Contexto Histórico Objeto de Aprendizagem: Análise Morfossintática História da gramática Gramática (do Grego transliterado grammatiké, feminino substantivado de grammatikós), é a "arte de ler e de escrever", (pelo Latim grammatica, com o mesmo significado, Ferreira, Aurélio Buarque de Holanda). Segundo um Dicionário da língua portuguesa: é o conjunto de regras individuais usadas para um determinado uso de uma língua, não necessariamente o que se entende por seu uso "correto". É ramo da Lingüística que tem por objetivo estudar a forma, a composição e a inter-relação das palavras dentro da oração ou da frase, bem assim o seu apropriado ou correto uso. A primeira gramática de que se tem notícia, registro histórico, é a de Pānini para o sânscrito. Contudo, aceita-se que o estudo formal da gramática tenha iniciado com os gregos, a partir de uma perspectiva filosófica — como, aliás, era do feitio grego no apreciarem as diversas questões do conhecimento e da natureza— , descobrindo, assim, a estrutura da língua. Com o advento do Império Romano, em sua dominação dos demais povos, os romanos receberam essa tradição dos gregos, e traduziram do latim os nomes das partes da oração e dos acidentes gramaticais. Muitas destas denominações chegaram aos nossos dias. A partir do século XIX, surgiu a gramática comparativa, como enfoque dominante da Lingüística. Dionísio de Trácia, gramático grego, escreveu a "Arte da Gramática", obra que serviu de base para as gramáticas grega, latina e de outras línguas européias até o Renascimento. No século XVIII, iniciaram-se as comparações entre as várias línguas européias e asiáticas, trabalho que culminou com a afirmação de Gottfried Wilhelm Leibniz de que a "maioria das línguas provinha de uma única língua, a indo-européia". Até o início do século XX, não havia sido iniciada a descrição gramatical da língua dentro de seu próprio modelo. Mas, abordando esta perspectiva, surgiu o "Handbook of american Indian languages" [Manual das línguas indígenas americanas] (1911), do antropólogo Franz Boas, assim como os trabalhos do estruturalista dinamarquês Otto Jespersen, que publicou, em 1924, "A filosofia da gramática". Boas desafiou a metodologia tradicional da gramática ao estudar línguas não indo-européias que careciam de testemunhos escritos. A análise descritiva, representada nestes dois autores, desenvolveu um método preciso e científico, além de descrever as unidades formais mínimas de qualquer língua. Para Ferdinand de Saussure, "a língua é o sistema que sustenta qualquer idioma concreto", isto é, o que falam e entendem os membros de qualquer comunidade lingüística, pois participam da gramática. Em meados do século XX, Noam Chomsky concebeu a teoria da "gramática universal", baseada em princípios comuns a todas as línguas. Também nos séculos XIX e XX, estabeleceram-se as bases científicas da Semiótica, como "sistema de signos", a conectar várias ou todas as áreas do conhecimento. Em língua portuguesa, a primeira gramática conhecida é da autoria de Fernão de Oliveira, foi publicada em Lisboa, em 1536, com o título “Grammatica da lingoagem portuguesa”. Classificação Costuma-se classificar a Gramática em partes "autônomas, porém harmônicas entre si", a fim de facilitar o seu estudo. Uma classificação mais atual, comporta: • Comunicação e expressão; • Fonética; • Morfologia; • Sintaxe; • Etimologia; • Semântica; • Literatura; • Lógica. Esta última, contudo, não pretende ser uma classificação definitiva, exaustiva ou única. Trecho íntegro do artigo: Gramatical da Wikipédia, a enciclopédia livre. Disponível in: http://pt.wikipedia.org/wiki/Gramatical [Acesso 30/08/2007]