APRENDA MAIS SOBRE PLANTAS MEDICINAIS... O uso de plantas medicinais¹ é tão antigo quanto a história da humanidade. Todo o conhecimento acumulado até hoje sobre estas plantas, deve-se a homens e mulheres que, ao longo de milhares de anos, observaram a natureza e testaram em si próprios o efeito de inúmeras espécies para tratar seus males. Atualmente a ciência moderna se baseia nestes conhecimentos para desenvolver suas pesquisas e obter novos e mais eficientes medicamentos. ¹Planta medicinal: é uma espécie vegetal, cultivada ou não, utilizada com propósitos terapêuticos. Chama-se planta fresca aquela coletada no momento de uso e planta seca a que foi precedida de secagem, equivalente a droga vegetal. ALCACHOFRA Nomes populares: cachofra, alcachofra rosa, artichoke. Nome científico: Cynara scolymus. Família: Asteraceae. Origem: norte da África. Hábito de crescimento e ecologia: planta herbácea, semi-perene. Desenvolve-se a pleno sol, não tolera sombra e excesso de umidade. Recomendações agronômicas Forma de propagação: sementes. Solo: bem drenado e corrigido. Época de plantio: maio a junho (mudas com 4 a 6 folhas). Espaçamento: 1,2 x 1,0 m. Parte colhida e época de colheita: folhas, 100 a 130 dias de plantio. Indicações: afecções hepato-biliares e no aumento da uréia e colesterol, alivia os males gástricos e renais, é coadjuvante nos regimes de emagrecimento, hipertensão e hidropisia (acumulação anormal de líquido seroso em tecido ou cavidade do corpo). Reações adversas e precauções: utilizada tradicionalmente, na forma de chá (folhas) e alimento (flores), há vários séculos, sem relatos de atividade tóxica. Não deve ser utilizada durante a lactação (cinarina coagula o leite materno) e em casos de fermentação intestinal. Excesso do uso pode provocar aumento da diurese (da urina) e diarréia. ALECRIM Nomes populares: alecrim de cheiro, alecrim de jardim, rosmarino. Nome científico: Rosmarinus officinalis. Família: Labiateae. Origem: Europa (região Mediterrânea) e norte da África. Hábito de crescimento e ecologia: arbusto perene. Desenvolve-se a pleno sol, não tolera sombra, frio excessivo e umidade. Recomendações agronômicas Forma de propagação: estacas (colher ponteiras da planta mãe, com 15 cm, antes do florescimento). Solo: bem drenado e corrigido, tolera baixa fertilidade. Época de plantio: outubro a novembro, (mudas com 20 cm de comprimento). Espaçamento: 1,0 x 0,6 m. Parte colhida e época de colheita: ramos semi-lenhosos, a 30 cm acima do solo, verão e início do outono (após o florescimento). Rendimento: 1,6-2,4 t/ha Indicações: problemas respiratórios (tosse, gripe, bronquite), falta de apetite, cansaço físico e mental, cólicas estomacais, hemorróidas, cicatrizante e antiséptico. Reações adversas e precauções: não se recomenda o uso interno para gestantes, prostáticos e pessoas com diarréia. ARRUDA Nomes populares: ruta de cheiro, ruda. Nome científico: Ruta graveolens. Família: asteraceae. Origem: Europa (região Mediterrânea). Hábito de crescimento e ecologia: planta subarbustiva, perene. Não tem exigências quanto ao clima; não tolera sombra. Recomendações agronômicas Forma de propagação: estacas. Época de plantio: setembro a novembro (transplante 2 a 3 meses após estaquia). Espaçamento: 0,6 x 0,5 m. Parte colhida e época de colheita: ramos com botões florais: dezembro, abril/maio. Rendimento: 2,0 a 2,3 t/ha (2 colheitas por ano). Indicações: combate piolho e sarna, é repelente de pulgas e percevejos. Reações adversas e precauções: planta extremamente tóxica, causa aborto e hemorragias. Evitar o uso interno. BABOSA Nomes populares: aloés, erva-babosa. Nome científico: Aloe vera; Aloe arborescens. Família: Aloaceae. Origem: zonas secas do sul e leste da África. Disseminou-se nas regiões de clima tropical de todos os continentes. Hábito de crescimento e ecologia: planta subarbustiva, perene. Desenvolve-se a