o ritornelo em deleuze-guattari e as três éticas possíveis

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O RITORNELO EM DELEUZE-GUATTARI E AS TRÊS ÉTICAS POSSÍVEIS
Luciano Bedin da Costa1
Resumo:
O maior compromisso da filosofia é criar conceitos – já nos advertem os filósofos franceses
Gilles Deleuze e Félix Guattari. Dentro dessa perspectiva, o conceito de ritornelo é apontado
por estes mesmos filósofos como uma de suas mais importantes criações. O presente ensaio
procura problematizar o conceito, apresentando suas semelhanças e vicissitudes ao longo de
sua produção conjunta, focando-se nos livros Mil Platôs (1980) e O que é a Filosofia? (1991).
A partir desta problematização, pode-se pensar em duas éticas que permeiam o
desenvolvimento do conceito nos dois livros trabalhados: uma “ética da experimentação”,
alimentada pelo caráter experimental e afirmativo de Mil Platôs, e “uma ética da prudência
necessária”, calcada na sobriedade da 3ª idade nietzschiana de O que é a Filosofia?. A tensão
entre estas duas éticas faz com que se possa pensar num terceiro grande ethos, a “ética do
improviso”, como a morada que, ao incorporar a experimentação e a prudência necessária,
improvisa continuamente novos modos de existência. Eixo temático: ética e estética.
Palavras-chave: Ritornelo. Ética. Improviso.
A geografia do conceito
Criar conceitos. Talvez a filosofia tenha este único e grande propósito, fazendo do
filósofo o experimentador do mundo ao invés do contemplador deste mesmo mundo. O
filósofo como aquele que não mais reflete passivamente, mas aquele que se envereda pelo
mundo, que se expõe aos contágios e contaminações, fazendo desta experiência o substrato
para aquilo que possui de mais intenso enquanto atividade: a criação de conceitos. Isto é o que
nos propõem os filósofos franceses Gilles Deleuze e Félix Guattari, levando-nos a pensar
numa outra relação ética.
Dentro desta perspectiva, a ética passa ser a própria experimentação criativa, o uso, a
prática, a pragmática propriamente dita. O ethos não é mais o a morada segura e imutável –
talvez haja mesmo a morada, uma ética como casa, mas são os próprios filósofos que nos
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Psicólogo; Mestrando em Educação (UFRGS), pela linha de pesquisa: Filosofias da Diferença e Educação,
orientando da Profa.Dra.Sandra Mara Corazza; Bolsista Capes; [email protected] .
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advertem, em O que é a Filosofia? (1992), que a casa só existe mesmo para ser abandonada.
A ética, portanto, comporta a própria experimentação do abandono, daquilo que tenciona a
fuga, fazendo da filosofia uma pragmática de dispersão contínua.
Huchet (2004), ao falar da filosofia de Deleuze e Guattari, diz que se trata de uma geoética, de uma ética não calcada na origem, mas num devir do mundo cujo desabrochar inventa
o próprio mundo a cada momento. A filosofia passa a assumir um aspecto geológico, em
camadas de estratificação que se justapõem e se afetam mutuamente. Trata-se de movimentos
de estratificação e desestratificação operados a partir de um crivo no caos, de um plano de
imanência que opera por intensidades difíceis de serem apreendidas. Sobre este plano
geológico imanente, os conceitos traçam sua geografia, canalizando as velocidades infinitas a
que estão submetidos. Os conceitos, portanto, assentam-se numa terra que a todo o momento
incita à migração, que pelo seu movimento geológico intensivo, faz da geografia conceitual
uma aventura errante e igualmente nômade. Ora, se o conceito habita um solo onde suas
camadas geológicas não cessam de produzir interferências com camadas de outros solos ou
planos, é neste jogo de interferências que o filósofo precisa se instaurar.
Ritornelo: ora...ora...ora...
Em se tratando de criação de conceitos, Deleuze e Guattari apresentam o ritornelo
como uma das suas mais potentes invenções. O conceito de ritornelo parece encontrar sua
rapsódia em Mil Platôs (1980), operando de forma sintética em O que é a Filosofia?, onze
anos mais tarde (1991).
