Metodologia para as premissas de preço de óleo e gás natural para

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Data de Publicação: 19 de novembro de 2013
Critérios
Metodologia para as premissas de preço de óleo e gás natural para
corporações e governos
Analistas principais:
Sabine Gromer, Londres, 44 (20) 7176-6010, sabine.gromer@standardandPoor's.com
David C Lundberg, CFA, Nova York, 1 (212) 438-7551, david.lundberg@standardandPoor's.com
Kai Stukenbrock, Frankfurt, 49 (69) 33-999-247, kai.stukenbrock@standardandPoor's.com
Thomas A Watters, Nova York, 1 (212) 438-7818, thomas.watters@standardandPoor's.com
Criteria Officer:
Mark Puccia, Nova York, 1 (212) 438-7233, mark.puccia@standardandPoor's.com
Olga I Kalinina, CFA, Nova York, 1 (212) 438-7350, olga.kalinina@standardandPoor's.com
ÍNDICE
ESCOPO DO CRITÉRIO
SUMÁRIO DO CRITÉRIO
IMPACTO SOBRE OS RATINGS VIGENTES
DATA EFETIVA E TRANSIÇÃO
METODOLOGIA
A. Premissas de cálculo de preços
B. Revisão de ciclo
C. Usando as premissas de preços
Critérios e Artigos relacionados
(Nota do editor: Este artigo de critério substitui aquele intitulado Revised Methodology For Oil And
Natural Gas Price Assumptions, publicado em 16 de novembro de 2011 e o Standard & Poor's
Revises Its Natural Gas Liquids Price Assumptions For 2011, 2012, and 2013, publicado em 17 de
outubro de 2011).
1. A Standard & Poor’s Ratings Services está refinando e atualizando sua metodologia para as
premissas de preço de óleo e gás natural (amplamente conhecidos como hidrocarbonetos).
Estamos publicando este artigo para ajudar os participantes do mercado a melhor entenderem
nossa forma de determinar previsões de preços de hidrocarbonetos. Este artigo está relacionado
aos nossos critérios corporativos (ver Corporate Methodology, publicado em 19 de novembro de
2013), aos nossos critérios de governos soberanos (ver Sovereign Government Rating
Methodology And Assumptions, de 24 de junho de 2013), e ao nosso artigo Principles Of Credit
Ratings, publicado em 16 de fevereiro de 2011.
2. Este critério substitui Revised Methodology For Oil And Natural Gas Price Assumptions,
publicado em 16 de novembro de 2011, e Standard & Poor’s Revises Its Natural Gas Liquids Price
Assumptions For 2011, 2012, and 2013, publicados em 7 de outubro de 2011.
ESCOPO DO CRITÉRIO
3. Este critério se aplica a todos os emissores corporativos e entidades soberanas que têm
exposição significativa ao petróleo bruto ou gás natural, seja como produtores ou consumidores, e
aos governos soberanos que dependem de hidrocarbonetos, por exemplo, aqueles onde a
produção e comercialização de hidrocarbonetos e produtos afins contribuem para uma grande
parcela do Produto Interno Bruto (PIB), das receitas do governo e/ou das receitas de exportação
(tais como os governos soberanos do Conselho de Cooperação do Golfo), mas também àqueles
em que as importações de hidrocarbonetos representam uma parte significativa dos pagamentos
de importação ou de gastos do governo.
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4. Para o óleo bruto, a Standard & Poor’s atualmente formula hipóteses utilizando-se de dois
benchmarks de preços: West Texas Intermediate e Brent. Ambos são referenciais líquidos de
benchmarks e as relações de preços entre os dois muitas vezes variam. Para o gás natural,
atualmente temos premissas para um benchmark, o ponto de preços Henry Hub nos Estados
Unidos.
5. Essas premissas de preços não se aplicarão aos ratings corporativos de recuperação da
Standard & Poor’s (veja Revised Assumptions For Assigning Recovery Ratings To The Debt Of
U.S. Oil And Gas Exploration And Production Companies, publicado em 30 de setembro de 2010.)
SUMÁRIO DO CRITÉRIO
6. A metodologia determina como a Standard & Poor’s formula premissas de preços de
hidrocarbonetos e como podemos usá-las na análise de crédito corporativo e soberano.
