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SISTEMA DIGESTIVO
HUMANO (Parte 3)
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ESTÔMAGO
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O estômago é um órgão cuja forma lembra um feijão e possui duas
válvulas: o esfíncter da cárdia, ou esfíncter cardíaco (delimita o final do
esôfago e o início do estômago) e o esfíncter pilórico, ou piloro (delimita o
final do estômago e início do intestino delgado – o duodeno). O esfíncter da
cardia tem a função de impedir o retorno do bolo alimentar ao esôfago, assim
como o esfíncter pilórico tem a função de impedir o retorno do quimo ao
estômago. No estômago é secretado prótons de hidrogênio e íon cloro que
se unem formando o ácido clorídrico.
O ácido clorídrico, cujo pH é próximo de 2, tem a função de matar
bactérias e outros microrganismos (que podem causar intoxicações
alimentares) presentes no bolo alimentar, além de fazer a desnaturação de
proteínas uma vez que desfaz as ligações peptídicas, além de fornecer o pH
ótimo (pH 2) para que a protease pepsina possa terminar o processo de
quebra das proteínas em peptídeos.
A pepsina é uma enzima (protease) que digere proteínas, desfazendo
algumas ligações peptídicas, ao quebrar proteínas em peptídeos (cadeias de
aminoácidos menores do que as proteínas). O ácido clorídrico, a pepsina e
alguns outros componentes, formam o suco gástrico.
O epitélio estomacal é altamente especializado para suportar a extrema
acidez do suco gástrico, isso porque há inúmeros “dobramentos” formados
pelo tecido. Além disso, o epitélio estomacal secreta um glicoproteína
chamada mucina que protege a mucosa estomacal da acidez. As células do
tecido epitelial do estômago também são células lábeis, que se renovam a
cada semana, o que ajuda esse órgão a suportar a acidez elevada.
As transformações químicas que ocorrem com o bolo alimentar dentro do
estômago recebe o nome de quimificação, pois o bolo alimentar ganha
novas características e passa a ser chamado de quimo.
O estômago possui tamanhos variados, porém têm em média uma
capacidade de 2 litros em adultos.
Observações: Algumas observações são necessárias ao aprofundamento do
estudo do processo digestão que ocorre no estômago:
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1- O aumento da acidez do suco gástrico provoca a irritação da mucosa
estomacal, ocorrendo assim a gastrite.
2- Há casos de parasitoses estomacais, onde uma bactéria chamada
Helicobacter pylori alimenta-se da mucosa estomacal e transforma ureia em
amônia (que é alcalina) para se proteger do ácido clorídrico. Assim, há a
destruição da mucosa fazendo com que o estômago fique exposto ao ácido,
que corroerá parte do tecido estomacal, formando feridas muitas vezes
graves: é o que chamamos de úlcera.
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Helicobacter pylori
4- Como já dito, o estômago tem duas válvulas: o esfíncter da cardia (se
posiciona entre o esôfago e o estômago) e o esfíncter pilórico (posicionado
entre o estômago e o intestino delgado). Quando o bolo alimentar está
sofrendo a quimificação (isso após toda a porção de bolo alimentar entrar no
estômago) os esfíncteres se fecham, para que não haja a saída de bolo
alimentar nem ácido clorídrico. No entanto, há em algumas pessoas um
distúrbio em que o esfíncter da cárdia não se fecha coordenadamente, e
durante o processo de quimificação essa válvula permanece aberta, e
consequentemente uma porção de bolo alimentar cheia de ácido clorídrico
entra no esôfago e corrói o mesmo, causando queimação no esôfago: a azia.
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Como explicitado no esquema acima, podemos ver que a parede
estomacal é cheia de dobras, e dentro dessas dobras há canais (ductos)
revestidos de células epiteliais (assim como todas as dobras são), porém
dentre essas células epiteliais presentes nesses canais, estão glândulas
exócrinas que são responsáveis pela secreção das substâncias que formam
o ácido clorídrico, a pepsina e a mucina.
Há nesses canais diferentes células que secretam diferentes substâncias
que se combinam na parede estomacal. O conjunto de canais e suas células
secretoras formam a glândula gástrica, que é uma glândula exócrina
tubulosa simples ramificada. As células secretoras que formam a glândula
gástrica são as células de muco, células parietais, células-chefe e células
pilóricas (ou células G).
Célula de muco: É a célula produtora e secretora de muco cujo principal
componente é a glicoproteína mucina (que também é secretada na boca
pelas glândulas salivares). A mucina tem a importante função de proteger a
mucosa estomacal da acidez do ácido clorídrico e lubrificar a mesma.
Célula parietal: Dentro dessa célula está concentrado em compartimentos
celulares diferentes prótons de hidrogênio e íons cloro, ou seja, o ácido
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clorídrico não está presente nessa célula e por isso os canais não são
destruídos. A célula parietal secreta separadamente íons cloro e prótons de
hidrogênio que se combinam acima desses canais na parede estomacal
formando o ácido clorídrico. Há em cada canal várias células parietais.
Célula-chefe: Secreta o pepsinogênio, que em contato com o ácido
clorídrico forma a enzima digestiva (protease) pepsina, cuja função é quebrar
proteínas em aminoácidos. Há em cada canal várias células-chefe.
Células pilóricas (células G): Secretam o hormônio gastrina responsável
por ativar a secreção de H+ e Cl-. Há em cada canal várias células pilóricas.
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