Angiospermas resumo

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ANGIOSPERMAS
OBS.: derivam de um grupo de gimnospermas, porém possuem outras estruturas
de proteção de óvulo e da semente e surgiram os ovários que abrigam os óvulos.
Características: possuem flores típicas, com ovários que se transformam em
frutos. Cada óvulo fecundado (dupla fecundação) origina um semente e esta, além
do embrião, tem 1 ou 2 cotilédones e o endosperma secundário, triploide não
dependem da água para a reprodução, apresentando grãos de pólem, óvulo e
sementes.
Angiosperma: têm suas sementes dentro de frutos.
Ex.: todas as plantas frutíferas: mangueira, abacateiro, morangueiro.
Diferença entre dois grupos
Originam
Fecundação óvulos sementes
Fecundação ovários frutos
as sementes
Maior número na terra
Habilitat diversos (aquático – marinho, ambientes áridos)
Espécies: arbóreas, arbustivas, herbáceas, epífitas e parasitas (plantas)
Ciclo de vida
Reprodução sexuada – participação das flores
Sementes

São protegidas pelos frutos.
-
As que transferem as reservas dos endosperma para os politedones são
chamadas: sementes sem endosperma ou sementes exalbuminadas;
Nas sementes que isto não ocorrem, os cotiledones não contem reservas
nutritivas, estas são chamadas albuminadas;
Sua disseminação no ambiente é importante para sobrevivência da espécies,
assim não caem próximas evitando a competição;
A disseminação pode ocorrer pelo vento (anemocoria, pode ter pêlo), por
animais (zocoria, servem de alimentos e são eliminadas pelas fezes) ou pela
H2O (hidrocoria, transportado como bóia).
-
A Semente
É o órgão resultante de um óvulo fecundado que se desenvolve no interior do
ovário;
Dupla fecundação produz um núcleo 2n (zigoto) e um núcleo 3nq permanecem no
saco umbrionário, entro do óvulo. A partir do zigoto forma-se o embrião e um ou 2
cotilédones, a partir do núcleo 3n origina-se o tecido de reserva, o endosperma
secundário.
Semente madura, completa
a) tegumento ou
casca
testa – camada externa
tégmem – camada interna
b) amêndoa – embrião e cotiledones (1 ou 2)
albúmen ou endosperma
Tipos de sementes
1) com um cotiledones, sem reservas/função = reabsorver substancias orgânicas
do endosperma (desenvolvimento do embrião) Ex.: trigo e milho;
2) com dois cotiledones, ricos em reservas com endosperma reduzido. Ex.:
Feijão.
3) Com dois cotiledones, sem reservas e com o endosperma muito desenvolvido
com reservas de amido e óleos. Ex.: mamona
SEMENTES

De acordo com o dicionário Aurélio, a palavra semente serve para designar
um “corpo que conduz o embrião fecundado, que carrega o fruto”. Pode ser
envolvida por alguma membrana protetora ou ser nua, o que é raro. A
semente geralmente possui apêndices muito variados, como pelos, cores,
formas, etc.

As sementes tem a função de perpetuação e multiplicação das espécies. É
o elemento principal no estabelecimento, expansão, diversificação e
desenvolvimento da agricultura e do meio ambiente. As sementes iniciam
nas flores, com a fertilização dos óvulos, ou seja, a recombinação genética
de gametas masculino e feminino, estabelecendo uma variabilidade
genética favorável à adaptação das espécies.
Uma semente é um óvulo fertilizado e desenvolvido com grandes diferenças
físicas entre as espécies, porém suas semelhanças são muitas e talvez
mais importantes. Muitas vezes, o termo semente é usado em seu sentido
funcional, indicando toda e qualquer estrutura vegetal capaz de reproduzir
uma planta.

As sementes grandes ou pequenas são constituídas de três componentes
integrados: cobertura; tecido de reserva e eixo embrionário. A cobertura da
semente tem como funções manter unidas as partes internas da semente,
bem como fornecer proteção mecânica contra choques, microrganismos e
insetos. Também, lhe são atribuídas às funções reguladoras no processo
de germinação. A cobertura da semente regula a entrada de água e
oxigênio,
necessários
à
germinação,
podendo
causar
uma
impermeabilidade da cobertura a esses elementos, o que é reconhecido
como um mecanismo de dormência.

