Resumo das Características do Medicamento 1

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Resumo das Características do Medicamento
1. Nome do Medicamento
Bonasol 70 mg Solução Oral
2. Composição Qualitativa e Quantitativa
Cada dose única de 100 ml contém 70 mg de ácido alendrónico (sob a forma de 91,35
mg de alendronato de sódio tri-hidratado)
Excipientes:
Cada dose (100 ml) contém 80 mg de para-hidroxibenzoato de metilo (E218), 20 mg de
para-hidroxibenzoato de propilo (E216) e 6 mg de Amarelo Sunset (E110). Lista
completa de excipientes, ver secção 6.1.
3. Forma Farmacêutica
Solução oral.
Solução opalescente cor-de-laranja.
4. Informações Clínicas
4.1 Indicações terapêuticas
Tratamento da osteoporose pós-menopáusica
O ácido alendrónico reduz o risco de fracturas vertebrais e da anca.
4.2 Posologia e modo de administração
Para administração oral.
A posologia recomendada é de uma dose unitária de 70mg (100 ml) uma vez por
semana.
Para uma adequada absorção do ácido alendrónico
Bonasol tem de ser tomado pelo menos 30 minutos antes do primeiro alimento, bebida
ou medicamento do dia apenas com água simples. É provável que outras bebidas
(incluindo água mineral), alimentos e alguns medicamentos possam reduzir a absorção
do ácido alendrónico (ver Secção 4.5).
Para facilitar a chegada ao estômago e assim reduzir os potenciais efeitos adversos/de
irritação esofágicas e locais (ver Secção 4.4)
Não convém que os doentes se deitem até terem ingerido o primeiro alimento do dia, e
que deverá ocorrer após terem passado pelo menos 30 minutos da toma da solução
As doentes não devem deitar-se durante, pelo menos, 30 minutos após a toma de
Bonasol Bonasol só deve ser tomado ao levantar pela manhã, numa única dose de 100
ml (conteúdo total do frasco) seguida de, pelo menos, 30 ml de água simples. A
ingestão de uma quantidade superior de água (simples) é permitida.”
Bonasol não deve ser tomado ao deitar ou antes de se levantar.
Os doentes devem tomar suplementos de cálcio e vitamina D se o seu consumo no
regime alimentar for deficiente (ver secção 4.4).
Aprovado a 01/2012 Não foi estabelecida a duração adequada para o tratamento da osteoporose com
bifosfonatos. A necessidade da continuação do tratamento deve ser reavaliada
periodicamente de acordo com os benefícios e potenciais riscos de Bonasol em cada
doente individualmente, particularmente após 5 ou mais anos de utilização.
Utilização nos idosos: Nos estudos clínicos, não se registou qualquer diferença
relacionada com a idade nos perfis de eficácia ou segurança do Ácido Alendrónico. Por
conseguinte, não se considera necessário fazer um ajuste da posologia nos idosos.
Uso na insuficiência renal: Não é necessário qualquer ajuste de dosagem em doentes
com uma taxa de filtração glomerular (TFG) superior a 35 ml/min. Por falta de
experiência, o ácido alendrónico não é recomendado para doentes com insuficiência
renal em que a TFG é inferior a 35 ml/min.
Uso em crianças e adolescentes: O ácido alendrónico foi estudado num pequeno número
de doentes com osteogenesis imperfecta com idade inferior a 18 anos. Os resultados são
insuficientes para suportar a sua utilização em crianças.
O Ácido Alendrónico não foi investigado no tratamento da osteoporose induzida por
glucocorticóides.
4.3 Contra-indicações
Anomalias do esófago e outros factores que retardam o esvaziamento esofágico como,
por exemplo, o estreitamento ou a acalasia
Incapacidade de ficar de pé ou sentado durante, pelo menos, 30 minutos
Hipersensibilidade ao ácido alendrónico ou a qualquer um dos excipientes
Hipocalcemia
Doentes com dificuldade em engolir líquidos
Doentes com risco de aspiração
Ver Secção 4.4 "Advertências e precauções especiais de utilização".
