Infecções congênitas Transmitida via transplacentária, não pelo canal de parto. Transmitida em qq época da gestação, desde q a gestante esteja com infecção aguda. No 3º tri: > transmissão. No 1º tri: > gravidade (+ malformações) Podem levar a RCIU, prematuridade, OF. A maioria dos RN nascem assintomáticos, suspeita por soroconversão materna. Qdo sintomáticos: icterícia colestática, hepatoesplenomegalia, palidez (anemia), pode ter linfadenopatia generalizada, tendem a ser PIG de baixo peso. A maioria das dças tem essa clinica inespecífica + um diferencial especifico. IgM não passa pela placenta, só IgG. Por tanto, se tem IgM no RN, ele quem produziu, porém tem baixa sensibilidade (assim, IgM negativo não afasta dça). Tem q repetir IgG em 2-4 sem e comparar com a do nascimento, se continuar + é pq o RN ta infectado, se for negativo é pq o IgG era da mãe. T O R S C H toxoplasmose rubéola sífilis citomegalovirus herpes Sempre suspeitar de TORSCH: microcefalia (PC<32cm), catarata, hepatoesplenomegalia, infecção, sepse, plaquetopenia e anemia hemolítica, icterícia, petéquias e sufusões, alt no SNC Virose congênita + freq no Br: CMV. Dça congênita + freq no Br: sífilis Dça congênita + freq em países desenvolvidos: CMV Sífilis Agente: Treponema pallidum É a infecção congênita mais freq no Brasil. Se mãe infectada durante a gestação, o tto atinge o feto tbm. Tto: penicilina benzatina (7200000U IM, 3 semanas – 2 aplicações/vez, 1 em cada nadega). Pré-natal: faz VDRL no 1º e 3º trimestre. Transmissão se mão não tratada ou mal tratada*: 70-100%, sendo que se for primária é de 90-100%. *: tto sem penicilina (como em caso de alergias, porém só trata a mãe), incompleto, VDRL não diminui, se ≤ 30 dias antes do parto ou se parceiro não tratado. Não é transmitido pelo leite, só passa se houver lesão na mama. Na sala de parto colher VDRL da mãe: se + VDRL de sangue periférico do RN (não do cordão) Sífilis adquirida (adulto): - 1ária: 9 a 90 dias da inoculação. Sintomas: cancro duro (lesão ulcerada com fundo limpo, indolor a palpação), linfadenopatia regional importante, móvel e indolor. Autolimitada com 1 mês de evolução. Período em que há transmissão da dça. VDRL –. - 2ária: de 4 a 12 semanas após a 1ária. 2 fases: latência precoce: autolimitada, bacteremia ou assintomática, exantema maculo-papular em palmas e plantas ( diagn diferencia: sarampo), roséola (lesões isoladas circulares, com borda rósea e fundo claro – diagn diferencial: tinha), linfadenopatia generalizada, alopecia difusa. VDRL +. Transmite a dça. latência tardia: assintomática, transmite a dça, VDRL+ - 3ária: sífilis cardiovascular (aortite, aneurisma), neurosífilis, paralisia geral, nódulos cutâneos. Não transmite mais a dça. VDRL –. Sífilis congênita: Causa prematuridade e óbito intra-utero: mais freq é hidropsia fetal (hemólise, anasarca) Precoce: em < de 2 anos 2/3 dos RN são assintomáticos pele: erupções eritemato-descamativas, rágades Peri-orais, descamação palmo-plantar ou lesões vesicobolhosas com conteúdo serossanguinolento, roséola sifilítica – lesão rica em treponemas aparelho respiratório: coriza, rinite pio-sanguinolenta, pneumonia alba (inativa surfactante, RX branco por microatelectasia) – lesão rica em treponemas estado geral: dificuldade no crescimento ossos: dores em ossos longos, periostite, osteocondrite metaepifisária, pseudoparalisia de Parrot (não mexe o membro pq dói). abdome: hepatoesplenomegalia olhos: coriorretinite em sal e pimenta (pontos de hemorragia) Pode curar espontaneamente, porém com seqüela. Tardia: em > de 2 anos ceratite intersticial ocular nariz em sela, fronte olímpica, dentes de Hutchinson, tíbia em sabre, cicatrizes em forma de rágades em ângulo da boca, inchaço indolor nos joelhos (hidrartóse de Clutton) Diagnóstico: VDRL: sensível, mas pouco específico (+ em Chagas, malária, colagenoses, mononucleose). Confirma com FTABS, mais específico. Avalia presença de IgG contra cardiolipina (só está presente qdo a dça está ativa, assim, negativa após tto). Interpretação: ex: 1/8 – 8 é a quantidade de diluições até o soro parar de reagir com o antígeno (qto maior o denominador, + “infectado” o pcte está). Comparação do valor da mãe com o RN, se o do RN 4x o da mãe, está infectado. Se da mãe é 1/32 (ex.) e do RN é 1/8, pode ser que passou só o IgG pela placenta, não está necessariamente infectado. LCR (nl: cel: até 25; glicose: 2/3 da glicemia; prot: até 100 mg/dl) – sempre, para excluir neurosifilis. É como se fosse uma dça crônica: o células: <500 por linfócitos e monócitos o glicose: nl (2/3 da glicemia) o proteína: muito aumentada (pode obstruir drenagem hidrocefalia) o VDRL: + ou inconclusivo tto Rx: osteocondrite metaepifisária, periostite (espessamento da diáfise) Tto: - Indicação: história materna duvidosa do tto, VDRL do RN>1/8, sem certeza de continuação de acompanhamento ambulatorial com VDRL no limite - Penicilina cristalina EV 50000U/kg/dose por 10 dias: < ou = a 7 dias de vida: 12/12h; >7dias: 8/8h Acompanhamento: - VDRL seriado pelos próximos 6m - não há resistência do agente, é falha de tto Med curso: Mãe não tratada ou mal tratada: o LCR alt: pen cristalina 50000UI/kg/dose (12/12 nos 1os 7 dias de vida e 8/8h após os 1º 7d) EV por 10 dias o Outros exames alt com LCR nl: pen cristalina EV por 10 dias (hospitalar) ou procaína IM 10 dias (ambulatorial – se tto interrompido por + 24h repetir as 10 doses) o Assint com exames normais: pen benzatina 1 dose VDRL em 1 e 3 meses (pq pode ta na janela imunológica) se algum + pen cristalina 10 dias Mãe tratada: o RN sintomático: investiga e trata o RN assint: VDRL do RN > da mãe: investiga e trata VDRL do RN < da mãe ou negativo: acompanha (VDRL 1 e 3 m), se achar que a mãe não vai fazer o acompanhamento, dá 1 dose de pen benzatina (50000UI/kg) IM. RN que fez tto: o VDRL seriado até 2 anos (1,3,6,12,18 e 24m) Se 2 consecutivos negativos pode parar o seguimento Se aumentar tto Toxoplasmose congênita Agente: Toxoplasma gondii – protozoário facultativo e intracelular obrigatório do grupo dos coccídeos. Possuem três formas evolutivas: oocistos, bradizoítos e taquizoítos Hospedeiros definitivos: felinos em geral Hospedeiros intermediários: mamíferos, aves, roedores e répteis Transmissão: - Oocistos: produzidos no epitélio intestinal dos felídeos (eliminados nas fezes, durante 1 a 2 semanas contaminam o solo) - Taquizoítas: forma invasiva - responsável pela fase aguda da infecção (parasitemia). Entram nas células (macrofagos, neutrofilos e monócitos), assim não são destruídos por anticorpos - Bradizoítas: encontrado no interior de cistos teciduais, responsável pela forma crônica da infecção – estão protegidos de ac. e cl. Principais Tecidos acometidos (locais que os anticorpos não alcançam): Nervoso, M.esquelético e cardíaco, Retina Transmissão transplacentária: • • • Consequência da infecção aguda materna ou da recrudecência da infecção materna crônica durante a gestação Mais freqüente- na infecção aguda no 3º trimestre (qto + tardia a infecção materna > a chance de toxo congênita) Casos mais graves e sintomáticos para o feto – infecção nos primeiros trimestres Epidemiologia: - infecção materna no 1º trimestre: Transmissão em 17% mais grave - infecção materna no 2º trimestre: Transmissão em 24% - infecção materna no 3º trimestre: Transmissão em 62% subclínica, apesar da maior freq Clínica: • • • • Doença manifesta no período neonatal Doença (severa ou discreta) manifesta nos primeiros anos de vida Seqüela ou reativação de infecção prévia não diagnosticada Infecção subclínica NEUROLÓGICA (INFECÇÃO + PRECOCE): calcificações intracranianas, alteração