Saúde da Mulher Câncer de Mama e de Colo do Útero Taxas de

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Saúde da Mulher
Câncer de Mama e de Colo do Útero
O número de casos novos e mortalidade por câncer de mama e de colo do útero no
Brasil justificam a implementação de ações voltadas para sua prevenção e controle.
Em Blumenau, a situação não é diferente. O município vem ofertando a coleta de
preventivo e biópsia, quando necessário, e também a mamografia pelo Sistema
Único de Saúde – SUS. Isso mesmo antes da implantação de políticas específicas
para prevenção e controle destes agravos.
Porém, os índices de incidência e de mortalidade são considerados elevados para
estes dois tipos de cânceres.
Para mudar esta realidade, é necessário rever também as atitudes em relação aos
cuidados com a saúde, pois muitas mulheres não priorizam este hábito, cuidando
de toda a família, menos de si. Isto é um fato também presente em nosso
município. Apesar do avanço, muitas mulheres ainda negligenciam o autocuidado.
Câncer do colo do útero
Com aproximadamente 500 mil novos casos por ano no mundo, o câncer do colo do
útero é o segundo tipo mais comum entre as mulheres, sendo responsável pela
morte de 230 mil por ano. No Brasil, para 2010, estavam previstos 18.430 novos
casos, com um risco estimado de 18 casos a cada 100 mil mulheres. Sabe-se hoje
que o surgimento do câncer do colo do útero está associado à infecção pelo HPV
(Papiloma Vírus Humano), que é responsável por 15 tipos oncogênicos.
Outros fatores de risco são o tabagismo, a baixa ingestão de vitaminas, a
multiplicidade de parceiros sexuais, a iniciação sexual precoce e o uso de
contraceptivos orais. É fato bem conhecido que a mortalidade por câncer do colo do
útero é evitável. Na sua quase totalidade, são causados pelo HPV uma vez que as
ações para seu controle contam com tecnologias para o diagnóstico e detecção
precoce das lesões precursoras do câncer de colo de útero, permitindo a cura em
aproximadamente 100% dos casos diagnosticados na fase inicial.
Taxas de Mortalidade por Neoplasias de Colo de
Útero - Vale do Itajaí (por 100.000 mulheres) 20002009
140,0
120,0
100,0
80,0
60,0
Total
40,0
2009
20,0
2008
0,0
0 a 29 30 a 39 40 a 49 50 a 59 60 a 69 70 a 79 80 anos
anos
anos
anos
anos
anos
anos e mais
Fonte: Sistema de Informações sobre Mortalidade/IBGE
2007
2006
2005
Papiloma vírus humano – HPV
Existem mais de 200 tipos diferentes. São classificados em baixo e alto risco
oncogênico. Somente os de alto risco estão relacionados a tumores malignos. Os
vírus de alto risco, com maior probabilidade de provocar lesões persistentes e estar
associados a lesões precursoras de câncer de colo de útero, são os tipos 16, 18, 31,
33, 45, 58 e outros. Os HPV, do tipo 6 e 11, são encontrados na maioria das
verrugas genitais (condilomas genitais).
Estudos no mundo comprovam que 50% a 80% das mulheres sexualmente ativas
serão infectadas por um ou mais tipos de HPV em algum momento de suas vidas.
Porém, a maioria das infecções é transitória, sendo combatida espontaneamente
pelo sistema imune, principalmente entre as mulheres mais jovens. Qualquer
pessoa infectada com HPV desenvolve anticorpos (que poderão ser detectados no
organismo), mas nem sempre estes são suficientemente competentes para eliminar
os vírus.
Transmissão
A transmissão é por contato direto com a pele infectada. O HPV genital é
transmitido por meio das relações sexuais, podendo causar lesões na vagina, colo
do útero, pênis e ânus. As infecções clínicas mais comuns na região genital são as
verrugas genitais ou condilomas acuminados, popularmente conhecidas como
"crista de galo". Já as lesões subclínicas não apresentam nenhum sintoma, podendo
progredir para o câncer do colo do útero caso não sejam tratadas precocemente.
As pessoas podem se prevenir do HPV com o uso da camisinha, que diminui a
possibilidade de transmissão na relação sexual (apesar de não evitá-la totalmente).