No Abecedário de Gilles Deleuze, a questão da filosofia enquanto criação de conceitos
é amplamente discutida pelo filósofo, dando um enfoque especial ao ritornelo.
Criamos ao menos um conceito muito importante: o de ritornelo. Para
mim, o ritornelo é esse ponto comum. Em outros termos, para mim, o
ritornelo está totalmente ligado ao problema do território, da saída ou
entrada no território, ou seja, ao problema da desterritorialização.
Volto para o meu território, que eu conheço, ou então me
desterritorializo, ou seja, parto, saio do meu território? (Deleuze,
1997).
Para fugir da tentativa de generalização ou universalização do conceito, que seria o
mesmo que falar: o ritornelo é isso ou é aquilo, Deleuze e Guattari apresentam uma espécie
de tipologia envolvendo este conceito, assim como Nietzsche já havia feito com a sua Teoria
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das Forças. Ao invés de um único e mesmo conceito de força, o filósofo alemão nos apresenta
a força sempre na sua relação com outras, permitindo-nos falar em forças ativas e reativas.
Nietzsche nos leva a pensar que não existe força sozinha, por si só. Deleuze e Guattari vão
fazer o mesmo em se tratando do ritornelo, remetendo o conceito sempre às circunstâncias em
que é operado: um ritornelo está sempre em relação com outros ritornelos. Este é um ponto
importante, que será retomado mais adiante. Sempre um mau e bom uso do ritornelo, um
pequeno e um grande ritornelo, um ritornelo malevolente e um ritornelo benevolente, um
ritornelo territorial e um cósmico. Sempre o par, em relação.
Não se tratando de uma estrutura única, rígida, hermeticamente fechada, um conceito
possui seus próprios componentes internos que estabelecem relações entre si e que também
sobrevoam zonas de vizinhança. Mais do que dar conta de falar sobre algo, um conceito atua
mais como um grito, fazendo ressoar seus componentes internos e produzindo vibração com
outros componentes e conceitos periféricos.
Em relação ao ritornelo, podemos falar em pelo menos três componentes mais
expressivos, ou seus três aspectos, como bem nos dizem Deleuze e Guattari (1997). Sempre
um ora, ora, ora. Ora um aspecto... ora um outro... e ora ainda um outro...
1 - Ora se vai do caos a busca de um território, de um agenciamento territorial.
Quando do caos se procura um centro, uma direção: esta busca em direção ao centro, ao
ponto, é o primeiro aspecto do ritornelo, também chamado de componente direcional. É da
ordem da criança no escuro que busca a única direção do ponto estável, cantarolando sua
cantiga reconhecível, seu pequeno tralalá.
2- Ora se organiza o agenciamento, se traça um território em torno do ponto, do
centro. Com um centro, um crivo ou ponto no caos, tem-se a segurança mínima para que um
território possa ser constituído. A busca não se dá mais por um ponto, pela única e repetitiva
cançãozinha, mas sim pela construção de um espaço dimensional a ser habitado (território que
se dá ao redor do ponto). Trata-se de um espaço íntimo, onde as forças do caos são mantidas
numa exterioridade, criando condições para que a tarefa possa ser cumprida, para que uma
obra seja realizada. Este é o segundo aspecto do ritornelo, seu componente dimensional. Aqui
os ritornelos estão mais a serviço de criar e consolidar o território, já que se tem a segurança
mínima para que alguns “motivos territoriais” possam ser empregados.
3 - Ora se sai do agenciamento territorial, em direção a outros agenciamentos. É a
operação das linhas de fuga, das pontas de desterritorialização que colocam o território como
uma instância provisória – um território que é sempre transitório. Este movimento é o que
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Deleuze e Guattari (1997) chamam de componentes de passagem, componentes de fuga, onde
se dão os interagenciamentos. Trata-se do terceiro aspecto do ritornelo.
