aprenda mais sobre plantas medicinais

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APRENDA MAIS SOBRE PLANTAS MEDICINAIS...
O uso de plantas medicinais¹ é tão antigo quanto a história da
humanidade. Todo o conhecimento acumulado até hoje sobre estas plantas,
deve-se a homens e mulheres que, ao longo de milhares de anos, observaram
a natureza e testaram em si próprios o efeito de inúmeras espécies para tratar
seus males. Atualmente a ciência moderna se baseia nestes conhecimentos
para desenvolver suas pesquisas e obter novos e mais eficientes
medicamentos.
¹Planta medicinal: é uma espécie vegetal, cultivada ou não, utilizada com
propósitos terapêuticos. Chama-se planta fresca aquela coletada no momento
de uso e planta seca a que foi precedida de secagem, equivalente a droga
vegetal.
ALCACHOFRA
Nomes populares: cachofra, alcachofra rosa, artichoke.
Nome científico: Cynara scolymus.
Família: Asteraceae.
Origem: norte da África.
Hábito de crescimento e ecologia: planta herbácea, semi-perene.
Desenvolve-se a pleno sol, não tolera sombra e excesso de umidade.
Recomendações agronômicas
Forma de propagação: sementes.
Solo: bem drenado e corrigido.
Época de plantio: maio a junho (mudas com 4 a 6 folhas).
Espaçamento: 1,2 x 1,0 m.
Parte colhida e época de colheita: folhas, 100 a 130 dias de plantio.
Indicações: afecções hepato-biliares e no aumento da uréia e colesterol, alivia
os males gástricos e renais, é coadjuvante nos regimes de emagrecimento,
hipertensão e hidropisia (acumulação anormal de líquido seroso em tecido ou
cavidade do corpo).
Reações adversas e precauções: utilizada tradicionalmente, na forma de chá
(folhas) e alimento (flores), há vários séculos, sem relatos de atividade tóxica.
Não deve ser utilizada durante a lactação (cinarina coagula o leite materno) e
em casos de fermentação intestinal. Excesso do uso pode provocar aumento
da diurese (da urina) e diarréia.
ALECRIM
Nomes populares: alecrim de cheiro, alecrim de jardim, rosmarino.
Nome científico: Rosmarinus officinalis.
Família: Labiateae.
Origem: Europa (região Mediterrânea) e norte da África.
Hábito de crescimento e ecologia: arbusto perene. Desenvolve-se a pleno
sol, não tolera sombra, frio excessivo e umidade.
Recomendações agronômicas
Forma de propagação: estacas (colher ponteiras da planta mãe, com 15 cm,
antes do florescimento).
Solo: bem drenado e corrigido, tolera baixa fertilidade.
Época de plantio: outubro a novembro, (mudas com 20 cm de comprimento).
Espaçamento: 1,0 x 0,6 m.
Parte colhida e época de colheita: ramos semi-lenhosos, a 30 cm acima do
solo, verão e início do outono (após o florescimento).
Rendimento: 1,6-2,4 t/ha
Indicações: problemas respiratórios (tosse, gripe, bronquite), falta de apetite,
cansaço físico e mental, cólicas estomacais, hemorróidas, cicatrizante e antiséptico.
Reações adversas e precauções: não se recomenda o uso interno para
gestantes, prostáticos e pessoas com diarréia.
ARRUDA
Nomes populares: ruta de cheiro, ruda.
Nome científico: Ruta graveolens.
Família: asteraceae.
Origem: Europa (região Mediterrânea).
Hábito de crescimento e ecologia: planta subarbustiva, perene. Não tem
exigências quanto ao clima; não tolera sombra.
Recomendações agronômicas
Forma de propagação: estacas.
Época de plantio: setembro a novembro (transplante 2 a 3 meses após
estaquia).
Espaçamento: 0,6 x 0,5 m.
Parte colhida e época de colheita: ramos com botões florais: dezembro,
abril/maio.
Rendimento: 2,0 a 2,3 t/ha (2 colheitas por ano).
Indicações: combate piolho e sarna, é repelente de pulgas e percevejos.