4.4 Advertências e precauções especiais de utilização
Bonasol pode provocar irritação local da mucosa gastrointestinal superior. Uma vez que
existe um potencial de agravamento da doença subjacente, deve utilizar-se Bonasol com
precaução em doentes com presença de problemas gastrointestinais superiores como,
por exemplo, disfagia, doença esofágica, gastrite, duodenite, úlceras ou um historial
clínico recente (no último ano) de doença gastrointestinal grave como, por exemplo,
úlcera péptica ou hemorragia gastrointestinal activa ou cirurgia do tracto gastrointestinal
superior que não a piloroplastia (ver secção 4.3). Nos doentes com esófago de Barrett
conhecido, os médicos prescritores devem considerar individualmente os benefícios e
potenciais riscos do alendronato, de doente para doente.
Foram referidas reacções esofágicas (por vezes graves e necessitando de internamento)
como, por exemplo, esofagite, úlceras e erosões esofágicas, raramente seguidas por
estreitamente esofágico, em doentes tratados com ácido alendrónico. Os médicos
devem, por isso, estar atentos a quaisquer sinais ou sintomas que possam assinalar uma
possível reacção esofágica, devendo-se avisar os doentes de que devem interromper o
tratamento com ácido alendrónico e procurar assistência médica se desenvolverem
sintomas de irritação esofágica como, por exemplo, disfagia, dor ao engolir ou dor
retrosternal, aparecimento ou agravamento de azia.
O risco de desenvolver efeitos esofágicos adversos parece ser superior em doentes que
não cumprem correctamente as instruções de toma do ácido alendrónico e/ou que
continuam a tomar ácido alendrónico depois de desenvolverem sintomas sugestivos de
irritação esofágica. É muito importante que o doente tenha acesso às instruções
Aprovado a 01/2012 completas de dosagem e que as compreenda (ver 4.2 ‘Posologia e método de
administração’). Os doentes devem ser informados de que o incumprimento destas
instruções pode aumentar o risco de vir a desenvolver problemas a nível do esófago.
Embora não tenha sido observado um risco aumentado durante os extensos ensaios
clínicos realizados, foram referidos raramente (no período pós-comercialização) casos
de úlceras gástricas e duodenais, algumas delas graves e com complicações.
Foi referida osteonecrose do maxilar, geralmente associada à extracção de dentes e/ou a
infecção local (incluindo osteomielite), em doentes com cancro submetidos a regimes de
tratamento incluindo bifosfonatos administrados principalmente por via intravenosa.
Muitos destes doentes faziam igualmente quimioterapia e corticosteróides. Foi também
referida osteonecrose do maxilar em doentes com osteoporose tratados com
bifosfonatos por via oral.
Deverá ser considerado um exame dentário com odontologia preventiva apropriada
antes do tratamento com bifosfonatos em doentes com factores de risco concomitantes
(por exemplo, cancro, quimioterapia, radioterapia, corticosteróides, higiene oral
deficiente, doença periodontal). Enquanto estão em tratamento, estes doentes devem
evitar procedimentos dentários invasivos, se possível. Para os doentes que desenvolvem
osteonecrose do maxilar enquanto estão a fazer o tratamento com bifosfonatos, a
cirurgia dentária poderá exacerbar o problema. No caso dos doentes que necessitam de
procedimentos dentários, não existem dados disponíveis que sugiram que a suspensão
do tratamento com bifosfonatos reduza o risco de osteonecrose do maxilar.
A opinião clínica do médico assistente deverá orientar o plano de gestão de cada doente
com base na avaliação do benefício/risco individual.
