arnica montana

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ARNICA MONTANA
Arnica montana (L.) - COMPOSITAE (ASTERACAE)
SINONÍMIA HOMEOPÁTICA
Arnica, Caltha alpina, Crysanthemum latifolum, Doronicum germanicum, Doronicum montanum.
DESCRIÇÃO DA PLANTA
Arnica montana L. é espécie herbácea, perene, com rizoma delgado, escuro com 3 a 5 cm de
comprimento do qual saem numerosas raízes filiformes. O talo tem 25 a 30 cm de altura, áspero e
pubescente, erecto, estriado, apresentando um ou dois pares de ramos opostos. Apresenta poucas
folhas com 4 a 8 cm de comprimento envolvendo o talo, opostas, obovadas; as folhas radicais estão
acumuladas na base, sendo as superiores menores que as demais. Os capítulos florais medem mais
ou menos 6 cm de diâmetro, sendo envolvidos por 20 a 24 brácteas, dispostas em duas séries. As
brácteas são estreitas, lanceoladas, atingindo até 15 mm de comprimento, com o bordo inteiro, de
coloração verde-parda e pêlos curtos. O receptáculo, quando privado das flores, mostra-se
ligeiramente convexo, com cerca de 1 cm de diâmetro, exibindo pequenas cavidades onde se
inserem as flores, apresentando, ainda entre as cavidades, pêlos brancos, curtos e duros.
As flores liguladas, em número de 14 a 20, são dispostas na periferia do receptáculo; medem até 2,5
cm de comprimento e são femininas, mostrando o ovário ínfero, de 4 a 5 mm de comprimento,
pardo, com quatro a cinco arestas pouco visíveis e pêlos curtos e brancos. O papo é formado de uma
camada de cerdas amarelas; a lígula, de cor amarelo-alaranjada, mede até 2 cm de comprimento e
apresenta três lóbulos e de sete a quinze nervuras na base. O estilete é fino e se divide na região
terminal em dois estigmas. Observa-se a presença de estaminódios.
As flores tubulosas se dispõem na parte central do receptáculo, são hermafroditas e mais
numerosas; o ovário, o papo e o estilete são semelhantes aos das flores liguladas. A corola, de mais
ou menos 0,5 cm de comprimento, é tubular, alargada na parte superior, de cor amarelo-alaranjada,
com cinco lóbulos recurvados para fora e apresentam externamente, na base, pêlos brancos. As
anteras, em número de cinco, são unidas formando um tubo. As tecas polínicas são elípticas,
romboidais; e o conectivo prolonga-se numa peça triangular.
PARTE EMPREGADA
Planta inteira seca.
DESCRIÇÃO DA DROGA
De acordo com a descrição da planta.
PREPARAÇÃO DA TINTURA-MÃE
A tintura mãe de Arnica montana é preparada por maceração ou percolação, de forma que o teor
alcoólico durante e ao final da extração seja de 45% (V/V), segundo a técnica geral de preparação
de tintura-mãe (X.1) Farm. Hom. Bras.
CARACTERÍSTICAS DA TINTURA-MÃE
Líquido de coloração castanho amarelada e odor agradável, ligeiramente aromático, sabor amargo e
ardente.
IDENTIFICAÇÃO
A. A 1 ml da tintura-mãe, adicionar 10 ml de água purificada. Observa-se a formação de
opalescência a qual torna-se definitivamente amarela por adição de 0,1 ml de solução de hidróxido
de sódio 1% (p/V).
B. A 2 ml da tintura-mãe adicionar algumas gotas de solução de cloreto férrico a 1% (p/V).
Observa-se coloração verde.
C. Evaporar 3 ml de tintura-mãe até secar. Adicionar ao resíduo, pelas paredes do recipiente, 0,2
ml de solução de ácido sulfúrico 10% (p/V). Observa-se formação de cor violeta.
D. A 5 ml da tintura-mãe, adicionar 0,2 ml de solução de acetato de sódio a 1% (p/V). Adicionar
0,2 ml de solução alcoólica de cloreto de alumínio 1% (p/V). Observa-se desenvolvimento de cor
amarela.
ENSAIOS
Título em etanol. Deve estar compreendido entre 40% e 50% (V/V).
Resíduo seco. Deve ser igual ou superior a 1% (p/V).
Cromatografia em camada delgada. (V.2.17.1) F. Bras. IV.
Desenvolver
cromatografia
empregando camada delgada de sílica gel G. Preparar solução padrão obtida por dissolução de 10
mg de ácido cafêico em 10 ml de etanol 70% (V/V). Aplicar separadamente sobre a placa 40 μl da
tintura-mãe e 5 μl da solução padrão.
Desenvolver a cromatografia num percurso de 10 cm,
com fase móvel formada por mistura de clorofórmio-ácido acético glacial-metanol-água purificada
(15:8:3:2). Deixar a placa secar ao ar. Examinar à luz ultravioleta de onda longa (365 nm). Em
relação à solução padrão observa-se uma mancha de florescência azul com Rf próximo de 0,75,
enquanto que a tintura-mãe apresenta geralmente duas manchas com fluorescência azul esverdeada
com valores Rf próximos a 0,35 e 0,45, duas outras manchas com fluorescência azul com valores de
Rf próximos a 0,75 (ácido cafêico) e 0,95, e uma mancha vermelha perto do front do solvente. Em
seguida nebulizar o cromatograma com solução de difenilborato de aminoetanol a 1% (p/V) em
metanol. Examinar à luz ultravioleta de onda longa (365 nm). Em relação a solução padrão observase mancha com fluorescência verde com Rf próximo a 0,75. Enquanto que a tintura-mãe apresenta
mancha fluorescente laranja com Rf próximo a 0,25, duas manchas fluorescentes amarelo
esverdeadas com valores Rf próximo a 0,35 e 0,45, uma outra mancha fluorescente alaranjada com
Rf próximo a 0,50 e uma última mancha fluorescente verde de Rf próximo a 0,75 (ácido cafêico).
Desenvolver um segundo cromatograma, sob as mesmas condições do anterior; nebulizar a placa
com solução de anisaldeído a 1% (p/V) e aquecê-la à 100-105 °C por 10 minutos. Examinar à luz
natural. O cromatograma apresenta duas manchas de forma irregular relativamente bem separadas,
com Rf próximos a 0,20, uma outra mancha florescente amarela com Rf próximo a 0,50, outra com
florescência amarela clara e Rf próximo de 0,65, e várias manchas florescentes violáceas
compreendidas entre o Rf 0,85 e o front do solvente.
CONSERVAÇÃO
Em frasco de vidro neutro, âmbar, bem fechado, ao abrigo da luz e do calor.
FORMA DERIVADA
Ponto de partida. Tintura-mãe
Insumo inerte. A partir de 1CH ate 3CH ou 1DH até 6DH utilizar o mesmo teor alcoólico da
tintura mãe. Para as demais dinamizações, seguir a regra geral de preparação de formas
farmacêuticas derivadas.
Método. Hahnemanniano (XI.I), Korsakoviano (XI.II), Fluxo Contínuo (XI.III); Farm.Hom.Bras.
II, 1997.
Dispensação. A partir de 1 CH ou 2 DH, seguindo regra geral de dispensação.
Conservação. Em frasco de vidro neutro, âmbar, bem fechado, ao abrigo da luz e do calor.
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