se tratando da química dos elementos maiores observa-se que há uma clara divisão dos
diferentes tipos de granitóides, principalmente em função do conteúdo de Mg e Ca (Fig. 4.11).
Mineralógicamente a principal diferença entre esses dois minerais é a presença de minerais acessórios:
hornblenda nos granitóides Borrachudos e granada nos granitóides diversos, conforme já discutido no
Capítulo 3.
53
Delgado, C. E. R. 2007, Geologia e Petrogênese na Região da Província Esmeraldífera de Itabira, MG
Figura 4.11 - Diagramas binários de correlação entre elementos maiores selecionados mostrando a subdivisão
das diferentes famílias de granitóides.
Ao se observar os espectros multielementares da Fig. 4.12 não se notam nítidas diferenças
entre os diversos tipos de granitóides. De fato é tendência comum a todos os granitóides estudados
mostrar boa homogeneidade química, com fracas anomalias negativas de Cs, Rb, Pb e Sr e
significativa anomalia negativa de Cr e Ni, além das anomalias positivas dos elementos Ba, Th, U, Li,
Nb, Zr e Ta. Uma exceção faz se ao pegmatito, que não mostra anomalia negativa de Rb e atinge
teores médios de todos elementos relativamente mais elevados que o dos seus equivalentes de textura
fina.
A semelhança observada nos espectros multielementares é também verificada nos espectros de
ETR, que mostram enriquecimento nos elementos terras raras leves (ETRL) e forte anomalia negativa
de Eu (Fig. 4.13). Deve-se destacar ainda o fracionamento percebido nas curvas dos granitóides tipo
Borrachudos, dado pela razão (La/Yb), além da acentuada anomalia negativa de Eu do pegmatito.
54
Contribuições às Ciências da Terra – Série M, vol. 47, 130p.
Figura 4.12 - Diagramas multielementares para os granitóides, normalizados pelo condrito de Nakamura (1977).
55
Delgado, C. E. R. 2007, Geologia e Petrogênese na Região da Província Esmeraldífera de Itabira, MG
Figura 4.13 - Diagramas de ETR para os granitóides, normalizados pelo condrito de Nakamura (1977).
4.4 – GEOQUÍMICA DAS ROCHAS ANFIBOLÍTICAS E DE GNAISSE ENCAIXADO
NO FLOGOPITA XISTO
Três amostras de anfibolito (PI-4Ma, PI-4Mb e R-47) e uma de gnaisse granatífero com
hornblenda (PI-4K) foram analisadas quimicamente. Essas amostras têm afinidade variando de
tholeiítica a cálicio-alcalina e caráter subalcalino (Fig. 4.14), conforme observado por Machado
(1998).
56
Contribuições às Ciências da Terra – Série M, vol. 47, 130p.
Figura 4.14 – Classificação dos anfibolitos da área estudada em diagramas de classificação química SiO2 x
Álcalis (esquerda) e AFM, segundo Irvine & Baragar (1971). As áreas delineadas correspondem aos campos
onde se concentram os dados de Machado (1998).
As tendências de correlação em diagramas de Harker ficam pouco nítidas em função do
pequeno número de amostras (Fig. 4.15). No entanto parece haver correlações negativas com o Al2O3
e o MgO e positivas com TiO2 e P2O5, que são comumente observadas nesse tipo de rocha.
Figura 4.15 - Diagramas de Harker com os resultados geoquímicos dos anfibolitos.
57
Delgado, C. E. R. 2007, Geologia e Petrogênese na Região da Província Esmeraldífera de Itabira, MG
No diagrama multielementar nota-se que os anfibolitos são químicamente semelhantes entre si
(Fig. 4.16) e diferem do gnaisse anfibolítico com granada, por exemplo, devido à anomalia negativa de
Ni e Cr mais fortes neste último e anomalia positiva de Ba, além dos teores médios sensivelmente
maiores de Nb, Ce, Sr, Zr e Tb
Não foi observada, tampouco há relatos da ocorrência de esmeralda associada às rochas
anfibolíticas da região. No entanto, seu estudo mais aprofundado pode proporcionar importantes
contribuições para o conhecimento dos processos evolutivos da província pegmatítica em apreço.
Figura 4.16 - Diagramas multielementares para anfibolitos (quadrados marrons) e gnaisse anfibolítico (círculos
preenchidos), normalizados pelo condrito de Nakamura (1977).
4.5 – GEOQUÍMICA DOS XISTOS PARADERIVADOS
Cinco amostras de xistos paraderivados (R-43, R-43b, R-48, R-35 e PI-2B) foram analisadas
para determinação de sua química global.
Em termos composicionais os xistos paraderivados analisados apresentaram uma média de
72% SiO2, 13% Al2O3 e 6% Fe2O3 (todo o Fe calculado como Fe3+).
A classificação química e as tendências de correlação dos xistos paraderivados ficam pouco
nítidas em função do pequeno número de amostras.
Com relação aos espectros de elementos traços, normalizados para NASC (North American
Shale Composite) (Fig. 4.17), vale ressaltar a forte anomalia negativa de Cr e Ni, e anomalias mais
fracas de Cs e Pb, contrastantes com as anomalias positivas de Rb, Nb, Zr, Tb e Ta.
O comportamento dos ETR é difícil de ser interpretado devido à escassez de dados analíticos
(Fig. 4.17). Porém destaca-se, da mesma forma que para as demais rochas dessa região, uma forte
anomalia negativa de Eu e o enriquecimento nos ETRL quando comparados aos pesados.
58
Contribuições às Ciências da Terra – Série M, vol. 47, 130p.
Figura 4.17 – Diagrama multielementar dos elementos traços (esquerda) e de ETR (direita) para os xistos
metapelíticos, normalizados pelo pelito NASC (North American Shale Composite).
59
CAPÍTULO 5
QUÍMICA MINERAL
5.1 - INTRODUÇÃO
Os resultados da caracterização mineralógica tratados no presente capítulo foram obtidos
principalmente por meio de análises quantitativas pontuais de microssonda eletrônica (MSE).
Alguns resultados foram também obtidos com uso do microscópio eletrônico de varredura
(MEV), acoplado ao dispositivo de Espectometria de Dispersão de Energia (EDS), que fornece
resultados semiquantitativos. Subordinadamente foram também efetuados estudos por difração de
raios X e ICP/Laser ablation
Por limitação dos métodos de análise, todo o Fe presente no mineral foi apresentado no estado
ferroso (Fe2+), ou seja, como FeO.
O estudo da química mineral baseou-se na análise de pontos distribuídos entre o centro e as
bordas de diversos cristais.
Visando a aplicação dos resultados da química mineral na geotermobarometria foi analisada a
química de minerais ferromagnesianos em diversas situações texturais como, por exemplo, um em
contato com outro, um incluso em outro e mesmo segundo cristais isolados na matriz.
Todos os campos analisados foram caracterizados por meio de desenhos, a fim de se ter
informações precisas sobre a localização dos pontos analisados (Figs. 5.1, 5.2 e 5.3).
Os resultados das análises químicas referentes a cada ponto estudado encontram-se
sumarizados no Anexo 3.
Delgado, C. E. R. 2007, Geologia e Petrogênese na Região da Província Esmeraldífera de Itabira, MG
Figura 5.1 – Localização dos
pontos analisados por MSE
(números maiores) e MEV/EDS
(números pequenos, em itálico)
em três campos da amostra CM37D (anfibólio-granada xisto do
garimpo do Geraldinho, em
Capoeirana).
GRD=granada, ANF=anfibólio,
ILM=ilmenita,
QTZ=quartzo,
BIO=biotita, PLG=plagioclásio,
CLO=clorita.
62
Contribuições às Ciências da Terra – Série M, vol. 47, 130p.
Figura 5.2 – Localização dos pontos
analisados por MSE (números maiores) e
MEV/EDS (números pequenos em itálico)
em três campos da amostra R-30
(estaurolita-granada xisto, Mina Rocha,
FSR-03 ~ 74 m prof.).
GRD=granada,
EST=estaurolita,
BIO=biotita,
ZRC=zircão.
63
ILM=ilmenita,
QTZ=quartzo,
PLG=plagioclásio,
Delgado, C. E. R. 2007, Geologia e Petrogênese na Região da Província Esmeraldífera de Itabira, MG
Figura 5.3 – Localização dos
pontos analisados por MSE
(números maiores) e MEV/EDS
(números pequenos, em itálico)
em três campos da amostra R-48
(estaurolita-cianita xisto com
sillimanita e granada, Mina
Rocha, FSR-03 ~ 130 m prof.).
GRD=granada,
APT=apatita,
QTZ=quartzo,
BIO=biotita,
PLG=plagioclásio, CLO=clorita,
frt=fratura.
64
Contribuições às Ciências da Terra – Série M, vol. 47, 130p.
5.2 – BIOTITA
O estudo da química dos cristais de biotita baseia-se na análise de 78 pontos distribuídos entre
o centro e as bordas desses cristais (Figs. 5.1, 5.2, 5.3 e 5.4).
O teor de MgO é relativamente constante, em torno de 10-15% em todos os pontos analisados
(Fig. 5.4). Faz-se exceção apenas para as análises do terço final do gráfico, correspondentes aos
cristais da amostra R-48, que são palhetas de biotita em processo de alteração para clorita (Fig. 5.3B).
O pico que aparece na amostra R-48 pode ser decorrente de erro durante a obtenção da análise
(MSE), pois a análise por MEV efetuada nesse mesmo ponto (Fig. 5.1C) mostra padrão mais coerente
com o da média do cristal. No entanto as demais análises efetuadas por MEV/EDS não mostram
discrepâncias muito grandes em relação às obtidas pela MSE.
Por fim a anomalia das análises 16 e 17 (R-30) pode ser decorrente das reduzidas dimensões
do cristal analisado (Fig. 5.2A), levando à interferência por parte da granada adjacente (efeito matriz).
Figura 5.4 – Variação de MgO, FeO e Al2O3 em diversos cristais de biotita das amostras CM-37D, R-30 e R-48.
Quimicamente a biotita da amostra CM-37D se classifica como um membro intermediário
entre a flogopita e a annita – que são, respectivamente, os membros magnesiano e ferroso da série
isomorfa (Fig. 5.5).
A principal variação química observada para a biotita dessa rocha não é a proporção de Fe e
Mg, mas o teor de AlIV, observável principalmente no diagrama B (Fig. 5.4)
A homogeneidade química observada no gráfico da Figura 5.4 reflete a monotonia
composicional da biotita dessa rocha.
65
Delgado, C. E. R. 2007, Geologia e Petrogênese na Região da Província Esmeraldífera de Itabira, MG
Figura 5.5 – Classificação da biotita da amostra CM-37D. A, B e C correspondem aos campos dos desenhos da
figura 5.1; D representa todas amostras plotadas no mesmo gráfico. Análises de MEV/EDS estão na cor preta.
A biotita da amostra R-30 tem composição mais flogopítica do que a da amostra CM-37D
(Fig. 5.6). Porém, esse mineral não se classifica como uma flogopita, apesar de seus cristais já
apresentarem as características ópticas daquele mineral como, por exemplo, o pleocroísmo em tons
pálidos de verde e verde-amarelado.
De maneira semelhante à observada na amostra CM-37D, a biotita da amostra R-30 mostra
uma variação considerável do AlIV, para teores praticamente constantes de Mg e Fe (Fig. 5.6D).
Especialmente no diagrama A, verifica-se que algumas análises se aproximam bastante da série
eastonita-siderofilita. É possível, que estes teores mais altos de Al sejam decorrentes da proximidade
da granada (efeito matriz) no caso de análises em palhetas de dimensões reduzidas (Fig. 5.2). No
gráfico da figura 5.4 verifica-se a presença de picos de Al, isto é, não parece haver uma variação
química gradual que normalmente reflete substituições isomórficas.
66
Contribuições às Ciências da Terra – Série M, vol. 47, 130p.
Figura 5.6 – Classificação da biotita da amostra R-30. A, B e C correspondem aos campos dos desenhos da
figura 5.2; D representa todas amostras plotadas no mesmo gráfico. Análises de MEV/EDS estão na cor preta.
A biotita da amostra R-48 é composicionalmente muito semelhante à da amostra R-30 (Figs.
5.6 e 5.7), com tendência para flogopita maior que a da amostra CM-37D (Fig. 5.5).
É interessante destacar que a explicação dada para o pico fortemente negativo no campo B do
gráfico da figura 5.4, que seria decorrente da alteração parcial da biotita para clorita, procede, uma vez
visto que as análises referentes àqueles pontos não se plotam no diagrama de classificação da biotita
(Fig. 5.7B)
67
Delgado, C. E. R. 2007, Geologia e Petrogênese na Região da Província Esmeraldífera de Itabira, MG
Figura 5.7 – Classificação da biotita da amostra R-48. A, B e C correspondem aos campos dos desenhos da
figura 5.3; D representa todas amostras plotadas no mesmo gráfico. Análises de MEV/EDS estão na cor preta.
5.3 - GRANADA
O estudo dos cristais de granada está baseado em 101 análises químicas pontuais distribuídas
ao longo de perfis de uma borda à outra dos grãos (Figs. 5.1, 5.2, 5.3 e 5.8).
O teor de Al2O3 tem comportamento relativamente constante, próximo de 20% em peso em
todos os pontos analisados (Fig. 5.8).
A variação dos teores de MgO e FeO é relativamente maior que a de Al2O3. Esses teores têm
comportamento bem semelhante entre si, muito regular na granada das amostras CM-37D e R-48 e
mais variado na amostra R-30.
Figura 5.8 – Variação dos teores de MgO, FeO e Al2O3 em granadas das amostras CM-37D, R-30 e R-48.
68
Contribuições às Ciências da Terra – Série M, vol. 47, 130p.
Os cristais de granada da amostra CM-37D são predominantemente constituídos pelo
componente almandina, seguido por piropo, grossularita e espessartita (Fig. 5.9). Esses componentes
equivalem, respectivamente, aos membros ferroso (Fe3Al2Si3O12), magnesiano (Mg3Al2Si3O12), cálcico
(Ca3Al2Si3O12) e manganesífero (Mn3Al2Si3O12) da granada.
A variação composicional entre os diferentes cristais estudados é muito pequena. A almandina
é o componente que apresenta maior variação (de 62 a 71%), seguido pelo piropo (14 a 19%) e pela
grossularita (13 a 17%). Espessartita tem valor constante, muito baixo (2%), para todos os cristais.
Em relação ao zonamento composicional núcleo-borda, a granada do campo B (Fig. 5.1B) é a
que apresenta variação mais pronunciada. Esse zonamento é coerente com o crescimento do cristal
durante o metamorfismo progressivo, caracterizado pelo aumento dos componentes almandina e
piropo do núcleo em direção à borda (Spear 1993). Uma possível fase de despressurização posterior é
dada pela inversão no padrão de zonamento na borda desse cristal (Fig. 5.1B).
Figura 5.9 – Fração molar dos constituintes principais das granadas da amostra CM-37D. A, B e C
correspondem aos campos dos desenhos da figura 5.1.
Figura 5.10 – Padrão de distribuição das frações molares dos constituintes principais ao longo dos perfis em
granada da amostra CM-37D. A, B e C correspondem aos campos dos desenhos da figura 5.1.
69
Delgado, C. E. R. 2007, Geologia e Petrogênese na Região da Província Esmeraldífera de Itabira, MG
Os cristais de granada da amostra R-30 são, analogamente aos da amostra CM-37D,
predominantemente constituídos pelo componente almandina, seguido por piropo, grossularita e
espessartita (Fig. 5.11). Observa-se, no entanto, em relação aos cristais da amostra CM-37D, o
aumento dos teores de piropo em detrimento da diminuição dos teores do componente grossularita,
persistindo a inexpressividade do componente espessartita.
Analogamente à amostra CM-37D a variação composicional entre os componentes principais
dos diferentes cristais estudados é muito pequena. A grossularita é o componente que apresenta maior
variação (7 a 2%), seguida pelo piropo (21 a 30%), almandina é o componente que apresenta a menor
variação (65 a 71%) e o valor do componente espessartita é baixo e invariável (1%).
O zonamento composicional ao longo dos perfis na granada é, em geral, muito sutil. Apenas a
amostra do campo A (Figs. 5.2A, 5.11A e 5.12A) mostra um padrão de zonamento mais nítido, com
picos negativos de piropo e positivos de almandina nos pontos 21 e 24 e um pico negativo de
grossularita no ponto 27.
Figura 5.11 – Fração molar dos constituintes principais das granadas da amostra R-30. A, B e C correspondem
aos campos dos desenhos da figura 5.2.
70
Contribuições às Ciências da Terra – Série M, vol. 47, 130p.
Figura 5.12 – Padrão de distribuição das frações molares dos constituintes principais ao longo dos perfis em
granada da amostra R-30. A, B e C correspondem aos campos dos desenhos da figura 5.2.
A granada da amostra R-48 também é constituída majoritariamente pelo componente
almandina (59 a 63%), seguido por piropo (22 a 29%), alternando se grossularita (6 a 8%) e
espessartita (4 a 11%) como os componentes subordinados (Fig. 5.13).
Observa-se que a principal diferença entre a granada dessa rocha e as demais é a maior
quantidade da molécula espessartita, que apresenta também uma maior variabilidade em sua
concentração.
71
Delgado, C. E. R. 2007, Geologia e Petrogênese na Região da Província Esmeraldífera de Itabira, MG
O zonamento composicional núcleo-borda é também muito sutil. Apenas a amostra do campo
A (Figs. 5.3A e 5.14A) mostra um padrão de zonamento mais nítido, com diminuição do componente
piropo e aumento de espessartita e da razão Fe/(Fe+Mg) do centro para a borda. A variação de
almandina e grossularita é mais irregular. Esse tipo de zonamento para Mn, Mg e razão Fe/(Fe+Mg)
pode ser interpretado, da mesma forma que para a granada do campo B da amostra R-30 (Fig. 5.10B),
como decorrente de crescimento da granada em condições de aumento das condições de temperatura,
com uma posterior despressurização.
Figura 5.13 – Fração molar dos constituintes principais das granadas da amostra R-48. A, B e C correspondem
aos campos dos desenhos da figura 5.3.
Figura 5.14 – Padrão de distribuição das frações molares dos constituintes principais ao longo dos perfis em
granada da amostra R-48. A, B e C correspondem aos campos dos desenhos da figura 5.3 e 5.13.
72
Contribuições às Ciências da Terra – Série M, vol. 47, 130p.
5.4 - ANFIBÓLIOS
Os cristais de anfibólio da amostra CM-37D pertencem à família dos anfibólios cálcicos e
classificam-se como hornblenda ferro-pargasítica e ferro-pargasita. A fórmula estrutural e a
classificação desse mineral, calculada para 23 oxigênios segundo Leake (1978) estão expressos na
figura 5.15.
Figura 5.15 – Classificação do anfibólio da amostra CM-37D no diagrama de Leake (1978) e fórmula estrutural
calculada para 23 oxigênios.
Além desses anfibólios ocorrem ainda antofilita e grunerita, ferro-edenita e hastingsita, e um
trend variando de ferro-actinolita a ferro-tschermakita, todos identificados a partir dos resultados
analíticos de diversas amostras coletadas por Viana (2004), na mina subterrânea da Piteiras (Fig. 5.16).
73
Delgado, C. E. R. 2007, Geologia e Petrogênese na Região da Província Esmeraldífera de Itabira, MG
Figura 5.16 – Classificação dos orto- e clinoanfibólios de xistos da mina da Piteiras (Viana 2004).
5.5 - ESTAUROLITA
A estaurolita da amostra R-30 (Fig. 5.2) foi analisada por MSE, não tendo sido detectada a
presença de Zn. Os resultados das análises químicas desse mineral estão contidos na Tabela 5.1.
Tabela 5.1 – Composição química (% em peso) da estaurolita da amostra R-30. A e B correspondem aos campos
dos desenhos da figura 5.2.
Sample
A1
A2
A3
A4
B1
B2
B3
B4
SiO2
27,45
26,13
26,56
26,41
26,33
26,50
26,39
26,27
TiO2
0,57
0,40
0,61
0,62
0,42
0,62
0,58
0,56
Al2O3
52,14
51,85
51,69
51,77
52,05
51,74
51,97
51,91
Cr2O3
0,00
0,02
0,00
0,00
0,00
0,04
0,00
0,00
FeO
14,19
14,35
13,95
14,47
14,30
14,51
13,92
14,19
MnO
0,01
0,04
0,01
0,06
0,04
0,07
0,03
0,06
MgO
2,62
2,48
2,66
2,68
2,54
2,68
2,61
2,52
CaO
0,02
0,00
0,00
0,00
0,00
0,00
0,00
0,00
Total
97,01
95,26
95,47
96,01
95,68
96,16
95,50
95,50
Si
8,05
7,82
7,91
7,85
7,85
7,87
7,86
7,84
Al
18,00
18,29
18,14
18,13
18,26
18,09
18,23
18,25
Ti
0,13
0,09
0,14
0,14
0,10
0,14
0,13
0,13
Fe2
3,48
3,60
3,48
3,60
3,56
3,60
3,47
3,54
Cr
0,00
0,00
0,00
0,00
0,00
0,01
0,00
0,00
Mn
0,00
0,01
0,00
0,02
0,01
0,02
0,01
0,02
Mg
1,15
1,11
1,18
1,19
1,13
1,19
1,16
1,12
Ca
0,01
0,00
0,00
0,00
0,00
0,00
0,00
0,00
74
Contribuições às Ciências da Terra – Série M, vol. 47, 130p.
Cations
30,80
30,91
30,85
30,92
30,90
30,92
30,86
30,89
A estaurolita da Mina Rocha é bastante semelhante à encontrada na mina subterrânea da Piteiras
(Viana 2004), diferindo-se basicamente pela proporção no conteúdo de Al2O3, em torno de 54% e de
TiO2, em torno de 0,7 nos cristais provenientes da Piteiras.
5.6 – FELDSPATOS
O Plagioclásio foi identificado em diversas lâminas delgadas e corresponde ao feldspato mais
comum. O feldspato alcalino, por sua vez ocorre restrito aos granitóides e ao pegmatito (vide fichas
petrográficas em anexo). Somente o plagioclásio foi analisado quimicamente e apenas por MEV/EDS.
Os cristais analisados da amostra CM-37D classificam-se como andesina, da R-30, como oligoclásio e
da R-48, como labradorita (Fig. 5.17 e 5.3).
Figura 5.17 – Classificação do plagioclásio das amostras CM-37D, R-30 e R-48.
75
Delgado, C. E. R. 2007, Geologia e Petrogênese na Região da Província Esmeraldífera de Itabira, MG
5.7 - TITANITA
Em termos químicos, foram identificados dois tipos de titanita nas rochas estudadas: um tipo
normal e um tipo com alto teor de Al, ou seja, com razão XAl = Al/(Ti+Al+Fe) ≥ 0,25, formalmente
classificado como grothita (Gaines et al. 1997). Esse mineral foi encontrado em gnaisses, xistos e
granitos da região estudada (Delgado et al. 2005).
Em lâmina delgada da amostra de um anfibólio-biotita xisto a grothita é incolor, fina (até 0,6
mm) e anédrica granular, por vezes formando agregados nodulares, frequentemente envolvendo restos
de ilmenita (Fig. 5.18).
Figura 5.18 – Cristal de grothita envolvendo ilmenita e em contato com anfibólio na amostra PI-5Cb.
Fotomicrografias em LPP, LPX. À direita: imagem MEV da mesma amostra.
As cores de interferência vivas da segunda e terceira ordens – baixas se comparadas às de
ordem superior da titanita comum – e a geração de halos pleocróicos em biotita são características
muito diagnósticas (Fig. 5.19). Os halos decorrem da presença de urânio, que permitiu a sua datação.