Tecido de reserva serve de suprimento nutritivo para o eixo embrionário,
suportando seu crescimento inicial. Nas plantas superiores, como nas
Poáceas (arroz, milho, trigo), as reservas estão no endosperma das
sementes. Entretanto, em muitas espécies de importância agronômica , o
endosperma é parcial ou totalmente absorvido durante o desenvolvimento
da semente em favor dos cotilédones, que assume a função de tecido de
reserva, nas Fabáceas (feijão, soja).

Eixo embrionário é a unidade de propagação (mini planta), cuja função é
retornar o crescimento e formar um novo individuo adulto. O eixo
embrionário mais o(s) cotilédone (s) são estruturas seminais, de formato
variável, ligadas ao eixo embrionário, com função de absorver e reservar
alimentos do endosperma e/ou perisperma, que serão usados durante a
germinação.
A perda de vigor e viabilidade das sementes envolve principalmente
alterações no eixo embrionário. As sementes de alta qualidade possuem
boa capacidade para germinar, emergir, produzir uma população adequada
de plantas vigorosas e saudáveis, facilitando a implantação das culturas. O
termo qualidade aplicado à semente envolve quatro aspectos: genético,
físico, fisiológico e sanitário.
As características genéticas têm influência dominante na produtividade da
colheita, pois é o conjunto do genoma que contém as qualidades
específicas atribuídas a cada cultivar.
QUALIDADE
O termo qualidade nas sementes fisicamente diz respeito à composição dos
lotes, pois aqueles compostos apenas por sementes da espécie e cultivar
escolhida, de tamanho uniforme facilitam o manuseio e influenciam na
decisão do comprador.
A qualidade fisiológica indica a capacidade das sementes germinarem e
estabelecerem uma população adequada de plantas. É a qualidade mais
considerada e avaliada pelos produtores e que causa maior preocupação,
porque sementes sem qualidade fisiológica não servem para a semeadura.
A qualidade sanitária
indica a presença, junto das sementes, de
microrganismos patogênicos ou insetos, os quais podem ser carregados
nas sementes, afetando o desempenho das plantas e a produtividade. O
cumprimento da função biológica, ou seja, a propagação da espécie ocorre
com a germinação da semente.
A germinação é o processo de retomada do crescimento ativo do eixo
embrionário. Consiste da seqüência ordenada de atividades metabólicas,
que inicia com a embebição das sementes, estabelece a retomada do
desenvolvimentos do embrião até a formação de uma plântula normal,
depende de umidade, temperatura e oxigênio.
O grau de umidade exigido para a germinação varia entre as espécies.
Sementes monocotiledôneas (Fabáceas), devido às diferenças na
morfologia e composição química só germinam após alcançar 50 a 55% de
água.
A velocidade de reidratação é influenciada por fatores tais como a
permeabilidade da cobertura da semente, o grau de umidade inicial, a
temperatura e a área de contato semente/substrato. As variações de
temperatura afetam não só o total de germinação, como também a
velocidade e a uniformidade do processo. A temperatura ótima para a
germinação das sementes é aquela em que o maior número de sementes
germina no mais curto período, para a maioria das espécies cultivadas,
encontra-se entre 20 e 30ºC. Aos se reduzir a temperatura, a partir da
ótima, reduz-se a velocidade de germinação, enquanto o aumento, em
direção aos valores máximos suportados pela espécie, proporciona redução
tanto na velocidade quanto no percentual de germinação.
O oxigênio é necessário para o grande aumento na atividade respiratória
exigida no processo de germinação subseqüente crescimento e
desenvolvimento.
A atmosfera contém oxigênio suficiente (-/+)21%), para a germinação das
sementes, este somente se torna limitante quando sua disponibilidade para
o embrião é bloqueada ou impedida por um fator ambiental ou condição da
semente, como o excesso de umidade no substrato e impermeabilidade da
cobertura, respectivamente.
A germinação pode não ocorrer devido à dormência, danos mecânicos
severos, influência do meio ambiente, do homem ou simples deterioração
das sementes devido à falta de cuidado com o armazenamento e
transporte.
FLOR
A diversidade de formas, tamanhos e colorido das flores obedece, ao que
tudo indica, a razoes evolutivas: as plantas polinizadas pelo vento, como as
ervas, apresentam flores simples e, as vezes, milimetricas; as que
requerem a intervenção de insetos e pássaros para a polinização são
vistosas, de grande tamanho e exalam perfumes para atrair o agente
polinizador.
