Ciência Animal 21(2):96-109, 2011 ONCOLOGIA: LINFOSSARCOMA HEPÁTICO (Oncology: lymphosarcoma liver) Vanessa Diniz VIEIRA1, Nilza Dutra ALVES1, Maria Luiza do Nascimento CESARINO1, Rafaella de Siqueira MELO1, Rosileide dos Santos CARNEIRO2, Thiago Heráclito de Matos COSTA1, Dayana Evans Belém de MELO1 1. Universidade Federal Fural do Semiárido; 2. Hospital Veterinário da Universidade Federal de Campina Grande no Campus de Saúde e Tecnologia Rural RESUMO O linfoma ou linfossarcoma é o principal tumor hematopoiético no cão, acomete cerca de 90% dos casos clínicos de neoplasia canina e isso demonstra a necessidade de aumentar os conhecimentos nesta área, para que o diagnóstico seja feito precocemente e o tratamento possa ser prescrito com um maior índice de sucesso. A oncologia veterinária avançou muito nos últimos anos e muitos veterinários tratam os pacientes com câncer por cirurgia, radioterapia e quimioterapia. O aumento no número de cães e gatos, principalmente geriátricos, resultará em uma população maior de pacientes necessitando de tais serviços. As decisões terapêuticas nesses pacientes não devem ser feitas com base na idade cronológica, mas muito mais com base na avaliação do estado de saúde geral de cada indivíduo, proporcionando o prolongamento esperado de vida e qualidade prevista de vida com o tratamento. PALAVRAS-CHAVES: Linfoma, Cão, Neoplasia, Fígado. ABSTRACT Lymphoma or lymphosarcoma is the main hematopoietic tumor in dogs, affecting about 90% of clinical cases of canine cancer and this demonstrates the need for increased knowledge in this area, so that the diagnosis is made early and treatment can be prescribed with greater success rate. The veterinary oncology has advanced greatly in recent years and many veterinarians treat cancer patients by surgery, radiotherapy and chemotherapy. The increase in the number of dogs and cats, mostly elderly, will result in a larger population of patients requiring such services. Therapeutic decisions in these patients should not be made based on chronological age, but more with assessing the overall health of each individual, providing the expected prolongation of life and expected quality of life with treatment. KEY-WORDS: Lymphoma, Dog, Neoplasia, Liver. INTRODUÇÃO cães e gatos, é de tratamento muito difícil, e os procedimentos terapêuticos recomendados são A Neoplasia Hepática Canina é rara, mas direcionados apenas para os sintomas. O fígado de grande repercussão em nosso meio, pois atinge acometido não consegue metabolizar muitas cerca de 2% dos tumores hoje encontrados em vezes os medicamentos para seu tratamento, tornando a terapia quase impossível a ser realizada, e muitas vezes realizam-se *Endereço para correpondência: Universidade Federal Rural do Semiárido (UFERSA) hepatectomia parcial quando possível e, quando e.mail: [email protected]/ não apenas paliativos para diminuir o sofrimento [email protected] do animal. 96 Ciência Animal 21(2):96-109, 2011 A importância do estudo da neoplasia é fundamental para a compreensão de suas causas, tipos e formas de tratamento. Cânceres são doenças genéticas, caracterizadas pelo acúmulo progressivo de mutações no genoma das células alteradas. As células alteradas apresentam vantagens quanto à proliferação e/ou resistência a mecanismos de indução de morte celular, o que culmina na manutenção da célula geneticamente alterada no tecido de origem. Ao longo do tempo, as células alteradas podem adquirir capacidade de invasão local, indução sustentada de alterações no micro-ambiente tecidual, como por exemplo, formação de novos vasos (angiogênese), e finalmente a capacidade de metastatização, responsável pela morte de cerca de 2 a cada 3 pacientes com câncer (CHAMMAS et al., 2004). RELATO DO CASO O animal da espécie canina, fêmea, de nome “Darlene” de registro número 5106/05, nascida no dia 11 de novembro de 2003, na data do exame com 4 anos e 2 meses, da raça cocker spaneil inglês. A primeira vez que este animal veio ao Centro de Saúde e Tecnologia (CSTR) – Hospital Veterinário (HOVET), da Faculdade de Medicina Veterinária da UNIVERSIDADE FEDERAL DE CAMPINA GRANDE (UFCG), Campus Patos, PB, foi no dia 11 de fevereiro de 2005, com a idade de 1 ano e 2 meses, apresentando a seguinte queixa: feridas pelo corpo, na região do tórax e ânus, seus pêlos estavam caindo intensamente apresentando áreas de alopecia, pele espessada e enrugada, com prurido intenso, e esse quadro