espirro e suas repercussões no funcionamento orgânico1

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Promovendo Saúde na Contemporaneidade:
desafios de pesquisa, ensino e extensão
Santa Maria, RS, 08 a 11 de junho de 2010
DISCUSSÃO INTERDISCIPLINAR AMBIENTE E SAÚDE: ESPIRRO E SUAS REPERCUSSÕES NO
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FUNCIONAMENTO ORGÂNICO
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Almeida, E. ; Muller, M. ; Copetti, N. P. ; Beck, T. S. ; Costenaro, R. G. S. ;
1
Trabalho apresentado a disciplina de Desenvolvimento Profissional II. Curso de Enfermagem. Centro
.
Universitário Franciscano –UNIFRA - Santa Maria. RS
2
Aluno do Curso de enfermagem. Centro Universitário Franciscano – UNIFRA - Santa Maria. RS.
3
Drª Enfª. Profª do Curso de enfermagem. Centro Universitário Franciscano – UNIFRA - Santa Maria.
RS.
E-mail: [email protected] ; [email protected]
RESUMO
O organismo humano, no cotidiano de vida, apresenta vários sinais de defesa, dentre os quais
citamos neste estudo descritivo bibliográfico o espirro. Assim objetiva-se discutir, numa perspectiva
multidisciplinar, sobre a fisiopatologia do espirro bem como as doenças as quais este pode ser um
sinal ou sintoma. O aspecto social do espirro pode também se apresentar de maneira constrangedora
e por isso destaca-se os cuidados que devem ser seguidos quando da presença de espirro.
Palavras chave: Espirro. Rinite. Enfermagem. Interdisciplinaridade.
1 INTRODUÇÃO
Os micro pêlos existentes na traquéia quando percebem alguma irritação, enviam um sinal
para o cérebro, que imediatamente responde, e é neste momento que espirramos e podemos liberar
bactérias que estavam provocando irritações. Assim, o espirro é considerado um mecanismo usado
pelo corpo para expulsar os corpos estranhos, como bactérias e vírus, que estão causando
incômodos nas vias respiratórias, podendo ser um alerta de algumas doenças como a rinite, que
precisam ser tratadas.
Assim, objetiva-se neste estudo, discutir, numa perspectiva multidisciplinar, sobre a
fisiopatologia do espirro bem como as doenças e a incidência deste e a relação com o meio
ambiente.
2 MÉTODO
O presente estudo esta vinculado ao Grupo Interdisciplinar de Pesquisa em Saúde-GIPES e
inserida na linha de pesquisa Educação, Cuidado e Ética na Saúde. Ele compreende uma pesquisa
bibliográfica com abordagem qualitativa, a qual explora por meio de revisão bibliográfica em banco de
dados eletrônicos como Google acadêmico e Scielo. Além disso, também fundamentou-se a temática
em escritas de livros impressos cujas fontes compreenderam o período de 2000 a 2009.
No pensar de Lakatos e Marconi (2006), a pesquisa descritiva pode ser visualizada como a
descrição, registro, análise e interpretação de fenômenos ou situação mediante um estudo realizado
em determinado espaço de tempo, objetivando o seu funcionamento no presente.
3 FISIOANATOMIA DAS FOSSAS NASAIS
O nariz é composto pelas fossas nasais que constituem o segmento inicial da árvore
respiratória, comunica-se com o exterior por meio das narinas e com a cavidade faringeana por
intermédio das coanas. As fossas nasais são duas cavidades paralelas que vão das narinas até a
faringe. São separadas por uma parede cartilaginosa, em seu interior existem
dobras chamadas de cornetos nasais, situada acima da cavidade bucal e abaixo da cavidade
craniana e dentro das cavidades orbitais (GRABOWSKI, 2002;GUYTON, 2006)
Na parte superior das fossas nasais existem as células sensoriais responsáveis pelo olfato e
desempenham três funções distintas que são: Aquecer o ar pelas superfícies das conchas e do septo
nasal; umedecer o ar e filtrar o ar que chega até as narinas;
Os pêlos no orifício de entrada das narinas também auxiliam na filtração do ar, pois removem
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as partículas maiores de sujidade do ar. A remoção de partículas menores ocorre por precipitação
turbulenta, ou seja, o ar passando pelas vias nasais é detido nos obstáculos, como as conchas, o
septo e a parede da faringe. Cada vez que o ar encontra um destes obstáculos é obrigado a mudar
de direção e as partículas não conseguem mudar a trajetória esbarrando nestas superfícies
(GRABOWSKI, 2002; GUYTON, 2006).