Flor e a estrutura que suporta os órgãos reprodutores das plantas
superiores, ou fanerógamas, que se opõem as criptogamas, plantas cujos
órgãos reprodutores são menos aparentes. Quanto a presença e
distribuição das características sexuais, a flor pode ser: bissexuada,
hermafrodita ou andrógina, quando possui os órgãos dos dois sexos
(feijão); unissexuada monóica, quando e de sexos separados na mesma
planta (abóbora); unissexuada dióica, quando há flores de um sexo num pe
e de outro sexo em pe diferente (mamão); e assexuada ou estéril, quando
desprovida de órgãos sexuais, sinal de degeneração (hortênsia).
Agiospermas. Rosas, lírios, cravos, margaridas, orquídeas, em suma, a
quase totalidade das flores ornamentais mais comuns e produzida por
plantas do grupo das angiospermas, o mais evoluído quanto a
complexidade das formas e o mais abrangente quanto ao numero de
espécies. E entre as agiospermas que ocorre a típica estrutura de uma flor
completa, constituída de uma haste ou cabo que a sustenta (pedúnculo) e
em cuja extremidade (receptáculo) estão presas varias pecas: as mais
externas, estéreis formam o perianto, e as mais internas férteis, formam o
aparelho reprodutor.
Perianto. O órgão de proteção e sedução da flor, o perianto, se constitui em
geral de três círculos de folhas modificadas denominados, de fora para
dentro, calículo, cálice e corola. As pecas que constituem o cálice
denominam-se sépalas e as que formam a corola, pétalas. O perianto pode
estar ausente (flor aclamídea); ser único, se formado por um só circulo de
pecas, que, por convenção, se considera cálice ) flor monoclamídea);
duplo, quando coexistem calide e corola (flor diclamídea); ou triplo, quando
há os três círculos. O cálice pode ser dialissepalo, quando as sépalas são
livres, ou gamossépalo, se soldadas entre si; verde, o que e a regra, ou
petalóide, se as sépalas são coloridas. Quanto a consistência, pode ser
foliáceo, paliaceo, córneo ou carnoso.
A corola, quanto a simetria, pode ser: radiada (actinomorfa), quando possui
vários planos de simetria, com as pétalas semelhantes (papoula-se-seda);
lateral (zigomoforma), quando possui um único plano de simetria, com uma
pétala mediana impar e outras laterais, semelhantes duas a duas (feijão);
bilateral (zigomorfa), se possui dois planos de simetria, com duas pétalas
medianas, semelhantes, e outras, perpendiculares a elas também
semelhantes (begônia); ou irregular, quando não possui plano de simetria,
sendo as pétalas desiguais (bananeirinha-de-jardim). A corola pode ser
ainda dialipétala, quando as pétalas são livres, ou gamopétala, se soldadas
entre si.
Androceu e gineceu. O aparelho reprodutor, responsável pela reprodução
sexuada, e formado, de fora para dentro, pelo órgão masculino e pelo
feminino. O órgão masculino (androceu) e formado de estames, cada um
constituído de uma haste (fulete), em cuja extremidade (conetivo) se insere
a antera, formada de sacos polínicos (tecas), em cujo interior estão grãos
de pólen, onde se formam os gametas masculinos. Os estames, quanto a
seu numero em relação ao de pétalas, podem ser: isostêmones, se em
igual numero; diplostêmones, se em dobro; ou polistêmones, quando em
numero maior que o dobro. Quanto à soldadura, podem ser livres
(diastemones) ou soldados entre si. Estes podem ser ligados pelos filetes
(monadelfos), pelas anteras (sinantéreos), em dois grupos distintos
(diadelfos) ou em vários grupos (poliadelfos). Estaminóide é o estame
atrofiado, formado às vezes só pelo filete e outras vezes com antera estéril.
O órgão feminino (gineceu) é formado, nas gimnospermas, apenas de
carpelos abertos, onde se fixam os óvulos, e, nas agiospermas, de carpelos
fechados, cada um sobre si mesmo, ou vários soldados pelos bordos. A
fusão dos carpelos resulta numa peça dotada de uma superfície viscosa
receptora de pólem (estigma), continuada por um prolongamento filamentar
(estilete), que acabam numa dilatação basal (ovário) onde estão os óvulos,
responsáveis pela formação dos gametas femininos.