LCR, reticoroidite, convulsões, hidrocefalia , microcefalia GENERALIZADA (INFECÇÃO + TARDIA): retinocoroidite, alt. LCR, hepatoesplenomegalia, linfoadenopatia, icterícia, trombocitopenia e anemia. Tétrade de Sabin (presente em pequena parte dos casos): - Hidro ou microcefalia - Calcificações cerebrais intraparenquimatosas - Coriorretinite (retinocoroidite bilateral), macular ou pirimacular - Retardo mental Diagnóstico: Isolamento do T. gondii no sangue ou fluidos Presença de cistos na placenta, ou em tecido do feto ou do RN Presença de antígenos ou de parasitas em preparações de tecidos ou fluidos corpóreos Presença de antigenemia; PCR-DNA Testes sorológicos - Mais usados o Teste do corante- Sabin- Feldman (clássico) o Hematoaglutinação indireta o Fixação de cl.; imunofluorecência indireta Determinar se houve exposição ao parasita: presença de anticorpo IgG Identificar se é recente ou não: o Identificar se IgM é positivo ou não pelo seu maior valor (persiste + por meses) Cça IgG + pode ser proveniente da mãe, ou adquiriu no iniciu da gravidez) No bebê IgM+ indica que a infecção está presente Medcurso: USG transfontanela/ TC de cranio LCR: cel >25, eosinofilia, aumento de prot (>1g) Sorologia o Gestante: IgM + : pode ser infecção ou pode ser residual por até 1 ano (ter tido a dça antes de engravidar) teste de avidez IgG Toxoplasmose na gestação IgG – e IgM – Gestante susceptível Sorologia trimestral Fundo de olho IgG – e IgM + Infecção aguda ou recente IgG + e IgM – IgG + E IgM + Teste de avidez Gestante imune Gestante imunocompetente Gestante imunocomprometida Não necessita de controle Sorologia trimestral Tto: Tratamento na gestante o Reduz a incidência e a severidade da infecção fetal o Espiramicina: reduz a colonização na placenta: taxa de infecção 60% 20% o Menos de 16 sem. de gestação Espiramicina 3g ao dia o Mais de 16 semanas Sulfadiazina e pirimetamina. (Esta combinação é mais eficaz na redução da severidade da infecção fetal, porém não é usada no 1º tri. graças ao potencial teratogênico da pirimetamina) Tratamento do RN infectados o Devem ser tratados independente de terem clínica ou não. o Duração de 1 ano: Pirimetamina + 2mg/kg VO 1 x dia por 2 dias, 1 mg/kg 1 x dia por 6 meses, 1 mg/kg as 2ª, 4ª e 6ª até 1 ano de tto. Sulfadiazina (100 mg/kg/dia VO em 2 doses) + Ácido folínico (5 a 10 mg VO 3 x por semana). Retinocoroidite ativa com envolvimento macular ou hiperproteinorraquia significativa (acima de 1000 mg/dl) o Associar prednisona 1,5 mg/kg/dia até estabilizar o processo inflamatório. RN assintomático + sorologia inconclusiva + infecção materna comprovada durante a gravidez = 1 mês de sulfadiazina + pirimetamina + reavaliação posterior para continuidade ou não do tratamento. Prevenção: Terapêutica pós-natal (1°ano de vd) em pacientes com toxo congênita- ↓seqüelas o Primária: Educação e saúde pública: Evitar: contato com fezes de gato e ingerir carne mão cozida o Secundária: Evitar a transmissão transplacentária: quimioterápicos em gestantes com infecção aguda presente o Terciária: Diagnóstico precoce Dosar IgG e IgM em sangue de RN Introduzir esquema terapeutico Med curso: Tto da gestante o Espiramicina: reduz a colonização na placenta: taxa de infecção 60% 20%. Adm assim que diangosticado o Se infecção do feto (USG seriado ou amniocentese/cordocentese com PCR do DNA do toxoplasma +): IG > 18sem pirimetamina + sulfadiazina Tto do RN o Mesmo assintomatico trata o Sulfadiazina + pirimetamina + ac folinico por 1 anos (não intercala com espiramicina) o Prednisona: até prot LCR cair ou se lesão ocular Citomegalovírus congênito CMV pertence à família Herpesviridae. DNA vírus Presente em todo o mundo, sendo, a infecção, amplamente relacionado com o nível socioeconômico. Encontrado em líquidos e secreções do organismo (sangue, urina, leite materno, saliva, esperma, secreções do cérvix uterino). Transmissão por contato direto ou muito íntimo; ou contato indireto. Virose congênita + freq no Br. Dça congênita + freq em países desenvolvidos. Se não tratada: seqüela auditiva. CONGENITO Risco desde a vida intra-uterina, mesmo com a presença de anticorpos maternos. Mecanismo de transmissão não é conhecido. Relação com a placenta (porta de entrada e reservatório). Apresenta maior risco no início da gestação. Perinatal: Durante trabalho de parto ou nas primeiras semanas de vida. Contaminação do RN com secreções uterinas infectadas. Contaminação com leite materno contendo CMV. Clínica: Assintomáticos : maioria Sintomáticos = 10% Óbito = 12% Sobrevivem com seqüelas = 80 ~ 90% Forma mais grave apresenta DOENÇA DA INCLUSÃO CITOMEGÁLICA. Características: Icterícia, Hepatoesplenomegalia, Petéquias, Microcefalia, Coriorretinite Calcificações cerebrais (periventriculares): + característico Pneumonia intersticial Anemia hemolítica Surdez uni ou bilateral Cegueira Retardo mental Paralisia espástica ou flácida DIAGNÓSTICO LABORATORIAL Demonstração indireta do vírus através do seu corpúsculo de inclusão Isolamento do CMV em culturas de células Sorologia (Imunofluorescência indireta, ELISA) Detecção de antígenos do CMV através de anticorpos monoclonais (antígeno pp65 do CMV) PCR TRATAMENTO Para o RN, não tem tto para gestante. Ganciclovir (inibidor/ falso substrato da DNA-polimerase viral) – dose de 5mg/Kg de 12/12hs por 14 a 21 dias, via parenteral, por 6m mesmo assim não garante o sucesso do tto se já nasce com surdez e retardo, o tto não funciona tão bem Ácido fosfonofórmico (inibidor da síntese de DNA-polimerase viral) – para cepas resistentes. Dose de 60mg/Kg de 8/8hs ou 90 a 100mg/Kg de 12/12hs por 14 a 21 dias. Outras opções: Cidofovir, Ganciclovir oral, Valganciclovir, Imuniglobulinas anti-CMV Vacinas Drogas antivirais Uso de luvas e avental Rubéola congênita Gestante que adquire rubéola - nas primeiras 12 semanas de gestação – risco de infecção do feto: malformações que dependem da fase gestacional em que a infecção se instalou - entre a 12ª e 16ª semanas causa infecção em 54% dos fetos e destes, 35% apresentam algum tipo de lesão - Após 16 semanas tornam-se raros os defeitos congênitos, infecção crônica - de 23-26 semanas: frequência de infecção fetal diminui para 25% - nos últimos 2 meses: aumenta frequência de infecção fetal Primeiro trimestre: Primeiro mês: 30 – 50% Segundo mês: 25% Terceiro mês: 8% Etiopatogenia • Viremia materna infecção da placenta viremia fetal com infecção em vários órgãos • Vírus da rubéola inibição da mitose + aumento do número de fragmentações cromossômicas órgãos hipoplásticos com número de células menor que o normal Clínica: Abortamento, Natimortalidade, Crescimento intra-uterino retardado Assintomáticos (50%) Malformações oculares: Catarata, glaucoma, retinopatia, microftalmia Malformações cardíacas: Persistência do canal arterial (sopro cardíaco) com ou sem estenose da artéria pulmonar, defeitos do septo, comprometimento do miocárdio Surdez: alterações degenerativas da cóclea e no órgão de Corti; consequência das rubéolas mais tardias Defeitos cerebrais: Retardo do DNPM, microcefalia, encefalite, tetraparesia espástica, pleocitose do LCR Manifestações viscerais: Hepatie, hepatomegalia com icterícia, esplenomegalia, púrpura trombocitopênica, pneumonite intersticial e lesões ósseas Diagnóstico: Suspeita: História de infecção durante a gestação + quadro clínico do recém-nascido sugestivo. A avaliação sorológica do recém-nascido: o coleta de sangue do cordão umbilical ou sangue periférico o pesquisa IgM: presença indica positividade da infecção o IgG : positividade indica transmissão passiva de anticorpos por via transplacentária. A elevação de