São três os componentes que envolvem o conceito: o componente direcional (da
ordem do ponto, 1ª manifestação frente ao caos que se abre), o componente dimensional
(quando se busca o território e sua consolidação) e o componente de passagem ou de fuga
(que faz o território estar sempre em variação). O ritornelo implica na coexistência destes três
dinamismos, três aspectos numa só e mesma coisa, não sendo três momentos sucessivos de
uma evolução. Zourabichvili (2004) vai dizer que o ritornelo forma uma verdadeira “lógica da
existência”. O existir, portanto, passa a ter este “movimento circular”, de ora se estar mais
implicado num aspecto, ora em outro e ora ainda num outro. Mas o fato de se estar ora num,
não significa que não esteja sendo operado os outros dois outros aspectos – é quando falamos
nos três movimentos cruciais para a filosofia de Deleuze e Guattari – Territorialização,
Desterritorialização e Reterritorialização. Sempre se habita um território a partir destes três
movimentos.
O ritornelo está, portanto, sempre em relação a um agenciamento territorial, ora
partindo em direção a ele, ora se instalando nele e consolidando seus componentes, ora dando
conta de vazá-lo, de colocar o território em fuga. Os dois filósofos vão constituir, assim, uma
tríade envolvendo o conceito de ritornelo, tríade esta que irá apresentar sutilezas diferenciais
nos dois livros em que o conceito mais aparece: Mil Platôs e O que é a Filosofia?. Entre os
dois livros, entre as duas tríades levantadas acerca do ritornelo, podemos observar dois
movimentos que aparentemente são semelhantes, mas que se distinguem justamente em sua
pragmática, em sua implicação ética, por assim dizer.
Mil Platôs: a ética da experimentação
Mil Platôs (1980) é o grande livro das experimentações, onde o pensamento é levado
ao limite de seu tensionamento. Um livro dos slogans afirmativos: “faça rizoma e não raiz,
nunca plante! Não semeie, pique! Faça a linha e nunca o ponto!”. Mil Platôs é o livro do “Vá,
faça! Se jogue, sinta o risco, experimente-o e depois diga se funcionou”. Como os próprios
filósofos colocam, Mil Platôs é um livro aberto, povoado por inúmeras linhas de entrada e de
saída. O pensamento está em sua efervescência maquínica, contaminada pela “sujeira
sombria” de uma não-filosofia, sobre tudo aquilo que dá ao pensamento pensar. O conceito de
ritornelo, em Mil Platôs, acompanha este potente movimento – e não é a toa que o seu grande
compromisso é ser devolvido ao caos, ao meio de todos os meios (DELEUZE e GUATTARI,
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1997, p.119). Nesta “ética da experimentação”, o ritornelo em Mil Platôs, leva o leitor a
pensar numa improvisação contínua. O movimento circular operado pelos três aspectos do
ritornelo aponta sempre para a possibilidade da fuga, do risco da improvisação, da
desterritorialização, mesmo sabendo dos perigos que tal movimento implica – o das linhas de
fuga se tornarem linhas de morte, daquilo que apontava para a criação tornar-se pura abolição.
Porém, a grande questão continua sendo a invenção de linhas de desterritorialização, a
atividade de desterritorializar o ritornelo. A escrita em Mil Platôs parece-nos movida por esta
“ética da experimentação”, da invenção, do risco em forçar os limites.
O que é a Filosofia?: a ética da prudência necessária
O que é a Filosofia?, escrito onze anos após Mil Platôs, é o livro da sobriedade, ou
como Deleuze e Guattari (1992, p.9) mesmo escrevem, “da velhice que chega; da meia-noite,
quando nada mais resta a perguntar a não ser o que se fez durante toda a sua vida”. O que é a
filosofia? é o “Livro da 3ª idade”, mas não esta que povoa as publicações e casas geriátricas.
Trata-se, ao contrário, da 3ª idade nietzschiana, da 3ª metamorfose, quando não mais se
precisa carregar os valores como o burro de carga, quando não mais se luta arduamente contra
estes mesmos valores como um leão. A 3ª idade é a da criança, que simplesmente aprende a
transvalorar estes valores, que joga pelo simples sabor de jogar. O compromisso do ritornelo,
dentro deste contexto, passa a não ser mais o caos, como em Mil Platôs, mas a Terra,
entendida aqui como o lar íntimo para onde todo o território se inclina e que ao mesmo tempo
repele ao infinito este próprio território. Em O que é a Filosofia?, neste livro das sobriedades,
a Terra está longe de ser um território habitável. Falamos de uma terra conectada ao Cosmos,
sempre fugidia, pátria desconhecida, de onde todo o território procura se defender e para onde
ele tende sempre a se abrir. Da Terra ao território, do território à terra – os ritornelos operam a
partir destes dois sentidos. Sempre que se vai da Terra ao território se opera uma
reterritorialização, relacionado ao trabalho de um pequeno ritornelo. E sempre que o território
se abre para a Terra, criam-se condições para que grandes ritornelos possam ser engendrados.