clínico vinha se desenvolvendo há 30 dias. Antes de conduzir o animal ao HOVET, o proprietário havia administrado Meticorten® para diminuir o prurido apresentado, obtendo o alívio esperado. Sem realizar nenhum exame complementar, a partir de anamnese obteve-se a suspeita clínica de Dermatite Alérgica e, então, iniciou-se o tratamento com Peroxyderm® e Meticorten®. Após três meses do início do primeiro tratamento, o animal retornou ao hospital com a seguinte queixa: apresentava ferimentos na pele por vários locais, áreas de alopecias no dorso e membros posteriores e pruridos intenso, neste observou-se uma melhora sempre que se fazia uso de Meticorten®. Foi realizado um raspado cutâneo, dosagem hormonal de T3 e T4 e uma biópsia da pele no animal, obtendo-se um diagnóstico de doença endócrina autoimune “Hipotireoidismo”, prescrevendo um tratamento de repo sição do s ho rmônios T3 e T4 (Levotiroxina Sódica – T4 sintética). No dia 05 de março de 2008 o proprietário trouxe ao CSTR – HOVET – UFCG, o citado animal com a seguinte queixa clínica: há oito dias que a fêmea apresentou uma secreção nos dois olhos e um prurido intenso nas pálpebras, seus olho s ficaram vermelhos e inflamado s, o proprietário administrou Dexametasona e Clorofenicol e a inflamação diminuiu muito, mas o proprietário achou melhor trazer ao Médico Veterinário para a realização do exame clínico, depois do histórico, anamnese, exame físico obteve como diagnóstico “Conjuntivite”, com tratamento Clorofenicol (Feniclor®) e solução fisiológica NaCl a 0,9%. No dia 19 de março de 2008 o proprietário voltou ao hospital veterinário da UFCG, um canino, fêmea, Cocker spaniel inglês, de nome Darlene, co m peso 11 kg e 200 gramas, queixando-se que o animal estava emagrecendo rapidamente, com abdômen distendido. Relatou ainda, que o animal defecava pouco e suas fezes eram pastosas de cor amarelada. Alimentava-se bem. Quanto a sua vacinação, estava em dia com todas as vacinas (antirrábica e a óctupla). Era vermifugada a cada 6 meses, e a última vez foi no início do mês de março de 2008. O animal apresentava-se em estado geral regular, com grau de desidratação em torno de 8%; temperatura retal de 38,6 oC, abdômen Ciência Animal 21(2):96-109, 2011 97 abaulado (com suspeita de ascite), mucosas oculares congestas e vasos episclerais congestos; alo pecia da região genital e inguinal, hiperquerat ose, hiperpigmentação, hepatoesplenomegalia, conjuntivite crônica e ot ite média crônica. Possuía ainda áreas eritematosas e erosivas na região abdominal e inguinal. Os exames solicit ados foram: hemograma, plaquetas, pesquisa de hemoparasitas, bio química sérica renal e hepática, análise do líquido cavitário. O tratamento realizado no dia 19 de março de 2008 foi uma punção abdominal para a drenagem do líquido peritoneal, foi administrado vitamina K, realizou-se uma Fluidoterapia com Ringer com Lactato, soro glicosado a 50% com solução fisioló gica NaCl a 0,9%, dieta equilibrada, rica em proteínas, alimentos como: arroz branco, requeijão é o ideal para o animal, oferecer ao animal alimentos três vezes ao dia. No dia 31 de março de 2008 o proprietário retornou ao hospital veterinário com a mesma queixa a fim de obter o diagnóstico da provável doença em questão. Seu animal continua com falta de apetit e, perda de peso , apático, inapetência e anoréxico, abdômen distendido a qual não queria nem andar, pesando 10 Kg e 300 gramas, seu pro prietário estava muito preocupado, pois sua cadela perdeu 1 Kg em 11 dias. No exame clínico do animal observou-se um estado geral regular, com estado nutricional bom, mucosas levemente ictéricas e comportamento triste. O animal apresentava ainda, com falta de apetite, inapetência, abdômen distendido, e vasos episclerais congestos. Foram realizados exames complementares para se chegar há um diagnost ico. Os exames complementares solicitados foram: hemograma, plaquet as, pesquisa de hemo parasitas, ultrassonografia gástrica, bioquímica (ALT, AST, ALB, PT, FA, Uréia e Creatinina), laparotomia 98 exploratória, análise do líquido cavitário, biópsia do fígado e baço. No dia 31 de março de 2008 logo que chegou ao HOVET, foi realizada uma punção abdominal para a drenagem do líquido peritoneal, coleta de sangue para exame laboratorial, realização da ultra-sonografia, e logo em seguida a realização da laparotomia exploratória da cavidade abdominal. Para realização da laparatomia exploratória foi utilizado