Diagnóstico precoce das complicações tardias no

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12/06/2016
Diagnóstico precoce das
complicações tardias no
consultório pediátrico
Plano
•
•
•
•
Introdução
Apresentação de casos clínicos
Abordagem do tema
Discussão
Profa Dra. Liane Esteves Daudt
Profa Dra. Mariana Bohns Michalowski
Md. Klerize Anecely de Souza Silva
Sobreviventes do Câncer na Infância
•
•
•
•
Qual o tamanho do problema?
O que esperar no seguimento após a Alta?
Avaliação de risco
Quem deve fazer o acompanhamento?
Câncer na Infância
Câncer < 19 anos
• Incidência 193/milhão (RCBP Porto Alegre
1998 a 2002)
• Estimativas do INCA (2008/09) = 9.890
casos/ano no Brasil (< 19 anos)
• Estimativas SEER/EUA = 12.500 crianças/ano
• 2a Causa de óbito entre 1 a 19 anos (1a
Acidentes); 8% de todos os óbitos
Sobrevida
• Sobrevida em 5 anos:
– Anos 60: 30%
– Atualmente: 80%
• 379.100 indivíduos
vivendo nos EUA
diagnosticados com
câncer < 21 anos
• Expectativa de
aumentar para 500.000
no final de 2020
http://www.inca.gov.br/tumores_infantis/
1
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Mortalidade Tardia
Câncer na Infância
• Incidência global tem aumentado com o
tempo:
– 118/milhão anos 70
– 124/milhão anos 80
– 139/milhão anos 90
Mortalidade
2ª Neoplasia
Cardiológicas
Pulmonares
Steliarova-Foucher et al. Lancet 2004
SMR
(95% CI)
15,2
(13,9 – 16,6)
8,8
(6,8 – 11,2)
7,0
(5,9 – 8,2)
Ann C. Mertens et al. JNCI J Natl Cancer Inst 2008;100:1368-1379
Mortalidade Tardia
Casos Clínicos
Cumulative cause-specific mortality
Armstrong et al. J Clin Oncol 27; 2009
Caso 1.
• Menina de 10 anos, natural e procedente de
Florianópolis, mudou-se para Porto Alegre com a
família.
• Em sua primeira consulta com um Pediatra na nova
cidade:
• Queixa Principal:
 Mãe preocupada com o peso e mau rendimento
escolar da menina.
• História da Doença Atual:
Caso 1.
 Mãe diz que a criança está sofrendo “bullying” na
escola devido a obesidade e dificuldades de
aprendizado.
 Repetindo a segunda série.
 Mãe preocupada, pois acha que a menina está ficando
cada vez mais introspectiva, tímida e depressiva.
 Piora dos sintomas nos últimos dois anos após
reprovação escolar e ganho de peso excessivo.
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• História
Patológica Pregressa:
Caso 1.
Caso 1.
• Fez uso das seguintes medicações:
 Tratamento para Leucemia Linfoide Aguda
(LLA) aos 4 anos de idade.
 Em remissão da doença segundo relatório do
oncologista pediátrico.
 Prednisolona e Dexametasona em alta dose
 Quimioterápicos: Asparaginase IM
Vincristina IV
Metotrexate IV e IT
Doxorrubicina IV
Daunorrubicina IV
Ciclofosfamida IV
Citarabina IT e SC
Mercaptopurina VO
Tioguanina VO
Não fez radioterapia.
Caso 1.
• Exame físico:







Bom estado geral, corada, hidratada
Aparelhos cardiovascular e respiratório sem alterações
Abdome globoso, indolor, sem organomegalias
Extremidades bem perfundidas, bons pulsos
Oroscopia: algumas cáries
Pele com algumas estrias esbranquiçadas em abdome
Tanner: M1P1
 Peso: 50kg
Altura: 135cm
•
Caso 1.
IMC: 27,43kg/m2
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Caso 1.
Dificuldade
de
aprendizado
Caso 2.
LLA + QT
• Menino de 12 anos, retorna a consulta com seu
Pediatra após 6 anos da última consulta.
Obesidade
Depressão
• Queixa Principal:
 Mãe preocupada com a altura do filho,
com seu cansaço e desânimo.
“Bullying”
Impressão ?
• História da Doença Atual:
Caso 2.
 Mãe conta que o filho é menor do que os colegas
de turma.
 Relata que o filho está muito desanimado. Criança
refere cansaço e fraqueza.
 Bom apetite.
 Constipação necessitando de laxativos.
 Mãe tem a impressão que criança às vezes não
escuta adequadamente.
Caso 2.