Estabelecemos premissas de preços para quatro períodos distintos: do ano em curso; do primeiro
ano (por exemplo, o próximo exercício fiscal); de dois anos, e de três anos e além. Ao formular
nossas premissas de preços, consideramos os indicadores de mercado e fatores qualitativos.
7. As principais aplicações para as premissas de preços de hidrocarbonetos são:



Previsão de desempenho operacional para exploração de petróleo e gás e da produção das
empresas;
Previsão da despesa operacional para os consumidores materiais de petróleo bruto e gás
natural, tais como empresas de transporte; e
Avaliar o futuro fiscal e o desempenho da balança de pagamentos dos governos soberanos,
especialmente os dependentes de hidrocarbonetos.
8. A partir desses três benchmarks, com frequência estabelecemos premissas de preço para
outros hidrocarbonetos em uma base relativa no contexto da empresa ou nas análises específicas
a cada país. Essas relações de preços baseiam-se em análises históricas e esperadas de
correlação e são comumente conhecidas como diferenciais de base. Os exemplos podem incluir
outros tipos de petróleo bruto (por exemplo, Maya ou Light Louisiana Sweet), líquidos de gás
natural (por exemplo, propano e butano) e comercialização de gás natural em diferentes polos
geográficos.
Corporações
9. A Standard & Poor’s utiliza suas premissas de preços para avaliar a qualidade de crédito de uma
empresa e para compará-las em uma base consistente entre as empresas de petróleo e gás no
mundo. Essas premissas de preços fornecem a base para estabelecer as projeções financeiras de
nossos casos-base.
10. Utilizando essas premissas de preços, prevemos o fluxo de caixa e os principais índices de
crédito para as empresas nas quais os preços dos hidrocarbonetos representam um direcionador
importante. Então, esses resultados são utilizados para determinar a avaliação do perfil de risco
financeiro.
Governos soberanos
11. As premissas de preço de hidrocarbonetos da Standard & Poor’s acrescentam informações
importantes à análise de crédito soberano, principalmente para os governos soberanos
dependentes de hidrocarbonetos. Especificamente, o preço futuro dos hidrocarbonetos pode
desempenhar um papel importante ao avaliar o PIB e a estrutura econômica desses governos
soberanos, no estado atual e futuro de suas finanças públicas, e no balanço de pagamentos.
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IMPACTO SOBRE OS RATINGS VIGENTES
12. Não esperamos que este critério, por si só, resulte em qualquer mudança nos ratings para os
governos soberanos ou emissores corporativos.
DATA EFETIVA E TRANSIÇÃO
13. Este critério entra em vigor imediatamente na data de sua publicação.
METODOLOGIA
A. Premissas de cálculo de preços
14. Para as commodities amplamente comercializadas como o petróleo bruto e o gás natural, a
curva de futuros representa o ponto de partida para nossas premissas de preços. Embora a curva
de futuros não seja necessariamente um bom indicador de preços spot futuros, esta reflete o
consenso de mercado em qualquer momento. Além disso, acreditamos que a curva de futuros
geralmente não excede ou declina sistematicamente para patamares inferiores aos preços spot
futuros.
15. Estabelecemos premissas de preços para quatro períodos distintos: do ano em curso; do
primeiro ano (por exemplo, o próximo exercício fiscal); de dois anos, e de três anos e além. Para
empresas, o nosso período de previsão geralmente se concentra no ano atual mais os próximos
dois anos (ver Corporate Methodology, Seção “E” sobre Fluxo de Caixa/Alavancagem). O horizonte
de tempo da previsão geralmente é mais longo para governos soberanos. Ao formular nossas
premissas de preços, utilizamos indicadores de mercado e consideramos os fatores qualitativos.
No curto prazo, utilizamos principalmente as curvas de futuro para formular nossas premissas de
preços, dadas a abrangência e a liquidez desses mercados. Nos anos finais, quando esses
mercados se tornam menos líquidos e, possivelmente, com um indicador pior de preços spot
futuros, aumentamos o uso de nossa análise fundamental. No último período (três anos e além), as
premissas refletem, principalmente, a nossa visão de preços sustentáveis com base na análise
fundamental, para a qual nos concentramos no seguinte:
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

Fundamentos de oferta ou demanda de mercado e específicos do emissor: a Standard &
Poor‘s reúne e analisa os fatores subjacentes de oferta/demanda futuros e as tendências de
capacidade de reposição. Consideramos também as previsões econômicas e premissas da
Standard & Poor’s durante o período mencionado acima.