o seguinte procedimento anestésico: medicação pré-anestésica Midazolan (0,5%), na dose de 0,2mg/Kg, com uma posologia de 0,4mL, realizou-se um pro cedimento anest ésico, anestesia Epidural com Lido caína (2%) administrou 1,6mL mais Bupvacaína (0,5%) na posologia de 0,8mL, logo em seguida realizou anestesia Inalatória com Propofol (1%) na posologia de 5mL e Halotano 2,5mL. Logo em seguida realizo u-se o procedimento cirúrgico do animal, que se seguiu da seguinte maneira: incisão pré-reto-umbilical na pele e na linha Alba, realizou logo em seguida a avaliação dos órgãos da cavidade abdominal. Então foi realizada uma esplenectomia (Figuras 1 e 2) com ligaduras com fio cat gut 2.0 nos vasos esplênicos. Seguindo as observações do fígado, este apresentava nodulações em todos os lobos, o parênquima estava em processo de hemorragia intensa. Deste órgão coletou-se um fragmento para realização de histopatológico. A miorafia com nylon 0,35cm forma de X, redução do espaço com cat gut 2.0 intradérmico e dermarrafia com nylon 0,35cm com pontos simples separados. O baço foi levado para fazer a biópsia e o mesmo foi descrito como órgão aumentado de volume e de tamanho, de coloração vermelhaarroxeado, com grande quantidade de nódulos pequenos em toda a sua extensão e um tumor ulcerado de volume grande, com aspecto brancoamarelado, na região cranial esquerda, que fica Ciência Animal 21(2):96-109, 2011 A B C D Figura 1 – A, B, C, D - Fígado com presença de tumor nos vários lóbulos, HOVET-UFCG, 31/03/08. Fonte: VIEIRA, 2008 em contato com o fígado. Durante o pós-operatório foi prescrito e o monitoramento do paciente foi recomendado para a realização das mudanças que fossem necessárias. O tratamento clínico teve por objetivo amenizar a dor e tentar melhorar a metabolização no fígado com substancias, tais como, meloxicam a 1mg, vitamina K para diminuir a hemorragia do parênquima, administração de aminomix na alimentação, amo xicilina para co mbat er as bactérias anaeróbicas, e, Legalon, um fitoterápico. A cadela veio a óbito com 40 dias após a determinação do diagnóstico de neoplasia hepática, linfossarcoma de tecido linfóide do fígado e baço. Figura - 2 – Presença de tumor no baço, HOVET-UFCG, 31/03/08. Fonte: VIEIRA, 2008. Ciência Animal 21(2):96-109, 2011 99 Tabela 1. Resultado do hemograma e plaquetometria do cão 5106, realizado no HOVET – UFCG, em 19/03/2008, durante estágio supervisionado (ESO), no período de janeiro a abril de 2008. Hemograma Série Vermelha Eritrócitos Hematócrito Hemoglobinas VGM CHGM Plaquetas Leucócitos Resultados 7.670 X 106/ µL 47 (%) 15.0 (g / dL) 61.2 fl 31,9 % 849.000/ µL Série Branca 7.250 /µL Valores Normais 5.500.000 a 8.500.000 37 – 55 12 – 18 60 – 77 31 – 36 200.000 – 500.000 6 – 17 x 10³ Relativa (%) Neutrófilos: 92 Valores Normais – Absoluta (/µL) 6.670 Valores Normais – Bastonetes: 00 0–3 – 0 – 500 60 – 77 12 – 30 3 – 10 2 – 10 Raros – 363 142 73 – 3.000 – 11.000 1.000 – 5.000 100 – 1.300 100 – 1.200 Raros Segmentados: 00 Linfócitos: 05 Monócitos: 02 Eosinófilos: 01 Basófilos: 00 Outros dados PPT (g/100 mL) 5.4 g/dL 6–8 Fonte: dados obtidos através de pesquisas do ESO - HOVET – UFCG (VIEIRA, 2008). RESULTADOS Para confirmar a suspeita clínica, de neoplasia hepática foram realizados exames complementares, os quais são: hemograma completo e plaquetometria (Tabela 1), ultrassonografia abdominal, bioquímica sérica hepática e renal (Tabela 2), urinálise (Tabela 3), radiografia do abdômen, análise do líquido cavitário (Tabela 4). De acordo com o s result ados do hemograma completo e plaquetometria, o animal apresenta neutrofilia, linfopenia e eosinopenia. No exame de pesquisa de hemoparasitas, no esfregaço sanguíneo não foram encontradas 100 alterações nas células sanguíneas, assim como parasitas nas células. Depois de quinze dias o animal retornou ao hospital para realizar novos exames complementares, os quais foram: hemograma e plaquetas (Tabela 5), ultrassonografia abdominal, bioquímica sérica renal e hepática (Tabela 6) e análise do líquido cavitário. Após 15 dias do primeiro exame houve um aumento na produção da uréia, mas a mesma continuou nos padrõ es de no rmalidade. Observou-se também que as proteínas estavam sendo produzidas em pequenas quantidades, como o fígado é essencial para a homeostase normal das proteínas, alterações nas proteínas Ciência Animal 21(2):96-109, 2011 Tabela 2. Resultado da bioquímica sérica do cão 5106, realizado