3.1 MEMBRANA MUCOSA OLFATÓRIA
A membrana mucosa olfatória participa de uma porção especializada da mucosa nasal, é de
pigmentação amarelada e coberta por muco. É pequena cobrindo uma área de 5 cm no teto da
cavidade nasal próximo ao septo, essa membrana contém células de sustentação dos receptores
olfatórios. Cada receptor olfatório é um neurônio e a membrana mucosa é considerada o local onde o
sistema nervoso esta mais próximo do mundo externo (GRABOWSKI, 2002;GUYTON, 2006).
O bulbo olfatório possui importante função no reconhecimento do cheiro. Nos bulbos
olfatórios, os axônios dos receptores entram em contato com os dendritos das células mitrais,
formando as complexas sinapses nos glomérulos olfatórios. Os axônios das células mitrais passam
posteriormente, para o córtex olfatório (GRABOWSKI, 2002).
De acordo com Grabowski (2002) os músculos que compõe as fossas nasais são: músculo
Procéro da fronte para o dorso do nariz; músculo Nasal compressor e dilatador da narina; músculo
depressor do septo que auxilia na respiração profunda e traciona para baixo as asas do nariz.
3.2 REFLEXO DO ESPIRRO
O estimulo inicial do reflexo do espirro é a irritação da mucosa nasal, os impulsos aferentes
passando pelo quinto par craniano se dirigem para o bulbo onde o reflexo é integrado. Entretanto, o
bloqueio aéreo inicial ocorre principalmente no palato mole e na úvula, em vez de ser na laringe. A
pressão se acumula nos pulmões e na faringe atrás da úvula, então ela é subitamente abaixada
fazendo com que grande quantidade de ar passe rapidamente através do nariz, auxiliando assim a
desobstruir as vias aéreas nasais (GRABOWSKI, 2002; GUYTON, 2006).
3.3 ESPIRRO: sinal e sintoma de doença ou de defesa orgânica respiratória
RINITE- Doença que causa irritação e inflamação da mucosa nasal, sendo que a inflamação
decorrente da rinite pode estimular a produção em excesso de muco, ocasionando corisa nasal. Os
agentes causadores podem estar relacionados com vírus ou com bactérias, embora se manifeste
com mais freqüência nos processos alérgicos ou por reações ao pó (ácaros e fungos) (GOMES).
Os sintomas geralmente ocorrem obstrução nasal, prurido nasal, rinorréia e espirros. Pode
ocasionar cefaléia a qual surge nas mudanças climáticas, umidade ou quando a pessoa entra em
contato com agentes alérgenos ou irritantes (GOMES).
Os dados epidemiológicos mostram que a rinite é considerada a doença alérgica mais
comum, cuja incidência é de aproximadamente 10% a 20% da população mundial. A rinite alérgica
sazonal afeta em diferentes países, entre 0,5 a 28% das crianças e 0,5% a 15% dos adultos. Em
cidades de clima variável e com altos níveis de poluição, como São Paulo, a incidência é ainda maior.
O fator hereditário ainda esta sendo investigado uma vez que as incidências mostram que cerca de
40% dos indivíduos com rinite alérgica têm pais que apresentam esta mesma doença
(RAJAKULASINGAM et al, 1997).
Os tipos mais freqüentes de rinite são:
-Rinite medicamentosa: causada pelo uso de medicamentos via nasal sem orientação médica;
-Rinite irritativa: atinge pessoas que vivem em grandes cidades, causada pela poluição e pelo
agentes irritantes da atmosfera;
-Rinite vasomotora: comum em ambientes poluídos;
-Rinite alérgica: mais comum, especialmente em cidades grandes, cujo ambiente é poluído e onde a
poeira domestica é abundante, e em locais úmidos.
-Rinite da gestante, a rinite do idoso, a rinite gustativa e a rinite do esportista. São mais raras,
mas não deixam de ser importantes (RAJAKULASINGAM et al, 1997).