• Segundo relatório do Oncologista:
 Criança foi submetida a neurocirurgia com
ressecção de 95% do tumor localizado em fossa
posterior.
 Recebeu quimioterapia por um ano e meio.
 30 sessões de Radioterapia incluindo crânio e
neuro-eixo.
 Fez uso dos seguintes quimioterápicos:
- Vincristina IV
- Cisplatina IV
- Lomustina IV
- Ciclofosfamida alta dose IV
• História Patológica Pregressa:
Caso 2.
 Foi submetido a tratamento para tumor de SNC,
chamado Meduloblastoma, aos 6 anos de idade.
 Mãe diz que nos últimos anos criança só
acompanhou com o oncologista pediátrico.
 Refere que a criança está bem do tratamento
oncológico.
 Traz relatório do oncologista com resumo do
tratamento prévio.
Caso 2.
• Exame físico:
 Bom estado geral, corado, hidratado, pele seca, cabelos
ressecados.
 Aparelhos cardiovascular e respiratório sem alterações
 Abdome depressível, indolor, sem organomegalias
 Extremidades bem perfundidas, bons pulsos
 Oroscopia: cárie dentária
 Tanner: G1P1
 Peso: 45kg
Altura: 133cm
IMC: 25,4 kg/m2
 Altura da mãe: 165cm
 Alvo: 179cm
Altura do pai: 180cm
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Caso 2.
Fora de
tratamento
Quimioterapia
Radioterapia
Meduloblastoma
Baixa Estatura
Obesidade
Fraqueza / Cansaço
Desânimo
Constipação
Déficit auditivo ?
Impressão ?
O que fazer ?
O Que São Efeitos Tardio?
• Condições médicas que ocorrem meses ou
anos após o diagnóstico ou tratamento
– Pode ocorrer durante o tratamento e persistir por
longo período ou surgir posteriormente
• Pode variar de leve a grave com risco de morte
Sobreviventes do
Câncer Infantil
Condição de Saúde a Longo Prazo
• Triagem Médica de
sobreviventes
adultos (n=1713)
por efeitos tardios:
 Idade média ao
diagnóstico:
7,5 anos (0-24)
 Idade média ao
estudo:
33,1 anos (18-60)
 Tempo médio do
diagnóstico:
25,6 anos (10-47)
Health Conditions in childhood cancer survivors in St. Jude Lifetime Cohort Study
Hudson et al., JAMA, 2013
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Quem tem Maior Risco?
• Tipo da neoplasia
– Tumor Ósseo
O Que Causa os Efeitos Tardios?
• Tratamento do Câncer
• RR 38,9 comparado aos seus irmãos
– Leucemias e Tu Wilms
• RR 4,1 comparado aos seu irmãos
– RR 8,2 comparação geral com irmãos
CCSS
O Que Causa os Efeitos Tardios?
O Que Causa os Efeitos Tardios?
• Quimioterapia
– < 3 anos após término do tratamento
• Síndrome Mielodisplásica/LMA
• Agentes alquilantes, Inibidores da Topoisomerase
• Radioterapia
– > 10 anos após término do tratamento
• Ca Pele não Melanoma, Ca de Mama, Tu SNC, Tu
Tireóide, Tu Genitourinário e de TGI
• Dose Acumulativa
• Suscetibilidade Genética
Fatores de Risco
Fatores de Risco
• Idade
• Radioterapia SNC
• Irradiação Corporal
Total
• Incidência de Doença
Cardíaca
– 12,5% Antraciclina +
Radioterapia de Tórax
– 7,3% Antraciclina
– 4% Radioterapia de
Tórax
Bathia et al. JCO 33:3055, 2015
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• Crescimento e
Desenvolvimento
–
–
–
–
Efeitos Tardios Físicos
Crescimento Linear
Maturação Esqueleto
Função Intelectual
Maturação:
• Emocional
• Social
• Sexual
• Fertilidade e
Reprodução
– Fertilidade
– Saúde dos Filhos
• Função Orgânica
–
–
–
–
–
–
–
Cardíaca
Pulmonar
Renal
Endócrina
Gastrointestinal
Visão
Audição
• Segunda Neoplasia
– Benigna
– Maligna
Recomendações de triagem baseadas na ocorrência de
efeitos tardios em sobreviventes do câncer infantil
Efeitos Adversos
Psicossociais
Déficit
Neurocognitivo
Perda Auditiva
Exposições Terapêuticas
Associadas a Maior Risco
Fatores Associados a
Maior Risco
Triagem Recomendada
Tumores SNC
Irradiação Craniana
Perda auditiva
Idade mais avançada ao
diagnóstico
Avaliação Psicossocial Anual
Irradiação Craniana
Metotrexate (intratecal, alta
dose IV)
Citarabina (alta dose IV)
Sexo Feminino
Idade mais jovem
Irradiação Craniana
Metotrexate IT
Revisão do progresso escolar ou
profissional anual
Avaliação Neuropsicológica basal