no HOVET – UFCG, em 19/ 03/2008, durante estágio supervisionado, no período de janeiro a abril de 2008. Bioquímica Sérica Resultados 27 mg/dL 0,7 mg/dL 49 g% 1,60 g% 172 U/L Referência Canina 21 – 60 0,5 – 1,5 50 – 80 25 – 45 21 – 102 AST 178 U/L 6,2 – 13 Fosfatase alcalina 265 UI/L 20 – 156 Uréia Creatinina Proteínas totais Albumina ALT Fonte: dados obtidos através de pesquisas do ESO - HOVET – UFCG (VIEIRA, 2008). plasmáticas podem sugerir alterações hepáticas algumas lesões hepáticas. Observou-se a presença de nodulações no e os animais poderão necessitar de alimentos ricos em proteínas para serem absorvidas no baço e fígado. O baço estava comprometido e organismo, pois o mesmo precisará para recuperar não tinha como retirar o nódulo, porque eram Tabela 3. Resultado da urinálise do cão 5106, realizado no HOVET – UFCG, em 19/03/2008, durante estágio supervisionado, no período de janeiro a abril de 2008. Urinálise Resultados Volume Cor Odor Densidade Específica Consistência Aspectos pH Proteína Total Glicose Urólitos Nitrogênio Ácidos Cetônicos Sangue oculto Leucócitos Bilirrubina 23 mL Âmbar sui generis 1.040 Normal Turvo 6,5 Positivo Negativo Negativos Negativo Negativo Negativo Ausente Presente Sedimento Resultados Cristais de Triplofosfato 0 – 2 por campo Células Epiteliais Escamosas 0 – 3 por campo Fonte: dados obtidos através de pesquisas do ESO - HOVET – UFCG (VIEIRA, 2008). Ciência Animal 21(2):96-109, 2011 101 Tabela 4. Resultado da análise do líquido cavitário do cão 5106, realizado no HOVET – UFCG, em 19/03/2008, durante estágio supervisionado, no período de janeiro a abril de 2008. Líquido Cavitário Resultado Volume Cor Coagulação Densidade Reação pH Proteínas totais Prova Rivalta 18 mL Avermelhada Presente 1,028 7,0 4,6 g/dL Negativa Leucócitos 700 uL Diferencial Impossibilidade devido à pequena quantidade de leucócitos Fonte: dados obtidos através de pesquisas do ESO - HOVET – UFCG (VIEIRA, 2008). muitos e em todo o órgão. O fígado, também, estava todo comprometido, com vários nódulos em todos os lobos, com hemorragia difusa do parênquima e grande quantidade de neoplasias hepáticas que não tinha como realizar uma hepatectomia parcial, porque todos os lobos estavam com presença de nódulos. Observou-se grande quantidade de sangue na cavidade abdominal decorrent e da hemorragia do parênquima hepático. Ao realizar a biópsia do fragmento do fígado e do tumor do baço, observou-se uma massa tumoral formada por células de núcleos redondos, pouco citoplasma e figuras mitóticas 3 – 4 (por campo 40x). Estes órgãos apresentaram também células com núcleos vesículosos, citoplasma abundante, eosinofílico e presença de vacúolo s, nucléolos evident es, células binucleadas, congestão, hemorragias e áreas de infarto. A indicação que o cirurgião fez ao proprietário foi a realização da quimioterapia ou a eutanásia do animal caso o proprietário não tivesse como realizá-la. O proprietário não aceitou fazê-la, tendo preferido ficar com o animal até que o mesmo tivesse uma morte 102 natural, mas sabendo que o animal não teria tratamento clínico nem cirúrgico, considerando este caso e o estágio que se encontrava o fígado do animal. DISCUSSÃO Segundo alguns estudiosos como Maclachlan e Culler (1998) e, Fighera (2000) o linfoma hepático corresponde a 63% dos tumores metastáticos do fígado e induz uma elevação de leve à moderada da atividade sérica da ALT (alanina aminotransferase) em 46 a 70% dos casos. De acordo com Hammer e Sikkema (2001) devemos considerar que os tumores de órgãos na área de drenagem portal se metastatizar primeiramente no fígado, talvez isso justifique esse alto índice. Nelson e Couto (2003) relataram que as manifestações clínicas anormais raras do hipotireoidismo em cães foram distúrbios oculares, cardiovasculares, gastrointestinais e da co agulação . As mais comuns fo ram as anormalidades bioquímicas ou funcionais. Anormalidades de sangramento não foram comuns em cães com hipotireoidismo. Ciência Animal 21(2):96-109, 2011 Tabela 5. Resultado do hemograma e plaquetometria do cão 5106, realizado no HOVET – UFCG, em 31/03/2008, durante estágio supervisionado, no período de janeiro a abril de 2008. Hemograma Série Vermelha Eritrócitos Hematócrito Hemoglobinas VGM CHGM Plaquetas Leucócitos Resultados 7.010X 106/µL 42% 13,5g/dL 59,9% 32,1% 605.000/ µL Série Branca 8.250 /µL Valores Normais 5.500.000 a 8.500.000 37 – 55 12 – 18 60 – 77 31 – 36 200.000 – 500.000 6 – 17 x 10³ Relativa (%) Neutrófilos: 91 Valores Normais – Absoluta (/µL) - Valores Normais – Bastonetes: 00 0–3 – 0 – 500 60 – 77 12 – 30 3 – 10 2 – 10 Raros – – 3.000 – 11.000 1.000 – 5.000 100 – 1.300 100 – 1.200 Raros Segmentados: 00 Linfócitos: 05 Monócitos: 04 Eosinófilos: 00 Basófilos: 00 Outros dados PPT (g/100 ml) 4,8g/dl 6–8 Fonte: dados obtidos através de pesquisas do ESO - HOVET – UFCG (VIEIRA, 2008). O histórico do quadro clínico apresentado foi de inapetência, conjuntivite, otite média crô nica, distensão abdo minal, mucosas levemente ictéricas, anemia, apatia, anorexia, com perda de peso progressiva e ascite hemorrágica. Esse dados estão de acordo com Dunn (2001) que cit ou que t umores mesenquimatosos apresentam geralmente um curso grave e rápido, com anorexia, vômito, perda de peso e, algumas vezes, icterícia. Podem ocorrer distensão abdominal e ascite hemorrágica devida à ruptura tumoral. Wilcock e Yager (1989) relataram que quando o linfoma acomete o fígado , po de o correr icterícia pela hiperbilirrubinemia indiret a e ascite pela hipoproteinemia, corroborando os achados clínicos encontrados. Já outros estudioso s co mo Gavelli, Chiglione e Huguet (1993) afirmam que a anemia tem sido observada principalmente nas neoplasias altamente vascularizadas. Anemia não regenerativa associada à quimio terapia anticancerígena. Já Fournell et al. (1997) expressa que a anemia ocorre pela redução da eritropoese quando há invasão da medula óssea vermelha pelas neoplasias e a destruição do tecido eritropoético. Para Ehrhart (1998) a caquexia se deve em parte a anorexia causada pela depressão dos centros do apetite do sistema nervoso central. É Ciência Animal 21(2):96-109, 2011 103 Tabela 6. Resultado da bioquímica sérica do cão 5106, realizado no HOVET – UFCG, em 31/ 03/2008, durante estágio supervisionado, no período de janeiro a abril de 2008. Bioquímica Sérica Uréia Creatinina Proteínas totais Albumina ALT AST Fosfatase alcalina UI/L Resultados 41,9 mg/dL 0,8 mg/dL 47 g% 175 g% 539 U/L Referência Canina 21 – 60 0,5 – 1,5 50 – 80 25 – 45 21 – 102 460 U/L 6,2 – 13 1720 UI/L 20 – 156 Fonte: dados obtidos através de pesquisas do ESO - HOVET – UFCG (VIEIRA, 2008). possível que algum fator hormonal desconhecido seja liberado pela neoplasia, influenciando o hipotálamo, mas nem toda perda de peso nos pacientes se devem a anorexia. Parte desta perda está associada a fatores humorais secretados pelas células neoplásicas ou pelos macrófagos. Lima (1993) relatou que pacientes com linfoma comumente desenvolviam a anemia de leve a moderada, decorrente da liberação de fatores neoplásicos que deprimem a eritropoese (anemia hipoplásica). Segundo Nelson e Cout o (2003) a hepatomegalia pode ser focal ou generalizada. Os processos infiltrativos e congestivos ou aqueles que estimulam a hipertrofia hepatocelular tendem a resultar em hepatomegalia difusa de consistência física e observada em doenças expansivas ou proliferativas que resultam na formação de lesões expansivas ou císticas. A hepatoesplenomegalia em cães ictéricos pode ser atribuída à hiperplasia benigna de células fagocíticas mononucleares, a hematopoese extramedular secundária, a anemia hemolítica imunomediada ou a processos infiltrativos, como mastocitose sistêmica, linfoma, leucemia mielóide e neoplasias hepáticas primárias e ou secundárias. Center (1986) relatou que em um exame 104 abdominal, pode ser palpável uma hepatomegalia. Ela ocorre somente em casos de tumores e de envolvimento secundário do fígado em doenças sistêmicas, tais como congestão venosa, infiltração gordurosa em diabetes melito, acúmulo de glicogênio em hiperadrenocorticismo, amiloidose, linfoma ou linfossarcoma e tumores metastáticos. Parisi (2000) diz que a infiltração da medula óssea pelo linfoma pode ocasionar anemia mielitísica, agravando o processo. Nesses casos é muito difícil obter o diagnóstico diferencial entre linfoma e leucemia linfóide, pois não é possível saber se a proliferação teve início na medula ou se esta foi infiltrada por células tumorais. De aco rdo com o result ado do hemograma completo e plaquetometria o animal, este apresenta-se com neutrofilia, linfopenia e eosinopenia. Segundo Cheville (1993) animais com neoplasia hepática são pacientes anêmicos, apresentando hemorragia pela erosão dos tecidos normais ou pelo tumor invasor e também redução da eritropoese devido à invasão da medula óssea pelo tumor e a