As caracterísitcas morfológicas e a disposição das peças florais conduziram
à sistematização do conceito de diagrama floral em botânica. Trata-se de
uma representação gráfica em que, por meio de uma projeção ortogonal
sobre um plano, traça-se a chamada hélice fundamental. Situam-se ao
longo desta as sépalas, as pétalas, os carpelos etc.
Adaptações. A flor é o elemento componente da planta que registra de
maneira mais pródiga as marcas da evolução, embora só apareça em
certas fases e tenha duração efêmera. Isso se deve à complexidade de sua
organização, decorrente da fixação de detalhes que visam a proporcionar a
cada espécie as melhores condições possíveis de sobrevivência e de
reprodução. Além das recíprocas adaptações entre as flores e os agentes
polinizadores, certos fatos, como o enriquecimento do perianto, são
tomados como evidências de relevo na evolução floral. Conquanto certas
formas simples de perianto possam ser interpretadas como atrofias
ocorridas ao longo dos tempos, a maioria das flores parece Ter evoluído de
perianto nulo ou único para duplo e triplo, mais capazes de dar proteção ao
aparelho reprodutor e com maiores atrativos para os polinizadores.
Na flor primitiva, as peças de cada círculo são em geral independentes e
daí evoluem para a fusão. Primeiro as sépalas, pétalas, estames e carpelos
se apresentam livres. Depois aparecem o cálice em tubo, a corola única,
que guarda ainda o vestígio da soldadura, os estames ligados pelos filetes,
formando tubos, e o gineceu de ovários com carpelos isolados passa a Ter
vários carpelos soldados. Outro aspecto da progressão para o
fusionamento é a ligação de peças de um círculo com as de outro, como
periantos duplos, terminados na parte inferior em tubo comum, e a
existência de estames epissépalos, epipétalos ou ligados a ovários. O
ovário, na flor primitiva, geralmente está localizado no mesmo nível ou
acima da inserção das outras peças florais. Na sucessão evolutiva das
espécies, desce cada vez mais e, muitas vezes, mergulha no interior do
pedúnculo, o que garante maior proteção ao futuro fruto.
A linha geral de evolução da maneira como as flores se dispõem numa
planta revela forte tendência à condensação. A evolução, iniciada com a flor
isolada, passou para as flores agrupadas, com pedúnculos que partem do
mesmo ponto, e culminou na inflorescência em capítulo, uma espécie de
cacho, onde as flores, quase sempre, exercem diferentes funções. As
pequenas flores mais externas, nesse caso, constituem o órgão de atração
dos polinizadores, enquanto só as mais internas são verdadeiramente
incumbidas da reprodução. As vantagens da maior proximidade entre as
flores são patentes. A visita de um polinizador a um que, pelo contrário, for
possível a fecundação, o resultado será a produção de sementes híbridas,
de que também resultarão plantas híbridas. A produção de variedades
híbridas, ou cultivares, que tira partido das possibilidades abertas pela
polinização artificial das flores, tornou-se modernamente uma técnica
indispensável na floricultura e horticultura, pois gera plantas mais
produtivas, mais fortes ou, em se tratando de variedades ornamentais, mais
exuberantes.
A polinização natural, quando realizada pelo vento, é dita anemófila e
relaciona-se à posse de determinados caracteres morfológicos por parte da
flor. As plantas que se polinizam pela ação do vento – gramíneas como o
trigo, o milho e os cereais em geral – têm estames com filetes longos e
tênues, capazes de oscilar espargindo o pólen, abundante e seco, ao mais
leve sopro da brisa. Seus estigmas são alongados e plumosos, aptos a
captar numerosos grãos de pólen entre as cerdas que lhes recobrem a
superfície.
A polinização é dita entomófila, quando efetuada por insetos, e ornitófila,
quando resulta da ação de pássaros. Em ambos os casos, as flores têm
pólen pouco abundante, mas pegajoso, e periantos muito vistosos, graças
aos quais exercem atração sobre os agentes polinizadores. Além disso, as
flores têm glândulas odoríferas, produtoras de perfumes que também são
motivo de atração, e nectários que segregam néctar, líquido adocicado de
que os insetos se utilizam, juntamente com o pólen, para a fabricação de
mel e como alimento. Flores de corola branca, ou de coloração bem clara,
que se abrem à noite e possuem glândulas odoríferas, freqüentemente são
polinizadas por morcegos. Diz-se, neste caso, que a polinização é
quiropterófila, por ser praticada por esses mamíferos de hábitos noturnos.