e conforme indicação clínica
Irradiação Craniana
Cisplatina
Carboplatina (Doses
mieloablativas ou se uso
durante a infância)
Idade mais jovem ao
tratamento
Alta dose de
quimioterapia e
irradiação
Avaliação audiológica completa
para os pacientes que
receberam:
Derivados da Platina: basal e
conforme indicação clínica
Irradiação Craniana > 30 Gy: a
cada 5 anos
Qualquer experiência com
Câncer
Efeitos Tardios Psicossociais
• Saúde Mental
– Depressão
– Ansiedade relacionada ao
Câncer
– Estresse Pós Traumático
• Educação/Vocação
– Alcance Acadêmico
– Limitação Vocacional
– Desemprego/Subemprego
• Discriminação em
Asseguração
– Acesso à Saúde
Suplementar
Recomendações de triagem baseadas na ocorrência de
efeitos tardios em sobreviventes do câncer infantil
Efeitos Adversos
Exposições Terapêuticas
Associadas a Maior Risco
Fatores Associados a
Maior Risco
Triagem Recomendada
Cardiomiopatia
Insuficiência
Cardíaca
Congestiva
Antraciclinas
Irradiação torácica e
espinhal
Dose acumulada de
antraciclina >500mg/m2
Sexo Feminino
Menor Idade ao
tratamento
Irradiação Mediastinal
Ecocardio a cada 1 a 5 anos
(conforme idade ao
tratamento, dose de QT e
história de irradiação)
Eletrocardiograma
Basal e conforme indicação
clínica
Pacientes que receberam só
RT:
Glicemia de jejum ou HgA1C e
perfil lipídico a cada 2 anos; Se
anormal, avaliação continua
Doença
Aterosclerótica do
Coração
Irradiação torácica e
espinhal
Fibrose Pulmonar
Pneumonite
Intersticial
Bleomicina, carmustina,
lomustina, bussulfano
Irradiação torácica ou
pulmonar
Infarto Miocárdio
Doença Valvar
Disfunção Hepática
Metotrexate
Mercaptopurina
Tioguanina
Irradiação Hepática
Landier et al. Pediatr Clin N Am 62; 2015
Recomendações de triagem baseadas na ocorrência de
efeitos tardios em sobreviventes do câncer infantil
Fatores Associados a
Maior Risco
Triagem Recomendada
Efeitos Adversos
Irradiação Neurocraniana
Neurocirurgia envolvendo
o eixo hipotalâmicopituitário
Menor idade ao
tratamento
Sexo feminino
Irradiação craniana >20Gy
Altura, Peso e IMC anual
Hipotireodismo
Radiação de impacto em
glândula tireoide (ex,
pescoço, mandíbula)
T4 livre e TSH anual
Hipogonadismo
(disfunção das
células Leydig em
meninos ; Falência
ovariana aguda ou
prematura em
meninas)
Agentes alquilantes
Irradiação cranioespinhal
Irradiação Abdominopélvica
Irradiação Gonadal
Dose alta de irradiação
Sexo Feminino
Maior idade ao
tratamento
Obesidade
Alta dose acumulada de
agentes alquilantes
Irradiação Gonadal
Feminino: tratamento
durante a peripuberdade
ou pós puberdade
Início da puberdade, Tanner
anual até a maturação sexual
Feminino: FSH, LH, estradiol
Basal até 13 anos e conforme
indicação clínica
Masculino: Testosterona
sérica
Basal até 14 anos e conforme
indicação clínica
Landier et al. Pediatr Clin N Am 62; 2015
Menor idade ao
tratamento
Bleomicina > 400 U/m2
Doença veno-oclusiva
do fígado prévia
Hepatite viral crônica
Função Pulmonar
Basal e conforme indicação
clínica
TGO, TGP, Bilirrubinas
Basal e conforme indicação
clínica
Landier et al. Pediatr Clin N Am 62; 2015
Exposições Terapêuticas
Associadas a Maior Risco
Efeitos Adversos
• Interação e Competência
Social
– Relação Familiar
– Isolamento Social
– Independência
– Intimidade/Casamento/
Família
• Comportamento de Risco
– Cigarro; Álcool; Drogas
– Não Adesão ao Tratamento
Recomendações de triagem baseadas na ocorrência de
efeitos tardios em sobreviventes do câncer infantil
Exposições Terapêuticas
Associadas a Maior Risco
Fatores Associados a Maior
Risco
Triagem Recomendada
Deficiência
Hormônio
Crescimento
Irradiação Craniana
Irradiação craniana 18 Gy
Baixa Estatura
Problemas
Crescimento
Músculoesquelético
Irradiação Craniana
Corticosteroide
Irradiação Corporal Total
Menor idade ao tratamento
Iradiação Craniana >18 Gy
Dose não fracionada(10 Gy)
Irradiação Corporal Total
Altura, peso, IMC e
Tanner a cada 6 meses
até o crescimento
completo.
