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19-10-2009
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Viniportugal vai encomendar este ano novo
estudo estratégico para o sector
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19/10/09, 08:08
Por Patrícia Dinis, da Lusa
A Viniportugal vai encomendar até final do ano um novo
estudo estratégico para o sector português do vinho que
actualize as recomendações feitas em 2003 e 2004 pelos dois
relatórios do consultor norte-americano Michael Porter.
Em declarações à agência Lusa, o presidente da Viniportugal,
entidade encarregue da promoção do vinho português,
adiantou que "até final do ano" será seleccionada a empresa
que elaborará o estudo, devendo este ficar concluído dentro
de "dois a dois meses e meio" depois.
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"Vamos abrir um concurso internacional pedindo uma proposta a várias empresas", disse Francisco Borba,
acrescentando que "a decisão já vem da direcção anterior da Viniportugal", presidida por Vasco Avillez.
Contactado pela Agência Lusa, Avillez garantiu que a sua direcção havia já seleccionado a consultora
Roland Berger para elaborar o estudo, mas Francisco Borba garantiu que "não foi assinado contrato
nenhum" e que está ainda por decidir quem desenvolverá o trabalho.
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que o sector "tem que ter planeamento estratégico".
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Já Vasco Avillez justificou a sua decisão de avançar com um novo estudo com a necessidade de a
estratégia anterior ser "refinada": "No relatório Porter Angola nem sequer é mencionada, mas, em 2008,
foi o mercado número um do vinho português, acima dos EUA e do Reino Unido", exemplificou.
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Considerando que "valeu a pena encomendar o estudo Porter", o presidente da Comiss ão de Viticultura da
Região dos Vinhos Verdes (CVRVV), Manuel Pinheiro, reconhece também vantagens numa actualização:
"Independentemente de se cumprir ou não tudo o que é recomendado, temos que ter um rumo para
avançar", disse à Lusa.
O primeiro relatório sobre o sector português do vinho encomendado pela Viniportugal à empresa de
consultoria estratégica Monitor Company, fundada por Michael Porter, foi apresentado em Maio de 2003,
em Lisboa, tendo representado um investimento de meio milhão de dólares (cerca de 425,3 milhões de
euros na altura).
O documento traçou um plano de acção a 10 anos para o sector, com o objectivo de criar um cluster do
vinho em Portugal capaz de enfrentar a concorrência acrescida da França, Itália, Espanha, Chile, Austrália,
África do Sul, Califórnia e Argentina.
Porter apontou então como mercados de exportação prioritários para o vinho português o Reino Unido e os
EUA, o que motivou, em 2004, a apresentação de um segundo relatório com uma estrat gia específica para
estes dois mercados.
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Porter apontou então como mercados de exportação prioritários para o vinho português o Reino Unido
e os
EUA, o que motivou, em 2004, a apresentação de um segundo relatório com uma estrat gia específica para
Âmbito: Online
estes dois mercados.
ID: 27214423
A destilação excessiva, a falta de massa crítica nos mercados externos e o reduzido investimento nacional
e estrangeiro foram alguns dos pontos fracos então apontados ao sector vitícola português, além de uma
notória "falta de imagem de Portugal no mundo", "ineficiência e burocratização excessiva de grande parte
das instituições oficiais que regulam e certificam o sector" e "alguma falta de estratégia global".
A travar o desenvolvimento do "cluster" do vinho português estavam também, segundo a Monitor Group, o
baixo nível de desenvolvimento e elevada fragmentação do sub-sector da viticultura e a "quase ausência de
investimento" quer por parte de investidores locais, quer estrangeiros.
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