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RESFRIADO- Também conhecido como infecção viral do trato respiratório superior que
destrói o revestimento interno das vias respiratórias e dura de poucos dias a duas semanas. As
defesas orgânicas reagem, causando mais inflamação. Isso pode fazer com que bactérias que
estejam nas vias respiratórias se aproveitem da situação, produzindo muco purulento que pode ser
expelido via nasal ou oral. Os resfriados não possuem tratamento específico, assim, usando ou não
medicação, a pessoa melhora, embora alguns sintomas possam persistir até duas semanas. O
resfriado termina quando o revestimento interno lesado se regenera. Caso os sintomas se
prolongarem, deve ser investigada a possibilidade de infecção bacteriana, a qual pode ter surgido
após o resfriado – pneumonia, laringite, sinusite ou otite (LANÇA, 2006).
3.4 RESFRIADO: formas de contágio e os cuidados com o ambiente
Existem cinco famílias diferentes de vírus que podem causar os resfriados, no entanto o vírus
mais comum é o Rinovírus. A grande variedade de vírus justifica a não existência de vacinas que
protejam as pessoas destas viroses (LANÇA,2006).
Uma pessoa só adquire um resfriado, se o vírus entrar em contato com o revestimento interno
das narinas. Salienta-se que as viroses que chegam até os olhos ou boca também podem se
estender até as narinas. A pessoa pode infectar-se pelo vírus quando entrar em contato com outra
pessoa resfriada, que ao espirrar, espalha gotículas no ar com muco e vírus. Contudo, a via mais
comum de transmissão destas viroses é pelo contato direto por meio de objetos ou contato pele a
pele. Ressalta-se que não existem comprovações cientificas de que o resfriamento do corpo possa
levar uma pessoa a desenvolver um resfriado. Contudo, o estresse emocional, a fadiga e outros
fatores que diminuem os mecanismos de defesa (imunidade) do organismo podem facilitar o
surgimento da doença (LANÇA,2006).
4 SINTOMAS E DIAGNÓSTICO DO RESFRIADO
Normalmente, os sintomas surgem de 1 a 3 dias após a pessoa entrar em contato com o
vírus, os sintomas são: Coriza nasal intensa, obstrução nasal, dispnéia, espirros, tosse, amigdalite,
função olfativa diminuída, voz anasalada, rouquidão, hipotermia ou hipertermeia, algia generalizada,
cefaléia pode ter surgido após o resfriado – pneumonia, laringite, sinusite ou otite (LANÇA,2006).
O diagnóstico é feito por meio do exame físico e conversa com a pessoa doente. Não são
necessários exames complementares, exceto nos casos de dúvida em relação ao diagnóstico.
Devemos lembrar que resfriado não é gripe. A gripe é uma infecção respiratória mais séria causada
pelo vírus influenza pode ter surgido após o resfriado – pneumonia, laringite, sinusite ou
otite(LANÇA,2006).
5 TRATAMENTO E PREVENÇÃO
Não há tratamento especifico para o combater o vírus causador do resfriado. As orientações
de saúde objetivam atenuar os sintomas da doença e dar condições adequadas para que o
organismo da pessoa afetada se recupere. É importante ingerir líquidos e misturar limão com mel
pode amenizar a irritação faringiana e aliviar a tosse. Dentre os medicamentos para aliviar os
sintomas, utiliza-se o acetaminofen ou algum antiinflamatório, como o ibuprofeno, que podem aliviar a
dor (LANÇA,2006).
A prevenção envolve várias atitudes de cuidado, pois, como muitos vírus diferentes podem
causar resfriados, ainda não foi desenvolvido vacina eficaz. É quase impossível não pegar um
resfriado. Mas existem algumas atitudes que podem diminuir este risco. Dentre estes cuidados,
destacamos: lavar freqüentemente as mãos; se possível, evitar contatos íntimos com pessoas
resfriadas; manter os digitais longe dos olhos e nariz; não compartilhar mesmo copo com outras
pessoas;
Para que a doença não se dissemine é importante que a pessoa resfriada: cubra o nariz e a
boca com um lenço ao tossir ou espirrar; lave suas mãos após tossir ou espirrar; se possível, ficar
longe de outras pessoas nos primeiros três dias da doença, quando o contágio é maior.