76
Contribuições às Ciências da Terra – Série M, vol. 47, 130p.
Figura 5.19 – Agregados de cristais de grothita inclusos em biotita na qual gera halos pleocróicos.
Fotomicrografias em LPP, LPX. À direita: imagem MEV. Altura das imagens = 0,35 mm, amostra PI-5Cb.
Análises químicas de MEV/EDS e MSE mostram a presença de Al e F em todos os grãos, com
XAl variando entre 0,20 e 0,36, com média de 0,29. A fórmula estrutural média, calculada para 20
oxigênios está expressa na figura 5.20.
Figura 5.20 – Fórmula estrutural unitária calculada para análise de MEV/EDS (A) e de MSE (B) para grothita
da amostra PI-5Cb.
A intensidade do brilho observado em imagens de MEV/MSE (Fig. 5.19) pode ser explicada
pela presença de variáveis quantidades de Y detectada por MSE (Tab. 5.2). Esse resultado foi obtido a
partir de análises realizadas com um maior tempo de contagem.
Tabela 5.2 – Resultados de MSE para grothita da amostra PI-5Cb.
No.
F
FeO
Y2O3
CaO
SiO2
TiO2
Al2O3
Total
1
3,00
0,61
0,19
29,10
29,59
25,39
8,88
95,49
2
3,11
0,54
0,22
28,90
29,51
25,12
9,27
95,35
3*
2,43
0,75
0,74
28,23
29,07
25,93
7,98
94,10
4*
1,85
0,74
0,83
27,95
29,07
25,71
7,98
93,35
5
2,48
0,71
0,28
28,84
29,73
24,13
9,56
94,68
6
1,82
0,56
0,06
28,71
29,58
25,64
8,43
94,04
7*
1,98
0,80
0,36
27,91
29,50
26,06
7,97
93,75
8*
3,01
0,83
0,43
28,04
29,61
25,85
8,03
94,52
9
2,43
0,46
0,10
28,49
29,54
24,96
8,80
93,76
10*
2,18
0,76
0,41
27,81
29,07
26,33
7,75
93,38
* pontos de análise na fase clara da titanita (Fig. 5.19)
Diversos estudos a partir da década de 70 indicam que a substituição Ti por Al pode ser
resultado de dois fatores: a elevada atividade do flúor, que leva à simultânea troca de O por (F,OH)
(Černý & Povondra 1972) e ao aumento das condições de T e P, visto ser relativamente comum a
ocorrência de grothita em litotipos de fácies eclogito. No entanto, grothita também é encontrada na
fácies zeólita e em escarnitos (Oberti et al. 1991).
A origem da grothita de Itabira deve estar relacionada à atividade elevada de flúor, da mesma
forma que as da Moravia, estudadas por Černý & Povondra (1972). O flúor, juntamente com o berílio,
seriam oriundos da cristalização do Granito Borrachudos e pegmatitos associados, tendo sido
introduzidos nos xistos metaultramáficos durante o processo metassomático gerador da esmeralda.
77
Delgado, C. E. R. 2007, Geologia e Petrogênese na Região da Província Esmeraldífera de Itabira, MG
Por ser a grothita um mineral radioativo, fez-se a determinação de sua idade de cristalização
(Fig. 5.21) por meio de LAM-ICP-MS (ICP/Laser ablation - Laboratório de Geologia Isotópica
IG-UFRGS). Os valores da razão U/Pb contidos na titanita apontam para uma idade brasiliana (604+/36 Ma).
Os cristais de grothita foram encontrados em diversos litotipos da região de Itabira-Nova Era,
como nos xistos mineralizados e estéreis, gnaisses e granitos. Conforme discutido anteriormente, esse
mineral pode ter sua origem relacionada à atividade elevada de flúor reinante durante o processo
metassomático gerador da esmeralda. Dessa forma, é provável que a sua idade seja coincidente com a
da cristalização de pelo menos parte dos cristais de esmeralda dessa província.
Figura 5.21 – Curva da concórdia que define a idade U/Pb da grothita da amostra PI-5Cb, da mina subterrânea
de Piteiras.
78
CAPÍTULO 6
GEOTERMOBAROMETRIA
6.1 - INTRODUÇÃO
O estudo da geotermobarometria compreende a estimativa da temperatura e da pressão de
formação de uma rocha a partir química dos minerais que se encontram em equilíbrio paragenético.
Existem vários tipos de geotermômetros, sendo que os que se baseiam em reações de
intercâmbio de cátions entre minerais coexistentes (exchange reactions) são os mais comuns. Muito
utilizadas são as calibrações que se baseiam na partição do Fe e Mg entre os minerais envolvidos, bem
como na concentração de outros elementos como, por exemplo Al, Ca e Ti, que variam sensivelmente
em função da temperatura atingida durante o metamorfismo.
As reações envolvidas na geobarometria devem mostrar uma variação volumétrica maior que a
dos geotermômetros, o que permite uma maior sensibilidade às variações de pressão em relação à
temperatura. Um geobarômetro muito usado é o granada-aluminossilicato-sílica-plagioclásio (GASP).
A calibração dos geotermômetros e dos geobarômetros pode ser feita de forma experimental, a
partir do modelamento da distribuição dos componentes químicos entre as fases envolvidas sob
condições de temperatura e pressão controladas em laboratório ou de forma empírica, por
modelamento matemático.
Atualmente encontram-se disponíveis na literatura várias calibrações de geotermômetros e de
geobarômetros que podem ser aplicadas a diferentes conjuntos de minerais e faixas de temperatura e
pressão. O emprego de uma determinada calibração deverá ser efetuado, portanto, em função da
paragênese mineral disponível e de uma estimativa do campo de estabilidade da rocha. Para as rochas
estudadas optou-se pela utilização dos geotermômetros granada-biotita, granada-estaurolita e o
granada-anfibólio, além dos geobarômetros GASP e granada-plagioclásio-biotita-quartzo.
As diferentes calibrações para os referidos geotermômetros e geobarômetros foram obtidas por
meio do emprego do software GPT (Reché & Martinez, 1996). A calibração empregada para o
geotermômetro granada-anfibólio é a sugerida por Graham & Powell (1984).
6.2 - GEOTERMOMETRIA
As diferentes calibrações dos geotermômetros empregados resultaram em uma estreita faixa de
temperatura, fortemente dependente da pressão estabelecida na base de cálculo. No presente estudo
procurou-se empregar uma aproximação razoável das pressões obtidas pelos geobarômetros, situada
em torno de 7.000 bar.
Delgado, C. E. R. 2007, Geologia e Petrogênese na Região da Província Esmeraldífera de Itabira, MG
Para proporcionar um maior conhecimento das variações termométricas procurou-se obter a
composição química dos conjuntos minerais em diversas situações texturais como, por exemplo, desde
minerais inclusos, em contato até separados pela matriz. Procedeu-se, ainda, com a dosagem química
por MEV/EDS em pontos já analisados por MSE, visando elaboração de um estudo comparativo sobre
a possibilidade do emprego desse tipo de análise, menos dispendiosa, para cálculos geotermométricos.
6.2.1 – Anfibólio-granada xisto, Garimpo do Geraldinho, Capoeirana (CM-37D)
Os resultados dos cálculos geotermométricos discutidos a seguir se baseiam nas análises
químicas efetuadas em biotita, granada, anfibólio e plagioclásio (ver capítulo 5). A temperatura obtida
pelo geotermômetro granada-biotita varia muito em função da calibração aplicada, entre 506 e 729 °C
(Tab. 6.1). Entretanto, observa-se que as temperaturas do núcleo e da borda são, em sua maioria
próximas, sugerindo formação da paragênese em relativa estabilidade térmica, em torno de 600 °C.
Tabela 6.1 – Temperaturas (°C ) estimadas para o anfibólio-granada xisto (CM-37D) em diversas calibrações do
par granada-biotita, considerando P = 7000 bar, (b) borda, (c) centro do cristal; pontos referentes à figura 5.1.
A
Campo estudado
Par mineral
Calibração
B
C
GRD-1(b)
GRD-3(c)
GRD-5(b)
GRD-2(b)
GRD-5(c)
GRD-7(b)
GRD-2(b)
GRD-6(c)
GRD-8(b)
BIO-4
matriz
BIO-4
matriz
BIO-4
matriz
BIO-15
matriz
BIO-15
matriz
BIO-15
matriz
BIO-2
contato
BIO-2
contato
BIO-2
contato
Thompson, 76
611
615
621
623
643
582
636
618
640
Goldman & Albee, 77-1
525
528
532
533
546
506
537
525
540
Goldman & Albee, 77-2
577
575
580
579
594
537
612
571
601
Holdaway & Lee, 77
586
590
595
596
614
561
605
590
608
Ferry & Spear, 78
587
593
600
602
629
551
614
591
619
Lavrent'eva & Perchuk, 81
606
609
613
614
628
585
621
608
624
Hodges & Spear, 82
639
640
647
652
675
601
674
640
671
Pigage & Greenwood, 82
680
680
686
694
715
640
723
680
715
Perchuk & Lavrent'eva, 83-1
580
583
587
588
602
560
586
574
589
Perchuk & Lavrent'eva, 83-2
584
587
591
592
606
564
593
581
596
Perchuk & Lavrent'eva, 83-3
591
594
598
599
613
571
608
596
611
Ganguly & Saxena, 84-1
549
549
552
557
567
530
573
552
569
Ganguly & Saxena, 84-2
548
548
550
556
565
528
572
550
567
Perchuk et. al., 85
661
659
662
667
677
638
694
665
686
Indares & Martignole, 85-1
600
601
607
613
634
564
635
600
631
Indares & Martignole, 85-2
601
601
606
618
637
569
642
602
634
Williams & Grambling, 90
686
686
691
700
720
647
729
686
720
Dasgupta et. al., 91
603
603
608
624
642
579
642
606
635
Bathacharya et al., 92-1
587
587
591
596
609
567
605
586
603
Bathacharya et al., 92-2
561
561
565
573
585
547
579
561
577
Min(b)
506
Méd(b)
600
Máx(b)
729
Min(c)
525
Méd(c)
602
Máx(c)
720
A variação da temperatura entre 537-622 °C (Tab. 6.2), estimada para o par granada-anfibólio,
de Graham & Powell (1984), é compatível à determinada pelo par granada-biotita (Tab. 6.1).
Tabela 6.2 – Temperaturas (°C ) calculadas para diversas combinações de análises núcleo e borda do par
granada-anfibólio do anfibólio-granada xisto (CM-37D), por meio do geotermômetro de Graham & Powell
(1984) a 7 kbar. Pontos referentes ao campo C da figura 5.1 (b) borda, (c) centro do cristal.
Campo estudado
Par mineral/Calibração
Graham & Powell 1984
CMP3
GRD-2(b)
GRD-2(b)
GRD-6(c)
GRD-6(c)
GRD-8(b)
GRD-8(b)
ANF-1(b)
ANF-2(c)
ANF-1(b)
ANF-2(c)
ANF-1(b)
ANF-2(c)
622
560
596
537
620
557
80
Contribuições às Ciências da Terra – Série M, vol. 47, 130p.
A temperatura calculada para núcleo de granada - núcleo de anfibólio é a mais baixa (537ºC),
enquanto que as temperaturas para a região da borda desses cristais se revelam superiores e
apresentam valores muito próximos entre si (~620 ºC). A média das temperaturas estimada para esse
par foi de 580 °C.
6.2.2 – Estaurolita-granada xisto, Mina Rocha (R-30)
A dosagem química dos cristais de biotita, granada, estaurolita e plagioclásio (Fig. 5.2)
fundamentou os cálculos e discussões acerca da temperatura de formação da rocha.
As temperaturas obtidas pelo geotermômetro granada-biotita variam de 470-795 °C, porém
esses valores extremos têm pouca representatividade, pois a maioria dos resultados situa-se numa faixa
entre 600 e 700 °C (Tab. 6.3) superiores, portanto às calculadas para o garimpo de Capoeirana.
Note-se ainda que as temperaturas obtidas para o núcleo dos cristais são sensivelmente mais
elevadas que as das bordas, resultando numa diferença de cerca de 40 °C, conforme também
verificado para as minas da Belmont (Machado 1998) e Piteiras (Viana 2004). Essa diferença deve se
relacionar a um estágio de resfriamento, sugerido pela pequena diferença entre as temperaturas do
núcleo e da borda dos cristais, ou ainda a um evento metamórfico mais recente e de baixo grau.
Tabela 6.3 – Temperaturas (°C ) calculadas para o anfibólio-granada xisto (R-30) em diversas calibrações do par
granada-biotita, considerando P = 7000 bar, (b) borda, (c) centro do cristal; e pontos referentes à figura 5.2.
Campo
A
B
C
GRD
32b
GRD
19c
GRD
13b
GRD
11b
GRD
7c
GRD
1b
GRD
1b
GRD
1b
GRD
1b
GRD
1b
GRD
1b
GRD
1c
GRD
4b
GRD
5b
GRD
BIO4
mat
BIO4
mat
BIO4
mat
BIO4
mat
BIO4
mat
BIO4
mat
BIO1
con
BIO2
con
BIO3
incl
BIO4
incl
BIO5
con
BIO7
incl
BIO7
incl
BIO7
incl
BIO7
1
672
693
652
681
688
634
613
627
657
653
644
698
649
690
719
2
566
580
552
572
577
540
527
536
556
553
547
583
551
578
597
3
652
679
625
659
664
597
582
593
624
621
614
661
592
660
698
4
639
656
622
646
652
606
588
600
625
622
615
661
619
654
678
5
667
695
640
678
689
617
590
608
646
642
630
702
637
691
730
6
648
662
634
654
659
622
607
617
638
635
629
666
633
661
680
7
693
722
667
705
712
639
619
637
676
671
659
731
660
725
764
8
717
744
687
724
731
658
641
660
701
696
683
758
681
754
795
9
621
635
608
627
632
596
582
591
611
609
603
639
606
634
652
10
625
639
612
631
636
600
585
595
615
612
606
642
610
637
656
11
633
647
619
639
644
607
593
602
622
620
614
650
618
645
664
12
511
520
500
511
513
489
470
485
519
515
505
544
513
544
559
13
510
519
499
511
513
488
470
485
518
514
504
543
512
543
559
14
671
686
658
677
678
639
633
643
664
661
655
693
650
692
713
15
643
671
619
654
661
591
576
588
629
622
629
680
611
674
712
16
615
640
588
621
627
563
556
567
607
598
610
659
590
656
692
17
711
738
683
718
725
655
636
656
699
693
680
754
679
750
790
18
618
640
596
625
630
572
581
589
612
605
615
665
603
662
694
19
601
615
590
607
609
576
570
578
598
594
592
626
592
624
642
20
552
563
545
557
557
533
535
542
557
553
557
584
556
584
598
Par min/
Calib
Min (b) 470
Méd (b) 617
Máx(b) 754
Min (c) 513
Méd(c) 661
Máx(c) 795
7c
incl
1-Thompson, 76; 2-Goldman & Albee, 77-1; 3-Goldman & Albee, 77-2; 4-Holdaway & Lee, 77; 5-Ferry & Spear, 78; 6-Lavrent'eva & Perchuk,
81; 7-Hodges & Spear, 82; 8-Pigage & Greenwood, 82; 9-Perchuk & Lavrent'eva, 83-1; 10-Perchuk & Lavrent'eva, 83-2; 11-Perchuk &
Lavrent'eva, 83-3; 12-Ganguly & Saxena, 84-1; 13-Ganguly & Saxena, 84-2; 14-Perchuk et. al., 85; 15-Indares & Martignole, 85-1; 16-Indares &
Martignole, 85-2; 17-Williams & Grambling, 90; 18-Dasgupta et. al., 91; 19-Bathacharya et al., 92-1; 20-Bathacharya et al., 92-2.
81
Delgado, C. E. R. 2007, Geologia e Petrogênese na Região da Província Esmeraldífera de Itabira, MG
As temperaturas estimadas por meio do geotermômetro granada-estaurolita (Perchuck 1989)
são compatíveis com as obtidas pelas várias calibrações do geotermômetro granada-biotita, e se situam
numa faixa próxima dos 700°C.
Da mesma forma como foi observado no geotermômetro granada-biotita, as temperaturas do
núcleo dos cristais de granada são, em média, cerca de 40°C maiores que as da borda.
Tabela 6.4 – Temperaturas (°C ) calculadas pelo geotermômetro granada-estaurolita de Perchuck (1989) para o
anfibólio-granada xisto (R-30), considerando P = 7000 bar, (b) borda, (c) centro do cristal. Pontos referentes à
figura 5.2, com destaque para os resultados relativos ao centro dos cristais, que mostram temperatura mais
elevada que a borda.
Campo
estudado
A
B
Par mineral/
Calibração
GRD-32(b)
EST-1contato
GRD-19(c)
EST-1contato
GRD-13(b)
EST-1contato
GRD-11(b)
EST-1contato
GRD-7(c)
EST-1contato
GRD-1(b)
EST-1contato
GRD-1(b)
EST1contato
Perchuck, 89
703
729
683
717
724
659
660
6.2.3 – Estaurolita-cianita xisto com sillimanita e granada, Mina Rocha (R-48)
Os pontos amostrados para os cálculos geotermométricos estão discriminados na figura 5.3.
As temperaturas obtidas pelo geotermômetro granada-biotita variam de 496-789 °C, porém os
valores extremos têm também aqui pouca representatividade, situando-se a maioria dos resultados em
torno de 600 °C (Tab. 6.5).
Note-se, ainda, que no campo 2 a média das temperaturas estimadas para o centro dos cristais
de granada (652 °C) é superior à estimada para as bordas desse cristal (630°C), o que está em acordo
com os cálculos geotermométricos efetuados nas demais rochas.
Nos campos A e C da amostra R-48 foi tentativamente efetuada a geotermometria baseada em
diversos tipos texturais de biotita em relação a um único ponto da granada. Dessa forma, a biotita do
campo A, inclusa em granada, resultou em temperatura mais baixa do que a encontrada no contato
com a granada (Tab. 6.5). A situação, porém é oposta no campo C, onde os cristais de biotita inclusos
resultaram em temperaturas mais elevadas do que os observados no contato com a granada (Tab. 6.5).
Assim, o estudo estatístico de um número maior de análises é recomendado para se conhecer
melhor a variação da temperatura de formação dos cristais em diferentes situações texturais.
82
Contribuições às Ciências da Terra – Série M, vol. 47, 130p.
Tabela 6.5 – Temperaturas (°C ) calculadas para o estaurolita-cianita xisto com sillimanita e granada (R-48) por
meio de diversas calibrações do par granada-biotita, considerando P = 7000 bar, (b) borda, (c) centro do cristal; e
pontos referentes à figura 5.3.
Campo
estudado
A
B
C
GRD
4(c)
GRD
4(c)
GRD
4(c)
GRD
4(c)
GRD
2(b)
GRD
7(c)
GRD
11(b)
GRD
12
mat
BIO-1
cont
(b)
BIO-2
incl
BIO-3
cont
(c)
BIO-4
cont
(b)
BIO-1
mat
BIO-1
mat
BIO-1
mat
BIO-1
mat
BIO-1
cont
BIO-3
cont
BIO-4
cont
BIO-5
incl
BIO-6
cont
Thompson
76
674
642
667
664
678
690
648
660
616
602
599
668
604
Goldman
& Albee,
77-1
575
553
570
568
570
578
550
558
529
519
518
563
521
Goldman
& Albee,
77-2
695
669
696
686
692
715
649
665
662
651
649
708
654
Holdaway
& Lee, 77
645
617
639
636
644
654
619
628
591
579
576
636
581
Ferry &
Spear, 78
679
636
670
665
675
691
636
650
594
576
573
662
579
Lavrent’ev
a&
Perchuk,
81
653
631
649
646
652
661
632
640
610
599
597
646
601
Hodges &
Spear, 82
708
665
699
694
704
722
663
679
650
632
628
719
635
Pigage &
Greenwoo
d, 82
753
706
743
738
744
766
702
718
712
691
687
789
694
Perchuk &
Lavrent’ev
a, 83-1
640
619
636
634
626
634
606
613
584
574
572
619
576
Perchuk &
Lavrent’ev
a, 83-2
639
617
634
632
629
637
609
617
588
578
576
623
579
Perchuk &
Lavrent’ev
a, 83-3
635
613
630
628
637
645
617
624
595
585
583
630
586
Ganguly &
Saxena,
84-1
537
500
529
525
524
533
508
514
533
516
513
596
518
Ganguly &
Saxena,
84-2
533
496
525
521
520
529
504
510
528
511
508
590
514
Perchuk
et. Al., 85
671
649
666
664
679
689
656
665
671
660
658
709
662
Indares &
Martignole,
85-1
656
616
647
645
646
663
607
622
600
586
583
674
585
Indares &
Martignole,
85-2
648
606
636
636
631
651
594
608
612
595
592
693
594
Williams &
Grambling,
90
743
695
733
728
734
754
693
709
706
684
681
786
688
Dasgupta
et. Al., 91
624
591
611
615
618
634
586
598
598
584
581
661
582
Bathachar
ya et al.,
92-1
605
582
599
598
599
607
580
587
577
566
565
616
567
Bathachar
ya et al.,
92-2
553
530
544
547
544
551
529
535
536
526
524
576
526
Par
mineral/
Calibração
GRD
4(c)
GRD
4(c)
GRD
4(c)
GRD
4(c)
GRD
4(c)
Min(b) = 504
Méd(b) = 630
Máx(b) = 744
Min(c) = 529
Méd(c) = 652
Máx(c) = 766
83
Delgado, C. E. R. 2007, Geologia e Petrogênese na Região da Província Esmeraldífera de Itabira, MG
A aplicação das diversas calibrações dos geotermômetros granada-biotita e granada-estaurolita
para os litotipos estudados possibilitou a estimativa de uma faixa de temperatura bastante estreita, em
torno de 600-700 °C, com média em 617 °C, para as rochas da região da Rocha Mineração (Fig. 6.1).
Essa faixa é coincidente com a determinada para as minas da Piteiras (Viana 2004) e Belmont
(Machado 1998).
Figura 6.1 – Gráfico com os resultados das temperaturas (°C) determinadas para as diferentes calibrações dos
pares granada-biotita e estaurolita-biotita aplicados no presente trabalho. Os pontos do gráfico, quando
ordenados de modo crescente, resultam na curva cinza.
6.2.4 – Comparação de cálculos geotermométricos fundamentados em análises
quantitativas por MSE e semiquantitativas por MEV-EDS
A maior dificuldade atualmente encontrada ao se realizar estudos de geotermobarometria
consiste na fase de obtenção dos dados analíticos, pois depende da disponibilidade de microssonda
eletrônica de varredura. Esse equipamento, que possibilita uma alta confiabilidade nos resultados, ou
seja, análises quantitativas, tem custos operacional e de aquisição muito elevados e por isso é
encontrado somente em poucos centros de pesquisa do Brasil, em geral sobrecarregados e,
consequentemente, indisponíveis para outras instituições.
A fim de testar a possibilidade de adotar a utilização de análises semiquantitativas, obtidas por
MEV/EDS para cálculos geotermométricos, em vista da maior facilidade de obtenção, maior
disponibilidade do equipamento e menor complexidade operacional, procedeu-se à dosagem química
de pontos coincidentes com os obtidos nas análises de microssonda.
A localização dos pontos analisados por MEV/EDS, para cada rocha, pode ser observada,
juntamente com os pontos analisados pela microssonda nas figuras 5.1, 5.2 e 5.3. Além disso, os
resultados das análises de microssonda e MEV/EDS constam nas fichas petrográficas e no anexo 3.