Reações adversas e precauções: planta extremamente tóxica, causa aborto e
hemorragias. Evitar o uso interno.
BABOSA
Nomes populares: aloés, erva-babosa.
Nome científico: Aloe vera; Aloe arborescens.
Família: Aloaceae.
Origem: zonas secas do sul e leste da África. Disseminou-se nas regiões de
clima tropical de todos os continentes.
Hábito de crescimento e ecologia: planta subarbustiva, perene.
Desenvolve-se a pleno sol, não tolera excesso de umidade.
Recomendações agronômicas
Formas de propagação: rebentos.
Solo: bem drenado, tolera baixa fertilidade.
Época de plantio: setembro a janeiro.
Espaçamento: 1,0 x 0,6 m.
Parte colhida e época de colheita: folhas; verão.
Rendimento: 20 t/ha de folhas frescas.
Indicações: queimaduras de sol e fogo, tumores, caspa e dermatites
seborréicas.
Reações adversas e precauções: seu uso interno não é recomendado. O uso
externo pode provocar irritações na pele.
CAMOMILA
Nomes populares: camomila comum, camomila
mançanilha, macela, marcela galega, matricária.
alemã,
maçanilha,
Nome científico: Matricharia chamomilla, syn. Chamomilla recutita.
Família: Asteraceae
Origem: Europa e norte da África.
Hábitos de crescimento e ecologia: planta herbácea, anual. Desenvolve-se a
pleno sol, mas não tolera excesso de calor e seca prolongada. A condição ideal
de produção são as regiões de clima temperado com temperaturas médias
abaixo de 20ºC e elevada umidade relativa do ar.
Recomendações Agronômicas:
Forma de propagação: sementes.
Solo: bem drenado, corrigido e fértil.
Época de plantio: semeadura março a junho (6 Kg/ha, semear a lanço,
misturando as sementes com areia fina ou fubá, em seguida passar uma grade
leve para aumentar o contato das sementes com o solo, sem enterrá-las).
Espaçamento: 0,3 x 0,25 m ou 0,5 x 0,15 m.
Parte colhida e época de colheita: flores: 3 a 4 meses após semeadura.
Rendimento: 900 Kg/ha.
Indicações:
Uso interno: cólicas ou inflamações do estômago e intestino, úlcera péptica,
insônia (principalmente em crianças).
Uso externo: inflamações e irritações da pele e mucosas em qualquer parte do
corpo, eczemas.
Reações adversas e precauções: contra-indicações não são citadas pela
literatura científica. Efeitos colaterais são extremamente raros e referem-se à
alergias por contato.
CONFREI
Nomes populares: consolda, consólida, orelha de burro, orelha de vaca.
Nome científico: Symphytum officinale.
Família: Boraginaceae.
Origem: Ásia.
Hábito de crescimento e ecologia: planta cespitosa, perene.
Desenvolve-se a pleno sol, tolera secas e geadas.
Recomendações agronômicas
Forma de propagação: divisão de touceiras.
Solo: bem drenado, arenoso-argiloso.
Época de plantio: agosto a novembro.
Espaçamento: 0,8 x 0,6 m.
Parte colhida e época de colheita: folhas de 2 em 2 meses, raízes no final do
inverno.
Rendimento: 6,0 a 10,0 t/ha de folhas; 3,0 a 8,0 t/ha de raízes.
Indicações: Cicatrizantes.
Reações adversas e precauções; não expor a área tratada ao sol, pois
podem ocorrer reações alérgicas. NUNCA usar internamente; pode causar
lesões graves no fígado.
ESPINHEIRA-SANTA
Nomes populares: cancerosa, erva-cancerosa, espinheira-santa, espinho-deDeus, limãozinho, salvavidas, sombra-de-touro.
Nome científico: Maytenus ilicifolia.
Família: Celastraceae.
Origem: Brasil (Paraná).
Hábito de crescimento e ecologia: planta arbórea, perene.
Desenvolve-se a pleno sol, mas tolera sombra parcial.
Recomendações agronômicas
Forma de propagação: sementes.