Curvas de custo da indústria: análise da curva de custo é importante para estabelecer
premissas de preço de longo prazo. O ponto de equilíbrio de custos dos produtores
(geralmente definido como despesas operacionais de caixa mais custos de desenvolvimento
em uma base por unidade) tende a suportar o piso de preços no longo prazo. No curto
prazo, no entanto, as empresas normalmente podem produzir enquanto cobrirem os custos
operacionais de caixa.
Outros fatores: Também consideramos as premissas de preços que as empresas utilizam
para os seus orçamentos de gastos de capital, o grau em que os derivativos financeiros
podem estar influenciando os preços futuros, e a pesquisa da indústria sobre as tendências
e premissas dos preços. Por exemplo, em nossa análise, podemos revisar e considerar as
pesquisas da U.S. Energy Information Administration, International Energy Agency, e Platts.
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B. Revisão de ciclo
16. Normalmente, revisamos nossas premissas de hidrocarbonetos trimestralmente. Realizamos
mudanças nas premissas em razão de mudanças nos indicadores de mercado, e na nossa visão
sobre a oferta e demanda fundamental. Observando a volatilidade e imprevisibilidade da natureza
dos preços dos hidrocarbonetos, podemos atualizar nossas premissas mais frequentemente. Em
geral, se a curva de futuros muda de tal forma que haja pelo menos uma diferença de 20% entre
os preços futuros e nossas premissas de preços de curto prazo e vemos a diferença como sendo
sustentável, normalmente modificamos nossas premissas.
C. Usando as premissas de preços
Corporações
17. Premissas comuns de preços proporcionam uma base comparável para avaliar a qualidade de
crédito das empresas que produzem ou são consumidoras substanciais de petróleo bruto e gás
natural. Esses são componentes essenciais utilizados para projetar as receitas de uma empresa, o
EBITDA, o lucro e o fluxo de caixa. Quando apropriado, as previsões consideram hedges de
produção específicos do emissor, bem como preços realizados (ou well-head), que podem diferir
do preço benchmark por causa de diferenciais de base geográfica ou de qualidade.
Governos soberanos
18. Premissas de preço de hidrocarbonetos são componentes essenciais para avaliar a qualidade
de crédito dos governos soberanos. Este é particularmente o caso para governos soberanos
dependentes de hidrocarboneto. Dessa forma, as premissas de preços de hidrocarbonetos podem
afetar as principais áreas de análise de crédito do governo soberano incluindo:

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
O nível do PIB, a taxa de crescimento do PIB e a estrutura da economia;
As finanças públicas, os saldos orçamentários e, no longo prazo, os níveis da dívida pública
líquida; e
As contas externas, especificamente, a balança de pagamentos, e, no longo prazo, a
posição de investimento internacional.
19. Além disso, a volatilidade dos preços dos hidrocarbonetos pode levar à volatilidade e
distorções em termos de comércio, finanças públicas, e desempenho econômico dos governos
soberanos dependentes de hidrocarbonetos, introduzindo, assim, os fatores de risco adicionais. As
implicações finais dos fatores acima mencionados para a qualidade de crédito do governo
soberano estão detalhadas em nosso critério de rating de governos soberanos (ver Sovereign
Government Rating Methodology And Assumptions, publicado em 24 de junho de 2013).
Critérios e Artigos relacionados
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
Corporate Methodology, 19 de novembro de 2013.
Sovereign Government Rating Methodology And Assumptions, 24 de junho de 2013.
Principles Of Credit Ratings, 16 de fevereiro de 2011.
Estes critérios representam a aplicação específica dos princípios fundamentais que definem o risco
de crédito e as opiniões de rating. O seu uso é determinado pelos atributos específicos do emissor
ou da emissão, bem como pela avaliação da Standard & Poor’s Ratings Services do crédito e, se
for o caso, os riscos estruturais para um determinado emissor ou rating de emissão. A metodologia
e as premissas podem mudar a qualquer tempo como resultado de condições do mercado e
econômicas, fatores inerentes ao emissor ou específicos da emissão, ou novas evidências
empíricas que possam afetar a nossa decisão de crédito.
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