84
Contribuições às Ciências da Terra – Série M, vol. 47, 130p.
As temperaturas estimadas a partir de análises de MEV/EDS para o par granada-biotita dos
litotipos estudados variam entre 400-800 °C, com média em 630 °C (Tab. 6.6, 6.7 e 6.8; Fig. 6.2).
Observa-se que as temperaturas mais discrepantes foram as estimadas a partir de análises de
MEV/EDS em pares biotita(MSE)-granada(MEV) e que pares biotita(MEV)-granada(MSE)
responderam melhor (Tab. 6.6). No entanto, os resultados estimados pelos pares biotita(MEV)granada(MEV) também forneceram temperaturas compatíveis com as determinadas por pares
analisados em microssonda.
Tabela 6.6 – Temperaturas (°C) calculadas com base em análises por MEV/EDS para diversas calibrações do
par granada-biotita do anfibólio-granada xisto (CM-37D), considerando P = 7000 bar, (b) borda, (c) núcleo e
pontos referentes à tabela 6.1 e figura 5.1. Destaque para os resultados obtidos por pares de minerais analisados
exclusivamente por MEV/EDS.
Campo
estudado
A
B
C
GRD-1
MEV(b)
GRD-2
MEV(b)
GRD-2(b)
GRD-1MEV(b)
GRD-2MEV(b)
GRD-1MEV(b)
GRD-2MEV(b)
BIO-4matriz
(MSE)
BIO-4matriz
BIO-1mev/mat
BIO-2cont (o
que é cont?)
BIO-2cont
BIO-1
mev/cont
BIO1mev/contato
Máx
812
803
652
722
854
696
824
Méd
679
673
575
654
701
649
686
Min
585
579
512
553
599
532
586
Par
mineral
Tabela 6.7 – Temperaturas (°C) calculadas com base em análises por MEV/EDS para diversas calibrações do
par granada-biotita do anfibólio-granada xisto (R-30), considerando P = 7000 bar, (b) borda, (c) núcleo e pontos
referentes à tabela 6.3 e figura 5.2.
Campo estudado
A
B
GRD-7(c)
GRD-7(c)
GRD-1(b)
GRD-1(b)
BIO-MEV1/cont
BIO-MEV2/cont
BIO-MEV1/contato
BIO-MEV2/contato
Máx
756
732
596
619
Méd
662
656
547
572
Min
532
513
415
448
Par mineral
Tabela 6.8 – Temperaturas (°C) calculadas com base em análises por MEV/EDS para diversas calibrações do
par granada-biotita do estaurolita-cianita xisto com sillimanita e granada (R-48), para P = 7000 bar, (b) borda, (c)
núcleo, com pontos referentes à tabela 6.5 e figura 5.3.
Campo estudado
A
GRD-4(c)
Par mineral
BIO-mev1/incl
Máx
690
Méd
605
Min
485
85
Delgado, C. E. R. 2007, Geologia e Petrogênese na Região da Província Esmeraldífera de Itabira, MG
Apesar da variação relativamente grande na faixa de temperaturas obtida nessas análises (Fig.
6.2) observa-se que uma considerável parte dos valores obtidos situa-se no mesmo intervalo de
temperatura estimado a partir das análises de microssonda (Fig. 6.3). Portanto, acredita-se ser possível
empregar análises de MEV/EDS para estimar a temperatura de formação da rocha. Porém, para
proporcionar uma estimativa mais segura aconselha-se a realização de um grande número de análises e
um tratamento estatístico adequado.
Fig
ura 6.2 – Gráfico com as temperaturas (°C ) calculadas com base em análises por MEV/EDS para as diferentes
calibrações do par granada-biotita. Os pontos do gráfico, quando ordenados de modo crescente, resultam na
curva cinza.
Fi
gura 6.3 – Gráfico comparativo das temperaturas (°C ) calculadas com base em análises de microssonda (curva
preta) e MEV/EDS (curva cinza), para as diferentes calibrações do par granada-biotita.
86
Contribuições às Ciências da Terra – Série M, vol. 47, 130p.
6.3 - GEOBAROMETRIA
Os cálculos geobarométricos basearam-se numa temperatura de 650 °C, que é um valor médio
resultante dos cálculos geotermométricos. Os dados analíticos de química mineral empregados nos
cálculos desses geotermômetros provieram tanto de análises de microssonda como de MEV/EDS.
6.3.1 – Anfibólio-granada xisto, Garimpo do Geraldinho, Capoeirana (CM-37D)
As pressões calculadas pelo geobarômetro granada-plagioclásio-biotita-quartzo (Hoisch 1990)
para a amostra CM-37D (Tab. 6.9), de 10 a 11 kbar, são muito elevadas e discrepantes das obtidas
para os demais litotipos, descritos a seguir. Essas estimativas devem ser vistas com ressalvas,
principalmente tendo-se o conhecimento da ocorrência de cordierita no garimpo de Capoeirana
(Machado 1998), mineral este favorecido por pressões baixas. Por outro lado, os estudos de Machado
(1998) e Vianna (2004) apontaram a presença de pressões acima de 9000 bar para essa paragênese.
Tabela 6.9 – Pressões (bar) calculadas para o anfibólio-granada xisto (CM-37D) pelo geobarômetro granadaplagioclásio-biotita-quartzo (Hoisch 1990), para T = 650 °C , (b) borda, (c) núcleo do cristal e pontos referentes
à figura 5.1.
Campo estudado
A
B
C
GRD-1(b)
GRD-3(c)
GRD-5(b)
GRD-2(b)
GRD-5(c)
GRD-7(b)
GRD-2(b)
GRD-6(c)
GRD-8(b)
BIO-4
matriz
BIO-4
matriz
BIO-4
matriz
BIO-15
matriz
BIO-15
matriz
BIO-15
matriz
BIO-2
contato
BIO-2
contato
BIO-2
contato
Plg-1MEV
cont
Plg-1MEV
cont
Plg-1MEV
cont
Plg-1MEV
mat
Plg-1MEV
mat
Plg-1MEV
mat
Plg-2MEV
cont
Plg-2MEV
cont
Plg-2MEV
cont
Hoisch, 90-Fe
10558
10101
10079
10269
10028
10051
11981
10825
11351
Hoisch, 90-Fe
10457
10003
9944
10096
9734
10200
11650
10726
11055
Min(b)
9944
Méd(b)
10363
Máx(b)
11981
Min(c)
9734
Méd(c)
10064
Máx(c)
10825
Par
mineral/Calibração
6.3.2 – Estaurolita-granada xisto, Mina Rocha (R-30)
O cálculo da pressão para os litotipos da Mina Rocha, em torno de 7 kbar (Tab. 6.10 e 6.11;
Fig. 6.3) resultou em valores bastante coerentes com o esperado pela paragênese mineral encontrada
nessa localidade (Fig. 3.15). Pressões semelhantes a essas foram também identificadas para as minas
da Belmont (Machado, 1988) e Piteiras (Viana 2004).
Tabela 6.10 – Pressões (bar) calculadas para o estaurolita-granada xisto (R-30) pelo geobarômetro granadaplagioclásio-biotita-quartzo (Hoisch 1990), T = 650 °C , (b) borda, (c) núcleo e pontos referentes à figura 5.2.
Campo
estudado
B
C
GRD-1
(b)
GRD-1
(b)
GRD-1
(b)
GRD1(b)
GRD-1 (b)
GRD-1
(c)
GRD-4
(b)
GRD-5
(b)
GRD-7 (c)
BIO-1
contato
BIO-2
contato
BIO-3
inclusão
BIO-4
inclusão
BIO-5
contato
BIO-7
inclusão
BIO-7
inclusão
BIO-7
inclusão
BIO7inclusão
Mev1
Mev1
Mev1
Mev1
Mev1
Mev1
Mev1
Mev1
Mev1
Hoisch, 90-Fe
7674
7668
7730
7694
7757
8162
6741
8712
8985
Hoisch, 90-Fe
7447
7358
7231
7220
7331
7410
6355
7960
8059
Min
6355
Méd
7671
Máx
8985
Par mineral
Calibração
87
Delgado, C. E. R. 2007, Geologia e Petrogênese na Região da Província Esmeraldífera de Itabira, MG
6.3.3 – Estaurolita-cianita xisto com sillimanita e granada, Mina Rocha (R-48)
A presença de sillimanita na paragênese dessa rocha permitiu a aplicação do geobarômetro
GASP, a partir do qual foram obtidas pressões sensivelmente mais baixas, em torno de 6000 bar
(Tab.6.11).
A aplicação dos geobarômetros granada-plagioclásio-biotita-quartzo e GASP para os litotipos
estudados possibilitou a estimativa de uma faixa de pressão bastante estreita, principalmente na região
da Mina Rocha, em torno de 6000-7000 bar, que corresponde a uma profundidade de, no máximo, 25
km.
Tabela 6.11 – Pressões (bar) obtidas para diversas calibrações do par estaurolita-cianita xisto com sillimanita e
granada (R-48) pelos geobarômetros granada-plagioclásio-biotita-quartzo e GASP, para T = 650 °C , (b) borda,
(c) núcleo do cristal e pontos referentes à figura 5.3.
Campo estudado
A
GRD-4(c)
GRD-4(c)
GRD-4(c)
GRD-4(c)
GRD-4(c)
BIO-1contato(b)
BIO-2inclusão
BIO-3contato(c)
BIO-4contato(b)
BIO mev1
GRD-BIOTITA-PLG
PLG-MEV1(c)
PLG-MEV1(c)
PLG-MEV1(c)
PLG-MEV1(c)
PLG
MEV1(c)
Hoisch, 90-Fe
6577
6424
6497
6560
6302
Hoisch, 90-Fe
6176
6230
6138
6219
6212
Par mineral
Calibração
(GASP)
Newton & Haselton, 81-Sill
5589
5589
5589
5589
5589
Newton & Haselton, 81-Ky
5808
5808
5808
5808
5808
Hodges & Spear, 82-Sill
3941
3941
3941
3941
3941
Hodges & Spear, 82-Ky
4462
4462
4462
4462
4462
Ganguly & Saxena, 84-Sill
5125
5125
5125
5125
5125
Ganguly & Saxena, 84-Ky
5429
5429
5429
5429
5429
Hodges & Crowley, 85-Sill
4754
4754
4754
4754
4754
Hodges & Crowley, 85-Sill (DV)
4808
4808
4808
4808
4808
Hodges & Crowley, 85-Ky
5293
5293
5293
5293
5293
Hodges & Crowley, 85-Ky (DV)
5343
5343
5343
5343
5343
Koziol, 89-Sill
6637
6637
6637
6637
6637
Koziol, 89-Ky
6739
6739
6739
6739
6739
Koziol & Newton 88-Ky
6569
6569
6569
6569
6569
Koziol & Newton 88-Sill
6293
6293
6293
6293
6293
Min = 3941
Méd = 5509
Máx = 6739
88
Contribuições às Ciências da Terra – Série M, vol. 47, 130p.
A variação da pressão para diferentes calibrações obtidas para esses geobarômetros encontrase graficamente representada na figura 6.4.
Figura 6.4 – Gráfico comparativo das pressões (bar) calculadas com base em diferentes calibrações dos
geobarômetros granada-plagioclásio-biotita-quartzo e GASP aplicados no presente trabalho. Os pontos do
gráfico quando postos em ordem crescente resultam na curva cinza.
A temperatura e a pressão obtidas a partir de cálculos efetuados pelo software TWQ, de
Berman para as amostras CM-37D, R-30 e R-48 são bastante compatíveis com as determinadas pelos
cálculos geotermobarométricos anteriormente apresentados. As temperaturas obtidas com o TWQ
ficam em torno dos 600-650 oC, com pressões em torno de 6-7 kbar (Fig. 6.5).
Observa-se ainda que a amostra CM-37D, coletada no garimpo de Capoeirana, apresenta
evidências de ter se formado em condições de alta pressão, em torno de 11 kbar, com uma possível
despressurização para 6 kbar (Fig. 6.5A). Esse evento de despressurização já foi notado nos cálculos
geobarométricos empregados anteriormente e em outros trabalhos, como Machado (1998) e Viana
(2004) e pode ser relacionado às auréolas albíticas que envolvem os grãos de granada e plagioclásio e
ao aparecimento de cordierita no garimpo de Capoeirana.
O evento de despressurização desenvolveu-se provavelmente acompanhado de uma
diminuição da temperatura, como sugerido pelas interseções das reações (Fig. 6.5C) e pela diferença
de temperatura de cristalização de cerca de 40 oC entre o núcleo, mais quente e a borda dos cristais de
granada e biotita.
89
Delgado, C. E. R. 2007, Geologia e Petrogênese na Região da Província Esmeraldífera de Itabira, MG
Figura 6.5 – Gráficos comparativos das temperaturas (oC) e pressões (kbar) calculadas com com o software
TWQ. (A) BIO1, GRA1, ANF1mev, PLG2mev do campo 3 da amostra CM-37D; (B) BIO7, GRA12, EST2 do
campo 1 da amostra R-30; (C) BIO4, GRA8, PLG2mev do campo 1 da amostra R-48.
90
CAPÍTULO 7
CONCLUSÕES
O tratamento e a interpretação do acervo de dados levantados na área da Província
Esmeraldífera de Itabira-Nova Era contribuiu para o aumento do conhecimento geológico em diversos
aspectos dessa província, especialmente no que tange aos aspectos petrogenéticos das unidades
encontradas na Mina Rocha, estudada em maior detalhe no presente trabalho.
A sucessão estratigráfica na Mina Rocha mostra a presença de duas principais camadas-guia
da mineralização, que ocorrem separadas por uma espessura aparente de 170 m de xistos
paraderivados intercalados com anfibolitos e sobrepostos a pelo menos 50 m de leucogranito quimica
e texturalmente diferente dos da Suíte Borrachudos. Os ortognaisses bandados que ocorrem próximo
ao garimpo de Capoeirana não foram encontrados na área da Mina Rocha. Os granitos da Suíte
Borrachudos afloram a cerca de 500 metros a oeste da mina.
As camadas mineralizadas têm caráter ultramáfico, afinidade komatiítica e chegam a portar
4500 ppm de Cr. Em geral são compostas por biotita flogopítica, com granada e hornblenda
subordinadas. Sua espessura é em geral de ordem métrica e parece estar condicionada pela
deformação, podendo alcançar uma dezena de metros em zonas boudinadas. O mergulho médio dessas
camadas é de cerca de 45º para noroeste (N315). Na região das zonas de cisalhamento foi notado o
aumento tanto do tamanho quanto da quantidade de cristais de esmeralda.
Os xistos paraderivados são peraluminosos, deficientes em Cr e Ni e compostos por variáveis
proporções de mica, estaurolita, cianita, sillimanita e granada, que sugerem condições de
metamorfismo de fácies anfibolito alto. Associados a esses xistos podem ocorrer camadas métricas de
quartzito. O comportamento estrutural dessas rochas é semelhante ao das camadas mineralizadas.
Os granitos tipo Borrachudos, que ocorrem em abundância na mina da Belmont são
metaluminosos de afinidade tholeiítica, enquanto que os granitóides porfiríticos de matriz fina e pouco
foliada, identificados apenas em testemunhos de furos de sondagem da Mina Rocha, são
peraluminosos e têm afinidade cálcio-alcalina.
Delgado, C. E. R. 2007, Geologia e Petrogênese na Região da Província Esmeraldífera de Itabira, MG
A temperatura média do metamorfismo foi estimada entre 600-650 ºC pelos geotermômetros
granada-biotita e granada-estaurolita, com as maiores temperaturas no centro dos cristais. A pressão,
por sua vez, foi estimada em torno de 6-7 kbar, pelos geobarômetros granada-aluminossilicato-silicaplagioclásio (GASP) e granada-plagioclásio-biotita-quartzo. Pressões em torno de 9 kbar foram
também determinadas e devem ser vistas com ressalvas, no entanto alguns aspectos texturais, como as
auréolas de albita em torno dos cristais de granada e plagioclásio, além da ocorrência de cordierita em
Capoeirana sugerem a ocorrência de um evento de despressurização. É possível que essa
despressurização tenha ocorrido após o pico do evento metamórfico durante ou após o resfriamento,
evidenciado pela diferença de cerca de 40 ºC na temperatura de cristalização do núcleo e borda dos
cristais de granada.
O emprego de análises de MEV/EDS para os cálculos geotermométrico e geobarométrico
mostrou que, desde que seja realizada uma grande quantidade de análises e que seja dado o tratamento
estatístico adequado, é possível obter-se resultados próximos aos encontrados por cálculos estimados a
partir de análises de microssonda eletrônica.
Uma idade brasiliana (604 ±36 Ma) foi obtida a partir da concórdia U/Pb (LAM-ICP-MS) de
cristais de grothita (titanita com elevado teor de Al) radioativos. Essa idade deve representar o evento
metassomático responsável pela formação das esmeraldas dessa província, uma vez que os cristais de
grothita se encontram na zona mineralizada da mina subterrânea da Piteiras e têm sua formação
relacionada à elevada atividade de flúor, fornecido juntamente com o Be, pelos granitóides e
pegmatitos da região.
92
Contribuições às Ciências da Terra – Série M, vol. 47, 130p.