Solo: rico em matéria orgânica, bem a moderadamente drenado.
Época de plantio: setembro a novembro (mudas com 4 a 6 pares de folhas).
Espaçamento: 3,0 x 3,0 m; 1,0 x 1,0 m (adensado).
Parte colhida e época de colheita: ramos com folhas, a partir do segundo ano
de plantio (colher 50% da parte aérea); março/abril (separar as folhas do ramo
após secagem).
Rendimento: 0,2 kg/planta, na 1ª colheita e 1,0 kg/planta a partir da 4ª
colheita.
Indicações: cicatrizante de uso externo, tratamento de úlceras e gastrite.
Reações adversas e precauções: não há indicações de efeitos colaterais até
o momento. Apesar de raros, podem ocorrer casos de hipersensibilidade.
Neste caso recomenda-se descontinuar o uso. É contra-indicado seu uso
durante a gestação e lactação.
FUNCHO
Nomes populares: erva doce, fiolo doce, falso-anis.
Nome científico: Foeniculum vulgare.
Família: Umbeliferae.
Origem: Europa (região Mediterrânea), norte da África e Ásia ocidental.
Hábito de crescimento e ecologia: planta herbácea, perene ou bienal.
Desenvolve-se a pleno sol e não resiste a geadas fortes.
Recomendações agronômicas
Forma de propagação: sementes.
Solo: bem drenado e fértil (exigente em fósforo e potássio).
Época de plantio: setembro a novembro ou março a abril (semear 3 a 5 Kg/ha
e ralear após 20 a 30 dias da emergência).
Espaçamento: 1,2 x 0,8 m.
Parte colhida e época de colheita: flores (umbelas) com frutos com coloração
verde-pardo-acinzentada: 5 meses após o plantio.
Rendimento: 0,8 a 2,0 t/ha de frutos.
Indicações: gases intestinais, estimulante da digestão, aumenta a secreção de
leite em mulheres que estão amamentando.
GENGIBRE
Nomes populares: gengivre, gingibre, mangarataia, mangaratiá.
Nome científico: Zingiber officinale.
Família: Zingiberaceae.
Origem: sudoeste da Ásia.
Hábito de crescimento e ecologia: planta herbácea, perene. Exige clima
tipicamente tropical, quente e úmido.
Recomendações agronômicas
Forma de propagação: gomos dos rizomas. Plantar gomos com 1 ou 2 gemas
em canteiros, e transplantar as mudas após um mês quando atingirem de 3 a 4
cm de altura.
Solo: arenoso, bem drenado e fértil (não plantar seguidamente no mesmo
local).
Época de plantio: início da primavera.
Espaçamento: 0,80 x 0,40 cm. De preferência cobrir os canteiros com palha
ou capim seco para conservar a umidade.
Parte colhida e época de colheita: rizomas; 7 a 10 meses após o plantio,
quando as hastes ficam amareladas.
Indicações: estimulante gastrointestinal, vômitos, tônico, expectorante,
também é utilizado como condimento e na fabricação de conhaque.
GUACO
Nomes populares: coração de Jesus, erva-de-cobra, guaco, guaco de cheiro,
guape, uaco.
Nome científico: Mikania glomerata.
Família: Asteraceae.
Origem: América do Sul (Brasil).
Hábito de crescimento e ecologia: subarbusto trepador, perene.
Desenvolve-se a pleno sol, mas tolera sombra parcial. Não resiste a geadas.
Recomendações agronômicas
Forma de propagação: estacas.
Solo: bem drenado, areno-argiloso.
Época de plantio: setembro a dezembro (2 a 3 meses após a estaquia).
Espaçamento: 3,0 x 2.5 m.
Parte colhida e época de colheita: ramos verdes com folhas e flores: durante
floração, nas regiões frias, colher antes da geada (secar apenas as folhas).
Rendimento: 1,5 a 2,5 t/ha (1 a 2 cortes por ano).
Indicações: recomendado como broncodilatador, antisséptico das vias
respiratórias, expectorante e antiasmático.