O que é a filosofia? retoma, portanto, a questão do pequeno e grande ritornelo de Mil Platôs,
porém com a sobriedade de quem já atingiu a 3ª idade, permeado por uma “ética da prudência
necessária”.
Esta ética que envolve a 3ª idade nietzschiana diz respeito à instauração de uma
política em que a relação do indivíduo consigo mesmo se dá sem a necessidade de recorrer a
verdades interiores, pré-concebidas e programadas, onde as linhas fugidias são as grandes
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condutoras do movimento. Uma política que busca escapar das formas de assujeitamento,
sempre apontando para o lado dos processos criativos, daquilo que insistentemente se
desprende e que sempre dita uma outra composição possível. Nesta 3ª idade, a política vem
sempre acompanhada pelo componente estético, numa estética que é a prática de novos estilos
de vida, escapando aos duros regimes de poder e saber.
A estética nietzschiana como a operação circular e artística da vontade de potência, em
sempre re-inventar novas possibilidades de vida a partir daquilo que arduamente se repete. A
teoria do eterno retorno retira a estética do seu lugar comum e a coloca como a mais elevada
necessidade. Nietzsche (2001) apresenta a prova do eterno retorno: “Esta vida, como você a
está vivendo e já viveu, você terá de viver mais uma vez e por incontáveis vezes”2. Uma
condição marcada pelo verbo ter, deixando sem escolhas aquele que acaba tendo que passar
pela prova do demônio. Mas não basta aceitar a repetição circular de tudo o que existe, é
preciso desejá-la e querê-la afirmativamente: “você quer isso mais uma vez e por incontáveis
vezes?”. Aceitar e, acima de tudo, querer para si o eterno virar da ampulheta, de modo que a
vida possa incessantemente repetir-se enquanto variação. Eis a política nietzschiana,
conduzida por uma ética em que o confronto necessariamente deve ser promovido – afinal,
não há escolhas quando o verbo ter se mostra proeminente - confronto este não só com aquilo
que eleva o espírito, que o faz voar, mas sobretudo com o que há de mais baixo e vil, com
aquilo que torna a existência demasiadamente grave e rastejante. Só assim, no encontro com
aquilo que há de mais leve e pesado é que a afirmação da vida propriamente dita se dá,
tecendo a fatalidade que envolve a estética nietzschiana do eterno retorno. Ao invés de um
capricho artístico, a estética passa a ser a própria experimentação da vida enquanto arte,
quando a vida torna-se, enfim, uma obra de arte.
A partir desta ética operada pelo eterno retorno em Nietzsche, pode-se pensar num
movimento similar operado pelo conceito de ritornelo. Assim como é preciso aceitar e querer
aquilo que inevitavelmente se repete, talvez seja preciso estabelecer uma nova relação com os
pequenos ritornelos, com as repetições que disfarçadamente parecem apontar sempre para
uma mesma direção. Seria esta a estética da prudência necessária?
Tendo em vista esta diferenciação entre as duas tríades-éticas que envolvem o
ritornelo, Zourabichvili (2004) dirá que o ritornelo merece duas vezes o seu nome: em
primeiro lugar como traçado que retorna sobre si, em algo que é retomado e que se repete
sempre que o caos se mostrar afugentador; e em segundo lugar, como circularidade dos três
aspectos, onde um já está embutido no outro. Trata-se, portanto, de uma fuga que sempre faz
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Trata-se do aforismo 341 de “A gaia ciência”, O maior dos pesos – o grifo é meu.