Depois anual
Corticosteroide
Irradiação Cranio-espinhal
Irradiação Gonadal
Irradiação Corporal Total
Hipotireoidismo
Hipogonadismo
Deficiência Hormônio
Crescimento
Densidade mineral
óssea reduzida
Altura de pé e sentado
anual até crescimento
completo
Avaliação Densidade
Óssea
Basal e repetir conforme
indicação clínica
Landier et al. Pediatr Clin N Am 62; 2015
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Reação ao Risco
Recomendações de triagem baseadas na ocorrência de
efeitos tardios em sobreviventes do câncer infantil
Efeitos Adversos Exposições Terapêuticas
Associadas a Maior Risco
Triagem Recomendada
Câncer de pele
(basocelular,
escamoso e
melanoma)
Radiação (qualquer
campo)
Fatores Associados a
Maior Risco
Radiação Ortovoltagem
(antes 1970): entrega de
dose maior na pele
Exposição adicional
excessiva ao sol ou
bronzeamento
Exame físico anual
Tumor cerebral
secundário
Irradiação Craniana
Dose alta de Radiação
Menor idade ao
tratamento
História orientada e
exame neurológico
anual
• Ansiedade: excesso de cuidado, somatização,
fadiga....
• Fatalismo: “o que foi feito, foi feito”
– Pode ignorar um risco real que pode ser evitado
• Comportamento de Risco
– “Eu venci o câncer, nada mais pode acontecer”
• Modificação do Comportamento baseado no
Risco
Landier et al. Pediatr Clin N Am 62; 2015
Conhecimento do Paciente
Quem deve Fazer?
• Conhecimento do Diagnóstico
– 72% relataram corretamente o diagnóstico
• Conhecimento sobre o Tratamento
– 94% relataram “Quimioterapia”
• 30% Daunorrubicina; 52% Doxorrubicina
– 89% relataram “Radioterapia”
• 70% sabiam o local (30% não!)
Sobreviventes de Câncer na Infância Coorte de 1970 a 1986
Kadan-Lottick et al. JAMA 2002
Avaliação de Risco e Acompanhamento Tardio
Probability of reporting a particular level of medical care according to
initial cancer diagnosis.
(*) Probabilities adjusted for sex, age at diagnosis, and age at time of
interview using a generalized logit model.
Nathan et al. J Clin Oncol 26; 2008
Acesso ao Tratamento e Avaliação de Risco
Percentage of survivors with a visit to a cancer
center in the past 2 years and cumulative
incidence of any chronic condition by years since
cancer diagnosis.
Levels of medical care, dental care, and
indicated screening practices (in high-risk
groups) by location of care.
Nathan at al. J Clin Oncol 27; 2009
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Plano de Cuidado Pós Alta
• Informação sobre o Diagnóstico
• Detalhes do Tratamento
•
•
•
•
– Modalidade
– Dose Cumulativa
Eventos Clínicos Significativos
História Familiar
Risco de Saúde Relacionada ao Câncer
Recomendações baseadas na Avaliação de Risco
Conhecimento dos Efeitos Tardios Permite Intervenção
em Vários Níveis
Aconselhamento
Triagem e
Prevenção
Tratamento
Precoce
Educação
• Estilo de Vida Saudável
• Auto Cuidado
Modificação de Fatores de Risco
•
•
•
•
•
Obesidade
Hipertensão
Dislipidemia
Fumo
Diabetes
Risco Relativo
Doença Metabólica
HAS
Redução HDL
Obesidade
Resistência Insulina
1,4
2,4
1,4
1,5
1,6
Quem deve Fazer?
• Risco Cardiovascular
• Mamografia
• Audiometria
• 2ª Neoplasia
• Déficit de Crescimento
• Perda Óssea
• Médica
• Cuidadores
• Pacientes e Familiares
Quem deve Fazer?
• [email protected][email protected]
• http://heprgs.wordpress.com
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