Melanoma de coroide

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USO DE RADIOTERAPIA ESTEREOTÁTICA
FRACIONADA NOS MELANOMAS OCULARES
Maíra Neves
Lucia Bardella
Célia Maria Pais Viegas
Delano Batista
Felipe Erlich
Carlos Manoel de Araújo
Serviço de Radioterapia – Instituto Nacional de Câncer / RJ
18/06/2015
Melanoma de coroide
•
90% dos melanomas uveais
•
Raro (6-7casos/ 106)
•
Tratamento : Enucleação x terapia conservadora
–
•
sem alterar incidência de metástase ou SG
Disponíveis para abordagem local
–
Fotocoagulação, terapia fotodinâmica, termoterapia
–
Radioterapia (EBRT ou BQT)
Fundoscopia de paciente com melanoma de coroide. Abaixo, paciente com órbita enucleada e uma placa de Rutênio.
Melanoma de coroide
Objetivo:
Descrever a técnica e a viabilidade da radioterapia estereotática
fracionada no tratamento dos melanomas de coroide
Material e Métodos
Set 2014 a Fev/2015
Cinco pacientes
4 tratadas (01 olho cada)
Seguimento mediano: 7,5 meses
Idade média de 55 anos
Elegíveis:
• COMS – pequeno
• Lesões 2-4mm do nervo óptico
• Sem evidência de metástase
Exclusão:
• Baixa acuidade visual
• Gravidez
• Diabetes
COMS
Profundidade
Diâmetro
Imagem de ressonância de órbita de paciente tratada no Instituto Nacional de Câncer
Collaborative Ocular Melanoma Study
Pequeno(mm)
Médio (mm)
Grande
(mm)
1,5-2,4
2,5-10
>10
5-16
<16
>16
Imobilização
Aquisição de imagens
• Máscara termoplástica tipo radiocirurgia (Brainlab®)
• Método de fixação voluntária do olhar: suporte com diodo emissor de luz (LED),
oclusão do olho contralateral, vizualização em tempo real através de câmeras
em miniatura
Consentimento fornecido pela paciente
Aquisição de imagens
TC de órbita
5 posições: movimentação máxima do olhar em sentido inferior, superior, lateral
direita, esquerda e em posição neutra
Delineamento
Fusão das imagens com ressonância prévia
GTV (gross target volume)– lesão vista em ressonância
série T1 GD
- Delineamento em todas as séries de tomografia
ITV (internal target volume)
- Deslocamento entre o desvio máximo do olhar
voluntário e o olhar em posição neutra
Métodos
Dose:
Todos os pacientes receberam 50 Gy em 5 frações (dias alternados)
Verificação:
IGRT com Cone-beam CT e Kv
Planejamento físico:
Sistema de planejamento: Eclipse (versão8.6)
Comparação de técnicas para todos os tratamentos
- Campos estáticos não coplanares (8 campos)
- Radioterapia de intensidade modulada (IMRT)
- Arco volumétrico modulado (VMAT)
Energia:
Fótons – 6Mv
Acelerador linear com multileaf (Millenium120)
Métodos
Parâmetros de avaliação:
Índices de conformidade
Gradiente de dose
Doses em OAR (órgãos em risco)
- Comparação com ênfase para nervos ópticos, cristalinos e glândulas lacrimais
Seguimento:
Ultrassonografia oftálmica, tonometria e teste de acuidade visual a cada 3 meses
RM ocular
Tomografia de abdome e toráx
Resultados
GTV
Profundidade média foi 2 mm (1,2 – 2,4mm)
Diâmetro médio de 13 mm (10-16 mm)
Resultados
Em relação à posição neutra
O deslocamento médio do GTV em todas as séries de TC foi de 2,8 mm (1- 3,2 mm)
Margem para PTV – 3mm
Resultados
Dose média no nervo óptico ipsilateral, lente e glândula lacrimal foram no máximo 28 Gy, 15 Gy, 18 Gy,
respectivamente.
A técnica conformacional (8 campos) apresentou melhores resultados de doses OAR comparada a IMRT
e VMAT
Dose média por OAR
Gy
Seguimento
A redução média das lesões foi de
55% do volume inicial
Meses
Ressonância ocular de paciente tratada com radioterapia
estereotática fracionada. Inicial e, abaixo, aos 6 meses.
Discussão
•
Técnica
•
Alternativa a enucleação ocular
•
Imobilização
•
Seleção de pacientes
•
Treinamento da equipe
•
Tempo
•
Planejamento
•
Cobertura de PTV X dose em OAR
Conclusão
• Alternativa não invasiva viável
• Reprodutível
• Custos
• Redução da lesão em todos os tratamentos
Necessário maior número de pacientes e seguimento para recomendações
Obrigada
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