Por isso, sua utilização é recomendada em qualquer tipo de relação sexual, mesmo
naquela entre casais estáveis As unidades de Saúde de Blumenau, do Sistema
Único de Saúde (SUS), possuem profissionais de saúde,enfermeiros e médicos
capacitados para coleta do exame preventivo do câncer do colo do útero ,
bem como distribuição gratuita de preservativo. A ocorrência de HPV durante
a gravidez não implica obrigatoriamente numa má formação do feto e nem impede
o parto vaginal (parto normal). A via de parto (normal ou cesariana) deverá ser
determinada pelo médico após análise individual de cada caso.
Câncer de Mama
É o segundo tipo de câncer mais freqüente entre as mulheres no mundo,
respondendo por 22% dos novos casos a cada ano. Se diagnosticado e tratado
oportunamente, o prognóstico é relativamente bom.
No Brasil, as taxas de mortalidade por câncer de mama continuam elevadas, muito
provavelmente porque a doença ainda é diagnosticada em estágios avançados. É
raro surgir o câncer de mama antes dos 35 anos. Acima desta faixa etária sua
incidência cresce rápida e progressivamente. Estatísticas indicam aumento de sua
incidência tanto nos países desenvolvidos quanto nos ainda em desenvolvimento.
Taxas de Mortalidade por Cancer de Mama - Vale
do Itajaí (por 100.000 mulheres) 2005-2009
600,0
500,0
400,0
300,0
200,0
100,0
0,0
Total
2009
2008
2007
0 a 29 30 a 39 40 a 49 50 a 59 60 a 69 70 a 79
80
anos
anos
anos
anos
anos
anos anos e
mais
2006
2005
Fonte: Sistema de Informação sobre Mortalidade/IBGE
A prevenção do câncer de mama se faz com algumas medidas, como controle da
obesidade, uso de dieta equilibrada e prática regular de exercícios físicos, já que o
excesso de peso aumenta o risco de desenvolver a doença. A ingestão de álcool,
mesmo em quantidade moderada, é contra-indicada, pois é fator de risco para esse
tipo de tumor, assim como a exposição a radiações ionizantes antes dos 35 anos.
Ainda não está comprovado a associação do uso de pílulas anticoncepcionais com o
aumento do risco para o câncer de mama. Podem estar mais predispostas à doença
mulheres que usaram medicamentos com doses elevadas de estrogênio, que
fizeram uso da medicação por longo período e as que usaram contraceptivos em
idade precoce antes da primeira gravidez.
A prevenção primária dessa neoplasia ainda não é totalmente possível devido à
variação dos fatores de risco e as características genéticas que estão envolvidas na
história da doença.
O rastreamento é uma estratégia de monitoramento das mulheres assintomáticas
com a realização de exames regulares, com objetivo é de detectar precocemente
possíveis casos da doença na faixa etária de maior risco e incidência.
A partir da “Oficina de Trabalho para Elaboração de Recomendações ao Programa
Nacional de Controle do Câncer de Mama", organizada pelo Ministério da Saúde,
através do Instituto Nacional de Câncer e da Área Técnica da Saúde da Mulher, foi
desenvolvido Documento de Consenso para Controle do Câncer de Mama, publicado
em 2004. Nele estão listadas as principais recomendações técnicas referentes à
detecção precoce, ao tratamento e aos cuidados paliativos em câncer de mama no
Brasil. O Ministério da Saúde, em 1998, introduziu o Sistema de Informações de
Controle do Câncer do Colo do Útero (Siscolo) e, em 2007, o Sistema de
Informação de Controle do Câncer de Mama (Sismama).
Os sistemas foram desenvolvidos pelo Datasus em parceria com o Inca para o
acompanhamento e avaliação das ações de controle do câncer. A Secretaria de
Saúde de Blumenau vem desenvolvendo ações de controle dos cânceres de colo de
útero e mama. Porém, é necessário que toda a população e profissionais da Saúde,
educação e outros setores, se juntem na luta contra estes dois tipos de câncer que
acarretam mais prejuízos à saúde catarinense.
Procure a unidade de Saúde mais próxima de sua residência para obter
mais informações.
Enfermeira: Stela Maris Duarte
Coordenação da Política de Assistência Integral a Saúde da Mulher
Blumenau-SC
Fontes:
www.inca.gov.br
www.datasus.gov.br/siscam
www.saude.sc.gov.br
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