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ANEXOS
1-Síntese dos resultados das análises geoquímicas
2-Fichas de descrição petrográfica das amostras
3-Resultados da química mineral
98
Acme Analytical Laboratories Ltd (ACME)
ELEMENTO
SiO2
Al2O3 Fe2O3 MgO
UNIDADE
%
%
%
%
LD
0.01
0.01
0.04
0.01
R-43
78.03
10.85
5.53
2.21
CaO
%
0.01
0.40
R-53
75.31
12.21
3.30
0.86
2.29
3.50
R-55
65.19
15.78
5.04
2.80
2.25
R-58
75.10
11.85
2.51
1.09
R-66
75.16
12.14
3.67
1.37
R-72
75.70
11.92
2.63
B-1
71.12
12.30
CM-47A
65.87
14.77
PI-3E
71.40
PI-4G
43.88
PI-4I
PI-4K
Na2O K2O
%
%
0.01 0.01
0.35 1.57
TiO2 P2O5 MnO Cr2O3
%
%
%
%
0.01 0.01 0.01 0.002
0.24 0.03 0.04
0.00
LOI
%
0.1
0.60
1.63
0.44
0.08
0.06
0.00
0.10
0.01
0.04
99.78
2.77
4.89
0.40
0.02
0.09
0.00
0.50
0.01
0.01
99.73
1.12
0.96
6.27
0.29
0.02
0.04
0.00
0.40
0.01
0.01
99.65
1.43
3.79
1.48
0.43
0.07
0.02
0.00
0.30
0.01
0.01
99.86
0.05
0.57
3.57
4.97
0.16
0.01
0.03
0.00
0.30
0.02
0.01
99.90
5.51
0.17
2.23
3.25
4.34
0.49
0.12
0.06
0.00
0.10
0.03
0.01
99.70
6.55
0.20
2.16
3.80
5.20
0.56
0.14
0.08
0.00
0.30
0.06
0.01
99.63
13.69
3.39
2.39
3.07
3.52
1.63
0.39
0.05
0.03
0.01
0.30
0.01
0.01
99.88
15.45
12.62
16.92
0.65
1.18
7.39
0.25
0.03
0.09
0.20
1.20
0.02
0.01
99.89
49.45
9.53
10.36
18.59
7.02
0.88
1.69
0.22
0.02
0.18
0.30
1.70
0.02
0.01
99.97
64.01
13.58
9.24
3.12
5.78
2.24
0.31
1.07
0.29
0.26
0.00
0.10
0.02
0.02
100.01
PI-4M
51.69
17.46
8.97
7.14
8.59
3.45
1.49
0.45
0.07
0.13
0.01
0.50
0.02
0.01
99.96
PI-5C
48.84
15.16
11.53
11.83
2.97
1.86
5.81
0.72
0.07
0.16
0.13
0.80
0.02
0.01
99.89
PI-5F
PI-21
PI-41
47.98
48.97
71.38
13.75
12.23
12.71
9.29
9.87
4.64
14.53
18.13
3.00
7.70
1.51
1.49
2.02
0.50
3.26
2.72
6.38
2.46
0.44
0.33
0.48
0.04
0.02
0.06
0.17
0.08
0.05
0.19
0.27
0.02
1.10
1.60
0.30
0.02
0.01
0.01
0.01
0.02
0.02
99.96
99.94
99.86
PI-47
49.51
14.03
11.85
11.44
7.11
1.53
2.18
0.41
0.02
0.14
0.41
1.30
0.03
0.01
99.96
PI-47.1
76.60
11.43
2.80
0.12
0.60
2.97
4.75
0.21
0.02
0.04
0.00
0.30
0.01
0.01
99.84
PI-649(CE)
51.13
10.05
9.57
17.77
1.82
0.50
6.31
0.28
0.04
0.14
0.27
2.00
0.02
0.01
99.92
PI-649(10cm)
51.68
11.04
9.36
17.61
0.08
0.44
6.99
0.27
0.04
0.09
0.26
2.00
0.02
0.01
99.91
PI-17NE(CE)
52.27
9.73
8.79
17.06
4.25
0.50
4.74
0.24
0.02
0.14
0.29
1.90
0.07
0.01
99.96
PI-17NE(10cm)
48.47
9.93
9.34
17.73
6.22
0.57
4.24
0.25
0.02
0.15
0.36
2.50
0.21
0.01
99.82
LD - Limite de detecção
99
TOT/C TOT/S
%
%
0.01
0.01
0.01
0.09
Total
%
99.84
Acme Analytical Laboratories Ltd (ACME)
ELEMENTO
Ba
Be
Co
UNIDADE
ppm
ppm
ppm
LD
1.00
1.00
0.20
R-43
424.30
3.00
47.90
Cs
ppm
0.10
1.20
Ga
ppm
0.50
27.00
Hf
ppm
0.10
16.10
Nb
ppm
0.10
32.80
Rb
ppm
0.10
33.60
Sn
ppm
1.00
6.00
Sr
ppm
0.50
12.10
Ta
ppm
0.10
2.90
Th
ppm
0.20
16.00
U
ppm
0.10
4.40
V
ppm
8.00
9.00
W
ppm
0.50
378.20
Zr
ppm
0.10
478.60
Y
ppm
0.10
141.90
R-53
758.10
2.00
31.00
0.50
19.40
14.40
25.70
29.40
3.00
51.40
2.20
16.60
3.80
6.00
258.50
473.60
122.20
R-55
983.30
4.00
26.00
1.80
24.70
22.30
55.00
80.60
7.00
68.20
4.40
28.00
7.10
<5
230.90
689.40
203.90
R-58
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2.00
36.00
0.90
24.20
17.80
39.10
76.20
6.00
46.70
3.80
21.90
6.20
<5
326.00
580.90
168.00
R-66
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4.00
36.60
2.10
19.50
12.20
29.50
28.50
4.00
76.50
2.60
15.50
4.40
35.00
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103.30
R-72
55.40
11.00
36.50
1.50
30.40
17.10
83.70
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12.00
10.50
6.40
43.40
8.50
<5
316.50
389.00
142.40
B-1
1426.80
4.00
36.00
2.60
26.00
13.80
30.90
133.60
4.00
176.80
2.50
17.80
3.70
<5
286.60
505.90
82.90
CM-47A
1660.60
6.00
26.60
2.10
31.10
19.70
36.50
158.40
6.00
215.40
2.80
24.30
5.80
<5
195.40
708.40
94.70
PI-3E
145.50
57.00
44.90
7.30
17.90
15.60
17.20
242.90
13.00
89.60
2.40
18.40
5.30
48.00
299.70
467.80
112.40
PI-4G
331.80
71.00
58.50
39.10
48.80
<.5
68.30
1316.70
25.00
15.30
16.10 10.80
1.60
93.00
28.40
6.00
17.50
PI-4I
36.90
11.00
69.80
9.80
10.00
0.60
1.20
201.70
27.00
2.60
0.20
0.10
0.30
130.00
32.20
14.10
9.50
PI-4K
56.90
4.00
52.60
0.80
14.30
8.20
21.50
12.10
5.00
126.70
1.80
9.30
2.60
132.00
317.00
281.70
71.70
PI-4M
37.60
32.00
56.30
4.60
19.60
0.90
6.40
179.00
45.00
92.30
0.70
1.00
0.80
188.00
156.00
35.90
20.30
PI-5C
143.50
75.00
55.10
22.20
33.50
1.50
21.00
1004.00
87.00
19.70
1.70
5.50
3.40
187.00
139.20
46.40
60.70
PI-5F
PI-21
PI-41
66.70
255.00
466.50
56.00
13.00
9.00
60.60
71.70
40.50
12.60
39.10
7.70
14.80
23.10
19.90
0.80
0.60
12.80
5.00
25.30
27.70
389.90
899.60
228.50
64.00
18.00
17.00
30.00
1.70
66.20
0.40
6.70
2.30
0.50
0.80
18.50
0.50
0.30
4.30
127.00
123.00
42.00
71.90
59.70
268.90
25.50
19.30
391.00
20.20
18.30
111.90
PI-47
209.20
11.00
64.20
13.10
24.70
0.80
4.60
242.70
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23.00
0.40
0.60
0.40
132.00
118.10
26.60
36.20
PI-47.1
469.10
9.00
29.50
3.60
23.40
11.70
53.40
278.80
53.00
30.50
4.00
25.70
6.10
<5
277.20
383.60
86.40
PI-649(CE)
169.00
47.00
76.10
30.60
24.00
<.5
11.00
1046.80
34.00
1.20
2.20
1.60
0.70
120.00
302.40
15.80
44.80
PI-649(10cm)
193.40
9.00
70.60
32.40
25.10
<.5
16.30
1150.40
21.00
1.00
1.60
0.80
0.90
92.00
165.30
17.20
14.60
PI-17NE(CE)
189.30
69.00
93.00
27.70
12.60
0.50
3.80
546.20
23.00
3.60
0.40
0.50
0.40
111.00
197.70
18.20
12.10
PI-17NE(10cm)
148.60
34.00
73.30
24.20
12.30
0.60
2.20
495.10
24.00
4.20
0.30
0.20
0.40
118.00
111.10
15.00
12.60
LD - Limite de detecção
100
Acme Analytical Laboratories Ltd (ACME)
ELEMENTO
La
Ce
Pr
UNIDADE
ppm
ppm
ppm
LD
0.10
0.10
0.02
R-43
84.10 188.60 23.06
Nd
ppm
0.30
97.50
Sm
Eu
Gd
Tb
Dy
Ho
Er
Tm
Yb
Lu
ppm ppm ppm ppm ppm ppm ppm ppm ppm ppm
0.05 0.02 0.05 0.01 0.05 0.02 0.03 0.01 0.05 0.01
22.80 3.85 22.79 4.03 24.95 4.95 15.29 2.28 15.23 2.29
R-53
92.20
205.10
26.57 110.20 24.80
5.60
25.39
4.14
22.83
4.42
13.14 1.98 12.10 1.84
R-55
117.00
257.60
33.10 135.70 31.00
4.68
30.83
5.37
35.04
7.37
22.54 3.35 21.98 3.41
R-58
93.40
201.50
25.16
98.50
25.50
3.76
25.30
4.63
29.16
5.81
18.15 2.86 18.27 2.54
R-66
64.00
141.40
16.99
70.40
15.50
2.20
15.22
2.68
17.07
3.54
10.93 1.65 10.79 1.61
R-72
133.10
261.40
27.67 101.60 20.20
0.34
18.76
3.64
22.85
4.80
14.07 2.15 14.50 1.99
B-1
91.70
187.30
21.52
87.50
17.70
3.08
15.17
2.48
15.25
2.98
9.08
CM-47A
94.80
198.40
23.04
93.30
19.90
3.48
16.75
2.71
16.16
3.39
10.24 1.43 10.60 1.61
PI-3E
79.80
168.10
20.00
86.80
19.70
3.63
21.08
3.38
21.97
4.29
11.93 1.63 10.42 1.56
PI-4G
25.30
49.60
5.56
19.30
5.20
0.18
4.13
0.68
3.86
0.65
1.91
1.24 8.60 1.20
0.30 2.29 0.25
PI-4I
2.60
3.50
0.55
2.10
0.80
0.32
1.30
0.20
1.34
0.32
1.01
0.17 1.36 0.21
PI-4K
36.20
77.60
9.34
39.30
8.90
2.02
9.58
1.79
12.35
2.58
8.00
1.15 7.79 1.16
PI-4M
6.20
12.60
1.64
7.10
1.70
0.78
2.51
0.52
3.32
0.77
2.30
0.33 2.53 0.40
PI-5C
19.40
38.90
4.72
18.30
5.60
0.84
6.35
1.30
9.16
1.86
5.94
1.07 7.91 1.09
PI-5F
PI-21
PI-41
3.20
1.70
70.50
7.40
3.30
149.60
0.92
0.47
18.28
4.50
2.30
76.90
1.40
1.00
17.00
0.44
0.10
3.32
2.13
1.43
18.88
0.48
0.39
3.02
3.48
2.33
19.23
0.65
0.56
4.06
2.22 0.37 2.82 0.43
1.84 0.33 2.44 0.33
12.48 1.82 12.05 1.73
PI-47
3.20
10.20
1.58
9.90
2.70
2.29
3.90
0.75
5.03
1.21
3.76
0.63 4.17 0.63
PI-47.1
107.20
213.30
22.74
81.50
15.70
0.86
12.56
2.21
14.51
3.15
9.61
1.43 9.82 1.45
PI-649(CE)
4.90
10.10
1.12
5.50
2.10
0.09
2.47
0.64
5.81
1.22
4.74
0.83 7.63 1.12
PI-649(10cm)
<.5
0.90
0.16
0.60
0.40
0.07
1.06
0.27
2.28
0.41
1.62
0.25 2.30 0.26
PI-17NE(CE)
1.90
4.80
0.68
2.50
1.00
0.18
1.09
0.23
1.76
0.37
1.31
0.23 1.57 0.25
PI-17NE(10cm)
2.60
6.00
0.85
3.00
0.90
0.28
1.13
0.26
1.93
0.41
1.23
0.24 1.81 0.26
LD - Limite de detecção
101
Acme Analytical Laboratories Ltd (ACME)
ELEMENTO
Mo
Cu
Cr
Ni
UNIDADE
ppm ppm
ppm
ppm
LD
0.10 0.10
0.10
0.10
R-43
5.50 71.70 6.84
2.00
Sc
ppm
1.00
3.00
Pb
ppm
0.10
3.20
Zn
ppm
1.00
4.00
As
ppm
0.50
<.5
R-53
<.1
22.10
6.84
2.30
5.00
1.50
68.00
<.5
<.1
<.1
0.20
<.1
<.5
0.02 0.20
<.5
n.a.
n.a.
R-55
0.20
5.20
6.84
1.30
10.00 1.60
82.00
<.5
0.10
<.1
0.20
<.1
<.5
<.01 0.40 0.60
n.a.
n.a.
n.a.
Cd
Sb
Bi
Ag Au Hg
Tl
Se
ppm ppm ppm ppm ppb ppm ppm ppm
0.10 0.10 0.10 0.10 0.50 0.01 0.10 0.50
<.1
<.1 0.30 0.20 <.5 0.04 0.10 0.50
Li
ppm
S
ppm
n.a.
n.a.
R-58
0.50
0.70
6.84
0.70
8.00
1.50
51.00
<.5
0.10
<.1
0.50
<.1
<.5
<.01 0.20 0.60
n.a.
R-66
<.1
9.70
6.84
10.80
7.00
0.50
16.00
<.5
<.1
<.1
0.10
<.1
<.5
0.01 0.10
<.5
n.a.
n.a.
R-72
2.00 16.60
6.84
0.50
1.00
6.80 165.00 1.90
0.20
<.1
0.10
0.10 0.90 0.01 0.70
<.5
n.a.
n.a.
B-1
3.10
6.70
6.84
1.90
7.00
5.90
2.10
0.10
<.1
<.1
<.1
0.70 <.01 0.40
<.5
n.a.
n.a.
CM-47A
4.10
4.40
6.84
1.60
8.00
9.00 124.00 0.90
0.10
<.1
0.10
<.1
<.5
0.01 0.70
<.5
n.a.
n.a.
75.26
50.80
9.00
84.00
PI-3E
4.80
1.90
3.00 107.00 0.50
<.1
<.1
0.10
<.1
<.5
0.01 2.50
<.5
n.a.
n.a.
PI-4G
0.90
0.80 1341.04 229.10 23.00 7.70 393.00 0.60
<.1
<.1
0.10
<.1
0.60 <.01 9.90
<.5
n.a.
n.a.
PI-4I
0.10
0.10 2059.45
72.20
33.00 1.00
58.00
<.5
<.1
<.1
<.1
<.1
<.5
<.01 2.50
<.5
n.a.
n.a.
PI-4K
0.50
1.60
20.53
7.10
29.00 1.80
15.00
<.5
0.10
<.1
0.20
<.1
0.50 <.01 0.10
<.5
n.a.
n.a.
PI-4M
58.10 51.00
61.58
50.60
37.00 2.30 108.00
<.5
0.10
<.1
0.20
<.1
<.5
0.01 1.50
<.5
n.a.
n.a.
882.62
112.30 31.00 6.30 485.00 0.90
PI-5C
0.80
<.1
<.1
0.10
<.1
<.5
<.01 6.50
<.5
n.a.
n.a.
PI-5F
PI-21
PI-41
2.50 0.30 1272.62 96.70 25.00 2.40 157.00
0.10 0.40 1826.82 232.50 26.00 4.60 235.00
3.30 19.10 164.21 71.80 9.00 3.40 127.00
<.5
<.5
<.5
<.1
<.1
<.1
<.1
<.1
<.1
0.10
0.10
<.1
<.1
<.1
<.1
0.70 <.01 3.40
0.50 <.01 8.80
1.30 <.01 2.20
<.5
<.5
<.5
n.a.
n.a.
n.a.
n.a.
n.a.
n.a.
PI-47
4.80
<.5
<.1
<.1
0.20
<.1
<.5
<.01 2.90
<.5
n.a.
n.a.
0.90
0.30 2812.07 104.60 17.00 2.00
73.00
PI-47.1
4.00
1.50
8.10 246.00 1.10
0.10
<.1
0.10
<.1
<.5
<.01 1.20
<.5
n.a.
n.a.
PI-649(CE)
0.30
0.70 1813.14 280.00 29.00 4.10 394.00 0.60
0.10
<.1
0.10
<.1
0.70 0.02 8.10
<.5
n.a.
n.a.
PI-649(10cm)
<.1
0.40 1758.40 331.30 19.00 4.30 428.00 0.60
<.1
<.1
0.20
<.1
0.80 <.01 9.30
<.5
n.a.
n.a.
6.84
0.50
2.00
PI-17NE(CE)
3.00
0.50 1977.35 201.90 25.00 2.60 177.00
<.5
<.1
<.1
0.10
<.1
1.00 <.01 5.80
<.5
n.a.
n.a.
PI-17NE(10cm)
4.90
0.40 2442.60 177.90 26.00 2.80 146.00
<.5
<.1
<.1
0.10
<.1
1.20 <.01 5.50
<.5
n.a.
n.a.
LD - Limite de detecção; n.a. - elemento não analisado
102
Laboratório de Geoquímica Analítica (LGqA/DEGEO)
ELEMENTO
SiO2* Al2O3 Fe2O3 MgO CaO
UNIDADE
%
%
%
%
%
R-35
75.15
11.50
7.41
3.21 0.47
Na2O
%
0.24
K2O
%
1.48
TiO2 P2O5 MnO Cr2O3
%
%
%
%
0.39 0.10 0.03
0.02
LOI
%
n.a.
TOT/C TOT/S
%
%
n.a.
n.a.
Total
%
24.85
R-43
80.38
9.58
5.49
2.03
0.39
0.36
1.50
0.23
0.01
0.04
0.00
n.a.
n.a.
n.a.
19.62
R-47
62.22
14.63
10.73
4.80
2.83
0.93
2.53
0.99
0.16
0.13
0.03
n.a.
n.a.
n.a.
37.78
R-48
63.25
16.17
8.84
6.13
0.64
0.56
3.48
0.69
0.11
0.08
0.06
n.a.
n.a.
n.a.
36.75
R-58
75.15
12.39
2.56
1.00
1.10
0.97
6.50
0.27
0.01
0.04
0.00
n.a.
n.a.
n.a.
24.85
R-62
74.24
11.75
4.83
2.77
2.03
2.44
1.61
0.23
0.07
0.03
0.00
n.a.
n.a.
n.a.
25.76
B-1
71.66
12.87
5.40
0.16
2.14
3.27
3.86
0.46
0.10
0.06
0.00
n.a.
n.a.
n.a.
28.34
P-2
56.81
2.50
15.84
21.78
0.61
0.11
1.21
0.40
0.03
0.41
0.31
n.a.
n.a.
n.a.
43.19
CM-47G
74.51
12.96
3.48
0.08
1.06
3.16
4.38
0.27
0.04
0.05
0.00
n.a.
n.a.
n.a.
25.49
PI-2B
63.99
18.15
3.36
4.19
3.72
3.02
2.96
0.40
0.15
0.05
0.01
n.a.
n.a.
n.a.
36.01
PI-4E
54.84
8.71
9.19
17.49
5.72
0.44
2.97
0.20
-
0.21
0.22
n.a.
n.a.
n.a.
45.16
PI-4G
47.60
15.17
11.73
15.47
0.58
1.17
7.76
0.23
0.02
0.09
0.18
n.a.
n.a.
n.a.
52.40
PI-4M
51.89
18.05
8.85
6.87
8.81
3.43
1.49
0.42
0.06
0.13
0.01
n.a.
n.a.
n.a.
48.11
PI-5L
49.18
13.26
10.49
17.01
0.64
0.52
7.86
0.22
0.07
0.09
0.66
n.a.
n.a.
n.a.
50.82
PI-23
57.63
13.60
12.32
9.36
2.14
3.53
0.08
1.13
0.04
0.15
0.01
n.a.
n.a.
n.a.
42.37
* Resultado calculado por diferença; n.a. - elemento não analisado
103
Laboratório de Geoquímica Analítica (LGqA/DEGEO)
ELEMENTO
Ba
Be
Co
Cs
Ga
UNIDADE
ppm
ppm
ppm
ppm
ppm
R-35
275.10
4.35
82.70
n.a.
n.a.
Hf
ppm
n.a.
Nb
ppm
n.a.
Rb
ppm
n.a.
Sn
ppm
n.a.
Sr
ppm
10.04
Ta
ppm
n.a.
Th
ppm
17.81
U
ppm
n.a.
V
ppm
54.20
W
ppm
n.a.
Zr
ppm
227.20
Y
ppm
72.90
R-43
n.a.
n.a.
n.a.
n.a.
12.03
n.a.
14.65
n.a.
25.56
n.a.
352.80
63.40
446.40
0.66
50.40
n.a.
n.a.
R-47
469.70
<0.07
68.00
n.a.
n.a.
n.a.
n.a.
n.a.
n.a.
39.54
n.a.
6.10
n.a.
273.60
n.a.
77.60
24.47
R-48
624.00
<0.07
67.00
n.a.
n.a.
n.a.
n.a.
n.a.
n.a.
21.59
n.a.
10.23
n.a.
164.70
n.a.
122.00
19.93
R-58
1729.00
0.19
37.45
n.a.
n.a.
n.a.
n.a.
n.a.
n.a.
44.82
n.a.
18.98
n.a.
14.71
n.a.
147.90
124.00
R-62
180.20
1.28
59.20
n.a.
n.a.
n.a.
n.a.
n.a.
n.a.
58.80
n.a.
18.17
n.a.
74.40
n.a.
355.80
88.80
B-1
1376.00
1.00
38.34
n.a.
n.a.
n.a.
n.a.
n.a.
n.a.
161.30
n.a.
16.53
n.a.
27.76
n.a.
89.40
68.40
P-2
22.56
4.62
108.60
n.a.
n.a.
n.a.
n.a.
n.a.
n.a.
0.80
n.a.
<1.90
n.a.
63.80
n.a.
19.80
1.26
CM-47G
1130.00
3.90
39.01
n.a.
n.a.
n.a.
n.a.
n.a.
n.a.
129.10
n.a.
31.08
n.a.
15.95
n.a.
174.20
73.30
PI-2B
218.60
54.00
40.44
n.a.
n.a.
n.a.
n.a.
n.a.
n.a.
101.30
n.a.
16.07
n.a.
78.60
n.a.
177.70
27.59
PI-4E
28.86
14.52
58.60
n.a.
n.a.
n.a.
n.a.
n.a.
n.a.
2.86
n.a.
<1.90
n.a.
112.50
n.a.
12.55
8.15
PI-4G
296.90
50.10
52.90
n.a.
n.a.
n.a.
n.a.
n.a.
n.a.
15.35
n.a.
8.53
n.a.
98.80
n.a.
8.60
13.83
PI-4M
34.57
28.09
54.10
n.a.
n.a.
n.a.
n.a.
n.a.
n.a.
81.30
n.a.
<1.90
n.a.
191.10
n.a.
19.20
15.17
PI-5L
204.30
42.11
62.40
n.a.
n.a.
n.a.
n.a.
n.a.
n.a.
3.82
n.a.
<1.90
n.a.
123.40
n.a.
11.91
32.43
PI-23
16.26
<0.07
45.73
n.a.
n.a.
n.a.
n.a.
n.a.
n.a.
54.50
n.a.
2.29
n.a.
276.90
n.a.
62.10
20.92
n.a. - elemento não analisado
104
Laboratório de Geoquímica Analítica (LGqA/DEGEO)
ELEMENTO
La
Ce
Pr
Nd
Sm
UNIDADE
ppm
ppm
ppm
ppm ppm
R-35
n.a.
n.a.
n.a.
n.a.
n.a.
Eu
ppm
n.a.
Gd
ppm
n.a.
Tb
ppm
n.a.
Dy
ppm
n.a.
Ho
ppm
n.a.
Er
ppm
n.a.
Tm
Yb
Lu
ppm ppm ppm
n.a. n.a. n.a.
R-43
n.a.
n.a.
n.a.
n.a.
n.a.
n.a.
n.a.
n.a.
n.a.
n.a.
n.a.
n.a.
n.a.
n.a.
R-47
n.a.
n.a.
n.a.
n.a.
n.a.
n.a.
n.a.
n.a.
n.a.
n.a.
n.a.
n.a.
n.a.
n.a.
R-48
n.a.
n.a.
n.a.
n.a.
n.a.
n.a.
n.a.
n.a.
n.a.
n.a.
n.a.
n.a.
n.a.
n.a.
R-58
n.a.
n.a.
n.a.
n.a.
n.a.
n.a.
n.a.
n.a.
n.a.
n.a.
n.a.
n.a.
n.a.
n.a.
R-62
n.a.
n.a.
n.a.
n.a.
n.a.
n.a.
n.a.
n.a.
n.a.
n.a.
n.a.
n.a.
n.a.
n.a.
B-1
n.a.
n.a.
n.a.
n.a.
n.a.
n.a.
n.a.
n.a.
n.a.
n.a.
n.a.
n.a.
n.a.
n.a.
P-2
n.a.
n.a.
n.a.
n.a.
n.a.
n.a.
n.a.
n.a.
n.a.
n.a.
n.a.
n.a.
n.a.
n.a.
CM-47G
n.a.
n.a.
n.a.
n.a.
n.a.
n.a.
n.a.
n.a.
n.a.
n.a.
n.a.
n.a.
n.a.
n.a.
PI-2B
n.a.
n.a.
n.a.
n.a.
n.a.
n.a.
n.a.
n.a.
n.a.
n.a.
n.a.
n.a.
n.a.
n.a.
PI-4E
n.a.
n.a.
n.a.
n.a.
n.a.
n.a.
n.a.
n.a.
n.a.
n.a.
n.a.
n.a.
n.a.
n.a.
PI-4G
n.a.
n.a.
n.a.
n.a.
n.a.
n.a.
n.a.
n.a.
n.a.
n.a.
n.a.
n.a.
n.a.
n.a.
PI-4M
n.a.
n.a.
n.a.
n.a.
n.a.
n.a.
n.a.
n.a.
n.a.
n.a.
n.a.
n.a.
n.a.
n.a.
PI-5L
n.a.
n.a.
n.a.
n.a.
n.a.
n.a.
n.a.
n.a.
n.a.
n.a.
n.a.
n.a.
n.a.
n.a.
PI-23
n.a.
n.a.
n.a.
n.a.
n.a.
n.a.
n.a.
n.a.
n.a.
n.a.
n.a.
n.a.
n.a.
n.a.
n.a. - elemento não analisado
105
Laboratório de Geoquímica Analítica (LGqA/DEGEO)
ELEMENTO
Mo
Cu
Cr
Ni
Sc
Pb
Zn
As
Cd
Sb
Bi
Ag Au Hg
Tl
Se
Li
S
UNIDADE
ppm ppm
ppm
ppm
ppm ppm ppm ppm ppm ppm ppm ppm ppb ppm ppm ppm ppm
ppm
R-35
n.a. 11.72 134.90 21.13 6.25 <6.40 74.50 <6.00 2.46 n.a. <4.70 n.a. n.a. n.a. n.a. n.a. 33.55 255.70
R-43
n.a.
80.80
R-47
n.a.
42.83 231.20
R-48
n.a.
23.09 401.70
R-58
n.a.
<0.48
<2.00
R-62
n.a.
36.59
B-1
n.a.
2.30
P-2
n.a.
<0.48 2092.00 1926.00 4.63 11.75 380.90 <6.00 12.57 n.a.
CM-47G
n.a.
6.07
<2.00
PI-2B
n.a.
<0.48
40.48
PI-4E
n.a.
<0.48 1529.00 226.20 20.33 <6.40 327.60 <6.00 5.71
n.a. <4.70 n.a.
PI-4G
n.a.
<0.48 1200.00 224.90 14.32 <6.40 414.60 <6.00 6.47
n.a. <4.70 n.a.
PI-4M
n.a.
35.83
24.18 <6.40 208.30 <6.00 3.94
n.a. <4.70 n.a.
n.a.
n.a.
n.a.
n.a.
PI-5L
n.a.
<0.48 4515.00 309.80 19.08 <6.40 382.50 <6.00 5.30
n.a. <4.70 n.a.
n.a.
n.a.
n.a.
n.a. 184.10 45.87
PI-23
n.a.
<0.48 100.50
n.a. <4.70 n.a.
n.a.
n.a.
n.a.
n.a. 134.90 62.40
2.12
n.a. <4.70 n.a.
n.a.
n.a.
n.a.
n.a.
15.58 846.00
123.40 20.11 <6.40 63.20 <6.00 5.24
n.a.
7.31
n.a.
n.a.
n.a.
n.a.
n.a.
13.04 777.00
273.40 13.62 67.60 207.60 <6.00 3.47
n.a.
5.67
n.a.
n.a.
n.a.
n.a.
n.a.
23.72 526.00
<2.50
5.03 <6.40 225.00 <6.00 <0.80 n.a. <4.70 n.a.
n.a.
n.a.
n.a.
n.a.