Foi referida dor óssea, articular e/ou muscular em doentes que tomam bifosfonatos. Na
experiência pós-comercialização, estes sintomas raramente foram de natureza grave
e/ou incapacitante (ver secção ‘4.8). O período até ao início dos sintomas variou de um
dia a vários meses após o início do tratamento. A maioria dos doentes teve alívio
imediato após a interrupção do tratamento. Um conjunto reduzido de doentes
manifestou uma recorrência dos sintomas quando voltou a ser tratado com o mesmo
medicamento ou com outro bifosfonato.
Fracturas atípicas do fémur
Foram notificadas fracturas femorais subtrocantéricas e diafisárias atípicas com o
tratamento com bifosfonatos, principalmente em doentes a receber tratamento
prolongado para a osteoporose. Estas fracturas transversas ou oblíquas curtas podem
ocorrer em qualquer local ao longo do fémur, desde imediatamente abaixo do pequeno
trocanter até imediatamente acima da zona supracondiliana. Essas fracturas ocorrem
após um traumatismo ligeiro, ou sem traumatismo, e alguns doentes sentem dor na coxa
ou virilha, muitas vezes associadas às características imagiológicas de fracturas de
esforço, semanas ou meses antes de apresentarem uma fractura femoral completa. As
fracturas são muitas vezes bilaterais; portanto o fémur contra-lateral deve ser observado
em doentes tratados com bifosfonatos que tenham sofrido uma fractura do eixo femoral.
Também foi notificada cicatrização deficiente destas fracturas. Deve ser considerada a
descontinuação da terapêutica com bifosfonatos em doentes com suspeita de uma
fractura atípica do fémur na sequência da avaliação do doente, com base numa avaliação
risco/benefício individual.
Durante o tratamento com bifosfonatos os doentes devem ser aconselhados a notificar
qualquer dor na coxa, anca ou virilha e qualquer doente que apresente estes sintomas
deve ser avaliado relativamente a uma fractura de fémur incompleta.
Os doentes devem ser informados que se se esquecerem de tomar uma dose de Ácido
Aprovado a 01/2012 Alendrónico 70 mg Solução Oral, devem tomar uma única dose unitária (100 ml) na
manhã seguinte depois de se lembrarem. Não devem tomar mais que uma dose no
mesmo dia e devem voltar a tomar uma só dose por semana, conforme originalmente
programado, no dia que lhes convém.
O ácido alendrónico não é recomendado para doentes com insuficiência da função renal
em que a TFG é inferior a 35 ml/min, (ver secção 4.2).
Devem considerar-se outras causas para a osteoporose que não apenas a deficiência de
estrogénio e a idade.
As situações de hipocalcemia têm de ser corrigidas antes de iniciar a terapêutica com
ácido alendrónico (ver secção 4.3). Também devem ser correctamente tratados outros
distúrbios que afectem o metabolismo dos minerais (como a deficiência de vitamina D e
o hipoparatiroidismo). Nos doentes que se encontram nestas situações, devem
monitorizar-se o cálcio sérico e os sintomas de hipocalcemia durante a terapêutica com
Bonasol.
Devido aos efeitos positivos do ácido alendrónico sobre o aumento dos minerais ósseos,
podem ocorrer diminuições no cálcio e no fosfato sérico. Estas são normalmente ligeiras
e assintomáticas. No entanto, foram referidos casos raros de hipocalcemia sintomática,
que foram por vezes graves e ocorreram frequentemente em doentes com problemas que
os predispunham para (ex. hipoparatiroidismo, deficiência vitamina D e má absorção do
cálcio). Assegurar uma ingestão adequada de cálcio e de vitamina D é especialmente
importante nos doentes que recebem glucocorticóides.
Este medicamento contém 0,15 % de etanol por volume (álcool), ou seja até 115 mg por
dose, equivalente a 3 ml de cerveja ou 1,3 ml de vinho por dose. Nocivo para quem
sofre de alcoolismo. Este aspecto deverá ser tido em consideração em grupos de alto
risco tais como doentes com doença hepática ou epilepsia.