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6 FATORES NUTRICIONAIS QUE PODEM ORIGINAR O ESPIRRO
Substâncias presentes nos alimentos como poeira doméstica e pólen podem provocar
espirros, cefaléia ou até morte súbita as alergias tem se tornado cada vez mais comum, porém não
são ainda totalmente compreendidas. As substâncias que provocam alergias são minúsculas
partículas de matéria presentes no ambiente ou alimentos o chamado alérgeno, o organismo as
considera como estranhas ou potencialmente patogênicas então reagem liberando anticorpos para a
circulação ou tecidos.
As reações de cada pessoa pode variar de intensidade, pois esta depende do confronto entre
os alérgenos e os anticorpos e podem variar desde coriza, corrimento nasal, espirros até a chamada
febre dos fenos(alérgia do pólen de algumas plantas, em especial gramíneas, constituinte do feno) e
árvores (KUMAR, ABBAS, FAUSTO, 2005).
Os sintomas geralmente incluem espirros, congestão nasal, rinorreia, irritação e hiperemia
ocular, tosse, prurido nasal e oral. Ao contrário do que o nome sugere, não há febre. A alergia pode
ocorrer durante todo o ano desde que a substância desencadeante esteja presente, é mais frequente
na primavera e no outono, quando a quantidade de pólen no ar aumenta. Também pode ser
desencadeada pela inalação de outras substâncias como poeiras, e pêlos de animais.
Quando alérgenos alimentares penetram no corpo ou entram em contacto com a pele, o
organismo reage, libertando grandes quantidades de histamina e outros compostos. É esta explosão
histamínica que provoca muitos dos sintomas da reação alérgica, entre eles comichão nos olhos e
lágrimas, espirros, respiração ruidosa, erupção cutânea e diarreia. Em alguns casos pode se sentir
formigamento na lingua ou na boca após ingerir maçãs cruas ou tomate esta alergia ocorre
frequentemente nas pessoas que sofrem de febre dos fenos citada acima. Dentre os
desencadeadores de espirro também estão os ácaros, fungos,cheiros fortes como perfumes e
inseticidas.Salienta-se que oespirro é uma exelente forma de transmissão de doenças respiratórias
pois ao espirrarmos liberamos 40 mil gotículas de saliva e o ar que sai das narinas atinge em média
150 km/hora(LANÇA, 2006).
Pesquisas avaliaram 2.640 crianças, entre 5 e 10 anos para saber o porque das crianças que
apresentam o hábito de consumir mais maçãs e outras frutas apresentam menos sintomas de rinite.
Os dados mostraram que o consumo de bananas, pelo menos uma vez por dia, assim como a
ingestão de suco de maçã concentrado, associaram-se a uma menor freqüência de sintomas de rinite
(espirros). Entretanto, nenhum desses hábitos alimentares demonstrou ser eficaz no controle dos
sintomas da asma (KUMAR, ABBAS, FAUSTO, 2005).
A ingestão de frutas diariamente (maçãs e bananas) foi considerada como satisfatória pelos
autores como proteção contra rinite na faixa pediátrica. Mais estudos deverão ser realizados, para a
compreensão dos fatores relacionados a esse fato.
Como fonte principal causadora de espirros, temos a Rinite, na qual o portador da mesma
tem irritações a alérgenos, podendo evitar o contato com os mesmo, como:
-Polens: mantendo janelas fechadas, uso de ar condicionado com filtro para retiradas dos grãos do
pólen, reduzir as atividades fora de casa. E quase impossível o portador de rinite não ter contato
direto.
-Fungos: manter casa limpa, arejada usar vaporizador e umidificador com fungicidas.
-Ácaros da poeira: lavar freqüentemente capas de colchões, sofás travesseiros. Evitar tapetes,
carpetes cortinas dentre outros.
-Alérgenos de animais: não permitir animais domésticos dentro de casa.
-Alérgenos de insetos: limpeza adequada do domicílio.
Portadores de rinite tanto alérgica quanto crônica também necessitam de abordagem
farmacológica além de evitar a exposição á alérgenos.
As principais classes se medicamentos empregadas para evitar espirros são os
corticosteróide intranasais e os anti-histamínicos orais. Os corticosteróides são substâncias de
estrutura esteróide com propriedades hormonais produzidos pelo córtex supra renal, no entanto,
apresentam muitos efeitos fisiológicos e farmacológicos (PAGE, 2004).