8.81
3.65
30.26
3.58 <6.40 16.18 <6.00 <0.80 n.a. <4.70 n.a.
n.a.
n.a.
n.a.
n.a.
20.42 823.00
2.34
<2.50
4.85 13.59 141.60 <6.00 1.07
52.60
<2.50
2.17 <6.40 485.00 <6.00 1.31
n.a.
n.a.
n.a.
n.a.
17.01 230.50
n.a.
n.a.
n.a.
n.a.
n.a.
45.98
76.70
<2.50
2.64 23.64 119.70 <6.00 <0.80 n.a. <4.70 n.a.
n.a.
n.a.
n.a.
n.a.
30.44
56.60
54.30
3.73 <6.40 86.70 <6.00 <0.80 n.a. <4.70 n.a.
n.a.
n.a.
n.a.
n.a.
55.50 194.60
n.a.
n.a.
n.a.
n.a.
79.00 205.80
n.a.
n.a.
n.a.
n.a. 214.20 36.44
88.10
55.30
20.70 16.64 225.60 <6.00 7.91
n.a. <4.70 n.a.
59.90
9.92
n.a. - elemento não analisado
106
42.73 530.00
Identificação
Amostra: R-03 - Quartzito
Procedência: FSR - 25 ~11m prof
Aspectos texturais da rocha
Principais texturas e microestruturas: Granolepidoblástica
Constituição mineralógica
Minerais
% volume
Quartzo
50
Essenciais/Principais
Moscovita
Plagioclásio
35
10
Alteração
Acessórios
Opaco
3
Interpretação
K-feldspato
2
Protólito: Arenito(?)
Paragênese metamórfica: Quartzo, plagioclásio, moscovita e opaco
Processos deformacionais: Metamorfismo regional dinamotermal (Foliação)
Identificação
Amostra: R-18 - Cianita xisto
Procedência: FSR - 03 ~ 38m prof.
Aspectos texturais da rocha
Principais texturas e microestruturas: Granolepidoblástica
Constituição mineralógica
Essenciais/Principais
Minerais
Plagioclásio
Biotita
Cianita
% volume
23
50
15
Protólito: Pelítico aluminoso
Paragênese metamórfica: Biotita, plagioclásio, quartzo e cianita
Processos deformacionais: Metamorfismo dinamotermal regional
Acessórios
Quartzo
10
Alteração
Apatita
2
Clorita
<1
Identificação
Amostra: R-19 - Granada xisto
Procedência: FSR - 03 ~ 43m prof.
Aspectos texturais da rocha
Principais texturas e microestruturas: Granolepidoblástica
Constituição mineralógica
Minerais
% volume
Biotita
30
Essenciais/Principais
Granada
Plagioclásio
50
10
Acessórios
Alteração
Quartzo
Apatita
10
<1
Interpretação
Protólito: Rocha rica em Fe e Mg (ultramáfica?)
Paragênese metamórfica: Granada, quartzo, plagioclásio, biotita
Processos deformacionais: Metamorfismo regional dinamotermal ou zona de cisalhamento (porfiroblastos rotacionados)
Identificação
Amostra: R-21 - Cianita xisto/milonito com sillimanita
Procedência: FSR - 03 ~ 49m prof.
Aspectos texturais da rocha
Principais texturas e microestruturas: Milonítica (S-C)
Constituição mineralógica
Minerais
% volume
Biotita
15
Essenciais/Principais
Plagioclásio
Cianita
22
12
Quartzo
Sillimanita
50
1
Interpretação
Apatita
<1
Acessórios
Grothita(?)
<1
Alteração
Rutilo
<1
Clorita
<1
Protólito: Sedimento/rocha sedimentar aluminoso
Paragênese metamórfica: Cianita, sillimanita, biotita, plagioclásio e quartzo
Processos deformacionais: Zona de cisalhamento
Identificação
Amostra: R-24 - Granada xisto
Procedência: FSR - 03 ~ 53m prof.
Aspectos texturais da rocha
Principais texturas e microestruturas: Granoblástica
Minerais
% volume
Quartzo
40
Constituição mineralógica
Essenciais/Principais
Granada
Biotita
Plagioclásio
Opaco
Apatita
10
20
27
3
<1
Interpretação
Protólito: Sedimento pelítico ferruginoso
Paragênese metamórfica: Granada, plagioclásio, quartzo, biotita, opaco
Processos deformacionais: Metamorfismo regional dinamotermal
107
Acessórios
Grothita(?)
<1
Alteração
Identificação
Amostra: R-30 - Estaurolita-Granada xisto
Procedência: FSR - 03 ~ 67m prof.
Aspectos texturais da rocha
Principais texturas e microestruturas:
Minerais
% volume
Quartzo
40
Mineral/Elemento
Biotita (média de 33)
Granada (média de 46)
Estaurolita (média de 4)
K2O
7.99
n.a.
n.a.
Constituição mineralógica
Essenciais/Principais
Granada
Estaurolita Plagioclásio
Biotita
Opaco(ilme)
15
7
30
5
3
Química Mineral (Microssonda e MEV*)
Na2O
TiO2
SiO2
Cr2O3
FeO
0.36
17.03
1.16
36.38
0.01
n.a.
32.12
0.06
37.58
0.01
n.a.
14.23
0.54
26.37
0.01
Interpretação
Acessórios
Apatita
Grothita(?)
<1
<1
Al2O3
18.87
21.60
51.92
MgO
13.31
5.78
2.59
Alteração
CaO
n.a.
5.78
n.a.
Protólito: Pelítico ferroso aluminoso
Paragênese metamórfica: Granada, estaurolita, plagioclásio, quartzo e biotita
Processos deformacionais: Metamorfismo regional dinamotermal de fácies anfibolito
Identificação
Amostra: R-33 - Sillimanita-estaurolita xisto com granada
Procedência: FSR - 03 ~ 70m prof.
Aspectos texturais da rocha
Principais texturas e microestruturas: Foliação sigmoidal, milonítica
Minerais
% volume
Estaurolita
26
Sillimanita
5
Constituição mineralógica
Essenciais/Principais
Plagioclásio
Quartzo
Biotita
Apatita
16
20
20
4
Interpretação
Rutilo
1
Alteração
Acessórios
Granada Opaco(ilmen) Mg-Clorita
2
1
5
Protólito: Pelítico ferroso e aluminoso
Paragênese metamórfica: Estaurolita, granada, plagioclásio, quartzo e biotita
Processos deformacionais: Zona de cisalhamento
Identificação
Amostra: R-35 - Estaurolita-granada xisto
Procedência: FSR - 03 ~ 76m prof.
Geoquímica
ICP-OES LGQA/DEGEO
SiO2*
Al2O3
Fe2O3
75.15
11.50
7.41
Na2O
MgO
CaO
3.21
0.47
0.24
Aspectos texturais da rocha
K2O
TiO2
1.48
0.4
Be (ppm)
4
Cr (ppm)
135
V (ppm)
54
Principais texturas e microestruturas: Granolepidoblástica
Constituição mineralógica
Minerais
% volume
Estaurolita
5
Essenciais/Principais
Biotita
Granada
13
8
Quartzo
Plagioclásio
55
17
Interpretação
Apatita
1
Acessórios
Opaco
<1
Alteração
Clorita
1
Protólito: Pelítico ferroso-aluminoso
Paragênese metamórfica: Estaurolita, granada, quartzo, plagioclásio e biotita
Processos deformacionais: Metamorfismo regional dinamotermal de fácies anfibolito
Identificação
Amostra: R-37 - Apatita-granada xisto
Procedência: FSR - 03 ~ 78m prof.
Aspectos texturais da rocha
Principais texturas e microestruturas: Granoblástica; poiquiloblástica (granada em atol)
Constituição mineralógica
Essenciais/Principais
Minerais
Granada
Biotita
Quartzo
Apatita
% volume
23
26
45
5
Interpretação
Protólito: Pelítico Ferroso
Paragênese metamórfica: Granada, biotita, quartzo e apatita
Processos deformacionais: Metamorfismo regional
Acessórios
Alteração
Clorita
1
Identificação
Amostra: R-38 - Granada anfibolito
Procedência: FSR - 03 ~ 79m prof.
Aspectos texturais da rocha
Principais texturas e microestruturas: Granonematoblástica
Constituição mineralógica
Minerais
% volume
Hornblenda
55
Essenciais/Principais
Plagioclásio
Quartzo
15
14
Granada
Ilmenita
10
3
Interpretação
Protólito: Rocha ígnea básica
Paragênese metamórfica: Granada, hornblenda, biotita, quartzo e plagioclásio
Processos deformacionais: Metamorfismo dinamotermal fácies xisto-verde alto a anfibolito
108
Apatita
1
Acessórios
Rutilo
1
Alteração
Biotita
1
Identificação
Amostra: R-39 - Estaurolita-granada xisto cloritizado
Procedência: FSR - 03 ~ 81m prof.
Principais texturas e microestruturas: Granolepidoblástica poiquiloblástica (granada em atol)
Constituição mineralógica
Essenciais/Principais
Minerais
Granada
Biotita
Estaurolita
Quartzo
Plagioclásio
Apatita
% volume
30
10
8
26
15
2
Interpretação
Protólito: Pelítico ferroso aluminoso
Paragênese metamórfica: Granada, estaurolita, quartzo, plagioclásio e biotita
Processos deformacionais: Metamorfismo regional dinamotermal de fácies anfibolito
Alteração
Acessórios
Rutilo
1
Clorita
8
Identificação
Amostra: R-43 -
Procedência: FSR - 03 ~ 106m prof.
SiO2
78.03
80.38*
ACME-LABS
ICP-OES LGQA/DEGEO
Descrição macroscópica:
Al2O3
10.85
9.58
Fe2O3
5.53
5.49
Geoquímica
MgO
CaO
2.21
0.40
2.03
0.39
Na2O
0.35
0.36
K2O
1.57
1.50
TiO2
0.24
0.23
Be (ppm)
3.0
0.7
Cr (ppm)
2.1
V (ppm)
9.0
25.6
Identificação
Amostra: R-46 - Anfibolito com granada
Procedência: FSR - 03 ~ 113m prof.
Aspectos texturais da rocha
Principais texturas e microestruturas: Granonematoblástica
Constituição mineralógica
Minerais
% volume
Hornblenda
65
Essenciais/Principais
Plagioclásio
Quartzo
10
9
Ilmenita
Apatita
5
3
Interpretação
Biotita
4
Acessórios
Granada Grothita(?)
3
1
Alteração
Protólito: Rocha ígnea máfica
Paragênese metamórfica: Hornblenda, plagioclásio, quartzo e ilmenita
Processos deformacionais: Metamorfismo regional dinamotermal
Identificação
Amostra: R-47 - Anfibolito com granada
SiO2*
62.22
ICP-OES LGQA/DEGEO
Procedência: FSR - 03 ~ 115m prof.
Al2O3
14.63
Fe2O3
10.73
Geoquímica
Na2O
MgO
CaO
4.80
2.83
0.93
Aspectos texturais da rocha
K2O
2.53
TiO2
1.0
Be (ppm)
<Ld(0,07)
Cr (ppm)
231
V (ppm)
274
Principais texturas e microestruturas:
Constituição mineralógica
Minerais
% volume
Hornblenda
60
Essenciais/Principais
Plagioclásio
Quartzo
10
18
Acessórios
Ilmenita
Apatita
8
1
Interpretação
Alteração
Granada
3
Protólito: Rocha ígnea máfica
Paragênese metamórfica: Hornblenda, plagioclásio, quartzo e ilmenita
Processos deformacionais: Metamorfismo regional dinamotermal
Identificação
Amostra: R-47A - Anfibolito com granada
Procedência: FSR - 03 ~ 116m prof.
Aspectos texturais da rocha
Principais texturas e microestruturas: Granolepidoblástica
Constituição mineralógica
Minerais
% volume
Hornblenda
65
Essenciais/Principais
Quartzo
Plagioclásio
20
8
Granada
2
Interpretação
Protólito: Rocha ígnea máfica
Paragênese metamórfica: Hornblenda, plagioclásio, quartzo e ilmenita
Processos deformacionais: Metamorfismo regional dinamotermal
109
Apatita
1
Acessórios
Opaco
4
Alteração
Identificação
Amostra: R-48 - Estaurolita-cianita xisto com sillimanita e granada
ICP-OES LGQA/DEGEO
SiO2*
63.25
Al2O3
16.17
Fe2O3
8.84
Procedência: FSR - 03 ~ 119m prof.
Geoquímica
Na2O
MgO
CaO
6.13
0.64
0.56
Aspectos texturais da rocha
K2O
3.48
TiO2
0.7
Be (ppm)
<Ld(0,07)
Cr (ppm)
402
V (ppm)
165
Principais texturas e microestruturas: Granolepidoblástica
Minerais
% volume
Biotita
40
Mineral/Elemento
Biotita (média de 14)
Granada (média de 31)
Plagioclásio* (média de 2)
K2O
6.23
n.a.
0.00
Constituição mineralógica
Essenciais/Principais
Cianita
Plagioclásio Estaurolita
Quartzo
Granada
15
15
7
10
4
Química Mineral (Microssonda) e MEV*
Na2O
TiO2
SiO2
Cr2O3
FeO
0.38
16.17
0.92
34.79
0.06
n.a.
30.52
0.01
37.52
0.03
4.62
0.00
0.00
54.65
0.00
Interpretação
Acessórios
Sillimanita
Ilmenita
4
3
Al2O3
20.80
21.70
27.39
MgO
13.45
5.37
0.00
Alteração
Clorita
2
CaO
n.a.
3.01
13.35
Protólito: Pelítico ferroso-aluminoso
Paragênese metamórfica: Biotita, cianita, sillimanita, plagioclásio, estaurolita, granada, quartzo e ilmenita
Processos deformacionais: Metamorfismo regional dinamotermal de fácies anfibolito
Identificação
Amostra: R-49 - Hornblenda xisto/gnaisse com granada
Procedência: FSR - 03 ~ 123m prof.
Aspectos texturais da rocha
Principais texturas e microestruturas: Milonítica (S-C)
Constituição mineralógica
Minerais
% volume
Plagioclásio
57
Essenciais/Principais
Quartzo
Hornblenda
20
15
Granada
4
Interpretação
Biotita
2
Acessórios
Titanita
1
Alteração
Apatita
1
Protólito: Rocha ígnea(?) máfica
Paragênese metamórfica: Plagioclásio, quartzo, hornblenda e granada
Processos deformacionais: Metamorfismo regional
Identificação
Amostra: R-53 - Metagranito
ACME-LABS
Procedência: FSR - 03 ~ 144m prof.
SiO2
75.31
Al2O3
12.21
Fe2O3
3.30
Geoquímica
Na2O
MgO
CaO
0.86
2.29
3.50
Aspectos texturais da rocha
K2O
1.63
TiO2
0.44
Be (ppm)
2.0
Cr (ppm)
V (ppm)
6.0
Principais texturas e microestruturas: Granolepidoblástica
Constituição mineralógica
Minerais
% volume
Plagioclásio
35
Essenciais/Principais
Quartzo
Biotita
35
17
Acessórios
Microclina
Titanita
11
1
Interpretação
Alteração
Moscovita
1
Protólito: Granitico
Paragênese metamórfica: Quartzo, plagioclásio, microclina e biotita
Processos deformacionais: Metamorfismo regional dinamotermal
Identificação
Amostra: R-55 ACME-LABS
Procedência: FSR - 03 ~ 154m prof.
SiO2
65.19
Al2O3
15.78
Fe2O3
5.04
Geoquímica
MgO
CaO
2.80
2.25
Na2O
2.77
K2O
4.89
TiO2
0.40
Be (ppm)
4.0
Cr (ppm)
V (ppm)
<Ld(5)
Identificação
Amostra: R-56 - Metagranito
Procedência: FSR - 03 ~ 155m prof.
Aspectos texturais da rocha
Principais texturas e microestruturas: Granolepidoblástica
Constituição mineralógica
Minerais
% volume
Plagioclásio
21
Essenciais/Principais
Microclina
Biotita
38
25
Quartzo
Titanita
8
3
Interpretação
Protólito: Granítico
Paragênese metamórfica: Plagioclásio, micriclina, biotita e quartzo
Processos deformacionais: Metamorfismo regional
110
Apatita
1
Acessórios
Moscovita
4
Alteração
Identificação
Amostra: R-58 - Metagranito
Procedência: FSR - 03 ~ 156m prof.
Geoquímica
Na2O
SiO2
Al2O3
Fe2O3
K2O
MgO
CaO
ACME-LABS
75.10
11.85
2.51
1.09
1.12
0.96
6.27
ICP-OES LGQA/DEGEO
75.15*
12.40
2.56
1.00
1.10
0.97
6.50
Aspectos texturais da rocha
Principais texturas e microestruturas: Granolepidoblástica; Plagioclásio cheio de inclusões de quartzo, microclina e albita
Constituição mineralógica
Essenciais/Principais
Acessórios
Minerais
Microclina
Biotita
Plagioclásio
Quartzo
Apatita
Moscovita
Fluorita
% volume
50
15
10
18
2
2
3
Interpretação
Protólito: Granitico
Paragênese metamórfica: Microclina, biotita, plagioclásio e quartzo
Processos deformacionais: Metamorfismo regional e metassomatismo(?)
TiO2
0.29
0.27
Be (ppm)
2.0
0.2
Cr (ppm)
V (ppm)
<Ld(5,00)
<Ld(2,00)
14.7
Alteração
Identificação
Amostra: R-59 - Metagranito
Procedência: FSR - 03 ~ 157m prof.
Aspectos texturais da rocha
Principais texturas e microestruturas: Granolepidoblástica; Plagioclásio cheio de inclusões de quartzo, microclina e albita
Constituição mineralógica
Essenciais/Principais
Acessórios
Minerais
Microclina
Plagioclásio
Quartzo
Biotita
Moscovita
Opaco
Apatita
% volume
60
5
20
10
2
2
1
Interpretação
Protólito: Granítico
Paragênese metamórfica: Microclina, biotita, plagioclásio e quartzo
Processos deformacionais: Metamorfismo regional e metassomatismo(?)
Alteração
Zircão
<1
Identificação
Amostra: R-61 - Xisto
Procedência: FSR - 03 ~ 162m prof.
Aspectos texturais da rocha
Principais texturas e microestruturas: Xistosidade
Constituição mineralógica
Minerais
% volume
Quartzo
40
Essenciais/Principais
Biotita
Plagioclásio
30
20
Opaco
2
Interpretação
Apatita
1
Acessórios
Zircão
<1
Alteração
Clorita
7
Protólito: Granítico
Paragênese metamórfica: Quartzo, biotita e plagioclásio. Clorita de alteração
Processos deformacionais: Metamorfismo regional (xistosidade)
Identificação
Amostra: R-62 - Xisto com granada
Procedência: FSR - 03 ~ 163m prof.
Geoquímica
SiO2*
Na2O
Al2O3
Fe2O3
ICP-OES LGQA/DEGEO
MgO
CaO
74.24
11.75
4.83
2.77
2.03
2.44
Aspectos texturais da rocha
Principais texturas e microestruturas: Xistosidade; Granada anédrica poiquiloblástica
Constituição mineralógica
Essenciais/Principais
Minerais
Quartzo
Plagioclásio
Biotita
Granada
Opaco
Apatita
% volume
50
25
18
5
1
1
Interpretação
Protólito: Granítico
Paragênese metamórfica: Quartzo, biotita, granada e Plagioclásio
Processos deformacionais: Metamorfismo regional (xistosidade)
K2O
1.61
TiO2
0.2
Be (ppm)
1
Cr (ppm)
4
Acessórios
Zircão
<1
V (ppm)
74
Alteração
Identificação
Amostra: R-64 - Granada xisto
Procedência: FSR - 03 ~ 164m prof.
Aspectos texturais da rocha
Principais texturas e microestruturas: Xistosidade; Porfiroblástos poiquiloblásticos de granada anédrica
Constituição mineralógica
Essenciais/Principais
Minerais
Quartzo
Plagioclásio
Granada
Biotita
Apatita
Opaco
% volume
55
20
12
11
1
1
Interpretação
Protólito: Granítico
Paragênese metamórfica: Quartzo, biotita, granada e Plagioclásio
Processos deformacionais: Metamorfismo regional (xistosidade)
111
Acessórios
Zircão
<1
Alteração
Identificação
Amostra: R-66 - Granada xisto
Procedência: FSR - 03 ~ 165m prof.