FRUTO
Fontes preciosas de vitaminas, proteínas, açucares, gorduras e minerais
de importância básica, como cálcio, fósforo, potássio e ferro, os frutos
atendem a algumas das necessidades primordiais da alimenta;ao humana e
animal: representam, como as flores no plano estético, uma das dádivas da
natureza.
Fruto é o órgão das plantas superiores que resulta do desenvolvimento do
ovário, parte essencial do órgão reprodutor feminino da flor, o carpelo.
Produzem frutos apenas as angiospermas (frutos fechados) e as
gimnospermas (frutos abertos).
Os frutos férteis, com sementes também férteis, resultam do
desenvolvimento do ovário após a fecundação e assumem função de
grande relevo na propagação sexuada das plantas. Os frutos estéreis, que
não contem sementes ou as possuem atrofiadas (óvulos não fecundados),
em nada contribuem para a propagação, que nesse caso se faz por via
vegetativa. A banana é o exemplo mais típico do fruto que se forma com
sementes atrofiadas, ou seja, sem que haja fecundação dos óvulos pelas
células masculinas contidas nos grãos de pólen.
É sobretudo nos cultivares (variedades híbridas aperfeiçoadas para o
cultivo) que se registra a produção de frutos sem prévia fecundação, ou
partenocarpia. Induzido artificialmente pelo homem mediante tratamento do
pistilo com extratos de pólen e substâncias químicas, o recuso passou a ter
amplo emprego desde o começo do século XX e propiciou, com o tempo,
muitas variedades de frutos sem sementes.
PARTE DO FRUTO. Segundo a clássica definição da botânica, com base
nas espécies silvestres ainda não submetidas à interferência do homem, o
fruto é formado de cabo (PODOCARPO), que é o próprio cabo da flor
(pedúnculo); parede (pericarpo), que é a mesma do ovário, modificada em
maior ou menor grau; e sementes, que são os óvulos fecundados e
desenvolvidos, com os embriões de novas plantas. Na parede do fruto
distinguem-se três camadas de natureza muito variável: a externa
(epicarpo), a medida (mesocarpo) e a interna (endocarpo).
O epicarpo representa a pele ou casca do fruto. O mesocarpo geralmente
corresponde à polpa, como no abacate, na manga, no pêssego. Em muitos
outros frutos, como o mamão e a uva, a polpa inclui endocarpo, película em
que a sementes se prendem. Já na laranja, limão e demais cítricos, o
mesocarpo corresponde à camada branca, esponjosa e seca, e o
endocarpo à película formadora dos gomos, em que se prendem os bagos
ricos em substancias de sabor agradável. Nos aquênios, frutos de
gramíneas como o trigo e o milho, as três camadas da parede acha-se
unidas entre si e com os envoltórios da semente, formando uma película
única.
TIPOS DE FRUTOS. Quando um fruto único é gerado por uma única flor,
com na abóbora, diz-se que ele é simples, ou verdadeiro. Quando várias
flores entram na formação de um fruto único, diz-se que é composto, ou
constituiu uma infrutescência. Nesse caso, o fruto pode ser um sicônio, se
as flores se prendem a um receptáculo côncavo, como nos figos, ou uma
sorose, se as flores se prendem a um receptáculo convexo, como na
amora.
O fruto pode também ser múltiplo, quando diversos ovários da mesma flor
se unem para dar um único fruto, como na framboesa, no morango e na
fruta-de-conde; partido, quando um só ovário se fragmenta, ou quando
diversos ovários da mesma flor permanecem isolados e dão, em ambos os
casos, diversos frutos, como na erva-doce; complexo, ou pseudocarpo,
quando outras peças florais, além do ovário, se desenvolvem
exageradamente, como no caju, na pêra e na maça; ou aberto, quando o
carpelo não se fecha e as sementes ficam em contato com o ar, como nas
gimnospermas (pinheiros, ciprestes).