pleno sol, não tolera excesso de umidade. Recomendações agronômicas Formas de propagação: rebentos. Solo: bem drenado, tolera baixa fertilidade. Época de plantio: setembro a janeiro. Espaçamento: 1,0 x 0,6 m. Parte colhida e época de colheita: folhas; verão. Rendimento: 20 t/ha de folhas frescas. Indicações: queimaduras de sol e fogo, tumores, caspa e dermatites seborréicas. Reações adversas e precauções: seu uso interno não é recomendado. O uso externo pode provocar irritações na pele. CAMOMILA Nomes populares: camomila comum, camomila mançanilha, macela, marcela galega, matricária. alemã, maçanilha, Nome científico: Matricharia chamomilla, syn. Chamomilla recutita. Família: Asteraceae Origem: Europa e norte da África. Hábitos de crescimento e ecologia: planta herbácea, anual. Desenvolve-se a pleno sol, mas não tolera excesso de calor e seca prolongada. A condição ideal de produção são as regiões de clima temperado com temperaturas médias abaixo de 20ºC e elevada umidade relativa do ar. Recomendações Agronômicas: Forma de propagação: sementes. Solo: bem drenado, corrigido e fértil. Época de plantio: semeadura março a junho (6 Kg/ha, semear a lanço, misturando as sementes com areia fina ou fubá, em seguida passar uma grade leve para aumentar o contato das sementes com o solo, sem enterrá-las). Espaçamento: 0,3 x 0,25 m ou 0,5 x 0,15 m. Parte colhida e época de colheita: flores: 3 a 4 meses após semeadura. Rendimento: 900 Kg/ha. Indicações: Uso interno: cólicas ou inflamações do estômago e intestino, úlcera péptica, insônia (principalmente em crianças). Uso externo: inflamações e irritações da pele e mucosas em qualquer parte do corpo, eczemas. Reações adversas e precauções: contra-indicações não são citadas pela literatura científica. Efeitos colaterais são extremamente raros e referem-se à alergias por contato. CONFREI Nomes populares: consolda, consólida, orelha de burro, orelha de vaca. Nome científico: Symphytum officinale. Família: Boraginaceae. Origem: Ásia. Hábito de crescimento e ecologia: planta cespitosa, perene. Desenvolve-se a pleno sol, tolera secas e geadas. Recomendações agronômicas Forma de propagação: divisão de touceiras. Solo: bem drenado, arenoso-argiloso. Época de plantio: agosto a novembro. Espaçamento: 0,8 x 0,6 m. Parte colhida e época de colheita: folhas de 2 em 2 meses, raízes no final do inverno. Rendimento: 6,0 a 10,0 t/ha de folhas; 3,0 a 8,0 t/ha de raízes. Indicações: Cicatrizantes. Reações adversas e precauções; não expor a área tratada ao sol, pois podem ocorrer reações alérgicas. NUNCA usar internamente; pode causar lesões graves no fígado. ESPINHEIRA-SANTA Nomes populares: cancerosa, erva-cancerosa, espinheira-santa, espinho-deDeus, limãozinho, salvavidas, sombra-de-touro. Nome científico: Maytenus ilicifolia. Família: Celastraceae. Origem: Brasil (Paraná). Hábito de crescimento e ecologia: planta arbórea, perene. Desenvolve-se a pleno sol, mas tolera sombra parcial. Recomendações agronômicas Forma de propagação: sementes. Solo: rico em matéria orgânica, bem a moderadamente drenado. Época de plantio: setembro a novembro (mudas com 4 a 6 pares de folhas). Espaçamento: 3,0 x 3,0 m; 1,0 x 1,0 m (adensado). Parte colhida e época de colheita: ramos com folhas, a partir do segundo ano de plantio (colher 50% da parte aérea); março/abril (separar as folhas do ramo após secagem). Rendimento: 0,2 kg/planta, na 1ª colheita e 1,0 kg/planta a partir da 4ª colheita. Indicações: cicatrizante de uso externo, tratamento de úlceras e gastrite. Reações adversas e precauções: não há indicações de efeitos colaterais até o momento. Apesar de raros, podem ocorrer casos de hipersensibilidade. Neste caso recomenda-se descontinuar o uso. É contra-indicado seu uso durante a gestação e lactação. FUNCHO Nomes populares: erva doce, fiolo doce, falso-anis. Nome científico: Foeniculum vulgare. Família: Umbeliferae. Origem: Europa (região Mediterrânea), norte da África e Ásia ocidental. Hábito de crescimento e ecologia: planta herbácea, perene ou bienal. Desenvolve-se a pleno sol e não resiste a geadas fortes. Recomendações agronômicas Forma de propagação: sementes. Solo: bem drenado e fértil (exigente em fósforo e potássio). Época de plantio: setembro a novembro ou março a abril (semear 3 a 5 Kg/ha e ralear após 20 a 30 dias da emergência). Espaçamento: 1,2 x 0,8 m. Parte colhida e época de colheita: flores (umbelas) com frutos com coloração verde-pardo-acinzentada: 5 meses após o plantio. Rendimento: 0,8 a 2,0 t/ha de frutos. Indicações: gases intestinais, estimulante da digestão, aumenta a secreção de leite em mulheres que estão amamentando. GENGIBRE Nomes populares: gengivre, gingibre, mangarataia, mangaratiá. Nome científico: Zingiber officinale. Família: Zingiberaceae. Origem: sudoeste da Ásia. Hábito de crescimento e ecologia: planta herbácea, perene. Exige clima tipicamente tropical, quente e úmido. Recomendações agronômicas Forma de propagação: gomos dos rizomas. Plantar gomos com 1 ou 2 gemas em canteiros, e transplantar as mudas após um mês quando atingirem de 3 a 4 cm de altura. Solo: arenoso, bem drenado e fértil (não plantar seguidamente no mesmo local). Época de plantio: início da primavera. Espaçamento: 0,80 x 0,40 cm. De preferência cobrir os canteiros com palha ou capim seco para conservar a umidade. Parte colhida e época de colheita: rizomas; 7 a 10 meses após o plantio, quando as hastes ficam amareladas. Indicações: estimulante gastrointestinal, vômitos, tônico, expectorante, também é utilizado como condimento e na fabricação de conhaque. GUACO Nomes populares: coração de Jesus, erva-de-cobra, guaco, guaco de cheiro, guape, uaco. Nome científico: Mikania glomerata. Família: Asteraceae. Origem: América do Sul (Brasil). Hábito de crescimento e ecologia: subarbusto trepador, perene. Desenvolve-se a pleno sol, mas tolera sombra parcial. Não resiste a geadas. Recomendações agronômicas Forma de propagação: estacas. Solo: bem drenado, areno-argiloso. Época de plantio: setembro a dezembro (2 a 3 meses após a estaquia). Espaçamento: 3,0 x 2.5 m. Parte colhida e época de colheita: ramos verdes com folhas e flores: durante floração, nas regiões frias, colher antes da geada (secar apenas as folhas). Rendimento: 1,5 a 2,5 t/ha (1 a 2 cortes por ano). Indicações: recomendado como broncodilatador, antisséptico das vias respiratórias, expectorante e antiasmático. Reações adversas e precauções: Seu uso prolongado pode causar taquicardia, vômitos, diarréia e acidentes hemorrágicos (antagonismo com vitamina K impede a coagulação do sangue causando hemorragias). HORTELÃ Nomes populares: hortelã pimenta, hortelã chinesa, hortelã de tempero, hortelã de horta, hortelã miúda, poejo. Nome científico: Mentha piperita, M. arvensis, M. rotundifolia, M. aqualtica, M. villosa. Família: Labiatae. Origem: Europa. Hábito de crescimento e ecologia: planta herbácea, estolonífera, perene. Desenvolve-se a pleno sol, suporta altas temperaturas desde que não haja deficiência de água no solo. Sensível a geadas. Recomendações agronômicas: Forma de propagação: rizomas (+ 10 cm). Solo: bem drenado, rico em matéria orgânica e fósforo. Espaçamento: 0,6 x 0,3 m. Parte colhida e época de colheita: toda a parte aérea: 3 a 4 meses após o plantio (em plena floração). Rendimento: 2,0 a 4,0 t/ha. (2 a 3 cortes por ano). Indicações: vermífugo, distúrbios digestivos, analgésico (dores de cabeça e de dente), anestésico, higiene oral. Reações adversas e precauções: O mentol, em crianças de pouca idade e lactentes, pode levar à dispnéia (dificuldade de respirar) e asfixia. Em pessoas sensíveis pode provocar insônia. A essência irrita a mucosa ocular (conjuntiva), por isto seu uso não é recomendado durante a gestação, lactação e para crianças. MALVA