Excipientes
Bonasol contém o corante amarelo Sunset (E110), para-hidroxibenzoato de metilo
(E218) e para-hidroxibenzoato depropilo (E216) que podem causar reacções alérgicas.
4.5 Interacções medicamentosas e outras formas de interacção
Se forem ingeridos ao mesmo tempo, é provável que os alimentos e as bebidas
(incluindo a água mineral), os suplementos de cálcio, os antiácidos e alguns
medicamentos orais interfiram com a absorção do ácido alendrónico. Por este motivo,
os doentes devem esperar pelo menos 30 minutos depois de tomar o ácido alendrónico
antes de tomar qualquer outro medicamento oral (ver secção 4.2 e secção 5.2).
Não se prevêem outras interacções clinicamente significativas com medicamentos.
Algumas doentes, durante os ensaios clínicos, receberam estrogénio (intravaginal,
transdérmico ou oral) enquanto estavam a ser tratadas com ácido alendrónico. Não
foram identificadas experiências adversas atribuíveis ao seu uso concomitante.
Uma vez que a utilização de AINEs está associada a irritação gastrointestinal, devem
tomar-se precauções durante o uso concomitante com alendronato.
Embora não tenham sido realizados estudos de interacção específicos, nos ensaios
clínicos, o ácido alendrónico foi utilizado concomitantemente com uma grande
variedade de medicamentos receitados vulgarmente sem indícios de interacções clínicas
adversas.
4.6 Fertilidade, gravidez e aleitamento
O ácido alendrónico não deve ser utilizado durante a gravidez. Não há dados adequados
relativos à utilização do alendronato em mulheres grávidas. Os estudos em animais não
Aprovado a 01/2012 indicam quaisquer efeitos nefastos directos no que respeita à gravidez, ao
desenvolvimento embrionário/fetal ou ao desenvolvimento pós-natal. A administração
de ácido alendrónico durante a gravidez em ratos fêmeas provocou distocia relacionada
com a hipocalcemia (ver secção 5.3).
Utilização durante a amamentação
Não se sabe se o alendronato é excretado no leite humano. Dada a indicação do ácido
alendrónico, este não deve ser utilizado por mulheres em que estão a amamentar.
4.7 Efeitos sobre a capacidade de conduzir e utilizar máquinas
Não foram estudados os efeitos sobre a capacidade de conduzir e utilizar máquinas. No
entanto, algumas das reacções adversas que foram referidas com o Ácido Alendrónico
pode afectar a capacidade de alguns doentes de conduzir ou trabalhar com máquinas. As
respostas individuais ao Bonasol podem variar (ver secção 4.8).
4.8 Efeitos indesejáveis
Num estudo com duração de um ano em mulheres pós-menopáusicas com osteoporose,
foram semelhantes os perfis gerais de segurança para os comprimidos semanais de ácido
alendrónicos (n=519) e ácido alendrónico 10 mg diário (n=370).
Nos dois estudos com duração de três anos de concepção virtualmente idêntica, em
mulheres pós-menopáusicas (ácido alendrónico 10 mg: n=196; placebo: n= 397) foram
semelhantes os perfis gerais de segurança para o ácido alendrónico 10 mg diário e o
placebo.