Para Page (2004) os efeitos fisiológicos ou hormonais se caracterizam por: efeitos
metabólicos sobre glicídios, lipídios, proteínas e minerais; efeitos orgânicos sobre massa corporal,
rins e eixo hipotalamico, hipofisário- adrenal.
Os efeitos farmacológicos são anti-inflamatório e imunossupressor. São classificados em
glicocorticóides e mineralocorticosteroides com uso sistêmico, local e tópico.
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O corticosteróide sistêmico não é recomendado no tratamento da rinite alérgica. Os estudos
mostram que o corticosteróide intra-nasal leva a alivio importante na congestão nasal, coriza,
espirros, gotejamento pós-nasal e sintomas nasais gerais. Nas doses recomendadas, os CIN`s não
interferem no crescimento e no eixo hipófise – hipotálamo – adrenal, em crianças, mas recomenda-se
o acompanhamento cuidadoso do crescimento. Ressalta-se que a dose do medicamento é iniciada
na máxima recomendada para a idade. Com o passar do tempo os sintomas vão diminuindo e a dose
sendo reduzida gradativamente. Os pacientes com sintomatologia mais grave necessitam de uso
continuo (PAGE, 2004).
Anti-histamínicos H1 -A ação antialérgica deve-se a sua competição com a histamina pelos
locais do receptor H1 sobre as células efetoras. Eles também podem inibir a liberação da histamina e
outros agentes inflamatórios dos mastócitos e basófilos. Alguns anti-histamínicos H1, também
possuem ação antiemética e antivertiginosas. Alguns deles são usados também como sedativos,
anorexígenos e antitussígenos. Os anti-histamínicos H1 podem ser classificados em primeira geração
(com efeito sedativo – hipnótico) e de 2° geração (não provocam sonolência). Associam-se na
redução dos sintomas de prurido nasal, rinorréia e espirros, porém com menor efeito sobre a
congestão nasal (PAGE, 2004).
Os AH de segunda geração representam uma opção popular para muitos pacientes,
principalmente aqueles com sintomas mais graves. Esses reduzem o edema da mucosa nasal,
aliviando a congestão nasal. Os descongestionantes orais podem ser usados até que se obtenha
resolução dos sintomas. Dentre os descongestionantes, citamos o spray de solução salina hidrata a
cavidade nasal, e melhora o sistema muco ciliar, pois contém magnésio, que reduz a inflamação
(PAGE, 2004).
Imunoterapia - consiste na administração repetida de alergénos específicos a pessoas com
condições clínicas mediadas por IgE, objetivando dessensibilizar essas pessoas destes alergenos.
Em crianças pode levar a polissensibilização a outros alérgenos, prevenindo o desenvolvimento de
asma. Não existem relatos de efeitos em longo prazo. O tratamento por meio de vacinas
antialérgicas, é longo, e age, diminuindo a sensibilidade a substância alérgica (PAGE, 2004).
7 RELAÇÃO SOCIAL O AMBIENTE E A SAÚDE
Todas as pessoas conhecem as funções do espirro, um importante mecanismo de defesa do
nosso corpo contra todos os corpos estranhos que poderiam adentrar o nosso sistema, caso esse
não existisse. Alias, pensa-se que o espirro tenha sido desenvolvido pelos nossos corpos exatamente
com uma forma extra de proteção. Deste modo, quando espirramos colocamos para fora tudo o que
poderia ser prejudicial ao organismo evitando maiores danos.
O espirro é um ato involuntário que deve ser controlado (ou tentar controlar) para não causar
constrangimentos aos que estão em nossa presença. Se não puder evitá-lo cuide para não espirrar
próximo as pessoas. Caso não conseguir evitar, seja discreto e peça de desculpa após é sempre bem
vindo. Ao presenciar um espirro evite a expressão “saúde”, ou entra comumente usada, pois não é de
bom tom.
Ao espirrar ou tossir, muitas mulheres, com faixa etária acima de 50 anos podem apresentar
incontinência urinária, devido prolapso de bexiga e útero.
Atitudes que podem evitar o espirro
- Ao sentir vontade de espirrar, pare de respirar e concentre-se.
- Inspire pela boca e expire com força pelo nariz.
- Repita o processo até a irritação nasal diminuir e passar completamente.