Nomes populares: Malva das boticas, malva silvestre Nome Científico: Malva sylvestris Familia: Malvaceae Origem: Europa, Àsia Ocidental, norte da Afríca e América Hábito de crescimento e ecologia: planta herbácia, bienal ou plurienal. Desenvolve-se a pleno sol. Recomendações agronômicas Forma de propagação: sementes, divisão de touceiras ou estaquia. Solo: Ph 6,0 a 6,5, bem drenado e profundo. Época de plantio: setembro e outubro Espaçamento: 0,70X 0,40 Parte colhida e época de colheita: folhas, flores e raízes; 6 meses Após o plantio, na floração (primavera) Rendimento: 1,0 a 1,5 t/ha de folhas; 0,3 a 0,4 t/ha de flores. Indicações: tosse, garganta irritada, afta, gengivite, pele irritada por queimadura de sol. MANJERONA Nome científico: Origanum majorana. Família: Labiatae. Origem: nordeste da África, Oriente Médio e Índia. Hábito de crescimento e ecologia: planta herbácea, anual (regiões com geadas) ou semi-perene (regiões sem geada. Desenvolve-se a pleno sol e não tolera temperaturas abaixo de 10ºC. Recomendações agronômicas Forma de propagação: segmentos de caule radicantes, divisão de touceiras e sementes. Solo: areno-argiloso, rico em matéria orgânica, bem drenado, livre de alumínio tóxico. Época de plantio: março a abril; setembro. Espaçamento: 0,3 x 0,3 m. Parte colhida e época de colheita: planta toda, 10 a 15 cm acima do solo; inicia de 60 a 70 dias após o plantio. Rendimento: 1,2 a 1,5 t/ha (2 colheitas por ano). Indicações: má digestão. MARACUJAZEIRO Nomes populares: flor-da-paixão, maracujá, passiflora Nome científico: Passiflora alata, P. edulis, P. incarnata. Familia: Passifloraceae Origem: América tropical Hábito de crescimento e ecologia: planta herbácia, trepadeira, anual ou bienal. Desenvolve-se a pleno sol, não tolera geadas. Exigente em água. Recomendações agronômicas Forma de propagação: sementes Solo: bem drenado, rico em matéria orgânica, ph entre 5,0 e 6,0. Adubar com 5,0 kg de estrume de gado ou 3,0 kg de cama de aviário por cova (repetir todo ano) Época de plantio: primavera. Espaçamento: 3,0 x 2,5 m. Parte colhida e época de colheita: ramos com folhas; outono, após início da maturação dos primeiros frutos. Rendimento: 1,5 a 2,5 t/ha. Indicações: calmante e anticonvulsivo. Reações adversas e precauções: apesar de seu uso tradicional como sedativo e anticonvulsionante, poucos estudos farmacológicos foram encontrados na literatura. No entanto, propriedades sedativas do Sistema Nervoso Central têm sido documentadas dando suporte ao seu uso tradicional, embora os constituintes ativos não tenham sido, até o momento, bem esclarecidos. O uso excessivo, principalmente durante a gravidez e a lactação, deve ser evitado. MARCELA Nomes populares: marcela do campo, macela, macelinha, carrapichinho de agulha. Nome científico: Achyrocline satureioides. Família: Asteraceae. Origem: Brasil (exceto região amazônica). Hábito de crescimento e ecologia: Planta herbácea, anual ou bienal. Desenvolve-se a pleno sol. Tolerante a geadas. Recomendações agronômicas Forma de propagação: sementes, que devem ser colocadas para germinar em badejas de isopor contendo substrato orgânico-mineral. Germinação de 68%. Época de plantio: janeiro e fevereiro. Espaçamento: 0,6 x 0,4 m. Parte colhida e época de colheita: flores; 3 meses após o plantio, em pleno florescimento (colher com 70 a 80% das flores abertas). Rendimento: 0,8 a 1,2 t/ha. Indicações: azia, cálculo biliar, cólicas intestinais, diarréias, dor de cabeça, dor de estômago, estimulante da circulação capilar, protetor solar, resfriado, reumatismo, suores fétidos nos pés. MIL FOLHAS Nomes populares: alevante, aquiléa, erva de cortadura, erva do carpinteiro, levante, milefólia, mil em rama, mil flores, mil folhas, mil ramos, pronto alívio. Nome científico: Achillea millefolium. Familia: Asteraceae. Origem: América do Norte, Europa, norte da Ásia e sul da Aústrália. Hábito