destruição do tecido eritropoético. A anemia é comum nas doenças neoplásicas metastáticas, sendo responsável com frequência por uma parte significativa das células que Ciência Animal 21(2):96-109, 2011 passam pelos vasos sanguíneos anormais do tumor. Mas Boother (1996) demonstrou que no hemograma completo ocorreram poucas alterações nas células sanguíneas sugerindo doença hepática. A maioria foram alterações nos eritrócitos associadas com fragmentação ou modificação no tamanho das células ou na composição da membrana. A maioria dos animais acometidos por neoplasia hepática apresentou o número normal de eritrócitos e não estavam anêmico s. Anemia regenerativa, com macrocitose, contagem de reticuló cito s, concentração de proteína sérica normal a levemente aumentada em um cão ictérico, sugerem que a causa seja anemia hemolítica com formação aumentada de bilirrubina. Na análise do exame da bioquímica sérica observou-se que a uréia estava entre os padrões normais. Sabe-se que a uréia avalia a função renal, entretanto esta é produzida pelas células hepáticas e quando o fígado não está funcionando bem ou suas células estão lesadas pode ser resultado de uma provável lesão. Segundo Meyer (1995) a uréia é produzida pelo fígado e sua mensuração no soro é normalmente feita para avaliar a função renal, entretanto, pode está diminuída em associação a falência hepática e anormalidades congênitas do sistema porta. Observo u-se que a ALT (Alamina Aminotransferase), AST (Aspartato Aminotransferase) e FA (Fosfatase Alcalina) estavam muito aumentadas, isto significa que o fígado estava produzindo rapidamente essas enzimas para reverter a provável lesão dos hepatócitos, pois é nos hepatócitos onde são produzidas as enzimas acima citadas. De acordo com Maia (2008) a AST está presente em grandes quantidades nos hepatócitos, eritrócitos, células renais e pancreáticas e, em menores quantidades, em células musculares esqueléticas e cardíacas. Sua meia-vida na espécie canina é menor que 24 horas. Devido a sua localização mais interna na célula, o aumento da atividade de AST indicando um dano mais grave aos hepatócitos, com degeneração ou necrose. Também pode estar elevada durante a fase de reparação da doença hepática, em lesões musculares (incluindo injeções por via intramuscular) ou em presença de hemólise. Não há um teste específico para determinar a exata origem do aumento da atividade de AST. Segundo Souza (2008) o aumento da at ividade da enzima hepática Alanina Aminotransferase (ALT), significa, uma real lesão hepática. A ALT é considerada útil na diferenciação da doença hepatocelular e do processo colestático do fígado. Em cães, devido à curta meia-vida desta enzima, é utilizada como indicador de lesão hepática ativa. AALT tem uma meia-vida biológica, de 3 a 5 horas. Lucke (1984) citou que nos cães jovens em crescimento, a atividade da Fosfatase Alcalina (FA) estar alta é normal, pois nesse momento está ocorrendo um aumento na at ividade do osteoblasto, que produz a matriz óssea orgânica, então, esta alta nos valores de FA pode ser de duas a três vezes maior que os valores normais da FA nos cães adultos. O aumento na FA plasmática tem sempre origem hepática. Ao ser analisado o resultado da urinálise, observou-se a presença de muitas células epiteliais escamosas que podem ser de origem neoplásica e tem grande quantidade de cristais de triplofosfato. Na urina ocorreu a presença de bilirrubina indicando que a bilirrubina estava sendo produzida, mas em pequenas quantidades, pois esta presença na urina não foi tão significante para se dizer que a produção estava em grande quantidade, pois o animal apresentou uma deficiência na excreção da bilirrubina e teve características de mucosas levemente ictéricas. Segundo Owen (1976) o fígado normal tem a capacidade de captar e excretar grande Ciência Animal 21(2):96-109, 2011 105 quantidade de bilirrubina. Um aumento grande e persistente na produção do pigmento biliar (hiperbilirrubinemia) ou uma deficiência da excreção da bile pode determinar icterícia no animal e seus tecidos ficam de coloração amarelada (concentração de bilirrubina sérica e” 2 mg/dL) ou bioquimicamente (concentração de bilirrubina sérica e” 1,5 mg/dL). A análise da cavidade abdominal encontrou-se pequena quantidade de leucócitos no líquido, quando se realizou a laparotomia exploratória identificou-se que este líquido teve origem da hemorragia do parênquima do fígado, po