Os efeitos adversos referidos pelos investigadores como sendo possível, provável ou
definitivamente relacionados com o medicamento são apresentados a seguir, se
ocorreram em 1% de qualquer um dos grupos de tratamento no estudo de um ano ou 1%
dos doentes tratados com alendronato 10 mg/dia e com maior incidência do que nos
doentes tratados com placebo nos estudos de três anos:
Os estudos de três anos
Comprimido
Gastrointestinal
Dor abdominal
Dispepsia
Regurgitação de
ácido
Náuseas
Distensão
abdominal
Obstipação
Diarreia
Disfagia
Aprovado a 01/2012 O estudo de 1 ano
Comprimido
Ácido
de ácido
alendrónico
alendrónico
10 mg diários
uma vez por
(n=370)
semana
%
(n=519)
%
Os estudos de três anos
Ácido
Placebo
alendrónico
(n=397)
10 mg diários %
(n=196)
%
3,7
6,6
3,6
2,0
3,0
2,7
1,9
2,2
2,4
1,9
1,0
2,4
1,4
3,6
0,8
0,6
0,4
1,6
0,5
0,5
3,1
4,8
3,5
4,3
1,0
4,0
0,8
3,1
1,0
1,8
1,8
0,0
Flatulência
Gastrite
Úlcera gástrica
Úlcera esofágica
Musculoesquelético
Dor
músculoesquelética
(dor óssea,
muscular ou
articular)
Cãibras musculares
Neurológico
Cefaleia
0,4
0,2
0,0
0,0
1,6
1,1
1,1
0,0
2,6
0,5
0,0
1,5
0,5
1,3
0,0
0,0
2,9
3,2
4,1
2,5
0,2
1,1
0,0
0,4
0,3
2,6
1,0
1,5
Também foram referidos os seguintes efeitos indesejáveis durante os estudos clínicos
e/ou a utilização pós-comercialização:
[Frequentes (≥1/100, <1/10); Pouco frequentes (≥1/1000, <1/100); Raros (≥1/10.000,
<1/1000); Muito raros (<1/10.000), incluindo casos isolados)]
Doenças do sistema imunitário:
Raros: Reacções de hipersensibilidade incluindo urticária e angioedema
Doenças do metabolismo e da nutrição:
Raros: Hipocalcemia sintomática, frequentemente associada a problemas que
predisponham nesse sentido. (ver secção 4.4)
Doenças do sistema nervoso:
Frequentes: cefaleia,
Afecções oculares:
Raros: uveite, esclerite, episclerite
Doenças gastrointestinais:
Frequentes: dor abdominal, dispepsia, obstipação, diarreia, flatulência, úlcera
esofágica*, disfagia*, distensão abdominal, regurgitação ácida
Pouco frequentes: náuseas, vómitos, gastrite, esofagite*, erosões esofágicas*, melena
Raros: estreitamento esofágico*, ulceração orofaríngica*, PUHs (perfuração, úlceras,
hemorragia) gastrointestinais superiores (ver secção 4.4)
*Ver secções 4.2. e 4.4
Afecções dos tecidos cutâneos e subcutâneas:
Pouco frequentes: erupção cutânea, prurido, eritema, alopecia
Raros: erupção cutânea com fotossensibilidade
Casos muito raros e isolados: casos isolados de reacções cutâneas graves incluindo
síndrome de Stevens-Johnson e necrólise epidérmica tóxica
Aprovado a 01/2012 Afecções musculosqueléticas, dos tecidos conjuntivos e dos ossos:
Frequentes: dor musculoesquelética (óssea, muscular ou articular)
Raros: foi referida osteonecrose do maxilar em doentes tratados com bifosfonatos. A
maioria dos relatórios dizem respeito a doentes de cancro, mas alguns casos também
foram referidos em doentes tratados para osteoporose. A osteonecrose do maxilar está
geralmente associada a extracção dentária e/ou a uma infecção local (incluindo
osteomielite). Também são considerados factores de risco o diagnóstico de cancro, a
quimioterapia, a radioterapia, os corticosteróides e uma má higiene oral; dor
musculoesquelética grave (óssea, muscular ou articular) (ver secção 4.4)
Durante a experiência pós-comercialização foram notificadas as seguintes reacções
(frequência raros):
Fracturas femorais subtrocantéricas e diafisárias atípicas (reacção adversa da classe dos
bifosfonatos).
Perturbações gerais e afecções no local de administração:
Raros: sintomas passageiros como, por exemplo, uma resposta de fase aguda (mialgia,
mal-estar e, raramente, febre), geralmente associados ao início do tratamento.