títulos após 3-4 semanas ou a persistência de títulos em níveis elevados após o 6º mês de vida confirmam a infecção congênita pelo vírus da rubéola Critérios de Classificação: SRC confirmada: Defeitos presentes ao nascimento e uma ou mais dos seguintes: o Isolamento do vírus da rubéola o Presença de IgM específica para rubéola o Títulos de inibição de hemaglutinação (IH) persistentes (além do esperado pela transferência passiva) SRC compatível: Dados laboratoriais insuficientes mas 2 complicações presentes em A, ou uma em A e uma em B o o A: catarata / glaucoma congênito, cardiopatia congênita, perda de audição, retinopatia pigmentar B: púrpura, esplenomegalia, icterícia, microcefalia, retardo mental, meningoencefalite, radioluscências ósseas SRC possível: Alguns achados clínicos compatíveis mas não preenchem os critérios de SRC compatível Somente infecção congênita: Evidências laboratoriais de infecção, mas sem defeitos Natimortos: Secundários à infecção materna pelo vírus da rubéola Não é SRC: Um ou mais dos achados laboratoriais inconsistentes em uma criança sem deficiência imunológica o Títulos de IH ausentes em uma criança com menos de 24 meses o Títulos de IH ausentes na mãe o Diminuição dos títulos de IH de acordo com a transferência passiva de anticorpos (duas diluições/mês) Tto: O RN portador da síndrome não tem se beneficiado com nenhum tratamento específico. RN infectado não pode ter contato com gestantes por 1 ano, por eliminar o agente na urina. Prognóstico: Algumas lesões / situações apresentam mal prognóstico em termos de sobrevivência: prematuridade extrema, malformação cardíaca, hepatite progressiva, meningoencefalite, pneumonite intersticial, defeitos anatômicos de difícil correção Prevenção: • • Estratégias para eliminar a rubéola congênita: o Imunização ativa o Notificação dos casos de rubéola e da SRC o Medidas de controle imediatas em caso de surtos da doença VACINA o Via subcutânea, Dose única, aos 12 m, de vírus vivo atenuado o Vacinação de gestante é formalmente contra indicada Herpes simples Agente: Herpesvirus hominus (HSV) - DNA de dupla fita Infecção latente permanente: não cura. Tem memória imunológica, mas não elimina o vírus, ele se acumula em gânglio nervoso Tipos: I: face e pele acima da cintura II: genitais e abaixo da cintura • Transmissão: contato com secreção infectada Período de transmissão o em lesões primárias: no mínimo 1 semana o em infecção recorrente: 3-4 dias HSV em altas concentrações nas 1as 24h após aparecimento das vesículas Infecção neonatal: o Transmissão pré-natal: via uterina transplacentária ou genital ascendente o Transmissão peri-natal (canal de parto) e pós-natal Mãe com HSV genital ▫ Tempo de infecção: ▫ antes da 32ª semana: 10% de chance de transmissão durante o parto: 40 - 80% de chance de transmissão Tipo de infecção: primária: risco de infecção do RN de 40-50% recorrente: risco de infecção do RN de 3-5% IgG Anti-HSV Epidemiologia: • Incidência HSV neonatal: baixa, porém alta letalidade • HSV II: mais freqüente. HSV I: 15-20% Fisiopatologia: Penetração do vírus, Replicação, Captação pelas terminações nervosas Migração axonal dos vírus não infecciosos Colonização dos neurônios, Síntese de vírus infectante Migração axonal dos vírus infectantes Invasão secundária do local de inoculação, replicação, formação de lesões Clínica • • Infecção primária durante a gravidez: Abortamento, Parto prematuro, Retardo do crescimento intra-uterino Obs.: Tanto HSV primário quanto o recorrente podem ser assintomáticos durante a gravidez. Nascidos vivos (infecção congênita): o Icterícia, hepatoesplenomegalia o Sangramentos o Microcefalia o Conjuntivite, microftalmia, coriorretinite o Convulsões e irritabilidade o Hipo ou hipertermia o Podem aparecer as vesículas em pele (facilita o diagnóstico) Lesões