is o parênquima dest e órgão estava completamente degenerado e liquefeito. A cor do líquido era serosanguinolento, ocorreu a presença de pingos de sangue coagulado e pouca quantidade de proteínas, pois o fígado não estava conseguindo metabolizar as proteínas. Segundo Hardy (1986) as doenças hepáticas malignas intra-abdominais que se disseminam pelo peritônio promovem reações inflamatórias com subsequente exsudação de linfa e fibrina. O líquido pode ter aspecto serosanguinolento, hemorrágico ou pseudoquiloso. Independente do aspecto macroscópico do líquido, o conteúdo protéico é variável, podendo conter células malignas esfoliadas de neoplasias primárias. Os leucócitos aumentaram sua produção em quinze dias, isso significa que as células de defesa do sangue estavam trabalhando para cessar a infecção causada pelo líquido peritoneal da hemorragia do parênquima do fígado. O animal continuou com eosinopenia, linfocitopenia e este não estava conseguindo produzir novas células sanguíneas. Segundo Anisimov (1983) a anemia fortemente regenerativa, com macrocitose, contagem elementares de ret iculócit os, concentração de proteína sérica normal a levemente aumentada em um cão ictérico, especialmente se esferócitos também são 106 identificados, sugerindo que a causa seja icterícia anemia hemólitica com formação aumentada de bilirrubina. De acordo com os estudiosos Amadio, Moreno e Souza (2006) o animal apresentou perito nite ou efusão abdo minal po de t er diagnóstico de leucocitose com neutrofilia, isso seria provável nesses casos de doença hepática infecciosa canina. No exame de pesquisa de hemoparasitas detectou-se que o animal não era positivo para infecções por parasitas no sangue, pois em seu esfregaço sanguíneo o resultado foi negativo, uma vez que houve a confecção e exames de várias lâminas. Para Aminlari, Vaseghi e Sajedianfard (1994) o fígado processa os aminoácidos derivados das proteínas ingeridas, para suas próprias necessidades, e para as necessidades dos tecidos periféricos, e recebe aminoácidos dos tecido s periférico s, para as reações de glicogênese e transaminase. A albumina estava muito alta significando que a lesão hepática era grave, sendo ela a principal proteína hepática de exportação, pois compreende a cerca de 20% da retroalimentação protéica do corpo, quando esta se encontra muito elevada é por que não está realizando suas funções e sim tentando equilibrar as lesões nos hepatócitos. Ham (1938) citou em seu trabalho que qualquer animal anorético pode apresentar reduções secundárias na concentração sérica de albumina, em decorrência da desnutrição, mas em alguns pacientes com ascite, a albumina recém-sintetizada é diretamente liberada pelos vasos linfáticos hepáticos ou cápsula hepática, até o líquido ascítico, circundante descarte o compartimento vascular. A ALT estava cinco vezes mais alta do que há quinze dias isso significa que o fígado estava em processo de necrose, pois a ALT foi produzida Ciência Animal 21(2):96-109, 2011 e não foi liberada para realizar suas devidas funções. Segundo Lord (1982) quando o fígado entra em necrose, a atividade sérica da ALT aumenta abruptamente dentro de 24 a 48 horas, em até 100 vezes o normal, ou ainda mais, fazendo um pico durante os primeiros cinco dias após a lesão. Se o agente ou evento agressor foi removido, a atividade da ALT gradualmente declina até à normalidade, ao longo de 2 a 3 semanas. De acordo com Samols e Holdsworth (1968) o aumento brusco da ALT pode ser causado pela necrose dos tumores, compressão e necrose dos hepatócitos normais adjacentes, produção de isoenzimas, ou permeabilidade anormal das membranas em células neoplásicas. Enquanto para Keer (2003) em pequenos animais, a atividade da ALT está frequentemente alta, enquanto a atividade da FA está somente moderadamente elevada, em certas doenças hepáticas crônicas, pode não haver alterações nas enzimas hepáticas, mas a etiologia hepática pode ser demonstrada por outros sinais de disfunção hepática, tal como hipoalbuminemia e a ausência de qualquer evidência de hemólise ou obstrução biliar. Há alguns autores como Calderon et al. (2002) que recomendaram o efeito terapêutico anti-tumor de diversas drogas através da ação combinada das vitaminas C e K3, onde o stress oxidativo induzido por reduções e oxidações cíclicas destas proteínas originaram células cancerígenas, os quais são deficientes em enzimas antioxidantes mais sensíveis aos