Durante a experiência de pós-comercialização, foram referidos as seguintes reacções
(frequência desconhecida):
Doenças do sistema nervoso: tonturas
Afecções do ouvido e do labirinto: vertigens
Afecções musculosqueléticas, dos tecidos conjuntivos e dos ossos: inchaço das
articulações (ver secção 4.4).
Perturbações gerais e afecções no local de administração: astenia, edema periférico
Achados laboratoriais
Nos estudos clínicos, foram observadas diminuições assintomática, ligeiras e
passageiras no cálcio e no fosfato sérico em cerca de 18 e 10%, respectivamente, dos
doentes tratados com alendronato 10 mg/dia relativamente a aproximadamente 12 e 3%
dos que foram tratados com placebo. No entanto, as incidências de diminuições nos
níveis de cálcio sérico para <8,0 mg/dl (2,0 mmol/l) e fosfato sérico para 2,0 mg/dl
(0,65 mmol/l) foram semelhantes nos dois grupos de tratamento.
4.9 Sobredosagem
A hipocalcemia, a hipofosfatemia e reacções adversas gastrointestinais superiores como,
por exemplo, problemas estômago, azia, esofagite, gastrite ou úlcera, podem resultar de
uma sobredosagem oral.
Não existe informação específica sobre o tratamento da sobredosagem com ácido
alendrónico. Deve utilizar-se leite ou antiácidos para a ligação do ácido alendrónico.
Devido ao risco de irritação esofágica, não se deve induzir o vómito e o doente deve ser
mantido completamente na vertical.
5. Propriedades Farmacológicas
Aprovado a 01/2012 5.1 Propriedades farmacodinâmicas
Grupo farmacoterapêutico: medicamentos para o tratamento de doenças ósseas,
bifosfonatos.
Código ATC: M05B A04
A substância activa no Bonasol, ácido alendrónico (sob a forma de de alendronato de
sódio tri-hidratado), é um bifosfonato que inibe a reabsorção de osso osteoclástica sem
efeito directo sobre a formação do osso. Os estudos pré-clínicos demonstraram uma
localização preferencial do alendronato em locais de reabsorção activa. A actividade dos
osteoclastos é inibida, mas o recrutamento ou anexação de osteoclastos não é afectada.
O osso formado durante o tratamento com alendronato é de qualidade normal.
Tratamento da osteoporose pós-menopáusica
A osteoporose é definida como DMO da coluna ou da anca 2,5 DP abaixo do valor
médio da população jovem normal ou como uma fractura de fragilidade anterior,
independentemente da DMO.
Num estudo com duração de um ano em mulheres pós-menopáusicas com osteoporose,
foi demonstrada a equivalência terapêutica do ácido alendrónico 70 mg uma vez por
semana (n=519) e do ácido alendrónico 10 mg diário (n=370). Os aumentos médios
registados relativamente à linha basal na DMO da coluna lombar, passado um ano,
foram de 5,1% (95% CI: 4,8, 5,4%) no grupo de tratamento semanal com 70 mg e 5,4%
(95% CI: 5,0, 5,8%) no grupo de 10 mg diários. Os aumentos médios na DMO foram de
2,3% e 2,9% no colo do fémur e de 2,9% e 3,1% na anca total nos grupos de 70 mg
semanais e 10 mg diários, respectivamente. Os grupos de tratamento também foram
semelhantes relativamente aos aumentos na DMO noutros pontos do esqueleto.
Foram examinados os efeitos do ácido alendrónico sobre a massa óssea e a incidência
de fracturas nas mulheres pós-menopáusicas em dois estudos iniciais de eficácia de
concepção idêntica (n=994) bem como no Ensaio de Intervenção de Fracturas (EIF:
n=6.459).
Nos estudos iniciais de eficácia, os aumentos médios de densidade mineral óssea
(DMO) com ácido alendrónico 10 mg/dia relativamente ao placebo em três anos foram
de 8,8%, 5,9% e 7,8% na coluna, colo do fémur e trocânter, respectivamente. A DMO
total do corpo também aumentou significativamente. Verificou-se uma redução de 48%
(ácido alendrónico 3,2% vs placebo 6,2%) na percentagem de doentes tratados com
ácido alendrónico com uma ou mais fracturas vertebrais relativamente aos tratados com
placebo.