de crescimento e ecologia: planta herbácea, perene. Desenvolve-se a pleno sol. Tolera climas quentes e secos. Não tolera excesso de umidade. Recomendações agronômicas Forma de propagação: rizomas Solo: areno-argiloso, fértil e bem drenado. Época de plantio: primavera. Espaçamento: 0,4 x 0,3 Parte colhida e época de colheita: ramos floridos; 6 meses após o plantio (flores), ou antes (folhas). Rendimento: 0,6 a 0,8 t/ha (1º ano) até 2,5 t/ha. Indicações: nas inflamações gástricas e intestinais, associadas eventualmente a problemas biliares. Amenorréia, espasmos (cólicas) gastrointestinais e uterinos relacionados a distúrbios circulatórios. Febres, resfriado comum e problemas digestivos. Reações adversas e precauções: pode causar irritação dérmica e ocular, dores de cabeça e vertigens. As áreas em contato com o suco da planta fresca podem desenvolver foto sensibilização. Indivíduos sensíveis podem desencadear reações alérgicas com o uso prolongado. Nestes casos, descontinuar o uso. POEJO Nomes populares: erva-de-são-lourenço, poejo-das-hortas, poejo-real. Nome científico: Mentha pulegium. Familia: Labiatae Origem: sem referências Hábito de crescimento e ecologia: planta herbácea, estolonífera, perene. Desenvolve-se a pleno sol. Exigente em água. Recomendações agronômicas: Forma de propagação: ramos com radículas e rizoma da planta matriz, que são plantadas diretamente nos canteiros. Solo: adubado com matéria orgânica e com bom teor de umidade. Em solos arenosos a planta tende a amarelar e o crescimento é pouco vigoroso. Solos ácidos são prejudiciais a planta. A planta responde bem a adubação orgânica. Utilizar de 2 a 3 kg/m2 de húmus de minhoca ou estrume animal curtido. Época de plantio: primavera e outono. Espaçamento: 0,3 X 0,3 m. Parte colhida e época de colheita: toda a parte aérea; colhe-se 2 a 3 meses após o plantio, no inverno (evitar colher ramos muito rentes ao solo). Rendimento: 1,5 a 2,0 t/ha. Indicações: má digestão, cólicas gastrointestinais, vermífugo, expectorante. Reações adversas e precauções: a pulegona, um dos constituintes químicos da planta, é citada por possuir efeito tóxico em altas doses. Em razão da presença de bormeol, não se recomenda o uso da planta por gestantes, especialmente nos três primeiros meses de gravidez. QUEBRA-PEDRA Nomes populares: conami, erva-de-pombinha, herva pombinha, saudade da mulher, saúde da mulher, saxífraga. Nome científico: Phyllanthus niruri. Familia: Euphorbiaceae. Origem: América. Hábito de crescimento e ecologia: planta herbácia, semi-perene. Desenvolve-se a pleno sol, mas tolera sombra parcial.Tolerante à umidade. Recomendações agronômicas: Forma de propagação: sementes. Solo: bem drenado; tolera baixa fertilidade. Época de plantio: setembro e outubro, ou janeiro e fevereiro. Espaçamento: 0,3 X 0,3 Parte colhida e época de colheita: planta toda,3º mês após o plantio, no verão ou outono. Rendimento: 3,0 a 4,0 t/ha. Indicações: pedras nos rins, inflamação na bexiga, diurético. TANCHAGEM Nomes populares: tanchas, tansagem, transage. Nome científico: Plantago australis. Família: Plantaginaceae Origem: Europa. Hábito de crescimento e ecologia: planta herbácea, perene. Desenvolve-se a pleno sol, mas tolera sombra parcial. Tolerante à umidade. Recomendações agronômicas Forma de propagação: sementes (com dormência). A germinação espontânea ocorre na primavera. Solo: areno-argiloso, rico em matéria orgânica e bem drenado. Época de plantio: inverno ou primavera. Espaçamento: 0,4 x 0,25 m. Parte colhida e época de colheita: folhas: 3 a 4 meses após o plantio. Rendimento: 1,6 t/ha. Indicações: Expectorante, aftas, amigdalites, garganta inflamada, inflamações urinárias e gastrintestinais. Sementes são laxativas. Fonte: Radomski, Maria Izabel. Trabalhador no cultivo de plantas medicinais: plantas medicinais, aromáticas e condimentares / Maria Izabel Radomski – Curitiba: SENAR – Pr., 2008. PRINCIPAIS PLANTAS MEDICINAIS, AROMÁTICAS E CONDIMENTARES, CULTIVADAS NO PARANÁ. NOME POPULAR NOME CIENTÍFICO Alcachofra Cynara scolymus Alecrim Rosmarinus officinalis Alfavaca Ocimum basilicum Arruda Ruta graveolens Aveloz Euphorbia sp. Babosa Aloe arborescens, A. vera Bardana Arctium Iappa Boldo-do-reino Coleus barbatus Calêndula Calendula Officinalis Camomila Chamomila recutita Capim-limão Cymbopogum citratus Capuchinho Tropaeolum majus Carqueja Baccharis spp. Catinga-de-mulata Tanacetum vulgare Cavalinha Equisetum spp. Chapéu-de-couro Echinodorus macrophyllus Citronela Cymbopogum winterianus Confrei Symphytum officinale Crem Armorica rusticana, A. lapathifolia Dente-de-leão Taraxacum officinale Erva-cidreira-brasileira Lippia alba, L. ctriodora, L. geminata Erva-de-bicho Polygonum sp. Erva-de-santa-maria Chenopodium ambrosioides Espinheira-santa Maytenus ilicifolia, M. aquifolium Funcho Foeniculum vulgare Gengibre Zingiber officinale Guaco Mikania glomerata, M. laevigata Hortelã Mentha spp. Laranja-azeda Citrus aurantium Losna Artemísia absinthium Marcela Achyrocline satureioides Malva Malva sylvestris Manjerona Origanum majorana Maracujazeiro Passiflora alata, P. edulis Mastruço Coronopus didymus Melão-de-são-caetano Mormodica charantia Melissa Melissa officinalis Mentrasto Ageratum conyzoides Mil-folhas Achillea millefolium Orégano Origanum vulgare Pata-de-vaca Bauhinia forficata Poejo Mentha pulegium Quebra-pedra Phyllanthus niruri Sabugueiro Sambucus sp. Salsa Petroselinum sativum Sálvia Salvia officinalis Sete-sangrias Cuphea balsamona Tanchagem Plantago australis, P. major, P. lanceolata Tomilho Thymus vulgaris Fonte: CORREA JÚNIOR, C.; GRAÇA, L. C.; SCHEFFER, M. C. Complexo agroindustrial das plantas medicinais, aromáticas e condimentares no Estado do Paraná, Curitiba: EMATER-PR / Embrapa Florestal, 2004. AS PLANTAS E OS PRINCÍPIOS ATIVOS PLANTAS PRINCÍPIOS ATIVOS Arruda, cafeeiro, erva- Alcalóides (substâncias que contém nitrogênio mate, jaborandi. na sua molécula). FUNÇÕES / LOCALIZAÇÃO NA PLANTA Protegem a planta contra predadores; Reserva de nitrogênio para a planta; Na medicina são utilizados como estimulantes analgésicos e vasodilatadores; Ocorrem nas sementes, flores, folhas, cascas de caule e raízes. Alecrim, camomila, Óleos essenciais (que capim limão, hortelã, dão o cheiro para a marcela, mil-em-rama, planta). eucalipto. Protegem a planta contra predadores; Protegem a planta da falta de água e temperaturas altas; Inibem a germinação de sementes de plantas invasoras; Na medicina, auxiliam no tratamento de problemas digestivos (diarréias, enjôos, cólicas) e doenças respiratórias; Ocorrem na casca, folhas e flores. Babosa, malva. tanchagem, Polissacarídeos (mucilagens e gomas). Protegem a planta contra excesso de temperatura e seca; Na atuam medicina, como cicatrizantes e antiinflamatórios; Ocorrem nas folhas e raízes. Espinheira-santa, Taninos (substância que araçazeiro, goiabeira, na boca dá a sensação malva. de “amarrar”) Protegem a planta contra predadores; Na medicina, tem função cicatrizante e anti-diarréica; Ocorrem na casca, folhas e frutos. Calêndula, prímula, uva. Flavonóides (substâncias que dão colorido às plantas). Defendem as plantas dos raios do sol; Na medicina, tem atividades antiinflamatória e anti-séptica; Ocorrem nas folhas, flores e frutos. Calêndula, prímula, catuaba. fáfia, Glicosídeos (também cavalinha, conhecidos como saponinas, porque em contato com a água formam espuma). Atividade ictiotóxica (toxidade para peixes) e molusquicida (toxidade para moluscos); Ação espermicida; Depressora colesterol; de Antiinflamatória, antiviral; Ocorrem nas raízes, folhas e flores. Fonte: Radomski, Maria Izabel. Trabalhador no cultivo de plantas medicinais: plantas medicinais, aromáticas e condimentares / Maria Izabel Radomski – Curitiba: SENAR – Pr., 2008.