Reações adversas e precauções: Seu uso prolongado pode causar
taquicardia, vômitos, diarréia e acidentes hemorrágicos (antagonismo com
vitamina K impede a coagulação do sangue causando hemorragias).
HORTELÃ
Nomes populares: hortelã pimenta, hortelã chinesa, hortelã de tempero,
hortelã de horta, hortelã miúda, poejo.
Nome científico: Mentha piperita, M. arvensis, M. rotundifolia, M. aqualtica, M.
villosa.
Família: Labiatae.
Origem: Europa.
Hábito de crescimento e ecologia: planta herbácea, estolonífera, perene.
Desenvolve-se a pleno sol, suporta altas temperaturas desde que não haja
deficiência de água no solo. Sensível a geadas.
Recomendações agronômicas:
Forma de propagação: rizomas (+ 10 cm).
Solo: bem drenado, rico em matéria orgânica e fósforo.
Espaçamento: 0,6 x 0,3 m.
Parte colhida e época de colheita: toda a parte aérea: 3 a 4 meses após o
plantio (em plena floração).
Rendimento: 2,0 a 4,0 t/ha. (2 a 3 cortes por ano).
Indicações: vermífugo, distúrbios digestivos, analgésico (dores de cabeça e de
dente), anestésico, higiene oral.
Reações adversas e precauções: O mentol, em crianças de pouca idade e
lactentes, pode levar à dispnéia (dificuldade de respirar) e asfixia. Em pessoas
sensíveis pode provocar insônia. A essência irrita a mucosa ocular (conjuntiva),
por isto seu uso não é recomendado durante a gestação, lactação e para
crianças.
MALVA
Nomes populares: Malva das boticas, malva silvestre
Nome Científico: Malva sylvestris
Familia: Malvaceae
Origem: Europa, Àsia Ocidental, norte da Afríca e América
Hábito de crescimento e ecologia: planta herbácia, bienal ou plurienal.
Desenvolve-se a pleno sol.
Recomendações agronômicas
Forma de propagação: sementes, divisão de touceiras ou estaquia.
Solo: Ph 6,0 a 6,5, bem drenado e profundo.
Época de plantio: setembro e outubro
Espaçamento: 0,70X 0,40
Parte colhida e época de colheita: folhas, flores e raízes; 6 meses
Após o plantio, na floração (primavera)
Rendimento: 1,0 a 1,5 t/ha de folhas; 0,3 a 0,4 t/ha de flores.
Indicações: tosse, garganta irritada, afta, gengivite, pele irritada por
queimadura de sol.
MANJERONA
Nome científico: Origanum majorana.
Família: Labiatae.
Origem: nordeste da África, Oriente Médio e Índia.
Hábito de crescimento e ecologia: planta herbácea, anual (regiões com
geadas) ou semi-perene (regiões sem geada. Desenvolve-se a pleno sol e não
tolera temperaturas abaixo de 10ºC.
Recomendações agronômicas
Forma de propagação: segmentos de caule radicantes, divisão de touceiras e
sementes.
Solo: areno-argiloso, rico em matéria orgânica, bem drenado, livre de alumínio
tóxico.
Época de plantio: março a abril; setembro.
Espaçamento: 0,3 x 0,3 m.
Parte colhida e época de colheita: planta toda, 10 a 15 cm acima do solo;
inicia de 60 a 70 dias após o plantio.
Rendimento: 1,2 a 1,5 t/ha (2 colheitas por ano).
Indicações: má digestão.
MARACUJAZEIRO
Nomes populares: flor-da-paixão, maracujá, passiflora
Nome científico: Passiflora alata, P. edulis, P. incarnata.
Familia: Passifloraceae
Origem: América tropical
Hábito de crescimento e ecologia: planta herbácia, trepadeira, anual ou
bienal. Desenvolve-se a pleno sol, não tolera geadas. Exigente em água.
Recomendações agronômicas
Forma de propagação: sementes
Solo: bem drenado, rico em matéria orgânica, ph entre 5,0 e 6,0.
Adubar com 5,0 kg de estrume de gado ou 3,0 kg de cama de aviário por cova
(repetir todo ano)
Época de plantio: primavera.