Geoquímica
SiO2
Na2O
Al2O3
Fe2O3
ACME-LABS
MgO
CaO
75.16
12.14
3.67
1.37
1.43
3.79
Aspectos texturais da rocha
Principais texturas e microestruturas: Xistosidade; Porfiroblástos poiquiloblásticos de granada euédrica
Constituição mineralógica
Essenciais/Principais
Minerais
Quartzo
Plagioclásio
Biotita
Granada
Opaco
% volume
55
20
15
5
<1
Interpretação
Protólito: Granítico
Paragênese metamórfica: Quartzo, biotita, granada e Plagioclásio
Processos deformacionais: Metamorfismo regional (xistosidade)
K2O
1.48
TiO2
0.43
Be (ppm)
4.0
Cr (ppm)
Acessórios
V (ppm)
35.0
Alteração
Clorita
5
Identificação
Amostra: R-67 - Metapegmatito
Procedência: FSR - 17
Aspectos texturais da rocha
Principais texturas e microestruturas: Granolepidoblástica grossa, Extinção ondulante e quartzo fitado
Constituição mineralógica
Essenciais/Principais
Minerais
Quartzo
Plagioclásio
Biotita
% volume
55
41
4
Interpretação
Protólito: Granítico
Paragênese metamórfica: Quartzo, plagioclásioe biotita
Processos deformacionais: Metamorfismo regional - orientação da biotita e deformação do quartzo
Acessórios
Alteração
Sericita
Identificação
Amostra: R-68 - Cianita xisto com sillimanita
Procedência: FSR - 17
Aspectos texturais da rocha
Principais texturas e microestruturas: Xistosidade milonítica (S-C)
Constituição mineralógica
Minerais
% volume
Quartzo
45
Essenciais/Principais
Biotita
Cianita
35
10
Acessórios
Plagioclásio Sillimanita
7
3
Interpretação
Alteração
Grothita
<1
Clorita
<1
Protólito: Pelítico aluminoso
Paragênese metamórfica: Quartzo, biotita, cianita, plagioclásio e sillimanita
Processos deformacionais: Metamorfismo regional de médio grau
Identificação
Amostra: R-69 - Anfibolito
Procedência: FSR - 17
Aspectos texturais da rocha
Principais texturas e microestruturas: Textrua granonematoblástica e extinção ondulante
Constituição mineralógica
Essenciais/Principais
Minerais
Hornblenda
Quartzo
Plagioclásio
Opaco
Rutilo
% volume
80
10
7
2
1
Interpretação
Protólito: Máfica
Paragênese metamórfica: Hornblenda, quartzo e plagioclásio
Processos deformacionais: Metamorfismo regional (textura orientada e deformação do quartzo e plagioclásio)
Acessórios
Zircão
<1
Alteração
Identificação
Amostra: R-71 - Metapegmatito
Procedência: FSR - 17
Aspectos texturais da rocha
Principais texturas e microestruturas: Textura granoblástica, intensamente recristalizada
Constituição mineralógica
Essenciais/Principais
Minerais
Microclina
Plagioclásio
Quartzo
Biotita
% volume
40
35
20
4
Interpretação
Protólito: Granítico
Paragênese metamórfica: Microclina, Plagioclásio, quartzo e biotita
Processos deformacionais: Metamorfismo regional
112
Acessórios
Alteração
Sericita
1
Identificação
Amostra: R-72 - Meta-pegmatito/granito de granulação grossa
Procedência: FSR - 1
Geoquímica
SiO2
Na2O
Al2O3
Fe2O3
K2O
ACME-LABS
MgO
CaO
75.70
11.92
2.63
0.05
0.57
3.57
4.97
Aspectos texturais da rocha
Principais texturas e microestruturas: Granoblástica média a grossa intensamente recristalizada
Constituição mineralógica
Essenciais/Principais
Acessórios
Minerais
Microclina
Plagioclásio
Quartzo
Biotita
Opaco
Titanita
Apatita
% volume
40
30
20
6
3
1
<1
Interpretação
Protólito: Granítico
Paragênese metamórfica: Microclina, Plagioclásio, quartzo e biotita
Processos deformacionais: Metamorfismo regional
TiO2
0.16
Be (ppm)
Cr (ppm) V (ppm)
11.0
<Ld(5)
Alteração
Identificação
Amostra: R-73 - Metagranito de grão fino
Procedência: FSR - 1
Aspectos texturais da rocha
Principais texturas e microestruturas: Granoblástica
Constituição mineralógica
Minerais
% volume
Plagioclásio
50
Essenciais/Principais
K-feldspato
Quartzo
20
20
Acessórios
Biotita
5
Zircão
<1
Interpretação
Alteração
Titanita
<1
Sericita
5
Protólito: Granítico
Paragênese metamórfica: Plagioclásio, k-feldspato, quartzo e biotita
Processos deformacionais: Metamorfismo regional
Identificação
Amostra: R-74 -
Procedência: Mina da Rocha
Aspectos texturais da rocha
Principais texturas e microestruturas:
Constituição mineralógica
Minerais
Essenciais/Principais
Acessórios
Alteração
Mg-Clorita
Clorita
% volume
Interpretação
Protólito:
Paragênese metamórfica:
Processos deformacionais:
Identificação
Amostra: R-76 -
Procedência: Mina da Rocha
Aspectos texturais da rocha
Principais texturas e microestruturas:
Constituição mineralógica
Minerais
Biotita
Essenciais/Principais
Quartzo
Cianita
Acessórios
Sillimanita
Alteração
Plagioclásio
% volume
Interpretação
Protólito:
Paragênese metamórfica:
Processos deformacionais:
Identificação
Amostra: B-1 -
Procedência: FSR - Mina Belmont
SiO2
71.12
71.66*
ACME-LABS
ICP-OES LGQA/DEGEO
Al2O3
12.30
12.90
Fe2O3
5.51
5.40
Geoquímica
Na2O
MgO
CaO
0.17
2.23
3.25
0.16
2.14
3.27
Aspectos texturais da rocha
K2O
4.34
3.86
TiO2
0.49
0.46
Be (ppm)
4.0
1.0
Cr (ppm)
2.3
V (ppm)
<Ld(5)
27.8
Principais texturas e microestruturas:
Constituição mineralógica
Minerais
Plagioclásio
Essenciais/Principais
Microclina
Biotita
Acessórios
Quartzo
Hornblenda
% volume
Interpretação
Protólito:
Paragênese metamórfica:
Processos deformacionais:
113
Alteração
Identificação
Amostra: P-2 -
Procedência: Garimpo de Monte Belo (Capoeirana)
SiO2*
56.81
ICP-OES LGQA/DEGEO
Al2O3
2.50
Fe2O3
15.84
Geoquímica
Na2O
MgO
CaO
21.78
0.61
0.11
Aspectos texturais da rocha
K2O
1.21
TiO2
0.4
Be (ppm)
5
Cr (ppm)
2092
V (ppm)
64
Principais texturas e microestruturas:
Constituição mineralógica
Minerais
Anfibólio
Essenciais/Principais
Plagioclásio
Acessórios
Alteração
% volume
Interpretação
Protólito:
Paragênese metamórfica:
Processos deformacionais:
Identificação
Amostra: CM-3A -
Procedência: Garimpo do Geraldinho (Capoeirana)
Aspectos texturais da rocha
Principais texturas e microestruturas:
Constituição mineralógica
Minerais
Hornblenda
Essenciais/Principais
Plagioclásio
Quartzo
Acessórios
Alteração
Opaco(ilme)
% volume
Interpretação
Protólito:
Paragênese metamórfica:
Processos deformacionais:
Identificação
Amostra: CM-37B -
Procedência: Garimpo do Geraldinho (Capoeirana)
Aspectos texturais da rocha
Principais texturas e microestruturas:
Constituição mineralógica
Minerais
Plagioclásio
Essenciais/Principais
Microclina
Quartzo
Acessórios
Alteração
Biotita
% volume
Interpretação
Protólito:
Paragênese metamórfica:
Processos deformacionais:
Identificação
Amostra: CM-37C -
Procedência: Garimpo do Geraldinho (Capoeirana)
Aspectos texturais da rocha
Principais texturas e microestruturas:
Constituição mineralógica
Minerais
Anfibólio
Essenciais/Principais
Plagioclásio
Acessórios
Alteração
% volume
Interpretação
Protólito:
Paragênese metamórfica:
Processos deformacionais:
Identificação
Amostra: CM-37D - Anfibólio-granada xisto
Procedência: Garimpo do Geraldinho (Capoeirana)
Aspectos texturais da rocha
Principais texturas e microestruturas:
Constituição mineralógica
Minerais
Plagioclásio
Essenciais/Principais
Quartzo
Granada
Acessórios
Alteração
Biotita
% volume
Mineral/Elemento
Biotita (média de 26)
Granada (média de 24)
Plagioclásio (MEV média de 5)
K2O
8.38
n.a.
Na2O
0.40
n.a.
0.00
7.48
Química Mineral (Microssonda e MEV)
TiO2
SiO2
Cr2O3
FeO
19.73
1.18
37.32
0.01
31.06
0.03
37.59
0.01
0.00
0.00
59.20
n.d.
Interpretação
Protólito:
Paragênese metamórfica:
Processos deformacionais:
114
Al2O3
16.72
21.14
25.83
MgO
12.21
3.87
0.00
CaO
n.a.
4.58
7.28
Identificação
Amostra: CM-37E -
Procedência: Garimpo do Geraldinho (Capoeirana)
Aspectos texturais da rocha
Principais texturas e microestruturas:
Constituição mineralógica
Minerais
Anfibólio
Essenciais/Principais
Plagioclásio
Biotita
Acessórios
Alteração
Granada
% volume
Interpretação
Protólito:
Paragênese metamórfica:
Processos deformacionais:
Identificação
Amostra: CM-38A -
Procedência: Garimpo do Rei (Capoeirana)
Aspectos texturais da rocha
Principais texturas e microestruturas:
Constituição mineralógica
Minerais
Plagioclásio
Essenciais/Principais
Quartzo
Biotita
Acessórios
Alteração
Granada
% volume
Interpretação
Protólito:
Paragênese metamórfica:
Processos deformacionais:
Identificação
Amostra: CM-38C -
Procedência: Garimpo do Rei (Capoeirana)
Aspectos texturais da rocha
Principais texturas e microestruturas:
Constituição mineralógica
Minerais
Anfibólio
Essenciais/Principais
Plagioclásio
Acessórios
Alteração
% volume
Interpretação
Protólito:
Paragênese metamórfica:
Processos deformacionais:
Identificação
Amostra: CM-39A -
Procedência: Garimpo do Rei (Capoeirana)
Aspectos texturais da rocha
Principais texturas e microestruturas:
Constituição mineralógica
Minerais
Quartzo
Essenciais/Principais
Plagioclásio
Granada
Acessórios
Alteração
Biotita
% volume
Interpretação
Protólito:
Paragênese metamórfica:
Processos deformacionais:
Identificação
Amostra: CM-39B1 -
Procedência: Garimpo do Rei (Capoeirana)
Aspectos texturais da rocha
Principais texturas e microestruturas:
Constituição mineralógica
Minerais
Essenciais/Principais
Acessórios
% volume
Interpretação
Protólito:
Paragênese metamórfica:
Processos deformacionais:
115
Alteração
Identificação
Amostra: CM-47A -
Procedência: Beira do Ribeirão do Peixe
SiO2
65.87
ACME-LABS
Al2O3
14.77
Fe2O3
6.55
Geoquímica
Na2O
MgO
CaO
0.20
2.16
3.80
Aspectos texturais da rocha
K2O
5.20
TiO2
0.56
Be (ppm)
6.0
Cr (ppm)
V (ppm)
<Ld(5)
Principais texturas e microestruturas: Bandamento composicional
Constituição mineralógica
Minerais
Microclina
Essenciais/Principais
Plagioclásio
Biotita
Acessórios
Alteração
Anfibólio
% volume
Interpretação
Protólito:
Paragênese metamórfica:
Processos deformacionais:
Identificação
Amostra: CM-47B -
Procedência: Beira do Ribeirão do Peixe
Aspectos texturais da rocha
Principais texturas e microestruturas: Bandamento composicional
Constituição mineralógica
Minerais
Microclina
Essenciais/Principais
Plagioclásio
Biotita
Acessórios
Alteração
Anfibólio
% volume
Interpretação
Protólito:
Paragênese metamórfica:
Processos deformacionais:
Identificação
Amostra: CM-47F -
Procedência: Beira do Ribeirão do Peixe
Aspectos texturais da rocha
Principais texturas e microestruturas: Brechada/cataclástica
Constituição mineralógica
Minerais
Plagioclásio
Essenciais/Principais
Quartzo
Microclina
Acessórios
Alteração
Biotita
% volume
Interpretação
Protólito:
Paragênese metamórfica:
Processos deformacionais:
Identificação
Amostra: CM-47G -
Procedência: Beira do Ribeirão do Peixe
SiO2*
74.51
ICP-OES LGQA/DEGEO
Al2O3
12.96
Fe2O3
3.48
Geoquímica
Na2O
MgO
CaO
0.08
1.06
3.16
Aspectos texturais da rocha
K2O
4.38
TiO2
0.3
Be (ppm)
4
Cr (ppm)
<Ld(2,00)
V (ppm)
16
Principais texturas e microestruturas: Bandamento composicional
Constituição mineralógica
Minerais
Microclina
Essenciais/Principais
Plagioclásio
Biotita
Acessórios
Alteração
Anfibólio
% volume
Interpretação
Protólito:
Paragênese metamórfica:
Processos deformacionais:
Identificação
Amostra: PI-2B -
Procedência: Mina subterrânea da Piteiras
SiO2*
63.99
ICP-OES LGQA/DEGEO
Al2O3
18.15
Fe2O3
3.36
Geoquímica
Na2O
MgO
CaO
4.19
3.72
3.02
Aspectos texturais da rocha
K2O
2.96
TiO2
0.4
Be (ppm)
54
Cr (ppm)
41
V (ppm)
79
Principais texturas e microestruturas:
Constituição mineralógica
Minerais
Plagioclásio
Essenciais/Principais
Quartzo
Biotita
Acessórios
Granada
% volume
Interpretação
Protólito:
Paragênese metamórfica:
Processos deformacionais:
116
Alteração
Identificação
Amostra: PI-2B1 -
Procedência: Mina subterrânea da Piteiras
Aspectos texturais da rocha
Principais texturas e microestruturas:
Constituição mineralógica
Minerais
Plagioclásio
Essenciais/Principais
Quartzo
Biotita
Acessórios
Alteração
Granada
% volume
Interpretação
Protólito:
Paragênese metamórfica:
Processos deformacionais:
Identificação
Amostra: PI-3E -
Procedência: Mina subterrânea da Piteiras
SiO2
71.40
ACME-LABS
Al2O3
13.69
Fe2O3
3.39
Geoquímica
Na2O
MgO
CaO
2.39
3.07
3.52
Aspectos texturais da rocha
K2O
1.63
TiO2
0.39
Be (ppm)
Cr (ppm)
57.0
V (ppm)
48.0
Principais texturas e microestruturas:
Constituição mineralógica
Minerais
Biotita
Essenciais/Principais
Granada
Plagioclásio
Acessórios
Quartzo
Alteração
Opaco
% volume
Interpretação
Protólito:
Paragênese metamórfica:
Processos deformacionais:
Identificação
Amostra: PI-4E -
Procedência: Mina subterrânea da Piteiras
SiO2*
54.84
ICP-OES LGQA/DEGEO
Al2O3
8.71
Fe2O3
9.19
Geoquímica
Na2O
MgO
CaO
17.49
5.72
0.44
Aspectos texturais da rocha
K2O
2.97
TiO2
0.2
Be (ppm)
15
Cr (ppm)
1529
V (ppm)
113
Principais texturas e microestruturas:
Constituição mineralógica
Minerais
Anfibólio
Essenciais/Principais
Biotita
Plagioclásio
Acessórios
Alteração
% volume
Interpretação
Protólito:
Paragênese metamórfica:
Processos deformacionais:
Identificação
Amostra: PI-4G -
Procedência: Mina subterrânea da Piteiras
SiO2
43.88
47.60*
ACME-LABS
ICP-OES LGQA/DEGEO
Al2O3
15.45
15.20
Fe2O3
12.62
11.70
Geoquímica
Na2O
MgO
CaO
16.92
0.65
1.18
15.50
0.58
1.17
Aspectos texturais da rocha
K2O
7.39
7.76
TiO2
0.25
0.23
Be (ppm)
71.0
50.1
Cr (ppm)
1200.0
V (ppm)
93.0
98.8
Principais texturas e microestruturas:
Constituição mineralógica
Minerais
Flogopita
Essenciais/Principais
Quartzo
Plagioclásio
Acessórios
Sillimanita
% volume
Interpretação
Protólito:
Paragênese metamórfica:
Processos deformacionais:
117
Alteração
Identificação
Amostra: PI-4I -
Procedência: Mina subterrânea da Piteiras
SiO2
49.45
ACME-LABS
Al2O3
9.53
Fe2O3
10.36
Geoquímica
Na2O
MgO
CaO
18.59
7.02
0.88
Aspectos texturais da rocha
K2O
1.69
TiO2
0.22
Be (ppm)
11.0
Cr (ppm)
V (ppm)
130.0
Principais texturas e microestruturas:
Constituição mineralógica
Minerais
Flogopita
Essenciais/Principais
Plagioclásio
Quartzo
Acessórios
Alteração
% volume
Interpretação
Protólito:
Paragênese metamórfica:
Processos deformacionais:
Identificação
Amostra: PI-4Ka -
Procedência: Mina subterrânea da Piteiras
SiO2
64.01
ACME-LABS
Al2O3
13.58
Fe2O3
9.24
Geoquímica
Na2O
MgO
CaO
3.12
5.78
2.24
Aspectos texturais da rocha
K2O
0.31
TiO2
1.07
Be (ppm)
4.0
Cr (ppm)
V (ppm)
132.0
Principais texturas e microestruturas:
Constituição mineralógica
Minerais
Plagioclásio
Essenciais/Principais
Granada
Quartzo
Acessórios
Biotita
Alteração
Hornblenda
% volume
Interpretação
Protólito:
Paragênese metamórfica:
Processos deformacionais:
Identificação
Amostra: PI-4Kb -
Procedência: Mina subterrânea da Piteiras
Aspectos texturais da rocha
Principais texturas e microestruturas:
Constituição mineralógica
Minerais
Plagioclásio
Essenciais/Principais
Granada
Quartzo
Acessórios
Biotita
Alteração
Hornblenda
% volume
Interpretação
Protólito:
Paragênese metamórfica:
Processos deformacionais:
Identificação
Amostra: PI-4Ma -
ACME-LABS
ICP-OES LGQA/DEGEO
Procedência: Mina subterrânea da Piteiras
SiO2
51.69
51.89*
Al2O3
17.46
18.10
Fe2O3
8.97
8.85
Geoquímica
Na2O
MgO
CaO
7.14
8.59
3.45
6.87
8.81
3.43
Aspectos texturais da rocha
K2O
1.49
1.49
TiO2
0.45
0.42
Be (ppm)
32.0
28.1
Cr (ppm)
52.6
V (ppm)
188.0
191.0
Principais texturas e microestruturas:
Constituição mineralógica
Minerais
Biotita
Essenciais/Principais
Plagioclásio
Quartzo
Acessórios
Alteração
% volume
Interpretação
Protólito:
Paragênese metamórfica:
Processos deformacionais:
Identificação
Amostra: PI-4Mb -
Procedência: Mina subterrânea da Piteiras
Aspectos texturais da rocha
Principais texturas e microestruturas:
Constituição mineralógica
Minerais
Biotita
Essenciais/Principais
Plagioclásio
Quartzo
Acessórios
% volume
Interpretação
Protólito:
Paragênese metamórfica:
Processos deformacionais:
118
Alteração
Identificação
Amostra: PI-5C -
Procedência: Mina subterrânea da Piteiras
SiO2
48.84
ACME-LABS
Al2O3
15.16
Fe2O3
11.53
Geoquímica
Na2O
MgO
CaO
11.83
2.97
1.86
Aspectos texturais da rocha
K2O
5.81
TiO2
0.7
Be (ppm)
75
Cr (ppm)
V (ppm)
187
Principais texturas e microestruturas:
Constituição mineralógica
Minerais
Biotita
Essenciais/Principais
Anfibólio
Plagioclásio
Acessórios
Alteração
Quartzo
% volume
Interpretação
Protólito:
Paragênese metamórfica:
Processos deformacionais:
Identificação
Amostra: PI-5Fa -
Procedência: Mina subterrânea da Piteiras
SiO2
47.98
ACME-LABS
Al2O3
13.75
Fe2O3
9.29
Geoquímica
Na2O
MgO
CaO
14.53
7.70
2.02
Aspectos texturais da rocha
K2O
2.72
TiO2
0.44
Be (ppm)
56.0
Cr (ppm)
V (ppm)
127.0
Principais texturas e microestruturas:
Constituição mineralógica
Minerais
Biotita
Essenciais/Principais
Plagioclásio
Anfibólio
Acessórios
Plagioclásio
Opaco
Alteração
Granada
% volume
Interpretação
Protólito:
Paragênese metamórfica:
Processos deformacionais:
Identificação
Amostra: PI-5Fb -
Procedência: Mina subterrânea da Piteiras
Aspectos texturais da rocha
Principais texturas e microestruturas:
Constituição mineralógica
Minerais
Anfibólio
Essenciais/Principais
Flogopita
Plagioclásio
Acessórios
Alteração
Opaco
% volume
Interpretação
Protólito:
Paragênese metamórfica:
Processos deformacionais:
Identificação
Amostra: PI-5L -
Procedência: Mina subterrânea da Piteiras
SiO2*
49.18
ICP-OES LGQA/DEGEO
Al2O3
13.26
Fe2O3
10.49
Geoquímica
Na2O
MgO
CaO
17.01
0.64
0.52
Aspectos texturais da rocha
K2O
7.86
TiO2
0.2
Be (ppm)
42
Cr (ppm)
4515
V (ppm)
123
Principais texturas e microestruturas:
Constituição mineralógica
Minerais
Flogopita
Essenciais/Principais
Quartzo
Acessórios
Pagioclásio
Alteração
Opaco
% volume
Interpretação
Protólito:
Paragênese metamórfica:
Processos deformacionais:
Identificação
Amostra: PI-21 -
Procedência: Mina subterrânea da Piteiras
SiO2
48.97
ACME-LABS
Al2O3
12.23
Fe2O3
9.87
Geoquímica
Na2O
MgO
CaO
18.13
1.51
0.50
Aspectos texturais da rocha
K2O
6.38
TiO2
0.33
Be (ppm)
13.0
Cr (ppm)
V (ppm)
123.0
Principais texturas e microestruturas:
Constituição mineralógica
Minerais
Flogopita
Essenciais/Principais
Quartzo
Acessórios
Plagioclásio
% volume
Interpretação
Protólito:
Paragênese metamórfica:
Processos deformacionais:
119
Alteração
Identificação
Amostra: PI-23 -
Procedência: Mina subterrânea da Piteiras
SiO2*
57.63
ICP-OES LGQA/DEGEO
Al2O3
13.60
Fe2O3
12.32
Geoquímica
Na2O
MgO
CaO
9.36
2.14
3.53
Aspectos texturais da rocha
K2O
0.08
TiO2
1.1
Be (ppm)
<Ld(0,07)
Cr (ppm)
101
V (ppm)
277
Principais texturas e microestruturas:
Constituição mineralógica
Minerais
Flogopita
Essenciais/Principais
Quartzo
Plagioclásio
Acessórios
Opaco
Alteração
Granada
% volume
Interpretação
Protólito:
Paragênese metamórfica:
Processos deformacionais:
Identificação
Amostra: PI-41 -
Procedência: Mina subterrânea da Piteiras
SiO2
71.38
ACME-LABS
Al2O3
12.71
Fe2O3
4.64
Geoquímica
Na2O
MgO
CaO
3.00
1.49
3.26
Aspectos texturais da rocha
K2O
2.46
TiO2
0.48
Be (ppm)
9.0
Cr (ppm)
V (ppm)
42.0
Principais texturas e microestruturas:
Constituição mineralógica
Minerais
Plagioclásio
Essenciais/Principais
Microclina
Biotita
Acessórios
Alteração
Quartzo
% volume
Interpretação
Protólito:
Paragênese metamórfica:
Processos deformacionais:
Identificação
Amostra: PI-47 -
Procedência: Mina subterrânea da Piteiras
SiO2
49.51
ACME-LABS
Al2O3
14.03
Fe2O3
11.85
Geoquímica
Na2O
MgO
CaO
11.44
7.11
1.53
Aspectos texturais da rocha
K2O
2.18
TiO2
0.41
Be (ppm)
11.0
Cr (ppm)
V (ppm)
132.0
Principais texturas e microestruturas:
Constituição mineralógica
Minerais
Anfibólio
Essenciais/Principais
Plagioclásio
Quartzo
Biotita
Cianita??
Sillimanita?