No alargamento de dois anos destes estudos, a DMO da coluna e do trocânter continuou
a aumentar e a DMO do colo do fémur e do corpo total manteve-se.
O EIF era composto por dois estudos controlados por placebo utilizando o ácido
alendrónico diário (5 mg dia durante dois anos e 10 mg dia por mais um ou mais dois
anos suplementares):
• EIF 1: um estudo de três anos de 2.027 doentes que sofreram pelo menos uma fractura
vertebral (por compressão) na linha basal. Neste estudo, o ácido alendrónico reduziu a
incidência de 1 nova fractura vertebral em 47% (ácido alendrónico 7,9% vs. placebo
15,0%). Além disso, foi encontrada uma redução estatisticamente significativa na
incidência de fracturas da anca (1,1% vs. 2,2%, uma redução de 51%).
• EIF 2: um estudo de quatro anos em 4.432 doentes com reduzida massa óssea mas que
não sofreram fractura vertebral na linha basal. Neste estudo, foi observada uma
diferença significativa na análise do subgrupo de mulheres osteoporóticas (37% da
população global que correspondem à definição acima de osteoporose) na incidência de
Aprovado a 01/2012 fracturas da anca (ácido alendrónico 1,0% vs. placebo 2,2%, uma redução de 56%) e na
incidência de 1 fractura vertebral (2,9% vs. 5,8%, uma redução de 50%).
5.2 Propriedades farmacocinéticas
Absorção
Relativamente a uma dose de referência intravenosa, a biodisponibilidade média oral de
ácido alendrónico na mulheres foi de 0,64% para doses entre 5 e 70 mg quando
administradas após um período de jejum nocturno e duas horas antes de um pequenoalmoço normal. Biodisponibilidade diminuiu de modo semelhante para valores
estimados de 0,46% e 0,39% quando da administração de ácido alendrónico uma hora
ou meia hora antes de um pequeno-almoço normal. Em estudos sobre osteoporose, o
ácido alendrónico foi eficaz quando administrado pelo menos 30 minutos antes da
ingestão do primeiro alimento ou bebida do dia.
A biodisponibilidade foi negligenciável quer o ácido alendrónico tenha sido
administrado com ou até duas horas após um pequeno-almoço normal. A administração
concomitante do ácido alendrónico com café ou sumo de laranja reduziu a
biodisponibilidade em cerca de 60%.
Nos indivíduos saudáveis, a prednisona oral (20 mg três vezes ao dia durante cinco dias)
não produziu uma alteração clinicamente significativa na biodisponibilidade oral do
ácido alendrónico (um aumento significativo entre 20% e 44%).
Distribuição
Os estudos realizados em ratazanas demonstram que o ácido alendrónico distribui-se
temporariamente para os tecidos moles após uma administração intravenosa de 1 mg/kg,
sendo, de seguida, rapidamente redistribuído para o osso ou excretado na urina. O
volume de distribuição médio no estado de equilíbrio, excluindo o osso, é de 28 litros
no ser humano.
As concentrações de fármaco no plasma após doses terapêuticas orais são demasiado
baixas para detecção analítica (<5 ng/ml). A ligação das proteínas no plasma humano é
de cerca de 78%.
Biotransformação
Não existem indícios de que o ácido alendrónico seja metabolizado quer nos animais
quer nos seres humanos.
