SISTEMA DIGESTIVO HUMANO (Parte 3) Este conteúdo pertence ao Biologia 10. É vedada a cópia ou a reprodução não autorizada previamente e por escrito. Todos os direitos reservados. ESTÔMAGO Este conteúdo pertence ao Biologia 10. É vedada a cópia ou a reprodução não autorizada previamente e por escrito. Todos os direitos reservados. O estômago é um órgão cuja forma lembra um feijão e possui duas válvulas: o esfíncter da cárdia, ou esfíncter cardíaco (delimita o final do esôfago e o início do estômago) e o esfíncter pilórico, ou piloro (delimita o final do estômago e início do intestino delgado – o duodeno). O esfíncter da cardia tem a função de impedir o retorno do bolo alimentar ao esôfago, assim como o esfíncter pilórico tem a função de impedir o retorno do quimo ao estômago. No estômago é secretado prótons de hidrogênio e íon cloro que se unem formando o ácido clorídrico. O ácido clorídrico, cujo pH é próximo de 2, tem a função de matar bactérias e outros microrganismos (que podem causar intoxicações alimentares) presentes no bolo alimentar, além de fazer a desnaturação de proteínas uma vez que desfaz as ligações peptídicas, além de fornecer o pH ótimo (pH 2) para que a protease pepsina possa terminar o processo de quebra das proteínas em peptídeos. A pepsina é uma enzima (protease) que digere proteínas, desfazendo algumas ligações peptídicas, ao quebrar proteínas em peptídeos (cadeias de aminoácidos menores do que as proteínas). O ácido clorídrico, a pepsina e alguns outros componentes, formam o suco gástrico. O epitélio estomacal é altamente especializado para suportar a extrema acidez do suco gástrico, isso porque há inúmeros “dobramentos” formados pelo tecido. Além disso, o epitélio estomacal secreta um glicoproteína chamada mucina que protege a mucosa estomacal da acidez. As células do tecido epitelial do estômago também são células lábeis, que se renovam a cada semana, o que ajuda esse órgão a suportar a acidez elevada. As transformações químicas que ocorrem com o bolo alimentar dentro do estômago recebe o nome de quimificação, pois o bolo alimentar ganha novas características e passa a ser chamado de quimo. O estômago possui tamanhos variados, porém têm em média uma capacidade de 2 litros em adultos. Observações: Algumas observações são necessárias ao aprofundamento do estudo do processo digestão que ocorre no estômago: Este conteúdo pertence ao Biologia 10. É vedada a cópia ou a reprodução não autorizada previamente e por escrito. Todos os direitos reservados. 1- O aumento da acidez do suco gástrico provoca a irritação da mucosa estomacal, ocorrendo assim a gastrite. 2- Há casos de parasitoses estomacais, onde uma bactéria chamada Helicobacter pylori alimenta-se da mucosa estomacal e transforma ureia em amônia (que é alcalina) para se proteger do ácido clorídrico. Assim, há a destruição da mucosa fazendo com que o estômago fique exposto ao ácido, que corroerá parte do tecido estomacal, formando feridas muitas vezes graves: é o que chamamos de úlcera. Este conteúdo pertence ao Biologia 10. É vedada a cópia ou a reprodução não autorizada previamente e por escrito. Todos os direitos reservados. Helicobacter pylori 4- Como já dito, o estômago tem duas válvulas: o esfíncter da cardia (se posiciona entre o esôfago e o estômago) e o esfíncter pilórico (posicionado entre o estômago e o intestino delgado). Quando o bolo alimentar está sofrendo a quimificação (isso após toda a porção de bolo alimentar entrar no estômago) os esfíncteres se fecham, para que não haja a saída de bolo alimentar nem ácido clorídrico. No entanto, há em algumas pessoas um distúrbio em que o esfíncter da cárdia não se fecha coordenadamente, e durante o processo de quimificação essa válvula permanece aberta, e consequentemente uma porção de bolo alimentar cheia de ácido clorídrico entra no esôfago e corrói o mesmo, causando queimação no esôfago: a azia. Este conteúdo pertence ao Biologia 10. É vedada a cópia ou a reprodução não autorizada previamente e por escrito. Todos os direitos reservados. Este conteúdo pertence ao Biologia 10. É vedada a cópia ou a reprodução não autorizada previamente e por escrito. Todos os direitos reservados. Como explicitado no esquema acima, podemos ver que a parede estomacal é cheia de dobras, e dentro dessas dobras há canais (ductos) revestidos de células epiteliais (assim como todas as dobras são), porém dentre essas células epiteliais presentes nesses canais, estão glândulas exócrinas que são responsáveis pela secreção das substâncias que formam o ácido clorídrico, a pepsina e a mucina. Há nesses canais diferentes células que secretam diferentes substâncias que se combinam na parede estomacal. O conjunto de canais e suas células secretoras formam a glândula gástrica, que é uma glândula exócrina tubulosa simples ramificada. As células secretoras que formam a glândula gástrica são as células de muco, células parietais, células-chefe e células pilóricas (ou células G). Célula de muco: É a célula produtora e secretora de muco cujo principal componente é a glicoproteína mucina (que também é secretada na boca pelas glândulas salivares). A mucina tem a importante função de proteger a mucosa estomacal da acidez do ácido clorídrico e lubrificar a mesma. Célula parietal: Dentro dessa célula está concentrado em compartimentos celulares diferentes prótons de hidrogênio e íons cloro, ou seja, o ácido Este conteúdo pertence ao Biologia 10. É vedada a cópia ou a reprodução não autorizada previamente e por escrito. Todos os direitos reservados. clorídrico não está presente nessa célula e por isso os canais não são destruídos. A célula parietal secreta separadamente íons cloro e prótons de hidrogênio que se combinam acima desses canais na parede estomacal formando o ácido clorídrico. Há em cada canal várias células parietais. Célula-chefe: Secreta o pepsinogênio, que em contato com o ácido clorídrico forma a enzima digestiva (protease) pepsina, cuja função é quebrar proteínas em aminoácidos. Há em cada canal várias células-chefe. Células pilóricas (células G): Secretam o hormônio gastrina responsável por ativar a secreção de H+ e Cl-. Há em cada canal várias células pilóricas. Este conteúdo pertence ao Biologia 10. É vedada a cópia ou a reprodução não autorizada previamente e por escrito. Todos os direitos reservados.