Espaçamento: 3,0 x 2,5 m.
Parte colhida e época de colheita: ramos com folhas; outono, após início da
maturação dos primeiros frutos.
Rendimento: 1,5 a 2,5 t/ha.
Indicações: calmante e anticonvulsivo.
Reações adversas e precauções: apesar de seu uso tradicional como
sedativo e anticonvulsionante, poucos estudos farmacológicos foram
encontrados na literatura. No entanto, propriedades sedativas do Sistema
Nervoso Central têm sido documentadas dando suporte ao seu uso tradicional,
embora os constituintes ativos não tenham sido, até o momento, bem
esclarecidos. O uso excessivo, principalmente durante a gravidez e a lactação,
deve ser evitado.
MARCELA
Nomes populares: marcela do campo, macela, macelinha, carrapichinho de
agulha.
Nome científico: Achyrocline satureioides.
Família: Asteraceae.
Origem: Brasil (exceto região amazônica).
Hábito de crescimento e ecologia:
Planta herbácea, anual ou bienal. Desenvolve-se a pleno sol. Tolerante a
geadas.
Recomendações agronômicas
Forma de propagação: sementes, que devem ser colocadas para germinar
em badejas de isopor contendo substrato orgânico-mineral.
Germinação de 68%.
Época de plantio: janeiro e fevereiro.
Espaçamento: 0,6 x 0,4 m.
Parte colhida e época de colheita: flores; 3 meses após o plantio, em pleno
florescimento (colher com 70 a 80% das flores abertas).
Rendimento: 0,8 a 1,2 t/ha.
Indicações: azia, cálculo biliar, cólicas intestinais, diarréias, dor de cabeça, dor
de estômago, estimulante da circulação capilar, protetor solar, resfriado,
reumatismo, suores fétidos nos pés.
MIL FOLHAS
Nomes populares: alevante, aquiléa, erva de cortadura, erva do carpinteiro,
levante, milefólia, mil em rama, mil flores, mil folhas, mil ramos, pronto alívio.
Nome científico: Achillea millefolium.
Familia: Asteraceae.
Origem: América do Norte, Europa, norte da Ásia e sul da Aústrália.
Hábito de crescimento e ecologia: planta herbácea, perene. Desenvolve-se a
pleno sol. Tolera climas quentes e secos. Não tolera excesso de umidade.
Recomendações agronômicas
Forma de propagação: rizomas
Solo: areno-argiloso, fértil e bem drenado.
Época de plantio: primavera.
Espaçamento: 0,4 x 0,3
Parte colhida e época de colheita: ramos floridos; 6 meses após o plantio
(flores), ou antes (folhas).
Rendimento: 0,6 a 0,8 t/ha (1º ano) até 2,5 t/ha.
Indicações: nas inflamações gástricas e intestinais, associadas eventualmente
a problemas biliares. Amenorréia, espasmos (cólicas) gastrointestinais e
uterinos relacionados a distúrbios circulatórios. Febres, resfriado comum e
problemas digestivos.
Reações adversas e precauções: pode causar irritação dérmica e ocular,
dores de cabeça e vertigens. As áreas em contato com o suco da planta fresca
podem desenvolver foto sensibilização. Indivíduos sensíveis podem
desencadear reações alérgicas com o uso prolongado. Nestes casos,
descontinuar o uso.
POEJO
Nomes populares: erva-de-são-lourenço, poejo-das-hortas, poejo-real.
Nome científico: Mentha pulegium.
Familia: Labiatae
Origem: sem referências
Hábito de crescimento e ecologia: planta herbácea, estolonífera, perene.
Desenvolve-se a pleno sol. Exigente em água.
Recomendações agronômicas: Forma de propagação: ramos com radículas
e rizoma da planta matriz, que são plantadas diretamente nos canteiros.
Solo: adubado com matéria orgânica e com bom teor de umidade. Em solos
arenosos a planta tende a amarelar e o crescimento é pouco vigoroso. Solos
ácidos são prejudiciais a planta. A planta responde bem a adubação orgânica.