compostos anti-tumor. Segundo Chagas, (2008), na realidade, tem sido relatado que a perda da homeostasia tanto pela vitamina C como pela vitamina K3, resulta na morte celular por apoptose. Devido às relações fechadas entre apoptose e stress oxidativo, o aumento nos níveis intracelulares de peróxido de hidrogénio (H2O2) é tido como sendo a explicação para citotoxicidade das vitaminas combinadas. De fato, a vitamina K3 pode estar sujeita a ciclos inúteis de oxidaçãoredução, deste modo, produzindo espécies de oxigênio reativo. Tams (1985) afirma que a Ampicilina ou a Amoxicilina são as dro gas de escolha inicialmente no tratamento da doença hepática. Para se ter um melhor efeito, é preferível que se utilize uma droga de amplo espectro, podendose usar as cefalosporinas, entre outros antibióticos, associadas à aminoglicosídeos. De acordo com Taxaka (2006) o meloxicam é um po tente inibidor de t rombo xano s e prostaglandinas, com excelentes propriedades antipirética e analgésica. Os produtos da quebra do ácido aracdônico pelo COX 1 levam a formação de prostaglandinas (PGs) relacionadas com relações fisilógicas renais, gastrointestinais e vasculares, enquanto os produtos originados pela quebra da COX 2 levam a formação de PGs que participam dos eventos inflamatórios álgicos e térmicos. Tanto a COX 1 como a COX 2 levam a formação de PGs que participam de outros eventos inclusive alguns bastante importantes para o organismo. Lima (1993) relata que o meloxicam é um inibidor da síntese de prostaglandinas e os principais efeitos adversos são gástricos e renais, mas que est e age no tratamento da dor oncológica, dando alívio rádipo. Para Kitchell (1996) o Legalon, cujo componente ativo é a silimarina age como estabilizador das membranas dos hepatócitos, resguardando sua integridade e, assim, a função fisiológica do fígado ; protege, experiment almente, a célula hepát ica da influencia nosiva de subst âncias t óxicas endógenas e / ou exógenas. De acordo com Sitzmann e Greenne (1985) o Legalon atua de forma benéfica como coadjuvante no tratamento das doenças hepáticas crônicas inflamatórias, Ciência Animal 21(2):96-109, 2011 107 cirrose e lesões hepatotóxicas, promovendo rápida melhora dos sintomas clínicos, como cefaléia, astenia, anorexia, distúrbios digestivos, sensação de peso epigástrico. Em animais, a silimarina demo nstrou a regeneração do parênquima hepático , aparentemente aumentando a síntese de RNA no fígado. Já Parisi (1999) o poder da silimarina é de remover os radicais livres, tendo uma atividade antioxidante e Everett (1977) diz que a silimarina estimula a síntese protéica e normaliza o metabolismo fosfolpídico. Tones, Aunt e King (2000) afirmam que a silimarina estimula a formação de RNA polimerase I, aumentando a formação de RNA ribossômico com aumento da síntese de proteínas estruturas e funcional (enzimas), resultando em um aumento na capacidade reparadora e regenerativa do fígado. Harvey (1996) afirma que os diuréticos são usados juntamente com uma dieta pobre em Na+ no tratamento da ascite. A abdominocentese deve ser reservada para os casos em que o grau de ascite causa desconforto ao paciente, aumentando significativamente a pressão intra-abdominal com comprometimento da circulação venosa ou dificuldade respiratória. E os estudiosos Thomason e Feldman (1985) concordam e assegura que os diuréticos ajudam a manter a diurese e impedem a retenção de sódio. Os diuréticos mais comumente usados são: furosemida, tiazidas e espironolactona. Pastam e Gottesman (1988) afirma que os corticosteróides podem apresentar efeitos anticâncer diretos e são últeis para garantir apetite e aparente aumento da atitude e níveis da atividade em cães e gatos. Entretant o, a administração de corticosteróides é postulado co mo contribuindo para o fenômeno de resistência pleitrópica a drogas. REFERÊNCIAS AMINLARI, M.; VASEGHI, T.; SAJEDIANFARD, M. J. Changes in arginase, aminotransferase and 108 rhodanese in sera of domestic animals with experimentally induced liver necrosis. Journal of comparative pathology. In: DUNN, J. K. Tratado de medicina de pequenos animais. São Paulo: Roca, 2001. 1075p. AMADIO, J. P. P.; MORENO, K.; SOUZA, M. S. B. Síndrome da lise tumoral. Clínica Veterinária. ano 11, n.65, p. 82-86, nov./dez./2006. ANISIMOV, V. N. Carcinogenesis and aging. Nova York: Adv Cancer Res, 1983. p. 365 - 415. BOOT HER, H. W. 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