O fruto pode ser de vários tipos, no que se refere à consistência, quanto à
peculiaridade de abrir-se ou não espontaneamente – no primeiro caso,
deiscente e, no segundo, indeiscente – e ao modo como se abre.
Diz-se que é uma cápsula quando, depois de maduro, fica seco e se abre,
liberando mais de uma semente. Além da cápsula propriamente dita, nome
restrito ao fruto que possui diversas lojas e fendas longitudinais (quiabo,
algodão), são modalidades do mesmo tipo: o legume ou vagem, se possui
uma loja e duas fendas longitudinais (feijão, ervilha); o folículo, se tem uma
loja e uma fenda longitudinal (esporinha, jacaré); a síliqua, se tem duas
lojas e duas fendas longitudinais (pente-de-macaco e a maioria das
bignoniáceas); a silícula, se a forma não é tão alongada quanto a da siliqua
(couve mostarda e a maioria das crucíferas ou brassicáceas); o pixídio, se a
abertura, ocorrendo transversalmente ao eixo do fruto, separa a parte
superior em forma de tampa (sapucaí, jequitibá); e a porófora, se as
sementes saem por orifícios ou poros (eucalipto, papoula).
O fruto é um aquênio quando, depois de maduro, fica seco mas não se
abre, e contem uma única semente. Há duas modalidades: o aquênio
propriamente dito, se a semente só está presa por um ponto à camada
interna do fruto (girassol e demais compostas), e a cariopse ou grão, se a
semente se apresenta intimamente unida à camada interna do fruto (milho,
trigo e demais gramíneas).
O fruto chama-se baga se, depois de maduro, se torna totalmente carnoso
(uva, mamão, banana, laranja), e drupa se, maduro, torna-se carnoso, mas
com a camada interna seca e dura (pêssego, azeitona, manga, oiti, ameixa
e a maioria dos cocos).
Quando o fruto não se encaixa em nenhum dos tipos precedentes, é
considerado atípico, por ser, entre várias outras possibilidades: uma
cápsula carnosa, que se abre depois de madura (melão-de-sãocaetano,beijo-de-frade); uma vagem indeiscente, que não se abre depois de
madura (pau-ferro, jatobá); ou uma sâmara, quando se trata de um aquênio
dotado de extensões membranosas, ou asas (olmo, bordo, freixo).
REVESTIMENTO E ADAPTAÇÕES. Se alguns frutos são lisos, outros são
cobertos de pelos, cerdas, espinhos ou plumas. Esse revestimentos
especializados de sua superfície podem representar papéis de suma
importância na dispersão das sementes. O caso mais obvio é o dos frutos
que possuem extensões aladas e que, graças a isso, são impelidos pelo
vento a consideráveis distancias.
A dispersão das sementes, além de imperativa, pressupõe certo mistério,
ainda não devidamente estudado, de orientação no espaço vital, pois,
enquanto o animal se locomove a vontade, a planta, sendo fixa, nasce no
lugar onde viverá para sempre e que corresponderá a suas necessidades
quanto ao tipo de solo, teor de umidade, incidência de sol etc.
Assim como o vento e a água, meio pelo qual, por exemplo, cocos que
boiavam povoaram de coqueiros as ilhas tropicais mais isoladas no mar,
também os animais que se alimentam de frutos são importantes na
dispersão das plantas. As sementes, graças aos envoltórios que as
protegem, em geral ficam imunes à ação dos sucos digestivos e desse
modo são depositadas pelos animais, com suas fezes, em novos lugares e
em perfeitas condições de germinação.
AMADURECIMENTO. Na fase de maturação, os frutos carnosos passam
por sucessivos processos químicos que modificam sua composição e
aparência, ao mesmo tempo em que neles se acumulam diversas
substancias nutritivas, acompanhadas de outras, aromáticas, que atraem os
animais. Um dos principais processos químicos da maturação, a hidrólise
do amido, produz açúcares, ao passo que a síntese de pigmentos provoca
alterações na coloração dos frutos.
Durante essas reações é comum desprender-se gás etileno, o qual, por sua
vez, induz o amadurecimento dos frutos ainda verdes. Por essa razão,
algumas bananas maduras, colocadas entre outras verdes, aceleram a
maturação do cacho. A prática de expor certos frutos à fumaça resultante
da queima de querosene ou serragem tem o mesmo fundamento, pois essa
combustão produz pequena quantidade de etileno.
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