Utilizar de 2 a 3 kg/m2 de húmus de minhoca ou estrume animal curtido.
Época de plantio: primavera e outono.
Espaçamento: 0,3 X 0,3 m.
Parte colhida e época de colheita: toda a parte aérea; colhe-se 2 a 3 meses
após o plantio, no inverno (evitar colher ramos muito rentes ao solo).
Rendimento: 1,5 a 2,0 t/ha.
Indicações: má digestão, cólicas gastrointestinais, vermífugo, expectorante.
Reações adversas e precauções: a pulegona, um dos constituintes químicos
da planta, é citada por possuir efeito tóxico em altas doses. Em razão da
presença de bormeol, não se recomenda o uso da planta por gestantes,
especialmente nos três primeiros meses de gravidez.
QUEBRA-PEDRA
Nomes populares: conami, erva-de-pombinha, herva pombinha, saudade da
mulher, saúde da mulher, saxífraga.
Nome científico: Phyllanthus niruri.
Familia: Euphorbiaceae.
Origem: América.
Hábito de crescimento e ecologia: planta herbácia, semi-perene.
Desenvolve-se a pleno sol, mas tolera sombra parcial.Tolerante à umidade.
Recomendações agronômicas: Forma de propagação: sementes.
Solo: bem drenado; tolera baixa fertilidade.
Época de plantio: setembro e outubro, ou janeiro e fevereiro.
Espaçamento: 0,3 X 0,3
Parte colhida e época de colheita: planta toda,3º mês após o plantio, no
verão ou outono.
Rendimento: 3,0 a 4,0 t/ha.
Indicações: pedras nos rins, inflamação na bexiga, diurético.
TANCHAGEM
Nomes populares: tanchas, tansagem, transage.
Nome científico: Plantago australis.
Família: Plantaginaceae
Origem: Europa.
Hábito de crescimento e ecologia: planta herbácea, perene.
Desenvolve-se a pleno sol, mas tolera sombra parcial. Tolerante à umidade.
Recomendações agronômicas
Forma de propagação: sementes (com dormência). A germinação espontânea
ocorre na primavera.
Solo: areno-argiloso, rico em matéria orgânica e bem drenado.
Época de plantio: inverno ou primavera.
Espaçamento: 0,4 x 0,25 m.
Parte colhida e época de colheita: folhas: 3 a 4 meses após o plantio.
Rendimento: 1,6 t/ha.
Indicações: Expectorante, aftas, amigdalites, garganta inflamada, inflamações
urinárias e gastrintestinais. Sementes são laxativas.
Fonte: Radomski, Maria Izabel. Trabalhador no cultivo de plantas
medicinais: plantas medicinais, aromáticas e condimentares / Maria Izabel
Radomski – Curitiba: SENAR – Pr., 2008.
PRINCIPAIS PLANTAS MEDICINAIS, AROMÁTICAS E
CONDIMENTARES, CULTIVADAS NO PARANÁ.
NOME POPULAR
NOME CIENTÍFICO
Alcachofra
Cynara scolymus
Alecrim
Rosmarinus officinalis
Alfavaca
Ocimum basilicum
Arruda
Ruta graveolens
Aveloz
Euphorbia sp.
Babosa
Aloe arborescens, A. vera
Bardana
Arctium Iappa
Boldo-do-reino
Coleus barbatus
Calêndula
Calendula Officinalis
Camomila
Chamomila recutita
Capim-limão
Cymbopogum citratus
Capuchinho
Tropaeolum majus
Carqueja
Baccharis spp.
Catinga-de-mulata
Tanacetum vulgare
Cavalinha
Equisetum spp.
Chapéu-de-couro
Echinodorus macrophyllus
Citronela
Cymbopogum winterianus
Confrei
Symphytum officinale
Crem
Armorica rusticana, A. lapathifolia
Dente-de-leão
Taraxacum officinale
Erva-cidreira-brasileira
Lippia alba, L. ctriodora, L. geminata
Erva-de-bicho
Polygonum sp.