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retornar, que sempre retoma o punhadinho de terra necessário, a cantiga, o tralalá, mas aquilo
que retorna sempre se mostra como estrangeiro, pois mesmo que se volte para a casa, não se
será mais o mesmo – a estrangeiridade se dá por esta impossibilidade de um reconhecimento
pleno na retomada, afinal de contas, ela nunca será a mesma.
O movimento circular operado pelo ritornelo garante-nos o território, nosso “emcasa”, ao mesmo tempo que opera a fuga do mesmo. Não se trata de dizer -“tchau”, estou
saindo daqui para me desterritorializar (....). Não se trata de sair de A para se chegar em B.
Não há fuga nisto. A fuga se dá justamente no passo. Ao mesmo tempo em que o passo dá
conta de consolidar e arrumar a casa, ele mesmo, o passo, já pede passagem para a fuga, já
traça uma ponta de desterritorialização.
“Saímos de casa no fio de uma cançãozinha”
(Deleuze; Guattari, 1997, p.117), dessa cantiga que nos acolhe, que nos dá o ponto, o centro e
que faz o próprio centro vazar. O ponto que passa a ser o centro do território é o mesmo que
faz o fundo vir à tona, quando o território experimenta a sensação de estar sendo conduzido
por centros marginais. Portanto, ao mesmo tempo em que nos garante o centro, o trabalho do
ritornelo faz o próprio território balançar com centros outros.
Entre a experimentação e a prudência: a ética do improviso
“O tema que você toca no começo de uma canção é o território,
e aquilo que vem depois,
e que pode ter muito pouco a ver com o primeiro,
é a verdadeira aventura”.
(Ornette Coleman, baixista de free jazz, 1961)
E se a música é a aventura do ritornelo, como bem nos dizem Deleuze e Guattari, a
aventura é a de sempre se estar partindo para um sabe-se lá onde, mesmo que se tenha a
sensação de se estar retornando para um mesmo e único ponto ou território. A própria
concepção de território já se mostra como um elemento de passagem, um território que é
sempre transitório, que sempre é aberto ou se abre para novos agenciamentos. Nesta
circularidade que envolve os ritornelos que nos compõem, talvez a questão seja a de enxertar
a fuga no passo, e que o passo já seja ele mesmo um “fugar” - não a saída de um lugar para
um outro, previamente, mas um partir suficientemente distraído – e mesmo que se tenha a
certeza do destinatário a ser alcançado, que o momento do passo seja sempre o da grande
improvisação. Na tensão entre uma ética que nos incita a experimentação e uma ética que nos
convoca a prudência, talvez possamos falar numa terceira, “ética do improviso”, próxima ao
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que o pai do free jazz, Ornette Coleman, já havia feito com a sua música. Trata-se da aventura
de improvisar continuamente, do lançar-se eticamente à experimentação, com a sobriedade
necessária para fazer deste movimento um ato criativo. Talvez seja este o risco e o sabor de
um ethos operado pelo ritornelo.
Referências Bibliográficas
DELEUZE, Gilles. O abecedário de Gilles Deleuze. Entrevista com G.Deleuze. Editoração:
Brasil, Ministério da Educação, TV Escola, 2001. Paris: Éditions Montparnasse, 1997, VHS,
459min.
DELEUZE, Gilles. GUATTARI, Félix. Mil Platôs: capitalismo e esquizofrenia, vol. 4. Trad.
Suely Rolnik. São Paulo: Ed.34, 1997.
______ . O que é a Filosofia?. Trad. Bento Prado Jr. e Alberto Alonzo Muñoz. Rio de
Janeiro: Ed.34, 1992.
HUCHET, Stéphane. Meta-estética e ética francesa do sentido (Derrida, Deleuze, Serres,
Nancy).
Kriterion.,
Belo
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n.
110,
2004.
Disponível em:
<http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S010012X2004000200007&lng=pt&nrm=iso>. Acesso em: 03 Ago 2006.
NIETZSCHE, Friedrich W. A gaia Ciência. Tradução de Paulo César de Souza. São Paulo:
Companhia das Letras, 2001.
ZOURABICHVILI, François. O Vocabulário de Deleuze. Trad. André Telles. Rio de
Janeiro: Relume Dumara, 2004.
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