podem acompanhar nervo, simulando Zoster ( diferencia por a herpes simples não ter vesicular e crostas ao mesmo tempo) Pode ter aspectos de epidermólise bolhosa ou exantema de distribuição zosteriforme • A infecção no RN pode aparecer até 6 semanas após o nascimento, em forma generalizada ou localizada (SNC, pele, olhos, boca). • Pode evoluir com sepse, acompanhada de pneumonia e hepatite, que podem ser letais. Seqüelas SNC: • • • Retardo mental ou alterações de comportamento Tetraplegia ou hemiplegia EEG alterado Exames complementares: • • • Cultura viral o Material: raspado de vesículas da pele, boca, conjuntiva, sangue, urina, LCR o Material colhido + com menos de 24h: pode ser colonização, não necessariamente infecção + após 48h: replicação (não colonização) o Pode positivar em até 15 dias o Gold standart o Poucos locais no Brasil realizam esse exame Pesquisa de anticorpos (ELISA): Ig anti-HSV, Menos sensível Reação de PCR: LCR, sangue Detecção do DNA viral Tto: • • Aciclovir EV: 60mg/kg/dia em 3 doses por 14 a 21dias (depende das manifestações). Em doença sistemica: 25% RN morrem Iododeoxyuridine (IDU) 0,1% ou Trifluridine (F3T) 1% ou Vidarabine (AraA) 3% : Uso tópico ocular Risco de infecção • • Alto risco: Mãe com lesões ativas no parto Baixo risco o Mãe com historia prévia de herpes genital o Mãe com sinais ou sintomas de HSV genital durante a gravidez o Parceiro sexual da mãe com HSV • Isolamento do vírus + lesão genital primária ativa cesariana com RN termo em trabalho de parto retardado aciclovir • Evitar manobras invasivas RN exposto: • Parto vaginal o Sintomáticos: Aciclovir o Assintomáticos o Tto empírico: controverso mãe com HSV recorrente: observar até 6 semanas após o nascimento + cultura Tto empírico Em RN de mãe com suspeita de HSV primária Colher culturas: urina, fezes, boca Aciclovir Herpes Zoster vírus varicela-zoster Reativação de vírus latente com aparecimento de uma erupção cutânea unilateral mais comum em adultos Transmissão: contato com lesões de pele ou gotículas contendo vírus.(≠ varicela: pelo ar) Infecção de um ou mais gânglios nervosos sensitivos (durante a varicela) a partir das terminações nervosas ou através da disseminação hematogênica. Queda da resistência do hospedeiro reativação viral e multiplicação reação inflamatória local e necrose de gânglios sensoriais afetados Lesões segmentares ou neuralgia CONGENITA: Se a mãe está com varicela, ela não pode ter contato com o RN, o leite pode ser tirado do peito. Só pasteuriza se houver vesículas no seio. Transmissão do vírus para o feto (se a mãe está com varicela, Zoster não passa para o feto, a não ser q a mãe seja imunossuprimida Final da Gravidez Formas mais ou menos severas no período neonatal forma neonatal * Da 8ª a 20ª semanas de gestação Síndrome da Varicela Congênita : - Cicatrizes cutâneas (dermátomos) - Hipoplasia de um ou mais membros com dedos malformados - Paralisia de membros - Coriorretinite - Hidrocefalia com atrofia cortical - Catarata - Retardo mental HZ em lactentes e crianças jovens sem história prévia de varicela é conseqüência da infecção congênita fora do período de teratogênese. *Complicações viscerais insuficiência dos órgãos. Alta mortalidade - Se doença materna se iniciar 5 dias antes até 2 dias após o parto RN recebe vírus por via hematogênica, sem proteção de Ac maternos ainda não produzidos - Se infecção materna ocorre mais de dois dias após o parto: Doença do RN se desenvolverá cerca de duas semanas depois, quando seu sistema imune estará mais apto a responder à infecção - Doença que se inicia entre o quinto e décimo dias de vida do RN: pode apresentar forma grave com comprometimento visceral (pneumonia), púrpura e mortalidade superior a 30%. Tto: - VZIG: imunização passiva do RN, se apresentar vesícula 48h após o VZIG aciclovir