Erva-de-santa-maria
Chenopodium ambrosioides
Espinheira-santa
Maytenus ilicifolia, M. aquifolium
Funcho
Foeniculum vulgare
Gengibre
Zingiber officinale
Guaco
Mikania glomerata, M. laevigata
Hortelã
Mentha spp.
Laranja-azeda
Citrus aurantium
Losna
Artemísia absinthium
Marcela
Achyrocline satureioides
Malva
Malva sylvestris
Manjerona
Origanum majorana
Maracujazeiro
Passiflora alata, P. edulis
Mastruço
Coronopus didymus
Melão-de-são-caetano
Mormodica charantia
Melissa
Melissa officinalis
Mentrasto
Ageratum conyzoides
Mil-folhas
Achillea millefolium
Orégano
Origanum vulgare
Pata-de-vaca
Bauhinia forficata
Poejo
Mentha pulegium
Quebra-pedra
Phyllanthus niruri
Sabugueiro
Sambucus sp.
Salsa
Petroselinum sativum
Sálvia
Salvia officinalis
Sete-sangrias
Cuphea balsamona
Tanchagem
Plantago australis, P. major, P.
lanceolata
Tomilho
Thymus vulgaris
Fonte: CORREA JÚNIOR, C.; GRAÇA, L. C.; SCHEFFER, M. C. Complexo
agroindustrial das plantas medicinais, aromáticas e condimentares no
Estado do Paraná, Curitiba: EMATER-PR / Embrapa Florestal, 2004.
AS PLANTAS E OS PRINCÍPIOS ATIVOS
PLANTAS
PRINCÍPIOS ATIVOS
Arruda, cafeeiro, erva- Alcalóides (substâncias
que contém nitrogênio
mate, jaborandi.
na sua molécula).
FUNÇÕES /
LOCALIZAÇÃO NA
PLANTA
Protegem a planta
contra predadores;
Reserva
de
nitrogênio para a
planta;
Na medicina são
utilizados
como
estimulantes
analgésicos
e
vasodilatadores;
Ocorrem
nas
sementes, flores,
folhas, cascas de
caule e raízes.
Alecrim,
camomila, Óleos essenciais (que
capim limão, hortelã, dão o cheiro para a
marcela, mil-em-rama, planta).
eucalipto.
Protegem a planta
contra predadores;
Protegem a planta
da falta de água e
temperaturas altas;
Inibem
a
germinação
de
sementes
de
plantas invasoras;
Na
medicina,
auxiliam
no
tratamento
de
problemas
digestivos
(diarréias, enjôos,
cólicas) e doenças
respiratórias;
Ocorrem na casca,
folhas e flores.
Babosa,
malva.
tanchagem, Polissacarídeos
(mucilagens e gomas).
Protegem a planta
contra excesso de
temperatura
e
seca;
Na
atuam
medicina,
como
cicatrizantes
e
antiinflamatórios;
Ocorrem
nas
folhas e raízes.
Espinheira-santa,
Taninos (substância que
araçazeiro,
goiabeira, na boca dá a sensação
malva.
de “amarrar”)
Protegem a planta
contra predadores;
Na medicina, tem
função cicatrizante
e anti-diarréica;
Ocorrem na casca,
folhas e frutos.
Calêndula, prímula, uva.
Flavonóides
(substâncias que dão
colorido às plantas).
Defendem
as
plantas dos raios
do sol;
Na medicina, tem
atividades
antiinflamatória e
anti-séptica;
Ocorrem
nas
folhas, flores e
frutos.
Calêndula,
prímula,
catuaba.
fáfia, Glicosídeos
(também
cavalinha, conhecidos
como
saponinas, porque em
contato com a água
formam espuma).
Atividade
ictiotóxica
(toxidade
para
peixes)
e
molusquicida
(toxidade
para
moluscos);
Ação espermicida;
Depressora
colesterol;
de
Antiinflamatória,
antiviral;
Ocorrem
nas
raízes, folhas e
flores.
Fonte: Radomski, Maria Izabel. Trabalhador no cultivo de plantas
medicinais: plantas medicinais, aromáticas e condimentares / Maria Izabel
Radomski – Curitiba: SENAR – Pr., 2008.
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