8 DISCUTINDO A INTERDISCIPLINARIDADE DAS CIÊNCIAS RELACIONADAS AO ESPIRRO
De acordo com as novas diretrizes curriculares nacionais para a área da saúde sendo aqui
mais especificamente para a enfermagem defini-se pela importância em trabalhar a identidade desta
profissão em prol do desenvolvimento coletivo da vida das pessoas. Assim, a sensibilização para o
trabalho multidisciplinar precisa ser favorecida sempre que se almeja um processo participativo
(MANCIA, GRUPISMO, 2003; BRASIL, 2001). Assim, as atividades programadas para o
desenvolvimento profissional II que integram o eixo temático saúde e ambiente, interferem de
maneira positiva na formação profissional em enfermagem uma vez que o processo de reconstrução
da aprendizagem profissional em saúde defini estratégias que abrangem uma visão integral do saber
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e do cuidado. Neste aspecto as relações interpessoais e multidisciplinares devem primar pelo objetivo
maior de discussões acerca das numeráveis situações vivenciadas pelas pessoas no âmbito pessoal
e social. Assim as atividades teóricas práticas desenvolvidas em cenários de ensino e serviço devem
condizer com a realidade. Visando conhecer o que o perfil de formação do curso enfatizando quais as
qualidades são necessárias para enfrentar os tempos contemporâneos em saúde.
Assim, é imprescindível que sejam discutidas junto a comunidade discente e docente as
prioridades contidas nas Diretrizes Curriculares Nacionais e o Projeto Pedagógico do Curso, as quais
priorizam uma formação generalista e de cunho interdisciplinar (SILVA, 001).
Corroborando, Magalhães e Ide(2001) expressam que essa proposta inovadora deve ser
construída a partir do que é sonho e do que é realidade e assim manter docente e discentes focados
num único objetivo que a melhoria da realidade na promoção da saúde.
9 CONSIDERAÇÕES FINAIS
O meio mais eficaz de se controlar o espirro causado por problemas de alergia é evitar a
exposição ao alérgeno causador. Pode ser necessário afastar os animais de estimação de dentro de
casa para evitar a caspa animal, mudar os filtros do sistema de calefação, usar dispositivos para filtrar
o ar com a finalidade de minimizar a concentração de pólen, viajar durante os períodos críticos para
regiões não contaminadas pela polinização e, inclusive, pode ser necessário mudar de residência
para eliminar os problemas causados pelos esporos de mofo.
As orientações de enfermagem relacionadas ao espirro, são importantes pois, previnem
doenças e promovem saúde. Estas orientações relacionadas a higiene do ambiente e aos cuidados
com a disseminação de bactérias existentes na cavidade nasal e oral devem ser repassadas as
pessoas desde os primeiros anos de vida. Devem ser consideradas como hábitos de educação e de
saúde.
REFERÊNCIAS
BRASIL. Conselho Nacional de Educação / Câmara de Educação Superior (BR). Diretrizes
Curriculares Nacionais dos Cursos de Graduação em Enfermagem, Medicina e Nutrição.
CNE/CES 1.133/2001. Aprovada em 7/8/2001.
GRABOWSKI, Tortora,. Princípios de anatomia e fisiologia. 9ª ed.São Paulo:Guanabara.2002.
GUYTON, Arthur C. ;HALL, John E. Tratado de fisiologia médica. 11ed. Rio de Janeiro:Guanabara.
2006.
KUMAR, V., ABBAS, A.K., FAUSTO, N. Robbins e Cotran: Patologia: Bases Patológicas das
Doenças. 7. ed. São Paulo: Elsevier. 2005.
LANÇA, Marcio Ataíde. Resfriado. Publicado em 01/11/2001 e revisado em 30/11/2006
MAGALHÃES, L.M.T; IDE, C.A.C. O ensino superior em enfermagem e o desafio da mudança: os
referencias de um novo processo de formação. 2001. In: Ide CAC, Domenico EL. Ensinando e
aprendendo: um novo estilo de cuidar. São Paulo: Atheneu; 2001.
MANCIA, L. Grupismo: o risco da ignorância. Revista da SBDG. 2003; 1: 20-4.
PAGE, Clive et all. Farmacologia Integrada. 2 ed..São paulo: Manole. 2004.
SILVA, T. T. Documentos de Identidade: uma introdução às teorias do currículo. 2.ed. Belo
Horizonte: Autêntica; 2001a.
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