Eliminação
Na sequência de uma única dose administrada por via endovenosa de ácido alendrónico
[14C], cerca de 50% da radioactividade foi excretada na urina no prazo de 72 horas,
tendo sido recuperada pouca ou nenhuma radioactividade nas fezes. Após uma única
dose de 10 mg administrada por via endovenosa, a clearance renal do ácido alendrónico
foi de 71 ml/min e a clearance sistémica não ultrapassou os 200 ml/min. As
concentrações plasmáticas foram reduzidas em mais de 95% num espaço de seis horas
após a administração intravenosa. Estima-se que a semi-vida terminal nos seres
humanos seja superior a dez anos, reflectindo uma libertação de ácido alendrónico do
esqueleto.
O ácido alendrónico não é excretado através de sistemas de transporte ácidos ou básicos
dos rins nas ratazanas, pelo que não se prevê que interfira com a excreção de outros
medicamentos por esses sistemas nos seres humanos.
Características nos doentes
Aprovado a 01/2012 Estudos pré-clínicos demonstraram que o medicamento que não é depositado no osso é
rapidamente excretado na urina. Não foram encontrados indícios de saturação da
captação por parte do osso após doseamento crónico com doses cumulativas
endovenosas até 35 mg/kg em animais. Embora não estejam disponíveis informações
clínicas, é provável que, tal como acontece nos animais, a eliminação de ácido
alendrónico através dos rins seja reduzida em doentes com insuficiência da função
renal. Deste modo, poderse-á esperar uma acumulação maior de ácido alendrónico no
osso em doentes com insuficiência da função renal (ver 4.2 ‘Posologia e método de
administração’).
5.3 Dados de segurança pré-clínica
Os dados não clínicos não revelam riscos especiais para o ser humano, segundo estudos
convencionais de farmacologia de segurança, toxicidade de dose repetida,
genotoxicidade e potencial carcinogénico. Estudos realizados em ratazanas
demonstraram que o tratamento com ácido alendrónico durante a gravidez esteve
associado a situações de distocia em fêmeas durante o parto, que estiveram relacionadas
com a hipocalcemia. Nos estudos, os ratos fêmea que receberam doses elevadas
apresentaram uma maior incidência de ossificação fetal incompleta. Não se sabe qual a
importância destes dados para o ser humano.
6. Informações Farmacêuticas
6.1 Lista dos excipientes
Goma Xantana (E415),
Ciclamato de sódio (E952),
Sucralose (E955),
Amarelo sunset (E110),
Para-hidroxibenzoato de metilo (E218),
Para-hidroxibenzoato de propilo (E216),
Aroma de laranja contendo etanol e butil-hidroxianisol
Água purificada
6.2 Incompatibilidades
Não aplicável.
6.3 Prazo de validade
2 anos.
6.4 Precauções especiais de conservação
Conservar a temperatura inferior a 25° C.
6.5 Natureza e conteúdo do recipiente
Frasco transparente de tereftalato de polietileno (PET) com uma tampa à prova de
violação equipada com um revestimento de polietileno de baixa densidade, em
embalagens de 1,2, 4 e 12 frascos. Cada frasco contém 100 ml de solução.
É possível que não sejam comercializadas todas as apresentações.
6.6 Instruções de utilização e manipulação, e destruição
Para utilização única.
Não existem requisitos especiais.
Aprovado a 01/2012 7. Titular da Autorização de Introdução no Mercado
Laboratórios Azevedos – Indústria Farmacêutica, S.A.
Estrada Nacional, 117-2
Alfragide
2614-503 Amadora
8. Número da Autorização de Introdução no Mercado
N.º de registo: 5337878 - 1 frasco (100 ml solução) – 70 mg, Frasco transparente de
tereftalato de polietileno (PET)
N.º de registo: 5337902- 4 frascos (100 ml solução) – 70 mg, Frasco transparente de
tereftalato de polietileno (PET)
N.º de registo: 5337910- 12 frascos (100 ml solução) – 70 mg, Frasco transparente de
tereftalato de polietileno (PET)
9. Data da Primeira Autorização/Renovação da Autorização de Introdução no Mercado
Data da primeira autorização: Outubro 2010
10. Data da Revisão do Texto Aprovado a 01/2012 
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