Acessórios
Opaco
Alteração
% volume
Interpretação
Protólito:
Paragênese metamórfica:
Processos deformacionais:
Identificação
Amostra: PI-47.1 -
Procedência: Mina subterrânea da Piteiras
SiO2
76.60
ACME-LABS
Al2O3
11.43
Fe2O3
2.80
Geoquímica
Na2O
MgO
CaO
0.12
0.60
2.97
Aspectos texturais da rocha
K2O
4.75
TiO2
0.21
Be (ppm)
9.0
Cr (ppm)
V (ppm)
<Ld(5)
Principais texturas e microestruturas:
Constituição mineralógica
Minerais
Plagioclásio
Essenciais/Principais
Microclina
Quartzo
Acessórios
Biotita
% volume
Interpretação
Protólito:
Paragênese metamórfica:
Processos deformacionais:
120
Alteração
Identificação
Amostra: PI-649(CE) -
Procedência: Mina subterrânea da Piteiras
SiO2
51.13
ACME-LABS
Al2O3
10.05
Fe2O3
9.57
Geoquímica
MgO
CaO
17.77
1.82
Na2O
0.50
K2O
6.31
TiO2
0.28
Be (ppm)
47.0
Cr (ppm)
V (ppm)
120.0
Identificação
Amostra: PI-649(10cm) -
Procedência: Mina subterrânea da Piteiras
SiO2
51.68
ACME-LABS
Al2O3
11.04
Fe2O3
9.36
Geoquímica
Na2O
MgO
CaO
17.61
0.08
0.44
Aspectos texturais da rocha
K2O
6.99
TiO2
0.27
Be (ppm)
9.0
Cr (ppm)
V (ppm)
92.0
Principais texturas e microestruturas:
Constituição mineralógica
Minerais
Flogopita
Essenciais/Principais
Plagioclásio
Quartzo
Acessórios
Alteração
% volume
Interpretação
Protólito:
Paragênese metamórfica:
Processos deformacionais:
Identificação
Amostra: PI-17NE(CE) -
Procedência: Mina subterrânea da Piteiras
SiO2
52.27
ACME-LABS
Al2O3
9.73
Fe2O3
8.79
Geoquímica
MgO
CaO
17.06
4.25
Na2O
0.50
K2O
4.74
TiO2
0.24
Be (ppm)
69.0
Cr (ppm)
V (ppm)
111.0
Identificação
Amostra: PI-17NE(10cm) -
Procedência: Mina subterrânea da Piteiras
SiO2
48.47
49.26
ACME-LABS
Al2O3
9.93
9.82
Fe2O3
9.34
9.32
Geoquímica
Na2O
MgO
CaO
17.73
6.22
0.57
17.51
6.03
0.56
Aspectos texturais da rocha
K2O
4.24
4.25
TiO2
0.25
0.25
Be (ppm)
34.0
32.0
Cr (ppm)
V (ppm)
118.0
117.0
Principais texturas e microestruturas:
Constituição mineralógica
Minerais
Anfibólio
Essenciais/Principais
Granada
Flogopita
Acessórios
Quartzo
Plagioclásio
% volume
Interpretação
Protólito:
Paragênese metamórfica:
Processos deformacionais:
* SiO2 calculado por diferença; n.a. elemento não analisado; n.d. elemento não detectado
121
Opaco
Alteração
BIOTITA
SiO2
TiO2
Al2O3
Cr2O3
FeO
MnO
MgO
Na2O
K2O
F
H2O
Total
Si
AlIV
AlVI
Ti
Fe2
Cr
Mn
Mg
Na
K
Cations
OH
1
36.99
1.20
16.90
0.00
19.43
0.02
12.01
0.37
8.34
0.96
1.44
97.65
5.85
2.15
0.99
0.14
2.57
0.00
0.00
2.83
0.11
1.68
16.33
1.52
2
36.60
1.09
16.64
0.04
18.38
0.04
12.28
0.52
8.17
0.96
1.42
96.12
5.86
2.14
0.99
0.13
2.46
0.01
0.01
2.93
0.16
1.67
16.35
1.51
3
36.75
1.15
16.58
0.02
19.97
0.07
12.50
0.48
8.26
0.89
1.48
98.14
5.80
2.20
0.88
0.14
2.64
0.00
0.01
2.94
0.15
1.66
16.42
1.56
4
37.48
1.09
16.71
0.00
19.29
0.00
12.48
0.47
8.62
0.99
1.44
98.58
5.87
2.13
0.95
0.13
2.53
0.00
0.00
2.91
0.14
1.72
16.39
1.51
GRANADA
SiO2
TiO2
Al2O3
Cr2O3
FeO
MnO
MgO
CaO
Total
TSi
TAl
Sum_T
AlVI
Fe3
Ti
Cr
Sum_A
Fe2
Mg
Mn
Ca
Sum_B
Sum_cat
Alm
And
Gross
Pyrope
Spess
Uvaro
Xalm
Xgrs
Xprp
Xsps
Fe/(Fe+Mg)
1
37.073
0.015
20.921
0.000
31.400
0.716
3.615
4.630
98.370
2.998
0.002
3.000
1.990
0.005
0.001
0.000
1.995
2.119
0.436
0.049
0.401
3.005
8.000
61.384
0.305
17.179
18.994
2.138
0.000
0.616
0.172
0.191
0.021
0.705
2
36.315
0.055
21.402
0.027
31.444
0.808
3.531
4.041
97.600
2.960
0.040
3.000
2.014
0.012
0.003
0.002
2.031
2.132
0.429
0.056
0.353
2.969
8.000
64.337
0.741
14.171
18.265
2.375
0.111
0.649
0.143
0.184
0.024
0.718
3
36.897
0.070
21.111
0.000
31.386
0.844
3.681
4.174
98.160
2.990
0.010
3.000
2.004
0.000
0.004
0.000
2.008
2.127
0.445
0.058
0.362
2.992
8.000
62.473
0.000
15.722
19.292
2.513
0.000
0.625
0.157
0.193
0.025
0.711
4
36.937
0.023
21.025
0.018
30.976
0.691
3.601
4.523
97.780
3.002
0.000
3.002
2.012
0.000
0.001
0.001
2.015
2.105
0.436
0.048
0.394
2.983
8.000
70.577
0.000
13.145
14.626
1.595
0.058
0.706
0.132
0.146
0.016
0.706
CLORITA
SiO2
TiO2
Al2O3
Cr2O3
FeO
MnO
MgO
Na2O
K2O
F
Total
Si
AlIV
Sum_T
AlVI
Ti
Fe2
Cr
Mn
Mg
Na
K
Cations
1
20.745
0.020
23.390
0.000
36.881
0.099
7.387
0.039
0.006
0.000
88.567
4.652
3.348
8.000
2.829
0.003
6.917
0.000
0.019
2.470
0.017
0.002
20.257
2
23.285
0.076
21.101
0.000
29.743
0.000
15.386
0.010
0.023
0.220
89.844
4.946
3.054
8.000
2.224
0.012
5.283
0.000
0.000
4.872
0.004
0.006
20.401
3
25.062
0.082
21.999
0.000
27.990
0.071
13.141
0.008
0.016
0.035
88.404
5.307
2.693
8.000
2.793
0.013
4.957
0.000
0.013
4.148
0.003
0.004
19.931
5
36.87
1.07
16.77
0.00
19.44
0.04
12.85
0.59
8.60
0.84
1.51
98.57
5.79
2.21
0.89
0.13
2.55
0.00
0.01
3.01
0.18
1.72
16.48
1.58
CM - 37D
CAMPO A
5 1mev
2mev
37.087
38.875
37.618
0.000
0.000
0.000
20.994
20.535
21.048
0.028
0.000
0.000
30.859
30.710
31.560
0.749
0.000
0.000
3.692
4.795
4.598
4.045
5.095
5.178
97.430
100.010
100.000
3.024
3.069
2.974
0.000
0.000
0.026
3.024
3.069
3.000
2.016
1.909
1.933
0.000
0.000
0.087
0.000
0.000
0.000
0.002
0.000
0.000
2.018
1.909
2.020
2.104
2.027
1.999
0.449
0.564
0.542
0.052
0.000
0.000
0.353
0.431
0.439
2.958
3.022
2.980
8.000
8.000
8.000
71.135
65.280
58.727
0.000
0.000
5.508
11.854
15.034
12.954
15.171
19.686
22.811
1.749
0.000
0.000
0.092
0.000
0.000
0.712
0.653
0.622
0.119
0.150
0.137
0.152
0.197
0.241
0.018
0.000
0.000
0.711
0.671
0.671
PLAGIOCLÁS1mev
SiO2
57.520
Al2O3
25.580
CaO
7.640
Na2O
8.190
K2O
0.000
Total
98.930
Si
10.435
Al
5.465
Ca
1.485
Na
2.881
K
0.000
Cations
20.266
Ab
66.000
An
34.000
Or
0.000
122
BIOTITA
SiO2
TiO2
Al2O3
Cr2O3
FeO
MnO
MgO
Na2O
K2O
F
H2O
Total
Si
AlIV
AlVI
Ti
Fe2
Cr
Mn
Mg
Na
K
Cations
OH
1
36.555
1.323
16.701
0.000
19.356
0.017
11.778
0.322
8.195
0.862
1.470
96.580
5.841
2.159
0.984
0.159
2.587
0.000
0.002
2.806
0.100
1.671
16.309
1.564
2
36.783
1.336
16.704
0.002
18.917
0.055
11.949
0.341
8.479
1.099
1.360
97.030
5.853
2.147
0.983
0.160
2.518
0.000
0.007
2.835
0.105
1.721
16.329
1.447
3
36.823
1.441
16.558
0.000
18.725
0.000
11.908
0.312
8.413
0.838
1.480
96.500
5.874
2.126
0.985
0.173
2.498
0.000
0.000
2.832
0.097
1.712
16.297
1.577
4
37.138
1.436
16.530
0.026
18.401
0.111
11.963
0.361
8.348
1.032
1.400
96.750
5.904
2.096
0.998
0.172
2.446
0.003
0.015
2.835
0.111
1.693
16.273
1.481
5
35.694
1.266
16.529
0.038
19.731
0.007
12.320
0.351
7.695
0.621
1.570
95.820
5.754
2.246
0.892
0.153
2.660
0.005
0.001
2.960
0.110
1.582
16.363
1.683
6
36.195
1.132
15.999
0.029
19.267
0.048
11.827
0.398
7.734
0.924
1.410
94.960
5.882
2.118
0.944
0.138
2.619
0.004
0.007
2.865
0.125
1.604
16.306
1.525
7
36.569
1.112
16.674
0.010
19.066
0.000
12.170
0.375
8.299
1.168
1.320
96.760
5.839
2.161
0.974
0.134
2.546
0.001
0.000
2.897
0.116
1.690
16.358
1.41
GRANADA
SiO2
TiO2
Al2O3
Cr2O3
FeO
MnO
MgO
CaO
Total
TSi
TAl
Sum_T
AlVI
Fe3
Ti
Cr
Sum_A
Fe2
Mg
Mn
Ca
Sum_B
Sum_cat
Alm
And
Gross
Pyrope
Spess
Uvaro
Xalm
Xgrs
Xprp
Xsps
Fe/(Fe+Mg)
1
36.974
0.051
20.982
0.000
31.067
0.858
3.464
4.565
97.960
3.003
0.000
3.003
2.007
0.000
0.003
0.000
2.010
2.110
0.419
0.059
0.397
2.986
8.000
70.672
0.000
13.304
14.047
1.977
0.000
0.707
0.133
0.140
0.020
0.707
2
36.860
0.007
21.359
0.000
31.213
0.800
3.721
4.396
98.360
2.977
0.023
3.000
2.008
0.008
0.000
0.000
2.017
2.100
0.448
0.055
0.380
2.983
8.000
62.191
0.505
15.781
19.180
2.343
0.000
0.625
0.159
0.193
0.024
0.704
3
37.263
0.000
20.733
0.000
31.180
0.749
3.660
4.554
98.140
3.020
0.000
3.020
1.979
0.000
0.000
0.000
1.979
2.113
0.442
0.051
0.395
3.002
8.000
70.078
0.000
13.309
14.883
1.730
0.000
0.701
0.133
0.149
0.017
0.704
4
37.098
0.001
20.877
0.000
31.052
0.707
3.889
4.091
97.710
3.015
0.000
3.015
1.998
0.000
0.000
0.000
1.998
2.111
0.471
0.049
0.356
2.987
8.000
70.666
0.000
11.928
15.776
1.630
0.000
0.707
0.119
0.158
0.016
0.707
5
37.116
0.022
20.865
0.000
31.132
0.675
4.005
4.053
97.870
3.011
0.000
3.011
1.993
0.000
0.001
0.000
1.995
2.112
0.484
0.046
0.352
2.995
8.000
70.518
0.000
11.762
16.171
1.549
0.000
0.705
0.118
0.162
0.015
0.705
6
37.141
0.038
21.174
0.000
30.149
0.485
3.939
5.548
98.470
2.985
0.015
3.000
1.989
0.016
0.002
0.000
2.007
2.011
0.472
0.033
0.478
2.993
8.000
58.173
1.007
19.327
20.088
1.405
0.000
0.588
0.195
0.203
0.014
0.672
7
36.600
0.141
21.043
0.000
31.468
0.920
3.225
4.474
97.870
2.982
0.018
3.000
2.001
0.000
0.009
0.000
2.010
2.144
0.392
0.063
0.391
2.990
8.000
63.276
0.000
16.958
17.009
2.757
0.000
0.633
0.170
0.170
0.028
0.717
8
36.454
1.110
16.613
0.000
19.356
0.061
12.284
0.298
8.644
1.106
1.360
97.290
5.810
2.190
0.928
0.133
2.580
0.000
0.008
2.919
0.092
1.758
16.418
1.443
2mev
3mev
4mev
PLAGIOCLÁS1mev
SiO2
59.740
59.040
59.220
60.500
Al2O3
25.830
25.990
25.960
25.770
CaO
7.240
7.770
6.870
6.880
Na2O
7.200
7.200
7.960
6.850
K2O
0.000
0.000
0.000
0.000
Total
100.010
100.000
100.010
100.000
Si
10.627
10.534
10.562
10.721
Al
5.411
5.461
5.453
5.378
Ca
1.380
1.485
1.313
1.306
Na
2.483
2.491
2.753
2.354
K
0.000
0.000
0.000
0.000
Cations
19.901
19.971
20.081
19.759
Ab
64.300
62.700
67.700
64.300
An
35.700
37.300
32.300
35.700
Or
0.000
0.000
0.000
0.000
9
37.316
1.259
16.628
0.025
18.833
0.000
12.504
0.374
8.544
0.990
1.440
97.910
5.872
2.128
0.953
0.149
2.478
0.003
0.000
2.933
0.114
1.715
16.345
1.507
10
37.667
1.359
16.668
0.000
19.280
0.000
12.405
0.497
8.703
1.078
1.410
99.070
5.873
2.127
0.934
0.159
2.514
0.000
0.000
2.884
0.150
1.731
16.372
1.468
11
38.305
1.492
16.495
0.005
19.056
0.035
12.645
0.416
8.597
0.897
1.510
99.450
5.924
2.076
0.928
0.174
2.464
0.001
0.005
2.915
0.125
1.696
16.308
1.561
CM - 37D
CAMPO B
123
12
38.101
1.465
16.418
0.000
18.939
0.120
12.631
0.472
8.715
1.144
1.390
99.400
5.912
2.088
0.912
0.171
2.458
0.000
0.016
2.922
0.142
1.725
16.346
1.439
13
36.986
1.236
16.046
0.046
19.668
0.051
12.981
0.411
8.527
0.846
1.500
98.300
5.829
2.171
0.807
0.147
2.592
0.006
0.007
3.050
0.126
1.714
16.449
1.578
14
36.858
1.122
16.374
0.030
20.248
0.000
13.257
0.427
7.895
0.958
1.460
98.630
5.785
2.215
0.812
0.132
2.658
0.004
0.000
3.102
0.130
1.581
16.419
1.524
15 1mev
37.215
39.81
1.155
0.00
16.467
17.73
0.000
0.00
19.906
19.60
0.000
0.00
12.795
14.23
0.552
0.00
8.552
8.64
0.896
0.00
1.490
0.00
99.030
100.01
5.823
5.94
2.177
2.06
0.857
1.06
0.136
0.00
2.605
2.45
0.000
0.00
0.000
0.00
2.984
3.17
0.167
0.00
1.707
1.65
16.456
16.32
1.557
0.00
BIOTITA
SiO2
TiO2
Al2O3
Cr2O3
FeO
MnO
MgO
Na2O
K2O
F
Total
Si
AlIV
AlVI
Ti
Fe2
Cr
Mn
Mg
Na
K
Cations
GRANADA
SiO2
TiO2
Al2O3
Cr2O3
FeO
MnO
MgO
CaO
Total
TSi
TAl
Sum_T
AlVI
Fe3
Ti
Cr
Sum_A
Fe2
Mg
Mn
Ca
Sum_B
Sum_cat
Alm
And
Gross
Pyrope
Spess
Uvaro
Xalm
Xgrs
Xprp
Xsps
Fe/(Fe+Mg)
1
36.446
1.193
16.487
0.022
18.869
0.015
12.138
0.367
8.170
0.597
94.300
5.849
2.151
0.965
0.144
2.532
0.003
0.002
2.904
0.114
1.673
16.337
2
36.430
1.110
16.468
0.000
19.186
0.009
12.405
0.291
7.956
0.935
94.790
5.837
2.163
0.944
0.134
2.571
0.000
0.001
2.963
0.090
1.626
16.329
3
37.301
1.179
16.098
0.013
20.005
0.055
13.104
0.502
8.363
0.758
97.380
5.837
2.163
0.803
0.139
2.618
0.002
0.007
3.057
0.152
1.669
16.447
4 1mev
38.114
38.41
1.163
0.00
16.397
16.90
0.035
0.00
19.108
20.82
0.000
0.00
12.837
14.23
0.449
0.00
8.645
9.64
1.101
0.00
97.850
100.00
5.920
5.83
2.080
2.17
0.919
0.85
0.136
0.00
2.482
2.64
0.004
0.00
0.000
0.00
2.972
3.22
0.135
0.00
1.713
1.87
16.361
16.59
1
37.483
0.060
21.333
0.001
32.305
0.753
3.349
4.907
100.190
2.982
0.018
3.000
1.981
0.024
0.004
0.000
2.008
2.125
0.397
0.051
0.418
2.992
8.000
62.558
1.552
16.524
17.169
2.193
0.004
0.635
0.168
0.174
0.022
0.710
2
37.720
0.056
21.361
0.006
30.941
0.627
3.779
5.544
100.030
2.991
0.009
3.000
1.985
0.011
0.003
0.000
2.000
2.040
0.447
0.042
0.471
3.000
8.000
58.777
0.730
19.475
19.186
1.809
0.024
0.592
0.196
0.193
0.018
0.680
3
37.589
0.019
21.245
0.021
30.663
0.569
3.796
5.567
99.450
2.995
0.005
3.000
1.989
0.006
0.001
0.001
1.997
2.038
0.451
0.038
0.475
3.003
8.000
58.495
0.362
20.002
19.402
1.652
0.085
0.588
0.201
0.195
0.017
0.679
4
37.438
0.012
21.445
0.026
30.087
0.534
3.889
5.548
98.950
2.993
0.007
3.000
2.012
0.000
0.001
0.002
2.014
2.011
0.463
0.036
0.475
2.986
8.000
67.357
0.000
15.830
15.520
1.211
0.083
0.674
0.158
0.155
0.012
0.674
5
37.719
0.071
21.477
0.000
29.933
0.502
3.899
5.753
99.350
3.003
0.000
3.003
2.013
0.000
0.004
0.000
2.018
1.993
0.463
0.034
0.491
2.980
8.000
66.871
0.000
16.466
15.527
1.136
0.000
0.669
0.165
0.155
0.011
0.669
6
37.548
0.005
21.387
0.000
31.599
0.845
3.642
4.341
99.370
3.005
0.000
3.005
2.016
0.000
0.000
0.000
2.016
2.115
0.435
0.057
0.372
2.979
8.000
70.995
0.000
12.495
14.586
1.923
0.000
0.710
0.125
0.146
0.019
0.710
7
37.716
0.032
21.478
0.000
31.865
0.793
3.330
4.697
99.910
3.007
0.000
3.007
2.016
0.000
0.002
0.000
2.018
2.124
0.396
0.054
0.401
2.975
8.000
71.411
0.000
13.486
13.303
1.800
0.000
0.714
0.135
0.133
0.018
0.714
8 1mev
2mev
37.789
43.167
38.206
0.039
0.000
0.000
21.737
20.337
21.606
0.031
0.000
0.000
31.319
31.439
29.666
0.691
0.000
0.000
3.908
5.047
4.926
4.700
0.000
5.596
100.180
99.990
100.000
2.991
3.421
3.002
0.009
0.000
0.000
3.000
3.421
3.002
2.017
1.898
2.000
0.000
0.000
0.000
0.002
0.000
0.000
0.002
0.000
0.000
2.021
1.898
2.000
2.073
2.084
1.950
0.461
0.596
0.577
0.046
0.000
0.000
0.399
0.000
0.471
2.979
2.680
2.998
8.000
8.000
8.000
69.588
77.751
65.034
0.000
0.000
0.000
13.281
0.000
15.717
15.478
22.249
19.250
1.555
0.000
0.000
0.098
0.000
0.000
0.697
0.778
0.650
0.133
0.000
0.157
0.155
0.222
0.192
0.016
0.000
0.000
0.696
0.778
0.650
ANFIBÓLIO 1mev
2mev
3mev
SiO2
42.05
42.48
40.72
Al2O3
15.21
14.42
15.89
Fe2O3
23.08
20.73
21.46
MgO
7.62
8.83
8.81
CaO
9.24
10.78
10.20
Na2O
2.79
2.15
2.91
K2O
0.00
0.60
0.00
Total
99.99
99.99
99.99
Si
6.01
6.07
5.83
IV Al
1.99
1.93
2.17
VI Al
0.57
0.49
0.51
Fe3+
2.48
2.23
2.31
Mg
1.62
1.88
1.88
Ca
1.41
1.65
1.56
Na (B)
0.59
0.35
0.44
Na (A)
0.19
0.24
0.37
K
0.00
0.11
0.00
CM - 37D
CAMPO C
PLAGIOCLÁSIO
Sample
Mev1
Mev2
Mev3
SiO2
58.57
59.93
61.66
Al2O3
25.44
25.15
24.47
CaO
7.60
6.58
6.23
Na2O
8.40
8.34
7.64
K2O
0.00
0.00
0.00
Total
100.01
100.00
100.00
Si
10.51
10.69
10.92
Al
5.37
5.28
5.10
Ca
1.46
1.26
1.18
Na
2.92
2.88
2.62
K
0.00
0.00
0.00
Cations
20.26
20.11
19.83
Ab
66.70
69.60
68.90
An
33.30
30.40
31.10
Or
0.00
0.00
0.00
124
BIOTITA
SiO2
TiO2
Al2O3
Cr2O3
FeO
MnO
MgO
Na2O
K2O
F
Total
Si
AlIV
AlVI
Ti
Fe2
Cr
Mn
Mg
Na
K
Cations
GRANADA
SiO2
TiO2
Al2O3
Cr2O3
FeO
MnO
MgO
CaO
Total
TSi
TAl
Sum_T
AlVI
Fe3
Ti
Cr
Sum_A
Fe2
Mg
Mn
Ca
Sum_B
Sum_cat
Alm
And
Gross
Pyrope
Spess
Uvaro
Xalm
Xgrs
Xprp
Xsps
Fe/(Fe+Mg)
ESTAUROLI
SiO2
TiO2
Al2O3
Cr2O3
FeO
MnO
MgO
CaO
Total
Si
Al
Ti
Fe2
Cr
Mn
Mg
Ca
Cations
1
33.770
0.723
20.019
0.021
17.046
0.000
15.989
0.314
5.757
0.319
93.960
5.316
2.684
1.027
0.086
2.244
0.003
0.000
3.752
0.096
1.156
16.364
2
37.545
1.282
18.575
0.032
16.885
0.067
13.193
0.512
8.560
0.325
96.980
5.768
2.232
1.129
0.148
2.169
0.004
0.009
3.022
0.153
1.678
16.312
3
37.525
1.082
18.593
0.000
17.364
0.001
13.044
0.515
8.747
0.143
97.010
5.769
2.231
1.135
0.125
2.233
0.000
0.000
2.990
0.154
1.716
16.353
4
37.770
1.200
18.627
0.000
15.447
0.038
14.134
0.402
8.790
0.155
96.560
5.780
2.220
1.137
0.138
1.977
0.000
0.005
3.224
0.119
1.716
16.316
5
36.978
1.201
18.172
0.000
17.114
0.032
13.247
0.340
8.417
0.359
95.860
5.759
2.241
1.092
0.141
2.229
0.000
0.004
3.076
0.103
1.672
16.317
6
37.124
1.259
18.550
0.000
16.737
0.000
13.204
0.467
8.560
0.232
96.130
5.748
2.252
1.131
0.147
2.167
0.000
0.000
3.048
0.140
1.691
16.324
7
37.890
1.228
19.091
0.009
16.007
0.000
13.647
0.395
8.673
0.107
97.050
5.770
2.230
1.194
0.141
2.038
0.001
0.000
3.098
0.117
1.685
16.274
8
34.261
0.881
19.554
0.024
18.047
0.000
14.797
0.320
6.125
0.029
94.040
5.404
2.596
1.036
0.105
2.381
0.003
0.000
3.479
0.098
1.232
16.334
9
37.377
1.032
18.802
0.010
17.066
0.044
13.261
0.520
8.586
0.550
97.250
5.746
2.254
1.150
0.119
2.194
0.001
0.006
3.039
0.155
1.684
16.348
10
36.583
1.146
19.066
0.013
17.219
0.000
12.278
0.333
8.119
0.211
94.970
5.731
2.269
1.248
0.135
2.256
0.002
0.000
2.867
0.101
1.623
16.232
11
37.386
1.146
19.341
0.000
17.342
0.022
12.264
0.316
8.451
0.151
96.420
5.763
2.237
1.274
0.133
2.236
0.000
0.003
2.818
0.094
1.662
16.220
12
37.790
0.933
18.222
0.000
15.447
0.000
13.006
0.253
8.299
0.204
94.150
5.911
2.089
1.267
0.110
2.021
0.000
0.000
3.033
0.077
1.656
16.164
13
37.615
1.028
19.945
0.006
15.702
0.000
13.130
0.300
8.199
0.156
96.080
5.757
2.243
1.352
0.118
2.010
0.001
0.000
2.996
0.089
1.601
16.167
14
38.060
1.276
19.568
0.000
16.206
0.002
12.894
0.315
8.462
0.354
97.140
5.793
2.207
1.300
0.146
2.063
0.000
0.000
2.926
0.093
1.643
16.171
15
37.092
1.263
19.129
0.000
17.802
0.014
12.258
0.274
7.847
0.261
95.940
5.751
2.249
1.244
0.147
2.308
0.000
0.002
2.833
0.082
1.552
16.168
16
25.346
0.070
22.987
0.027
22.056
0.005
16.478
0.000
0.007
0.013
86.990
4.334
3.666
0.963
0.009
3.154
0.004
0.001
4.201
0.000
0.002
16.334
17
35.971
2.344
19.385
0.002
18.331
0.020
9.804
0.175
8.718
0.284
95.030
5.688
2.312
1.298
0.279
2.424
0.000
0.003
2.311
0.054
1.759
16.128
18
36.404
1.086
18.969
0.006
17.275
0.033
12.391
0.278
7.587
0.235
94.260
5.733
2.267
1.251
0.129
2.275
0.001
0.004
2.909
0.085
1.524
16.178
32
37.329
0.048
21.583
0.000
32.610
0.385
5.840
2.271
100.070
2.942
0.058
3.000
1.945
0.102
0.003
0.000
2.050
2.047
0.686
0.026
0.192
2.950
8.000
62.483
6.359
1.603
28.488
1.067
0.000
0.667
0.017
0.304
0.011
0.694
31
37.627
0.060
21.566
0.036
31.802
0.199
6.645
2.345
100.240
2.943
0.057
3.000
1.930
0.112
0.004
0.002
2.047
1.968
0.775
0.013
0.197
2.953
8.000
59.503
6.923
1.023
31.871
0.542
0.137
0.640
0.011
0.343
0.006
0.666
30
37.428
0.050
21.670
0.033
31.980
0.216
6.230
2.264
99.840
2.946
0.054
3.000
1.954
0.086
0.003
0.002
2.045
2.018
0.731
0.014
0.191
2.955
8.000
61.169
5.379
2.411
30.316
0.597
0.128
0.647
0.026
0.321
0.006
0.683
29
37.202
0.044
21.415
0.005
32.717
0.280
5.622
2.214
99.490
2.952
0.048
3.000
1.954
0.083
0.003
0.000
2.039
2.089
0.665
0.019
0.188
2.961
8.000
63.308
5.212
2.688
27.981
0.792
0.020
0.668
0.028
0.295
0.008
0.706
28
37.318
0.014
21.631
0.000
32.656
0.352
5.424
1.811
99.210
2.972
0.028
3.000
2.001
0.018
0.001
0.000
2.021
2.157
0.644
0.024
0.155
2.979
8.000
64.607
1.180
5.471
27.720
1.022
0.000
0.654
0.055
0.281
0.010
0.724
27
37.287
0.039
21.553
0.000
32.869
0.420
5.325
1.953
99.450
2.966
0.034
3.000
1.985
0.038
0.002
0.000
2.026
2.148
0.631
0.028
0.166
2.974
8.000
64.614
2.465
4.664
27.045
1.212
0.000
0.662
0.048
0.277
0.012
0.723
26
37.789
0.038
21.880
0.000
31.207
0.129
6.433
2.064
99.540
2.976
0.024
3.000
2.005
0.009
0.002
0.000
2.016
2.046
0.755
0.009
0.174
2.984
8.000
60.135
0.573
6.828
32.098
0.366
0.000
0.605
0.069
0.323
0.004
0.686
25
37.680
0.005
21.740
0.000
32.278
0.185
6.566
2.031
100.490
2.944
0.056
3.000
1.944
0.106
0.000
0.000
2.050
2.003
0.765
0.012
0.170
2.950
8.000
60.928
6.549
0.465
31.552
0.505
0.000
0.652
0.005
0.338
0.005
0.679
24
37.488
0.007
21.586
0.000
31.832
0.223
6.123
2.155
99.410
2.965
0.035
3.000
1.975
0.054
0.000
0.000
2.029
2.052
0.722
0.015
0.183
2.971
8.000
61.246
3.386
4.311
30.428
0.630
0.000
0.634
0.045
0.315
0.007
0.690
23
37.361
0.036
21.622
0.005
31.905
0.300
5.871
2.379
99.470
2.957
0.043
3.000
1.972
0.061
0.002
0.000
2.035
2.050
0.693
0.020
0.202
2.965
8.000
61.632
3.849
4.594
29.061
0.844
0.020
0.641
0.048
0.302
0.009
0.691
22
37.556
0.058
21.562
0.013
32.184
0.279
5.826
2.259
99.720
2.967
0.033
3.000
1.973
0.046
0.003
0.001
2.023
2.081
0.686
0.019
0.191
2.977
8.000
61.928
2.927
5.146
29.154
0.793
0.052
0.638
0.053
0.300
0.008
0.699
21
37.293
0.021
21.529
0.000
32.649
0.401
5.499
2.180
99.570
2.959
0.041
3.000
1.970
0.063
0.001
0.000
2.034
2.103
0.650
0.027
0.185
2.966
8.000
63.508
3.989
3.850
27.513
1.140
0.000
0.661
0.040
0.287
0.012
0.709
20
37.790
0.069
21.586
0.000
33.225
0.314
5.791
2.142
100.920
2.957
0.043
3.000
1.946
0.083
0.004
0.000
2.033
2.091
0.675
0.021
0.180
2.967
8.000
62.982
5.267
2.323
28.549
0.880
0.000
0.665
0.025
0.301
0.009
0.705
19
37.578
0.027
21.637
0.000
32.122
0.142
6.194
2.375
100.080
2.952
0.048
3.000
1.953
0.085
0.002
0.000
2.041
2.025
0.725
0.009
0.200
2.959
8.000
61.065
5.337
2.989
30.215
0.394
0.000
0.645
0.032
0.319
0.004
0.684
18
37.538
0.048
21.700
0.000
31.795
0.100
6.292
2.427
99.900
2.950
0.050
3.000
1.959
0.079
0.003
0.000
2.041
2.011
0.737
0.007
0.204
2.959
8.000
60.581
4.921
3.575
30.647
0.277
0.000
0.637
0.038
0.322
0.003
0.680
17
37.483
0.106
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2.62
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0
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Mev2
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0.00
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100.01
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5.81
5.93
2.182
2.19
2.07
1.288
1.36
1.23
0.113
0.12
0.00
2.141
2.08
2.12
0.004
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0.00
0.000
0.00
0.00
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2.99
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0.00
0.00
1.593
1.51
1.69
16.179
16.05
16.26
14
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6.125
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3.000
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0.003
0.000
2.020
2.036
0.720
0.009
0.215
2.980
8.000
60.051
3.312
5.775
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0.032
0.621
0.060
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0.004
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13
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0.062
21.381
0.000
32.289
0.145
5.585
2.352
99.200
2.974
0.026
3.000
1.976
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0.004
0.000
2.017
2.111
0.662
0.010
0.200
2.983
8.000
62.592
2.357
6.237
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3.007
0.000
3.007
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2.010
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6.827
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0.726
R-30
CMP A
11
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2.003
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8.000
60.513
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8.368
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3.000
1.980
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2.013
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3.000
0.000
3.000
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2.025
2.098
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0.006
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5.753
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31.842
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2.106
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2.015
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6
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0.101
21.747
0.000
32.511
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6.360
2.039
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2.947
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2.041
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6.187
2.268
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1.997
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0.004
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2.004
2.075
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60.322
0.000
8.053
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0.311
0.004
0.693
4
37.591
0.044
21.546
0.012
31.623
0.194
6.276
2.354
99.630
2.963
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1.963
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0.001
2.028
2.022
0.737
0.013
0.199
2.972
8.000
60.139
3.915
4.387
30.969
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0.626
0.046
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0.006
0.681
3
37.773
0.085
21.685
0.000
31.607
0.154
6.300
2.320
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2.968
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3.000
1.975
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0.005
0.000
2.021
2.035
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0.010
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8.000
60.097
2.628
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31.209
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0.000
0.617
0.058
0.321
0.004
0.683
2
38.065
0.024
21.601
0.041
31.365
0.239
6.352
2.339
99.990
2.987
0.013
3.000
1.983
0.020
0.001
0.003
2.006
2.039
0.743
0.016
0.197
2.994
8.000
59.141
1.252
6.993
31.771
0.679
0.163
0.600
0.071
0.322
0.007
0.681
1
37.951
0.000
21.546
0.000
32.626
0.468
5.395
1.938
99.920
3.002
0.000
3.002
2.007
0.000
0.000
0.000
2.007
2.159
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0.031
0.164
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72.182
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5.493
21.277
1.049
0.000
0.722
0.055
0.213
0.010
0.722
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TiO2
Al2O3
Cr2O3
FeO
MnO
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Na2O
K2O
F
Total
Si
AlIV
AlVI
Ti
Fe2
Cr
Mn
Mg
Na
K
Cations
1
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18.337
0.000
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14.390
0.334
8.258
0.190
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5.681
2.319
1.062
0.142
2.024
0.000
0.018
3.359
0.101
1.650
16.356
2
36.630
1.381
18.119
0.035
15.673
0.000
13.887
0.398
8.771
0.295
95.190
5.723
2.277
1.057
0.162
2.048
0.004
0.000
3.235
0.121
1.748
16.375
3
37.654
1.186
18.850
0.018
16.936
0.000
13.536
0.463
8.684
0.366
97.690
5.744
2.256
1.130
0.136
2.161
0.002
0.000
3.078
0.137
1.690
16.334
4
37.237
1.280
18.503
0.000
16.405
0.083
13.273
0.509
8.530
0.241
96.060
5.762
2.238
1.134
0.149
2.123
0.000
0.011
3.062
0.153
1.684
16.316
GRANADA
SiO2
TiO2
Al2O3
Cr2O3
FeO
MnO
MgO
CaO
Total
TSi
TAl
Sum_T
AlVI
Fe3
Ti
Cr
Sum_A
Fe2
Mg
Mn
Ca
Sum_B
Sum_cat
Alm
And
Gross
Pyrope
Spess
Uvaro
Xalm
Xgrs
Xprp
Xsps
Fe/(Fe+Mg
1
37.26
0.03
22.17
0.00
31.35
0.41
5.25
2.52
98.98
2.97
0.03
3.00
2.05
0.00
0.00
0.00
2.05
2.09
0.62
0.03
0.22
2.95
8.00
70.69
0.00
7.27
21.11
0.93
0.00
0.707
0.073
0.211
0.009
0.707
2
37.55
0.04
21.68
0.00
32.56
0.43
4.69
2.91
99.86
2.98
0.02
3.00
2.01
0.00
0.00
0.00
2.01
2.16
0.55
0.03
0.25
2.99
8.00
64.00
0.24
10.49
24.01
1.26
0.00
0.642
0.105
0.241
0.013
0.722
3
37.43
0.06
21.44
0.00
33.88
0.59
4.39
2.61
100.39
2.97
0.03
3.00
1.97
0.05
0.00
0.00
2.02
2.20
0.52
0.04
0.22
2.98
8.00
66.28
3.22
6.35
22.43
1.71
0.00
0.685
0.066
0.232
0.018
0.738
4
37.09
0.16
21.30
0.00
33.22
0.51
4.15
2.74
99.16
2.98
0.02
3.00
1.99
0.00
0.01
0.00
2.01
2.23
0.50
0.03
0.24
2.99
8.00
66.29
0.28
10.09
21.82
1.52
0.00
0.665
0.101
0.219
0.015
0.744
ESTAURO
SiO2
TiO2
Al2O3
Cr2O3
FeO
MnO
MgO
CaO
Total
Si
Al
Ti
Fe2
Cr
Mn
Mg
Ca
Cations
1
26.331
0.424
52.048
0.000
14.298
0.042
2.535
0.000
95.680
7.845
18.262
0.095
3.563
0.000
0.011
1.126
0.000
30.902
2
26.495
0.615
51.742
0.038
14.511
0.071
2.680
0.003
96.160
7.867
18.094
0.137
3.604
0.009
0.018
1.186
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20.11
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0
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TiO2
Al2O3
Cr2O3
FeO
MnO
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R-30
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20.12
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AlVI
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Al2O3
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FeO
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Ti
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2.950
0.050
3.000
1.965
0.078
0.000
0.001
2.044
1.965
0.660
0.117
0.214
2.956
8.000
59.173
4.844
3.941
27.174
4.823
0.046
0.622
0.041
0.286
0.051
0.665
5
37.772
0.000
21.731
0.031
31.457
1.619
5.725
2.606
100.910
2.951
0.049
3.000
1.951
0.090
0.000
0.002
2.043
1.965
0.667
0.107
0.218
2.957
8.000
59.079
5.591
3.289
27.504
4.419
0.118
0.627
0.035
0.292
0.047
0.665
6
37.631
0.028
21.688
0.024
30.844
1.937
5.537
2.568
100.230
2.962
0.038
3.000
1.972
0.056
0.002
0.001
2.031
1.974
0.650
0.129
0.217
2.969
8.000
58.555
3.502
5.422
27.052
5.377
0.093
0.607
0.056
0.281
0.056
0.665
7
37.796
0.005
21.769
0.012
30.282
2.074
5.509
2.417
99.850
2.984
0.016
3.000
2.008
0.001
0.000
0.001
2.010
1.999
0.648
0.139
0.204
2.990
8.000
57.947
0.035
8.588
27.499
5.882
0.048
0.580
0.086
0.275
0.059
0.669
mev2
PLAGIOCL mev1
SiO2
53.99
55.31
Al2O3
28.33
26.45
CaO
13.09
13.60
Na2O
4.59
4.64
K2O
0.00
0.00
Total
100.00
100.00
Si
9.79
10.03
Al
6.05
5.65
Ca
2.54
2.64
Na
1.61
1.63
K
0.00
0.00
Cations
19.99
19.95
Ab
38.80
38.20
An
61.20
61.80
Or
0.00
0.00
128
8
37.500
0.017
21.661
0.006
31.042
2.511
4.788
2.522
100.040
2.972
0.028
3.000
1.993
0.027
0.001
0.000
2.021
2.030
0.566
0.169
0.214
2.979
8.000
59.932
1.696
7.327
23.899
7.121
0.024
0.610
0.075
0.243
0.072
0.681
R-48
CMP A
BIOTITA
SiO2
TiO2
Al2O3
Cr2O3
FeO
MnO
MgO
Na2O
K2O
F
Total
Si
AlIV
AlVI
Ti
Fe2
Cr
Mn
Mg
Na
K
Cations
GRANADA
SiO2
TiO2
Al2O3
Cr2O3
FeO
MnO
MgO
CaO
Total
TSi
TAl
Sum_T
AlVI
Fe3
Ti
Cr
Sum_A
Fe2
Mg
Mn
Ca
Sum_B
Sum_cat
Alm
And
Gross
Pyrope
Spess
Uvaro
Xalm
Xgrs
Xprp
Xsps
Fe/(Fe+Mg
1
37.763
1.455
19.650
0.016
15.092
0.000
13.200
0.490
9.096
0.150
96.910
5.750
2.250
1.273
0.167
1.922
0.002
0.000
2.996
0.145
1.767
16.272
2
25.653
0.060
24.189
0.011
19.442
0.041
18.764
0.003
0.022
0.000
88.190
4.261
3.739
0.993
0.007
2.701
0.001
0.006
4.646
0.001
0.005
16.360
3
26.003
0.042
24.663
0.000
19.428
0.087
19.009
0.000
0.030
0.064
89.330
4.261
3.739
1.020
0.005
2.662
0.000
0.012
4.644
0.000
0.006
16.349
4
34.462
0.071
20.556
0.075
7.008
0.210
0.428
0.178
0.054
0.346
63.390
7.055
0.945
4.011
0.011
1.200
0.012
0.036
0.131
0.071
0.014
13.486
1
37.705
0.008
21.880
0.047
30.990
1.493
5.752
2.528
100.360
2.958
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3.000
1.979
0.053
0.000
0.003
2.036
1.980
0.673
0.099
0.212
2.964
8.000
59.113
3.306
5.338
27.941
4.121
0.182
0.612
0.055
0.290
0.043
0.668
2
37.592
0.015
21.810
0.000
29.910
1.452
5.870
2.550
99.200
2.977
0.023
3.000
2.011
0.004
0.001
0.000
2.016
1.977
0.693
0.097
0.216
2.984
8.000
57.616
0.230
8.878
29.175
4.100
0.000
0.577
0.089
0.292
0.041
0.663
3
37.771
0.000
21.941
0.009
30.950
1.561
5.917
2.551
100.690
2.952
0.048
3.000
1.971
0.071
0.000
0.001
2.042
1.951
0.689
0.103
0.214
2.958
8.000
58.564
4.398
4.363
28.386
4.255
0.034
0.613
0.046
0.297
0.045
0.660
4
37.846
0.001
21.956
0.000
30.457
1.384
6.083
2.570
100.300
2.963
0.037
3.000
1.988
0.042
0.000
0.000
2.030
1.952
0.710
0.092
0.216
2.970
8.000
57.749
2.638
6.315
29.486
3.812
0.000
0.593
0.065
0.303
0.039
0.657
R-48
5
37.836
0.000
21.748
0.013
31.053
1.503
5.403
2.488
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2.984
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2.005
0.004
0.000
0.001
2.009
2.045
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0.100
0.210
2.991
8.000
59.612
0.253
8.672
27.124
4.287
0.052
0.598
0.087
0.272
0.043
0.684
6
37.786
0.020
21.692
0.000
30.579
1.493
5.958
2.561
100.090
2.969
0.031
3.000
1.976
0.046
0.001
0.000
2.024
1.963
0.698
0.099
0.216
2.976
8.000
57.672
2.886
6.124
29.165
4.152
0.000
0.594
0.063
0.300
0.043
0.660
7
37.573
0.038
21.824
0.000
30.158
1.564
6.003
2.665
99.830
2.957
0.043
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1.980
0.053
0.002
0.000
2.035
1.932
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0.104
0.225
2.965
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57.338
3.273
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4.305
0.000
0.593
0.062
0.301
0.045
0.652
129
8
37.799
0.008
21.892
0.014
30.751
1.468
5.915
2.592
100.430
2.960
0.040
3.000
1.979
0.053
0.000
0.001
2.033
1.961
0.691
0.097
0.217
2.967
8.000
58.277
3.280
5.691
28.657
4.041
0.054
0.603
0.059
0.296
0.042
0.661
CMP B
9
37.417
0.009
21.683
0.000
30.581
1.429
6.147
2.589
99.860
2.944
0.056
3.000
1.953
0.096
0.001
0.000
2.050
1.916
0.721
0.095
0.218
2.950
8.000
57.813
5.883
3.017
29.403
3.884
0.000
0.614
0.032
0.312
0.041
0.649
10
37.498
0.000
21.707
0.014
31.138
1.577
5.871
2.496
100.290
2.945
0.055
3.000
1.952
0.096
0.000
0.001
2.049
1.948
0.687
0.105
0.210
2.951
8.000
58.940
5.927
2.624
28.158
4.297
0.053
0.627
0.028
0.299
0.046
0.660
11
37.423
0.016
21.851
0.006
30.919
1.596
5.428
2.417
99.650
2.962
0.038
3.000
1.999
0.030
0.001
0.000
2.031
2.017
0.641
0.107
0.205
2.969
8.000
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1.883
6.682
26.836
4.483
0.024
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12
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0.014
21.672
0.000
30.988
1.544
5.623
2.484
99.990
2.970
0.030
3.000
1.982
0.041
0.001
0.000
2.023
2.003
0.661
0.103
0.210
2.977
8.000
59.073
2.559
6.260
27.775
4.333
0.000
0.606
0.064
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0.044
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13
37.640
0.014
21.741
0.000
31.188
1.496
6.016
2.415
100.510
2.948
0.052
3.000
1.953
0.092
0.001
0.000
2.046
1.950
0.702
0.099
0.203
2.954
8.000
58.744
5.685
2.639
28.855
4.077
0.000
0.623
0.028
0.306
0.043
0.660
BIOTITA
SiO2
TiO2
Al2O3
Cr2O3
FeO
MnO
MgO
Na2O
K2O
F
Total
Si
AlIV
AlVI
Ti
Fe2
Cr
Mn
Mg
Na
K
Cations
1
37.321
1.382
19.357
0.187
15.734
0.005
13.041
0.474
8.866
0.191
96.560
5.727
2.273
1.225
0.160
2.019
0.023
0.001
2.983
0.141
1.736
16.288
2
26.088
0.063
23.232
0.120
22.483
0.167
17.569
0.000
0.000
0.000
89.720
4.328
3.672
0.867
0.008
3.120
0.016
0.023
4.345
0.000
0.000
16.379
3
37.747
1.269
20.105
0.110
15.553
0.049
13.599
0.560
8.765
0.216
97.970
5.692
2.308
1.262
0.144
1.961
0.013
0.006
3.057
0.164
1.686
16.293
4
37.908
1.273
19.976
0.074
15.417
0.023
13.613
0.561
8.864
0.020
97.730
5.716
2.284
1.263
0.144
1.944
0.009
0.003
3.060
0.164
1.705
16.292
5
34.939
1.154
20.695
0.061
18.670
0.068
12.917
0.308
7.042
0.069
95.920
5.430
2.570
1.218
0.135
2.426
0.007
0.009
2.993
0.093
1.396
16.277
GRANADA
SiO2
TiO2
Al2O3
Cr2O3
FeO
MnO
MgO
CaO
Total
TSi
TAl
Sum_T
AlVI
Fe3
Ti
Cr
Sum_A
Fe2
Mg
Mn
Ca
Sum_B
Sum_cat
Alm
And
Gross
Pyrope
Spess
Uvaro
Xalm
Xgrs
Xprp
Xsps
Fe/(Fe+Mg
1
37.152
0.029
21.356
0.125
30.092
3.637
4.213
2.978
99.460
2.968
0.032
3.000
1.977
0.037
0.002
0.008
2.024
1.973
0.502
0.246
0.255
2.976
8.000
58.057
2.346
7.820
20.987
10.294
0.495
0.598
0.080
0.216
0.106
0.663
2
36.981
0.000
21.420
0.096
28.921
2.168
4.338
4.950
98.780
2.956
0.044
3.000
1.973
0.059
0.000
0.006
2.038
1.875
0.517
0.147
0.424
2.962
8.000
55.531
3.610
13.351
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0.062
0.633
3
37.161
0.044
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3.637
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99.880
2.954
0.046
3.000
1.967
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